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F R E N T E 3 241 Resolução: Sendo S o valor da área da superfície do cubo menor e K a razão de semelhança entre os cubos: k 2 S S k 2 k 2 2 2= ⋅ ⇒ = ⇒ = Portanto, a razão entre as capacidades dessas caixas é k 2 2 2 3 3( )= = . Alternativa: b Fórmulas básicas para o cálculo de volumes A capacidade de avaliar corretamente volumes de fi guras espaciais cercadas por superfícies planas pode ser desenvolvida a partir da memorização de um número ra- zoável de fórmulas algébricas, como as que expressam os volumes de prismas e pirâmides. Entre os sólidos que chamamos de prismas estão os paralelepípedos (ou prismas quadrangulares) e, entre estes, estão os cubos Volume do cubo Cercados por seis quadrados congruentes, oito vér- tices triédricos e trirretângulos e doze arestas de mesmo comprimento que coincidem com as medidas de suas três dimensões (largura, profundidade e altura), os cubos podem ser considerados paralelepípedos ou até mesmo prismas, de acordo com as definições dessas figuras. G H D A F B altura profundidade largura E C Seu formato caracteriza, ainda, um dos cinco únicos tipos de poliedros regulares pela definição de Platão, se- gundo a qual, por apresentarem exatamente seis faces, os cubos também são chamados de hexaedros regulares. Entretanto, mais importante do que sua denominação é o fato de que os cubos são as formas geométricas que usamos como unidade de volume Desse modo, se as arestas de um cubo possuírem exatamente uma unidade de comprimento, o espaço cercado pelas faces dele terá exatamente uma unidade de volume. • Aresta do cubo = 1 km ⇔ Volume do cubo = 1 km3 • Aresta do cubo = 1 m ⇔ Volume do cubo = 1 m3 • Aresta do cubo = 1 dm ⇔ Volume do cubo = 1 dm3 (capacidade de 1 litro) • Aresta do cubo = 1 cm ⇔ Volume do cubo = 1 cm3 Dividindo o comprimetol das arestas de um cubo qualquer pelo comprimento da aresta de um cubo unitário, obtém-se uma razão de semelhança entre eles igual a =k 1 . Assim, sendo V o volume de um cubo de aresta l, pelo teorema da razão de semelhança, tem-se =V 1 k 3 . Substituindo k na última expressão: = V 1 1 3 . Logo, conclui-se que a fórmula para o volume de um cubo em função do comprimento de suas arestas é a fór- mula mais básica para o cálculo de volumes: VCubo = l 3 Perceba que até o modo como nos referimos à terceira potência deriva da forma de se calcular o volume desse sólido geométrico. Exercícios resolvidos 14 Enem (Adapt.) Um porta-lápis de madeira foi construí- do no formato cúbico, seguindo o modelo ilustrado a seguir O cubo de dentro é vazio. A aresta do cubo maior mede 12 cm e a do cubo menor, que é interno, mede 8 cm O volume de madeira utilizado na confecção desse ob- jeto foi de: A 12 cm3 b 64 cm3 C 96 cm3 d 1 216 cm3 E 1 728 cm3 Resolução: O volume do cubo maior é: V = 12 3 = 1 728 cm3. O volume do cubo menor é: V' = 8 3 = 512 cm3. O volume de madeira no porta-lápis é: V – V' = 1 728 – 512 = 1216 cm3 Alternativa: d 15 PUC Rio 2017 Um cubo de aresta a tem volume 24. Assinale o valor do volume de um cubo de aresta a 3 A 8 9 b 9 3 C 8 d 24 E 72 MATEMÁTICA Capítulo 12 Paralelepípedos242 Resolução: O volume do primeiro cubo citado é: V a 24 3= = . Já o volume do segundo cubo é: V' a 3 a 3 24 27 8 9 3 3 3 = = = = Alternativa: A 16 Quanto mede a aresta de um cubo com volume de2 2 m 3? A 2 m b 2 23 m C 26 m d 23 m E 2 m Resolução: Sendo l a medida, em metros, da aresta do cubo: 2 2 2 2 3 3 = ⇒ = Como 2 2 2( )= , por substituição tem-se: 2 2 2 2 2 2 m 3 2 3 3 3 ( ) ( )= = = = Alternativa: E Volume do paralelepípedo retangular e reto Paralelepípedos são sólidos geométricos cercados por três pares de faces paralelas. Quando essas faces são compostas de seis retângulos, o volume dessas formas geo- métricas tridimensionais equivale ao produto das medidas de suas três dimensões. H G C B F A a b c E D Um paralelepípedo como o mostrado na imagem será retangular se suas bases ABCD e EFGH forem retângulos congruentes entre si. Ele também será denominado reto se suas arestas laterais AE, BF, CG e DE forem perpendiculares aos planos das bases. Caso seja retangular e reto, todos os vértices do pa ralelepípedo serão triedros trirretângulos. Nesse caso, o paralelepípedo poderá ser completamente preenchido por determinada quantidade de cubos. Assim, a soma dos volu- mes desses cubos será igual ao volume do paralelepípedo. Considere que as dimensões do paralelepípedo sejam representadas pelos números inteiros a, b e c, em alguma unidade de comprimento Então, pode-se dizer que a é a quantidade de cubos unitários que podem ser dispostos den- tro do paralelepípedo, lado a lado, e sobre o comprimento da aresta AB, por exemplo. BA A soma dos volumes dos cubos colocados no interior do paralelepípedo, em unidades de volume, é � + + + + + + = ⋅ =1 1 1 1 ... 1 1 1 a a a parcelas Do mesmo modo, pode-se dizer que b é a quantidade de cubos unitários que podem ser dispostos dentro do pa- ralelepípedo, lado a lado, mas agora sobre o comprimento da aresta BC, por exemplo. B C A a b Logo, o produto a ⋅ b representa a quantidade de cubos unitários que podem ser dispostos dentro do paralelepípe do, lado a lado, sobre sua base ABCD. B C A a b D Assim, a soma dos volumes dos cubos colocados no interior do paralelepípedo, em unidades de volume, é � + + + + + + = ⋅a a a a ... a a a b b parcelas . Também pode-se dizer que c é a quantidade de cubos unitários que podem ser dispostos dentro do paralelepípedo, lado a lado, mas agora sobre o comprimento da aresta CG, por exemplo. F R E N T E 3 243 B C G c D A a b Caso seja colocada uma quantidade c de camadas formadas por uma quantidade a ⋅ b de pequenos cubos unitários dentro do paralelepípedo, o volume dele ficará completamente preenchido. Nesse caso, a soma dos vo- lumes dos cubos colocados no interior do paralelepípedo, em unidades de volume, será o próprio volume do para- lelepípedo: � = ⋅ + ⋅ + ⋅ + ⋅ + + ⋅ + ⋅V a b a b a b a b a b a b Paralelepípedo c parcelas Portanto, a fórmula para o cálculo do volume de um paralelepípedo em função das medidas de suas dimensões a, b e c é: VParalelepípedo = a ⋅ b ⋅ c Nos próximos capítulos, em que estudaremos o princí pio de Cavalieri no espaço, veremos demonstrações dessa relação que contemplam outros formatos de paralelepí pedo, como os oblíquos, e casos em que as dimensões do paralelepípedo não podem ser expressas por números inteiros em nenhuma unidade de medida. Exercícios resolvidos 17 Um paralelepípedo retangular e reto tem 12 cm de lar- gura e suas outras dimensões diferem apenas 2 cm uma da outra. Sabendo que o volume desse parale- lepípedo é de 420 cm 3 , pode-se concluir que a soma de suas dimensões, em centímetros, é igual a: A 28 cm b 24 cm C 20 cm d 14 cm E 12 cm Resolução: Sendo x e (x – 2) as outras dimensões do paralelepí- pedo, temos: 12 ⋅ x ⋅ (x – 2) = 420⇔ 12x2 – 24x – 420 = 0 Dividindo a equação por 12 e resolvendo-a, obtemos: x 2x 35 0 2 4 1 35 4 140 144 x 2 144 2 1 2 12 2 2 2 − − = = ( ) ⋅ ⋅ ( ) = + = = ( ) ± ⋅ = ± = ∆ �� x x não convém = = 7 5' ( ) Portanto, as dimensões do paralelepípedo são 12 cm, 7 cm e 5 cm, cuja soma é 24 cm Alternativa: b 18 Enem 2016 O recinto das provas de natação olímpica utiliza a mais avançada tecnologia para proporcionar aos nadadores condições ideais. Isso passa por reduzir o impacto da ondulação e das correntes provocadas pelos nadadores no seu deslocamento. Para conseguir isso, a piscina de competição tem uma profundidade uniforme de 3 m, que ajuda a diminuir a “reflexão” da água (o movimento contra uma superfície e o regresso no sentido contrário, atingindo os nadadores), além dos já tradicio- nais 50 m de comprimento e 25 m de largura. Um clube deseja reformarsua piscina de 50 m de comprimento, 20 m de largura e 2 m de profundidade de forma que passe a ter as mesmas dimensões das piscinas olímpicas. Disponível em: <http://desporto.publico.pt>. Acesso em: 6 ago. 2012. Após a reforma, a capacidade dessa piscina superará a capacidade da piscina original em um valor mais pró- ximo de: A 20% b 25% C 47% d 50% E 88% Resolução: O volume atual da piscina do clube em metros cúbi- cos é V = 50 ⋅ 20 ⋅ 2 = 2 000 m3. O volume que a piscina passará a ter após a reforma será V' = 50 ⋅ 25 ⋅ 3 = 3 750 m 3 . O aumento no volume será V' – V = 3 750 – 2 000 = = 1 750 m 3 . Portanto, a taxa de aumento será igual a = = 1 750 2000 0,875 87,5%. Alternativa: E 19 Enem 2014 Um carpinteiro fabrica portas retangulares maciças, feitas de um mesmo material Por ter rece- bido de seus clientes pedidos de portas mais altas, aumentou sua altura em 1 8 , preservando suas espes- suras A fim de manter o custo com o material de cada porta, precisou reduzir a largura. A razão entre a largura da nova porta e a largura da porta anterior é: A 1 8 b 7 8 C 8 7 d 8 9 E 9 8 Resolução: Como o custo com o material é proporcional ao volu- me das portas, para mantê-lo é necessário que a nova porta tenha o mesmo volume da porta anterior. Sendo x, y e z as medidas da altura, largura e espes- sura da porta anterior, tem se que: I A altura da nova porta é igual a x x 8 9x 8 + = II. A espessura da nova porta também é igual a z. Então, sendo y’ a largura da nova porta, da igualdade entre os volumes, tem-se que: 9x 8 y' z x y z y' y 8 9 ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⇔ =