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Desafios éticos em trabalhar com populações em situação de rua. Trabalhar com populações em situação de rua apresenta uma série de desafios éticos para os profissionais de Serviço Social, que enfrentam dilemas complexos ao tentar equilibrar os princípios éticos fundamentais com as necessidades e realidades desses indivíduos vulneráveis. Alguns dos principais desafios éticos incluem: 1. Autonomia vs. paternalismo: Os assistentes sociais enfrentam o desafio de respeitar a autonomia e a capacidade de tomada de decisão dos indivíduos em situação de rua, ao mesmo tempo em que tentam fornecer orientação e apoio para ajudá-los a melhorar suas circunstâncias. Eles devem encontrar um equilíbrio delicado entre permitir que os clientes tomem suas próprias decisões e intervir quando há risco iminente para sua segurança ou bem-estar. 2. Confidencialidade vs. proteção: Os assistentes sociais devem manter a confidencialidade das informações dos clientes, conforme exigido pelo código de ética profissional. No entanto, em situações em que há preocupações com a segurança dos indivíduos em situação de rua, como abuso ou exploração, os profissionais podem se deparar com o dilema ético de decidir quando e como divulgar informações confidenciais para proteger o cliente. 3. Justiça social vs. recursos limitados: Os assistentes sociais enfrentam o desafio de equilibrar a promoção da justiça social e o acesso igualitário aos recursos com a realidade de recursos limitados disponíveis para atender às necessidades das populações em situação de rua. Eles devem tomar decisões éticas sobre como alocar recursos escassos de maneira justa e equitativa, priorizando aqueles com maior necessidade ou vulnerabilidade. 4. Empoderamento vs. assistencialismo: Os assistentes sociais devem promover o empoderamento e a autonomia dos indivíduos em situação de rua, capacitando-os a participar ativamente no processo de tomada de decisão e assumir o controle de suas vidas. No entanto, eles também enfrentam a tentação do assistencialismo, fornecendo ajuda de curto prazo que pode perpetuar a dependência e a marginalização a longo prazo. 5. Preconceito e estigmatização: Os assistentes sociais devem reconhecer e combater o preconceito e a estigmatização associados à situação de rua, garantindo que todos os clientes sejam tratados com dignidade, respeito e compaixão. Eles devem ser conscientes de seus próprios preconceitos e trabalhar ativamente para desafiar atitudes discriminatórias dentro da sociedade e do sistema de serviços humanos. Em suma, trabalhar com populações em situação de rua apresenta uma série de desafios éticos complexos para os profissionais de Serviço Social, que devem navegar por essas questões delicadas com sensibilidade, compaixão e um compromisso inabalável com os princípios éticos fundamentais da profissão. Isso requer reflexão crítica, julgamento ético e uma abordagem centrada no cliente que priorize o respeito pelos direitos, dignidade e bem-estar dos indivíduos em situação de rua.
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