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Alguma poesia, Carlos Drummond 
 
Profº Mari Neto 
 
 
Página 1 de 6 
 
1. (Enem 2007) Cidadezinha qualquer 
 
Casas entre bananeiras 
mulheres entre laranjeiras 
pomar amor cantar. 
Um homem vai devagar. 
Um cachorro vai devagar. 
Um burro vai devagar. 
Devagar... as janelas olham. 
Eta vida besta, meu Deus. 
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. In: Poesia completa. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 23. 
 
 
Cidadezinha cheia de graça... 
Tão pequenina que até causa dó! 
Com seus burricos a pastar na praça... 
Sua igrejinha de uma torre só... 
Nuvens que venham, nuvens e asas, 
Não param nunca nem num segundo... 
E fica a torre, sobre as velhas casas, 
Fica cismando como é vasto o mundo!... 
Eu que de longe venho perdido, 
Sem pouso fixo (a triste sina!) 
Ah, quem me dera ter lá nascido! 
Lá toda a vida poder morar! 
Cidadezinha... Tão pequenina 
Que toda cabe num só olhar... 
 
QUINTANA, Mário. A rua dos cata-ventos In: Poesia completa. Org. Tânia 
Franco Carvalhal. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 107. 
 
 
Ao se escolher uma ilustração para esses poemas, qual das obras, 
abaixo, estaria de acordo com o tema neles dominante? 
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
 
2. (Uel 2017) Leia o poema a seguir. 
 
Romaria 
 
Os romeiros sobem a ladeira 
cheia de espinhos, cheia de pedras, 
sobem a ladeira que leva a Deus 
e vão deixando culpas no caminho. 
 
 
 
 
 
Página 2 de 6 
Os sinos tocam, chamam os romeiros: 
Vinde lavar os vossos pecados. 
Já estamos puros, sino, obrigados, 
mas trazemos flores, prendas e rezas. 
 
No alto do morro chega a procissão. 
Um leproso de opa empunha o estandarte. 
As coxas das romeiras brincam no vento. 
Os homens cantam, cantam sem parar. 
 
Jesus no lenho expira magoado. 
Faz tanto calor, há tanta algazarra. 
Nos olhos do santo há sangue que escorre. 
Ninguém não percebe, o dia é de festa 
 
No adro da igreja há pinga, café, 
imagens, fenômenos, baralhos, cigarros 
e um sol imenso que lambuza de ouro 
o pó das feridas e o pó das muletas. 
 
Meu Bom Jesus que tudo podeis, 
humildemente te peço uma graça. 
Sarai-me, Senhor, e não desta lepra, 
do amor que eu tenho e que ninguém me tem. 
 
Senhor, meu amo, dai-me dinheiro, 
muito dinheiro para eu comprar 
aquilo que é caro mas é gostoso 
e na minha terra ninguém não possui. 
 
Jesus meu Deus pregado na cruz, 
me dá coragem pra eu matar 
um que me amola de dia e de noite 
e diz gracinhas a minha mulher. 
 
Jesus Jesus piedade de mim. 
Ladrão eu sou mas não sou ruim não. 
Por que me perseguem não posso dizer. 
Não quero ser preso, Jesus ó meu santo. 
 
Os romeiros pedem com os olhos, 
pedem com a boca, pedem com as mãos. 
Jesus já cansado de tanto pedido 
dorme sonhando com outra humanidade. 
 
ANDRADE, C. D. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 
2013. p. 76-77.) 
 
 
Com base no poema, responda aos itens a seguir. 
 
a) Ao se ler o poema, reconhecem-se diferenças entre as preces dos 
romeiros e a perspectiva do eu lírico. Explique essa diferença e 
caracterize as várias preces dos romeiros. 
b) Na segunda estrofe, há um diálogo? Justifique sua resposta. 
 
3. (Uema 2015) A obra Alguma poesia, publicada em 1930, marca a 
estreia de um dos mais emblemáticos escritores da literatura brasileira, 
Carlos Drummond de Andrade. O poema que segue integra a referida 
obra e serve como base para a questão proposta. 
 
Também já fui brasileiro 
 
Eu também já fui brasileiro 
Moreno como vocês. 
Ponteei viola, guiei forde 
E aprendi nas mesas dos bares 
Que o nacionalismo é uma virtude. 
Mas há uma hora em que os bares se fecham 
E todas as virtudes se negam. 
 
Eu também já fui poeta. 
Bastava olhar para uma mulher, 
pensava logo nas estrelas 
e outros substantivos celestes. 
Mas eram tantas, o céu tamanho, 
Minha poesia perturbou-se. 
 
Eu também já tive meu ritmo. 
Fazia isto, dizia aquilo. 
E meus amigos me queriam, 
meus inimigos me odiavam. 
Eu irônico deslizava 
Satisfeito de ter meu ritmo. 
Mas acabei confundindo tudo. 
Hoje não deslizo mais não, 
Não sou irônico mais não, 
Não tenho mais ritmo mais não. 
 
Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2013. 
 
A construção poética de “Também já fui brasileiro” reflete o(a) 
a) negação dos valores proclamados pela arte moderna no Brasil. 
b) violação dos padrões poéticos estabelecidos no Brasil até o 
Modernismo. 
c) distanciamento da poesia brasileira da arte poética dos ritmos e das 
virtudes. 
d) retomada da rítmica clássica no ato de construção proposta pelo 
Romantismo. 
e) rompimento com as ideias nacionalistas, procurando uma arte poética 
antibrasileira. 
 
4. (Upf 2014) O SOBREVIVENTE 
 
A Cyro dos Anjos 
 
Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade. 
Impossível escrever um poema – uma linha que seja – de verdadeira 
poesia. 
O último trovador morreu em 1914. 
Tinha um nome de que ninguém se lembra mais. 
 
Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais 
simples. 
Se quer fumar um charuto aperte um botão. 
Paletós abotoam-se por eletricidade. 
Amor se faz pelo sem-fio. 
Não precisa estômago para digestão. 
 
Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta 
muito para atingirmos um nível razoável de 
cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto. 
 
Os homens não melhoraram 
e matam-se como percevejos. 
Os percevejos heroicos renascem. 
Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado. 
E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio. 
 
 
 
 
 
Página 3 de 6 
(Desconfio que escrevi um poema.) 
 
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE – Alguma poesia 
 
 
Com relação ao texto acima, é incorreto afirmar que o eu lírico: 
a) diz, em tom sério, que não é poeta, porque “o último trovador morreu 
em 1914” e porque ele mesmo não conseguiu fazer deste texto um 
poema. 
b) exprime, com humor, a sua incompatibilidade com o mundo moderno. 
c) relaciona a sua poesia com a insensibilidade moderna à violência 
crescente das relações humanas. 
d) se apresenta como um poeta que sobrevive num tempo hostil à poesia. 
e) sugere que a poesia deve ocupar-se do mundo moderno, mesmo que 
discorde dele. 
 
5. (Fuvest 2014) No poema “Sentimento do mundo”, que abre o livro 
homônimo de Carlos Drummond de Andrade, dizem os versos iniciais: 
 
Tenho apenas duas mãos 
e o sentimento do mundo, 
 
 
Considerando esses versos no contexto da obra a que pertencem, 
responda ao que se pede. 
 
a) Que desejo do poeta fica pressuposto no verso “Tenho apenas duas 
mãos”? 
 
b) No poema de abertura do primeiro livro de Carlos Drummond de 
Andrade – Alguma poesia (1930) – apareciam os conhecidos versos 
 
Mundo mundo vasto mundo 
mais vasto é meu coração. 
 
Quando, anos depois, o poeta afirma ter “o sentimento do mundo”, ele 
ratifica ou altera o ponto de vista que expressara nos citados versos de 
seu livro de estreia? Explique sucintamente. 
 
6. (Ufu 2011) Em geral, a lírica é vista como o gênero que se caracteriza 
por expressar sentimentos e ideias íntimas de um sujeito poético. A 
poesia lírica seria, então, marcada sobretudo pela subjetividade, 
privilegiando o mundo interior em face ao mundo exterior. 
 
Assinale a alternativa em que o fragmento do poema não apresenta um 
eu-lírico correspondente ao que foi descrito acima. 
a) “Mundo mundo vasto mundo,/ se eu me chamasse Raimundo/ seria 
uma rima, não seria uma solução./ Mundo mundo vasto mundo,/ mais 
vasto é meu coração”. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma 
poesia). 
b) “É mineral o papel/ onde escrever/ o verso; [...] É mineral, por fim,/ 
qualquer livro:/ que é mineral a palavra escrita, a fria natureza// da palavra 
escrita.” (MELO NETO, João Cabral. Psicologia da composição). 
c) “Em que lugar ficou/ o que agora/ me faz falta/ o que não sei/ nem mais 
o nome/ o que antes foi tão querido/ [...] cercado por minha pele/ feito eu 
mesmo? (FREITAS FILHO, Armando. Longa vida). 
d) “Ninguém sonhaduas vezes o mesmo sonho/[...] Nem ama duas vezes 
a mesma mulher. [...] Ainda não estamos habituados com o mundo/ 
Nascer é muito comprido.” (MENDES, Murilo. In: Os quatro elementos). 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Balada do amor através das idades 
 
Eu te gosto, você me gosta 
desde tempos imemoriais. 
Eu era grego, você troiana, 
troiana mas não Helena. 
Saí do cavalo de pau 
para matar seu irmão. 
Matei, brigamos, morremos. 
(...) 
Hoje sou moço moderno, 
remo, pulo, danço, boxo, 
tenho dinheiro no banco. 
Você é uma loura notável, 
boxa, dança, pula, rema. 
Seu pai é que não faz gosto. 
Mas depois de mil peripécias, 
eu, herói da Paramount, 
te abraço, beijo e casamos. 
(DRUMOND, Carlos. Alguma poesia, 1930) 
 
 
 
7. (Ufrj 2003) Identifique e explicite, no texto, 2 (dois) usos linguísticos 
que caracterizem a evolução cronológica ocorrida da primeira para a 
última estrofe do poema. 
 
8. (Ufrj 2003) A norma culta não prevê o emprego dos pronomes tal como 
aparecem no texto. Levando em consideração a proposta de linguagem 
do movimento literário em que o poema se insere, justifique o uso dos 
pronomes no primeiro verso. 
 
9. (Fuvest 2001) Chega! 
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos. 
Minha boca procura a "Canção do Exílio". 
Como era mesmo a "Canção do Exílio"? 
Eu tão esquecido de minha terra... 
Ai terra que tem palmeiras 
onde canta o sabiá! 
 (Carlos Drummond de Andrade, "Europa, França e Bahia", 
ALGUMA POESIA) 
 
Neste excerto, a citação e a presença de trechos.............. constituem um 
caso de.............. 
 
Os espaços pontilhados da frase acima deverão ser preenchidos, 
respectivamente, com o que está em: 
a) do famoso poema de Álvares de Azevedo / discurso indireto. 
b) da conhecida canção de Noel Rosa / paródia. 
c) do célebre poema de Gonçalves Dias/ intertextualidade. 
d) da célebre composição de Villa-Lobos/ ironia. 
e) do famoso poema de Mário de Andrade / metalinguagem. 
 
10. (Fuvest 2001) POLÍTICA LITERÁRIA 
 
O poeta municipal 
discute com o poeta estadual 
qual deles é capaz de bater o poeta 
 [federal. 
Enquanto isso o poeta federal 
tira ouro do nariz. 
 (Carlos Drummond de Andrade, "Alguma poesia") 
 ANEDOTA BÚLGARA 
 
Era uma vez um czar naturalista 
que caçava homens. 
Quando lhe disseram que também se 
 [caçam borboletas e andorinhas, 
ficou muito espantado 
 
 
 
 
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e achou uma barbaridade. 
 (Carlos Drummond de Andrade, "Alguma poesia") 
 
Costuma-se reconhecer que estes poemas, pertencentes ao 
Modernismo, apresentam aspectos característicos do "poema-piada", 
modalidade bastante praticada nesse período literário. 
 
a) Identifique um recurso de estilo tipicamente modernista que esteja 
presente em ambos os poemas. Explique-o sucintamente. 
 
b) Considere a seguinte afirmação: 
O POEMA-PIADA VISA A UM HUMORISMO INSTANTÂNEO E, POR 
ISSO, ESGOTA-SE EM SI MESMO, NÃO INDO ALÉM DESSE 
OBJETIVO IMEDIATO. 
A afirmação aplica-se aos poemas aqui reproduzidos? Justifique 
brevemente sua resposta. 
 
11. (Fuvest 2000) QUERO ME CASAR 
 
Quero me casar 
na noite na rua 
no mar ou no céu 
quero me casar. 
 
Procuro uma noiva 
loura morena 
preta ou azul 
uma noiva verde 
uma noiva no ar 
como um passarinho. 
 
Depressa, que o amor 
não pode esperar! 
 
(Carlos Drummond de Andrade, ALGUMA POESIA) 
 
a) Caracterize brevemente a concepção de amor presente neste poema. 
 
b) Compare essa concepção de amor com a que predominava na 
literatura do Romantismo. 
 
12. (Enem 1999) Quem não passou pela experiência de estar lendo um 
texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos 
conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a 
denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos: 
 
I. Quando nasci, um anjo torto 
Desses que vivem na sombra 
Disse: Vai Carlos! Ser "gauche" na vida 
 
 (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma Poesia. Rio de Janeiro: 
Aguilar, 1964) 
 
II. Quando nasci veio um anjo safado 
O chato dum querubim 
E decretou que eu tava predestinado 
A ser errado assim 
Já de saída a minha estrada entortou 
Mas vou até o fim. 
 
 (BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Cia das Letras, 
1989) 
 
III. Quando nasci um anjo esbelto 
Desses que tocam trombeta, anunciou: 
Vai carregar bandeira. 
Carga muito pesada pra mulher 
Esta espécie ainda envergonhada. 
 
 (PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986) 
 
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação 
a Carlos Drummond de Andrade, por 
a) reiteração de imagens 
b) oposição de ideias 
c) falta de criatividade 
d) negação dos versos 
e) ausência de recursos 
 
13. (Fuvest 1999) Refere-se corretamente a ALGUMA POESIA, de 
Drummond, a seguinte afirmação: 
a) A imagem do poeta como "gauche" revela a sua militância na poesia 
engajada e participante, de esquerda. 
b) As oposições sujeito-mundo e província-metrópole são fundamentais 
em vários poemas. 
c) A filiação modernista do livro liberou o poeta das preocupações com a 
elaboração formal dos poemas. 
d) O livro não contém textos metalinguísticos, o que caracteriza a primeira 
fase do autor. 
e) A ironia e o humor evitam que o eu-lírico se distancie ou se isole, 
proporcionando-lhe a comunhão com o mundo exterior. 
 
 
 
 
 
Página 5 de 6 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [E] 
 
Resposta da questão 2: 
 a) O eu lírico assume a posição de observador na primeira parte do 
poema, descrevendo os romeiros de forma geral, enquanto caminham à 
igreja. Percebe-se certo tom crítico do eu lírico nos dois últimos versos da 
quarta estrofe e ao enumerar os elementos na quinta estrofe, 
incompatíveis com o local, a igreja. Da sexta à nona estrofe, os romeiros 
fazem suas preces e cada um está retratado individualmente: o leproso, 
cuja menção à lepra o caracteriza, pede amor; outro romeiro de poucas 
posses pede dinheiro; o terceiro, motivado pelo ciúme, quer coragem para 
cometer um assassinato, e o quarto, ladrão, pede para não ser preso. Em 
todas as preces, vê-se a quebra de expectativa do que se espera de um 
penitente – o arrependimento – e os pedidos que, de certo modo, 
provocam o humor. Ao final, o eu lírico novamente assume a posição de 
distanciamento descritivo e de crítica. 
 
b) Sim, há diálogo. Embora não apareçam todas as marcas do diálogo, 
como o travessão do discurso direto, nota-se, com clareza, a distinção 
entre os sinos que chamam “Vinde lavar os vossos pecados.” e a resposta 
dos romeiros “Já estamos puros, sino, obrigados,”. A forma imperativa 
“vinde”, o vocativo “sino” e o termo “obrigados” são marcas desse diálogo. 
 
Resposta da questão 3: 
 [B] 
 
Em uma poesia metalinguística, o eu lírico afirma ter empregado 
expedientes poéticos temáticos (a nacionalidade e a mulher amada) e 
formais (ritmo marcado) típicos da literatura praticada no Brasil até 1922, 
seguindo padrões importados da Europa – no caso apontado, o 
Romantismo. O eu lírico, no entanto, afirma ter mudado, rompendo com 
tais padrões, assim como o Modernismo defendeu. 
 
Resposta da questão 4: 
 [A] 
 
A única incorreta é a alternativa [A] porque o poema foi escrito em tom 
jocoso, bem humorado, jamais em tom sério. 
 
Resposta da questão 5: 
 a) Logo no primeiro verso do poema, o advérbio “apenas” aponta para 
um reconhecimento da própria impotência do eu lírico. Essa ideia irá 
percorrer todo o resto do poema. Porém, também sugere um desejo de 
força, a fim de lutar contra aquilo que o oprime, clamando para isso, em 
outros poemas, à ação coletiva, evidenciando, assim, a ideologia do 
poeta no contexto em que o livro foi escrito. 
 
b) O ponto de vista do poeta é alterado. No primeiro livro, os versos 
citados indicam um eu lírico voltado para si, para a subjetividade, 
colocando seus sentimentos como mais importantes, maiores que o 
próprio mundo. Mais tarde, vemos o poeta voltar-se para os sentimentos 
do mundo, ou seja, priorizar e valorizar as mazelas que seespalham pelo 
mundo, evidenciando um poeta mais preocupado com a coletividade do 
que com a individualidade. 
 
Resposta da questão 6: 
 [B] 
 
Na alternativa B, os versos são marcados pela objetividade. 
 
Resposta da questão 7: 
 tempos imemoriais / hoje 
eu era grego / hoje sou moço moderno 
tempos modernos / heróis da Paramount 
pretérito / presente 
 
Resposta da questão 8: 
 O uso de pronomes não corresponde à norma culta, porque o poema em 
questão pertence ao Movimento Modernista, da primeira fase, que se 
propôs a romper com os padrões tradicionais. 
 
Resposta da questão 9: 
 [C] 
 
Resposta da questão 10: 
 a) Ambos os poemas são compostos em versos chamados "livres", pois 
não obedecem às convenções da métrica tradicional, isossilábica (isto é, 
na qual os versos "medem" o mesmo número de sílabas). Em ambos os 
poemas, o registro de linguagem é coloquial, ou seja, próprio da 
conversação, despido dos traços retóricos que caracterizam o discurso 
de registro formal, típico da tradição literária de que o Modernismo de 
então procurava afastar-se. Em ambos os poemas, o humor (outro 
ingrediente de predileção modernista) é essencial ao efeito crítico e não 
compromete sua gravidade. 
 
b) Nos dois poemas, o humorismo é instrumento de crítica, de "crítica de 
vida": em "Política Literária", trata-se da vida cultural, suas relações com 
o poder e suas hierarquias espúrias; em "Anedota Búlgara", trata-se da 
opressão política. 
 
Resposta da questão 11: 
 a) A concepção de amor é idealizada pelo "eu-lírico" do poeta. Ele aceita 
qualquer tipo de noiva - loura, morena - mas é preciso concretizar o 
desejo em alguma mulher. 
 
b) Tanto neste poema modernista como no romântico, a concepção ideal 
de amor é vista de forma platônica. No entanto, quando a figura da 
mulher, no modernismo, não é idealizada, enquanto no romântico há que 
ser perfeita, harmônica e de beleza absoluta. 
 
Resposta da questão 12: 
 [A] 
 
A imagem do “anjo”, caracterizado como “torto” no poema de Carlos 
Drummond de Andrade, é retomada por Chico Buarque e por Adélia 
Prado, como “safado e “esbelto”, respectivamente. 
 
Resposta da questão 13: 
 [B] 
 
 
 
 
 
 
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