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07 11 - (Lista Extra - Rev Semestral)

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Profª Fernanda Morais 
História 
 
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Lista Extra de História – Revisão Semestral 
 
1. (Unesp 2019) O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares 
Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, quando se celebra a 
invenção da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu 
por nós, e por esta causa pôs nome à terra que se encontrava 
descoberta de Santa Cruz e por este nome foi conhecida muitos 
anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz perdeu todo 
o domínio que tinha sobre os homens, receando perder também 
o muito que tinha em os desta terra, trabalhou que se 
esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa 
de um pau assim chamado de cor abrasada e vermelha com que 
tingem panos [...]. 
(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza. O 
Diabo e a Terra de Santa Cruz, 1986. Adaptado.) 
 
O texto revela que 
 
a) a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o 
processo de conquista e colonização do Brasil. 
b) um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil 
orientou as ações dos mercadores portugueses. 
c) os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo 
Mundo sempre respeitaram motivações e princípios 
religiosos. 
d) o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi 
impedir o avanço do protestantismo nas terras do Novo 
Mundo. 
e) uma visão mística da colonização acompanhou a exploração 
dos recursos naturais existentes nas terras conquistadas. 
 
2. (Mackenzie 2019) As diversas etapas político-administrativas 
do Período Colonial brasileiro são marcadas 
 
a) pelo prestígio das Câmaras Municipais, em que se 
manifestava o poder político dos grandes proprietários de 
terras locais. 
b) pela seleção dos altos cargos da hierarquia administrativa e 
eclesiástica entre os naturais da Colônia. 
c) pela progressiva autonomia da Colônia, principalmente após 
a elevação a Vice-Reinado em 1720. 
d) pelo incentivo à ocupação de terras no interior no país e pela 
catequese dos povos indígenas pelos jesuítas. 
e) pela superposição do poder dos representantes eclesiásticos 
sobre o poder dos donatários, evidenciando o forte caráter 
religioso da nossa colonização. 
 
3.(Espcex (Aman) 2019) Durante o período conhecido por 
União Ibérica, ocorreu o Embargo Espanhol ao comércio das 
colônias portuguesas com os holandeses. Isto motivou a 
Holanda a atacar o Nordeste brasileiro com a finalidade de 
romper o embargo e reativar as rotas comerciais entre o Brasil e 
a Europa. É fato relacionado à primeira investida dos holandeses 
ao Brasil, ocorrida em 08 de maio de 1624, a (o)(s) 
 
a) conquista de Porto Calvo por Matias de Albuquerque. 
b) ocupação de Salvador. 
c) governo de Maurício de Nassau. 
d) fundação do Arraial do Bom Jesus. 
e) Batalhas de Guararapes 
 
4. (Uece 2019) Segundo nos informa Darcy Ribeiro (1995, 
p.194), em fins do século XVI, a colônia possuía 3 cidades, a 
maior delas, Salvador, então sede do Governo Geral, contava 
com aproximadamente 15 mil habitantes; no final do século XVII, 
salvador tinha em torno de 30 mil habitantes e Recife tinha 20 
mil. Ao final do século XVIII, enquanto cidades centenárias como 
Salvador e Recife tinham por volta de 40 mil e 25 mil habitantes, 
respectivamente, a jovem cidade de Vila Rica, hoje Ouro Preto, 
elevada à categoria de Vila somente em 1711, já possuía cerca 
de 30 mil habitantes. 
 
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 194. 
 
O fenômeno demográfico do rápido crescimento populacional de 
Vila rica (Ouro Preto) no século XVIII é atribuído 
 
a) ao processo de interiorização da colonização portuguesa no 
Brasil a partir da expansão da atividade pecuarista, por meio 
das correntes do sertão de dentro, oriunda da Bahia, e do 
sertão de fora originária de Pernambuco. 
b) à grande migração de colonos e de pessoas oriundas de 
Portugal para a região que hoje é Minas Gerais, em função 
das descobertas de jazidas de ouro e pedras preciosas, o que 
fez surgirem vários centros urbanos na área. 
c) ao estímulo ao desenvolvimento da colônia, promovido por 
Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, 
secretário de Estado do Reino, sob o reinado de D. José I, 
que incentivou a indústria e a educação no Brasil. 
d) à ocupação de vastos espaços do território da colônia por 
colonos espanhóis das regiões do Potosi e do Rio da Prata, 
quando ocorreu a União Ibérica (1580-1640), época em que 
reis hispânicos governaram o reino de Portugal. 
 
5.(Unicamp 2019) Tanto que se viu a abundância do ouro que 
se tirava e a largueza com que se pagava tudo o que lá ia, logo 
se fizeram estalagens e logo começaram os mercadores a 
mandar às Minas Gerais o melhor que chega nos navios do 
Reino e de outras partes. De todas as partes do Brasil, se 
começou a enviar tudo o que dá a terra, com lucro não somente 
grande, mas excessivo. Daqui se seguiu, mandarem-se às 
Minas Gerais as boiadas de Paranaguá, e às do rio das Velhas, 
as boiadas dos campos da Bahia, e tudo o mais que os 
moradores imaginaram poderia apetecer-se de qualquer gênero 
de cousas naturais e industriais, adventícias e próprias. 
(Adaptado de André Antonil, Cultura e Opulência do Brasil. Belo 
Horizonte: Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.) 
 
Sobre os efeitos da descoberta das grandes jazidas de metais e 
pedras preciosas no interior da América portuguesa na formação 
histórica do centro-sul do Brasil, é correto afirmar que: 
 
a) A demanda do mercado consumidor criado na zona 
mineradora permitiu a conexão entre diferentes partes da 
Colônia que até então eram pouco integradas. 
b) A partir da criação de rotas de comércio entre os campos do 
sul da Colônia e a região mineradora, Sorocaba e suas feiras 
perderam a relevância econômica adquirida no século XVII. 
c) O desenvolvimento socioeconômico da região das minas e do 
centro-sul levou a Coroa a deslocar a capital da Colônia de 
Salvador para Ouro Preto em 1763. 
d) Como o solo da região mineradora era infértil, durante todo o 
século XVIII sua população importava os produtos 
alimentares de Portugal ou de outras capitanias. 
 
6.(Unicamp 2019) Entre os séculos XVII e XVIII, o nheengatu se 
tornou a língua de comunicação interétnica falada por diversos 
povos da Amazônia. Em 1722, a Coroa exortou os carmelitas e 
os franciscanos a capacitarem seus missionários a falarem esta 
língua geral amazônica tão fluentemente como os jesuítas, já 
que em 1689 havia determinado seu ensino aos filhos de 
colonos. 
(Adaptado de José Bessa Freire, Da “fala boa” ao português 
na Amazônia brasileira. Ameríndia, Paris, n. 8, 1983, p.25.) 
 
Com base na passagem acima, assinale a alternativa correta. 
 
a) Os jesuítas criaram um dicionário baseado em línguas 
indígenas entre os séculos XVI e XIX, que foi amplamente 
 
Profª Fernanda Morais 
História 
 
 
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usado na correspondência e na administração colonial nos 
dois lados do Atlântico. 
b) O texto permite compreender a necessidade de o colonizador 
português conhecer e dominar a língua para poder disciplinar 
os índios em toda a Amazônia durante o período pombalino e 
no século XIX. 
c) O aprendizado dessa língua associava-se aos projetos de 
colonização, visando ao controle da mão de obra indígena 
pelos agentes coloniais, como missionários, colonos e 
autoridades. 
d) A experiência do nheengatu desapareceu no processo de 
exploração da mão de obra indígena na Amazônia e em 
função da interferência da Coroa, que defendia o uso da 
língua portuguesa. 
 
7.(Ufrgs 2019) Sobre as atividades econômicas e a mão de obra 
na América Portuguesa, entre os séculos XVI e XVII, é correto 
afirmar que a produção 
 
a) era voltada exclusivamente para o mercado externo, restrita 
ao cultivo em plantations, e a mão de obra era exclusivamente 
de indígenas e africanos escravizados.b) era voltada para além do mercado externo, com diversas 
culturas ligadas ao mercado interno, e a mão de obra era 
majoritariamente de escravizados, mas com a presença de 
trabalhadores livres. 
c) era voltada exclusivamente para o mercado interno, através 
do cultivo de itens de subsistência, e a mão de obra era 
exclusivamente de indígenas e africanos escravizados. 
d) não se resumia ao mercado externo, com diversas culturas 
voltadas ao mercado interno, e a mão de obra era 
exclusivamente de indígenas e africanos escravizados. 
e) era voltada exclusivamente para o mercado externo, restrita 
ao cultivo em plantations, e a mão de obra era 
majoritariamente de escravizados, mas com a presença de 
trabalhadores livres. 
 
8.(Uerj 2019) Quando chegar o feliz momento da abolição, não 
será devido nunca à inclinação sincera do povo ou do governo, 
a menos que venham a sofrer grande mudança. Pois quase me 
aventuraria a dizer que não há dez pessoas em todo o Império 
que considerem esse comércio um crime ou o encarem sob 
outro aspecto que não seja o de ganho e perda, de simples 
especulação mercantil, que deve continuar ou cessar conforme 
for vantajoso ou não. Acostumados a não fazer nada, os 
brasileiros em geral estão convencidos de que os escravos são 
necessários como animais de carga, sem os quais os brancos 
não poderiam viver. 
HENRY CHAMBERLAIN, agente diplomático britânico, em 31/12/1823. 
Adaptado de SOUSA, O. T. Fatos e personagens em torno de um 
regime. Rio de Janeiro: José Olympio, 1960. 
 
 
Após a emancipação política do Império do Brasil, o debate 
sobre o fim do tráfico intercontinental de escravos e da 
escravidão esteve em pauta, como abordado por Henry 
Chamberlain em 1823. 
Naquele contexto, de acordo com o diplomata britânico, as 
resistências à abolição do tráfico e da escravidão estavam 
associadas à conjuntura de: 
 
a) desqualificação do trabalho braçal 
b) vigência da sociedade burguesa 
c) instabilidade do regime jurídico 
d) decadência da estrutura agrária 
 
9.(Uece 2019) Diversas características culturais marcaram o 
Brasil durante o Segundo Reinado (1840-1889), dentre as quais 
destacou-se 
 
a) a realização da Semana de Arte Moderna, também chamada 
de Semana de 22, que ocorreu em São Paulo e congregou 
grandes nomes do modernismo. 
b) o surgimento de uma literatura que unia o lirismo à crítica 
social e ao realismo fantástico e que tinha em Jorge Amado e 
Dias Gomes seus grandes ícones. 
c) o aparecimento de grupos teatrais como o Oficina e o Arena, 
que davam ênfase aos autores nacionais e usavam a arte 
para criticar a situação do País. 
d) o predomínio de uma literatura de construção da identidade 
nacional, como o romantismo indianista de José de Alencar e 
Gonçalves Dias. 
 
10.(Ufrgs 2019) Leia as seguintes afirmações a respeito da 
Guerra do Paraguai. 
 
I. A presença de mulheres brasileiras no conflito, atuando no 
abastecimento, no tratamento aos feridos e, inclusive, nas 
frentes de batalha, foi significativa. 
II. Um decreto imperial foi promulgado, garantindo liberdade aos 
escravizados que se alistassem e indenização aos seus 
proprietários. 
III. O governo monárquico cumpriu integralmente o acordo de 
concessão de terras, empregos e pensões a todos os 
“Voluntários da Pátria” que retornaram do conflito. 
 
Quais estão corretas? 
 
a) Apenas I. d) Apenas II e III. 
b) Apenas III. e) I, II e III. 
c) Apenas I e II. 
 
11.(Espcex (Aman) 2019) Em 1834, numa tentativa de 
harmonizar as diversas forças em conflito no País, grupos 
políticos, como o dos moderados, promoveram uma reforma na 
Constituição do Império, mediante a promulgação do Ato 
Adicional. Observe os enunciados abaixo. 
 
I. Criação do Conselho de Estado. 
II. Criação das Assembleias Legislativas provinciais. 
III. A regência deixava de ser trina para se tornar una. 
IV. Fundação do Clube da Maioridade. 
 
Assinale a opção em as afirmativas estão relacionadas ao Ato 
Adicional. 
 
a) I e II b) II e IV c) II e III 
d) I e IV e) III e IV 
 
12.(Upf 2019) É praticamente um consenso historiográfico a 
interpretação de que onde houve escravidão, houve resistência. 
Os escravos jamais se conformaram com a perda da liberdade 
e as rebeliões representaram a principal forma de resistência 
coletiva. 
Sobre o tema, responda: qual foi a maior revolta de cativos no 
Brasil, liderada por escravos muçulmanos, tendo a participação 
de africanos e crioulos, escravos e libertos, atingindo 
mobilização de cerca de 600 revoltosos? 
 
a) Revolta de João Congo. 
b) Revolta de Nazaré das Farinhas. 
c) Levante dos Malês. 
d) Insurreição do Haiti. 
e) Revolta de Carrancas. 
 
 
 
 
 
 
Profª Fernanda Morais 
História 
 
 
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13.(Uece 2019) Sobre a transferência da Corte portuguesa para 
o Brasil em 1808, é correto afirmar que 
 
a) ocorreu sem nenhum transtorno para a população do Rio de 
Janeiro, que recepcionou os nobres portugueses de forma 
planejada, sem que fossem necessárias grandes mudanças 
na cidade. 
b) teve como causa direta a invasão das tropas francesas ao 
território português como forma de forçar a adesão do país 
luso ao bloqueio continental. 
c) foi provocada pela ameaça inglesa de invasão ao Brasil, caso 
Portugal aderisse ao Bloqueio Continental ao comércio 
britânico, imposto por Napoleão Bonaparte no decreto de 
Berlim, emitido em 1806. 
d) somente foi realizada como forma de garantir o cumprimento 
do tratado de Fontainebleau, assinado com a França, que 
garantia a mudança para o Brasil no caso de ameaça 
espanhola a Portugal. 
 
14.(Ufrgs 2018) Leia o segmento abaixo, do escritor indígena 
Ailton Krenak. 
 
Os fatos e a história recente dos últimos 500 anos têm indicado 
que o tempo desse encontro entre as nossas culturas é um 
tempo que acontece e se repete todo dia. Não houve um 
encontro entre as culturas dos povos do Ocidente e a cultura do 
continente americano numa data e num tempo demarcado que 
pudéssemos chamar de 1500 ou de 1800. Estamos convivendo 
com esse contato desde sempre. 
KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro. In: NOVAES, Adauto 
(org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Funarte, Companhia 
das Letras, 1999. p. 25. 
 
Considerando a história indígena no Brasil, a principal ideia 
contida no segmento é 
 
a) negação da conquista europeia na América, em 1500. 
b) ausência de transformação social nas sociedades ameríndias. 
c) exclusão dos povos americanos da história ocidental. 
d) estagnação social do continente sul-americano após a 
chegada dos europeus. 
e) continuidade histórica do contato cultural entre ocidentais e 
indígenas. 
 
15.(Mackenzie 2018) “(...) Neste dia, a horas de véspera, 
houvemos vista de terra! Primeiramente dum monte, mui alto e 
redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra 
chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs o 
nome – o Monte Pascoal, e à terra – a Terra de Vera Cruz.” 
CAMINHA, Pero Vaz de. “Carta. In: Freitas a el -rei D. Manuel”.In 
FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: 
Plátano, 1986. V. II, p. 99-100. 
 
O texto acima é parte da carta do escrivão, Pero Vaz de 
Caminha, tripulante a bordo da armada de Pedro Álvarez Cabral, 
ao rei português D. Manuel, narrando o descobrimento do Brasil. 
Essa expedição marítima pode ser entendida no contexto 
socioeconômico da época, como uma 
 
a) tentativa de obtenção de novas terras, no continente europeu, 
para ceder aos nobres portugueses, empobrecidos pelo 
declínio do feudalismo, verificado durante todo o século XIV. 
b) consolidação do poder da Igreja junto às Monarquias ibéricas, 
interessada tanto em reprimir o avanço mulçumano no 
Mediterrâneo, quanto em cristianizar os indígenas do Novo 
Continente. 
c) busca por ouro e prata no litoral americano, para suprir a 
escassez de metais preciosos na Europa, o que prejudicava 
a continuidade do comércio como Oriente. 
d) conquista do litoral brasileiro e sua ocupação, garantindo que 
a coroa portuguesa tomasse posse dos territórios a ela 
concedidos, pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. 
e) tomada oficial das terras garantidas a Portugal, pelo acordo 
de Tordesilhas, e o controle exclusivo português da rota 
atlântica, dando-lhes acesso ao lucrativo comércio de 
especiarias. 
 
16.(Famerp 2018) A Bahia é cidade d’El-Rei, e a corte do Brasil; 
nela residem os Srs. Bispo, Governador, Ouvidor-Geral, com 
outros oficiais e justiça de Sua Majestade; [...]. É terra farta de 
mantimentos, carnes de vaca, porco, galinha, ovelhas, e outras 
criações; tem 36 engenhos, neles se faz o melhor açúcar de toda 
a costa; [...] terá a cidade com seu termo passante de três mil 
vizinhos Portugueses, oito mil Índios cristãos, e três ou quatro 
mil escravos da Guiné. 
(Fernão Cardim. Tratados da terra e gente do Brasil, 1997.) 
 
O padre Fernão Cardim foi testemunha da colonização 
portuguesa do Brasil de 1583 a 1601. O excerto faz uma 
descrição de Salvador, sede do Governo-Geral, referindo-se, 
entre outros aspectos, à 
 
a) incorporação pelos colonizadores dos padrões culturais 
indígenas. 
b) ligação da atividade produtiva local com o comércio 
internacional. 
c) miscigenação crescente dos grupos étnicos presentes na 
cidade. 
d) existência luxuosa da nobreza portuguesa na capital da 
colônia. 
e) dependência da população em relação à importação de 
produtos de sobrevivência. 
 
17.(Uece 2018) Sobre a presença de europeus, durante os 
séculos XVI, XVII e XVIII, no território que hoje pertence ao 
Brasil, é correto afirmar que 
 
a) se restringiu aos portugueses que, desde o Tratado de 
Tordesilhas, eram os únicos com direito sobre esta terra 
plenamente reconhecido pelas demais nações europeias. 
b) diferentemente de outras regiões da América, nenhuma das 
cidades do Brasil sofreu ataques de piratas ou corsários de 
origem europeia. 
c) devido ao Tratado de Tordesilhas, apenas portugueses e 
espanhóis estiveram pelas terras brasileiras durante os 
séculos de nossa colonização. 
d) além dos portugueses, em diversas regiões do atual território 
brasileiro, nos primeiros séculos da colônia, houve presenças 
de espanhóis, franceses e holandeses. 
 
18.(Unesp 2018) Na colônia, a justiça era exercida por toda uma 
gama de funcionários a serviço do rei. A violência, a coerção e a 
arbitrariedade foram suas principais características. [...] Nas 
regiões em que a presença da Coroa era mais distante, os 
grandes proprietários de terras exerciam considerável 
autoridade administrativa e judicial. No sertão, os potentados 
impunham seus interesses à população livre. 
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma 
interpretação, 2008.) 
 
Ao analisar o aparato judiciário no Brasil Colonial, o texto 
a) identifica a isonomia e a impessoalidade na administração da 
justiça e seu embasamento no direito romano. 
b) explicita a burocratização do sistema jurídico nacional e 
reconhece sua eficácia no controle interno. 
c) indica o descompasso entre as determinações da Coroa 
portuguesa e os interesses pessoais dos governadores-
gerais. 
 
Profª Fernanda Morais 
História 
 
 
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d) distingue o sistema oficial da dinâmica local e atesta o 
prevalecimento de ações autoritárias em ambas. 
e) diferencia as funções do Poder Judiciário e do Poder 
Executivo e caracteriza a ação autônoma e independente de 
ambos. 
 
19.(Fgv 2018) A agromanufatura da cana resultaria em outro 
produto tão importante quanto o açúcar: a cachaça. Alambiques 
proliferaram ao longo dos séculos coloniais. A comercialização 
da bebida afetava profundamente a importação de vinhos de 
Portugal. Esse comércio era obrigatório, pois por meio dos 
tributos pagos pelas cotas do vinho importado é que a Coroa 
pagava as suas tropas na Colônia. A cachaça produzida aqui 
passou a concorrer com os vinhos, com vantagens econômicas 
e culturais. Essa concorrência comercial entre colônia e 
metrópole se estendeu para as praças negreiras e rotas de 
comercialização de escravos na África portuguesa. A cachaça 
brasileira, por ser a bebida preferida para os negócios de compra 
e venda de escravos africanos, colocou em grande 
desvantagem a comercialização dos vinhos portugueses 
remetidos à África. A longa queda de braço mercantil acabou 
favorecendo afinal a cachaça, porque sem ela, nada de 
escravos, nada de produção na Colônia, com consequências 
graves para a arrecadação do reino. 
(Ana Maria da Silva Moura. Doce, amargo açúcar. Nossa História, ano 
3, nº 29, 2006. Adaptado) 
 
A partir dessa breve história da cachaça no Brasil, é correto 
afirmar que 
 
a) essa produção prejudicou os negócios relacionados ao 
açúcar, porque desviava parte considerável da mão de obra 
e dos capitais, além de incentivar o tráfico negreiro em 
detrimento do uso do trabalho compulsório indígena, que 
mais interessava ao Estado português. 
b) esse item motivou recorrentes conflitos entre as elites colonial 
e metropolitana, condição em parte solucionada quando as 
regiões africanas fornecedoras de escravos tornaram-se 
também produtoras de cachaça, o que desestimulou a sua 
produção na América portuguesa. 
c) essa bebida tem uma trajetória que comprova a ausência de 
domínio da metrópole sobre a América portuguesa, porque as 
restrições ao comércio e à produção de mercadorias no 
espaço colonial não surtiam efeitos práticos e coube aos 
senhores de engenho impor a ordem na Colônia. 
d) esse produto desrespeitava um princípio central nas relações 
que algumas metrópoles europeias impunham aos seus 
espaços coloniais, nesse caso, a quebra do monopólio de 
grupos mercantis do reino e a concorrência a produtos da 
metrópole. 
e) essa mercadoria recebeu um impulso importante, mesmo 
contrariando as determinações metropolitanas, mas, 
gradativamente, perdeu a sua importância, em especial 
quando o tabaco e os tecidos de algodão assumiram a função 
de moeda de troca por escravos na África. 
 
20.(Enem 2018) A rebelião luso-brasileira em Pernambuco 
começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 
1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João 
Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes tinham 
com os holandeses. Houve grande adesão da “nobreza da terra”, 
entusiasmada com esta proclamação heroica. 
VAINFAS. R Guerra declarada e paz fingida na restauração 
portuguesa. Tempo, n. 27, 2009. 
 
O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa 
seiscentista foi o resultado do(a) 
 
a) fraqueza bélica dos protestantes batavos. 
b) comércio transatlântico da África ocidental. 
c) auxílio financeiro dos negociantes flamengos. 
d) diplomacia internacional dos Estados ibéricos. 
e) interesse econômico dos senhores de engenho. 
 
21.(Acafe 2018) “É verdade que antes da união das monarquias 
ibéricas, em 1580,ao manter uma boa relação com os 
portugueses, os flamengos frequentavam os portos brasileiros e 
a cidade de Lisboa carregando açúcar em suas urcas, levando-
o a refinar em Flandres e distribuindo-o por via terrestre e fluvial 
por toda a Europa central. De sua embarcação tão 
características, ficou a lembrança na toponímia carioca, através 
do morro que evoca a sua forma.” 
 
PRIORI, Mary del. Histórias da gente brasileira: volume 1: colônia. 
São Paulo: Editora LeYa, 2016. Página 69. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o período 
colonial da história do Brasil é correto afirmar, exceto: 
 
a) Durante a União Ibérica, holandeses e espanhóis formaram a 
Companhia das Índias Ocidentais e dividiram os lucros da 
comercialização do açúcar produzido no Brasil e levado para 
a Europa. 
b) Com a União Ibérica acirraram-se os conflitos entre a 
Espanha e a Holanda. Com a proibição espanhola da parceria 
comercial entre holandeses e produtores de açúcar no Brasil, 
os flamengos invadiramo nordeste. 
c) Maurício de Nassau, administrador holandês em 
Pernambuco, promoveu reformas urbanas e manteve uma 
boa relação com os senhores de engenho. 
d) A revolta conhecida como Insurreição Pernambucana acabou 
determinando a saída dos holandeses do nordeste brasileiro 
e teve como consequência uma crise na empresa açucareira 
brasileira. 
 
22.(Uece 2018) No Ceará, durante os séculos XVII e XVIII, 
formou-se o que o historiador cearense Capistrano de Abreu 
denominaria como “Civilização do Couro”. Este aspecto 
característico da colonização cearense está ligado 
 
a) ao fato de existir, nas terras cearenses, uma farta manada de 
gado bufalino natural da região, o que proporcionou, aos 
nativos locais e aos europeus colonizadores, as condições 
ideais para explorarem aquela riqueza. 
b) ao desenvolvimento, após a decadência da produção 
algodoeira, de uma grande atividade de pecuária de corte e 
leiteira que, ainda hoje, é uma das maiores do Brasil e 
sustenta a economia cearense. 
c) ao processo colonizatório cearense que ocorreu a partir da 
ocupação pela pecuária, na capitania, através da frente de 
ocupação do sertão-de-fora, conduzida por pernambucanos, 
e da frente de ocupação do sertão-de-dentro, controlada 
principalmente por baianos. 
d) ao modelo original de ocupação através da pecuária bovina 
que, saindo do Ceará, ajudou na ocupação do interior 
nordestino e na colonização dos serrados do centro-oeste, 
dos pampas do sul do país e do pantanal mato-grossense. 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 
 
1. 2.A 3.B 4.B 5.A 6.C 
7.B 8.A 9.D 10. 11.C 12.C 
13.B 14.E 15.E 16.B 17.D 18.D 
19.D 20.E 21.A 22.C 
 
 
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História geral: 
 
1.(Mackenzie 2019) A Confederação de Delos, organizada no 
século V a. C., que chegou a registrar cerca de 400 políeis 
gregas, está vinculada 
 
a) à derrota grega nas Guerras Púnicas e à necessidade de unir 
forças para enfrentarem um inimigo em comum. 
b) à extinção do sistema de produção escravista grego e ao caos 
econômico que tal fato determinou. 
c) à unificação política das cidades-estados gregas a fim de 
fazerem frente à invasão macedônica. 
d) à defesa por parte grega do controle comercial do 
Mediterrâneo ocidental diante da ascensão persa. 
e) à supremacia de Atenas diante das demais cidades gregas 
após a vitória sobre os macedônios. 
 
2.(Unesp 2019) – São uma formosura os governantes que tu 
modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...] 
– Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que 
estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora 
difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra 
maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, 
um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as 
honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem 
livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a 
máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, 
e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, 
à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua 
cidade? 
 
(Platão. A República, 1987.) 
 
O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., 
caracteriza 
 
a) a predominância das atividades econômicas rurais sobre as 
urbanas e enfatiza o primado da racionalidade. 
b) a organização da pólis e sustenta a existência de um governo 
baseado na justiça e na sabedoria. 
c) o caráter aristocrático da pólis durante o período das tiranias 
em Atenas e defende o princípio da igualdade social. 
d) a estruturação social da pólis e destaca a importância da 
democracia, consolidada durante o período de Clístenes. 
e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon 
em Atenas, e apoia a consolidação da militarização 
espartana. 
 
3.(Fuvest 2019) (…) o “arco do triunfo” é um fragmento de muro 
que, embora isolado da muralha, tem a forma de uma porta da 
cidade. (...) Os primeiros exemplos documentados são 
estruturas do século II a.C., mas os principais arcos de triunfo 
são os do Império, como os arcos de Tito, de Sétimo Severo ou 
de Constantino, todos no foro romano, e todos de grande beleza 
pela elegância de suas proporções. 
 
PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao século 
XXI. Porto Alegre: Salvaterra, 2010, p. 81. 
 
Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, destaca‐se a 
monumentalidade de suas construções. A relação entre o “arco 
do triunfo” e a História de Roma está baseada 
 
a) no processo de formação da urbe romana e de edificação de 
entradas defensivas contra invasões de povos considerados 
bárbaros. 
b) nas celebrações religiosas das divindades romanas 
vinculadas aos ritos de fertilidade e aos seus ancestrais 
etruscos. 
c) nas celebrações das vitórias militares romanas que permitiram 
a expansão territorial, a consolidação territorial e o 
estabelecimento do sistema escravista. 
d) na edificação de monumentos comemorativos em memória 
das lutas dos plebeus e do alargamento da cidadania romana. 
e) nos registros das perseguições ao cristianismo e da 
destruição de suas edificações monásticas. 
 
4.(Mackenzie 2019) No processo histórico da Roma Antiga, a 
República, como regime político foi substituída pelo Império. 
Sobre a ordem imperial, é correto afirmar que a 
 
a) concentração dos poderes na figura do imperador 
tranquilizava a classe dos patrícios e senadores que 
concordavam com esse tipo de regime que, de acordo com 
eles, seria o único capaz de sufocar a anarquia e as rebeliões 
de escravos. 
b) criação do império, obra elaborada pelo Primeiro e Segundo 
Triunvirato, expressou o triunfo da vontade dos generais, para 
os quais o regime imperial seria o tipo de governo ideal, para 
controlar a crise social do final da República. 
c) base do império foi sustentada pelo poder dos camponeses 
romanos, nos campos, e pela plebe nos centros urbanos, 
principais interessados na existência de uma ordem que lhes 
assegurasse o domínio da terra e a permanência da prática 
do pão e circo. 
d) vitória da participação popular no cerne da vida política 
marcou, profundamente, o novo regime político, diferente do 
que ocorreu tanto no período monárquico, quanto no período 
republicano. 
e) crise econômica pelo qual Roma passava nos últimos anos 
da República, decorrente das inúmeras derrotas militares 
enfrentadas pelos romanos e os gastos despendidos para 
consolidar a conquista do Mediterrâneo, levaram o povo a 
apoiar o novo regime. 
 
5.(Unicamp 2019) Os estudiosos muçulmanos adaptaram a 
herança recebida dos povos arabizados. Entre os domínios 
conquistados pelos muçulmanos estavam a Mesopotâmia e o 
antigo Egito, civilizações que desde cedo observaram os 
fenômenos astronômicos. O estudo dos fenômenos naturais no 
Crescente Fértil possibilitou a agricultura e perdurou por 
milênios. Nas costas do Mar Egeu, na região da Jônia, surgiram 
no século VI a.C. as primeiras explicações dos fenômenos 
naturais desvinculadas dos desígnios divinos. E as conquistas 
de Alexandre permitiram o início do intercâmbio entre o 
conhecimento grego, de um lado, e o dos antigos impérios 
egípcio, babilônico e persa, de outro. Além disso, houve trocas 
científicas e culturais com os indianos. O império árabe-islâmico 
foi, a partir do século VII, o herdeiro desse legado científico 
multicultural, ao qual os estudiosos muçulmanos deram seus 
aportes ao longo da Idade Média. 
 
(Adaptado de Beatriz Bissio, O mundo falava árabe. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 2012, p. 200-201.) 
 
Considerando o texto acima sobre o Islã Medieval e seus 
conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
 
a) A extensão do território sob domínio islâmico e a liberdade 
religiosa e cultural implementada nessas áreas aceleraram a 
construção de novos conhecimentos pautados na cosmologia 
ocidental. 
b) A partir doséculo VII, o avanço dos exércitos islâmicos 
garantiu a expansão do império de forma ditatorial sobre 
antigos núcleos culturais da Índia até as terras gregas do 
Império Bizantino, chegando à Espanha. 
c) Os conhecimentos sobre os fenômenos naturais construídos 
pelos mesopotâmicos, egípcios, macedônicos, babilônicos, 
 
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persas, entre outros povos, foram ignorados pelo Islã 
Medieval, marcado pelo fundamentalismo religioso. 
d) A difusão de saberes multiculturais foi uma das marcas do 
Império árabe-islâmico, sendo ele a via de transmissão do 
sistema numérico indiano para o Ocidente e de obras da 
filosofia greco-romana para o Oriente. 
 
6.(Fuvest 2019) Os comentadores do texto sagrado (…) 
reconhecem a submissão da mulher ao homem como um dos 
momentos da divisão hierárquica que regula as relações entre 
Deus, Cristo e a humanidade, encontrando ainda a origem e o 
fundamento divino daquela submissão na cena primária da 
criação de Adão e Eva e no seu destino antes e depois da queda. 
 
CASAGRANDE, C., A mulher sob custódia, in: História das Mulheres, 
Lisboa: Afrontamento, 1993, v. 2, p. 122‐123. 
 
O excerto refere-se à apreensão de determinadas passagens 
bíblicas pela cristandade medieval, especificamente em relação 
à condição das mulheres na sociedade feudal. A esse respeito, 
é correto afirmar: 
 
a) As mulheres originárias da nobreza podiam ingressar nos 
conventos e ministrar os sacramentos como os homens de 
mesma condição social. 
b) A culpabilização das mulheres pela expulsão do Paraíso 
Terrestre servia de justificativa para sua subordinação social 
aos homens. 
c) As mulheres medievais eram impedidas do exercício das 
atividades políticas, ao contrário do que acontecera no mundo 
greco-romano. 
d) As mulheres medievais eram iletradas e tinham o acesso à 
cultura e às artes proibido, devido à sua condição social e 
natural. 
e) A submissão das mulheres medievais aos homens esteve 
desvinculada de normatizações acerca da sexualidade. 
 
7.(Mackenzie 2019) Leia o documento abaixo: 
 
“É permitido a qualquer, sem punição, auxiliar o seu senhor, se 
alguém o ataca, e obedecer-lhe em todos os casos legítimos, 
exceto no roubo, no assassinato e naquelas coisas que não são 
consentidas a ninguém, sendo reconhecidas como infames 
pelas leis. O senhor deve proceder da mesma maneira com o 
conselho e a ajuda; e deve ir em auxílio do seu homem em todas 
as vicissitudes, sem malícia. É permitido a todo o senhor 
convocar o seu homem que deve estar à sua direita no tribunal; 
e mesmo que seja residente no mais distante mansus de quem 
o protege, deverá ir ao pleito se o seu senhor o convocar” 
 
(Pedrero-Sanchez, M. Guadalupe. História da Idade Média: textos e 
testemunhos. São Paulo: Unesp, 1999, p. 95) 
 
O trecho acima foi extraído de um documento inglês do século 
XI e diz respeito a uma típica relação feudal. A relação em 
evidência é a 
 
a) Vassalagem: relação recíproca entre senhores em que fica 
acordado a proteção por parte do Suserano e o trabalho nos 
campos por parte do Vassalo. 
b) Servidão: relação vertical entre senhores e camponeses que, 
uma vez presos à terra, não podem abandonar suas 
obrigações nos feudos. 
c) Vassalagem: relação horizontal entre senhores a qual cria 
uma teia de alianças políticas e uma maior descentralização 
do poder. 
d) Servidão: relação entre senhores e servos a qual estabelece 
um acordo de proteção e ajuda econômica em troca de terras 
para o plantio. 
e) Vassalagem e Servidão: relações equivalentes entre nobres 
e servos em que os vassalos asseguram o trabalho nas terras 
senhoriais. 
 
8.(Upf 2019) No final do século XV, Espanha e Portugal foram 
os primeiros países europeus a promoverem a expansão 
marítima europeia, chamada também de as Grandes 
Navegações. As razões desse pioneirismo estão relacionadas 
 
a) à enorme quantidade de capitais acumulados nesses dois 
países através do renascimento comercial no século XIV. 
b) ao processo de fortalecimento da burguesia comercial que 
estava ocupando o poder tanto na Espanha quanto em 
Portugal. 
c) ao desenvolvimento industrial dos dois países, que os forçou 
a buscar novos mercados consumidores e fornecedores de 
matéria-prima. 
d) ao espírito aventureiro de portugueses e espanhóis 
desenvolvido durante a Guerra de Reconquista contra os 
mouros. 
e) à centralização monárquica e ao fato de a nobreza desses 
dois países estar fortalecida, ao contrário de outras nobrezas 
europeias, conseguindo, assim, financiar o projeto de 
expansão marítima. 
 
9.(Unicamp 2019) Antes de Copérnico, Kepler e Galileu, os 
cosmólogos elaboravam sistemas que representavam os corpos 
celestes por meio de esferas encaixadas umas nas outras, 
propostas e desenvolvidas por Eudoxo e Aristóteles, de modo a 
distinguir os mundos celeste e terrestre. É nesse contexto, 
caracterizado pela tese de que o cosmo é composto de dois 
mundos distintos (céu e Terra), e pelo axioma platônico, que 
deve ser entendido o conteúdo da carta de Kepler (1604). Ele 
apresenta uma etapa do processo de rompimento com essa 
distinção e com o axioma platônico. Na carta, Kepler apresenta 
os procedimentos para obter as duas primeiras leis dos 
movimentos planetários. A importância disso é tão grande que a 
segunda lei aparece antes da primeira, e a lei das áreas só se 
torna operante numa órbita elíptica, não podendo ser aplicada 
às órbitas circulares sem produzir discrepâncias com relação 
aos dados observacionais de Tycho Brahe. 
 
(Adaptado de Claudemir Roque Tossato, Os primórdios da primeira lei 
dos movimentos planetários na carta de 14 de dezembro de 1604 de 
Kepler a Mästlin. Scientiae Studia, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 199-201, 
jun. 2003.) 
 
Considerando o contexto histórico descrito e as leis físicas 
apresentadas por Kepler, assinale a alternativa correta. 
 
a) Copérnico, Kepler e Galileu fazem parte da chamada 
Revolução Científica que rompe com leituras especulativas 
do Universo, baseadas em premissas aristotélicas e tomistas, 
e propõe análises empiristas do mundo natural. O conceito de 
órbitas circulares para o movimento dos planetas em torno do 
Sol, em que a distância entre o planeta e o Sol permanece 
constante durante o movimento, foi abandonado por Kepler. 
b) A Revolução Científica da época Moderna propõe a ruptura 
com o ideal divino, sendo, por isso, combatida pela Igreja 
Católica, que defendia a orquestração divina sobre o mundo 
humano e natural. O conceito de órbitas circulares para o 
movimento dos planetas em torno do Sol, em que a distância 
entre o planeta e o Sol é variável durante o movimento, foi 
abandonado por Kepler. 
c) Copérnico, Kepler e Galileu foram perseguidos pela Igreja 
Católica do período Moderno, por representarem o 
questionamento dos ideais medievais sobre a organização do 
céu e da Terra e sobre a onipresença divina. O conceito de 
órbitas circulares para o movimento dos planetas em torno do 
 
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Sol, para as quais a distância entre o planeta e o Sol é variável 
durante o movimento, foi abandonado por Kepler. 
d) A Revolução Científica da época Moderna, incentivada pela 
Igreja Católica, propõe a manutenção do antropocentrismo 
medieval, associado aos conhecimentos empíricos para a 
leitura e representação do mundo natural. O conceito de 
órbitas circulares para o movimento dos planetas em torno do 
Sol, para as quais a distância entre o planeta e o Sol 
permanece constante durante o movimento, foi abandonado 
por Kepler. 
 
10.(Ufrgs 2019) Assinale a alternativa correta sobre a chamada 
Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre Inglaterra e França. 
 
a) O conflito marcou a gradual transformação dos exércitos 
feudais em forças militares profissionalizadas e iniciou o lento 
processo de decadência da aristocracia feudal nos 
respectivos países.b) A guerra foi vencida pela Inglaterra e teve como consequência 
a eclosão de rebeliões na França que culminaram com a 
deposição da dinastia dos Valois do trono francês. 
c) O confronto consolidou a transformação da Inglaterra na 
principal potência econômica do período moderno, por meio 
do processo de pacificação interna que se seguiu à guerra. 
d) A consequência da guerra para os dois países foi a 
consolidação de estruturas sociais feudais, tornadas mais 
fortes com o enfraquecimento das monarquias centrais. 
e) A origem do conflito foi a invasão da Inglaterra pela França e 
a subsequente instalação de uma dinastia pró-França no 
trono inglês, derrubada ao longo da guerra. 
 
11. (Fac. Pequeno Príncipe - Medici 2018) Com o surgimento 
das primeiras cidades – que remontam 12 mil anos atrás – na 
convivência social e política, começaram a se destacar algumas 
pessoas, grupos ou famílias em cargos de liderança, surgindo 
as primeiras instituições políticas, religiosas e administrativas 
com a função de coordenar os estoques de alimentos, as 
práticas e cultos religiosos e a defesa da cidade. Com o passar 
dos anos, esta organização tornou-se mais complexa e assumiu 
diferentes formas de atuação e modelos políticos. 
 
Sobre as formas políticas desenvolvidas no Ocidente ao longo 
de sua história, assinale a alternativa CORRETA. 
 
a) O significado da palavra democracia atualmente é o mesmo 
desde a Grécia antiga. 
b) A democracia ateniense, diferente das democracias 
modernas, era excludente, pois, metecos, escravos, 
mulheres e crianças não eram considerados cidadãos. 
c) A República romana se formou com a ascensão de Júlio 
Cesar ao cargo de imperador. 
d) A construção da modernidade envolveu mudanças na 
maneira de pensar as relações de poder e a política. As 
teorias de Bodin e Hobbes defendiam um governo 
democrático e participativo. 
e) Entre os séculos XVII e XVIII, alguns soberanos europeus, por 
ideologia e pelas crescentes pressões da população, 
adotaram como prática de governo, uma postura liberal e 
democrática. 
 
12.(Fac. Pequeno Príncipe - Medici 2018) Leia abaixo o trecho 
escrito por Tácito acerca do Império Romano. 
 
Aos que pereciam, acrescentaram-se zombarias. Alguns, 
cobertos por peles de animais, foram estraçalhados por cães e 
pereceram; ou eram pregados a cruzes, e por vezes queimados, 
para servir de iluminação noturna quando a luz do dia havia 
expirado. Nero ofereceu seus jardins para o espetáculo e 
ofereceu jogos de circo, misturando-se entre o povo em trajes 
de condutor de carro, ou conduzindo o carro. Por isso, embora a 
condenação fosse contra culpados e merecedores dos piores 
castigos, entre o povo surgiu pena para com eles, como se não 
estivessem morrendo por utilidade pública, mas devido à 
crueldade de um só indivíduo. 
 
BONI, Luis Alberto de. O estatuto jurídico das perseguições dos 
cristãos no Império Romano. In: Trans/Form/Ação. Vol.37, Marília, 
2014. 
 
Esse texto expõe atitudes polêmicas de Nero que teriam sido 
direcionadas contra 
 
a) escravos, mortos em lutas de gladiadores e outros 
espetáculos públicos dentro de sua nova política de pão e 
circo, como forma de alienar a população de seus problemas 
cotidianos. 
b) povos bárbaros, que continuavam a adorar seus deuses 
familiares e não aceitavam o culto ao imperador e aos deuses 
do panteão romano. 
c) estrangeiros, vistos como uma ameaça pelos romanos graças 
às constantes invasões e saques que proporcionavam contra 
o império. 
d) rebeldes, cidadãos romanos que foram condenados por 
delitos contra os órgãos estatais e punidos exclusivamente 
com a violência pública como forma de expirar seus crimes. 
e) cristãos, perseguidos por não aceitarem a divindade do 
imperador e por recusarem o uso da escravidão, tão 
importante dentro do sistema econômico romano. 
 
13.(Pucpr 2018) Leia o texto abaixo. 
 
À morte de Carlos Magno, as instituições centrais do feudalismo 
já se encontravam presentes, sob o dossel de um império 
centralizado pseudo-romano. De fato, em breve se tornou claro 
que a rápida generalização dos benefícios e sua crescente 
hereditariedade tendiam a minar todo o pesado aparelho de 
Estado carolíngio, cuja ambiciosa expansão nunca 
correspondera às suas reais capacidades de integração 
administrativa, dado o nível extremamente baixo das forças de 
produção nos séculos VIII e IX. A unidade interna do Império não 
tardou a ruir, no meio de guerras civis de sucessão e de uma 
crescente regionalização da classe aristocrática que a mantinha. 
[...]. Ataques externos selvagens e inesperados, surgidos de 
todos os pontos cardeais, da terra e do mar, de vikings, 
sarracenos e magiares, pulverizou todo o sistema para-imperial 
de governação dos condes que ainda subsistia. 
 
Fonte: ANDERSON, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. 
Porto: Afrontamento, 1982. p. 156. 
 
Sobre os fatores presentes na transição da Antiguidade ao 
feudalismo na Europa Ocidental, estão CORRETAS as 
seguintes alternativas que indicam características desse 
período. 
 
I. Decadência econômica e estagnação técnica do Império 
Romano. 
II. Incapacidade administrativa dos Estados nacionais (como 
França, Alemanha e Itália) em fazer frente às invasões 
bárbaras. 
III. Crescente influência da Igreja Católica sobre os senhores 
locais. 
IV. Progressivo papel desempenhado pela servidão nas 
relações econômicas e sociais. 
V. Afastamento da nobreza das antigas cidades romanas e sua 
fixação nas áreas rurais. 
 
a) Somente I e II. 
b) II, IV e V. 
 
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c) Somente IV e V. 
d) Todas estão corretas. 
e) I, III, IV e V. 
 
14. (Uefs 2018) O modo de produção feudal que emergiu na 
Europa ocidental na Idade Média foi dominado pela terra. A 
propriedade agrária era controlada por uma classe de senhores 
feudais, a quem os camponeses prestavam serviços e faziam 
pagamentos em espécie. 
 
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo, 2016. 
Adaptado.) 
 
O excerto contém informações históricas essenciais sobre o 
feudalismo, tais como 
 
a) as produções artísticas e os fundamentos culturais. 
b) as bases econômicas e as relações sociais. 
c) as guerras de dominação e a formação dos reinos bárbaros. 
d) as crenças religiosas e o poder eclesiástico. 
e) as atividades comerciais monetarizadas e o crescimento 
urbano. 
 
15.(Upe-ssa 1 2018) “As mulheres medievais vivem a guerra, 
sofrem-na, protagonizam-na e a representam; além disso, como 
veremos, protagonizam a mediação e a construção da paz. 
Outrossim, aprofundar a investigação e o conhecimento da 
realidade histórica e social a partir de olhares diferentes dos 
convencionais faz aparecer mulheres em cenários inesperados‖. 
 
NAVARRETE, Yolanda Guerrero. Las mujeres y la guerra en la edad 
media: mitos y realidades. Journal of Feminist, Gender and Women 
Studies 3: 3-10, pág. 3, Marzo/March 2016. Acesso em: 10/07/2017. 
 
O trecho indica que a presença feminina na Idade Média 
Ocidental era 
 
a) restrita aos afazeres domésticos. 
b) intocada pelos constantes conflitos militares. 
c) parte integrante daquela sociedade em seus mais variados 
aspectos. 
d) superior à presença masculina, mais limitada em seus 
objetivos. 
e) virtualmente inexistente. 
 
16.(Espm 2018) Povos dotados de surpreendente vitalidade 
que, a partir do século VIII iniciaram uma série de invasões nas 
costas europeias, alcançando seu auge no século X. Durante 
duzentos anos, essas populações guerreiras atacaram e 
pilharam inúmeras localidades criando ao seu redor uma 
imagem, a um tempo lendária e histórica. Formidáveis no 
combate, a ponto de cometerem atrocidades confundidas com 
bravura, cultuavam a lealdade e a honra e de todos os 
produtos de sua civilização, o mais original e importante era o 
barco, símbolo de sua temeridade e objeto de orgulho desse 
povo. 
 
(AntonioCarlos do Amaral Azevedo. Dicionário de Nomes, Termos e 
Conceitos Históricos) 
 
O povo a que o texto se refere são: 
 
a) os vikings, também chamados escandinavos; 
b) os árabes, que para expandirem o islamismo dominaram o 
Mediterrâneo; 
c) os magiares, originários da estepe russa; 
d) os mongóis, originários da Ásia Central; 
 
17.(Fac. Pequeno Príncipe - Medici 2018) Leia o excerto a 
seguir. 
 
[…] Os povos ainda pagãos que se tornarão cristãos ao longo 
da Idade Média serão convertidos a oeste por Roma e a leste 
por Constantinopla. 
Dessa forma, estabelece-se na Europa uma ruptura, 
essencialmente religiosa, mas correspondente sem dúvida às 
diferenças mais gerais e mais profundas entre os europeus do 
Oeste e os europeus do Leste. Outras diferenças virão, ao longo 
da história, agravar essa ruptura, mas, dos dois lados, somos 
cristãos. 
 
LE GOFF, Jacques. Uma breve história da Europa. Petrópolis: Vozes, 
2010. 
 
Uma das instituições mais poderosas do planeta, a Igreja 
Católica Apostólica Romana passou por conflitos internos que 
culminaram em rupturas, algumas delas definitivas. 
Analise as afirmativas abaixo. 
 
I. Instituído como religião oficial desde o Império Romano pelo 
imperador Teodósio, o cristianismo gerou discussões 
irreconciliáveis e a divisão, durante o mesmo governo, do 
Império Romano em Ocidental, com sede em Roma, e 
Oriental, com sede em Constantinopla. 
II. O clero do cristianismo bizantino não se submetia ao Papa, e 
sim ao Imperador. Surgiram também diversas heresias, como 
a negação da virgindade de Maria. Tal quadro se agravou até 
a ruptura com Roma e a criação da Igreja Cristã Ortodoxa. 
III. Um dos maiores problemas enfrentados pelo cristianismo foi 
a crise moral de parte do clero, principalmente durante o 
século XVI; os abusos de poder; a compra de cargos; a 
venda de indulgências, levando ao surgimento da chamada 
Reforma Protestante. 
IV. A corrupção e a desmoralização de uma parcela do clero 
católico levaram a um processo chamado de Cisma do 
Oriente no século XVI, quando, após anos de tensão, a Igreja 
Católica dividiu-se em Igreja Católica Apostólica Romana e 
Igreja Cristã Ortodoxa, que negava a autoridade papal, além 
de condenar a prática da simonia. 
 
Marque a alternativa que contém TODAS as afirmativas 
CORRETAS. 
 
a) II e III. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
18.(Fuvest 2018) Um grande manto de florestas e várzeas 
cortado por clareiras cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o 
aspecto da Cristandade – algo diferente do Oriente muçulmano, 
mundo de oásis em meio a desertos. Num local a madeira é rara 
e as árvores indicam a civilização, noutro a madeira é abundante 
e sinaliza a barbárie. A religião, que no Oriente nasceu ao abrigo 
das palmeiras, cresceu no Ocidente em detrimento das árvores, 
refúgio dos gênios pagãos que monges, santos e missionários 
abatem impiedosamente. 
 
J. Le Goff. A civilização do ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005. 
Adaptado. 
 
Acerca das características da Cristandade e do Islã no período 
medieval, pode-se afirmar que 
 
a) o cristianismo se desenvolveu a partir do mundo rural, 
enquanto a religião muçulmana teve como base inicial as 
cidades e os povoados da península arábica. 
 
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b) a concentração humana assemelhava-se nas clareiras e nos 
oásis, que se constituíam como células econômicas, sociais 
e culturais, tanto da Cristandade quanto do Islã. 
c) a Cristandade é considerada o negativo do Islã, pela ausência 
de cidades, circuitos mercantis e transações monetárias, que 
abundavam nas formações sociais islâmicas. 
d) o clero cristão, defensor do monoteísmo estrito, combateu as 
práticas pagãs muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas 
regiões desérticas da Cristandade ocidental. 
e) a expansão econômica islâmica caracterizou-se pela 
ampliação das fronteiras de cultivo, em detrimento das 
florestas, em um movimento inverso àquele verificado no 
Ocidente medieval. 
 
19.(Ufrgs 2018) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as 
afirmações abaixo, sobre o período da chamada Idade Média. 
 
( ) A prática da vassalagem foi incorporada pelo império 
carolíngio e definiu uma das características principais do 
feudalismo. 
( ) Os servos, de origem camponesa, eram submetidos aos 
vilões, indivíduos residentes nas cidades, para quem era 
devido o tributo conhecido como corveia. 
( ) O chamado “movimento das cruzadas” articulou interesses 
religiosos da Igreja com motivações econômicas da 
nobreza feudal, na busca de riquezas e conquistas de 
territórios. 
( ) O desenvolvimento dos núcleos urbanos e das práticas 
comerciais acarretou transformações nas formas da 
educação, com o aparecimento das primeiras 
universidades voltadas para a formação de profissionais 
em áreas como medicina e direito. 
 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima 
para baixo, é 
 
a) V – V – F – F. 
b) V – F – V – V. 
c) V – F – V – F. 
d) F – F – V – V. 
e) F – V – F – V. 
 
20.(Mackenzie 2018) Analise o poema abaixo, composto por 
Fernando Pessoa e disponível em sua obra Mensagem. 
 
‘Screvo meu livro à beiramágoa. 
Meu coração não tem que ter. 
Tenho meus olhos quentes de água. 
Só tu, Senhor, me dás viver. 
 
Só te sentir e te pensar 
Meus dias vácuos enche e doura. 
Mas quando quererás voltar? 
Quando é o Rei? Quando é a Hora? 
 
Quando virás a ser o Cristo 
De a quem morreu o falso Deus, 
E a despertar do mal que existo 
A Nova Terra e os Novos Céus? 
 
Quando virás, ó Encoberto, 
Sonho das eras português, 
Tornar-me mais que o sopro incerto 
De um grande anseio que Deus fez? 
 
Ah, quando quererás voltando, 
Fazer minha esperança amor? 
Da névoa e da saudade quando? 
Quando, meu Sonho e meu Senhor? 
 
Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pe000004.pdf. 
Acesso em abril de 2018. 
 
É correto afirmar que o poema de Fernando Pessoa 
 
a) retoma uma concepção mítica que, ao remontar ao 
desaparecimento de D. Sebastião, no século XVI, possui 
raízes históricas em Portugal. 
b) vincula a resolução das dificuldades, até então enfrentadas 
pela coroa portuguesa, ao apego ao Cristianismo, adquirindo 
um caráter messiânico. 
c) corrobora a visão, até então predominante em Portugal, de 
que o retorno de D. João VI para a Europa possibilitaria a 
superação das dificuldades reinóis. 
d) esclarece, sem fundamentos místicos e históricos, os motivos 
do fim da dinastia e Avis e a ascensão dos Habsburgo ao 
trono português. 
e) enaltece as Grandes Navegações portuguesas, cujo sucesso 
seria explicado pela união de fatores religiosos e políticos. 
 
21.(Unicamp 2018) Na formação das monarquias confessionais 
da Época Moderna houve reforço das identidades territoriais, em 
função de critérios de caráter religioso ou confessional. 
Simultaneamente, houve uma progressiva incorporação da 
Igreja ao corpo do Estado, através de medidas de caráter 
patrimonial e jurisdicional que procuravam uma maior sujeição 
das estruturas e agentes eclesiásticos ao poder do príncipe. Na 
busca pela homogeneização da fé dentro de um território 
político, a Igreja cumpria também papel fundamental na 
formação do Estado moderno por meio de seus mecanismos de 
disciplinamento social dos comportamentos. 
 
(Adaptado de Frederico Palomo, A Contra-Reforma em Portugal, 1540-
1700. Lisboa: Livros Horizonte, 2006, p.52.) 
 
 
Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a 
Europa Moderna, assinale a alternativa correta. 
 
a) Cada monarquia confessional adotou uma identidade 
religiosa e medidas repressivas em relação às dissidências 
religiosas que poderiam ameaçar tal unidade. 
b) Monarquias confessionais são aquelas unidades políticas nas 
quais havia a convivência pacífica de duas ou mais 
confissões religiosas, num mesmo território. 
c) São consideradas monarquias confessionaisos territórios 
protestantes que se mostravam mais propícios ao 
desenvolvimento do capitalismo comercial, tornando-se, 
assim, nações enriquecidas. 
d) As monarquias confessionais contavam com a instituição do 
Tribunal do Santo Ofício da Inquisição em seu território, uma 
forma de controle cultural sobre religiões politeístas. 
 
22. (Udesc 2018) Leia o texto a seguir: 
 
“Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como 
ministros de Deus e seus representantes na terra. 
Consequentemente, o trono real não é o trono de um homem, 
mas o trono do próprio Deus. 
Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada, e que atacá-
lo de qualquer maneira é sacrilégio. (...) 
 
O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de 
seus atos a ninguém.” 
 
(Jaques-Bénigne Bossuet, 1627-1704) 
 
Assinale a alternativa que apresenta a forma de governo à qual 
o trecho se refere. 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pe000004.pdf
 
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a) Democracia representativa 
b) Monarquia constitucional 
c) Absolutismo monárquico 
d) República monarquista 
e) Monarquia populista religiosa 
 
23.(Espcex (Aman) 2018) No início do século XIV, a China era 
a maior potência mundial e empenhava-se intensamente na 
expansão marítima e comercial, chegando à Índia, quase um 
século antes de Cabral. Os chineses estiveram no sul da África 
Oriental e no Mar Vermelho, enquanto os portugueses mal 
iniciavam sua exploração na costa norte da África. Entretanto, 
antes de 1440, a expansão marítima chinesa estagnou. Aponte, 
dentre as opções abaixo, aquela que apresenta a causa para o 
sucesso da exploração marítima portuguesa. 
 
a) O fato de os portugueses não terem desenvolvido tecnologias 
relacionadas à navegação ultramarina não afetou suas ações 
exploratórias. 
b) Em Portugal, a centralização monárquica só ocorreria no final 
do Século XIII, sendo este fato de pouca influência no 
processo exploratório dos portugueses além-mar. 
c) As finanças portuguesas não estavam estabilizadas e 
dificultaram os investimentos necessários para os projetos 
relacionados às navegações, o que fez com que D. Henrique 
procurasse financiamento público com os soberanos 
espanhóis. 
d) Portugal, apesar da guerra de emancipação política com a 
Espanha, manteve a busca por conhecimento para a 
consecução das grandes navegações. 
e) Em Portugal, as explorações foram conduzidas com recursos 
de empresas comerciais privadas e apoio governamental. 
 
24.(Famerp 2018) No livro Investigação sobre a natureza e a 
causa da riqueza das nações, publicado em 1776, Adam Smith 
argumentou que um agente econômico, procurando o lucro, 
movido pelo seu próprio interesse, acaba favorecendo a 
sociedade como um todo. Esse ponto de vista é um dos 
fundamentos 
a) do liberalismo, que dispensou a regulamentação da economia 
pelo Estado. 
b) do utilitarismo, que defendeu a produção especializada de 
objetos de consumo. 
c) do corporativismo, que propôs a organização da sociedade 
em grupos econômicos. 
d) do socialismo, que expôs a contradição entre produção e 
apropriação de riqueza. 
e) do mercantilismo, que elaborou princípios de protecionismo 
econômico. 
 
25.(Espcex (Aman) 2018) 
 
O barrete frígio ou barrete da liberdade, constante da imagem 
acima, é uma espécie de touca ou carapuça, originariamente 
utilizada pelos moradores da Frígia (antiga região da Ásia 
Menor, onde hoje está situada a Turquia). Foi adotado, na cor 
vermelha, pelos republicanos franceses que lutaram pela 
tomada e queda da Bastilha em 1789, que culminou com a 
instalação da Primeira República Francesa em 1793. As ideias 
a seguir também estão relacionadas com a Revolução Francesa. 
 
I. Período do Terror 
II. Segundo Estado 
III. Primeiro Estado 
IV. Jacobinos 
V. Girondinos 
VI. Comitê de Salvação Pública 
 
Assinale a alternativa que apresenta as ideias relacionadas à 
Revolução Francesa e que estejam ligadas à imagem acima. 
 
a) I, II e IV. 
b) II, IV e V. 
c) IV, V e VI. 
d) I, IV e VI. 
e) II, III e VI. 
 
26. (Upf 2018) “As Revoluções [inglesas e francesa], além de 
outras peculiaridades, são notórias como canteiros de 
ideologias, particularmente ideologias populares de protesto. 
Uma característica comum às revoluções [inglesas e francesa] é 
terem ocorrido num período pré-industrial, em que a luta pelo 
poder ou pela sobrevivência – seja pelo controle do Estado ou 
por objetivos mais limitados – não se limitava a dois adversários 
apenas. Em cada uma dessas revoluções, esteve presente um 
elemento popular adicional que também lutava por um lugar ao 
sol.” 
 
(RUDÉ, George. Ideologia e protesto popular. Rio de Janeiro: Zahar 
editores, 1982). 
 
Comparando as revoluções burguesas inglesas e francesa, é 
correto afirmar: 
 
a) Ao contrário do que ocorreu na Inglaterra, na França, o 
processo revolucionário levou ao fortalecimento da pequena 
nobreza, que era marginalizada durante o antigo regime. 
b) Na Inglaterra, a luta contra o absolutismo diferenciou-se da 
trajetória revolucionária da França, pois possibilitou que os 
anseios populares fossem atendidos pelo novo regime. 
c) Ao contrário da Revolução Inglesa, na França, a revolução foi 
marcada pelas disputas religiosas e pela ausência do apoio 
popular, principalmente dos camponeses, que ficaram inertes 
diante dos acontecimentos. 
d) A Revolução Francesa foi seguida de um forte processo de 
industrialização no país, enquanto na Inglaterra, a revolução, 
por ser um processo meramente político, provoca uma 
estagnação econômica. 
e) Diferentemente do que ocorreu na França, a Revolução 
Inglesa cria condições para o fortalecimento do Parlamento, 
no qual os interesses da burguesia em ascensão estão 
representados. 
 
27. (Upf 2018) Entre os séculos XVI e XVIII, ocorreram diversas 
transformações culturais na Europa ocidental, muitas delas 
presentes na sociedade ocidental contemporânea. 
 
Sobre essas transformações, leia as seguintes afirmações: 
 
I. O Liberalismo econômico, na segunda metade do século XVIII, 
criticava o sistema colonial, defendendo a manutenção dos 
monopólios como geradores de riqueza da sociedade. 
II. As grandes revoluções burguesas do século XVIII refletem, 
em parte, algumas ideias dos filósofos iluministas, dentre 
elas, a de que o Estado não possui poder ilimitado e nada 
mais é do que a somatória do poder dos membros da 
sociedade. 
III. A federalização política é compatível com a democracia 
orgânica, portanto, se não houver centralização e 
dependência dos poderes ao Executivo, não há paz social. 
IV. A fim de proteger a economia nacional, cada governo deve 
intervir no mercado, estimulando as exportações e 
restringindo as importações. 
V. O Estado, simples guardião da lei, deve interferir pouco, 
apenas para garantir as liberdades públicas e as 
propriedades dos cidadãos. 
 
Está correto apenas o que se afirma em 
 
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a) I, II e IV. 
b) I, II e V. 
c) I, II e III. 
d) II e IV. 
e) I e III. 
 
28. (Unesp 2018) Ainda hoje a palavra Renascimento evoca a 
ideia de uma época dourada e de homens libertos dos 
constrangimentos sociais, religiosos e políticos do período 
precedente. Nessa “época dourada”, o individualismo, o 
paganismo e os valores da Antiguidade Clássica seriam 
cultuados, dando margem ao florescimento das artes e à 
instalação do homem como centro do universo. 
 
(Tereza Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995. Adaptado.) 
 
O texto refere-se a uma concepção acerca do Renascimento 
cultural dos séculos XV e XVI que 
 
a) projeta uma visão negativa da Idade Média e identifica o 
Renascimento como a origem de valores ainda hoje 
presentes. 
b) estabelece a emergência do teocentrismo e reafirma o poder 
tutelar da Igreja Católica Romana. 
c) caracterizaa história da arte e do pensamento como 
desprovida de rupturas e marcada pela continuidade nas 
propostas estéticas. 
d) valoriza a produção artística anterior a esse período e 
identifica o Renascimento como um momento de declínio da 
criatividade humana. 
e) afirma o vínculo direto das invenções e inovações 
tecnológicas do período com o pensamento mítico da 
Antiguidade. 
 
29.(Acafe 2018) “Erram os pregadores de indulgências quando 
dizem que pelas indulgências do papa o homem fica livre de todo 
pecado e que está salvo”. Este é um dos pontos das 95 teses 
divulgadas por Martinho Lutero na porta da igreja do Castelo de 
Wittenberg, em 1517, que está completando 500 anos em 2017. 
 
Acerca do contexto da reforma protestante, da atuação de Lutero 
e do avanço do movimento reformista na igreja europeia é 
correto afirmar, exceto: 
 
a) Henrique VIII, rei da Inglaterra, rompeu com o catolicismo 
publicando o Ato de supremacia, documento em que se 
tornava o chefe da Igreja da Inglaterra, posteriormente 
denominada Anglicana. 
b) Lutero e o teólogo Felipe Melanchton escreveram a Confissão 
de Augsburgo, fundamentando a doutrina luterana. Um dos 
pontos desta obra determinava a substituição do latim pela 
língua nacional nos cultos religiosos. 
c) As ideias protestantes influenciaram a revolta camponesa sob 
a liderança de Thomas Munzer na Turíngia, que pregava o 
fim do Estado e da propriedade privada. 
d) Calvino condenava a usura e a doutrina da predestinação, 
sendo apoiado por integrantes do clero secular e da própria 
burguesia estabelecida na Suíça. 
 
30.(Pucrs 2018) Por trás do ressurgimento da indústria e do 
comércio, que se verificou entre os séculos XI e XIII, achava-se 
um fato de importância econômica fundamental: a imensa 
ampliação das terras aráveis por toda a Europa e a aplicação de 
métodos mais adequados de cultivo. 
 
(LEWIS, Munford, A Cidade na História. Ed. Itatiaia Limitada, Belo 
Horizonte, 1965, vol I, p. 336). 
 
Com base no texto, é correto afirmar que 
 
a) a Alta Idade Média caracterizou-se pela reorganização 
espacial das áreas rurais, aumentando significativamente a 
produção de grãos para abastecer a emergente população 
urbana. 
b) o contexto descrito foi também decorrência da abertura dos 
portos europeus no mar Mediterrâneo, que ampliou o 
comércio e favoreceu a criação de novos núcleos urbanos. 
c) as condições climáticas mais severas na porção oeste do 
continente europeu contribuíram, nesse período, para a 
introdução de um sistema de uso intensivo do solo. 
d) a presença de uma atividade industrial organizada, 
associada à queda da produção de têxteis e ao 
desenvolvimento comercial, favoreceu a redução das áreas 
de florestas na região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: 
 
1.D 2.B 3.C 4.B 5.D 6.B 
7.C 8.E 9.A 10.A 11.B 12.E 
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19.B 20.A 21.A 22.C 23.E 24.A 
25.D 26.E 27.D 28.A 29.D 30.B

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