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UNIDADE DIDÁTICA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
PRO-REITORIA DE GRADUAÇÃO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIENCIAS HUMANAS 
 DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS 
 
 
 
 
 
MAISA JOSEFINA LIMA SANTOS 
MARYELLEN PINHEIRO LUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE AVALIATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO CRISTÓVÃO- SE 
2023 
MAISA JOSEFINA LIMA SANTOS 
MARYELLEN PINHEIRO LUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE AVALIATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade avaliativa apresentada ao Departamento de 
Letras Vernáculas da Universidade Federal de 
Sergipe, como requisito para obtenção de nota do 
componente curricular Laboratório para o Ensino de 
Gêneros Textuais. 
Prof: Dr. Jocenilson Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO CRISTÓVÃO SE 
2023 
 
TEMA: Literatura de cordel e lendas. Variações linguísticas e noticias. 
Conteúdo programático: Literatura de cordel, Uso de conectivos, tipos de sujeitos, 
variações linguísticas, gênero notícia, uso da vírgula. 
Habilidade da BNCC: 
(EF35LP23-A) Ler poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações 
e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seus efeitos de sentido. 
(EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: 
ortografia, regências e concordâncias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação etc. 
(EF08LP06) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, os termos constitutivos 
da oração (sujeito e seus modificadores, verbo e seus complementos e modificadores). 
(EF08LP07) Diferenciar, em textos lidos ou de produção própria, complementos diretos 
e indiretos de verbos transitivos, apropriando-se da regência de verbos de uso frequente. 
(EF69LP18) Utilizar, na escrita/reescrita de textos argumentativos, recursos 
linguísticos que marquem as relações de sentido entre parágrafos e enunciados do texto e 
operadores de conexão adequados aos tipos de argumento e à forma de composição de textos 
argumentativos. 
(EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e 
o de preconceito linguístico. 
(EF08LP09) Interpretar efeitos de sentido de modificadores (adjuntos adnominais – 
artigos definido ou indefinido, adjetivos, expressões adjetivas) em substantivos com função de 
sujeito ou de complemento verbal, usando-os para enriquecer seus próprios textos. 
(EF08LP13) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão 
sequencial: conjunções e articuladores textuais. 
(EF08LP14) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão sequencial (articuladores) e 
referencial (léxica e pronominal), construções passivas e impessoais, discurso direto e indireto 
e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual. 
(EF89LP05) Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de recurso a 
formas de apropriação textual (paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou indireto livre). 
Foco: reconhecer a importâncias das variações culturais existentes no Brasil e resolver 
questões. 
Público alvo: 8º ensino fundamental. 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://www.flickr.com/photos/gabinetedecuriosidades/4034681539 
RAÍZES DO BRASIL 
UNIDADE 5 
5 
LITERATURA DE CORDEL 
 
 
 
Você sabe o que é literatura de cordel? 
 
A literatura de cordel é uma expressão literária, cultural e artística que representa parte 
da cultura popular nordestina. São apresentados em forma de folhetos, isto é, pequenos livros 
coloridos com capas em xilogravura (gravuras em madeira) que são pendurados em cordas ou 
barbantes. 
Sendo assim, uma dessas principais características é a oralidade, com a função principal 
de informar e divertir os seus leitores. Sua linguagem é coloquial, com o uso de gírias e palavras 
regionais que provocam identificação na população local. 
Os temas são variados, indo desde lendas folclóricas a piadas políticas, críticas de 
realidade social e outros. Contudo, engana-se quem pensa que a abordagem é chata ou maçante, 
pelo contrário, o uso da ironia, sarcasmo e humor é a marca registrada da literatura de cordel. 
Além disso, a leitura associada à prática do canto só é possível devido a rítmica imposta 
no modo de escrita dos poemas, que utilizam da rima e da métrica fixa para imprimir sua 
identidade regional. 
1 CAPITULO 
6 
Principais autores e obras da Literatura de cordel 
 
Leandro Gomes de Barros, foi o primeiro brasileiro a contribuir para a consolidação 
da literatura de cordel, produzindo cerca de 240 obras que fizeram bastante sucesso. 
Assim, grandes histórias 
conhecidas da obra Auto da 
Compadecida, popularizada por Ariano 
Suassuna, vieram dele como o “O 
testamento do cachorro” e “O cavalo que 
defecava dinheiro”. 
 
 
João Martins de Athayde 
ficou reconhecido por 
utilizar imagens de astros 
de Hollywood em suas 
obras. 
 
 
 
 
 
 
Cego Aderaldo é atural do Ceará, 
o poeta iniciou suas publicações em seus 
folhetos em 1989, quando lançou, em 
parceria com o poeta Pedro Paulo Paulino, 
uma caixa com 10 títulos chamada 
Coleção Cancão de Fogo. Criou o projeto 
ACORDA CORDEL na Sala de Aula, que 
incentiva a alfabetização de jovens e 
adultos através da poesia popular. 
Disponível em: https://conhecimentocientifico.r7.com/literatura-de-cordel/ 
7 
As proezas de João Grilo 
 
João Grilo foi um cristão 
que nasceu antes do dia, 
criou-se sem formosura, 
mas tinha sabedoria 
e morreu depois da hora 
pelas artes que fazia. 
E nasceu de sete meses, 
chorou no bucho da mãe; 
quando ela pegou um gato 
ele gritou: "não me arranhe 
não jogue neste animal 
que talvez você não ganhe". 
 
Na noite que João nasceu 
houve um eclipse da lua 
e detonou um vulcão 
que ainda continua, 
naquela noite correu 
um lobisomem na rua. 
 
Porém João Grillo criou-se 
pequeno, magro e sambudo 
as pernas tortas e finas 
a boca grande e beiçudo. 
No sítio onde morava, 
dava notícia de tudo. 
 
O rio estava de nado, 
vinha um vaqueiro de fora, 
perguntou: “dará passagem?” 
João Grilo disse: “inda agora, 
O gadinho do meu pai 
Passou com o lombo de fora”. 
 
O vaqueiro botou o cavalo 
Com uma braça deu nado, 
Foi sair já muito em baixo, 
Quase que morre afogado! 
Voltou e disse ao menino: 
“você é um desgraçado!” 
 
Joao Grilo foi ver o gado 
Para provar aquele ato, 
Veio trazendo na frente 
Um bom rebanho de pato: 
Os patos passaram n’agua. 
Joao provou que era exato. 
Disponível em: 
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-
brasileira/literatura-de-cordel-2-proezas-de-joao-
grilo.htm 
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/literatura-de-cordel-2-proezas-de-joao-grilo.htm
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/literatura-de-cordel-2-proezas-de-joao-grilo.htm
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/literatura-de-cordel-2-proezas-de-joao-grilo.htm
8 
 
ESTUDO DO TEXTO 
 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO 
 
1. Qual é o nome do protagonista deste texto? Como ele é descrito fisicamente? 
 
2. Qual evento astronômico e natural ocorreu na noite em que João Grilo nasceu? 
 
3. O que João Grilo fazia no sítio onde morava? Por que ele era considerado importante 
na comunidade? 
 
4. Conte a história do vaqueiro que pediu passagem pelo rio. Qual foi a reação de João 
Grilo? 
 
5. Como João Grilo provou que o vaqueiro estava errado sobre a profundidade do rio? 
 
6. O que João Grilo trouxe na frente quando foi verificar o gado? Como ele provou que 
estava certo? 
 
7. Qual é a mensagem ou moral da história deste texto? 
 
 
LEITURA EXPRESSIVA DO TEXTO 
 
Imagine que você é João Grilo e está descrevendo sua aparência física para um amigo. 
Como você descreveria a si mesmo com base no que o texto nos diz sobre sua aparência? 
 
 
 
9 
Personagens e mitos narrados no folclore
brasileiro 
 
As lendas do folclore são um conjunto de mitos e personagens que nasceram da 
imaginação coletiva de um povo, como uma verdadeira tradição passada de geração para 
geração. A maioria das lendas brasileiras são de origem indígena, mas receberam influência dos 
mitos e estórias trazidos de portugueses e africanos. 
Com o tempo, as lendas foram adaptadas por indivíduos comuns e se tornaram ainda 
mais populares, em virtude da comparação que existe entre o seu teor narrativo e os costumes 
de cada região. Algumas encantam, outras assustam, mas, acima de tudo, elas representam as 
características de quem as inventou. 
 
Lendas do folclore brasileiro 
 
A cultura brasileira apresenta diversos personagens em seu folclore. São eles: mula sem 
cabeça, Iara, saci pererê, caipora, curupira, boto cor de rosa, negrinho do pastoreiro, cuca, 
boiatá, cobra grande, vitória régia, cumadre fulozinha, lobisomem e a erva-mate. 
 
 
Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/lendas-do-folclore 
 
10 
ESTUDO DO CASO 
 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO 
 
1. O que são lendas do folclore brasileiro? Explique como elas são transmitidas de geração 
para geração. 
 
2. Quais são algumas das influências culturais que moldaram as lendas do folclore 
brasileiro? 
 
3. Por que as lendas do folclore brasileiro são tão diversas e variadas em todo o país? 
 
4. Escolha uma lenda do folclore brasileiro que você conhece e explique seu enredo de 
forma resumida. 
 
5. Você acredita que as lendas do folclore brasileiro ainda têm relevância nos dias de hoje? 
Por quê? 
 
6. Dos personagens listados no texto, qual deles você acha mais interessante? Descreva o 
personagem e por que ele chama a sua atenção. 
 
7. Se você pudesse criar um novo personagem para o folclore brasileiro, como seria e que 
tipo de história ou lenda ele estaria envolvido? 
 
8. Você já ouviu alguma história ou lenda do folclore brasileiro de seus pais, avós ou outras 
pessoas mais velhas? Compartilhe uma dessas histórias com a classe. 
 
9. Por que é importante preservar e compartilhar as lendas do folclore brasileiro? 
 
LEITURA EXPRESSIVA DO TEXTO 
 
Imagine que você está contando a um amigo estrangeiro sobre as lendas do folclore 
brasileiro. Como você descreveria a diversidade de personagens e suas histórias? 
11 
 
PARA ESCREVER COM COERÊNCIA E COESÃO 
O que são conectivos? 
 
Analisando a palavra “conectivos”, podemos notar que ela faz referência à conexão. É 
isso mesmo: os conectivos possibilitam a conexão de elementos da língua. 
Em um texto, a fim de que possamos nos expressar de forma satisfatória, os conectivos 
são as ferramentas que nos permitem relacionar as ideias de forma clara e organizada. Bem 
sabemos que clareza e organização são as palavras-chave para que um texto alcance seu 
propósito comunicacional, pois, se não formos claros, nossos leitores não entenderão a nossa 
mensagem e, assim, infelizmente, o objetivo de nossa produção textual não terá sido alcançado. 
Pois bem, agora sabemos o que são conectivos e o porquê de serem preciosos elementos 
textuais, outra informação importante para completarmos o estudo sobre eles é entendermos 
que são eles os responsáveis por aquilo que chamamos de coesão textual, o que é fundamental 
para que um texto seja coerente. 
Coesão textual: é a conexão, ligação entre os elementos da superfície de um texto. O que isso 
quer dizer? Coesão é um aspecto que zela, em uma perspectiva estrutural, pela relação entre as 
palavras, frases, períodos e parágrafos de um texto. 
Coerência textual: é a relação e organização lógica de um texto. O que isso quer dizer? Uma 
produção textual coerente ocorre quando as ideias do texto estão em sintonia, em uma lógica 
em que uma complementa a outra. 
 
12 
Exercícios 
 
 
Leia: 
 
 
Quem foram os fenícios? 
 
 
 Esse povo viveu na área onde hoje é o Líbano entre 1.800 e 600 antes de Cristo. Eles falavam 
uma língua parecida com o hebraico e criaram o alfabeto – a ideia de ter letras que, juntas, 
produzem palavras e sons (o nosso alfabeto deriva daí). Os fenícios também eram dedicados à 
atividade comercial, porque ficavam num lugar estratégico na costa do Mar Mediterrâneo. Eles 
não formavam um país, mas viviam em cidades-estados, ou seja, eram independentes entre si. 
A cultura fenícia começou a desparecer por volta de 539 antes de Cristo quando Ciro, rei da 
Pérsia, conquistou a região. 
 
Disponível em: <http://recreio.uol.com.br>. 
 
 
 Questões 
 
1- No trecho “Eles falavam uma língua parecida com o hebraico e criaram o alfabeto […]”, o 
conectivo em destaque expressa a ideia de: 
a) causa 
b) adição 
c) consequência 
d) oposição 
 
2 – Transcreva a passagem do texto que apresenta o emprego de outro conectivo que expressa 
a ideia assinalada anteriormente. Em seguida, sublinhe-o: 
 
 
 
13 
3 – No trecho “Os fenícios também eram dedicados à atividade comercial, porque ficavam num 
lugar estratégico […]”, o conectivo grifado poderia ser substituído por: 
a) no entanto 
b) conquanto 
c) por conseguinte 
d) pois 
 
4 – “Eles não formavam um país, mas viviam em cidades-estados […]”. Aponte o conectivo 
que une essas duas orações. Em seguida, identifique a relação por ele estabelecida: 
 
 
5 – Em “[…] em cidades-estados, ou seja, eram independentes entre si.”, o conetivo evidenciado 
indica: 
 
a) uma explicação 
b) uma opinião 
c) uma comparação 
d) uma conclusão 
 
14 
A LÍNGUA EM FOCO 
Tipos de Sujeito 
 
Sujeito oculto: Como o próprio nome já nos indica, o sujeito oculto é aquele que não 
está claro, aparente, na oração. Mas será que podemos identificá-lo por meio de uma outra pista? 
Primeiro, vamos ao exemplo: 
- Acordei feliz. 
Constatamos que a terminação do verbo acordar (acord – ei) se refere à primeira pessoa 
do singular (no caso, “eu”) do pretérito perfeito do modo indicativo. 
Sendo assim, mesmo que o sujeito não esteja expresso, podemos percebê-lo por meio 
da terminação verbal, ou seja, assim identificamos a qual pessoa ele faz referência. 
 
Sujeito indeterminado: O sujeito indeterminado é aquele que faz referência a alguém, 
mas não o identifica. Esse tipo de sujeito geralmente é acompanhado de verbos flexionados na 
terceira pessoa do plural, ou de verbos flexionados na terceira pessoa do singular, 
acompanhados da partícula -se. Exemplos de sujeito indeterminado: 
- Esqueceram de trancar a porta. 
- Precisa-se de vendedores. 
Observe que, no primeiro exemplo, sabemos que alguém esqueceu de trancar a porta, 
mas não exatamente quem. Já na segunda frase, identificamos que alguém ou algum lugar 
precisa de vendedores, mas não compreendemos quem ou que lugar. 
 
Oração sem sujeito ou sujeito inexistente: O sujeito inexistente ocorre no que 
chamamos de oração sem sujeito, e é acompanhado por um verbo impessoal. 
Os verbos impessoais não são acompanhados por sujeitos e podem indicar: fenômenos 
da natureza (chover, nevar, fazer frio, fazer calor etc.); tempo decorrido (ser, fazer, etc.) e 
existência ou acontecimento de algo (haver). 
Exemplos de sujeito inexistente: 
- Nevou o dia todo. 
- Faz três anos que estudo nesta escola. 
- Há muita gente na praia. 
- Na minha família houve um caso parecido. 
Disponível em: https://www.mairinque.sp.gov.br/arquivos/atividades-domiciliares/b6d4c1bf-4838-
464a-96c5-f1531cf02b53.pdf 
15 
Atividades 
 
1- Classifique os tipos de sujeito de acordo com os códigos: 
 
( 1 ) Sujeito Indeterminado 
( 2 ) Oração sem Sujeito 
( 3 ) Sujeito Oculto 
a- ( ) Há um momento de felicidade para todos. 
b- ( ) Estou sozinha em minha casa. 
c- ( ) Trata-se de uma decisão inteligente. 
d- ( ) Faz mais de um mês que coisas estranhas acontecem naquela casa. 
e- ( ) Pediram silêncio. 
f- ( ) Em nossa infância, íamos todos os finais de semana ao cinema. 
 
2- Leia a tirinha: 
 
Observe o primeiro quadrinho e classifique
o sujeito da oração: 
“Acho que não”. O sujeito classifica-se em: 
 
a- ( ) simples 
b- ( ) composto 
c- ( ) indeterminado 
d- ( ) oculto 
 
16 
2 CAPITULO 
UMA PALAVRA, MIL UTILIDADES 
 
Você sabe o que é um Chumbrega? 
 
E um Basbaque? 
 
Certamente nunca ouviu falar dessas palavras porque você ainda é um bruguelo! 
 
Arriégua, que você não deve estar entendendo bulhufas do que estou dizendo aqui! 
 
17 
Variações Linguísticas 
 
 A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação dos 
sistemas de uma língua em relação às possibilidades de mudança de seus elementos 
(vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Ela existe porque as línguas possuem a 
característica de serem dinâmicas e sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, 
a classe social do falante e o grau de formalidade do contexto da comunicação. 
É importante observar que toda variação 
linguística é adequada para atender às 
necessidades comunicativas e cognitivas do 
falante. Assim, quando julgamos errada 
determinada variedade, estamos emitindo um 
juízo de valor sobre os seus falantes e, portanto, 
agindo com preconceito linguístico. 
 
Tipos de variação linguística 
 
→ Variedade regional São aquelas que demonstram a diferença entre as falas dos habitantes 
de diferentes regiões do país, diferentes estado e cidades. Por exemplo, os falantes do Estado 
de Minas Gerais possuem uma forma diferente em relação à fala dos falantes do Rio de Janeiro. 
Observe a abordagem de variação regional em um poema de Oswald de Andrade: 
 
Vício da fala 
Para dizerem milho dizem mio 
Para melhor dizem mió 
Para pior pió 
Para telha dizem teia 
Para telhado dizem teiado 
E vão fazendo telhados. 
Agora, veja um quadro comparativo de algumas variações de expressões utilizadas nas 
regiões Nordeste, Norte e Sul: 
18 
 
 
→ Variedades sociais 
São variedades que possuem diferenças em nível fonológico ou morfossintático. Veja: 
Fonológicos - “prantar” em vez de “plantar”; “bão” em vez de “bom”; “pobrema” em 
vez de “problema”; “bicicreta” em vez de “bicicleta”. 
Morfossintáticos - “dez real” em vez de “dez reais”; “eu vi ela” em vez de “eu a vi”; 
“eu truci” em vez de “eu trouxe”; “a gente fumo” em vez de “nós fomos”. 
 
→ Variedades estilísticas 
São as mudanças da língua de acordo com o grau de formalidade, ou seja, a língua pode 
variar entre uma linguagem formal ou uma linguagem informal. 
Linguagem formal: é usada em situações comunicativas formais, como uma palestra, 
um congresso, uma reunião empresarial, etc. 
Linguagem Informal: é usada em situações comunicativas informais, como reuniões 
familiares, encontro com amigos, etc. Nesses casos, há o uso da linguagem coloquial. 
Gíria ou Jargão 
 
É um tipo de linguagem utilizada por um determinado grupo social, fazendo com que 
se diferencie dos demais falantes da língua. A gíria é normalmente relacionada à linguagem de 
grupos de jovens (skatistas, surfistas, rappers, etc.). O jargão é, em geral, relacionadao à 
linguagem de grupos profissionais (professores, médicos, advogados, etc.)" 
 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-e-variacao-linguistica.htm 
 
 
19 
POR DENTRO DO TEXTO 
 
ATIVIDADE 
 
1. O que é variação linguística? Você já ouviu falar desse termo antes? Explique. 
 
2. Relei o texto de Oswald de Andrade. Você consegue identificar palavras que 
demonstram variação linguística? Liste-as. 
 
3. As palavras "mio" e "mió" são exemplos de variação linguística. O que essas palavras 
significam no contexto do texto? 
 
4. Você acha que a variação linguística é uma característica negativa da língua? Por quê? 
 
5. Como a variação linguística pode ser influenciada pelo contexto social e geográfico? 
Você pode dar exemplos? 
 
6. Você acredita que todas as formas de fala devem ser igualmente aceitas e respeitadas? 
Por quê ou por que não? 
 
7. Na sua opinião, por que é importante aprender sobre a variação linguística? Como isso 
pode nos ajudar na comunicação? 
 
8. Como a variação linguística pode ser usada de forma criativa na literatura e na escrita? 
Você pode criar um exemplo? 
 
9. Pense em uma situação em que você ouviu alguém falar de maneira diferente do que 
você está acostumado. Como você reagiu? Como essa experiência o fez sentir? 
 
 
 
 
20 
Observe 
 
 
 
Agora é com você 
 
 
Escreva uma pequena história ou diálogo que envolva personagens que falam de forma 
diferente devido à sua origem geográfica ou contexto social. 
 
 
21 
PARA ESCREVER COM COESÃO E COERENCIA 
 
Notícia 
 
Com calor de quase 40ºC , Bataguassu registrou nesta quarta-feira a nona maior 
temperatura do Brasil. Com os termômetros registrando quase 40ºC, Bataguassu registrou nesta 
quarta-feira dia 22 de fevereiro de 2017 a nona maior temperatura do Brasil e juntamente com 
outras sete cidades de Mato Grosso do Sul liderou o ranking entre as 10 cidades mais quentes 
do país. 
Além de Bataguassu que registrou 36, 4ºC, os municípios de Bela Vista, Porto Murtinho, 
Água Clara, Aquidauana, Juti, Jardim e Sete Quedas também ocuparam as dez primeiras 
posições no ranking de temperaturas, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia 
(Inmet).Nestes locais, os termômetros registraram entre 38ºC e 36ºC nesta terça-feira. 
 Fonte: http://cenarioms.com.br/noticia/geral/4204/com-calor-de-quase-40oc–bataguassu-
registrou-nesta-quartafeira-a-nona-maior-temperatura-do-brasil 
 
Questões 
Após a leitura, responda os elementos estruturais que compõem o gênero notícia: 
 
1) Que fato aconteceu? 
2) Com quem? 
3) Quando aconteceu? 
4) Onde aconteceu? 
5) Como aconteceu? 
6) Porque aconteceu? 
7) Com base no que foi estudado sobre o gênero discursivo notícia, produza um texto 
noticiando um fato possível de ser retratado pela foto abaixo. 
 
22 
A LÍNGUA EM FOCO 
 
 
USO DA VÍRGULA 
 
A vírgula é uma pontuação usada para separar expressões em uma frase, enfatizar e 
impedir ambiguidades. Ela é uma exigência sintática e nem sempre coincide com a pausa. Mas 
em que caso devemos utilizá-la e quando não podemos empregá-la? 
Vamos conhecer primeiro os casos obrigatórios: 
1. Para separar elementos: A vírgula serve para separar, dentro da mesma oração, elementos 
que têm a mesma função sintática e que, regra geral, não sejam ligados pelas conjunções e, 
nem, ou. 
Exemplo: Objetivos, conteúdo, método e recursos didáticos compõem um plano. 
Truque: Se você estiver listando várias coisas, vai precisar usar vírgula! 
 
2. Depois do vocativo: A vírgula é usada para separar a invocação de alguém. 
Exemplo: Ana, atenda a campainha! 
Truque: Está chamando alguém? Use vírgula depois! 
 
3. Entre o aposto: Frequentemente o aposto aparece entre vírgulas. 
 
Exemplo: João, professor do Ensino Médio, está de licença. 
Truque: Introduziu uma explicação ou clarificação no meio da oração? Use vírgula. 
 
4. Depois dos advérbios “sim” e “não”: A vírgula é usada após esses advérbios quando eles 
iniciam uma oração que atue como resposta. 
Exemplo: Sim, estamos satisfeitos com os resultados. 
Truque: Depois de sim ou não iniciais em respostas, coloque sempre vírgula. 
DISPONÍVEL EM: https://www.todamateria.com.br/usos-da-virgula-aprenda-os-
truques/#:~:text=A%20v%C3%adrgula%20%C3%A9%20utilizada%20para,%2C%20de%20forma%20alguma%
2C%20obedecer. 
 
 
23 
POR DENTRO DO ASSUNTO 
Leia tirinha e depois responda: 
 
1. Nos quadrinhos primeiro e terceiro as palavras “filho” e “Armando” foram colocadas vírgulas 
para separá-las do restante da frase. Isso aconteceu para: 
a) separar o vocativo. 
b) separar o aposto. 
c) identificar o sujeito. 
d) mostrar o complemento do verbo. 
2. A vírgula serve para separar, dentro da mesma oração, elementos que têm a mesma função 
sintática. Assinale a alternativa que segue essa regra CORRETAMENTE: 
a) Mateus, Cristiano, e Tereza
não faltam à escola. 
b) Comprei, ovos farinha açúcar e leite para fazer um bolo. 
c) Ana, Joana e Luísa foram promovidas pelo diretor da empresa. 
d) Todo projeto precisa ter, começo meio fim e determinação. 
3. O aposto exemplifica ou especifica um termo já mencionado anteriormente na oração. 
Geralmente é separado entre vírgulas. Assinale, então, a alternativa que as vírgulas foram 
utilizadas para separar o aposto. 
a) Marina, a melhor aluna da turma, obteve altas notas 
b) São acessórios de carro câmera de ré, fumê, sensores e airbag. 
c) Fábio, Ana Paula, Gustavo e Bia participaram do seminário. 
d) Por favor, Paulo, volte aqui urgentemente! 
24 
MANUAL ORIENTADOR DO PROFESSOR 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://www.flickr.com/photos/gabinetedecuriosidades/4034681539 
 
RAÍZES DO BRASIL 
UNIDADE 5 
25 
MANUAL ORIENTADOR DO PROFESSOR 
 
LITERATURA DE CORDEL 
O professor pode iniciar a aula fazendo as seguintes indagações aos alunos: Vocês 
sabem o que é literatura de cordel? Conhecem A obra o auto da compadecida? Sabem o que é 
xilogravura? Como é feita a xilogravura? 
O professor pode ler trechos das obras citadas para os alunos. 
 
Personagens e mitos narrados no folclore brasileiro 
O professor poderá fazer as indagações aos alunos para saber se eles sabem oquê são 
lendas, se eles conhecem algumas lendas? Peça-os para contar oralmente. 
 
PARA ESCREVER COM COERÊNCIA E COESÃO 
O professor poderá utilizar o exercício para fixar o conteúdo e também solicitar aos 
alunos que eles criem textos para que sejam entregues para que seja avaliado o uso dos 
conectivos. 
 
A LÍNGUA EM FOCO 
O professor poderá dar exemplos na lousa dos tipos de sujeito. 
Poderá ler trechos de obras e solicitar que os alunos identifiquem qual é o sujeito. 
 
2 CAPITULO 
UMA PALAVRA, MIL UTILIDADES 
O professor poderá citar exemplos de gírias na sala de aula, faze o comparativos das 
palavras em determinadas regiões. 
PARA ESCREVER COM COESÃO E COERENCIA 
O professor irá apresentar o gênero noticia aos alunos, informando as principais 
características de uma. 
A LÍNGUA EM FOCO 
O professor poderá escrever frases n alousa sem vírgula e pedir para que os alunos vão 
até ela e coloquem a vírgula no lugar certo para que complete o sentido. 
1 CAPITULO

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