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A origem da palavra etica vem do grego ethos, que significa o modo de ser, o carater. Ja os romanos, traduziram o ethos para o latim como mos (ou no plural, mores) que quer dizer costume, dando or 2

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A origem da palavra ética vem do grego éthos, que significa o modo de
ser, o caráter. Já os romanos, traduziram o éthos para o latim como
mos (ou no plural, mores) que quer dizer costume, dando origem à
palavra moral.
No cotidiano, não há distinção entre os termos ética e moral, sendo
usados como sinônimos. Porém, os cientistas e filósofos fazem a
distinção entre elas, em que ética é o estudo do comportamento moral
e moral é definida como um conjunto de normas, conceitos, costumes
e valores de uma determinada sociedade. Agora que entendemos um
pouco dos conceitos podemos trabalhar com a bioética propriamente
dita.
A bioética é uma área de estudo que envolve a ciência humana, usando o
princípio da ética e das ciências biológicas.
A palavra bioética é uma junção dos radicais bio, de origem grega, que
significa vida e éthos, que diz respeito à conduta moral, como já mencionado
anteriormente.
O estabelecimento de uma profissão em seu significado pleno está
extremamente associado à existência de um código de ética profissional: os
códigos deontológicos, sendo que cada profissão tem sua conduta regida por
conselhos federais e regionais específicos.
A bioética nasce em um ambiente científico, como uma necessidade sentida
pelos próprios profissionais da saúde, em seu sentido mais amplo, de
proteger a vida humana e seu ambiente. Uma segunda característica é seu
caráter interdisciplinar, pois abrange profissionais da área médica, teólogos,
sociólogos, juristas, psicólogos, filósofos, dentre outros. Por fim, mas sem
esgotar suas características, é um ramo do conhecimento humano que se
apoia mais na razão e no bom juízo moral de seus investigadores do que em
alguma corrente filosófica ou autoridade religiosa, de onde decorrem seus
princípios de caráter autônomo e universal.
A história da bioética teve início em 1971, quando Van Rensselaer Potter,
bioquímico e professor de oncologia da Escola Médica da Universidade de
Wisconsin, publicou o livro Bioethics : Bridge to The Future, que apenas mais
tarde seria reconhecido como a principal obra da bioética, campo de atuação
científico, normativo e institucional estabelecido nos Estados Unidos. A
consolidação da ética aplicada ocorreu, sobretudo, após a publicação do
Belmont Report (1978), do documento que sintetizou orientações éticas para a
realização de pesquisas biomédicas e comportamentais envolvendo seres
humanos naquele país.
A disciplina trata de temas específicos como nascer/não nascer (aborto),
morrer/não morrer (eutanásia), saúde/doença (ética biomédica), bem-
estar/mal-estar (ética biopsicológica) e ocupa-se de novos campos de atuação
do conhecimento, como clonagem (ética genética), irresponsabilidade perante
os pósteros (ética de gerações), depredação da natureza extra-humana
circundante e agressões ao equilíbrio sistêmico das espécies (ecoética).
Destacamos o recente código de ética dos profissionais embriologistas, com a
primeira edição publicada em 2018.
Desde a Grécia antiga, segunda metade do século XX até o presente, a bioética
interage com múltiplos fatores circunstanciais na medicina. Por um lado, os
desafios à vida no micro e macrouniverso em escala planetária e, por outro, o
desenvolvimento tecnológico desenfreado levantam uma série de perguntas
acerca da capacidade humana de sentir, julgar e agir adequadamente em
relação a um patrimônio que vem dos primórdios da vida sobre o planeta. A
abordagem da bioética vai além de uma ética médica e herda boa parte das
tarefas da filosofia ocidental no afã de monitorar a conduta humana
As responsabilidades bioéticas, no Brasil, estão intrinsicamente associadas
aos princípios e diretrizes que regem o Sistema Único de Saúde (SUS), pois
ambos foram estruturados e implementados no país da década de 1990.
O SUS, proveniente de Lei Orgânica da Saúde, é a tradução prática do
princípio constitucional da saúde como direito de todos e dever do Estado,
respeitando diretrizes previstas na Constituição Federal do Brasil.
O modelo de análise bioética comumente utilizado e de grande aplicação na
prática clínica na maioria dos países é o principialista, introduzido por
Beauchamp e Childress, em 1989.
Os princípios, as regras e os direitos precisam ser, além de especificados,
ponderados. Os princípios (e coisas do gênero) orientam para certas formas
de comportamento; porém, por si mesmos, eles não resolvem conflitos de
princípios. Enquanto a especificação promove um desenvolvimento
substantivo da significação e do escopo de normas, a ponderação consiste na
deliberação e na formulação de juízos acerca dos pesos relativos das
normas.
Em relação à criança ou indivíduos mentalmente incapazes, o princípio da autonomia
deve ser exercido pela família ou responsável legal. Entretanto, estes não têm o direito
de forçá-las a receber tratamentos e/ou intervenções nocivos ou desproporcionalmente
penosos, às vezes, por motivos religiosos. Consequentemente, os profissionais devem
intervir ou negar-se a adotar condutas específicas quando as decisões dos pais ou
responsáveis legais forem contrárias aos melhores interesses da criança.
Os princípios bioéticos estabelecem padrões que orientam, guiam e avaliam condutas,
enquanto não são sobrepostos pela alegação de fatos ou argumentos dos quais,
novamente, resulta um bem maior, mais útil, mais justo e assim por diante.
Uma vez consolidada como ciência, com objeto e métodos não mais restritos ao
universo da medicina, a bioética fica em condição de hospedar múltiplas disciplinas com
conteúdos acadêmicos diversos para interagir, na teoria e na prática, com as diferentes
áreas do conhecimento, sem abdicar da identidade, refazer objetivos e/ ou descartar
métodos. Dada sua destinação interdisciplinar, a ciência da bioética tem a tarefa de
aplicar a pluralidade de seus princípios e suas regras às várias frentes de geração,
elaboração e administração do saber.
O progresso intelectual avança com mais rapidez que o processo moral (ético). Porém,
hoje em dia, a bioética ampliou sua abrangência, gerando interesse de instituições
privadas e públicas e ganhando escala global, em parte como uma tentativa de
apresentar sinais de como lidar com os novos problemas éticos que o mundo técnico-
científico levanta ao interferir vida de todos.
Observa-se que a bioética tem como principais objetivos o respeito e a conservação da
dignidade da pessoa humana, compreendendo o estudo das dimensões morais das
ciências da vida.
No Brasil, apesar de mais recente que nos Estados Unidos, já há inúmeras iniciativas e
estudos sobre o tema. Prova disso, são os próprios estudos que tratam dos problemas
do mundo contemporâneo, ou seja, da ciência e da vida, do pedagógico ao jurídico, do
biológico ao social. Com isso, surgem vários paradigmas, que tratam das questões
primordiais ligadas ao início da vida, do desenvolvimento da pessoa, como aborto,
eutanásia, doação de órgãos, bem como temas relacionados à engenharia genética,
ecologia, saúde etc.

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