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Semiologia digestório de ruminantes

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Semiologia 
 
Os ruminantes são animais que mastigam e regurgitam o 
conteúdo gástrico, podem ser divididos em duas subordens: 
 
Animais da subordem Tylopoda não apresentam o omaso. 
O aparelho do sistema digestório é o conjunto de órgãos que são 
responsáveis pela captação, digestão, absorção dos nutrientes. 
Essas são basicamente as funções primordiais. 
É constituído por: 
• Boca 
• Esôfago 
• Pré-estômagos (Rumen, retículo, omaso) 
• Abomaso 
• Intestinos 
 
É um dos principais sistemas acometidos nos animais de produção. 
 
1- Rúmen: fermentação microbiana e maceração. 
2- Retículo: separação dos alimentos. 
3- Omaso: absorção de água, minerais e maceração dos 
alimentos. 
4- Abomaso: digestão química/estômago 
Identificação: Nome, número, idade, sexo, raça, espécie, peso. 
Anamnese: Queixa principal. 
Exame físico geral: Inspeção, palpação, auscultação... 
É necessária uma ficha de exame clínico para executar esse 
acompanhamento do animal. Tudo o que o proprietário nos 
relatar, precisamos escrever como ele disse. 
O exame físico geral é um passo decisivo para o exame 
específico. 
Anamnese: 
• Queixa principal: 
- Características 
- Início (agudo, subagudo, crônico) 
- Evolução (progressão, estabilidade, melhora, 
sazonalidade) 
- Momento 
• Antecedentes mórbidos 
- Acidentes, cirurgias, outras enfermidades 
- Estresse recente 
• Tratamentos anteriores 
- Drogas? Dose? Duração? Consequência? 
• Questionar acerca dos outros sistemas 
• Casos semelhantes 
- Animais e pessoas contactantes 
- Hereditariedade 
• Ambiente 
- Instalações, estrada. pastos e higiene 
- Temperatura, umidade, ventilação 
- Cama, possibilidade de intoxicações 
• Manejo 
- Sistema de criação e de produção 
- Faixas etárias e grupos de produção 
- Manejo alimentar, sanitário e reprodutivo 
- Hábitos 
Ruminantia Typoloda 
Veados, alces, renas, 
antílopes, girafas, bisões, 
bovinos, bubalinos, ovinos, 
caprinos 
Camelos, lhamas, Alpacas 
Exame físico geral: 
I. Nível de consciência 
- Alerta diminuído (deprimido, apático) ou aumentado 
(excitado) 
II. Postura e locomoção 
III. Estado nutricional 
IV. Pelame 
- Pelos limpos e brilhantes ou eriçados e secos 
- Falhas, presença de parasitas, ferimentos 
V. Distribuição e gravidade de lesões 
VI. Coloração geral da pele 
- Cianótica, ictérica, pálida, hiperêmica 
VII. Sudorese 
- Hipo, hipersudorese. 
Sinais vitais: 
- Frequência cardíaca, frequência respiratória, T°C, Mucosas, TPC. 
- Motilidade gastrointestinal. 
Sinais espontâneos de dor: 
- Cólica intestinal, tenesmo. 
 
 
 
 
 
Para o exame específico do sistema digestório é importante que 
na anamnese obtenham-se informações acerca: 
• Manejo, alimentação; 
• Vícios; 
• Prenhez; 
• Controle parasitário, medicações prévias; 
• Episódios anteriores, cirurgias, acidentes; 
• Defecação, micção, ingestão de água. 
- É importante iniciar o exame com a observação do ambiente e 
das condições que o animal se encontra. Mas conforme o 
andamento, iremos direcionar esse exame para a queixa 
principal. 
Coisas a considerar: 
- Escore de condição corporal (ECC) – também faz parte do 
exame físico geral. 
- Aspectos das fezes. 
- Sinais: Diarreia, anemia, desidratação, anorexia e perda de 
peso, até morte. 
→ O problema é agudo ou crônico? 
→ A disfunção digestiva é primária ou secundaria a outra 
enfermidade? 
→ O problema digestivo é brando, moderado ou grave? 
 
Exame da cavidade bucal 
→ Inspeção, palpação e olfação - lábios, mucosa, língua, dentes, 
bochecha, glândulas salivares. 
Faringe e Esôfago 
→ Meios: inspeção direta (externa /interna) e indireta, palpação 
(externa e indireta) 
Abdômen 
→ Meios: inspeção (direta e indireta), palpação externa, percussão, 
auscultação e palpação retal. 
Inspeção: contorno abdominal - (volume/forma) / atitudes 
características 
 
Palpação: superficial e profunda - tensão, sensibilidade, 
consistência 
Percussão: auscultação, palpação retal - linha horizontal macicez 
/líquidos na cavidade 
Quanto a variações de volume e formas, devemos nos atentar se 
elas são: 
 
 
Alimentação 
Animal 
Ambiente 
De maneira geral, os transtornos fermentativos aparecem 
e se desenvolvem de modo rápido (acidose, timpanismo 
espumoso), ao passo que alguns distúrbios motores e de 
origem parasitária apresentam quadro mais longo e de 
intensidade branda. 
→ Fisiológicas: 
• Idade: Jovens > Desenvolvimento abdominal 
• Sexo: Fêmeas > Machos 
• Nutrição. 
• Uso: Leite > Corte 
• N° de gestações: Multípara, nulípara. 
→ Patológicas 
• Aumento de volume 
- Localizado: Lesões de pele e subcutâneo (hematoma, 
abscesso, hérnia umbilical). 
 - Não localizado: Vista por trás (alterações de contorno: 
fluídos, sólido- ventral, gases- dorsal). 
 - inferior, superior ou lateral 
 - esquerdo, direito ou bilateral 
• Diminuição de volume: 
- Jejum prolongado, desidratação, doenças crônicas. 
- Apreensão, mastigação e insalivação dos alimentos 
- Inspeção externa: boca fechada, lesões, simetria labial, 
fratura, mastigação. 
- Inspeção interna: Língua, bochechas, dentes, gengivas, 
palato – lesões aparentes. 
- Sialorreia ou ptialismo. 
- Odor- acúmulo de alimentos, distúrbios fermentativos. 
- Ulcerações em lábios e língua (estomatite, febre aftosa, 
actinobacilose etc.) 
 
→ Exame da faringe: Se faz com o uso de abre bocas, 
abaixador lingual e fonte de luz. 
→ Exame do esôfago: 
- Inspeção externa pelo lado esquerdo do animal. 
- Aumento de volume, linfonodos 
- Anormalidades: contorno, formato 
- Passagem de líquidos. 
- Não é possível sentir a parede esofágica na palpação, 
apenas alterações. 
O rúmen é o órgão mais importante dos ruminantes, ele é 
dividido por estratificações. Sua parte mais baixa é onde se 
depositam os líquidos, no meio estão as partículas mais sólidas, e 
por fim, no topo, estão os gases. 
 
Ter conhecimento sobre essa estratificação é importante pois 
muitas alterações do contorno abdominal estão relacionadas com 
o aumento ou diminuição de uma dessas camadas. 
É um ambiente quase exclusivamente anaeróbico, habitado por 
bactérias, protozoários e leveduras. 
- Apresenta vilosidades chamadas de papilas. 
- Umidade elevada (85 a 90%). 
- pH variável conforme o tipo de alimentação ingerida (5,5 a 7). 
- Temperatura entre 38° e 42° C. 
- Ausência de secreção glandular. 
- Representa cerca de 80% do volume dos reservatórios. 
 
Inspeção - nº de movimentos, variações de volume (lateral e 
por trás) 
- É feita pelo flanco esquerdo, na fossa paralombar. 
- Flanco esquerdo retraído: anorexia 
- Flanco esquerdo ↑: Timpanismo (gás), compactação (grãos). 
Palpação- sensibilidade e consistência (conteúdo/estratificação) 
• Superficial: Tensão da parede abdominal (abdome de pau). – 
Ponta dos dedos e palma das mãos (avalia sensibilidade). 
• Profundo: Com a mão fechada em punho – avalia consistência 
e tipo de conteúdo, resistência → ↑ gás → ↑ resistência 
- Flutuação: Conteúdo líquido em cavidades ou em órgãos. 
• Palpação retal: Sentir o saco dorsal do rume e parte do saco 
ventral. 
 
 
Espécie Movimentos ruminais 
Bovinos 7 a 12/ 5’ 
Bubalinos 7 a 12/ 5’ 
Ovinos e caprinos 2/ 1’ 
Localização do Rúmen: região abdominal 
esquerda (7ª costela até a entrada da bacia) 
Percussão- timpânico e sub-maciço; sons anormais / associada à 
auscultação 
- Parede dorsal: som timpânico (estrutura oca, grande tamanho, 
paredes distendidas, presença de gás). 
- Parede ventral: som sub-maciço (natureza pastosa da ingesta – 
material fibroso e líquido). 
Auscultação- ruídos de crepitação e rolamento - simples, dupla, 
com sucussão. 
- Normal: som de cascata crescente/descresc. 
Podemos classificar coma auscultação, se o animal possui uma 
hiper ou hipomotilidade. 
- Depende do tipo de material ingerido: 
 - Dieta rica em fibras: Ruído é mais prolongado. 
 - Dieta rica em grãos: Ruído é mais curto. 
Tipos de sons/ruídos: 
- Crepitante: Semelhante a bolhas estourando(região dorsal do 
rúmen) 
- Deslizamento: Choque material sólido com a parede ruminal 
(região ventral do rúmen). 
• Ausencia de contrações e ruídos indica estasia ou atonia ruminal 
(hipocalcemia, lesões vagais). 
• Hipermotilidade: lesões no nervo vago e processos 
fermentativos. 
Auscultação com balotamento (sucussão) 
 
 
Localização- sobre o apêndice (cartilagem) xifóide à esquerda (5º e 
7º espaço intercostal) 
É o mais cranial entre os pré-estomagos e o menor em tamanho. 
- Mais proeminente no lado esquerdo. 
- Mucosa repleta de relevos laminares (formato de colmeia) 
O exame visa detectar aumento de sensibilidade (processos 
inflamatórios, reservatório para CE) 
- Inspeção direta não é possível, pois está quase que 
completamente envolvido pelo gradil costal 
É realizada pela observação do animal em estação e locomoção – 
indicador de comprometimento (elevação dos membros 
torácicos, locomoção vagarosa). 
- Palpação difícil – pela tensão abdominal (palpação retal 
impossível). 
- Auscultação difícil (recoberto pelo fígado, ruídos ruminais), na 
tentativa de se fazer, ele fica localizado entre o 6° espaço 
intercostal. 
Métodos de exame: 
• Sensibilidade dolorosa 
- Palpação profunda na cartilagem xifóide – verificar aumento 
da sensibilidade, gemidos. 
- Estetoscópio na região traqueal - Alteração da frequência ou 
amplitude respiratória? 
 
• Prova do bastão 
- Não patognomonico. 
- Gemido, inquietação, padrão respiratório 
- Suspende-se vagarosamente e deixa cair repentinamente. 
(repetir para confirmar). 
 
• Plano inclinado (aclive/declive) 
- Reticulite traumática- Reluta em percorrer uma descida e se 
alivia na subida. 
- Vísceras abdominais fazem a compressão do retículo, causando 
dor no animal. 
 
• Pinçamento da cernelha. 
- Vocalização discreta (ausculta traqueal) e contração muscular 
com pausa respiratória. 
• Ferroscópio 
- Detector de metais 
 
Localização- 7º ao 9º espaço intercostal, do lado direito no terço 
médio 
A face parietal (direita) está relacionada principalmente com o 
diafragma e o fígado, a face visceral (esquerda) está em contato 
com o rúmen, o retículo e o abomaso. 
- Composto por projeções laminares e folhosas. 
- Absorção de água, ácidos graxos e minerais. 
- É inacessível a métodos usuais de exames: inspeção, palpação e 
percussão. 
Auscultação da porção ventral: borborigmos e som sub-maciço. 
- Distúrbios omasais: detectados por meio de 
laparotomia/ruminotomia exploratória. 
 
Localização- 7º a 11º espaço intercostal, à direita no terço 
inferior. 
Estomago verdadeiro com mucosa glandular. Nos animais lactentes 
é o principal órgão. 
- Primeiros meses de vida se localiza no lado esquerdo e vai 
gradualmente migrando para o lado direito. 
- Objetivo do exame: Observar possíveis alterações no seu 
posicionamento dentro da cavidade abdominal. 
- Som submaciço com poucos borborigmos 
- Palpação externa: Bezerros e pequenos ruminantes (decúbito 
lateral esquerdo) 
- Bovinos adultos: Sucussão – Palpação+auscultação. 
- Palpação indireta: Agulha inserida até o abomaso (cart. Xifóide e 
umbigo). 
 • Sablose (areia): atrito. 
 • Líquido vermelho: ulcerações 
Auscultação e percussão: 
- Abomaso normal: não detectável 
- Abomaso deslocado: som timpânico/metálico (sons do 
peristaltismo podem interferir). 
 
Localização- 10º e 11º espaços intercostais, à direita, dorsal 
- Quase totalmente deslocado para a direita. 
- Responsável pela secreção da bile, gliconeogênese, síntese de ácidos 
graxos, formação de ureia, estoque de vitamina A. 
Avaliação: 
• Dados de anamnese. 
• Exame de mucosas (icterícia) e da pele (fotossensibilização). 
• Palpação e percussão da região hepática??? (improvável detectar 
hepatopatias). 
• Exames complementares (bioquímicos, biópsias etc.). 
 
Localização- lado direito do abdômen 
Função de desdobrar os alimentos (absorção de água e 
nutrientes, formação do bolo fecal). 
- Inspeção: Aumento de volume no flanco direito: torção do ceco, 
vólvulo, íleo paralítico, invaginação intestinal etc. 
- Palpação profunda da parede abdominal direita: Sensibilidade 
dolorosa (enterites, oclusão intestinal...). 
- Palpação retal: Fornece dados mais elucidativos – umidade 
fecal, estreitamento, torções, sensibilidade etc. Limitado a 
bezerros < 10 meses e pequenos ruminantes. 
- Percussão da fossa paralombar direita: Som timpanico 
decrescendo de intensidade e transformando-se em submaciço 
– porções mais ventrais. 
 - Auscultação Abdome direito: ruído hidroaéreo (borborigmos 
sobrepostos por ruídos). 
 • Frequência reduzida, pouca intensidade e curta duração 
(normal). 
 • aumentados – enterites. 
• diminuídos – obstruções e diarreias. 
A região anal deve ser examinada também, para evidenciar se há 
edema, prolapso retal, fissura ou ausência dos anus (atresia anal). 
Inspeção direta: Observar muco, coloração, consistência, odor. 
 
 
 
• Radiografias (cabeça e pescoço, bezerros e pequenos 
ruminantes) 
• Ultrassonografias (abdominal e transretal) 
• Endoscopia Exames laboratoriais (Líquido Ruminal*, líquido 
peritoneal (paracentese), exames de fezes (coproparasitológico) 
• Biópsias 
• Laparotomia, ruminotomia. 
*Avaliação do suco de rúmen/rume 
 
 
Avaliação dos parâmetros do suco de rume: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGÃO SOM 
Rúmen Crepitação constante que 
exacerba durante sua 
contração – Rolamento 
Reticulo Não auscultável 
Omaso Discreta crepitação 
Abomaso Borborigmos 
Intestino Borborigmos

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