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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 1 Prof. Carol Negrin Aula 14 – Biologia Vegetal II. vestibulares.estrategia.com EXTENSIVO 2024 Exasi u VESTIBULARES Exasiu ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 2 SUMÁRIO TABELA DE CONCEITOS 4 AULA 14. BIOLOGIA VEGETAL II 6 1. HISTOLOGIA DAS ANGIOSPERMAS 7 1.1. Meristemas 7 1.2. Tecidos permanentes 12 1.3. Disposição dos tecidos na raiz, no caule e nas folhas 13 CAI NA PROVA 17 2. MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAS 19 2.1. Raiz 20 2.2. Caule 23 2.3. Folhas 25 2.4. Frutos e sementes 27 CAI NA PROVA 29 3. FISIOLOGIA DAS ANGIOSPERMAS 31 3.1. Absorção 31 3.2. Condução de seiva bruta 33 3.3. Condução de seiva elaborada 35 3.4. Transpiração 37 3.5. Fotossíntese e Respiração 40 3.6. Hormônios vegetais 41 3.7. Movimentos vegetais 43 3.8. Efeitos da luz sobre o desenvolvimento da planta 45 CAI NA PROVA 49 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 3 4. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 52 4.1. Lista de questões complementares 52 5. GABARITO 76 5.1. Gabarito da lista de questões complementares 76 6. LISTA DE QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS 77 6.1. Lista de questões complementares 77 7. RESUMINDO 112 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 114 9. REFERÊNCIAS 115 10. VERSÕES DAS AULAS 115 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 4 Tabela de Conceitos Embriófitas Nome dados às plantas terrestres por reterem os embriões dentro de seus corpos, no arquegônio. Esporófito Estrutura diploide e produtora de esporos por meiose. Eudicotiledôneas Grupo de angiospermas que apresenta dois cotilédones, que são folhas modificadas do embrião, relacionadas com a nutrição dele por conterem reservas de nutrientes. Fanerógamas Plantas que possuem estruturas reprodutivas bem evidentes e que produzem sementes. São as gimnospermas e as angiospermas. Flores dioicas Flores com sexos separados. Apresentam estames (são estaminadas) ou carpelos (são pistiladas). Flores monoicas Flores com estruturas reprodutivas dos dois sexos, carpelos e estames. Gametófito Estrutura haploide (n) e produtora de gametas por mitose. Gutação Exsudação de gotículas de água por hidatódios presentes nas folhas de algumas espécies de plantas. Ocorre devido ao excesso de água nesses órgãos. Meristemas Tecidos embrionários da planta, a partir dos quais se formam os tecidos permanentes. São formados por células indiferenciadas e com alta capacidade de divisão mitótica. Monocotiledôneas Grupo de angiospermas que apresenta apenas um cotilédone, que é uma folha modificada do embrião, relacionada com a nutrição dele por conter reservas de nutrientes. Seiva bruta Seiva composta por água e sais minerais. Transportada pelo xilema. Seiva elaborada Seiva composta por água e produtos da fotossíntese. Transportada pelo floema. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 5 Transpiração Perda de água da planta para o meio na forma de vapor. Ocorre principalmente nas folhas e por meio de estômatos. Traqueófitas Plantas que possuem vasos condutores de seiva, xilema e floema. Também chamas de plantas vasculares. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 6 Aula 14. Biologia Vegetal II Olá, vestibulando (a)! Vamos continuar nosso estudo sobre Biologia Vegetal? Bom, ainda faltam muitos assuntos dentro desse tema. Na aula anterior, apresentei a você como os vegetais evoluíram e as características dos quatros grupos de plantas terrestres: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Nesta aula, iremos tratar de outras características de plantas, como histologia e morfologia, além da fisiologia vegetal. Ou seja, discutiremos uma parte também muito importante para as provas, especialmente no que diz respeito à fisiologia das plantas. É uma aula muito gostosa, você vai ver. E depois de se dedicar ao estudo dela e aos exercícios selecionados, tenho certeza de que se sairá muito bem no vestibular! Então respire, porque vamos começar! Como vimos, são classificadas como plantas os organismos eucariontes, multicelulares, compostos por células dotadas de parede celular, vacúolos e plastídios. A grande maioria das espécies é autotrófica e realiza fotossíntese para a produção de seu alimento, apesar de algumas poucas espécies terem perdido essa capacidade ao longo da evolução. Além disso, são seres vivos que possuem ciclo de vida com alternância de gerações, com meiose espórica, e que se formam a partir de um embrião envolto por tecidos parentais. Vimos também que, por esse motivo, as plantas são classificadas como embriófitas, podendo ser avasculares ou vasculares, criptógamas ou fanerógamas, essas últimas podendo ou não apresentar flores e frutos (Fig. 1). Caso os apresente, então temos o grupo de plantas denominadas angiospermas. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 7 Figura 1. Filogenia das plantas terrestres. Como vimos, as angiospermas formam o grupo mais expressivo de plantas, pois apresentam a maior diversidade e estão estabelecidas nos mais variados ambientes terrestres. Devido a isso, os aspectos que estudaremos aqui em Biologia Vegetal II são voltados para esse grupo, que, além do seu papel dominante na maioria dos ecossistemas, é o mais cobrado nas provas. Entretanto, saiba que eles também se encontram nas demais plantas vasculares. 1. Histologia das angiospermas Plantas, assim como animais, apresentam o corpo composto por órgãos, tecidos e células. Em aulas anteriores, já discutimos sobre as estruturas presentes em uma célula vegetal e quais são características delas, como presença de grandes vacúolos, parede celular composta predominantemente por celulose, e cloroplastos. Os tecidos vegetais formam dois grandes grupos, os meristemáticos e os permanentes. Os tecidos meristemáticos, ou apenas meristemas, são tecidos embrionários, compostos por células com alta atividade mitótica, sendo responsáveis pelo crescimento da planta e formação dos tecidos definitivos. Já os tecidos permanentes são tecidos adultos, formados por células diferenciadas e com funções específicas, permitindo que os tecidos por elas formados sejam classificados em: tecidos de revestimento, tecidos fundamentais (de preenchimento e sustentação) e tecidos vasculares. 1.1. Meristemas Os tecidos meristemáticos ou meristemas são formados por células menores que as células presentes nos tecidos diferenciados e que apresentam numerosos vacúolos, parede celular delgada (fina) e núcleo central. Como mencionado, essas células possuem grande capacidade mitótica e crescem sob estímulo hormonal. Os meristemas são diferenciados em primários e secundários. Vamos entender o que os diferencia. Meristemas primários Os meristemas primários são formados por células indiferenciadas, resultantes de divisões celulares sucessivas da célula do embrião. Estão presentes na gema apical e nas gemas laterais (axilares) do caule, e na gema subapical da raiz (Fig. 2). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 8 Figura 2. Locais onde se encontram os meristemas primários (Fonte: Shutterstock). Estes meristemas são responsáveis pelo crescimento da planta em comprimento nos locais em que se encontram, ou seja, permitem alongamento do caule, das raízes e crescimento de novos ramos, inclusive ramos que portarão flores e frutos. Três são os tipos de meristemas primários, que de fora para dentro são protoderme, meristema fundamental e procâmbio. Conforme a planta cresce, suas células se diferenciam e novos tecidos são formados. No processo de diferenciaçãocelular, a parede celular se torna mais espessa, os vacúolos se fundem e se tornam grandes e centrais e, consequentemente, o núcleo se desloca do centro para a periferia da célula (Fig. 3). Figura 3. Processo de diferenciação celular. Resultam do crescimento e diferenciação dos meristemas primários os tecidos primários: a protoderme dá origem à epiderme; o meristema fundamental dá origem aos tecidos fundamentais (parênquima, colênquima e esclerênquima); e o procâmbio dá origem tecidos vasculares (floema e xilema primários), conforme mostrado na Figura 4. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 9 Figura 4. Meristemas primários no caule e tecidos primários deles originados (Fonte: Modificado de McGraw-Hill Companies, Inc.). A epiderme, originada da protoderme, é formada por uma camada de células justapostas, que fazem a proteção da superfície externa do vegetal. Nas partes aéreas da planta, a camada epidérmica possui a cutícula, um revestimento composto principalmente por cutina, que ajuda a impedir a perda excessiva de água. Algumas células epidérmicas se diferenciam em estruturas como estômatos, tricomas, acúleos e pelos (Fig. 5). ▪ Estômatos: são estruturas que participam das trocas gasosas, inclusive da transpiração. São formados por duas células-guardas clorofiladas, que formam uma abertura denominada ostíolo ou poro estomático. ▪ Tricomas: são estruturas especializadas na prevenção à perda de água em excesso, ocorrendo em plantas de climas quentes. Também podem ser secretores, produzindo secreções oleosas, urticantes ou digestivas. ▪ Pelos: ocorrem na zona pilífera da epiderme da raiz, estando relacionados com a absorção de água e sais minerais do solo. ▪ Acúleos: são estruturas pontiagudas, comumente confundidos com espinhos, que atuam na proteção da planta contra predadores. Acúleos são facilmente destacáveis da planta, o que não ocorre com espinhos, pois estes possuem vasos condutores de seiva. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 10 Figura 5. Estruturas epidérmicas modificadas (Fonte: Shutterstock). Os tecidos fundamentais, originados do meristema fundamental, consistem no parênquima, colênquima e esclerênquima. O parênquima é um tecido que preenche os espaços existentes entre os tecidos, sendo composto por células com parede celular delgada. Estas células se comunicam através de plasmodesmos (como vimos na Aula 01), isto é, há continuidade entre o citoplasma das células que o compõe. Este tecido pode desempenhar diversas funções. Assim, a depender da atividade que executa, o parênquima é classificado em: ▪ Parênquima cortical e parênquima medular: tecidos com função de preenchimento. ▪ Parênquima clorofiliano: tecido com função fotossintética. ▪ Parênquima aquífero: tecido com função de reserva de água; suas células são volumosas e com grandes vacúolos, importantes em plantas de regiões secas ou salinas. ▪ Parênquima aerífero: também chamado de aerênquima, é um tecido com função de reserva de ar, ocorrendo em plantas aquáticas, onde auxiliam na flutuação. ▪ Parênquima amilífero: tecido com função de reserva de amido, isto é, reserva energética, como ocorre nas batatas e mandiocas. Vale destacar que o parênquimas aquífero, aerífero e amilífero são parênquimas de reserva, já que têm por função principal armazenar substâncias. O colênquima e o esclerênquima são tecidos de sustentação, correspondendo ao esqueleto ue encontramos nos animais. O colênquima é formado por células alongadas e com paredes celulares espessas, compostas principalmente por celulose. Já o esclerênquima é um tecido formado por células mortas, com paredes celulares bastante espessadas em função da grande deposição de lignina, que impermeabiliza a parede e causa a morte celular. Dessa forma, o colênquima é mais flexível que o esclerênquima. Este é composto por dois tipos celulares: as esclereides, com formas variadas, e as fibras, com forma alongada. Por fim, os tecidos de vasculares ou de condução, originados do procâmbio, são formados por xilema e floema, neste caso, primários. O xilema ou lenho é o tecido responsável pela condução de seiva bruta (água e sais minerais), enquanto o floema ou líber é responsável pela condução de seiva elaborada (água e substâncias orgânicas resultantes da fotossíntese). As principais células que compõem o xilema são os elementos de vaso e as traqueídes. Essas células, no processo de maturação, recebem reforços de lignina e morrem, ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 11 auxiliando na sustentação das plantas. Já as principais células do floema são as células crivadas e os elementos de tubo crivados. Nas monocotiledôneas, a disposição e os tecidos formados pelo crescimento dos meristemas primários é que constituirão os tecidos encontrados nas plantas adultas. Isso porque essas plantas, de maneira geral, não possuem crescimento secundário, apenas crescimento primário. Ao contrário, plantas eudicotiledôneas passam pelo crescimento secundário, como veremos a seguir. Nas monocotiledôneas, os tecidos adultos são formados apenas a partir da diferenciação dos meristemas primários. Elas, diferentemente das eudicotiledôneas, não apresentam crescimento secundário. Meristemas secundários Os meristemas secundários são formados a partir de células desdiferenciadas, resultantes de um processo de divisão e desdiferenciação de células já diferenciadas do parênquima. Nesse processo, as células do parênquima formam células menores e semelhantes às meristemáticas, e está presente apenas em eudicotiledôneas (salvo algumas exceções). São meristemas secundários o felogênio (mais externo) e o câmbio vascular (mais interno). Estes meristemas são responsáveis pelo crescimento da planta em espessura. O felogênio é o meristema secundário responsável por dar origem à feloderme e ao súber, enquanto o câmbio vascular é o meristema secundário responsável por dar origem ao floema e ao xilema secundários e ao periciclo, conforme mostrado no esquema que segue. Os meristemas secundários surgem pela desdiferenciação de células do parênquima. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 12 O súber é um tecido composto por células com deposição de suberina em suas paredes, o que as torna pouco permeáveis às trocas gasosas. Desse modo, o súber é um tecido morto, que atua como isolante térmico e camada protetora. Ele, juntamente com a feloderme (camada mais interna) forma a periderme, estrutura presente apenas nas plantas com crescimento secundário. Em relação ao floema e ao xilema secundários, eles são formados pela deposição de camadas de células vasculares provenientes da proliferação do câmbio vascular. Estruturas secretoras Os tricomas são estruturas secretoras. Entretanto, outras delas podem ser encontradas nas plantas, como células secretoras, tubos laticíferos e nectários. As células secretoras podem ser observadas na epiderme de folhas e caules ou no interior da planta, podendo apresentar grande variedade de conteúdo. Os tubos laticíferos são formados por conjuntos de células alongadas e interligadas que conduzem látex, uma secreção leitosa eliminada quando a planta é ferida. Árvores de grande importância comercial, para produção de borracha a partir do látex, são as seringueiras. E os nectários são estruturas glandulares que produzem uma secreção açucarada, o néctar, importante na atração de animais polinizadores. 1.2. Tecidos permanentes Como resultado dos processos de crescimento primário e secundário (este presente apenas nas eudicotiledôneas, como mencionado, e também nas plantas gimnospermas), plantas adultas apresentam os seguintes tecidos permanentes: ▪ Tecidos de revestimento: epiderme (monocotiledôneas)e periderme (eudicotiledôneas); ▪ Tecidos de sustentação: colênquima e esclerênquima; ▪ Tecidos de preenchimento: parênquimas; ▪ Tecidos vasculares condutores de seiva: floema (ou líber) e xilema (ou lenho). As plantas apresentam três órgãos básicos: raiz, caule e folhas. Todos eles são compostos pelos tecidos até agora tratados. No entanto, é importante que você saiba qual a disposição de cada um deles em cada um dos órgãos, sendo sobre isso que discutiremos agora. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 13 1.3. Disposição dos tecidos na raiz, no caule e nas folhas A disposição dos tecidos vegetais varia entre os órgãos é importante que você saiba reconhecer as diferenças, principalmente com relação à estrutura primária, ou seja, aquela resultante do crescimento dos meristemas primários. Estrutura primária da raiz A disposição dos tecidos vegetais na raiz varia de acordo com o tipo de angiosperma. Nas monocotiledôneas, observa-se o centro da raiz composto por parênquima medular circundado por um anel de xilema e floema alternantes, que formam feixes vasculares. Já nas eudicotiledôneas, o xilema tem aparência de uma estrela e o floema se encontra nas reentrâncias dos “braços” da estrela do xilema. Envolvendo o cilindro vascular está o periciclo, uma camada celular meristematicamente ativa (que se divide muito) e também originada do procâmbio, da qual partem as raízes laterais ou secundárias. Externamente ao periciclo ocorrem a endoderme, o córtex e, por fim, a epiderme (Fig. 6). Figura 6. Disposição dos tecidos primários na raiz (Fonte: Shutterstock). Estrutura primária do caule No caule, a disposição dos tecidos também varia entre monocotiledôneas e eudicotiledôneas (Fig. 7). Nas monocotiledôneas, os vasos se encontram distribuídos pelo parênquima, enquanto nas eudicotiledôneas, os vasos condutores se dispõem de modo que formam um círculo ao redor da medula. Em ambos os tipos de angiospermas, os feixes vasculares são formados por floema, que fica mais externo e xilema, mais interno. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 14 Figura 7. Disposição dos tecidos primários no caule (Fonte: Shutterstock). Estrutura primária da folha As folhas são revestidas pela epiderme, além de estruturas anexas, como os estômatos. Externamente à epiderme se encontra a cutícula, que evita a perda excessiva de água. Entre a epiderme superior e a inferior está o mesofilo, constituído por parênquima clorofiliano, o qual pode se apresentar de dois tipos: parênquima paliçádico e parênquima lacunoso (ou esponjoso), dispostos de maneira a otimizarem a absorção de luz e a fotossíntese. O parênquima paliçádico consiste em uma camada de células alongadas e justapostas, dispostas perpendicularmente à epiderme superior da folha, que protegem a folha da luz e calor excessivos. Já o parênquima lacunoso se encontra abaixo do paliçádico e é formado por células com disposição mais frouxa, com espaços aeríferos que permitem a difusão de CO2 e O2 entre as células. O sistema vascular das folhas é contínuo com o do caule e formam nervuras que se ramificam pelo mesofilo, fazendo com que o floema e o xilema fiquem em íntimo contato com o tecido fotossintetizante. Cada nervura fica envolta por uma bainha, como você pode observar na Figura 8. Vale dizer que nas folhas não há crescimento secundário. Elas permanecem dessa forma. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 15 Figura 8. Disposição dos tecidos na folha (Fonte: Shutterstock). Folhas e estômatos Nas folhas, os estômatos podem estar presentes apenas na face inferior (folhas hipoestomáticas), apenas na face superior (folhas epiestomáticas) ou em ambas as faces (folhas anfiestomáticas), sendo mais comuns as folhas do primeiro tipo. Estrutura secundária da raiz e do caule Como vimos, as eudicotiledôneas exibem crescimento secundário ou em espessura, sendo resultado do acréscimo de células provenientes do câmbio vascular e do felogênio. Tal crescimento é verificado nos caules e nas raízes, sendo muito raramente observado nas folhas, e ocorre simultaneamente ao crescimento primário: à medida que os meristemas primários adicionam folhas e alongam caules e raízes nas regiões mais novas às plantas, os meristemas secundários aumentam o diâmetro das raízes e dos caules mais antigos. O processo de crescimento secundário é similar nas raízes e no caule, então vamos usar esse último como modelo. Conforme as células do câmbio vascular se dividem, a circunferência do caule aumenta devido ao acréscimo de xilema secundário para o interior e de floema secundário para o exterior do câmbio. Ao mesmo tempo, as células do felogênio se dividem e dão origem à feloderme e ao súber (ou felema), formando, juntos, a periderme. À medida que uma planta cresce e se torna mais velha, a região mais interna do caule, formada basicamente por xilema (lenho), deixa de ser funcional e recebe o nome de cerne. No processo de perda de função, as células dessa região se tornam impregnadas com algumas substâncias, como óleos, resinas e taninos, que as escurecem e deixam-nas resistentes ao ataque de organismos decompositores. Tais substâncias podem resultar em aroma característico para cada espécie de árvore. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 16 O xilema que se mantém funcional, mais externo e próximo ao câmbio vascular, recebe o nome de alburno. O xilema, formado por cerne e alburno, constitui a madeira das árvores, enquanto o floema e a periderme constituem a casca delas. Observe o esquema de um caule com crescimento secundário na Figura 9. Figura 9. Corte transversal de caule com remoção de um setor para verificação dos tecidos secundários (Fonte: Shutterstock). Em cortes transversais, as madeiras apresentam círculos concêntricos, denominados anéis de crescimento, os quais são bem evidentes em plantas de regiões temperadas (com estações do ano bem definidas). Cada anel é chamado de anual, e é reflexo de taxas de crescimento em espessura diferenciadas em virtude de variações nas condições ambientais, principalmente da temperatura. Desse modo, é possível se estimar a idade de uma árvore de acordo com o número de anéis. Cada anel é composto por células do xilema inicial ou primaveril e do xilema tardio ou estival. Este, mais denso e formado por células de paredes mais espessas, é mais escuro que o xilema primaveril. Assim, tem-se as identificações dos anéis de crescimento. Agora que já discutimos a disposição de todos os tecidos secundários, segue um esquema em que é possível observar a constituição histológica do caule de uma planta como um todo (Fig. 10). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 17 Figura 10. Tecidos secundários e crescimento secundário. Fonte: Retirado e modificado de McGraw-Hill Companies, Inc. CAI NA PROVA 1. (2019/FPS – Faculdade Pernambucana de Saúde) As plantas são formadas por uma reunião de tecidos. A disposição desses tecidos é específica em cada órgão. Em relação à estrutura primária das raízes, observe a imagem abaixo. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 18 Adaptado de: https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/search/images?query=CAMADAS+DA+TERRA&includeLevelOne=true# Os números 1, 2, 3 e 4 se referem, respectivamente, a: a) 1 - endoderme, 2 - floema, 3 - xilema, 4 - córtex b) 1 - floema, 2 - xilema, 3 - ectoderme, 4 - câmbio c) 1 - xilema, 2 - floema, 3 - endoderme, 4 - córtex d) 1 - floema, 2 - endoderme, 3 - xilema, 4 - córtex e) 1 - xilema, 2 - floema, 3 - ectoderme, 4 – câmbio Comentários: Em 1 está apontada a estrutura mais interna da raiz (de uma eudicotiledôneas),o xilema, com aspecto estrelado. Em 2 está o floema, localizado nas reentrâncias da estrela do xilema. Em 3 está apontada a endoderme, que separa o sistema vascular do córtex da planta, apontado com o número 4. Portanto, a alternativa correta é a letra C. Gabarito: C 2. (2015/UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana) As plantas utilizam o crescimento localizado em regiões específicas responsáveis pela divisão celular. As células dos meristemas são consideradas totipotentes, isto é, elas são totalmente capazes de se desenvolverem em qualquer tipo de célula que ocorra no ciclo de vida das plantas. Com base nos conhecimentos sobre tecidos meristemáticos e crescimento das plantas, pode-se afirmar: a) O periciclo é um tecido originado do procâmbio e a partir desse se desenvolvem os ramos laterais ou secundários das plantas. b) O meristema apical é responsável pelo crescimento longitudinal e nele se formam os meristemas primários. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 19 c) O meristema fundamental origina os tecidos vasculares secundários responsáveis pelo crescimento primário do caule e raiz. d) O procâmbio produz grandes quantidades dos tecidos mais ou menos homogêneos como parênquima cortical e medular. e) Os meristemas secundários ocorrem em todos os tipos de plantas que apresentam crescimento primário. Comentários: A alternativa correta é a letra B. O meristema apical é responsável pelo crescimento longitudinal da planta e nele se formam os meristemas primários. A alternativa A está incorreta, pois é a partir do periciclo que se desenvolvem as raízes laterais, não do procâmbio. A alternativa C está incorreta, pois os tecidos vasculares secundários são originários do câmbio vascular. A alternativa D está incorreta, pois o procâmbio dá origem ao floema e ao xilema primários. E a alternativa E está incorreta, pois plantas monocotiledôneas não apresentam meristemas secundários, apenas primários. Gabarito: B 2. Morfologia das angiospermas Neste capítulo, estuaremos a morfologia das angiospermas e seus órgãos vegetativos. O corpo das angiospermas é composto por órgãos denominados raiz, caule e folha, que formam dois sistemas distintos: o sistema de raízes e o sistema da parte aérea, esse último formado caules e folhas (Fig. 11). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 20 Figura 11. Visão geral de uma angiosperma (Fonte: Shutterstock). 2.1. Raiz A raiz é o órgão da planta responsável pela sua fixação ao substrato, pela absorção de água e de sais minerais, além de funcionar, em alguns casos, como local de armazenamento de substâncias de reserva. Ela pode ser dividida em regiões ou zonas, as quais apresentam funções específicas. São elas: zona meristemática, zona de alongamento, zona pilífera e zona de ramificação (Fig. 12). ▪ Zona meristemática: estrutura em forma de capuz que fica protegida pela coifa. Compreende o meristema subapical da planta e regiões próximas, caracterizada por alta taxa de proliferação celular. ▪ Zona de alongamento ou lisa: aquela em que as células sofrem alongamento e determinam o crescimento em comprimento da raiz. ▪ Zona pilífera: aquela onde se encontram pelos absorventes, os responsáveis pela absorção de água e nutrientes do solo. ▪ Zona de ramificação: aquela em que as raízes laterais emergem. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 21 Figura 12. Esquema de raiz e suas zonas (Adaptada de Lopes e Rosso, 2014). Raízes crescem continuamente e em direções que oferecem menor resistência ao seu crescimento. Além disso, podem formar dois tipos de sistemas radiculares (Fig. 13). No sistema radicular pivotante, aquele observado em eudicotiledôneas, há uma raiz principal, chamada de pivotante, principal ou axial, da qual partem raízes laterais ou secundárias, que ainda podem apresentar ramificações. Desse modo, também pode ser chamado de sistema radicular ramificado. Já no sistema radicular fasciculado, encontrado em plantas monocotiledôneas, não há raiz principal. Da base do caule partem numerosas raízes relativamente finas, que formam um feixe ou cabeleira, sendo chamadas de raízes adventícias. Figura 13. Tipos de sistemas radiculares (Fonte: Shutterstock). Esses dois sistemas apresentados são os mais comuns. Entretanto, outros tipos de raízes são encontrados, os quais estão relacionados com adaptações das plantas a diferentes condições (Fig. 14): ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 22 ▪ Raízes-escoras: também chamadas de raízes-suporte, são raízes aéreas que dão suporte e equilíbrio à planta. Geralmente ocorrem em plantas que vivem em solos pantanosos ou que tem base pequena em relação à sua altura. ▪ Raízes tabulares: são um tipo especial de raízes-escora, que auxiliam na fixação das plantas ao solo e atuam como raízes respiratórias. Nelas, os ramos radiculares se fundem com o caule e adquirem aspecto de tábuas, ocorrendo na raiz da figueira da Mata Atlântica. ▪ Raízes estranguladoras: são raízes aéreas que envolvem o tronco da árvore hospedeira e podem acabar por interromper a circulação de seiva elaborada por comprimirem o caule dela. É o caso da figueira-mata-pau. ▪ Raízes sugadoras: também chamadas de haustórios, são raízes aéreas muito finas de plantas parasitas, que penetram no caule da planta hospedeira e acabam por matá-la. No caso das plantas holoparasitas, como o cipó-chumbo, que não apresenta clorofila, os haustórios atingem os vasos floemáticos e deles retiram seiva elaborada para sua sobrevivência, já que não realizam fotossíntese. Por outro lado, nas plantas hemiparasitas, como a erva-de-passarinho, que possui clorofila e realiza fotossíntese, os haustórios penetram apenas os vasos xilemáticos, retirando seiva bruta. ▪ Raízes respiratórias: raízes aéreas também chamadas de pneumatóforos que ocorrem em plantas que vivem em solos pobres em oxigênio, como em manguezais. Essas raízes apresentam orifícios, os pneumatódios, cuja função está relacionada com a aeração dos tecidos da planta. ▪ Raízes de reserva: raízes subterrâneas que atuam como órgãos de reserva, como a cenoura, a mandioca, a batata-doce, a beterraba, o rabanete e o nabo. ▪ Raízes aquáticas: presentes em plantas aquáticas, não estão relacionadas com a fixação, mas apenas com a absorção de água e nutrientes do meio. Na vitória-régia, essas raízes estão fixadas ao substrato lodoso, enquanto no aguapé não estão fixadas a nenhum substrato. Neste caso, as raízes possuem abundância de aerênquima, que auxilia na flutuação e na aeração da planta. Figura 14. Adaptações especiais de raízes (Fonte: Shutterstock). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 23 Plantas epífitas Plantas epífitas são aquelas que crescem sobre outras, porém sem absorver seiva delas, apenas utilizando-as como suporte para conseguirem maior luminosidade. Essa é uma estratégia da planta que cresce em vegetação densa, evitando o excesso de sombreamento que ocorre nos locais mais próximos ao solo. Assim, são comuns na Mata Atlântica e na Floresta Amazônica. Epífitas apresentam algumas adaptações para evitar a perda de água ou capturar nutrientes, já que crescem sobre troncos. Uma delas é o velame, encontrado nas raízes de epífitas como as orquídeas. Trata-se de múltiplas camadas de células epidérmicas que conferem uma coloração esbranquiçada à raiz. Fonte: Shutterstock. 2.2. Caule O caule das plantas está associado a duas funções básicas: 1) suporte às folhas, às flores e aos frutos; e 2) transporte de substâncias entre raízes e folhas, isto é, condução de seiva. Embora não seja o centro de realização da fotossíntese na maioria das plantas, o caule pode ser verdee realizar esse processo. A organização básica de um caule consiste em um eixo de sustentação que possui nós, entrenós, gema apical e gemas laterais (Fig. 15). Os nós são os locais onde existem gemas laterais e os entrenós são as regiões entre os nós. A gema apical está localizada no ápice do caule e gera células que permitem o crescimento da parte aérea da planta. Já as gemas laterais são responsáveis pela formação de ramos, folhas e flores. Vale ressaltar que, diferentemente da coifa, que protege a região meristemática da raiz, a gema apical não apresenta estrutura especializada na Figura 15. Organização do caule (Fonte: Shutterstock). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 24 sua proteção. Esta é feita por folhas jovens, que ficam dobradas sobre a região. Alguns são os tipos de caule encontrados nas angiospermas (Fig. 16). Nas eudicotiledôneas, o mais comum deles é o tronco, um caule aéreo, ereto e com ramificações, como o caule de laranjeira, figueira e limoeiro. Já em algumas ervas pode ser encontrado o caule do tipo haste, um caule aéreo bastante delicado. Nas monocotiledôneas, os caules mais comuns são o colmo e o estipe. Este é cilíndrico, com nós e entrenós bastante evidentes, e folhas apenas no ápice, como nas palmeiras. E o colmo, assim como no estipe, é cilíndrico, mais fino que o estipe, com nós e entrenós evidentes, formando gomos, como os encontrados na cana-de-açúcar e no bambu. Na cana-de-açúcar, os gomos são cheios, enquanto nos bambus os gomos são ocos. Figura 16. Tipos de caule (Fonte: Shutterstock). Assim como as raízes, os caules podem apresentar adaptações especiais (Fig.17): ▪ Rizomas: caules subterrâneos que se desenvolvem paralelamente ao solo, podendo produzir folhas aéreas e ramos laterais, que emergem do solo. Encontrado na bananeira. ▪ Tubérculos: caules subterrâneos especializados no armazenamento de nutrientes, sendo o principal exemplo o da batata-inglesa. Nesses caules, é possível observar botões vegetativos ou gemas. ▪ Bulbo: é formado, ao mesmo tempo, por caule e folhas modificados. A parte central corresponde ao caule (prato), do qual partem folhas modificadas com função nutritiva, os catafilos. São exemplos de plantas com caule do tipo bulbo a cebola e o alho. Neste, cada dente é um pequeno bulbo, sendo classificado em bulbo composto, enquanto na cebola tem-se o bulbo simples. ▪ Caules rastejantes: caule aéreo rastejante em que há enraizamento em vários pontos. São exemplos o morangueiro e a abobrinha. Caso haja a descontinuidade do caule em algum ponto, há a formação de uma nova planta. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 25 ▪ Cladódios: caules aéreos especializados no armazenamento de água, sendo encontrados em plantas de regiões com escassez de água, como da Caatinga. O maior exemplo são os cactos, sempre verdes (caule realiza fotossíntese) e com folhas modificadas em espinhos. ▪ Caules aquáticos: desenvolvem-se dentro da água, em plantas aquáticas. Esses caules, assim como as raízes, apresentam grande quantidade de aerênquima. Ocorrem, por exemplo, na vitória-régia. ▪ Rizóforos: ramos caulinares que crescem em direção ao solo e formam raízes adventícias, as quais auxiliam na sustentação da planta. São comuns em plantas de manguezais. Figura 17. Adaptações especiais de caules (Fonte: Shutterstock). 2.3. Folhas As folhas são os principais órgãos fotossintetizantes das plantas. Isso porque, embora outras partes da planta possam ser clorofiladas, as folhas possuem anatomia que as tornam mais eficientes na captação de luz solar e nas trocas gasosas, fatores fundamentais no processo fotossintético. Uma folha é composta por limbo, pecíolo, bainha e estípulas. O limbo, ou lâmina foliar, é a porção delgada e plana da folha, podendo ser simples ou dividido em várias partes, denominadas folíolos. Neste caso, a folha é do tipo composta. Nas eudicotiledôneas, o limbo fica sustentado e conectado ao caule através do pecíolo, uma extensão do caule. Na base dessas folhas podem se desenvolver estípulas, que são apêndices foliares. Já nas monocotiledôneas, as folhas são, geralmente, invaginantes e se prendem ao caule através da bainha (Fig. 18). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 26 Figura 18. Anatomia das folhas de eudicotiledôneas (simples e compostas) e monocotiledôneas. Note que as nervuras diferem entre os dois grupos de plantas (Fonte: Shutterstock). Além da estrutura diferente, folhas de eudicotiledôneas e monocotiledôneas diferem com relação à disposição das nervuras. De maneira geral, nas eudicotiledôneas as nervuras são peninérveas, ou seja, ramificadas, enquanto nas monocotiledôneas as nervuras são paralelinérveas, ou paralelas (Fig. 18). A exemplo do que vimos em raízes e caules, folhas também podem apresentar adaptações especiais (Fig. 19): ▪ Gavinhas: são folhas com função de prender a planta a um suporte, como o que ocorre no pé-de-ervilha. No entanto, o que se observa em pé de maracujá e de uva são gavinhas formadas por modificações do caule. ▪ Espinhos: em cactos, as folhas são reduzidas a espinhos como estratégia para reduzir a perda de água em ambientes em que este recurso se encontra escasso. ▪ Brácteas: folhas modificadas que ocorrem no eixo floral, com características que as tornam diferentes das folhas, como cor e forma. Muitas vezes, as brácteas são até mais vistosas que as próprias flores, sendo um exemplo encontrado na planta primavera. Além dessas adaptações, precisamos lembrar dos catafilos presentes nos caules do tipo bulbo, em que as folhas se modificam em folhas de reserva. Figura 19. Adaptações de folhas (Fonte: Shutterstock). Plantas carnívoras ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 27 Plantas carnívoras são plantas que apresentam folhas modificadas e especializadas para atrair, aprisionar e digerir pequenos animais, como insetos. A maioria dessas plantas são encontradas em solos pobres em nitrogênio. Assim, utilizam as proteínas ricas desses animais como fonte desse nutriente para síntese de suas moléculas proteicas e de ácidos nucleicos. As formas das plantas carnívoras são as mais variadas. A atração de animais ocorre devido às cores, anatomia e à presença de glândulas que geram odores. Fonte: Shutterstock. 2.4. Frutos e sementes Os frutos são as estruturas responsáveis por protegerem e auxiliarem na dispersão das sementes. São formados a partir do desenvolvimento da parede do ovário, que ocorre em função de hormônios vegetais liberados após a fertilização. Entretanto, existem frutos que se desenvolvem sem que haja fecundação, os quais são chamados de partenocárpicos, como ocorre na banana (os pontinho pretos que vemos na banana não são sementes, mas óvulos não fertilizados). Um fruto é constituído de duas partes básicas: o pericarpo, que é o fruto propriamente dito, e a semente. O pericarpo encontra-se diferenciado epicarpo (epiderme externa), mesocarpo (tecido entre o epicarpo e o endocarpo) e endocarpo (epiderme interna, que fica em contato com a semente). A semente está localizada dentro do pericarpo. Os frutos podem ser classificados em frutos carnosos, secos e pseudofrutos. Frutos carnosos Os frutos carnosos são aqueles com pericarpo suculento. Podem ser dos tipos baga ou drupa (Fig. 20). As bagas são formadas a partir de um ou mais carpelos e, em geral, apresentam várias sementes, que são facilmente separáveis do fruto. São exemplos a uva, a goiaba, a laranja e a melancia. Já as drupas, apesar de formadas por um ou mais carpelos, apresentam apenas uma semente, a qual está fortemente unida ao endocarpo. O pêssego, a azeitona, a manga, a ameixa são exemplos de drupas. Frutos secos ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVODE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 28 Os frutos que apresentam pericarpo pouco desenvolvido e com pouca quantidade de água são chamados de secos, e podem ser deiscentes ou indeiscentes (Fig. 20). Os frutos deiscentes são aqueles que se abrem naturalmente quando maduros. Podem ser classificados em legumes (ou vagem), como os que ocorrem em leguminosas como ervilha e feijão, e lomento, como os carrapichos. Os frutos indeiscentes são aqueles que não se abrem quando maduros, podendo ser dos tipos cariopse (ou grão), aquênio ou sâmara. O fruto do tipo cariopse possui semente firmemente aderida à parede do fruto em toda a sua extensão, como no milho e no trigo. Aquênios também possuem apenas uma semente, mas ligados aos frutos apenas em um ponto, como ocorre nos girassóis. Já os frutos do tipo sâmara possuem expansões aladas, como na cabreúva. Figura 20. Alguns tipos de frutos carnosos e secos (Fonte: Shutterstock). Pseudofrutos Os pseudofrutos são estruturas que possuem reservas nutritivas, mas que não são resultado apenas do desenvolvimento do ovário, mas também de outras partes da flor, como o receptáculo. São exemplos de pseudofrutos morango, abacaxi, maça, pera e caju (Fig. 21). A maçã, a pera e o caju são pseudofrutos simples, sendo os dois primeiros provenientes do desenvolvimento do receptáculo, e o caju, do desenvolvimento do pedúnculo da flor. O morango é um pseudofruto composto, proveniente do desenvolvimento de vários ovários de uma única flor, que formam vários frutos do tipo aquênio associados à parte carnosa. Já o abacaxi é um pseudofruto múltiplo ou infrutescência, proveniente do desenvolvimento de vários ovários de muitas flores de uma inflorescência, que crescem juntos em uma única estrutura. Figura 21. Tipos de pseudofrutos (Fonte: Shutterstock). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 29 Dispersão de frutos e sementes A dispersão dos frutos e das sementes é fundamental para o sucesso da espécie, pois permite que ela explore e ocupe novos ambientes. Assim como para os grãos de pólen, a dispersão de frutos e sementes envolve animais (zoocoria) e elementos abióticos, como o vento (anemocoria) e a água (hidrocoria). As plantas anemocóricas produzem sementes ou frutos leves, com expansões aladas ou pelos, o que facilita seu transporte, como ocorre nos frutos do dente-de- leão. Espécies hidrócoras produzem frutos ou sementes que retêm ar, o que permite que flutuem na água, como o que ocorre com o coco-da-baía. Já espécies de plantas zoócoras ou formam frutos atraentes, que servem de alimento para os animais, ou frutos secos que apresentam formações que se prendem ao corpo dos animais para que sejam levados, como o carrapicho e o picão. CAI NA PROVA 3. (2016/UDESC – Universidade dos Estudantes de Santa Catarina) Fornecer suporte às folhas e transporte das seivas bruta e elaborada são as principais funções dos caules. Analise as proposições em relação à informação. I. O caule do tipo volúvel é um caule aéreo, ereto e lenhoso, a exemplo, uva, chuchu e feijão. II. O caule do tipo colmo é um tipo de caule lenhoso e rastejante no qual são nitidamente observadas as regiões de nó e interno, a exemplo, palmito e coqueiro. III. O caule do tipo rizoma é um caule subterrâneo com desenvolvimento perpendicular à superfície, a exemplo, batata inglesa, cenoura e aipim. IV. O caule do tipo bulbo é um caule subterrâneo, de tamanho reduzido e envolvido por folhas modificadas, a exemplo, cebola e alho. V. O caule do tipo estipe é um caule com muitos galhos e lenhoso, a exemplo, laranjeira e coqueiro. Assinale a alternativa correta. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 30 a) Na afirmativa IV a descrição do caule está correta, assim como os exemplos deste tipo de caule. b) Na afirmativa I a descrição do caule está correta, assim como os exemplos deste tipo de caule. c) Na afirmativa II a descrição do caule está correta, porém os exemplos são de outro tipo de caule. d) Na afirmativa III a descrição do caule está correta, assim como os exemplos deste tipo de caule. e) Na afirmativa V a descrição do caule está correta, porém os exemplos não são deste tipo de caule. Comentários: I está incorreta. Caule volúvel é um caule aéreo e que não suporta o peso de suas folhas, como ocorre em algumas plantas trepadeiras. Portanto, não é ereto. II está incorreta. Colmo não é um caule rastejante, mas ereto. III está incorreta. Rizoma é um caule subterrâneo, mas que cresce paralelamente ao solo. IV está correta. V está incorreta. Caule do tipo estipe não é encontrado em laranjeira. Nela, o caule é do tipo tronco. Analisando as alternativas, a única alternativa correta é a letra A. Gabarito: A 4. (2015/UFSCar – Universidade Federal de São Carlos) A figura ilustra raízes e ramos com folhas os quais brotam a partir de uma batata. Dessa forma, tal órgão vegetal pode ser utilizado tanto para o plantio agrícola como para o plantio visando à decoração de um ambiente doméstico. (http://notícias.bol.uol.com.br) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 31 A capacidade de gerar novas porções vegetais, sejam ramos, folhas ou raízes, indica que a batata é a) uma raiz com gemas laterais capazes de se desenvolverem. b) uma raiz cujos tecidos mais centrais são capazes de se desenvolverem. c) um caule com gemas laterais capazes de se desenvolverem. d) um caule cujos tecidos mais centrais são capazes de se desenvolverem. e) um fruto cuja semente é capaz de se desenvolver. Comentários: A batata é um caule de reserva do tipo tubérculo. Difere de uma raiz de reserva por apresentar gema laterais, capazes de se desenvolverem em raízes e folhas. Portanto, a alternativa correta é a letra C. Gabarito: C 3. Fisiologia das angiospermas Neste capítulo, discutiremos a fisiologia das angiospermas, isto é, os mecanismos responsáveis por manter essas plantas vivas, tanto os relacionados com a nutrição quanto aqueles voltados ao crescimento e ao desenvolvimento do vegetal. 3.1. Absorção Água e sais minerais compõem a seiva bruta das plantas, a qual é transportada pelo xilema ou lenho. Tais substâncias, essenciais ao processo fotossintético e à sobrevivência das plantas, são absorvidas do solo pelas raízes, mais especificamente na zona pilífera, presente nas regiões mais jovens da raiz. No entanto, para que esses elementos absorvidos cheguem aos vasos condutores do órgão, é necessário que atravessem a epiderme, o córtex e a endoderme. Duas são as rotas que a água e os sais minerais podem seguir até que atinjam o xilema, presente no cilindro central, as quais estão representadas na Figura 22. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 32 Figura 22. Rotas de absorção de água e sais minerais na zona pilífera das raízes. Via A: simplástica. Via B: apoplástica (Fonte: Shutterstock). Na via simplástica (via A), água e sais minerais atravessam pelo citoplasma das células do córtex. Nessa rota, os elementos necessitam atravessar apenas uma vez a membrana plasmática (e a parede celular), quando penetram na planta pela epiderme. Após entrar na primeira célula, são transportados através de plasmodesmos (canais de comunicação intercelulares). Os sais são transportados por transporte ativo de uma célula a outra, criando um gradiente de concentração que permite o fluxo de água por osmose. Já na via apoplástica (via B), água e sais minerais passam pelas paredes celulares e espaços extracelulares das células do córtex. Entretanto, ao chegar na endoderme, encontram células com parede celular com uma faixa de suberina, formando o que se chama estria de Caspary. Essas estrias obrigam a passagem da água e dos sais minerais pelocitoplasma das células da endoderme antes de chegarem aos vasos condutores de seiva bruta. Dessa forma, a endoderme funciona como uma barreira seletiva à compostos tóxicos, que impede que substâncias tóxicas cheguem ao cilindro vascular. Nessa via, os sais minerais são transportados por difusão e criam o fluxo de água por osmose enquanto passam pelas paredes celulares. Essas rotas não são mutuamente excludentes, ou seja, elas ocorrem ao mesmo tempo, inclusive para as mesmas substâncias. Uma vez tendo atingido o cilindro central, os sais minerais são incorporados às células do xilema por transporte ativo, enquanto a água penetra por osmose. Assim se forma a seiva bruta, a qual é transportada das raízes até as partes aéreas da planta. Organismos vegetais necessitam de vários nutrientes para seu desenvolvimento, alguns em grandes quantidades, os chamados macronutrientes, e outros em quantidades menores, os micronutrientes. São macronutrientes o nitrogênio, o fósforo, o cálcio, o potássio, o magnésio e o enxofre; e micronutrientes o ferro, o manganês, o cobre, o cloro e o zinco. A falta de qualquer um deles é prejudicial ao organismo, o que justifica a necessidade de adubação de solos pobres nesses elementos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 33 Na maioria das plantas, a absorção de nutrientes do solo é auxiliada pela associação de certos fungos e bactérias com o sistema radicular dos vegetais. Tais associações são chamadas, respectivamente, de micorrizas e bacteriorrizas, o que veremos melhor em Ecologia. Fertilização do solo Solos submetidos à intensa atividade agrícola ou naturalmente pobres necessitam serem adubados ou fertilizados com adubos ou fertilizantes. Estes são nomes dados a substâncias químicas ou orgânicas que, se usadas corretamente, podem aumentar a produtividade do solo, pois aumentam sua quantidade em nutrientes e, por consequência, a nutrição das plantas. De maneira geral, são fertilizantes químicos aqueles compostos por sais inorgânicos, como nitrogênio, fósforo e potássio (NPK). Já os fertilizantes orgânicos contêm resíduos de animais, plantas ou depósitos naturais de nutrientes em rochas. O fertilizantes orgânicos não são prontamente utilizados pelas plantas, mas precisam ser decompostos por microrganismos do solo em compostos inorgânicos simples para que possam ser absorvidos (ou assimilados), diferentemente dos fertilizantes químicos, que estão prontamente disponíveis para a absorção. 3.2. Condução de seiva bruta A seiva bruta (composta por água e sais minerais) deve partir das raízes em direção às partes altas da planta. Essa subida não depende da atividade metabólica das células e nem mesmo requer células vivas. As células do xilema que conduzem a seiva bruta são os traqueídes e, principalmente, os elementos de vaso, ambos tipos de células mortas que apresentam reforços de lignina em suas paredes. Essas células formam longos e finos tubos cilíndricos, que se estendem desde a raiz até as folhas, e permitem a condução da seiva bruta. A subida de água e sais minerais através do xilema é explicada pela hipótese da tensão-coesão. De acordo com ela, a transpiração que ocorre nas folhas causa uma tensão foliar1, que promove a ascensão da seiva contra a gravidade, isto é, a sucção da coluna de água presente no xilema (Fig. 23). Essa tensão é explicada por duas propriedades da água: adesão e coesão. A adesão é promovida pela força de atração entre as moléculas de água com outras substâncias polares, como os vasos xilemáticos, uma vez que a celulose presente em suas paredes é polar e interage com a água. Já a coesão é a força de atração entre as moléculas de água, que interagem entre si por ligações de hidrogênio, que tornam as moléculas muito unidas e permitem que se movam na coluna sem que se separem. Essas suas forças de atração resultam no que chamamos de capilaridade da água. À medida que a água 1 A perda de água na forma de vapor faz com que a pressão osmótica nas células das folhas aumente. Assim, tendem a absorver mais água do xilema por osmose. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 34 evapora pela transpiração que ocorre nas folhas, é criada uma pressão negativa (assim chamada por começar nas folhas e não nas raízes) nos vasos xilemáticos, que faz a seiva subir. Esse processo permite que a seiva bruta suba alturas superiores a 100 metros, e envolve a perda de grande quantidade de água. Estima-se que uma planta adulta de milho transpire 60 litros de água durante o período de cultivo. Isso requer que maior quantidade ainda de água seja reposta pela absorção, caso contrário, a planta morreria. Figura 23. Esquema mostrando o processo de subida da seiva bruta: a transpiração promove uma pressão negativa da raiz e o transporte da seiva pelos vasos do xilema (Fonte: Shutterstock). Uma pequena parte da ascensão da seiva bruta ocorre por pressão positiva da raiz, ou seja, devido à entrada de água no córtex, que flui para o cilindro vascular e chega ao xilema. No entanto, esse é um mecanismo secundário e que impulsiona a subida de água por poucos metros. Algumas vezes, devido à pressão positiva da raiz, a quantidade de água que entra nas folhas é maior que a eliminada pela transpiração. Isso resulta no fenômeno da gutação, que é a exsudação de gotículas de água observada nas bordas das folhas de algumas espécies pela manhã (Fig. 24). Essas gotículas são eliminadas por estruturas chamadas de hidatódios, que correspondem à estômatos modificados. É importante que você não confunda gutação com orvalho. Esse último é resultante da umidade atmosférica condensada. A gutação acontece em situações bem definidas: solo bastante úmido (grande disponibilidade de água para absorção) e alta umidade atmosférica, o que reduz a transpiração. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 35 Figura 24. Gutação em folhas: eliminação de água na forma líquida (Fonte: Shutterstock). 3.3. Condução de seiva elaborada A fotossíntese ocorre nas partes clorofiladas da planta, principalmente nas folhas. Dessa forma, seus produtos (água e açúcares), que compõem a seiva elaborada, devem ser transportados desses órgãos para diversas outras partes do vegetal, a fim de nutri-los. Esse transporte ocorre por meio dos elementos de tubos crivados do floema ou líber (Fig. 25). Figura 25. Elementos de vaso, condutores de seiva bruta, e tubos crivados, condutores de seiva elaborada, separados pelo câmbio vascular (Fonte: Shutterstock). O transporte de produtos da fotossíntese ocorre por translocação. Ao contrário do que ocorre com a seiva bruta, a seiva elaborada parte de vários sítios de produção (fonte) em direção a sítios de utilização e armazenamento, chamados de drenos. A sacarose (glicose + frutose) compõe cerca de 30% do peso da seiva elaborada, conferindo a ela uma consistência mais viscosa, de xarope. Além disso, pode conter hormônios, aminoácidos e minerais. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 36 A hipótese mais aceita para explicar o transporte pelo floema foi proposta por Ernst Munch (1876 – 1946), e é denominada hipótese do fluxo em massa ou do fluxo por pressão. Segundo essa hipótese, a seiva elaborada é transportada pelo floema do local em que é produzida até o local onde é utilizada ou armazenada, isto é, ao longo de um gradiente decrescente de concentração. Os produtos da fotossíntese são produzidos nas células do mesofilo foliar e transferidos aos tubos crivados, onde há menor concentração, através de um processo denominado de carregamento do floema. Em consequência do aumento da concentração dentro dos tubos crivados, ocorre a absorção de água do xilema, por osmose, aumentando a pressão no interior dos vasos condutores de seivaelaborada. Dessa forma, os fluidos partem em direção aos drenos, menos concentrados, onde os solutos são transferidos às células pelo descarregamento do floema. Com a transferência de solutos, a água retorna passivamente ao xilema, sendo impulsionada para as regiões de maior concentração de solutos. É esse processo que pode ser explicado pelo modelo de Munch (Fig. 26). Figura 26. Dois balões, A e B, são constituídos por membrana semipermeável e conectados com um tubo de vidro em U. No balão A está uma solução concentrada de sacarose, e no balão B, água destilada. Esses balões são mergulhados em recipientes contendo água destilada, os quais permanecem conectados, permitindo livre fluxo entre eles. Ocorre que, em virtude da alta concentração de sacarose no balão A, a água penetra nele por osmose, determinando o deslocamento da solução pelo tubo em U, em direção ao balão B, onde a pressão osmótica é quase nula. Com o tempo, as concentrações do balão A e do balão B, assim como as pressões osmóticas, irão se igualar, estabelecendo o equilíbrio dinâmico. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 37 3.4. Transpiração Grande parte da água absorvida pelas raízes é perdida pela planta através da transpiração, sob a forma de vapor. Esse processo, apesar de poder ocorrer em todas as partes do vegetal, acontece principalmente nas folhas. Algumas plantas terrestres apresentam, como adaptação à melhor absorção de luz e captação de CO2 atmosférico, folhas com superfície mais ampla (latifoliadas). Contudo, tal característica também permite intensa perda de água por transpiração. Dessa forma, transpiração e absorção estão estritamente ligadas, uma vez que a água perdida precisa ser recomposta para que a planta realize suas funções vitais. A transpiração pode ocorrer de duas formas: através da cutícula ou de estômatos. A transpiração por meio de estômatos é a principal delas (corresponde a 95% da transpiração), sendo sua taxa influenciada pela abertura e fechamento dos poros estomáticos, dinâmica influenciada pela umidade, temperatura, intensidade luminosa e concentração de CO2. Isso porque os estômatos não estão envolvidos apenas na perda de água na forma de vapor, mas nas trocas gasosas em geral, como absorção de CO2 e eliminação de O2 Fatores que influenciam na abertura e fechamento dos estômatos e, consequentemente, na taxa de transpiração: umidade, calor, intensidade luminosa e concentração de gás carbônico. Os estômatos são formados por duas células-guarda, que delimitam o poro estomático, chamado de ostíolo. As células-guarda controlam o diâmetro do poro pela alteração da forma celular, que ocorre em virtude da turgescência ou flacidez celular (Fig. 27). Transporte de seiva elaborada e anel de Malpighi Como vimos, nas eudicotiledôneas, os vasos xilemáticos são mais internos que os vasos floemáticos, que integram a casca da planta. Caso seja retirado um anel da casca do tronco de uma árvore, o floema será removido, enquanto o xilema ou lenho será mantido. Esse anel recebe o nome de anel de Malpighi e impede que as raízes recebam seiva elaborada, causando a morte da árvore por esgotamento de suas reservas. No entanto, se o anel for realizado apenas em um ramo da planta, ela não morrerá, pois somente este ramo será afetado. Nesse caso, na região que fica logo acima do anel, ocorre o acúmulo de seiva e seu excedente pode ser utilizado por frutos, que terão sabor mais adocicado. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 38 Figura 27. Alterações da forma das células-guarda dos estômatos, importante para o controle da transpiração (Fonte: Shutterstock). De maneira geral, os estômatos estão abertos durante o dia e fechados durante a noite, evitando as trocas gasosas quando a fotossíntese não pode ocorrer (ao menos a fase clara). A abertura estomática ao amanhecer é influenciada pela luz, que estimula as células-guarda a ganharem e acumularem íons potássio (K+) ativamente. A alta concentração desses íons promove a entrada de água por osmose nessas células, que ficam túrgidas e abrem o ostíolo. A depleção de CO2 também influencia na abertura dos estômatos, em resposta à necessidade desse gás para a fotossíntese, caso o suprimento de água para a folha seja suficiente. Por outro lado, o fechamento estomático envolve a saída ativa de potássio das células- guarda, que murcham como resultado da perda passiva de água para as células adjacentes. Observe o esquema da Figura 28. Estresses ambientais, como secas, altas temperaturas e vento, podem provocar o fechamento de estômatos durante do dia, em resposta à deficiência hídrica. Além da planta murchar, ela reduz sua taxa fotossintética devido à menor absorção de CO2. Perceba que a transpiração é regulada mediante uma integração de diversos fatores ou estímulos internos e externos, que a controlam instante a instante (a simples passagem de uma nuvem por uma floresta já pode afetar a taxa transpiratória). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 39 Figura 28. Mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos. Entrada de potássio e água nas células-guarda promovem a abertura do ostíolo, enquanto a saída desses elementos, o fechamento do ostíolo (Fonte: Shutterstock). Algumas adaptações reduzem a perda de água por transpiração Plantas adaptadas a ambientes áridos são denominadas xerófitas, como os cactos. Essas plantas apresentam caules suculentos, que armazenam água para utilizar em longos períodos de seca. Além disso, apresentam folhas modificadas em espinhos, que reduzem a perda de água por transpiração. Mas outra adaptação diz respeito à abertura e fechamento dos estômatos. É comum que plantas adaptadas a condições ambientais áridas apresentem o que é chamado de metabolismo ácido das crassuláceas, uma forma de fotossíntese encontrada em plantas suculentas da família Crassulaceae e outras famílias e que visa reduzir a fotorrespiração e aumentar a garantir a eficiência fotossintética. Nessas plantas, os estômatos permanecem fechados durante o dia e se abrem durante a noite para absorção de CO2, quando as temperaturas são mais amenas. Para entender mais sobre esse metabolismo, volte à Aula 03, onde ele está completamente explicado. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 40 3.5. Fotossíntese e Respiração É a partir da fotossíntese que as plantas produzem suas moléculas orgânicas e alimentos, utilizados por elas próprias para execução de suas atividades vitais por meio da respiração celular, afinal, são seres autotróficos. Relembrando... Equação geral da fotossíntese: Equação geral da respiração celular: Perceba que são reações quase que antagônicas, a não ser pelo tipo de energia utilizada e produzida. O desenvolvimento e o crescimento de um vegetal dependem, em grande parte, do equilíbrio entre esses dois processos do metabolismo energético. A fotossíntese produz glicose e oxigênio, isto é, aquilo que é necessário para que a respiração celular aconteça. Vimos em nossa aula de metabolismo que existem fatores ambientais que interferem na taxa fotossintética, como a intensidade luminosa, a concentração de CO2, a disponibilidade de água e a temperatura. Mas, de maneira geral, dizemos que a fotossíntese depende da luz solar: quanto maior a intensidade luminosa, maior a taxa fotossintética – claro que até certo ponto. Esse aumento ocorre até que se atinja o ponto de saturação, a partir do qual a taxa se manterá constante. O ponto de saturação está relacionado a outros fatores, como a quantidade de CO2 disponível. É por isso que esses fatores ambientais relacionados com a eficiência fotossintética são chamados de fatores limitantes2. Já a respiração não depende da luz, sendo um processoconstante no organismo vegetal (e animal), já que ele precisa de energia (ATP) para sobreviver. A intensidade luminosa na qual a taxa fotossintética se iguala à respiratória é chamada de ponto de compensação fótico (PC) ou luminoso (Fig. 29). Nesse ponto, todo o oxigênio e carboidrato produzido pela planta na fotossíntese é utilizado por ela na respiração, e todo o gás carbônico produzido na respiração é consumido pela fotossíntese. 2 Caso julgue interessante, volte à aula de Metabolismo Celular e reveja os fatores limitantes da fotossíntese, além de outros tópicos da aula. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 41 Figura 29. Ponto de compensação fótico: intensidade luminosa na qual a taxa respiratória e a taxa fotossintética se igualam. O ponto de compensação fótico varia entre as espécies de plantas. As chamadas heliófilas são plantas de sol, que se desenvolvem bem sob muita intensidade de luz e apresentam, portanto, alto PC. Por outro lado, as plantas umbrófilas se desenvolvem bem na sombra, mesmo com pouca luz, e apresentam baixo PC. Uma vez que as plantas crescem e se desenvolvem quando acumulam biomassa, isto é, quando acumulam matéria orgânica, é interessante que se mantenham acima do ponto de compensação fótico a maior parte do tempo, caso contrário suas reservas serão todas utilizadas na respiração, o que não se mantém por muito tempo e causa a morte da planta. 3.6. Hormônios vegetais Hormônios vegetais ou fitormônios são essenciais para que uma planta cresça e se desenvolva. São compostos químicos com diversas funções e que podem desempenhar suas ações em partes distantes do local em que foram produzidos. Embora possamos dividir suas funções para fins didáticos, eles atuam em conjunto e muitas vezes de maneira sobreposta, conforme a tabela abaixo aponta. Os principais fitormônios são: auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e ácido abscísico. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 42 ▪ Auxinas: hormônios relacionados com o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Vários são os tipos de auxinas naturais, embora existam auxinas artificiais. A principal auxina é o AIA (ácido indolilacético), produzido na região apical do caule, no sistema radicular, em folhas jovens e em sementes em desenvolvimento. As auxinas promovem o que se chama dominância apical: ocorrem em altas concentrações na gema apical do caule, promovendo o alongamento caulinar, o que ocorrer pelo alongamento celular. Auxinas atuam também em outras funções, como nos movimentos vegetais ou tropismos, na inibição da abscisão de folhas e no enraizamento de estacas, por permitirem o desenvolvimento de raízes adventícias. ▪ Giberelinas: hormônios relacionados com o alongamento e a divisão celular. São produzidas em meristemas, folhas jovens, sementes em desenvolvimento e frutos. As giberelinas promovem o alongamento caulinar, a germinação de sementes (quebram, inclusive, a dormência de sementes), o crescimento de folhas e a produção de flores e frutos, além de induzirem a partenocarpia. ▪ Citocininas: hormônios que estimulam a divisão, o crescimento e a diferenciação celulares, a diferenciação e o crescimento de raízes, o desenvolvimento de gemais laterais, a germinação de sementes, além de retardarem o envelhecimento das plantas. São produzidas nas raízes e enviadas a todas as partes da planta. ▪ Etileno: também chamado de gás etileno, é produzido em diversas partes da planta. Esse hormônio está relacionado com o amadurecimento de frutos, a abscisão de folhas e frutos e a senescência das plantas. O amadurecimento de frutos envolve mudanças, como cor (quebra da clorofila), amolecimento da parede celular e alterações na composição química, como acúmulo de ácidos orgânicos e quebra de amido em açúcares, o que torna os frutos mais palatáveis. ▪ Ácido abscísico: hormônio que induz a dormência de gemas apicais durante o inverno e promove o acúmulo de proteínas de reserva nas sementes, que em altas concentrações impede a germinação. Além disso, induz o fechamento de estômatos. O ácido abscísico é produzido no caule, nas folhas e no ápice radicular e atua em situações de estresse para o vegetal. Analise, na Figura 30, as principais funções dos fitormônios acima relacionados. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 43 Figura 30. Funções dos hormônios vegetais (Fonte: Shutterstock). 3.7. Movimentos vegetais Plantas realizam tropismos, que são respostas de crescimento em direção a um estímulo externo (resposta positiva) ou contrário a ele (resposta negativa). São exemplos de tropismos: fototropismo, geotropismo e tigmotropismo. Fototropismo É a resposta de crescimento do caule de uma planta na direção ou em direção oposta à luz. Essa resposta ocorre por influência da auxina, que orienta o crescimento de uma planta podendo ser em direção à luz ou contrário a ela. Quando ocorre a exposição de uma planta à luz de um único lado, a auxina migra para o lado oposto a esta fonte luminosa, distribuindo-se de maneira desigual na planta. O lado sombreado, com altas concentrações do hormônio, sofre alongamento e promove a curvatura do caule em direção ao estímulo luminoso. Observe a figura abaixo (Fig. 31). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 44 Figura 31. As auxinas são produzidas no ápice do caule e migram para a região oposta à luz, promovendo o alongamento celular e curvatura em direção à fonte luminosa. Fonte: untamedscience.com O crescimento em direção à luz denomina-se fototropismo positivo, enquanto o crescimento contra (ou em direção oposta) à luz é denominado fototropismo negativo. No caule, o aumento da concentração de auxina no lado não iluminado promove o alongamento das células nessa face, curvando-o em direção ao estímulo luminoso. Essa curvatura do caule é muito importante para a planta, porque as folhas podem absorver mais energia luminosa e aumentar sua taxa fotossintética. A raiz, ao contrário do caule, apresenta fototropismo negativo. Nela, o aumento da concentração de auxina no lado não iluminado promove a inibição do alongamento das células dessa região, fazendo com que a raiz se curve para o lado oposto à fonte de luz. No caule: maior concentração de auxina promove o seu crescimento. Na raiz: maior concentração de auxina inibe seu crescimento. Geotropismo Também chamado de gravitropismo, é a resposta de crescimento da planta à gravidade. Quando uma planta se encontra em posição horizontal, o caule responde ao geotropismo negativo, isto é, não responde à gravidade. Sua parte inferior apresenta acúmulo de auxina devido à ação da gravidade, determinando o crescimento no sentido oposto ao dessa força, promovendo uma curvatura para cima. Na mesma planta, a raiz responde ao geotropismo positivo, isto é, responde à gravidade. Maior concentração do hormônio auxina na parte inferior da raiz determina a inibição do alongamento celular, estimulando o crescimento da parte superior, que se curva em direção ao centro da Terra, a favor da gravidade (Fig. 32). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 45 Figura 32. Em posição horizontal, a gravidade estimula a migração das auxinas para a face inferior da planta, tanto no caule quanto na raiz. O caule apresenta geotropismo negativo e a raiz, geotropismo positivo. Tigmotropismo É a resposta de crescimento de uma planta ao toque e permite que ela se aproveite de qualquer suporte sólido que encontre, como o que ocorre com plantas trepadeiras e gavinhas. Células que estão em contato com o suporte crescem menos, e as que não estão se alongam. Esse crescimento diferencial permite o enrolamento do caule no suporte. Nastismo tambémé um movimento realizado pelos vegetais em resposta a estímulos externos, mas difere do tropismo por ser um movimento em que a direção do estímulo não tem influência. No nastismo, o estímulo provoca a abertura ou fechamento de um órgão independente da direção do estímulo, sendo a sua intensidade o fator mais importante. Como exemplo, podemos citar a planta dormideira, que fecha seus folíolos a partir de um estímulo mecânico. 3.8. Efeitos da luz sobre o desenvolvimento da planta Além da importância da luz para o processo fotossintético, a luminosidade tem papel na morfogênese vegetal: germinação das sementes, estiolamento, desenvolvimento normal e floração. Esses efeitos estão relacionados à captação de luz por um pigmento denominado fitocromo, que ocorre, principalmente, na membrana plasmática ou nas membranas de organelas celulares. O fitocromo é um pigmento que detecta a luz vermelha e pode ser encontrado de duas formas: inativa, ou fitocromo R, e ativa, ou fitocromo F. A forma inativa se transforma na forma ativa quando absorve luz vermelha em comprimento de onda na faixa dos 660 nm (vermelho curto). Ao absorver luz vermelha na faixa dos 760 nm (vermelho longo) ou permanecer no escuro, o fitocromo F ou ativo é convertido a fitocromo R ou inativo. Na forma ativa, o fitocromo desencadeia respostas fisiológicas na planta, exercendo, portanto, a sua atividade. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 46 Germinação das sementes Algumas sementes, como as de alface, germinam apenas sob estímulo da luz, sendo chamadas de fotoblásticas positivas. Outras sementes, entretanto, têm sua germinação inibida pela luz, sendo chamadas de fotoblásticas negativas. Nas fotoblásticas positivas, o fitocromo F se acumula na semente e promove o seu desenvolvimento. Independentemente do tipo de semente, a germinação compreende o início das atividades de degradação de reservas da semente até a formação da plântula e início da sua atividade fotossintética. Esse processo envolve hidratação da semente, aumento da respiração (e produção de AT), ativação de enzimas e digestão de reservas, além de formação de novas estruturas, como raízes e folhas. Estiolamento Estiolamento é o nome dado ao crescimento anormal de uma planta no escuro. É um mecanismo adaptativo que protege as plantas recém-germinadas do atrito com o solo, permitindo que cresçam mais rapidamente em direção ao estímulo luminoso. São características de uma planta estiolada a ausência de clorofila no caule, que se apresenta branco-amarelado, folhas pequenas, caule mais longo que o normal e ápice caulinar em forma de gancho, que protege o meristema apical. Uma vez que atinja a luz, passa a ter desenvolvimento normal por ação do fitocromo na forma ativada (F). Fotoperiodismo e floração Fotoperiodismo é a reposta biológica de uma planta ao fotoperíodo, ou seja, à duração dos dias e das noites, que variam de acordo com as estações do ano. Plantas que percebem essas variações de fotoperíodo têm a floração influenciada por elas. Ao contrário do que se pensava, o que é determinante para a floração é duração do período escuro ou noite à que a planta é submetida, não à duração do período luminoso. Diante disso, podem ser classificadas em plantas de dias curtos e de dias longos, além de neutras, quando não são influenciadas pelo fotoperíodo. ▪ Plantas neutras: são aquelas que florescem quando atingem a maturidade, independentemente do comprimento do dia ou da noite, sendo exemplos o tomate, o arroz, o feijão e o milho. ▪ Plantas de dias curtos: são aquelas que florescem quando submetidas a um período escuro igual ou maior que seu fotoperíodo crítico, sendo exemplos o morango, o crisântemo e as prímulas (Fig. 33). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 47 Figura 33. Planta de dia curto: florescem quando expostas a longos períodos escuros e sem interrupções (Fonte: Shutterstock). ▪ Plantas de dias longos: são aquelas que precisam de mais horas de dia e que florescem quando submetidas a um período escuro menor que seu fotoperíodo crítico. Quando um período escuro mais longo que seu período claro é interrompido por um período de luz, elas podem florescer se atingido o fotoperíodo crítico. São exemplos o espinafre, o alface, o rabanete e a maioria das variedades de cereais (Fig. 34). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 48 Figura 34. Planta de dia longo: florescem quando expostas a longos períodos de claro (Fonte: Shutterstock). Esses diferentes mecanismos de floração ocorrem porque os fitocromos desencadeiam a síntese de determinados hormônios que migram até as gemas, através do floema, onde atuam para induzir a formação das flores. Plantas medicinais Plantas, de maneira geral, produzem maior quantidade de substâncias do que os organismos animais. Além de sintetizarem as substâncias essenciais ao seu metabolismo (metabólitos primários), produzem outras que não estão associadas a ele, sendo chamados de metabólitos secundários. Tais substâncias, no entanto, conseguem alterar a fisiologia vegetal, isto é, possuem atividade farmacológica. Por isso eles são de interesse medicinal, podendo exercer efeitos terapêuticos ou tóxicos, inclusive para um mesmo metabólito secundário, a depender a dose utilizada no organismo animal. Há diversas classes de metabólitos secundários: alcaloides, terpenoides, taninos. Os alcaloides são os mais utilizados medicinalmente, sendo exemplos a cafeína, estricnina e a quinina. Os terpenoides estão presentes nos óleos de folhas ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 49 aromáticas, como as de eucalipto e menta. Os taninos possuem atividade adstringente (que amarra a boca), e se encontram em frutos imaturos (verdes). As plantas medicinais são usadas na medicina popular e, atualmente, têm grande importância no campo de pesquisa. Os princípios ativos e suas atividades farmacológicas também são de grande interesse econômico: os princípios ativos são isolados e passam a fazer parte de medicamentos sob diversas formas, como drágeas, comprimidos e injetáveis. A motivação na conservação da biodiversidade se deve ao potencial da flora ainda inexplorada cientificamente como fornecedora de princípios ativos. A maior parte dos produtos naturais são encontrados em plantas nativas de regiões tropicais, sendo o Brasil detentor de um quinto da diversidade de angiospermas, dentre as quais muitas espécies são ainda desconhecidas. Por isso a preocupação com a conservação de nossas florestas, como a Amazônica, além das florestas ao redor do mundo. CAI NA PROVA 5. (2019/UFT – Universidade Federal de Tocantins) Os experimentos clássicos sobre o transporte de açúcares nas plantas foram iniciados no século XVII por Malpighi, utilizando o descascamento do caule em forma de anel, conhecido como anel de Malpighi. Considere o esquema da figura abaixo como o de uma planta dicotiledônea em que o caule foi descascado no ponto indicado pela seta preenchida. As setas tracejadas indicam o fluxo de açúcares entre as partes da planta. Fonte: Adaptado de Kerbauy, Gilberto Barbante. Fisiologia Vegetal – 2.ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Assim, assinale a afirmativa INCORRETA: a) após a retirada do anel, os açúcares vão se acumular na parte superior ao anel. b) após a retirada do anel, o fluxo de açúcares da folha velha para o fruto não é interrompido. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 50 c) após a retirada do anel do caule, ocorrerá a diminuição da concentração de açúcares nas raízes. d) a retirada do anel de casca do caule significa a remoção de vasos do xilema. Comentários: A retirada do anel de Malpighi removeos vasos condutores de seiva elaborada (floema), uma vez que estes são externos ao xilema e se encontram na casca do caule. Portanto, a alternativa incorreta é a letra D. As demais alternativas estão corretas. A remoção do anel interrompe a condução de seiva elaborada para as regiões que estão abaixo do anel e, desse modo, que essa seiva chegue às raízes, mas o transporte acima do caule não é interrompido. Gabarito: 31 6. (2019/UEPG – Universidade Estadual do Paraná) Baseado na figura abaixo, que representa alguns dos mecanismos responsáveis por manter as angiospermas vivas e adaptadas ao meio, assinale o que for correto. Adaptado de: Lopes, S., Rosso, S. BIO. 2a ed. Volume 3. Editora Saraiva. São Paulo. 2010. 01. A → B: Transpiração – corresponde à perda de água pelas folhas, sob forma de vapor, e pode ocorrer de duas maneiras distintas (transpiração cuticular e transpiração estomática). 02. A → E: Gutação – entrada de água pela epiderme da folha (realizada pelos hidatódios) e posterior condução por osmose para outras partes da planta. 04. C → D: Transpiração radicular – captação de água do solo, realizada pelas raízes como forma de compensar a transpiração foliar. Em dias muito secos, é a única maneira de obtenção de água pela planta. 08. D → A: Condução de seiva elaborada, realizada pelos traqueídes e elementos de vaso, que ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 51 formam longos tubos cilíndricos desde a raiz até as folhas. 16. A → E: Condução da seiva elaborada, rica em açúcares produzidos por fotossíntese, é conduzida das folhas para as diversas partes da planta através dos elementos crivados do floema ou líber. Comentários: 01 está correta. A → B se refere à transpiração, que corresponde à perda de água pelas folhas, sob forma de vapor, e pode ocorrer de duas maneiras distintas (transpiração cuticular e transpiração estomática, esta última a principal delas). 02 está incorreta. A → E se refere à condução de seiva elaborada através dos tubos que compõem o floema. 04 está incorreta. C → D se refere à absorção de água e minerais do solo. 08 está incorreta. D → A se refere à condução de seiva bruta, água e sais minerais, da raiz até às artes mais altas da planta. 16 está correta. A → E se refere à condução de seiva elaborada, rica em produtos da fotossíntese, a qual é conduzida pelos elementos crivados do floema ou líber. Portanto, a soma das alternativas corretas é 17 (01 + 16). Gabarito: 14 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 52 4. Questões de provas anteriores 4.1. Lista de questões complementares 1. (2020/Simulado GERAL do Estratégia Vestibulares) O departamento de qualidade de uma farmácia de manipulação inspecionou amostras de um chá funcional e observou que nos fragmentos da planta havia I) epiderme uniestratificada II) pelos glandulares III) parênquima clorofiliano paliçádico IV) estômatos Podemos concluir que esse chá deve ser constituído por a) caule de uma monocotiledônea. b) folha de uma eudicotiledônea. c) caule de uma eudicotiledônea. d) flor de uma monocotiledônea. e) raiz de uma eudicotiledônea. 2. (2020/Simulado para Medicina do Estratégia Vestibulares) Analise o gráfico abaixo, que revela que os níveis de AIA (uma auxina) capazes de promover o crescimento adequado de uma planta. Esse crescimento varia nas diferentes partes do vegetal. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 53 Considerando a raiz, é possível dizer que a) verifica-se que ela cresce entre A e D. b) ela não alcança a concentração ótima (100%) para o seu crescimento. c) verifica-se que ela cresce entre A e C. d) a partir do ponto B, a raiz cessa seu crescimento. e) verifica-se que ela cresce entre A e B. 3. (2020/Simulado para Medicina do Estratégia Vestibulares) Na Biologia, damos o nome de Botânica à área que se dedica a estudar a evolução, morfologia, anatomia e fisiologia das plantas. Pensando nisso, analise as seguintes afirmações: I. Parênquimas são tecidos vegetais formados por células vivas cujas principais funções na planta são preenchimento, sustentação e assimilação. II. Uma alta concentração de ácido abscísico na folha causa a síntese de etileno, o que leva à formação da camada de abscisão e à queda dessa folha. III. A difusão através do poro estomático é o processo responsável pela absorção de CO2 e pela perda de vapor d’água que ocorre nas folhas. IV. Na estrutura reprodutiva das angiospermas, o saco embrionário corresponde, embriologicamente, ao óvulo dos mamíferos. Estão corretas as afirmativas a) I, apenas. b) II e III. c) II e IV. d) III, apenas. e) I, III e IV. 4. (2020/Provão de Bolsas do Estratégia Vestibulares) Hormônios vegetais, ou fitormônios, são mensageiros químicos capazes de controlar o desenvolvimento, o crescimento, a diferenciação celular, a floração, o amadurecimento dos frutos e outros fenômenos que ocorrem com as plantas. Correlacione nome e função dos hormônios listados. 1. Auxina ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 54 2. Giberelina 3. Etileno 4. Ácido abscísico A. Acelera o amadurecimento de frutos e promove a queda das folhas. B. Promove a dormência de gemas apicais e de algumas sementes. C. Estimula o alongamento e a divisão celulares. D. Promove o desenvolvimento das plantas e atua nos movimentos vegetais (tropismos). a) 1D, 2C, 3A, 4B. b) 1C, 2B, 3A, 4D. c) 1D, 2B, 3A, 4C. d) 1B, 2C, 3D, 4A. e) 1A, 2D, 3C, 4B. 5. (2020/Provão de Bolsas do Estratégia Vestibulares) Tecidos meristemáticos, ou apenas meristemas, são aqueles que se diferenciam nos tecidos permanentes das plantas. Eles podem ser primários ou secundários. A esse respeito, assinale a alternativa correta. a) A protoderme é um meristema secundário que se diferencia em epiderme. b) O meristema fundamental é um meristema primário que se diferencia em epiderme, parênquima e tecidos condutores. c) O felogênio é um meristema secundário que se diferencia em súber e feloderme. d) O procâmbio é um meristema secundário que se diferencia em xilema e floema secundários. e) O câmbio vascular é um meristema primário que se diferencia em xilema e floema primários. 6. (2020/Provão de Bolsas do Estratégia Vestibulares) Um fenômeno da fisiologia vegetal que pode acontecer em determinadas condições ambientais é a gutação. Sobre esse processo, assinale a alternativa correta. a) A gutação é um processo de eliminação de água na forma líquida por estruturas presentes nas folhas denominadas estômatos. b) A gutação ocorre devido à pressão negativa da raiz, que força a água e os sais minerais a serem transportados pelo xilema até as folhas. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 55 c) A gutação ocorre quando a taxa de transpiração está baixa, assim como a umidade relativa do ar. d) A gutação ocorre devido à pressão negativa da raiz e corresponde ao processo de perda de água na forma líquida por estruturas chamadas de hidatódios. e) A gutação ocorre quando a umidade relativa do ar está alta, o solo está bem irrigado e a taxa de transpiração está baixa. 7. (2020/Provão de Bolsas do Estratégia Vestibulares) Sobre os tecidos vegetais, foram feitas as seguintes afirmações: I. São meristemas primários a protoderme, o parênquima e o procâmbio. II. Os meristemas primários permitem o crescimento da planta em comprimento, enquanto os meristemas secundários, em espessura. III. Os meristemas secundários se formam pela desdiferenciação de células do parênquima. IV. O meristema fundamental forma o parênquima, o esclerênquima e o colênquima, este composto por células lignificadase mortas. Estão corretas as afirmações a) I e II. b) II e III. c) II e IV. d) I e IV. e) III e IV. 8. (2019/UNIVAG – Centro Universitário de Várzea Grande) No transporte de substâncias através dos envoltórios celulares, para que ocorra o fluxo de água do solo para a raiz de uma planta, são condições necessárias a) o transporte passivo de minerais através da parede celular e a consequente hipotonicidade das células da raiz em relação ao solo. b) o transporte ativo de minerais pela parede celular e o consequente transporte passivo de água pelas bombas da membrana celular. c) a difusão de minerais através da membrana celular e o consequente transporte ativo de água pelas bombas da membrana celular. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 56 d) a difusão de minerais através da parede celular e a consequente hipotonicidade das células da raiz em relação ao solo. e) o transporte ativo de minerais pelas bombas situadas na membrana celular e a consequente hipertonicidade das células da raiz em relação ao solo. 9. (2019/PUCCamp – Pontifícia Universidade Católica de Campinas) Nas plantas o crescimento caulinar ocorre na direção da fonte de luz, num movimento denominado fototropismo positivo, resultante da ação de hormônios vegetais. Na figura abaixo a planta foi colocada sob luz unidirecional; o lado A corresponde à porção sombreada do caule e o lado B à iluminada. Nesta planta ocorre acúmulo de a) giberelina no lado A. b) giberelina no lado B. c) auxina no lado A. d) citocina no lado B. e) etileno no lado B. 10. (2019/PUC SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Analise atentamente a tira Armandinho, do ilustrador Alexandre Beck. Fonte: <https://vitorvictor.files.wordpress.com/2015/01/10406951_777138988998076_4479510923998679323_n.png> ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 57 O novo ramo da árvore, que cresce lateralmente no tronco cortado, surgiu porque: a) No caule existem pequenos espaços, as lenticelas, entre as células da periderme, os quais permitem a ocorrência de trocas gasosas e é por onde crescem novos ramos. b) Houve o crescimento de tecidos a partir do periciclo do cilindro vascular, e a estrutura assim originada empurra para fora o córtex e a epiderme. c) A gema lateral saiu do estado de dormência até então imposto pela auxina liberada pelas gemas apicais da planta, removidas com o corte da árvore. d) Houve o crescimento secundário resultante da produção de novos tecidos, por parte do felogênio e do câmbio vascular. 11. (2019/UNIVAG – Universidade de Vargem Grande) O gráfico ilustra a variação do fotoperíodo ao longo do ano em função de diferentes latitudes. (www.agencia.cnptia.embrapa.br. Adaptado.) Considere as informações: • A planta A é de dia curto e seu fotoperíodo crítico é de 10 horas. • A planta B é de dia longo e seu fotoperíodo crítico é de 12 horas. • A cidade de Comodoro Rivadavia, na Argentina, está localizada na latitude 45º Sul. • A cidade de São Paulo está localizada próxima à latitude 24º Sul. A partir dessas informações, pode-se afirmar que: a) em Comodoro Rivadavia, as plantas A e B florescem entre setembro e março. b) em Comodoro Rivadavia, a planta B floresce entre março e setembro. c) em Comodoro Rivadavia, a planta A floresce entre maio e julho. d) em São Paulo, a planta A floresce entre setembro e março. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 58 e) em São Paulo, a planta B floresce entre maio e julho. 12. (2019/FGV – Faculdade Getúlio Vargas) Muitas espécies de ipês florescem nos meses de junho a setembro, período de estiagem, que coincide com a queda das folhas. O mecanismo de transporte de água e nutrientes minerais até a copa das árvores depende, principalmente, de determinados fatores ambientais que proporcionam a abertura de válvulas foliares. Com base nas informações dadas, é correto afirmar que, durante a floração dos ipês, o transporte de seiva bruta ocorre a) pelos vasos lenhosos, de forma reduzida, durante o dia e a noite, independentemente de o solo estar úmido. b) pelos vasos liberianos, de forma intensa, durante o dia e a noite, independentemente de o solo estar seco. c) pelos vasos lenhosos, de forma intensa, durante a noite, apenas se o solo estiver úmido. d) pelos vasos liberianos, de forma reduzida, durante o dia, apenas se o solo estiver seco. e) pelos vasos lenhosos, de forma intensa, durante o dia, apenas se o solo estiver seco. 13. (2019/UECE - Universidade Estadual do Ceará) O hormônio vegetal volátil responsável pela maturação dos frutos é denominado de a) giberelina. b) citocinina. c) etileno. d) ácido abscísico. 14. (2019/UniCESUMAR) A absorção de água pelas plantas depende de um gradiente formado pela perda de água na forma de vapor pelas folhas, que proporciona uma força de sucção capaz de fazer com que a água suba até a copa. O processo de transpiração é controlado por anexos epidérmicos com capacidade de abertura e fechamento. Qual é o nome desses anexos epidérmicos? a) Pelos secretores. b) Estômatos. c) Acúleos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 59 d) Tricomas. e) Papilas. 15. (2018/UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro) O processo de dispersão de sementes é encontrado na maioria das espécies vegetais. Uma vantagem evolutiva decorrente desse processo é: a) produção de flores vistosas b) conquista de novos ambientes c) desenvolvimento de frutos secos d) fecundação independente da água 16. (2018/UNESP – Universidade Estadual Paulista) Analise as imagens de uma mesma planta sob as mesmas condições de luminosidade e sob condições hídricas distintas. Os estômatos desta planta estão a) abertos na condição 1, pois há intenso bombeamento de íons K+ das células-guarda para as células acessórias, resultando na perda de água e flacidez destas últimas. b) fechados na condição 2, pois há redução na troca de íons K+ entre as células acessórias e as células-guarda, mantendo a turgidez de ambas. c) abertos na condição 2, pois há intenso bombeamento de íons K+ das células-guarda para as células acessórias, resultando na perda de água e flacidez destas últimas. d) fechados na condição 1, pois há intenso bombeamento de íons K+ das células acessórias para o interior das células-guarda, resultando na perda de água e flacidez destas últimas. e) abertos na condição 2, pois há intenso bombeamento de íons K+ das células acessórias para o interior das células-guarda, resultando na turgidez destas últimas. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 60 17. (2018/PUCCamp – Pontifícia Universidade Católica de Campinas) No Brasil, entre os produtos orgânicos mais comercializados estão o tomate, o morango e o café. Nesses vegetais, a) as nervuras das folhas são paralelas. b) as raízes são fasciculadas. c) os feixes condutores são organizados ao redor do cilindro central. d) o processo de polinização ocorre apenas pelo vento. e) o metabolismo fotossintético é do tipo CAM. 18. (2018/IFRS – Instituto Federal do Rio Grande do Sul) Analise as afirmativas. I. O tomate é um fruto carnoso. II. A beterraba é um exemplo de raiz tuberosa. III. Os caules de todas as plantas são aéreos. IV. A semente de feijão tem dois cotilédones. Estão corretas apenas a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 19. (2018/UDESC – Universidade dos Estudantes de Santa Catarina) “Charles Robert Darwin (1809-1882) chamou de “Abominável Mistério” o surgimento, rápida diversificação e dominância das Angiospermas no registro fóssil. A explicação encontrada por Darwin foide que a origem das angiospermas teria sido restrita geograficamente com uma rápida expansão. Contudo, ele próprio considerou tal hipótese conjecturalmente pobre. Uma hipótese alternativa foi proposta por Louis Charles Joseph Gaston de Saporta (1823– 1895): um conjunto de eventos evolutivos de interações entre angiospermas e insetos teria um papel central na rápida diversificação das angiospermas no Jurássico. A hipótese de Gaston de Saporta foi confirmada, posteriormente, pela ampliação do conhecimento sobre o registro fóssil e por estudos moleculares. A fantástica diversificação dos insetos e angiospermas atuais deve-se, em ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 61 grande parte, a um padrão de etapas evolutivas graduais. A evidência geral sugere que, em parte, a evolução conduziu os insetos e as plantas a cobrirem o globo atual”. Texto adaptado de História da Ciência e Ensino – Construindo Interfaces; Valdir Lamim-Guedes; Volume 10, 2014 – pp. 60-69; ISSN: 2178- 2911. Analise as proposições sobre as angiospermas. I. São exemplares vegetais que possuem flores com cálice e corola. II. Possuem ovário e óvulos que originam, respectivamente, o fruto e a semente. III. Possuem vasos condutores, xilema e floema, que se encontram na região do súber. IV. Possuem uma epiderme foliar na qual há grande concentração de cloroplastos. a) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. d) Somente as alternativas III e IV são verdadeiras. e) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. 20. (2018/FATEC – Faculdade de Tecnologia) As madeiras continuam sendo, no século XXI, um dos recursos naturais mais explorados pela humanidade. Em decorrência da grande demanda por serviços ofertados por construtoras e mobiliárias, essas empresas buscam certificações que as qualifiquem, no mercado, perante as concorrentes. Para obter certificação internacional, uma empresa precisa demonstrar que os produtos de madeira que comercializa são obtidos de reflorestamentos com plantas nativas. Assim sendo, considere que uma empresa brasileira venda móveis fabricados com a madeira representada na figura, que essa empresa alega ter vindo de um reflorestamento no estado do Tocantins. <https://tinyurl.com/y7objo3f>.Acesso em: 07.11.2017. Original colorido. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 62 A comercialização desses móveis a) permitiria que a empresa obtivesse o certificado, já que a madeira apresenta alburno típico do crescimento primário de fanerógamas temperadas, que são nativas do Tocantins. b) permitiria que a empresa obtivesse o certificado, já que a madeira apresenta alburno típico do crescimento secundário de briófitas temperadas, que são nativas do Tocantins. c) permitiria que a empresa obtivesse o certificado, já que a madeira apresenta anéis típicos do crescimento secundário de briófitas tropicais, que são nativas do Tocantins. d) impediria a empresa de obter o certificado, já que a madeira apresenta alburno típico do crescimento primário de fanerógamas tropicais, que não são nativas do Tocantins. e) impediria a empresa de obter o certificado, já que a madeira apresenta anéis típicos do crescimento secundário de fanerógamas temperadas, que não são nativas do Tocantins. 21. (2018/UNESP – Universidade Estadual Paulista) Os gráficos apresentam as taxas de respiração e de fotossíntese de uma planta em função da intensidade luminosa a que é submetida. De acordo com os gráficos e os fenômenos que representam, a) no intervalo A-B a planta consome mais matéria orgânica que aquela que sintetiza e, a partir do ponto B, ocorre aumento da biomassa vegetal. b) no intervalo A-C a planta apenas consome as reservas energéticas da semente e, a partir do ponto C, passa a armazenar energia através da fotossíntese. c) a linha 1 representa a taxa de respiração, enquanto a linha 2 representa a taxa de fotossíntese. d) no intervalo A-C a planta se apresenta em processo de crescimento e, a partir do ponto C, há apenas a manutenção da biomassa vegetal. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 63 e) no intervalo A-B a variação na intensidade luminosa afeta as taxas de respiração e de fotossíntese e, a partir do ponto C, essas taxas se mantêm constantes. 22. (2018/UCS – Universidade de Caxias do Sul) Além dos produtos da fotossíntese, as plantas também necessitam de diversas outras substâncias para a sua subsistência. Em relação à nutrição das plantas, é correto afirmar que a) as plantas, na falta de nitrogênio no solo, são capazes de absorvê-lo diretamente do ar, visto que ele é um elemento químico abundante na atmosfera. b) a necessidade de gás carbônico para a realização da fotossíntese corresponde à nutrição mineral da planta. c) as plantas necessitam de uma série de micronutrientes, chamados assim pelo seu tamanho molecular pequeno. Um exemplo desses micronutrientes é o nitrogênio. d) a adubação orgânica é uma importante fonte de nutrientes para as plantas; um exemplo é o adubo NPK, muito utilizado na agricultura. e) a nutrição orgânica corresponde ao fornecimento de glicídios provenientes do processo de fotossíntese. 23. (2018/FUVEST – Universidade de São Paulo) Muitas plantas adaptadas a ambientes terrestres secos e com alta intensidade luminosa apresentam folhas a) pequenas com estômatos concentrados na parte inferior, muitos tricomas claros, cutícula impermeável e parênquima aquífero. b) grandes com estômatos concentrados na parte inferior, poucos tricomas claros, cutícula impermeável e parênquima aerífero. c) pequenas com estômatos concentrados na parte superior, ausência de tricomas, cera sobre a epiderme foliar e parênquima aquífero. d) grandes com estômatos igualmente distribuídos em ambas as partes, ausência de tricomas, ausência de cera sobre a epiderme foliar e parênquima aerífero. e) pequenas com estômatos concentrados na parte superior, muitos tricomas claros, cera sobre a epiderme foliar e parênquima aerífero. 24. (2018/UNITAU – Universidade de Taubaté) A luz é um fator muito importante para o crescimento e o desenvolvimento das plantas, influenciando diretamente a realização da fotossíntese, a germinação de sementes e a produção de flores. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 64 Com relação aos efeitos da luz sobre o desenvolvimento vegetal, assinale a alternativa CORRETA. a) Os efeitos da luz sobre a floração são mediados por um pigmento vegetal chamado clorofila, armazenado no interior de cloroplastos. b) Nas sementes fotoblásticas negativas, a sua germinação é inibida quando elas são colocadas no escuro, ou nas profundezas do solo. c) As plantas de dias curtos florescem ao serem submetidas a um período de escuro igual ou maior do que o fotoperíodo crítico. d) O estiolamento das plântulas, que é a ausência de clorofila e a presença de caule muito longo, é promovido pela luz. e) O fototropismo positivo, que é o movimento da planta em direção à luz, é mediado pelo ácido abscísico, que se acumula no lado menos iluminado da planta. 25. (2018/UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) O fitormônio ácido-indol-acético (AIA) é imprescindível para o crescimento do vegetal. No gráfico, observa-se a variação de crescimento que ocorre na raiz e no caule em relação a esse fitormônio. Com as informações do gráfico e com base nos conhecimentos sobre fitormônio, analise as afirmativas e marque com V as verdadeiras e com F, as falsas. ( ) A raiz se desenvolve primeiro que o caule no início da germinação. ( ) A concentração ótima de AIA para o desenvolvimentoda raiz é também ótima para o caule. ( ) A raiz e o caule respondem da mesma maneira quando submetidos à mesma concentração de AIA. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 65 ( ) A concentração necessária de AIA para o caule começar a se desenvolver inibe o desenvolvimento da raiz. A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a 01. F V V F 02. F V F V 03. V F V F 04. V F F V 05. V V F F 26. (2018/UFPR – Universidade Federal do Paraná) Considerando a fotossíntese e a respiração celular aeróbica, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) Quando a taxa de fotossíntese é maior que a taxa de respiração celular, há maior disponibilidade de carboidratos para a planta. ( ) Em plantas, a taxa de fotossíntese é sempre superior à taxa de respiração celular aeróbica. ( ) As taxas de fotossíntese e de respiração celular podem se equivaler, de modo que todo o gás carbônico produzido na respiração é utilizado na fotossíntese. ( ) A fotossíntese produz carboidratos, que são utilizados na respiração celular, e a respiração celular transforma os carboidratos em dióxido de carbono, que é utilizado na fotossíntese. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a) F – V – V – F. b) V – F – V – V. c) V – V – F – V. d) F – F – F – V. e) V – F – F – F. 27. (2018/Universidade Mackenzie) A figura abaixo representa a condução de seiva nas angiospermas. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 66 Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/biologia/ Acesso em: 25 mar. 2018 É correto afirmar que a) em A estão representados os vasos lenhosos que compõem o xilema. b) em B estão representados os vasos liberianos que conduzem a seiva bruta. c) a seiva elaborada é composta de água, minerais e fitormônios responsáveis pelo crescimento vegetal. d) durante a transpiração, as folhas liberam seiva elaborada na atmosfera. e) em A está representada a condução feita pelo floema e, em B, a condução feita pelo xilema. 28. (2018/FAMERP – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) Analise a ampliação de uma imagem em escala microscópica. (www.microscopy-uk.org.uk) Observa-se na imagem parte do tecido proveniente de uma árvore do grupo angiosperma, contendo duas estruturas em evidência. Em uma árvore adulta, tais estruturas são encontradas a) principalmente nas folhas, e sua função é realizar a transpiração. b) principalmente no caule, e sua função é reter a água. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 67 c) principalmente na raiz e no caule, e sua função é secretar hormônios. d) na região pilífera da raiz, e sua função é realizar a absorção de água e sais. e) em toda a árvore, e sua função é realizar as trocas gasosas. 29. (2017/UECE – Universidade Estadual do Ceará) As raízes das angiospermas podem apresentar especializações que permitem classificá-las em diversos tipos. É correto afirmar que as raízes a) escoras apresentam um revestimento chamado velame, uma epiderme multiestratificada. b) respiratórias ou pneumatóforos são adaptadas à realização de trocas gasosas que ocorrem nos pneumatódios. c) tuberosas possuem o apreensório para se fixarem ao hospedeiro e de onde partem finas projeções, os haustórios. d) sugadoras armazenam reservas nutritivas, principalmente o amido, e por isso apresentam grande diâmetro. 30. (2018/UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre os mecanismos através dos quais água e solutos são transportados dentro da planta. ( ) A água e os sais minerais podem passar entre as paredes celulares ou podem atravessar o citoplasma, nas células do córtex da raiz. ( ) O movimento ascendente da seiva pelo floema ocorre devido à pressão positiva na raiz. ( ) O transporte de água para dentro do xilema ocorre por osmose, já os sais minerais são transportados por processo ativo, no cilindro central. ( ) A tensão provocada pela transpiração é responsável pelo transporte de sacarose. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V – V – F – F. b) V – F – V – F. c) F – F – F – V. d) V – V – F – V. e) F – V – V – F. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 68 31. (2018/UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina) Na maioria das plantas, a folha é o principal órgão fotossintético. As estruturas histológicas de uma folha vegetal são mostradas esquematicamente na figura abaixo. FAVARETTO, J. A. Biologia unidade e diversidade, 2º ano. 1. ed. São Paulo: FTD, 2016, p. 243. Sobre as estruturas foliares, é correto afirmar que: 01. as plantas xerófitas podem apresentar a epiderme com várias camadas de células. 02. a cutícula facilita a troca gasosa entre a epiderme e o ar atmosférico. 04. a epiderme superior, por receber diretamente a luz do sol, possui maior quantidade de cloroplasto em relação aos outros tecidos. 08. em todas as estruturas histológicas de uma folha ocorre fotossíntese. 16. os estômatos selecionam o CO2, que é utilizado na fotossíntese, e o N2, que é utilizado na formação das proteínas e dos ácidos nucleicos. 32. a folha é um órgão formado por vários tecidos vegetais. 64. as folhas como a representada no esquema são encontradas nas Briófitas, nas Pteridófitas, nas Gimnospermas e nas Angiospermas. 32. (2017/FGV – Faculdade Getúlio Vargas) A fotografia mostra o corte transversal de uma raiz. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 69 (www.ebah.com.br. Adaptado) A absorção de __________ do solo através do pelo radicular ocorre por __________, atingindo o xilema primário, tecido responsável pela condução do que foi absorvido até a porção superior dos vegetais. A principal força ascendente de condução é promovida pela __________. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto. a) seiva bruta … transporte ativo … capilaridade b) íons minerais … transporte passivo … pressão osmótica c) seiva elaborada … difusão facilitada … gutação d) moléculas orgânicas … difusão simples … abertura estomática e) água … osmose … transpiração foliar 33. (2017/UNESP – Universidade Estadual Paulista) A figura mostra duas propriedades da molécula de água, fundamentadas na polaridade da molécula e na ocorrência de pontes de hidrogênio. Essas duas propriedades da molécula de água são essenciais para o fluxo de a) seiva bruta no interior dos vasos xilemáticos em plantas. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 70 b) sangue nos vasos do sistema circulatório fechado em animais. c) água no interior do intestino delgado de animais. d) urina no interior da uretra durante a micção dos animais. e) seiva elaborada no interior dos vasos floemáticos em plantas. 34. (2017/UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados) Sobre as características dos tecidos vegetais: I. São caracterizados por terem células de paredes finas, citoplasma abundante, núcleos grandes, vacúolos pequenos ou ausentes. As células desse tecido encontram- se, frequentemente, em divisão celular. II. Camada de revestimento da planta. Geralmente possui somente uma camada de células, mas pode apresentar mais de uma. As principais funções são: proteção mecânica, trocas gasosas e reserva de água. III. É um tecido vivo e possui células com paredes muito espessas. Tem função de sustentação de órgãos em crescimento ou de órgãos maduros de plantas herbáceas. As células que o constituem variam em comprimento mas geralmente são alongadase lembram fibras. IV. Tem como principal função a de suporte mecânico. É um tecido morto e suas células têm parede espessas e lignificadas. V. É destinado, principalmente ao transporte de água e sais minerais. VI. Tecido responsável pela condução de substâncias orgânicas. Assinale a alternativa que corresponde à sequência que nomeia corretamente os tecidos vegetais descritos acima. a) Meristemas, cutícula, colênquima, esclerênquima, xilema, floema. b) Meristemas, epiderme, esclerênquima, colênquima, floema, xilema. c) Epiderme, meristemas, esclerênquima, colênquima, xilema, floema. d) Meristemas, epiderme, colênquima, esclerênquima, xilema, floema. e) Meristema, epiderme, colênquima, esclerênquima, floema, xilema. 35. (2017/UNIFOR - Universidade de Fortaleza) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 71 Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-cMqbMxXg2ps/TrBudyhr6RI/AAAAAAAAI30/79kzXRfWJw8/s1600/sequoia-gigante.jpg Foram necessários mais de 200 anos para que os biologistas vegetais explicassem satisfatoriamente o transporte da água em plantas. Tanto nos girassóis quanto nas gimnospermas mais altas, como a sequoia da costa (Sequoia sempervirens; figura acima), com seus mais de 110 metros de altura, a água é eficazmente transportada. Considerando os mecanismos envolvidos no transporte de água e íons minerais nos vegetais, analise as afirmações a seguir: I. O transporte do xilema é possível pelo bombeamento ativo, com gasto de energia, realizado pelas células vivas do caule, que empurram a seiva para cima. II. O movimento da seiva é causado principalmente pelas raízes, no qual seus tecidos que exercem uma pressão (‘pressão de raiz’) que capta a água do solo e forçam a ascensão do líquido no xilema. III. A transpiração – perda de vapor d’água nas folhas via estômatos – é o evento- chave para que ocorra o transporte de água no xilema. IV. Ao invés de empurrar, as folhas puxam a seiva do xilema para cima auxiliadas pelas forças de tensão e de coesão da água. Está correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) I e III. c) III e IV. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 72 d) I, II e IV. e) II, III e IV. 36. (2017/UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná) Durante uma aula de Botânica, a fim de destacar a importância de vários produtos de origem vegetal, um professor de Biologia ressaltou que: - do caule tuberoso da batata retiram-se vários produtos importantes para a alimentação, ricos principalmente em AMIDO; - dos caules de árvores como mogno, cedro, peroba, jacarandá, pinho, imbuia, ipê etc., retira-se uma grande variedade de MADEIRAS; - do caule do sobreiro é extraída a grossa camada externa, conhecida como CORTIÇA; - do caule da coroa-de-Cristo pode ser extraído o LÁTEX, o qual apresenta potencial efeito moluscicida. Os produtos acima mencionados pelo professor e destacados no texto – AMIDO, MADEIRAS, CORTIÇA e LÁTEX – estão associados a diferentes tipos de tecidos vegetais, respectivamente: a) tecido suberoso; vasos lenhosos; tecido secretor; parênquima de reserva. b) tecido de sustentação; parênquima de reserva; vasos lenhosos; tecido suberoso. c) tecido secretor; parênquima de reserva; vasos lenhosos; tecido suberoso. d) parênquima de reserva; tecido suberoso; vasos lenhosos; tecido secretor. e) parênquima de reserva; vasos lenhosos; tecido suberoso; tecido secretor. 37. (2017/UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso) MÉTODOS DE QUEBRA DE DORMÊNCIA DE SEMENTES Frente à necessidade urgente da reposição da vegetação nativa ou recuperação de áreas desmatadas, a compreensão da biologia reprodutiva (...) das espécies nativas (...) se tornou de fundamental importância. Dentre os vários fatores a serem estudados, existe (...) a produção de mudas, que é o rompimento da dormência das sementes. A dormência de sementes é um processo caracterizado pelo atraso da germinação, quando as sementes, mesmo em condições favoráveis (umidade, temperatura, luz e oxigênio), não germinam.” Vieira, I. G.; Fernandes, G. D. F. Informativo Sementes IPEF (Adaptado) Disponível em: http://www.ipef.br/tecsementes/dormencia.asp Acesso em nov. 2016. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 73 As sementes são estruturas vegetais que protagonizam aspectos evolutivos das plantas. Com relação às sementes, é correto afirmar: a) As sementes são estruturas de resistência das plantas que contribuíram para a conquista do ambiente terrestre. b) As sementes são estruturas exclusivas de plantas angiospermas, com a função de dispersar a espécie. c) O fruto que envolve a semente participa diretamente da nutrição dos primeiros estágios do desenvolvimento do embrião. d) A parte comestível do pinhão corresponde ao mesocarpo triploide da semente. e) A existência das sementes nas plantas é condicionada pela presença de flores completas. 38. (2016/FAMERP – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) Espinhos são encontrados em certas variedades de limoeiros e acúleos são encontrados nas roseiras. É correto afirmar que, nas plantas, a) os espinhos são anexos epidérmicos e os acúleos são folhas ou ramos modificados e ambos atuam na proteção. b) os espinhos e os acúleos são ramos modificados e atuam na secreção de substâncias. c) os espinhos e os acúleos são anexos epidérmicos e atuam na captação de luz. d) os espinhos e os acúleos são folhas modificadas e atuam na proteção. e) os espinhos são folhas ou ramos modificados e os acúleos são anexos epidérmicos e ambos atuam na proteção. 39. (2015/UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa) Um tipo de caule de plantas comum e conhecido é o tronco, que é aéreo e vertical, com ramificações. No entanto, muitas plantas apresentam caule com adaptações especiais. Em relação às adaptações especiais de caule, assinale o que for correto. 01. O tubérculo é um caule subterrâneo rico em material nutritivo, exemplo: a batata. 02. Cladódio é um caule aéreo modificado com função fotossintetizante e/ou de reserva de água. 04. O caule volúvel é ereto e rígido, possuindo poucas folhas e com espinhos. 08. Rizóforo é um caule cilíndrico em que se observem nitidamente os nós e entrenós, formando os gomos, como ocorre no bambu. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 74 16. Rizoma é um caule aéreo rastejante em que há enraizamento em vários pontos. Se a ligação entre um enraizamento e outro for interrompida, a planta morre. 40. (2015/UNISC – Universidade de Santa Cruz do Sul) Os meristemas primários: procâmbio, meristema fundamental e protoderme originam, respectivamente, os seguintes tecidos vegetais: a) parênquima, colênquima e esclerênquima, periderme, epiderme. b) xilema e floema primários, epiderme, parênquima, colênquima e esclerênquima. c) periderme, xilema e floema secundários, parênquima, colênquima e esclerênquima. d) xilema e floema primários, parênquima, colênquima e esclerênquima, epiderme. e) felogênio, xilema e floema secundários, parênquima, colênquima e esclerênquima. 41. (2015/UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Carlos) Analise o esquema abaixo e assinale a alternativa que completa corretamente os espaços representados por I, II, III e IV. a) Seiva elaborada, colênquima, estômatos, seiva bruta. b) Seiva bruta, floema, elementos crivados, seiva elaborada. c) Água e nutrientes, esclerênquima, cutículas, dióxido de carbono. d) Seiva elaborada, floema secundário, estômatos, minerais e água. 42. (2010/UEM – Universidade Estadual de Maringá- modificada) Identifique o que for correto sobre tecidos e órgãos das plantas. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETALII 75 01. No caule de uma eudicotiledônea de porte arbóreo, o floema secundário ocupa posição mais interna do que o xilema secundário. 02. As folhas das plantas xerófitas, como medida de economia de água, apresentam o tecido denominado de súber com grande espessura. 04. Colênquima é um tecido de sustentação com paredes constituídas de celulose e impregnadas de lignina. 08. Células com paredes finas, citoplasma denso, núcleo volumoso e com grande capacidade de divisão constituem os tecidos meristemáticos. 16. Os elementos férteis das flores são os carpelos (formam os grãos de pólen) e os estames (formam os óvulos). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 76 5. Gabarito 5.1. Gabarito da lista de questões complementares 1. B 2. C 3. D 4. A 5. C 6. E 7. B 8. E 9. C 10. C 11. C 12. A 13. C 14. B 15. B 16. E 17. C 18. D 19. B 20. E 21. A 22. E 23. A 24. C 25. 04 26. B 27. A 28. A 29. B 30. B 31. 33 32. E 33. A 34. D 35. C 36. E 37. A 38. E 39. 03 40. B 41. B 42. 08 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 77 6. Lista de questões resolvidas e comentadas 6.1. Lista de questões complementares 1. (2020/Simulado GERAL do Estratégia Vestibulares) O departamento de qualidade de uma farmácia de manipulação inspecionou amostras de um chá funcional e observou que nos fragmentos da planta havia I) epiderme uniestratificada II) pelos glandulares III) parênquima clorofiliano paliçádico IV) estômatos Podemos concluir que esse chá deve ser constituído por a) caule de uma monocotiledônea. b) folha de uma eudicotiledônea. c) caule de uma eudicotiledônea. d) flor de uma monocotiledônea. e) raiz de uma eudicotiledônea. Comentários: As características observadas são típicas de uma folha, seja mono ou eudicotiledônea. A alternativa correta é a letra B. Gabarito: B 2. (2020/Simulado para Medicina do Estratégia Vestibulares) Analise o gráfico abaixo, que revela que os níveis de AIA (uma auxina) capazes de promover o crescimento adequado de uma planta. Esse crescimento varia nas diferentes partes do vegetal. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 78 Considerando a raiz, é possível dizer que a) verifica-se que ela cresce entre A e D. b) ela não alcança a concentração ótima (100%) para o seu crescimento. c) verifica-se que ela cresce entre A e C. d) a partir do ponto B, a raiz cessa seu crescimento. e) verifica-se que ela cresce entre A e B. Comentários: A raiz cresce entre A e C – a partir do ponto A, qualquer elevação na concentração de AIA eleva a taxa de crescimento da raiz até o ponto B, concentração denominada de ótima para esse órgão. A partir de B, o AIA começa a inibir o crescimento da raiz, até que seu crescimento cessa ao atingir o ponto C. A alternativa correta é a letra C. Gabarito: C 3. (2020/Simulado para Medicina do Estratégia Vestibulares) Na Biologia, damos o nome de Botânica à área que se dedica a estudar a evolução, morfologia, anatomia e fisiologia das plantas. Pensando nisso, analise as seguintes afirmações: I. Parênquimas são tecidos vegetais formados por células vivas cujas principais funções na planta são preenchimento, sustentação e assimilação. II. Uma alta concentração de ácido abscísico na folha causa a síntese de etileno, o que leva à formação da camada de abscisão e à queda dessa folha. III. A difusão através do poro estomático é o processo responsável pela absorção de CO2 e pela perda de vapor d’água que ocorre nas folhas. IV. Na estrutura reprodutiva das angiospermas, o saco embrionário corresponde, embriologicamente, ao óvulo dos mamíferos. Estão corretas as afirmativas a) I, apenas. b) II e III. c) II e IV. d) III, apenas. e) I, III e IV. Comentários: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 79 A afirmativa I está incorreta, pois parênquimas são tecidos vegetais formados por células vivas cujas principais funções na planta são preenchimento, armazenamento (ou reserva) e assimilação. A afirmativa II está incorreta, pois uma baixa concentração de auxina na folha causa a síntese de etileno, o que leva à formação da camada de abscisão e à queda dessa folha. A afirmativa III está correta. A afirmativa IV está incorreta, pois, na estrutura reprodutiva das angiospermas, a oosfera corresponde, embriologicamente, ao óvulo dos mamíferos. Portanto, a alternativa correta é a letra D. Gabarito: D 4. (2020/Provão de Bolsas do Estratégia Vestibulares) Hormônios vegetais, ou fitormônios, são mensageiros químicos capazes de controlar o desenvolvimento, o crescimento, a diferenciação celular, a floração, o amadurecimento dos frutos e outros fenômenos que ocorrem com as plantas. Correlacione nome e função dos hormônios listados. 1. Auxina 2. Giberelina 3. Etileno 4. Ácido abscísico A. Acelera o amadurecimento de frutos e promove a queda das folhas. B. Promove a dormência de gemas apicais e de algumas sementes. C. Estimula o alongamento e a divisão celulares. D. Promove o desenvolvimento das plantas e atua nos movimentos vegetais (tropismos). a) 1D, 2C, 3A, 4B. b) 1C, 2B, 3A, 4D. c) 1D, 2B, 3A, 4C. d) 1B, 2C, 3D, 4A. e) 1A, 2D, 3C, 4B. Comentários: A auxina (1) é o hormônio vegetal relacionado ao (D) desenvolvimento das plantas e aos tropismos que elas executam (geotropismo, fototropismo e tigmotropismo). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 80 A giberelina (2) é o hormônio que se relaciona ao (C) alongamento e divisão celulares. O etileno (3) está relacionado principalmente com o (A) amadurecimento dos frutos, podendo também provocar a queda das folhas. O ácido abscísico (4) é o hormônio relacionado à (B) dormência das gemas apicais e de algumas sementes. Portanto, a alternativa A está certa. Gabarito: A 5. (2020/Provão de Bolsas do Estratégia Vestibulares) Tecidos meristemáticos, ou apenas meristemas, são aqueles que se diferenciam nos tecidos permanentes das plantas. Eles podem ser primários ou secundários. A esse respeito, assinale a alternativa correta. a) A protoderme é um meristema secundário que se diferencia em epiderme. b) O meristema fundamental é um meristema primário que se diferencia em epiderme, parênquima e tecidos condutores. c) O felogênio é um meristema secundário que se diferencia em súber e feloderme. d) O procâmbio é um meristema secundário que se diferencia em xilema e floema secundários. e) O câmbio vascular é um meristema primário que se diferencia em xilema e floema primários. Comentários: A alternativa correta é a letra C. A alternativa A está incorreta, pois a protoderme é um meristema primário que se diferencia em epiderme. A alternativa B está incorreta, pois o meristema fundamental se diferencia nos tecidos fundamentais parênquima, colênquima e esclerênquima. A alternativa D está incorreta, pois o procâmbio é um meristema primário que se diferencia em xilema e floema primários. A alternativa E está incorreta, pois o câmbio vascular é um meristema secundário que se diferencia em xilema e floema secundários. Gabarito: C 6. (2020/Provão de Bolsas do Estratégia Vestibulares) Um fenômeno da fisiologia vegetal que pode acontecer em determinadas condições ambientais é a gutação. Sobre esse processo, assinale a alternativa correta. a) A gutação é um processo de eliminação de água na forma líquida por estruturas presentes nas folhas denominadas estômatos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 81 b) A gutação ocorre devido à pressão negativa da raiz, que força a água e os sais minerais a serem transportadospelo xilema até as folhas. c) A gutação ocorre quando a taxa de transpiração está baixa, assim como a umidade relativa do ar. d) A gutação ocorre devido à pressão negativa da raiz e corresponde ao processo de perda de água na forma líquida por estruturas chamadas de hidatódios. e) A gutação ocorre quando a umidade relativa do ar está alta, o solo está bem irrigado e a taxa de transpiração está baixa. Comentários: A alternativa correta é a letra E. Nessas condições, a quantidade de água nos vasos do xilema fica bastante elevada, o que força a subida da coluna d’agua devido à pressão positiva da raiz e a eliminação de água pelos hidatódios, que são estruturas presentes nas folhas. A alternativa A está incorreta, pois a água é eliminada por estruturas chamadas de hidatódios. A alternativa B está incorreta, pois a gutação ocorre devido à pressão positiva da raiz. A alternativa C está incorreta, pois a gutação ocorre quando a umidade relativa do ar está alta, assim como a umidade do solo, e a transpiração está baixa. A alternativa D está incorreta, pois a gutação ocorre devido à pressão positiva da raiz. Gabarito: E 7. (2020/Provão de Bolsas do Estratégia Vestibulares) Sobre os tecidos vegetais, foram feitas as seguintes afirmações: I. São meristemas primários a protoderme, o parênquima e o procâmbio. II. Os meristemas primários permitem o crescimento da planta em comprimento, enquanto os meristemas secundários, em espessura. III. Os meristemas secundários se formam pela desdiferenciação de células do parênquima. IV. O meristema fundamental forma o parênquima, o esclerênquima e o colênquima, este composto por células lignificadas e mortas. Estão corretas as afirmações a) I e II. b) II e III. c) II e IV. d) I e IV. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 82 e) III e IV. Comentários: I está incorreta, pois o parênquima é um tecido primário, formado pela diferenciação do meristema fundamental, que é um meristema primário (assim como protoderme e procâmbio). II está correta. III está correta. IV está incorreta, pois o esclerênquima é que é formado por células com deposição de lignina e mortas. A alternativa correta é a letra B. Gabarito: B 8. (2019/UNIVAG – Centro Universitário de Várzea Grande) No transporte de substâncias através dos envoltórios celulares, para que ocorra o fluxo de água do solo para a raiz de uma planta, são condições necessárias a) o transporte passivo de minerais através da parede celular e a consequente hipotonicidade das células da raiz em relação ao solo. b) o transporte ativo de minerais pela parede celular e o consequente transporte passivo de água pelas bombas da membrana celular. c) a difusão de minerais através da membrana celular e o consequente transporte ativo de água pelas bombas da membrana celular. d) a difusão de minerais através da parede celular e a consequente hipotonicidade das células da raiz em relação ao solo. e) o transporte ativo de minerais pelas bombas situadas na membrana celular e a consequente hipertonicidade das células da raiz em relação ao solo. Comentários: A alternativa correta é a letra E. No transporte através do citoplasma das células, minerais penetram por transporte ativo, o que gera hipertonicidade das células em relação ao solo, permitindo a entrada de água, por osmose. A alternativa A está incorreta, pois as células ficam hipertônicas. A alternativa B está incorreta, pois a água é transportada por osmose. A alternativa C está incorreta, pois a água é transportada por osmose. E a alternativa D está incorreta, pois as células ficam hipertônicas. Gabarito: E ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 83 9. (2019/PUCCamp – Pontifícia Universidade Católica de Campinas) Nas plantas o crescimento caulinar ocorre na direção da fonte de luz, num movimento denominado fototropismo positivo, resultante da ação de hormônios vegetais. Na figura abaixo a planta foi colocada sob luz unidirecional; o lado A corresponde à porção sombreada do caule e o lado B à iluminada. Nesta planta ocorre acúmulo de a) giberelina no lado A. b) giberelina no lado B. c) auxina no lado A. d) citocina no lado B. e) etileno no lado B. Comentários: A figura nos mostra que o crescimento caulinar está ocorrendo em direção à luz e que o lado A é o lado sombreado. Desse modo, haverá acúmulo de auxina no lado A, o que promoverá o alongamento celular e, portanto, o crescimento do caule em direção ao estímulo luminoso. A alternativa correta é a letra C. Gabarito: C 10. (2019/PUC SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Analise atentamente a tira Armandinho, do ilustrador Alexandre Beck. Fonte: <https://vitorvictor.files.wordpress.com/2015/01/10406951_777138988998076_4479510923998679323_n.png> ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 84 O novo ramo da árvore, que cresce lateralmente no tronco cortado, surgiu porque: a) No caule existem pequenos espaços, as lenticelas, entre as células da periderme, os quais permitem a ocorrência de trocas gasosas e é por onde crescem novos ramos. b) Houve o crescimento de tecidos a partir do periciclo do cilindro vascular, e a estrutura assim originada empurra para fora o córtex e a epiderme. c) A gema lateral saiu do estado de dormência até então imposto pela auxina liberada pelas gemas apicais da planta, removidas com o corte da árvore. d) Houve o crescimento secundário resultante da produção de novos tecidos, por parte do felogênio e do câmbio vascular. Comentários: A alternativa correta é a letra C. O crescimento do novo caule lateralmente ao tronco cortado foi possível graças à ação da auxina, hormônio relacionado ao crescimento do caule. Esse crescimento se dá no ápice caulinar, mas como houve o corte do tronco, esse hormônio pôde atuar sobre as gemas laterais. A alternativa A está incorreta, pois as lenticelas permitem o arejamento do caule, não o crescimento de novos ramos. A alternativa B está incorreta, pois do periciclo partem raízes laterais. E a alternativa D está incorreta, pois o crescimento secundário é o crescimento em espessura do caule ou raiz da planta. Gabarito: C 11. (2019/UNIVAG – Universidade de Vargem Grande) O gráfico ilustra a variação do fotoperíodo ao longo do ano em função de diferentes latitudes. (www.agencia.cnptia.embrapa.br. Adaptado.) Considere as informações: • A planta A é de dia curto e seu fotoperíodo crítico é de 10 horas. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 85 • A planta B é de dia longo e seu fotoperíodo crítico é de 12 horas. • A cidade de Comodoro Rivadavia, na Argentina, está localizada na latitude 45º Sul. • A cidade de São Paulo está localizada próxima à latitude 24º Sul. A partir dessas informações, pode-se afirmar que: a) em Comodoro Rivadavia, as plantas A e B florescem entre setembro e março. b) em Comodoro Rivadavia, a planta B floresce entre março e setembro. c) em Comodoro Rivadavia, a planta A floresce entre maio e julho. d) em São Paulo, a planta A floresce entre setembro e março. e) em São Paulo, a planta B floresce entre maio e julho. Comentários: Se a planta A é de dia curto, então ela necessita de um período de escuro igual ou maior que o fotoperíodo crítico para florescer, ou seja, precisa de 10 a 14 horas de escuro. Se a planta B é de dia longo, então ela precisa de um período de escuro menor que seu fotoperíodo crítico para florescer, ou seja, precisa de menos de 12 horas de escuro. Ambas as cidades estão no Hemisfério Sul, então entre setembro e março temos primavera e verão (dias longos). E entre maio julho temos final do outono e inverno (noites longas). Vamos à análise das alternativas: A alternativaA está incorreta, pois a planta A, de dia curto, não floresce entre setembro e março (dias são longos). A alternativa B está incorreta, pois a planta B, de dia longo, floresce entre setembro e março (dias são longos). A alternativa C está correta. A planta A, de dia curto, floresce entre maio e julho (dias são curtos). A alternativa D está incorreta, pois a planta A, de dia curto, não floresce entre setembro e março (dias são longos). E a alternativa E está incorreta, pois a planta B, de dia longo, não floresce de maio a julho (dias são curtos). Portanto, a única alternativa correta é a letra C. Gabarito: C 12. (2019/FGV – Faculdade Getúlio Vargas) Muitas espécies de ipês florescem nos meses de junho a setembro, período de estiagem, que coincide com a queda das folhas. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 86 O mecanismo de transporte de água e nutrientes minerais até a copa das árvores depende, principalmente, de determinados fatores ambientais que proporcionam a abertura de válvulas foliares. Com base nas informações dadas, é correto afirmar que, durante a floração dos ipês, o transporte de seiva bruta ocorre a) pelos vasos lenhosos, de forma reduzida, durante o dia e a noite, independentemente de o solo estar úmido. b) pelos vasos liberianos, de forma intensa, durante o dia e a noite, independentemente de o solo estar seco. c) pelos vasos lenhosos, de forma intensa, durante a noite, apenas se o solo estiver úmido. d) pelos vasos liberianos, de forma reduzida, durante o dia, apenas se o solo estiver seco. e) pelos vasos lenhosos, de forma intensa, durante o dia, apenas se o solo estiver seco. Comentários: A alternativa correta é a letra A. A seiva bruta é transportada pelos vasos do xilena, também chamados de lenhosos. Esse transporte ocorre independentemente de o solo estar úmido ou não, pois as raízes de ipês são profundas, são plantas típicas do Cerrado, que obtêm água no lençol freático. Sobre o transporte ocorrer de forma reduzida, não concordo totalmente que ela seja tão reduzida durante o dia quanto durante à noite, já que a transpiração pode ser maior quando há luz solar. As alternativas B e D estão incorretas, pois a seiva bruta é transportada por vasos lenhoso, do xilema. A alternativa C está incorreta, pois a seiva bruta não é transportada de maneira mais intensa durante a noite, já que a transpiração é menor. E a alternativa E está incorreta, pois a água não é absorvida apenas se o solo estiver seco. Gabarito: A 13. (2019/UECE - Universidade Estadual do Ceará) O hormônio vegetal volátil responsável pela maturação dos frutos é denominado de a) giberelina. b) citocinina. c) etileno. d) ácido abscísico. Comentários: A alternativa correta é a letra C. O gás etileno é o hormônio vegetal responsável pelo amadurecimento de frutos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 87 Gabarito: C 14. (2019/UniCESUMAR) A absorção de água pelas plantas depende de um gradiente formado pela perda de água na forma de vapor pelas folhas, que proporciona uma força de sucção capaz de fazer com que a água suba até a copa. O processo de transpiração é controlado por anexos epidérmicos com capacidade de abertura e fechamento. Qual é o nome desses anexos epidérmicos? a) Pelos secretores. b) Estômatos. c) Acúleos. d) Tricomas. e) Papilas. Comentários: Os anexos epidérmicos responsáveis pela maior parte da transpiração, que se abrem e se fecham e permitem o fluxo de seiva bruta pela planta são os estômatos. A alternativa correta é a letra B. Gabarito: B 15. (2018/UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro) O processo de dispersão de sementes é encontrado na maioria das espécies vegetais. Uma vantagem evolutiva decorrente desse processo é: a) produção de flores vistosas b) conquista de novos ambientes c) desenvolvimento de frutos secos d) fecundação independente da água Comentários: A alternativa correta é a letra B. Estratégias que permitem a dispersão das sementes são importantes para que seja possível a conquista de novos ambientes. A alternativa A está incorreta, pois flores vistosas são importantes para a atração de animais polinizadores. A alternativa C está incorreta, pois frutos secos não são permitidos pela dispersão de sementes. E a alternativa D está incorreta, pois a fecundação independente da água foi importante para a conquista do ambiente terrestre. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 88 Gabarito: B 16. (2018/UNESP – Universidade Estadual Paulista) Analise as imagens de uma mesma planta sob as mesmas condições de luminosidade e sob condições hídricas distintas. Os estômatos desta planta estão a) abertos na condição 1, pois há intenso bombeamento de íons K+ das células-guarda para as células acessórias, resultando na perda de água e flacidez destas últimas. b) fechados na condição 2, pois há redução na troca de íons K+ entre as células acessórias e as células-guarda, mantendo a turgidez de ambas. c) abertos na condição 2, pois há intenso bombeamento de íons K+ das células-guarda para as células acessórias, resultando na perda de água e flacidez destas últimas. d) fechados na condição 1, pois há intenso bombeamento de íons K+ das células acessórias para o interior das células-guarda, resultando na perda de água e flacidez destas últimas. e) abertos na condição 2, pois há intenso bombeamento de íons K+ das células acessórias para o interior das células-guarda, resultando na turgidez destas últimas. Comentários: Na condição 1 temos uma planta murcha em virtude da escassez de água, que não permite que as células permaneçam túrgidas. Já na condição 2 temos uma planta com células túrgidas, em virtude da adequada condição hídrica. Desse modo, analisando as alternativas, a correta é a letra E. Na condição 2 os estômatos estão abertos, pois há intenso bombeamento de íons K+ das células acessórias para o interior das células-guarda, resultando na turgidez destas últimas. A alternativa A está incorreta, pois na condição 1 os estômatos estão fechados para evitar a transpiração, já que há restrição hídrica. A alternativa B está incorreta, pois na condição 2 os estômatos estão abertos. A alternativa C está incorreta, pois o bombeamento de íons K+ ocorre das células acessórias para as células-guarda, que controlam, assim, a abertura do poro estomático. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 89 E a alternativa D está incorreta, pois o bombeamento de íons K+ resulta em células túrgidas e abertura do poro estomático. Gabarito: E 17. (2018/PUCCamp – Pontifícia Universidade Católica de Campinas) No Brasil, entre os produtos orgânicos mais comercializados estão o tomate, o morango e o café. Nesses vegetais, a) as nervuras das folhas são paralelas. b) as raízes são fasciculadas. c) os feixes condutores são organizados ao redor do cilindro central. d) o processo de polinização ocorre apenas pelo vento. e) o metabolismo fotossintético é do tipo CAM. Comentários: A alternativa correta é a letra C. Essas plantas são eudicotiledôneas. Assim, apresentam feixes vasculares organizados ao redor do cilindro central, diferentemente das monocotiledôneas, que possuem seus feixes condutores espalhados pelo parênquima. A alternativa A está incorreta, pois são frutos de eudicotiledôneas, sendo as nervuras ramificadas. A alternativa B está incorreta, pois são fruto de eudicotiledôneas, com raízes pivotantes. A alternativa D está incorreta, pois a polinização pode ocorrer através de animais. E a alternativa E está incorreta, pois o metabolismo CAM, também chamado de metabolismo ácido das crassuláceas, está presente em algumas suculentas, não nas plantas acima apontadas.Gabarito: C 18. (2018/IFRS – Instituto Federal do Rio Grande do Sul) Analise as afirmativas. I. O tomate é um fruto carnoso. II. A beterraba é um exemplo de raiz tuberosa. III. Os caules de todas as plantas são aéreos. IV. A semente de feijão tem dois cotilédones. Estão corretas apenas a) I e III. b) I e IV. c) II e III. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 90 d) I, II e IV. e) II, III e IV. Comentários: I está correta. o tomate é um fruto carnoso. II está correta. A beterraba é uma raiz tuberosa. III está incorreta, pois existem caules aéreos e subterrâneos. IV está correta. a semente do feijão possui dois cotilédones. É uma eudicotiledônea. Portanto, a alternativa correta é a letra D. Gabarito: D 19. (2018/UDESC – Universidade dos Estudantes de Santa Catarina) “Charles Robert Darwin (1809-1882) chamou de “Abominável Mistério” o surgimento, rápida diversificação e dominância das Angiospermas no registro fóssil. A explicação encontrada por Darwin foi de que a origem das angiospermas teria sido restrita geograficamente com uma rápida expansão. Contudo, ele próprio considerou tal hipótese conjecturalmente pobre. Uma hipótese alternativa foi proposta por Louis Charles Joseph Gaston de Saporta (1823– 1895): um conjunto de eventos evolutivos de interações entre angiospermas e insetos teria um papel central na rápida diversificação das angiospermas no Jurássico. A hipótese de Gaston de Saporta foi confirmada, posteriormente, pela ampliação do conhecimento sobre o registro fóssil e por estudos moleculares. A fantástica diversificação dos insetos e angiospermas atuais deve-se, em grande parte, a um padrão de etapas evolutivas graduais. A evidência geral sugere que, em parte, a evolução conduziu os insetos e as plantas a cobrirem o globo atual”. Texto adaptado de História da Ciência e Ensino – Construindo Interfaces; Valdir Lamim-Guedes; Volume 10, 2014 – pp. 60-69; ISSN: 2178- 2911. Analise as proposições sobre as angiospermas. I. São exemplares vegetais que possuem flores com cálice e corola. II. Possuem ovário e óvulos que originam, respectivamente, o fruto e a semente. III. Possuem vasos condutores, xilema e floema, que se encontram na região do súber. IV. Possuem uma epiderme foliar na qual há grande concentração de cloroplastos. a) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 91 c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. d) Somente as alternativas III e IV são verdadeiras. e) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. Comentários: As afirmações I e II estão corretas. A afirmação III está incorreta, pois os vamos condutores são mais internos e derivados o câmbio vascular. O súber é mais externo, sendo resultante do desenvolvimento e diferenciação o felogênio. A afirmação IV está incorreta, o mesofilo é que apresenta maior concentração de cloroplastos. Portanto, a alternativa correta é a letra B. Gabarito: B 20. (2018/FATEC – Faculdade de Tecnologia) As madeiras continuam sendo, no século XXI, um dos recursos naturais mais explorados pela humanidade. Em decorrência da grande demanda por serviços ofertados por construtoras e mobiliárias, essas empresas buscam certificações que as qualifiquem, no mercado, perante as concorrentes. Para obter certificação internacional, uma empresa precisa demonstrar que os produtos de madeira que comercializa são obtidos de reflorestamentos com plantas nativas. Assim sendo, considere que uma empresa brasileira venda móveis fabricados com a madeira representada na figura, que essa empresa alega ter vindo de um reflorestamento no estado do Tocantins. <https://tinyurl.com/y7objo3f>.Acesso em: 07.11.2017. Original colorido. A comercialização desses móveis a) permitiria que a empresa obtivesse o certificado, já que a madeira apresenta alburno típico do crescimento primário de fanerógamas temperadas, que são nativas do Tocantins. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 92 b) permitiria que a empresa obtivesse o certificado, já que a madeira apresenta alburno típico do crescimento secundário de briófitas temperadas, que são nativas do Tocantins. c) permitiria que a empresa obtivesse o certificado, já que a madeira apresenta anéis típicos do crescimento secundário de briófitas tropicais, que são nativas do Tocantins. d) impediria a empresa de obter o certificado, já que a madeira apresenta alburno típico do crescimento primário de fanerógamas tropicais, que não são nativas do Tocantins. e) impediria a empresa de obter o certificado, já que a madeira apresenta anéis típicos do crescimento secundário de fanerógamas temperadas, que não são nativas do Tocantins. Comentários: A alternativa correta é a letra E. Observando a figura, observamos que essa madeira apresenta anéis de crescimento bastante evidentes, o que é típico de árvores de regiões temperadas, em que há diferenciação visível do xilema primaveril ou inicial do xilema estival ou tardio. Isso demonstraria que essa árvore não é nativa de Tocantins, que apresenta clima tropical. As alternativas A, B e C estão incorretas, pois não permitiria o certificado da empresa. E a alternativa D está incorreta, pois a presenta de xilema espesso é resultado do crescimento secundário. Gabarito: E 21. (2018/UNESP – Universidade Estadual Paulista) Os gráficos apresentam as taxas de respiração e de fotossíntese de uma planta em função da intensidade luminosa a que é submetida. De acordo com os gráficos e os fenômenos que representam, a) no intervalo A-B a planta consome mais matéria orgânica que aquela que sintetiza e, a partir do ponto B, ocorre aumento da biomassa vegetal. b) no intervalo A-C a planta apenas consome as reservas energéticas da semente e, a partir do ponto C, passa a armazenar energia através da fotossíntese. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 93 c) a linha 1 representa a taxa de respiração, enquanto a linha 2 representa a taxa de fotossíntese. d) no intervalo A-C a planta se apresenta em processo de crescimento e, a partir do ponto C, há apenas a manutenção da biomassa vegetal. e) no intervalo A-B a variação na intensidade luminosa afeta as taxas de respiração e de fotossíntese e, a partir do ponto C, essas taxas se mantêm constantes. Comentários: Antes de respondermos a essa questão, vale a pena identificarmos que 1 representa a curva da taxa de fotossíntese, uma vez que aumenta de acordo com a intensidade luminosa (até atingir o platô), e que 2 representa a taxa de respiração da planta, a qual é constante durante todo o dia, independentemente da intensidade luminosa. A alternativa correta é a letra A. No intervalo A-B a planta está abaixo do seu ponto de compensação fótico, ou seja, a planta está consumindo mais matéria orgânica, através da respiração, do que produzindo-a através da fotossíntese. A alternativa B está incorreta, pois a partir de B (acima do ponto de compensação fótico) a planta já passa a armazenar energia. A alternativa C está incorreta, pois, como já dissemos, a linha 1 representa a fotossíntese, enquanto a linha 2 representa a respiração. A alternativa D está incorreta, pois a planta consegue crescer apena a partir do momento em que produz mais energia do que gasta, ou seja, acima do ponto B. E a alternativa E está incorreta, pois a intensidade luminosa não afeta a taxa respiratória em nenhuma condição. Gabarito: A 22. (2018/UCS – Universidade de Caxias do Sul) Além dos produtos da fotossíntese, as plantas também necessitam de diversas outras substâncias para a sua subsistência. Em relação à nutrição das plantas, é correto afirmar quea) as plantas, na falta de nitrogênio no solo, são capazes de absorvê-lo diretamente do ar, visto que ele é um elemento químico abundante na atmosfera. b) a necessidade de gás carbônico para a realização da fotossíntese corresponde à nutrição mineral da planta. c) as plantas necessitam de uma série de micronutrientes, chamados assim pelo seu tamanho molecular pequeno. Um exemplo desses micronutrientes é o nitrogênio. d) a adubação orgânica é uma importante fonte de nutrientes para as plantas; um exemplo é o adubo NPK, muito utilizado na agricultura. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 94 e) a nutrição orgânica corresponde ao fornecimento de glicídios provenientes do processo de fotossíntese. Comentários: A alternativa correta é a letra E. A nutrição orgânica é proveniente da fotossíntese, processo pelo qual são produzidos carboidratos ou glicídios. A alternativa A está incorreta, pois os vegetais não conseguem utilizar nitrogênio diretamente do ar. É necessário que ele esteja presente no solo na forma de sais de nitrogênio. A alternativa B está incorreta, pois a utilização de CO2 não corresponde à nutrição da planta. A alternativa C está incorreta, pois são micronutrientes aqueles necessários em pequenas quantidades; nada tem a ver com o tamanho molecular dele. E a alternativa D está incorreta, pois a adução química corresponde à adubação com sais inorgânicos, sendo um exemplo o NPK (nitrogênio, fósforo e potássio). Gabarito: E 23. (2018/FUVEST – Universidade de São Paulo) Muitas plantas adaptadas a ambientes terrestres secos e com alta intensidade luminosa apresentam folhas a) pequenas com estômatos concentrados na parte inferior, muitos tricomas claros, cutícula impermeável e parênquima aquífero. b) grandes com estômatos concentrados na parte inferior, poucos tricomas claros, cutícula impermeável e parênquima aerífero. c) pequenas com estômatos concentrados na parte superior, ausência de tricomas, cera sobre a epiderme foliar e parênquima aquífero. d) grandes com estômatos igualmente distribuídos em ambas as partes, ausência de tricomas, ausência de cera sobre a epiderme foliar e parênquima aerífero. e) pequenas com estômatos concentrados na parte superior, muitos tricomas claros, cera sobre a epiderme foliar e parênquima aerífero. Comentários: Plantas de ambientes secos e com alta intensidade luminosa apresentam estratégia que reduzem sua perda de água e, além disso, o armazenamento dela. Com relação às folhas, apresentam-nas pequenas (menor superfície) com estômatos concentrados na parte inferior (reduzindo a transpiração), muitos tricomas claros, cutícula impermeável e parênquima aquífero. Portanto, a alternativa correta é a letra A. Gabarito: A ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 95 24. (2018/UNITAU – Universidade de Taubaté) A luz é um fator muito importante para o crescimento e o desenvolvimento das plantas, influenciando diretamente a realização da fotossíntese, a germinação de sementes e a produção de flores. Com relação aos efeitos da luz sobre o desenvolvimento vegetal, assinale a alternativa CORRETA. a) Os efeitos da luz sobre a floração são mediados por um pigmento vegetal chamado clorofila, armazenado no interior de cloroplastos. b) Nas sementes fotoblásticas negativas, a sua germinação é inibida quando elas são colocadas no escuro, ou nas profundezas do solo. c) As plantas de dias curtos florescem ao serem submetidas a um período de escuro igual ou maior do que o fotoperíodo crítico. d) O estiolamento das plântulas, que é a ausência de clorofila e a presença de caule muito longo, é promovido pela luz. e) O fototropismo positivo, que é o movimento da planta em direção à luz, é mediado pelo ácido abscísico, que se acumula no lado menos iluminado da planta. Comentários: A alternativa correta é a letra C. As plantas de dias curtos florescem ao serem submetidas a um período de escuro igual ou maior do que o fotoperíodo crítico. A alternativa A está incorreta, pois o pigmento envolvido com a floração é o fitocromo. A alternativa B está incorreta, pois sementes fotoblásticas negativas têm sua germinação inibida pela luz. A alternativa D está incorreta, pois o estiolamento ocorre na ausência de luz, e a ausência de clorofila e presença de cale longo são características desse fenômeno. E a alternativa E está incorreta, pois o fototropismo é mediado por auxinas, não ácido abscísico. Gabarito: C 25. (2018/UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 96 O fitormônio ácido-indol-acético (AIA) é imprescindível para o crescimento do vegetal. No gráfico, observa-se a variação de crescimento que ocorre na raiz e no caule em relação a esse fitormônio. Com as informações do gráfico e com base nos conhecimentos sobre fitormônio, analise as afirmativas e marque com V as verdadeiras e com F, as falsas. ( ) A raiz se desenvolve primeiro que o caule no início da germinação. ( ) A concentração ótima de AIA para o desenvolvimento da raiz é também ótima para o caule. ( ) A raiz e o caule respondem da mesma maneira quando submetidos à mesma concentração de AIA. ( ) A concentração necessária de AIA para o caule começar a se desenvolver inibe o desenvolvimento da raiz. A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a 01. F V V F 02. F V F V 03. V F V F 04. V F F V 05. V V F F Comentários: A primeira afirmação é verdadeira (V). A segunda afirmação é falsa (F), pois o caule necessita de maior concentração de AIA para se desenvolver. A terceira afirmação é falsa (F), pois, se o caule necessita de maior concentração de AIA para se desenvolver, caule e raiz não respondem da mesma maneira a esse hormônio. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 97 A quarta afirmação é verdadeira (V). A concentração de AIA necessária para o desenvolvimento do caule provoca inibição do crescimento da raiz. Portanto, a alternativa correta é a 04. Gabarito: 04 26. (2018/UFPR – Universidade Federal do Paraná) Considerando a fotossíntese e a respiração celular aeróbica, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) Quando a taxa de fotossíntese é maior que a taxa de respiração celular, há maior disponibilidade de carboidratos para a planta. ( ) Em plantas, a taxa de fotossíntese é sempre superior à taxa de respiração celular aeróbica. ( ) As taxas de fotossíntese e de respiração celular podem se equivaler, de modo que todo o gás carbônico produzido na respiração é utilizado na fotossíntese. ( ) A fotossíntese produz carboidratos, que são utilizados na respiração celular, e a respiração celular transforma os carboidratos em dióxido de carbono, que é utilizado na fotossíntese. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a) F – V – V – F. b) V – F – V – V. c) V – V – F – V. d) F – F – F – V. e) V – F – F – F. Comentários: A primeira afirmação é verdadeira (V). Quando a taxa de fotossíntese é maior que a taxa de respiração celular, há maior disponibilidade de carboidratos para a planta. A segunda afirmação é falsa (F). a taxa fotossintética é variável, enquanto a respiratória é constante. A terceira afirmação é verdadeira (V). As taxas de fotossíntese e de respiração celular podem se equivaler, de modo que todo o gás carbônico produzido na respiração é utilizado na fotossíntese. Esse ponto é chamado de ponto de compensação fótico. A quarta afirmação é verdadeira (V). A fotossíntese produz carboidratos, que são utilizados na respiração celular, e a respiração celular transforma os carboidratos em dióxido de carbono, que é utilizado na fotossíntese.Assim, fotossíntese e respiração são processo antagônicos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 98 Portanto, a alternativa correta é a letra B. Gabarito: B 27. (2018/Universidade Mackenzie) A figura abaixo representa a condução de seiva nas angiospermas. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/biologia/ Acesso em: 25 mar. 2018 É correto afirmar que a) em A estão representados os vasos lenhosos que compõem o xilema. b) em B estão representados os vasos liberianos que conduzem a seiva bruta. c) a seiva elaborada é composta de água, minerais e fitormônios responsáveis pelo crescimento vegetal. d) durante a transpiração, as folhas liberam seiva elaborada na atmosfera. e) em A está representada a condução feita pelo floema e, em B, a condução feita pelo xilema. Comentários: A alternativa correta é a letra A. em A está sendo mostrada a condução e seiva bruta, que ocorrem através dos vasos xilemáticos ou lenhosos. A alternativa B está incorreta, pois em B está sendo mostrada a condução de seiva elaborada através de vasos floemáticos ou liberianos. A alternativa C está incorreta, pois a seiva elaborada é compota por produtos da fotossíntese. A alternativa D está incorreta, pois a transpiração é o processo perda de água na forma de vapor. E a alternativa E está incorreta, pois em A está representada a condução de seiva pelo xilema e em B, pelo floema. Gabarito: A ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 99 28. (2018/FAMERP – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) Analise a ampliação de uma imagem em escala microscópica. (www.microscopy-uk.org.uk) Observa-se na imagem parte do tecido proveniente de uma árvore do grupo angiosperma, contendo duas estruturas em evidência. Em uma árvore adulta, tais estruturas são encontradas a) principalmente nas folhas, e sua função é realizar a transpiração. b) principalmente no caule, e sua função é reter a água. c) principalmente na raiz e no caule, e sua função é secretar hormônios. d) na região pilífera da raiz, e sua função é realizar a absorção de água e sais. e) em toda a árvore, e sua função é realizar as trocas gasosas. Comentários: O que está sendo mostrado na imagem são estômatos, formados por duas células- guarda, que delimitam um poro chamado de ostíolo. Essas estruturas estão relacionadas com a transpiração e ocorrem, principalmente, nas folhas das angiospermas. Portanto, a alternativa correta é a letra A. Gabarito: A 29. (2017/UECE – Universidade Estadual do Ceará) As raízes das angiospermas podem apresentar especializações que permitem classificá-las em diversos tipos. É correto afirmar que as raízes a) escoras apresentam um revestimento chamado velame, uma epiderme multiestratificada. b) respiratórias ou pneumatóforos são adaptadas à realização de trocas gasosas que ocorrem nos pneumatódios. c) tuberosas possuem o apreensório para se fixarem ao hospedeiro e de onde partem finas projeções, os haustórios. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 100 d) sugadoras armazenam reservas nutritivas, principalmente o amido, e por isso apresentam grande diâmetro. Comentários: A alternativa correta é a letra B. raízes pneumatóforos estão presentem em plantas adaptadas a ecossistemas pobres em oxigênio, pois permitem trocas gasosas através de pneumatódios. A alternativa A está incorreta, pois o velame está presente nas raízes de plantas epífitas. A alternativa C está incorreta, pois tuberosas são raízes de reserva. E a alternativa D está incorreta, pois raízes sugadoras estão presentes em plantas parasitas. Gabarito: B 30. (2018/UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre os mecanismos através dos quais água e solutos são transportados dentro da planta. ( ) A água e os sais minerais podem passar entre as paredes celulares ou podem atravessar o citoplasma, nas células do córtex da raiz. ( ) O movimento ascendente da seiva pelo floema ocorre devido à pressão positiva na raiz. ( ) O transporte de água para dentro do xilema ocorre por osmose, já os sais minerais são transportados por processo ativo, no cilindro central. ( ) A tensão provocada pela transpiração é responsável pelo transporte de sacarose. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V – V – F – F. b) V – F – V – F. c) F – F – F – V. d) V – V – F – V. e) F – V – V – F. Comentários: A primeira afirmação é verdadeira (V). A água e os sais minerais podem passar entre as paredes celulares (via apoplástica) ou podem atravessar o citoplasma (via simplástica), nas células do córtex da raiz. A segunda afirmação é falsa (F). O transporte de seiva elaborada, ascendente ou descendente, ocorre por fluxo de em massa, devido à diferença de concentração de solutos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 101 A terceira afirmação é verdadeira (V). O transporte de água para dentro do xilema ocorre por osmose, enquanto os sais minerais são transportados por processo ativo, no cilindro central. A quarta afirmação é falsa (F). A transpiração é responsável pelo transporte de seiva bruta. Portanto, a alternativa correta é a letra B. Gabarito: B 31. (2018/UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina) Na maioria das plantas, a folha é o principal órgão fotossintético. As estruturas histológicas de uma folha vegetal são mostradas esquematicamente na figura abaixo. FAVARETTO, J. A. Biologia unidade e diversidade, 2º ano. 1. ed. São Paulo: FTD, 2016, p. 243. Sobre as estruturas foliares, é correto afirmar que: 01. as plantas xerófitas podem apresentar a epiderme com várias camadas de células. 02. a cutícula facilita a troca gasosa entre a epiderme e o ar atmosférico. 04. a epiderme superior, por receber diretamente a luz do sol, possui maior quantidade de cloroplasto em relação aos outros tecidos. 08. em todas as estruturas histológicas de uma folha ocorre fotossíntese. 16. os estômatos selecionam o CO2, que é utilizado na fotossíntese, e o N2, que é utilizado na formação das proteínas e dos ácidos nucleicos. 32. a folha é um órgão formado por vários tecidos vegetais. 64. as folhas como a representada no esquema são encontradas nas Briófitas, nas Pteridófitas, nas Gimnospermas e nas Angiospermas. Comentários: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 102 01 está correta. Plantas xerófitas podem apresentam epiderme estratificada, o que reduz a perda de água. 02 está incorreta, pois nessas plantas as trocas gasosas são dificultadas. 04 está incorreta, pois o parênquima é o tecido que possui maior quantidade de cloroplastos. 08 está incorreta, pois nos vasos xilemáticos, por exemplo, não ocorre fotossíntese. 16 está incorreta, pois os estômatos não selecionam CO2, eles se abrem ou se fecham em virtude da disponibilidade de água, luz e gás carbônico. 32 está correta. A folha é constituída por vários tecidos vegetais. 64 está incorreta, pois briófitas são apresentam folhas. Portanto, a soma das alternativas correta é 33 (01 + 32). Gabarito: 33 32. (2017/FGV – Faculdade Getúlio Vargas) A fotografia mostra o corte transversal de uma raiz. (www.ebah.com.br. Adaptado) A absorção de __________ do solo através do pelo radicular ocorre por __________, atingindo o xilema primário, tecido responsável pela condução do que foi absorvido até a porção superior dos vegetais. A principal força ascendente de condução é promovida pela __________. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto. a) seiva bruta … transporte ativo … capilaridade b) íons minerais… transporte passivo … pressão osmótica c) seiva elaborada … difusão facilitada … gutação ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 103 d) moléculas orgânicas … difusão simples … abertura estomática e) água … osmose … transpiração foliar Comentários: A frase pode ser corretamente preenchida da seguinte maneira: A absorção de água do solo através do pelo radicular ocorre por osmose, atingindo o xilema primário, tecido responsável pela condução do que foi absorvido até a porção superior dos vegetais. A principal força ascendente de condução é promovida pela transpiração foliar. A alternativa correta é a letra E. A alternativa A está incorreta, pois a seiva bruta é compota por água e sais minerais, e a água não é transportada por transporte ativo. A alternativa B está incorreta, pois a pressão osmótica não é o que permite que a água seja conduzida de maneira ascendente. E as alternativas C e D estão incorretas, pois moléculas orgânicas, bem como seiva elabora, não são absorvidas na raiz, mas produzidas na fotossíntese. Gabarito: E 33. (2017/UNESP – Universidade Estadual Paulista) A figura mostra duas propriedades da molécula de água, fundamentadas na polaridade da molécula e na ocorrência de pontes de hidrogênio. Essas duas propriedades da molécula de água são essenciais para o fluxo de a) seiva bruta no interior dos vasos xilemáticos em plantas. b) sangue nos vasos do sistema circulatório fechado em animais. c) água no interior do intestino delgado de animais. d) urina no interior da uretra durante a micção dos animais. e) seiva elaborada no interior dos vasos floemáticos em plantas. Comentários: A alternativa correta é a letra A. A seiva bruta de plantas é aquela composta por água e sais minerais, sendo absorvida do solo através das raízes. Tal seiva deve ser conduzida das raízes ao restante da planta, especialmente aos locais onde ocorre a fotossíntese, processo ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 104 que necessita de água para acontecer. Essa condução, que é realizada no interior de vasos chamado de xilemáticos, ocorre contra a força da gravidade, uma vez que parte de partes baixas em direção a partes altas da planta, sendo possível graças a uma propriedade da água denominada capilaridade. Esse fenômeno ocorre devido à adesão de moléculas de água a superfícies polares, como vidros e o vaso condutor de seiva (parede celular de celulose é polar), sendo o responsável pelo deslocamento da água das raízes para as folhas. Tanto o fluxo de sangue no interior se vasos quanto o fluxo de água no interior do intestino e de urina no interior da uretra ocorrem através de movimentos da musculatura lisa destes órgãos ou tecidos, não dependendo do fenômeno da capilaridade. Dessa forma, as alternativas B, C e D estão incorretas. E a alternativa E está incorreta, pois o transporte de seiva elaborada (composta pelos produtos da fotossíntese, como água e glicose) não depende da capilaridade. Ela é produzida nas partes altas da planta, como nas folhas (onde ocorre a fotossíntese), e é transportada dentro de vasos, chamados de floemáticos, desses locais até outras partes, inclusive as raízes, por fluxo de massa. No caso do transporte para as raízes, ele ocorre a favor da força da gravidade. Gabarito: A 34. (2017/UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados) Sobre as características dos tecidos vegetais: I. São caracterizados por terem células de paredes finas, citoplasma abundante, núcleos grandes, vacúolos pequenos ou ausentes. As células desse tecido encontram- se, frequentemente, em divisão celular. II. Camada de revestimento da planta. Geralmente possui somente uma camada de células, mas pode apresentar mais de uma. As principais funções são: proteção mecânica, trocas gasosas e reserva de água. III. É um tecido vivo e possui células com paredes muito espessas. Tem função de sustentação de órgãos em crescimento ou de órgãos maduros de plantas herbáceas. As células que o constituem variam em comprimento mas geralmente são alongadas e lembram fibras. IV. Tem como principal função a de suporte mecânico. É um tecido morto e suas células têm parede espessas e lignificadas. V. É destinado, principalmente ao transporte de água e sais minerais. VI. Tecido responsável pela condução de substâncias orgânicas. Assinale a alternativa que corresponde à sequência que nomeia corretamente os tecidos vegetais descritos acima. a) Meristemas, cutícula, colênquima, esclerênquima, xilema, floema. b) Meristemas, epiderme, esclerênquima, colênquima, floema, xilema. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 105 c) Epiderme, meristemas, esclerênquima, colênquima, xilema, floema. d) Meristemas, epiderme, colênquima, esclerênquima, xilema, floema. e) Meristema, epiderme, colênquima, esclerênquima, floema, xilema. Comentários: I caracteriza células meristemáticas. II caracteriza a epiderme. III caracteriza o colênquima. IV caracteriza o esclerênquima. V caracteriza o xilema. VI caracteriza o floema. A alternativa que contém as correspondências corretas é a letra D. Gabarito: D 35. (2017/UNIFOR - Universidade de Fortaleza) Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-cMqbMxXg2ps/TrBudyhr6RI/AAAAAAAAI30/79kzXRfWJw8/s1600/sequoia-gigante.jpg Foram necessários mais de 200 anos para que os biologistas vegetais explicassem satisfatoriamente o transporte da água em plantas. Tanto nos girassóis quanto nas gimnospermas mais altas, como a sequoia da costa (Sequoia sempervirens; figura acima), com seus mais de 110 metros de altura, a água é eficazmente transportada. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 106 Considerando os mecanismos envolvidos no transporte de água e íons minerais nos vegetais, analise as afirmações a seguir: I. O transporte do xilema é possível pelo bombeamento ativo, com gasto de energia, realizado pelas células vivas do caule, que empurram a seiva para cima. II. O movimento da seiva é causado principalmente pelas raízes, no qual seus tecidos que exercem uma pressão (‘pressão de raiz’) que capta a água do solo e forçam a ascensão do líquido no xilema. III. A transpiração – perda de vapor d’água nas folhas via estômatos – é o evento- chave para que ocorra o transporte de água no xilema. IV. Ao invés de empurrar, as folhas puxam a seiva do xilema para cima auxiliadas pelas forças de tensão e de coesão da água. Está correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. Comentários: I está incorreta, pois a subida da seiva bruta ocorre pelo fenômeno da capilaridade, provocado pela tensão-coesão e promovido pela transpiração. II está incorreta, pois o movimento da seiva bruta ocorre pela pressão negativa da raiz, sendo impulsionada pela transpiração foliar. III está correta. IV está correta. A tensão-coesão promove a subida da seiva bruta contra a gravidade por capilaridade. Portanto, a alternativa correta é a letra C. Gabarito: C 36. (2017/UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná) Durante uma aula de Botânica, a fim de destacar a importância de vários produtos de origem vegetal, um professor de Biologia ressaltou que: - do caule tuberoso da batata retiram-se vários produtos importantes para a alimentação, ricos principalmente em AMIDO; ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 107 - dos caules de árvores como mogno, cedro, peroba, jacarandá, pinho, imbuia, ipê etc., retira-se uma grande variedade de MADEIRAS; - do caule do sobreiro é extraída a grossa camada externa, conhecida como CORTIÇA; - do caule da coroa-de-Cristo pode ser extraído o LÁTEX, o qual apresenta potencialefeito moluscicida. Os produtos acima mencionados pelo professor e destacados no texto – AMIDO, MADEIRAS, CORTIÇA e LÁTEX – estão associados a diferentes tipos de tecidos vegetais, respectivamente: a) tecido suberoso; vasos lenhosos; tecido secretor; parênquima de reserva. b) tecido de sustentação; parênquima de reserva; vasos lenhosos; tecido suberoso. c) tecido secretor; parênquima de reserva; vasos lenhosos; tecido suberoso. d) parênquima de reserva; tecido suberoso; vasos lenhosos; tecido secretor. e) parênquima de reserva; vasos lenhosos; tecido suberoso; tecido secretor. Comentários: O amido é armazenado no parênquima de reserva. A madeira corresponde aos vasos xilemáticos ou lenhosos. A cortiça corresponde ao tecido suberoso da casca. E o látex é um produto de secreção, produzido por tecido secretor. A alternativa que apresenta essas correspondências é a letra E. Gabarito: E 37. (2017/UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso) MÉTODOS DE QUEBRA DE DORMÊNCIA DE SEMENTES Frente à necessidade urgente da reposição da vegetação nativa ou recuperação de áreas desmatadas, a compreensão da biologia reprodutiva (...) das espécies nativas (...) se tornou de fundamental importância. Dentre os vários fatores a serem estudados, existe (...) a produção de mudas, que é o rompimento da dormência das sementes. A dormência de sementes é um processo caracterizado pelo atraso da germinação, quando as sementes, mesmo em condições favoráveis (umidade, temperatura, luz e oxigênio), não germinam.” Vieira, I. G.; Fernandes, G. D. F. Informativo Sementes IPEF (Adaptado) Disponível em: http://www.ipef.br/tecsementes/dormencia.asp Acesso em nov. 2016. As sementes são estruturas vegetais que protagonizam aspectos evolutivos das plantas. Com relação às sementes, é correto afirmar: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 108 a) As sementes são estruturas de resistência das plantas que contribuíram para a conquista do ambiente terrestre. b) As sementes são estruturas exclusivas de plantas angiospermas, com a função de dispersar a espécie. c) O fruto que envolve a semente participa diretamente da nutrição dos primeiros estágios do desenvolvimento do embrião. d) A parte comestível do pinhão corresponde ao mesocarpo triploide da semente. e) A existência das sementes nas plantas é condicionada pela presença de flores completas. Comentários: A alternativa correta é a letra A. As sementes são estruturas de resistência das plantas, que contribuíram para a conquista do ambiente terrestre, uma vez que permitiram a proteção e a nutrição do embrião. A alternativa B está incorreta, pois gimnospermas também possuem sementes. A alternativa C está incorreta, pois é o endosperma que participa da nutrição dos primeiros estágios do desenvolvimento do embrião. A alternativa D está incorreta, pois a parte comestível do pinhão, semente da araucária, corresponde ao endosperma da semente, que é um tecido triploide. E a alternativa E está incorreta, pois gimnospermas não possuem flores e são espermatófitas, isto é, produzem sementes. Gabarito: A 38. (2016/FAMERP – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) Espinhos são encontrados em certas variedades de limoeiros e acúleos são encontrados nas roseiras. É correto afirmar que, nas plantas, a) os espinhos são anexos epidérmicos e os acúleos são folhas ou ramos modificados e ambos atuam na proteção. b) os espinhos e os acúleos são ramos modificados e atuam na secreção de substâncias. c) os espinhos e os acúleos são anexos epidérmicos e atuam na captação de luz. d) os espinhos e os acúleos são folhas modificadas e atuam na proteção. e) os espinhos são folhas ou ramos modificados e os acúleos são anexos epidérmicos e ambos atuam na proteção. Comentários: Espinhos e acúleos são estruturas com origens distintas, porém ambos atuam na proteção. Enquanto os espinhos são folhas modificadas, os acúleos são anexos epidérmicos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 109 Portanto, a alternativa correta é a letra E. Gabarito: E 39. (2015/UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa) Um tipo de caule de plantas comum e conhecido é o tronco, que é aéreo e vertical, com ramificações. No entanto, muitas plantas apresentam caule com adaptações especiais. Em relação às adaptações especiais de caule, assinale o que for correto. 01. O tubérculo é um caule subterrâneo rico em material nutritivo, exemplo: a batata. 02. Cladódio é um caule aéreo modificado com função fotossintetizante e/ou de reserva de água. 04. O caule volúvel é ereto e rígido, possuindo poucas folhas e com espinhos. 08. Rizóforo é um caule cilíndrico em que se observem nitidamente os nós e entrenós, formando os gomos, como ocorre no bambu. 16. Rizoma é um caule aéreo rastejante em que há enraizamento em vários pontos. Se a ligação entre um enraizamento e outro for interrompida, a planta morre. Comentários: 01 está correta. Tubérculo é um caule subterrâneo rico em material nutritivo, sendo um exemplo a batata. 02 está correta. Cladódio é um caule aéreo modificado com função fotossintetizante e/ou de reserva de água, como o encontrado em cactos. 04 está incorreta, pois caule volúvel é um caule aéreo e que não é capaz de sustentar suas folhas, como o que ocorrer nas trepadeiras. 08 está incorreta, pois rizóforo é um caule que cresce em direção ao solo e que auxilia na sustentação da planta. 16 está incorreta, pois rizoma é um caule subterrâneo que se desenvolve paralelamente ao solo, como o que ocorre na bananeira. O que está descrito na afirmação diz respeito ao caule rastejante, porém este não morre quando o enraizamento é interrompido, mas se transforma em uma nova planta. Portanto, a soma das alternativas corretas é 03 (01 + 02). Gabarito: 03 40. (2015/UNISC – Universidade de Santa Cruz do Sul) Os meristemas primários: procâmbio, meristema fundamental e protoderme originam, respectivamente, os seguintes tecidos vegetais: a) parênquima, colênquima e esclerênquima, periderme, epiderme. b) xilema e floema primários, epiderme, parênquima, colênquima e esclerênquima. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 110 c) periderme, xilema e floema secundários, parênquima, colênquima e esclerênquima. d) xilema e floema primários, parênquima, colênquima e esclerênquima, epiderme. e) felogênio, xilema e floema secundários, parênquima, colênquima e esclerênquima. Comentários: O procâmbio dá origem ao floema e ao xilema primários. O meristema fundamental dá origem ao parênquima, ao colênquima e ao esclerênquima. A protoderme dá origem à epiderme. Portanto, a alternativa correta é a letra D. Gabarito: D 41. (2015/UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Carlos) Analise o esquema abaixo e assinale a alternativa que completa corretamente os espaços representados por I, II, III e IV. a) Seiva elaborada, colênquima, estômatos, seiva bruta. b) Seiva bruta, floema, elementos crivados, seiva elaborada. c) Água e nutrientes, esclerênquima, cutículas, dióxido de carbono. d) Seiva elaborada, floema secundário, estômatos, minerais e água. Comentários: I: xilema conduz seiva bruta II: floema III: floema apresenta elementos de tubos crivados IV: floema conduz seiva elaborada ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 111 A alternativa correta é a letra B. Gabarito: B 42. (2010/UEM – Universidade Estadual de Maringá- modificada) Identifique o que for correto sobre tecidos e órgãos das plantas. 01. No caule de uma eudicotiledônea de porte arbóreo, o floema secundário ocupa posição mais interna do que o xilema secundário. 02. As folhas das plantas xerófitas, como medida de economia de água, apresentam o tecidodenominado de súber com grande espessura. 04. Colênquima é um tecido de sustentação com paredes constituídas de celulose e impregnadas de lignina. 08. Células com paredes finas, citoplasma denso, núcleo volumoso e com grande capacidade de divisão constituem os tecidos meristemáticos. 16. Os elementos férteis das flores são os carpelos (formam os grãos de pólen) e os estames (formam os óvulos). Comentários: 01 está incorreta, pois o xilema ou lenho é mais interno que o floema ou líber. 02 está incorreta, pois plantas xerófitas apresentam caule capaz de armazenar água, como cactos. 04 está incorreta, pois o esclerênquima possui células com parede celular com deposição de lignina. O colênquima é composto por células vivas, com parede celular espessas, devido à grande quantidade de celulose. 08 está correta. as características apresentadas estão presentes em células meristemáticas. 16 está incorreta, pois os carpelos formas óvulos e os estames formam os grãos de pólen. Portanto, a única alternativa correta é a letra 08. Gabarito: 08 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 112 7. Resumindo Nesta aula, vimos diversos aspectos do maior grupo de plantas, as angiospermas. Falamos sobre a histologia dos seus órgãos, a morfologia de cada um deles, além das adaptações que apresentam. E por fim, discutimos diversos mecanismos da fisiologia vegetal. Diante de tudo isso, vale a pena fazermos um resumão dos principais pontos estudados e relembramos outros principais pontos sobre o ciclo de vida e características de angiospermas. Características de angiospermas •Plantas embriófitas, vasculares, fanerógamas e espermatófitas •Apresentam flores e frutos, dupla fecundação e endosperma triploide •Flores são compostas por verticilos florais: sépalas, pétalas, carpelos e estames •Flores monoicas possuem estruturas reprodutivas dos dois sexos, e flores dioicas apresentam apenas estrutura de um sexo •Estames: produzem grãos de pólen (gametófito imaturo) •Carpelos: possuem ovários, que produzem óvulos (origina o gametófito feminino) •Polinização: processo germinação do grão de pólen no estigma da flor; realizada com o auxílio de elementos bióticos ou abióticos, que realizam o transporte dos grãos de pólen •Angiospermas são classificadas em monocotiledôneas e eudicotiledôneas, baseado no número de cotilédones na semente (1 ou 2) •Fecundação dupla: 1) um núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto (2n); 2) o outro núcleo espermático se une a dois núcleos polares, formando o endosperma (3n) •Semente resulta do desenvolvimento do óvulo fecundado, e fruto resulta do desenvolvimento da parede do ovário Histologia das angiospermas •Tecidos vegetais podem ser meristemáticos (embrionários) ou permanentes •Meristemas primários: promovem o crescimento da planta em comprimento; são a protoderme, o meristema fundamental e o procâmbio, que originam a epiderme, os tecidos fundamentais e o floema e o xilema primários, respectivamente •Meristemas secundários: promovem o crescimento da planta em espessura; são o felogênio e o câmbio vascular, que originam a periderme e o floema e o xilema secundários, respectivamente •Meristemas secundários ocorrem apenas nas eudicotiledôneas (e gimnospermas) •Tecidos permanentes: revestimento, sustentação, preenchimento e condução •Revestimento: epiderme e periderme (súber e feloderme) •Sustentação: colênquima e esclerênquima •Preenchimento: parênquima medular, clorofiliano, aquífero, aerífero e amilífero •Vascular: floema e xilema •Floema ou líber: condução de seiva elaborada, água e produtos da fotossíntese, além de minerais e hormônios •Xilema ou lenho: condução de seiva bruta, água e sais minerais, das raízes até as partes altas da planta ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 113 Morfologia das angiospermas •Raiz: fixação ao substrato, absorção de água e sais minerais, além de armazenamento de reserva, em alguns casos •Zonas da raiz: meristemática, de alongamento ou lisa, pilífera (pelos absorventes) e ramificação •Tipos de sistema radicular: fasciculado (monocotiledôneas) e pivotante ou axial (eudicotiledôneas) •Tipos de raízes: escoras, tabulares, estranguladoras, sugadoras, respiratórias (pneumatóforos), de reserva, aquáticas •Caule: suporte das folhas, transporte de substâncias entre raízes e folhas •Organização do caule: gemas apicais, gemais laterais, nós e entrenós •Tipos de caule: tronco, haste, colmo e estipe •Adaptações de caules: tubérculos, rizomas, bulbo, rastejantes, cladódios, aquáticos e rizóforos •Folhas: principais órgãos fotossintetizantes •Composição das folhas: limbo ou lâmina foliar, pecíolo, estípulas e bainha •Quanto às nervuras, as folhas podem ser paralelinérveas (monocotiledôneas) ou peninérveas (eudicotiledôneas) •Adaptações de folhas: gavinhas, espinhos e brácteas •Frutos: constituídos por pericarpo (fruto propriamente dito) e semente •Tipos de frutos: carnosos (bagas ou drupas) e secos (deiscentes ou indeiscentes) •Pseudofrutos: resultam do desenvolvimento do ovário e mais alguma outra parte da flor (não verdadeiros) •Fruto partenocárpico: resulta do desenvolvimento do ovário sem que tenha havido fecundação (frutos sem sementes) Fisiologia vegetal •Absorção: água e sais minerais são absorvidos nas raízes, na zona pilífera, por via simplástica ou apoplástica •Condução de seiva bruta: hipótese da tensão-coesão; subida da seiva pelos vasos xilemáticos ocorre principalmente por pressão negativa da raiz, criada pelo processo de transpiração nas folhas •Condução de seiva elaborada: ocorre em vasos floemáticos por translocação (hipótese do fluxo em massa) •Transpiração: processo de perda de água na forma de vapor para o ambiente; ocorre através da abertura dos estômatos (e por meio da cutícula também); •Fatores que influenciam na abertura e fechamento dos estômatos: umidade, calor, intensidade luminosa e concentração de gás carbônico na folha • Respiração versus fotossíntese: processos antagônicos fundamentais para a sbrevivência do vegetal •Hormônios vegetais: auxinas, etileno, ácido abscísico, giberelinas e citocininas •Etileno: maturação de frutos e abscisão foliar •Ácido abscísico: fechamos de estômatos e germinação de sementes •Auxinas: crescimento do caule; sua atuação influencia os tropismos •Fototropismo: resposta da planta à luz; fotoblástica positiva (na direção da luz) ou fotoblástica negativa (na direção oposta à luz) •Geotropismo: resposta da planta à gravidade; geotropismo positivo (a favor da gravidade) e geotropismo negativo (contra a gravidade) •Efeitos da luz no desenvolvimento de plantas: germinação das sementes, estiolamento do caule e floração •Floração: plantas de dias curtos, de dias longos e neutras; fotoperíodo escuro que influencia na floração ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 114 8. Considerações Finais Vestibulando (a), Esta foi a aula de Biologia Vegetal II, uma aula de grande importância, pois nela discutimos diversas características e mecanismos dos vegetais que apresentam a maior biodiversidade do planeta, as angiospermas. Como você pôde notar na lista de exercícios, esse conteúdo tem grande recorrência nas provas. Nela, você pode treinar com uma grande quantidade e variedade de questões, sobre os mais variados assuntos dentro desse grande tema. Sei que foram muitos os aspectos discutidos, porém todos eles interligados e complementares, nos dando uma noção sólida dos processos encontrados na maioria das plantas. Assim, não hesite em fazer os exercícios e esquemas que ajudem você a se lembrar das principais características morfológicas, histológicas e fisiológicas encontrados nos vegetais. Na próxima aula daremos início aos estudos dos grupos e das características de animais. Então, prepare-se, pois ainda vem muita teoria e exercíciospor aí! Tudo focado na sua aprendizagem e aprovação! E lembre-se, estou aqui para sanar toda e qualquer questão que, porventura, não tenha ficado clara. Venha me procurar no nosso Fórum de Dúvidas. Conte comigo, eu estou a sua disposição! Abraço, Professora Carol Negrin. PS: Eu também estou nas redes sociais. Ou você achou que eu ficaria fora dessa? @carolnegrin https://t.me/carolnegrin /profcarolnegrin ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 14 – BIOLOGIA VEGETAL II 115 9. Referências Bibliografia: Alberts, B; Johnson, A; Lewis, J; Morgan, D; Raff, M; Roberts, K; Walter, P. Biologia Molecular da Célula. 6 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2017. Amabis, JM; Martho, GR. Biologia das células. 2 ed. Vol. 1. São Paulo: Editora Moderna, 2004. Carvalho, HF; Recco-Pimentel, SM. A Célula. 3 ed. Barueri - SP: Manole Editora, 2013. Lopes, S; Rosso, S. Conecte Bio. Volume único. 1 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Moore, KL; Persaud, TVN. Embriologia Clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2008. Ogo, M; Godoy, L. #Contato Biologia, 1º ano. 1 ed. São Paulo: Quinteto Editorial, 2016. Paulino, WR. Biologia. Volume único. 8 ed. São Paulo: Editora Ática, 2002. Reece, JB; Urry, LA, Kain, ML, Wasserman, AS; Ninorsky, PV; Jackson, RB. Biologia de Campbell. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. Sadler, TW. Langman embriologia médica. 13 ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2016. Referências das figuras de sites: Figuras: disponíveis em Shutterstock. Acesso em 26 de setembro de 2019. 10. Versões das aulas Caro aluno! Para garantir que o curso esteja atualizado, sempre que alguma mudança no conteúdo for necessária, uma nova versão da aula será disponibilizada. 08/04/2022: Primeira versão.