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1 Aula pós graduação

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Objetivo da Aula:
Analisar quais são os desafios das sociedades na atualidade e globalmente a partir de perspectivas econômicas, sociais e ambientais. Entender de que maneira o Brasil é impactado por tais desafios e como os tem enfrentado.
Conceitos Abordados:
Sociologia, Política, Economia, Meio Ambiente, Globalização.
Fundamentação Teórica
Quando esta aula é elaborada para você, vivemos uma época histórica marcante e atípica - não no bom sentido. Enfrentamos um duro 2020, que ficará para sempre lembrado como o ano da pandemia do novo coronavírus. Entramos em 2021, a pandemia continua e temos pela frente o maior desafio social, econômico e sanitário dos últimos cem anos no mundo. Assim como a gripe espanhola, que matou entre 50 e 100 milhões de pessoas entre 1918 e 1920, a doença Covid-19 já tirou o mesmo número de vidas em meses.
O que isso tem a ver com ESG, a sigla para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança)?
Tudo.
A pandemia fez emergir novos valores de forma acelerada. E o ESG se tornou parte de um novo paradigma, postura e caminho que quem não se adaptar ficará definitivamente para trás. ESG é a métrica que investidores estão usando para medir as boas práticas das empresas e de seus países, um critério que permite saber se haverá um futuro com desempenho promissor a partir das ações no presente.
Mas vamos antes olhar novamente para o passado em busca de compreensão sobre os impactos econômicos (como consequência também sociais). Algumas das lições da gripe espanhola são muito válidas para a atualidade. Por exemplo, as cidades que se anteciparam na adoção de medidas de distanciamento social e foram mais rígidas em sua aplicação cresceram mais rápido quando aquela pandemia passou. No caso das chamadas “intervenções não farmacológicas”, como fechamento de locais de reuniões públicas, uso de máscaras, a colocação em quarentena de casos suspeitos e a restrição de horários de funcionamento para os mais variados negócios e estabelecimentos, não apenas reduziram a mortalidade como mitigar as consequências econômicas adversas do período.
Essas conclusões são dos pesquisadores Sérgio Correia, Stephan Luck e Emil Verner, os dois primeiros do Federal Reserve dos Estados Unidos e o terceiro do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), também nos Estados Unidos. Estão publicadas no estudo Pandemics depress the economy, public health interventions do not: evidence from the 1918 flu (Pandemias deprimem a economia, intervenções de saúde pública, não: evidências da gripe de 1918).
A experiência sugere que as cidades que adotaram maiores medidas de distanciamento social acabaram por crescer mais a médio prazo. E isso apesar da pandemia de gripe espanhola acontecer em um momento de economia mundial muito fragilizada com a Primeira Guerra Mundial (que estava no final, mas ainda ocorria). Os exemplos dos pesquisadores mostram que medidas daquela época e também preconizadas hoje funcionam. Para a saúde e para a economia. Logo, para mitigar impactos sociais como endividamento das famílias, desemprego, pobreza, fome.
Por outro lado, a gripe espanhola provocou uma redução média de 18% na produção industrial da época. E as regiões mais expostas, que não consideraram como deveriam as restrições para conter as contaminações, também registraram um maior volume de falências de empresas e famílias. Segundo os autores dos estudos:
Esse padrão é consistente com a ideia de que as pandemias deprimem a atividade econômica por meio de reduções tanto na oferta como na distribuição de demanda. E, importante, as quedas na produção são persistentes: as áreas mais afetadas permaneceram deprimidas em relação às menos expostas até 1923.
Correia, Sergio; Luck, Stephan; Verner, Emil. Pandemics Depress the Economy, Public Health Interventions Do Not: Evidence from the 1918 Flu (June 5, 2020).
Uma questão importante é que cem anos atrás não havia tanta interconexão entre as economias mundiais. Hoje, a economia é globalizada, com cadeias de suprimentos transnacionais, uma influência sem igual das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) e da conectividade permitida pela internet. Isso significa que sabemos muito rápido, em tempo real, como tal empresa ou tal país está se comportando em um cenário de emergência como o de uma pandemia. Significa também que ao não demonstrar uma responsabilidade coletiva, uma organização pode sofrer retaliações no mercado.
ESG é sobre apostar as fichas em quem já entendeu que neste planeta dependemos uns dos outros para prosperar e, para viver com dignidade real para todos, não deixando ninguém para trás.
Videoaula
Contextualização
Os impactos devastadores das mudanças climáticas são inegáveis. Todos os eventos relacionados à natureza estão cada vez mais devastadores. Enchentes, secas, chuvas, tsunamis, terremotos, furacões, incêndios, derretimento das calotas polares, praias e ilhas desaparecendo. Sim, tudo isso sempre existiu. Mas não com a violência e a velocidade dos tempos atuais, matando e destruindo de diferentes maneiras os cotidianos das pessoas, das empresas, das nações. Pense em um temporal de dez minutos e quão arrasadas ficam tantas cidades brasileiras no verão.
 
https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2021/02/20/acre-ja-tem-quase-130-mil-pessoas-atingidas-pela-cheia-de-rios-na-capital-e-no-interior-do-estado.ghtml
Em novembro de 2013, as Filipinas enfrentaram um dos tufões mais assustadores da história. Na mesma época, ocorreu a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP19) em Varsóvia, na Polônia. Na abertura, Yeb Sano, então chefe da delegação das Filipinas, anunciou que faria uma greve de fome. Ele foi às lágrimas ao falar sobre o drama vivenciado pelo país que há poucos dias fora então atingido pela passagem do tufão Haiyan, resultando em mais de 10 mil mortes. Na ocasião, disse em seu discurso:
Passaram-se apenas 11 meses desde Doha (cidade no Catar onde ocorreu a conferência anterior), quando minha delegação apelou para que o mundo abrisse os olhos para a dura realidade que enfrentamos, visto que, então, estávamos também diante de uma tempestade catastrófica que resultou na calamidade mais cara da história das Filipinas. Menos de um ano, porém, não podíamos imaginar que um desastre muito maior viria (...) Para quem continua a negar a realidade que é a mudança climática, eu desafio a sair de sua torre de marfim e ficar longe do conforto da sua poltrona. Eu desafio a ir às ilhas do Pacífico, do Caribe e do Oceano Índico e ver os impactos da elevação do nível do mar. Para as regiões montanhosas do Himalaia, e os Andes, e ver as comunidades enfrentarem inundações por degelo. No Ártico, onde as comunidades tentam lidar com a rápida diminuição da calota polar. Se isso não for suficiente, você pode fazer uma visita às Filipinas neste momento (...) É a 19ª COP, mas poderíamos muito bem parar de contar, porque o meu país se recusa a aceitar que será necessária uma COP 30 ou uma COP 40 para resolver a questão da mudança climática. Nós não podemos nos sentar e ficar impotentes olhando para este impasse climático. Agora é hora de agir.
Como forma de pressão às autoridades e homenagem às vítimas, Sano ficou de jejum durante toda a COP19. Ele pediu metas ambiciosas de redução das emissões de gases de efeito estufa e financiamento para compensar e implantar medidas urgentes nos países que já sofrem com as mudanças climáticas.
E não é segredo que grandes empresas estão entre as principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa, por exemplo. Ao mesmo tempo, quando se carrega o ônus de agressão ao meio ambiente, se carrega também a responsabilidade de saber que comunidades, populações, são gravemente atingidas pelos resultados dos excessos das indústrias. É preciso fazer algo a respeito. Sem esquecer dos nossos excessos individuais. Como consumidores, temos nossa parcela de culpa em achar que tudo no mundo é descartável, de não medir as consequências das nossas compras e maneira de viver.
Então, quando pensamosnos desafios econômicos do mundo contemporâneo, podemos falar de perda de renda, perda de emprego, aumento da inflação. Quando falamos dos desafios sociais, os problemas econômicos levam à fome, pobreza, desespero e violência. Quando falamos dos desafios ambientais, os problemas sociais levam a moradias irregulares, casas soterradas em deslizamentos de terra, falta de saneamento e água potável que contaminam lençóis freáticos. Não há nada neste mundo contemporâneo que não esteja interligado.
Se nada disso for suficiente para uma empresa compreender seu papel, então ela precisa entender que, no fim, o olhar ESG é a chancela para ela se tornar ou não sólida no mercado. Mas esperamos que todos os motivos anteriores sejam o bastante.
Roda Viva | Yuval Harari | TV Cultura no YouTube (1h23)
Um dos pensadores da atualidade que melhor nos ajudam a compreender o mundo que estamos vivendo e que em breve vamos viver é o historiador israelense Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém. PHD pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, ele é autor de Sapiens, uma breve história da humanidade e 21 lições para o século 21, que venderam mais de 20 milhões de exemplares em todo o mundo. Harari trata de questões como: a humanidade, como a conhecemos, vai desaparecer? O homem está tentando assumir o papel de Deus? Estamos ameaçados pelo surgimento de ditaduras digitais, que seguem as pessoas o tempo todo? Nesta entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, de 11 de novembro de 2019, ele nos leva a refletir sobre as transformações socioeconômicas e ambientais, muito impactadas por conectividade e tecnologias, que estamos passando e que mudarão (já mudaram) nosso modo de vida, de consumir e os próprios mercados.

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