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Unidade 1
Que mundo é esse?
Aula 2
O surgimento das empresas responsáveis e sustentáveis
Objetivo da Aula:
Conhecer como as empresas compreenderam a importância de serem responsáveis pelos impactos ambientais e sociais que geram; analisar em que momento as organizações brasileiras começaram a se adaptar e em que condições; entender a importância das companhias colocarem em seus planejamento estratégicos ações de responsabilidade socioambiental como fator de competitividade no mercado
Conceitos Abordados:
História; Administração; Economia; Responsabilidade Socioambiental
Fundamentação Teórica
Responsabilidade social empresarial
é um conceito segundo o qual, as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo
Essa definição consta no chamado Livro Verde, um documento elaborado pela União Europeia em 2001. O relatório foi uma referência para definir financiamentos do bloco econômico a empresas de seus países, os chamados Estados Membros, como criação de um mercado único de capitais.
Notem a importância desse trecho do documento. Significa que as corporações só estariam aptas a receber financiamentos se estivessem de acordo e tirando de fato do papel práticas de responsabilidade social. Sendo assim, isso nos ajuda a compreender como, neste século 21, se tornou absoluta a necessidade de atrelar atuação profissional e empresarial com o propósito de deixar legados positivos para futuras gerações, melhorando desde já o cotidiano das atuais.
Marcas que não deixam claro o que estão fazendo e como estão colocando em seus planejamentos estratégias de responsabilidade social e ambiental tendem a perder valor no mercado, ficar para trás em competitividade e ser boicotadas pelos novos consumidores sempre atentos a meios de mitigação de desigualdades socioeconômicas.
 
Crédito: Photomix Company/Pixabay
A priori, as organizações devem manter em mente e entre suas principais estratégias, o conceito de responsabilidade social. Em geral, quando pensamos em uma empresa socialmente e ambientalmente responsável, as ações mais frequentes são distribuição de cestas básicas e roupas para comunidades carentes, apoiar uma ONG, reciclagem do lixo e oferecer benefícios, além dos esperados para funcionários. Tudo isso é importante e deve ser mantido. Já demonstra uma consciência de ir além da própria realidade. Mas é preciso também criação de valor para a sociedade.
Organizações devem investir em programas que causem transformações em posturas de gestores e colaboradores para um olhar coletivo. É ter um plano maior para a comunidade, se posicionar em questões delicadas que impactem seus consumidores e mesmo a sociedade como um todo se faz mandatório na atualidade.
Pode acarretar na perda de parte dos consumidores? Sim. Mas também conquistar a real fidelidade de tantos outros. E em tempos de consumidores empoderados, que podem elogiar ou criticar uma marca nas redes sociais com potencial para viralizar, vale mais ter clientes e seguidores amantes da marca, que inclusive a defendem nas horas difíceis, do que ter uma flutuação de clientes, que às vezes compram e seguem, às vezes não.
Concretização de práticas conscientes
Não interessa mais a empresa conquistar todo mundo por algum tempo. É preciso conquistar quem de fato se identifica com a organização para um relacionamento duradouro. Repensar a margem de lucro também faz parte dessa nova maneira das marcas se posicionarem como parte da responsabilidade que carregam. Olhando para a história, quem pela primeira vez tomou uma atitude assim foi a fábrica da Ford, nos Estados Unidos, em 1916. Ao invés da montadora americana distribuir dividendos aos acionistas, optou por aumentar salários e o fundo de reserva para uma diminuição esperada naquele momento de redução dos preços dos carros.
A decisão do fundador, Henry Ford, deu o que falar e foi parar nos tribunais em 1919 quando dois acionistas, John e Horace Dodge, entraram na justiça contra a iniciativa de Ford. A Suprema Corte de Michigan foi favorável aos irmãos Dodge. Mas o caso ficou conhecido como um dos primeiros movimentos de preocupação e maior responsabilidade com funcionários, o que depois se estenderia às comunidades.
Apenas por volta dos anos 1960 a ideia de responsabilidade social foi de fato colocada em pauta nos Estados Unidos. E por causa da Guerra do Vietnã, quando houve repúdio ao uso de armamentos produzidos por empresas americanas. Na mesma época surge por lá a Lei da Filantropia, que expande de forma ampla o conceito de responsabilidade social. No Brasil, em 1965, um dos primeiros registros sobre o assunto foi uma carta de princípios publicada pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas do Brasil, determinando o tema como um fundamento da atuação empresarial na construção da sociedade.
Crédito: Daniel Dan/Pixabay
Em 1980, surgem em vários países, inclusive por aqui, os primeiros balanços sociais das empresas como ferramenta para tornar públicas as iniciativas de responsabilidade social. Dois anos depois, a Câmara Americana de Comércio (Amcham) institui o Prêmio Eco para reconhecer ações sociais. Outro marco é a primeira reunião do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), em 1988, hoje uma rede que é referência em investimentos sociais privados no país, além de criar indicadores e projetos que medem os impactos das iniciativas sociais das empresas.
Referência em indicadores e métricas de resultados de responsabilidade socioambiental e de governança corporativa no país, em 1998 é fundado por um grupo de executivos do Instituto Ethos. O objetivo era auxiliar empresas na prática de gestão socialmente responsável e aprofundar compromissos de desenvolvimento sustentável. O nascimento do Ethos coincide com uma nova mentalidade, então, de que responsabilidade social e sustentabilidade, na verdade, se completavam, muito a partir de eventos importantes como Rio 92 e Conferência de Estocolmo, o que levou muitas empresas a criarem áreas e programas de responsabilidade socioambiental. A questão da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável vamos aprofundar mais nas próximas duas aulas.
Portanto, uma organização deve entender que se é impactada pelos problemas sociais e ambientais no território em que atua, também deve ser agente transformador para promover o progresso de toda a comunidade.
Videoaula
Contextualização
Como vimos, a responsabilidade social e ambiental não é algo novo nas empresas, mas passou nos anos 2000 a ser fator de sobrevivência, diferencial e competitividade.
Consumidores empoderados, informados e que entendem o poder do coletivo pressionam as organizações como nunca.
Não basta gerar empregos. Precisa dizer como está colaborando para de fato impactar para melhor a vida das pessoas como um todo. É preciso provar que há mudanças de paradigmas organizacionais.
A missão da indústria farmacêutica Merck foi durante décadas "gerar lucro para seus acionistas”. O atual CEO, Kenneth Frazier, inclusive único CEO negro entre as 180 grandes empresas americanas, no cargo desde 2011, mudou isso. A missão da companhia passou a ser "gerar benefícios para nossos colaboradores, nossos clientes, nossos parceiros, nossa comunidade e, por fim, nossos acionistas.”
Crédito: Mike Cohen/NYTimes
O relatório Covid-19 - Como as Empresas Estão Enfrentando a Pandemia, divulgado em 2020, mostra quanto a exigência das pessoas para acreditar e consumir uma marca aumentou como nunca. Realizado pela Rede Brasil do Pacto Global (que encoraja empresas a adotar políticas de responsabilidade social e de sustentabilidade) da Organização das Nações Unidas (ONU), junto com a agência de comunicação Edelman, entre 2 e 9 de abril de 2020, com 86 instituições, indicou que as empresas consultadas entendem que devem prezar pelo bem-estar físico e financeiro de seus funcionários. Sendo que:
= 97% concordam que as marcas têm obrigação de contribuir para a solução dos desafios que chegaram com a pandemia;
= 42% conduziam ações educativas e sociais;
= 72% afirmam terpolíticas para preservar ao máximo os empregos de suas equipes.
Valor compartilhado
Nesta nossa conversa vale compreender também a ideia de inovação social. Segundo a Stanford Social Innovation Review, inovação social é uma nova solução para um problema social. Ou seja, uma solução mais efetiva, eficiente, sustentável ou justa do que as soluções já existentes e cujo valor gerado beneficia, prioritariamente, a sociedade como um todo e não apenas alguns indivíduos.
Por exemplo, a utilização de recursos naturais de forma mais consciente, a qualificação de mão de obra do entorno ou a geração de valor a partir de novos produtos ou serviços. Aqui entra o conceito de valor compartilhado, que é mais capilaridade e perenidade do que as ações de responsabilidade social, que muitas vezes acabam sendo pontuais e até trazem resultados, mas nem sempre levam a outras perspectivas de vida para as pessoas.
Crédito: Michael Jarmoluk/Pixabay
Na inovação social, o sucesso da empresa está diretamente ligado ao progresso da sociedade em que atua. Segundo Henrique Bussacos, co fundador do Impact Hub:
As inovações sociais buscam trazer soluções mais justas e eficientes para desafios socioambientais. E os benefícios são diversos dependendo do problema que é solucionado por cada inovação social. O microcrédito, por exemplo, passou a dar acesso a crédito para milhares de pessoas antes desatendidas.
A inovação social, portanto, é o desenvolvimento de soluções para desafios sociais complexos, contemporâneos e crescentes como desemprego, pobreza extrema, exclusão social, maus tratos a crianças e jovens, o isolamento dos idosos, vulnerabilidade de territórios, alterações climáticas, gestão das cidades, entre outros.
Referências Bibliográficas
BORGES, Bianca. Responsabilidade na pandemia é decisiva para o futuro de empresas, diz estudo. UOL. 24 de abril de 2020. Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/04/24/responsabilidade-na-pandemia-e-decisiva-para-futuro-de-empresas-diz-estudo.htm Acesso em agosto 2020.
CARVALHO, Rafael. Afinal de contas, o que é inovação social? Na Prática. 31 de outubro de 2015. Disponível em: https://www.napratica.org.br/inovacao-social/ Acesso em agosto 2020.
PERSEGUINI, Alayde. Responsabilidade social. Editora Pearson. São Paulo. 2015.
Qual é o futuro da responsabilidade social empresarial? Sementes e Negócios. 7 de abril de 2020. Disponível em: https://blog.sementenegocios.com.br/futuro-da-responsabilidade-social-empresarial/ Acesso em agosto 2020.
The True Cost | Trailer legendado do documentário disponível na Netflix
O documentário, cujo título em português seria “O Verdadeiro Preço”, mostra como a indústria têxtil e da moda é a segunda mais poluente do mundo e uma das que mais usam trabalho escravo, infantil e em más condições. O filme é de 2015 e uma reflexão importante também sobre os impactos de sociedades que valorizam e estimulam o consumo desenfreado pelo mundo. Afinal, quem faz suas roupas? E em que condições de trabalho e vida?
Assista aqui.
Como as empresas encaram desafios sociais | Gabriela Greco, gestora de impacto social da Rock Content - Tedx Centro Universitário Newton Paiva
Já pensou se as empresas usassem o máximo possível dos seus recursos e conhecimentos para melhorar o estado do mundo? É a reflexão que nos traz Gabriela. Grandes líderes buscam maximizar os lucros e gerar impacto social e isso começa com pequenos compromissos e alinhando o impacto social com a estratégia de negócio da empresa. Organizações de qualquer porte são agentes relevantes para melhorar o estado do mundo. Ela é co-iniciadora do NAÇÃO e responsável pela área de impacto social na Rock Content. Já trabalhou em projetos de impacto na África e no negócio social Espigadores, na Espanha. Além disso, é co-fundadora da IBMEC SOCIAL e faz parte do Global Shapers do Fórum Econômico Mundial.

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