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Unidade 1
Que mundo é esse?
Aula3
Triple Bottom Line: o tripé da sustentabilidade para uma agenda estratégica
Objetivo da Aula:
Conhecer como historicamente e globalmente se consolidou a importância do combate às mudanças climáticas.
Analisar como o conceito de desenvolvimento sustentável é parte de uma teoria econômica do qual empresas não podem deixar de fora suas estratégias.
Entender como as dimensões do Tripé da Sustentabilidade tornaram a medição de resultados organizacionais mais transparentes, holísticos e concretos.
Compreender como os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) se tornaram diretrizes de empresas, governos e indivíduos.
Conceitos Abordados:
Administração, Economia, Sustentabilidade, Desenvolvimento Sustentável.
Fundamentação Teórica
Em 1972 ocorreu pela primeira vez, na Suécia, uma grande reunião de chefes de estado para debater questões sobre a degradação do meio ambiente. Organizada pelas Nações Unidas (ONU), a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano ficou mais conhecida como Conferência de Estocolmo (capital sueca). Foi um marco, não apenas por ser um pontapé inicial na busca por equilíbrio entre desenvolvimento econômico e redução já muito necessária dos impactos na natureza pelo modo de vida humano. Mas também porque empresas e governos se deram conta que a concepção de que a natureza era fonte de recursos naturais e insumos inesgotáveis, como se acreditou ao longo da história e em todas as civilizações, era errônea. E haveria consequências.
Estocolmo, Suécia. Crédito: Marcel Kessler
Naquele momento, o foco principal era o aumento da poluição atmosférica que acarretava uma série de doenças para as populações. Entre 113 países e outras centenas de instituições governamentais e não governamentais, havia evidentes divergências entre países desenvolvidos (que defendiam a diminuição do ritmo da industrialização) e os países em desenvolvimento (que ainda dependiam do crescimento da industrialização para gerar riqueza e melhorar as condições de vida de seus povos). A conferência chegou ao fim sem metas concretas para as nações colocarem em prática. No entanto, deu origem à Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, primeiro documento político da história e com base em direito internacional a reconhecer o direito humano a um meio ambiente de qualidade como parte do viver com dignidade.
Importante destacar que foi também a primeira vez que, globalmente, as populações voltaram suas atenções para uma maior conscientização ambiental, inclusive por conta do crescimento populacional e do intenso uso de recursos naturais, levando as empresas a começarem a considerar suas responsabilidades neste cenário. Toda a discussão evoluiu, mais tarde, para o conceito de desenvolvimento sustentável (que faz parte das teorias do pensamento econômico).
Vamos, então, olhar a definição mais aceita pelas nações, que é da ONU, por meio de sua Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento:
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Fica claro que a busca é por um equilíbrio entre o desenvolvimento da economia com preservação e conservação ambiental como um legado para quem vem depois. Também para quem já está neste planeta conseguir viver com maior qualidade de vida. Para dar certo, as ideias ventiladas em Estocolmo, ao longo dos anos, precisaram de rigidez e comprometimento.
Diretrizes claras
Vinte e cinco anos se passaram desde Estocolmo até o Protocolo de Quioto, tratado internacional com compromissos rígidos para redução da emissão dos gases de efeito estufa, grande causa do aquecimento global que leva a enormes desastres naturais e milhares de mortes pelo mundo todos os anos. O documento foi elaborado e assinado pelas nações em 1997, na cidade de Quioto, no Japão, como consequência de uma série de eventos que comprovaram a iminência dos riscos para todas as espécies, inclusive humana, dos impactos ambientais. Entre esses eventos, a ECO-92, que ocorreu no Rio de Janeiro, em 1992, e resultou no Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
 
Quioto, Japão. Crédito: gdquest
O que o protocolo definiu foi um calendário para os países signatários alcançarem patamares de redução de emissão de gases de efeito estufa, com metas de redução mais agressivas para as nações que mais emitem os poluentes. O documento também incentiva os países a cooperarem entre si, reformar setores de energia, transporte, promover fontes de energia renováveis, gerenciar resíduos e proteger florestas. Todo esse esforço para reduzir a temperatura média da Terra em cerca de 5º graus até 2100.
Quioto significou avanço, inclusive para pautar ainda mais o tema dentro das empresas, que já notavam um movimento crescente de consumidores críticos a organizações que não demonstravam interesse ou provavam ser sustentáveis. A origem de insumos e da cadeia produtiva chamam a atenção do público em geral, que cobra transparência e postura das marcas a partir dos anos 2000. Mas Quioto ainda não foi suficiente para o combate ser maior do que os estragos. Era necessário um novo compromisso, mais diretrizes mundiais, para um trabalho coletivo global.
Em 2015 surge o acordo de Paris, também a partir do quadro das Nações Unidas sobre mudanças climáticas. Aqui, o contexto já era de desafio às nações baixarem suas emissões de gases de efeito estufa para alinhamento ao conceito de desenvolvimento sustentável. Os países signatários precisavam definir metas realmente ambiciosas, com planos de longo prazo e com obrigatoriedade de registro das emissões de cada um para controlar quem de fato está cumprindo com o prometido, alcançando as metas.
No Acordo de Paris definiu-se que a cada cinco anos as metas das nações fossem revistas e ampliadas, para um trabalho contínuo. Assim como o compartilhamento de tecnologias, conhecimento, práticas e lições aprendidas; adaptar ações a questões de gênero, grupos e comunidades vulneráveis; uma atuação mercadológica holística e integrada que além de lucro tivesse impacto na redução das desigualdades e da pobreza.
 
Paris, França. Crédito: Pixabay
Perceba que tais compromissos já ampliam a ideia de desenvolvimento sustentável, indicando que meio ambiente é apenas um dos pilares para que essas transformações globais cheguem ao maior número possível de indivíduos e de fato leve prosperidade em todos os sentidos a suas vidas
Tripé da sustentabilidade
Diversidade, responsabilidade social e sustentabilidade estão mundialmente estabelecidas como relevantes na sociedade atual. Nenhuma empresa se colocará contra essa realidade se quiser se manter no mercado. Claro, concordância não necessariamente significa prática ou intenção. De toda forma, representatividade, equidade racial, de gênero, de religião, de etnia, ações ambientais, entre outras características que indicam pluralidade, se tornaram regra para manter a competitividade em um mundo em que o consumidor está empoderado e crítico.
Importante destacar que empresas são atores importantes na construção de uma sociedade igualitária. Em muitos lugares em que governos falham, são as organizações que cumprem o fundamental papel de transformar estruturas socioeconômicas.
No Brasil, a responsabilidade socioambiental surge como parte crucial da gestão empresarial a partir da Conferência Eco-92, no Rio de Janeiro, já citada. As companhias descobrem o conceito de Tripé da Sustentabilidade, o Triple Bottom Line, teoria do economista inglês John Elkington (1994). Conhecida também como 3Ps da Sustentabilidade, a teoria diz que para uma estratégia organizacional dar certo hoje são necessárias três dimensões:
• People (pessoas): capital humano, relacionado ao aspecto social e, portanto, tem como meta a responsabilidade social, incluindo remunerações justas, benefícios, inclusão e diversidade.
• Planet (planeta): relacionadoao capital natural de uma empresa ou sociedade. Nessa dimensão, é preciso elaborar meios de diminuir o impacto ambiental e compensar o que foi prejudicado.
• Profit (resultado econômico): lucro de uma empresa que, em perspectiva sustentável, deve sempre levar em conta as outras duas dimensões.
É lucro, mas sempre a partir de coexistência saudável com recursos naturais e sociais. Segundo a teoria de Elkington, qualquer resultado organizacional só faz sentido se mensurado a partir desses três pilares básicos. Para o economista, a expectativa de que empresas devem contribuir progressivamente para a sustentabilidade surge do reconhecimento de que os negócios precisam de mercados estáveis, possuindo habilidades tecnológicas, financeiras e de gerenciamento para possibilitar a transição rumo ao desenvolvimento sustentável (2001).
Videoaula
Contextualização
Sustentável vem do latim sustentare, que significa favorecer, apoiar. Sustentabilidade está relacionada a uma estratégia ou atitude correta. Desenvolvimento é um processo ou uma evolução que visa mudanças. Desenvolvimento sustentável associa desenvolvimento socioeconômico com conservação ambiental. Não há como empresas, gestores, governos, líderes e sociedade em geral fugirem desse alinhamento na atualidade.
Assim, responsabilidade socioambiental e planejamento estratégico embasado em desenvolvimento sustentável é regra para competitividade, crescimento e o despertar de interesse de investidores. Os objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas tornou-se um meio de direcionar os planos de instituições públicas e privadas. Guiam desde planos de governo de prefeituras a países até determinam quais caminhos uma empresa deve trilhar e qual resultado precisa conquistar.
Os ODS são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015. É composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. Estão previstas ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura, industrialização, entre outros.
 A Natura é uma das companhias que usa os ODS para traçar planos e estratégias de todas as áreas da empresa. É também signatária do chamado Pacto Global da ONU, iniciativa que engaja grandes empresas do mundo em prol da sustentabilidade. A Natura Co foi convidada em 2020 a patrocinar duas iniciativas: Ambition to 1.5C, voltada para a crise climática, e Target Gender Equality, que busca a igualdade de gênero.
Em junho de 2020, a companhia anunciou também o Compromisso com a Vida, um plano para intensificar as ações do grupo em relação aos impactos climáticos e à proteção da Amazônia. Até 2030, a Natura&Co espera reduzir suas emissões de carbono a zero. O Compromisso com a Vida também preza pela defesa dos Direitos Humanos e pela garantia da igualdade e inclusão de toda rede da empresa.
Na ocasião, Sanda Ojiambo, CEO mundial do Pacto Global, afirmou que a participação da Natura eleva o nível de ação das empresas com questões relacionadas à sustentabilidade e governança. Além disso, a companhia demonstra compromisso consistente com os ODS por meio de suas práticas de negócios.
Referências Bibliográficas
CALDAS, Ricardo M. Responsabilidade socioambiental. Editora Pearson. São Paulo. 2a edição. 2020.
ELKINGTON, J. Towards the sustainable corporation: Win-win-win business strategies for sustainable development. California Management Review, v.36, n.2, p.90-100, 1994.
ELKINGTON, J. Canibais com garfo e faca. São Paulo: Makron Books, 2001.
O mundo melhorou ou piorou? Indicadores comprovam que o mundo melhorou em uma série de questões, mas ainda temos muito para avançar. O engajamento rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU é o caminho, segundo Carlo Pereira, químico e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), com MBA em Sustentabilidade pela Universidade de Lüneburg/Alemanha. É secretário-executivo do Comitê Brasileiro do Pacto Global pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Assista aqui.
O plástico não é o vilão, o vilão somos nós | Daniel Lerario l TedxSaoPaulo
A bióloga Daniela Lerario fala da ameaça dos plásticos para a saúde dos oceanos e do futuro do planeta, além da necessidade de deixar de usar plásticos de uso único. Especialista em gestão de resíduos com experiência internacional, foi a única integrante latino-americana da Expedição Pangea, que em 2012 atravessou o Oceano Pacífico em busca dos resíduos do tsunami japonês.
Atuou como consultora ambiental e gestora da área de sustentabilidade no Grupo Pão de Açúcar. Hoje é CEO da TriCiclos Brasil, onde implementa uma mudança de comportamento para um mundo sem lixo, aplicando conceitos de economia circular. Desde 2018 na copresidência do Conselho do Sistema B Brasil, acredita que é possível fazer dos negócios uma ferramenta de impacto positivo.
Assista ao vídeo aqui.

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