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Unidade 1
Que mundo é esse?
Aula 4
Novo paradigma ético nas organizações: compliance e governança corporativ
Objetivo da Aula:
Conhecer os conceitos de compliance e governança corporativa.
Analisar a importância de tais conceitos dentro de um novo paradigma sobre o que é ética organizacional.
Entender como a aplicação dos conceitos tornam empresas mais transparentes, confiáveis e competitivas aos olhos dos investidores.
Conceitos Abordados:
Administração, Ética, Compliance, Governança Corporativa.
Fundamentação Teórica
Deveria ser a regra corporativa mundial. Nem sempre, porém, ética e transparência guiaram as decisões e escolhas de muitas empresas. Prova disso são as histórias envolvendo executivos em casos de corrupção com governos. Não só no Brasil, mas também em outros países. Por décadas, esquemas escusos, com propinas, favorecimentos e desvios de dinheiro pautaram essas relações. Não mais.
Os anos 2000 trouxeram a certeza de que onde falta ética as estruturas não são sólidas, os talentos não querem ficar, as parcerias não se sustentam e os investidores vão embora. Principalmente, pessoas estão sendo prejudicadas em graus diversos. Uma sociedade que cada vez mais compreende a força da igualdade, da justiça e da oportunidade para ser bom para todo mundo, o antiético não tem mais em quem se apoiar.
Para Block (2020), fatos relevantes no cenário mundial, como o ataque às Torres Gêmeas em 2001 e os escândalos em Wall Street em 2002, ambos nos Estados Unidos, despertaram a necessidade de regulamentações ainda mais efetivas e rapidamente aplicáveis, a fim a gerir os riscos aos quais as instituições estão sujeitas.
Quando uma organização é confiável e segue diretrizes legítimas de atuação, há todo um ciclo virtuoso que se forma. Onde há ética há também políticas internas de crescimento profissional e pessoal para equipes, bons ambientes de trabalho, funcionários de extremo valor que se sentem pertencentes, decisões corporativas que consideram responsabilidades com a comunidade. Integridade é garantia de acordos honrados, alta performance dos times, lucros melhores e maior competitividade.
Como não querer fazer negócios com quem é correto?
Esse universo organizacional consciencioso é pautado em dois conceitos fundamentais quando pensamos em ESG: governança corporativa e compliance. Vamos entender ambos.
Boas práticas
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), governança corporativa é o sistema pelo qual empresas e organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle de demais partes interessadas. Significa que a atuação de instituições públicas e privadas, além de organizações do Terceiro Setor, são acompanhadas e avaliadas para que sejam transparentes, livres de ações corruptíveis e confiáveis para gerar bons benefícios a todos os envolvidos e à sociedade.
A governança corporativa se materializa em boas práticas baseadas em princípios básicos e alinhados que buscam preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo de uma organização. Isso vai facilitar seu acesso a recursos e contribuir para a qualidade da gestão, sua longevidade e o bem comum. Tais princípios básicos resultam em um clima de confiança tanto internamente quanto nas relações com terceiros.
A seguir:
• Transparência: disponibilizar para as partes envolvidas informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro.
Contempla também fatores, inclusive intangíveis, que norteiam a gestão e que conduzem à preservação e à otimização do valor da organização;
• Equidade: tratamento justo e isonômico de todas e todos, levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas;
• Prestação de contas (accountability): prestar contas da atuação corporativa de modo claro, conciso, compreensível e oportuno, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis;
• Responsabilidade corporativa: zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações, aumentar as positivas, levando em consideração os diversos capitais do negócio - financeiro, industrial, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional no curto, médio e longo prazos.
Novo paradigma
A governança corporativa criou um novo paradigma ético nas organizações, indo além do chamado código de ética. O código, infelizmente, muitas vezes ficava expresso e restrito ao papel. Como a governança exige acompanhamento rígido de resultados e de cumprimento de metas, que levam a outros e melhores patamares no relacionamento com stakeholders, ela torna transparência, confiabilidade e boas práticas efetivas. Sai da promessa e se concretiza. É isso ou não resiste ao mercado.
É, então, que nos deparamos com outro termo importante para analisar estes novos tempos nas organizações: compliance.
Vem do inglês “to comply”, que significa “agir em sintonia com as regras”. Ou seja, o compliance comprova que a governança está acontecendo. É estar dentro das normas, com controles internos e externos, e em alinhamento com as políticas estabelecidas pela corporação.
A atividade garante o cumprimento de todas as imposições de órgãos de regulamentação de acordo com o exigido em cada segmento de atuação. Vale para as esferas trabalhista, fiscal, contábil, financeira, ambiental, jurídica, previdenciária, ética, entre outras que se façam necessárias. A seguir, as responsabilidades do time de compliance, segundo a Endeavor, organização sem fins lucrativos de incentivo ao empreendedorismo e à inovação:
•  Analisar meticulosamente os riscos operacionais;
•  Gerenciar controles internos (o controller é o profissional “xerife” das normas e procedimentos, em todas as esferas da organização);
•  Desenvolver projetos de melhoria contínua e adequação às normas técnicas;
•  Analisar e prevenir fraudes;
•  Monitoramento, junto aos responsáveis pela Tecnologia da Informação, das medidas adotadas na área de segurança da informação;
•  Realização de auditorias periódicas;
•  Gerenciar, rever e atualizar políticas de gestão de pessoas com os responsáveis pela área de Gestão de Capital Humano.
•  Trabalhar na elaboração de manuais de conduta e desenvolver planos de disseminação do compliance na cultura organizacional;
•  Fiscalização da conformidade contábil de acordo com as normas internacionais (International Financial Reporting Standards IFRS);
•  Interpretar leis e adequá-las ao universo da empresa.
Videoaula
Contextualização
A integração da economia global marcou e tornou o século 20 dinâmico no comércio internacional, assim como transações financeiras entre países. Acompanhando o cenário, as organizações sofreram transformações a partir de um ritmo acelerado de crescimento, exigindo readequação de estruturas, a origem dos debates sobre governança corporativa vem de conflitos causados por tais mudanças e os interesses em jogo de sócios, executivos e entre outros stakeholders.
Já no século 21, governança corporativa tornou-se tema indispensável diante de escândalos corporativos, com desvios de dinheiro e superfaturamento, como das empresas Enron, WorldCom e Tyco. Foi o gatilho para o debate sobre a importância da divulgação de demonstrações financeiras e de processos de auditoria. Logo, ficou claro que os investidores estavam dispostos a pagar um valor maior por empresas que adotassem boas práticas de governança corporativa. E o foco deveria ir além dos interesses dos proprietários, mas, sim, em longevidade no mercado.
As discussões internacionais foram fortalecidas por iniciativas da Organização da Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que criaram um fórum para tratar especificamente sobre o tema, o Business Sector Advisory Group on Corporate Governance. Enquanto isso, no Brasil,o movimento por boas práticas se fortalece a partir das privatizações e a da abertura do mercado nacional nos anos 1990. Em 1995, é criado o Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração (IBCA), que a partir de 1999 passou a ser o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). O objetivo era incentivar a adoção de práticas transparentes, responsáveis e equânimes na administração das organizações.
Adaptações às inovações
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor no Brasil em setembro de 2020, é um resultado do poder do compliance e da governança. A legislação nasceu especificamente a partir do debate sobre limites éticos no acesso aos dados pessoais de consumidores por parte dos grandes conglomerados de tecnologia, as chamadas big techs. Até então, não havia regulamentação clara sobre como eram usados os dados e rastros que deixamos na internet na hora de uma compra on-line, da postagem de uma foto ou do compartilhamento de uma informação nas redes sociais, por exemplo.
Descobriu-se que a coleta e armazenamento de dados pessoais dos consumidores quase nunca era com base em consentimento claro do usuário. Nós não sabíamos o que era feito. Até que surgiu o escândalo da empresa Cambridge Analytica, que usou informações de usuários do Facebook, inclusive as protegidas por códigos de segurança, para manipular os resultados das eleições nos Estados Unidos e em outros países.
Atualmente, cresce o conceito de Governança da Inovação, um conjunto de métodos, práticas e métricas que permite às empresas inovarem em seus segmentos. Não só isso. Também garantir que o crescimento exponencial das organizações de base tecnológica, que mudam muito e muito rápido o comportamento das pessoas, sejam sempre construídos com diretrizes éticas para uma sociedade melhor.
O vídeo conta como nasceu o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa para contribuir com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade socioambiental das organizações no país. É um histórico que mostra os passos de como a governança foi crescendo em importância para tornar empresas transparentes e confiáveis.
Assista ao vídeo aqui.
Compliance e ética: onde elas começam e onde elas (não) terminam | Anna Bastos | TEDxGoiânia
Corrupção, ética, compliance são termos cada vez mais comuns aos ouvidos e olhos de todo cidadão. Mas essas ideias não se limitam à esfera política nacional ou internacional. São conceitos que perpassam nossas relações familiares. A advogada Anna Bastos, especialista internacional em ética e compliance e mãe de duas crianças, oferece seus insumos baseados na lei internacional e em ações coordenadas de mecanismos internacionais e também na sua casa, em cada acordo que faz com seu filho mais velho. A palestra ajuda a entender que ética e corrupção fazem mais parte das nossas vidas individuais, com reflexo na vida em comunidade, do que paramos para pensar. E aceita

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