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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR GRADUAÇÃO UNEC / EAD NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com Página | 17 ✓ Compartimento endossomal. É encontrado desde a parte periférica do citoplasma até as proximidades do aparelho de Golgi e o núcleo celular. Trata-se de um sistema muito irregular de túbulos e vesículas cujo o interior é ácido, com pH entre 5 e 6. O Material que é captado pela membrana celular e introduzido no citoplasma por meio de vesícula de pinocitose, passa pelo interior dos endossomos, graças a fuão da membrana das vesículas de pinocitose. O compartimento endossomal é um local de separação e endereçamento das moléculas introduzidas no citoplasma, constituindo um componente importante da via endocítica. Costuma-se distinguir os endossomos precoces dos endossomos tardios. Moléculas dissolvidas ou ligadas a receptores da membrana geralmente passam dos endossomos precoces para endossomos tardios, enquanto as proteínas integrais da membrana da vesícula endocítica se concentram em regiões tubulares específicas dos endossomos precoces, que constituem regiões de reciclagem da membrana. As moléculas que passam para os endossomos tardios acabam nos lisossomos, por mecanismos poucos conhecidos. ✓ Lisossomos. São compartimentos terminais da via endocítica. São geralmente corpúsculos esféricos de estrutura e dimensões muito variáveis. Cada lisossomo é envolvido por uma unidade de membrana e contém enzimas hidrolíticas com atividade máxima em pH ácido e, por isso, geralmente denominadas de hidrolases ácidas. Os lisossomos são ricos em enzimas digestivas para quase todas as macromoléculas biológicas, e as células seriam facilmente destruídas se essas enzimas não estivessem contidas numa organela envolta por membrana. As vesículas de fagocitose ou fagossomos fundem-se com os lisossomos, misturando-se assim ao material digerido com as enzimas lisossômicas. Na membrana dos lisossomos existe uma enzima que utiliza energia de ATP para MÓDULO 4 mailto:rosanergo@hotmail.com CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR GRADUAÇÃO UNEC / EAD NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com Página | 18 bombear prótons H+ para dentro dos lisossomos, estabelecendo assim um pH entre 4,5 e 5, ideal para as hidrolases ácidas. Algumas vezes, nos lisossomos resíduos os processos digestivos permanecem e se acumula, formando-se os corpos residuais. Em alguns tipos celulares que não se dividem, como os neurônios e as células do musculo cardíaco, os corpos residuais se agregam, formando partículas grande, visíveis ao microscópio óptico, contendo líquidos complexos de cor parda e chamados de lipofuscina. Nas células eucariontes, observa-se a degradação de porções do citoplasma pela atividade enzimática dos lisossomos pelo processo denominado autofagia Algumas enzimas lisossômicas participam do processo de digestão extracelular. ✓ Microvilos. Os microvilos são prolongamentos que aumentam a superfície de absorção de substâncias diversas. Nos mamíferos, as células mais bem estudadas são as do intestino delgado e do rim. As células revestem a superfície interna do intestino delgado são colunares, dispostas em camada única, e suas superfícies em contato com os alimentos apresentam numerosas digitações, conhecidas como microvilos. Cada microvilo ou microvilosidade é uma expansão do citoplasma recoberta por membrana e contendo numerosos feixes de microfilamentos de actina responsáveis pela manutenção da forma dos microvilos, seu glicocálice é mais desenvolvido do que no resto da célula. No intestino a função do microvilo é aumentar a área da membrana a fim de facilitar o transporte de nutrientes da cavidade da luz intestinal para dentro das células. Os microvilos do epitélio intestinal são paralelos uns aos outros e formam uma camada muito regular na superfície intestinal, a borda estriada, visível ao microscópio óptico. Nos rins, os microvilos são encontrados na superfície livre da camada única de células cúbicas que revestem os túbulos contorcidos proximais. Alguns microvilos além de aumentar a superfície de celular, possuem moléculas especiais, como as dissacaridases e dipetidades, responsáveis pela etapa final da digestão dos hidratos de carbono e proteínas, respectivamente. mailto:rosanergo@hotmail.com CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR GRADUAÇÃO UNEC / EAD NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com Página | 19 ✓ Estereocílios. Os estereocílios são prolongamentos imóveis que aumentam a superfície de algumas células epiteliais, facilitando o transporte de água e moléculas. Assemelham- se aos microvilos, destes se diferenciam por se ramificarem constantemente e apresentarem maior comprimento. ✓ CAMs, IgCAMs e as Caderinas. As glicoproteínas responsáveis pela aderência entre as células são denominadas CAMs (cell adhesion molecules). São receptores da superfície especializados em reconhecer outras células e a elas aderir, para construir tecidos e órgãos. Todas as CAMs são glicoproteínas integrais transmembrana, isto é, com um extremidade da molécula exposta na superfície celular e a outra extremidade fazendo saliência no lado do citoplasma. As IgCAMs constituem um grupo importante e suas moléculas lembram as dos anticorpos ou imunoglobulinas (Ig). Entre as IgCAMs podem ser mencionadas a C- CAM, encontradas na superfície dos hepatócitos (células do fígado), e a Ng-CAM, dos neurônios com funções relacionadas a atividade do tecido nervoso. As caderinas, constituem outro grupo de CAMs, porém, ao contrário das IgCAMs, são dependentes dos íons Ca 2+ e são responsáveis por manter a adesão entres as células de concentrações normais de Ca 2+ no meio extracelular, mas perdem a adesividade quando a concentração desse íons é muito baixa. ❖ Estruturas especializadas asseguram a junção celular, e a vedação do espaço intercelular e a comunicação entre células. Muitas vezes as células se acham unidas umas às outras e à matriz extracelular graças as estruturas juncionais, conhecidas como desmossomos e junções aderentes, zônulaoclusiva e nexos, junções comunicantes ou gap junction. mailto:rosanergo@hotmail.com CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR GRADUAÇÃO UNEC / EAD NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com Página | 20 ✓ Desmossomos. Cada desmossomos tem a forma de uma placa arredondada e é constituído pelas membranas das células vizinhas. A composição molecular dos desmossomos é complexa, com a participação de diversas proteínas, como as demoplaquinas I e II, glicoproteínas encontradas em placas. São encontradas também desmogleína e desmocolinas, que são caderinas, glicoproteínas integrais da membrana, que se prendem as membranas celulares na altura do desmossomo e também contribuem para a estrutura da placa. As desmogleína e as desmocolinas são proteínas transmembrana que fazem saliência tanto na superfície externa como na superfície citoplasmática da membrana. A capacidade dos desmossomos em prender as ce´lulas vizinhas depende da presença dessas proteínas, caderinas, proteínas de transmembranas e glicoproteínas que exibem adesividade na presença de íons de Ca 2+. Os desmosssmos são muito frequentes nas células submetidas as trações, como as da epiderme, do revestimento da língua e esôfago, e as células do músculo cardíaco. As células epiteliais apoiam-se em uma membrana celular, chamada lâmina basal, as faces da célula em contato com esta lâmina, apresenta estruturas parecidas com os desmossomos, porémdenominadas hemidesmossomos, por não possuírem a metade correspondente à outra célula epitelial. ✓ Junção Aderente. É a formação encontrada em diversos tecidos. Em certos epitélios de revestimento, circunda a parte apical das células, como um cinto contínuo (Zônula aderente), sendo particularmente desenvolvida no epitélio colunar simples com borda estriada da mucosa do intestino. A junção aderente apresenta, nos cortes, um material granuloso e elétron-denso no espaço intracelular, semelhante ao observado nos desmossomos. mailto:rosanergo@hotmail.com CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR GRADUAÇÃO UNEC / EAD NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com Página | 21 ✓ Zônula oclusiva. É uma faixa continua em torno da porção apical de certas células epiteliais, que veda, total ou parcialmente, o trânsito de íons e moléculas por entre as células. Outra função da zônula oclusiva também chamada de junção oclusiva, é permitir a existência de potenciais elétricos diferentes, consequência de diferenças na concentração iônica entre as duas faces da camada superficial. ✓ Complexo juncional. Está presente em vários epitélios próximos à extremidade celular livre, sendo constituído dos seguintes elementos: zônula oclusiva, junção aderente ou uma fileira de desmossomos. Nas células do intestino colunar, na altura do complexo juncional, existe uma condensação de filamentos contendo actina, miosina e outras proteínas, que recebe o nome de trama terminal ✓ Junção comunicante ou gap junction. Também chamada de nexos, junção em hiato ou gap junction, é de ocorrência muito frequente, tendo sido observada entre as células epiteliais de revestimento, epiteliais glandulares, musculares lisas, musculares cardíacas e nervosas. Trata-se de uma estrutura cuja a função é estabelecer a comunicação entre as células, permitindo que grupos celulares funcionem de modo coordenado e harmônico, formando um conjunto funcional Referência. Junqueira, L.C.U & Carneiro J. Biologia celular e molecular. 8º Edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Após a leitura, retire do texto as informações mais importantes. Esse é o seu RESUMO das ideias principais. PARA CONTINUAR SEUS ESTUDOS, POSTE NO ITEM “APRIMORANDO CONCEITOS – RESUMO 4”. No Fórum desta sala, e colocar seu nome completo em todos os arquivos. ATIVIDADE 4 mailto:rosanergo@hotmail.com
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