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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 22 Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com Neste módulo é apresentado o núcleo, seus compartimentos, estruturas, composição e funções. O Núcleo. O núcleo é a principal característica que distingue uma célula eucarionte de uma célula procarionte. A maior parte da informação genética da célula está contida no DNA do núcleo, existindo apenas uma pequena porção fora dele nas mitocôndrias e cloroplastos. Além disso, o núcleo controla o metabolismo celular pela transcrição do DNA nos diferentes tipos de RNAs. Os RNAs são traduzidos em proteínas, os efetores finais da informação genética. O núcleo geralmente, é localizado no centro da célula. No entanto, em células que armazenam material a ser secretado, como as células acinosas do pâncreas e as caliciformes do intestino, o núcleo tem posição basal. Também existem células com dois ou mais núcleos. A fibra muscular esquelética é um dos poucos exemplos de celular com várias dezenas de núcleos. Geralmente a forma do núcleo acompanha a forma da célula. As células prismáticas têm núcleos alongados. Enquanto células poligonais ou esféricas têm núcleos esféricos. Existem também muitos núcleos com forma irregular. O tamanho do núcleo pode variar de acordo com o metabolismo e com o conteúdo em DNA da célula. Células com metabolismo intenso apresentam núcleos volumosos. O núcleo interfásico é composto pelo envoltório nuclear, a cromatina e os nucléolos e o nucleoplasma. MÓDULO 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 23 Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com Envoltório Nuclear. O envoltório nuclear separa o núcleo do citoplasma, sendo responsável pela manutenção do núcleo como um compartimento distinto e permitindo que a célula controle o acesso ao seu material genético. Ele é visível apenas ao microscópio eletrônico, pois a espessura de suas membranas está abaixo do poder de resolução do microscópio. O Envoltório nuclear é constituído por duas unidades de membrana concêntricas, que limitam uma cavidade interna, a cisterna perinuclear, que tem de 10 a 50 nm de espessura. A membrana interna apresenta-se associada a sua face uma rede de filamentos que constitui a lâmina nuclear. As membranas do envoltório são lipoproteícas, apresentam-se em torno de 30% de lipídios e 70% de proteínas, dentre as quais algumas são glicoproteínas. Cerca de 90% dos lipídios são fosfolipídios e os 10% restantes são triglicerídeos, colesterol e ésteres. O envoltório nuclear não é contínuo como as demais membranas biológicas. Em alguns pontos, a fusão da membrana externa com a interna leva ao estabelecimento dos poros. Esses poros são preenchidos por agregados proteicos, os complexos de poro, que regulam o trânsito de macromoléculas entre o núcleo e o citoplasma. O complexo do poro é ancorado na bicamada lipídica e são constituídos por mais de 100 moléculas proteicas, coletivamente denominadas nucleoporinas (Nup). O trânsito de moléculas através dos complexos de poro pode dar-se por transporte passivo ou por transporte ativo. Moléculas com até 9nm de diâmetro atravessam rapidamente pelo complexo de poro nos dois sentidos. Mas a maioria das proteínas e RNAs são, no entanto, grandes demais para se difundirem por esses canais. Essas macromoléculas atravessam os complexos de poro por um processo que consome energia, onde tantas proteínas quanto RNAs são reconhecidas e transportadas seletivamente. O núcleo importa do citoplasma, normalmente, proteínas de peso molecular elevado, como as polimerases do DNA (100.000 daltons) e do RNA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 24 Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com (200.000daltons) por sinais de localização reconhecidos pelos receptores de importação, que são proteínas da família das importinas. Nos vertebrados estima- se que exista cerca de 20 tipos de importinas. A importa-proteína são reconhecidas pelas Nups que compõe o complexo de poro. A importação de RNAs do núcleo para o citoplasma é semelhante a importação de proteínas, mas em direção oposta. Esse processo também é reconhecido como receptores de exportação específicos, ou seja, uma família de proteínas denominadas exportinas. O processo é ativo, consumindo energia fornecida pela GTP. Os RNAs transcritos no núcleo que desempenham sua função no citoplasma, ou seja, o mRNA, tRNA e rRNA, são exportados como complexos de RNA- proteínas (RNP) e os sinais de exportação nuclear desses complexos RNA proteínas estão presentes. A direção do transporte de moléculas entre o núcleo e o citoplasma é regulada pela Ran, uma proteína de baixo peso molecular pertencente à família das enzimas que quebram GTP ou GTPases. Os receptores de importação nuclear (importinas) e de exportação (exportinas) possuem dois domínios: um se liga à Ran e outro se liga a molécula a ser transportada. Associada à superfície interna do envoltório nuclear, encontra-se lâmina nuclear, uma rede proteica com 10 a 20nm de espessura, que se interrompe nos poros nucleares. Cromatina. As proteínas que se associam ao DNA para formar a cromatina são classificadas em histonas e não-histonas. Além disso, sempre que a cromatina é isolada, encontra-se pequena quantidade de RNA associada a ela. O DNA segundo o modelo de Watson e Crick, é constituído por duas cadeias de polinucleotídeos complementares e antiparalelas, que se associam por pontes de hidrogênio, formando uma dupla hélice com diâmentro de 2 nm. A quantidade de DNA por núcleo varia de espécie para espécie e é característica de cada espécie. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 25 Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com O RNA associado a cromatina representa 3% de sua composição, basicamente é constituído de cadeias de RNA nascentes, que ainda estava associados ao molde de DNA no momento em que a cromatina fica isolada. As fibras de cromatinicas apresentam DNA associado a cinco tipos de histonas, que são classificadas de acordo com o teor de lisina e/ou arginina: H1, H3A, H2B, H3 e H4. Além das proteínas histonas, como dito anteriormente, existem as proteínas não-histonicas, elas constituem um grupo heterogêneo que participam da estrutura dos cromossomos, estão geralmente associadas aos processos de replicação do DNA como DNA polimerases, helicases, topoisomerases e etc. E proteínas que participam do processo de ativação da expressão gênica. A unidade estrutural da cromatina é denominada de nucleossomo, mas é comum encontrar também a denominação de cromatossomo. O nucleossomo são partículas de forma cilíndricas achatada com 10 nm de diâmetro e 6 nm de altura. Sob estudos ao microscópio de luz revelaram, no núcleo interfásico, dois padrões distintos de coloração da cromatina, uma porçãode coloração intensa que foi denominada heterocromatina, e uma outra, menos corada e mais homogênea, denominada eurocromatina. Esses dois tipos de cromatina são identificados pelos seus diferentes estados de compactação. Nucléolo. Os nucléolos são estruturas nucleares esféricas não envolvidas por membrana. Eles são facilmente vistos ao microscópio de luz, graças ao seu tamanho, que pode variar de 1 a 7µm. A forma e organização estrutural dos nucléolos variam bastante entre diferentes tipos celulares e dependem de sua atividade funcional. Em células que apresentam alta atividade de produção de ribossomos, os nucléolos são geralmente grandes e complexos. Nucléolos pequenos, em forma de anel, são encontrados em células que produzem pouco ribossomos, como os CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 26 Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com linfócitos e monócitos do sangue. Apesar de existirem nucléolos com dois ou mais nucléolos, geralmente o nucléolo é único. Análise de frações mostra que os nucléolos são estruturas densas contendo em torno de 60% de matéria seca, principalmente proteínas e RNA ribossômico. Apresentam pequena quantidade de DNA, correspondente a cromatina que contém os genes codificadores dos rRNAs, denominado DNA ribossômico (rDNA). Além de proteínas estruturais do nucléolo, são encontradas proteínas e rRNAs que participam da transcrição e das modificações pós-transcricionais dos rRNAs. Entre estes estão os RNAs nucleares de baixo peso molecular os snoRNAs que podem estar complexados com proteínas. A maioria dos nucléolos os três componentes: o centro fibrilar, componente fibrilar denso, o componente granular apresentam um arranjo concêntrico. Na região do centro fibrilar é encontrado rDNA, as moléculas de RNA-polimerase I, DNA-topoisomerases I e fatores de transcrição do rRNA. Os centros fibrilares são envolvidos total ou parcialmente, pelo componente fibrilar denso, onde são encontradas das moléculas de rRNA recém transcrito e as enzimas envolvidas no processo transcricional do rRNA. A camada mais externa contém componente granular, onde ocorre o processamento final do rRNA e é, portanto, constituído por grânulos de RNA complexados com proteínas. Referência. Junqueira, L.C.U & Carneiro, J. Biologia celular e molecular. 8º Edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Após a leitura, retire do texto as informações mais importantes. Esse é o seu RESUMO das ideias principais. PARA CONTINUAR SEUS ESTUDOS, POSTE NO ITEM “APRIMORANDO CONCEITOS – RESUMO 5”. ATIVIDADE 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 27 Professora: Rosane Gomes de Oliveira – rosanergo@hotmail.com
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