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A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Manual do Professor SOI V 2022.2 REV Clínica Médica (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Manual do Professor SOI V 2022.2 REV Clínica Médica (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=manual-do-professor-soi-v-20222-rev https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-estadual-do-sudoeste-da-bahia/clinica-medica/manual-do-professor-soi-v-20222-rev/59013029?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=manual-do-professor-soi-v-20222-rev https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-estadual-do-sudoeste-da-bahia/clinica-medica/4534831?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=manual-do-professor-soi-v-20222-rev https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=manual-do-professor-soi-v-20222-rev https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-estadual-do-sudoeste-da-bahia/clinica-medica/manual-do-professor-soi-v-20222-rev/59013029?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=manual-do-professor-soi-v-20222-rev https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-estadual-do-sudoeste-da-bahia/clinica-medica/4534831?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=manual-do-professor-soi-v-20222-rev 1 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS – SOI V MANUAL DO PROFESSOR Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 2 Módulo: Sistemas Orgânicos IntegradosV – (SOI V) Curso de Medicina Período: 5º Período Carga Horária: 340 HORAS Prática: 120 horas Teórica 60 horas Aprendizagem em Pequenos Grupos (APG) : 120 horas Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) : 40 horas Instituição: Direção-Geral: Coordenador do Curso: Coordenador Adjunto do Curso: Coordenador do Módulo: Professores do Módulo SOI V Equipe da Elaboração e Planejamento do Módulo SOI V Versão 2019.2 Prof. Daniel Riani Gotardelo – UNIPTAN Profa. Marcia Hiromi Sakai – Corparativo AFYA Equipe de Elaboração e Planejamento do Módulo SOI V Versão 2019.2 Profa. Roseane de Souza Candido Irulegui – FMIT Prof. Jorge Gelvane Tostes – FMIT Profa. Maria Vilela Pinto Nakasu – FMIT Prof. Bruno Michel e Silva – FMIT Profa. Eliane Aparecida de Andrade – FMIT Prof. Lucas Magalhães dos Reis – FMIT Profa. Renata R Ribeiro Miranda – FMIT Profa. Suélen Ribeiro Miranda – FMIT Prof. Yuri Dias Macedo Campelo – IESVAP Prof. Mauro Mendes Pinheiro Machado – IESVAP Profa. Joana Rita da Silva Correia Gomes – IESVAP Profa. Any Carolina Cardoso Guimaraes Vasconcelos – IESVAP Profa. Khalina Assunção Bezerra – IESVAP Prof. Remy Faria Alves – UNITPAC Profa. Adriana Alves Propércio – UNITPAC Profa. Ângela Cristina Rodrigues de Souza Gonçalves – UNITPAC Profa. Maria Gorete Pereira – UNITPAC Prof. Paulo Marcondes Carvalho Junior – Afya Profa. Valéria Camargo de Lacerda Carvalho – Afya Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 3 Profa. Nubia Cristina de Freitas Maia – ITPAC PALMAS Prof. José Maria Sinimbu Filho – ITPAC Porto Nacional Prof. Jandrei Rogério Markus – ITPAC Porto Nacional Prof. Astério Souza Magalhães Filho – ITPAC Porto Nacional Profa. Cintia Maria de Melo Mendes – UNINOVAFAPI Prof. Rafael Rebelo Lages da Silveira – UNINOVAFAPI Prof. Denyberg de Oliveira Santiago – UNINOVAFAPI Profa. Luiza Ivete Vieira Batista – UNINOVAFAPI Prof. Ralph Webster Cavalcanten Trajano – UNINOVAFAPI Profa. Jaqueline Soares – UNIVAÇO Profa. Maria Luísa Franco de Salles – UNIVAÇO Profa. Flávia Albuquerque Magalhães – UNIVAÇO Profa. Leticia Guimaraes Carvalho de Souza Lima – UNIVAÇO Profa. Maria Emilia de Oliveira – UNIVAÇO Profa. Tatiana Teixeira de Miranda – UNIPTAN Prof. Vilson Geraldo de Campos – UNIPTAN Prof. Américo Calzavara Neto - UNIPTAN Prof. Rafael Cerqueira Campos Luna – FASA Vitória da Conquista Profa. Michela Macedo Lima – FASA Vitória da Conquista Prof. Luciano Evangelista dos Santos Filho – FASA Vitória da Conquista Profa. Meire Núbia Santos de Santana – FASA ITABUNA Prof. Henrique Lanza – FASA ITABUNA Profa. Mercia Margotto – FASA ITABUNA Profa. Beatriz Castro Reis – UNIDEP Profa. Christiana Almeida Salvador Lima – UNIDEP Profa. Claudia Regina Gobatto – UNIDEP Profa. Luísa Patrícia Fogarolli de Carvalho – UNIDEP Profa. Marcia Hiromi Sakai – Corparativo AFYA Equipe de Elaboração e Planejamento do Módulo SOI V Versão 2020.1 Profa. Adriana Alves Propércio – UNITPAC Prof. Diogo Couto de Carvalho – UNIPTAN Prof. Elder Bontempo Teixeira – IESVAP Profa. Roseane de Souza Candido Irulegui – FMIT Profa. Marcia Hiromi Sakai – Corparativo AFYA Equipe de Elaboração e Planejamento do Módulo SOI V Versão 2020.2 Prof. Wellington Luiz Prof. Carlos Alberto Rangearo Peres Profa. Carolina Rady Nardini Dirceu Profa. Myrlena Regina M. Mescouto Borges Profa. Andrea Silva do Amaral Profa. Natalia Vianna Rodrigues Arantes Prof. João Felipe Borges Bento Profa. Marcia Hiromi Sakai – Corparativo AFYA Equipe de Elaboração e Planejamento do Módulo SOI V Versão 2021.1 Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 4 Profa. Fabiana de Almeida Mello de Menezes Profa. Gabrielle Agostinho Rolim Marques Prof. Henrique Lanza Profa. Joacilda Nunes Prof. Mauro Fernandes Teles Prof. Rafael Cerqueira Campos Luna Profa. Vidiany Aparecida Queiroz Santos Prof. Wermerson Assunção Profa. Marcia Hiromi Sakai – Corparativo AFYA Equipe de Elaboração e Planejamento do Módulo SOI V Versão 2021.2 Profª. Mércia Margotto Prof. Leonam Costa Oliveira Prof. Wellington Luiz Profª. Luiza Ivete Vieira Batista Profª. Cíntia Maria Melo Mendes Profª. Lanuza Borges Oliveira Profª. Verônica Ferreira de Souza Fernandes Prof. Mauro Mendes Pinheiro Machado Prof. Pedro Fonseca Vasconcelos Profª. Raphaela Rezende Nogueira Rodrigues Prof. Júlio César dos Santos Boechat Prof. Mauro Fernandes Teles Profª. Gabrielle Agostinho Rolim Marques Profª. Tereza Cristina de Carvalho Souza Garcês Profª. Fernanda Luiza Andrade Azevedo Profª. Fernanda de Abreu Silva Prof. Paulo Roberto Oliveira Henrique Santana Prof. Antônio Prates Caldeira Prof. Egmar de Castro Nogueira Prof. Carlos André Dilascio Detomi Prof. Remy Alves Faria Profª. Núbia Cristina de Freitas Maia Prof. Michel Henrique Baumer Prof. Leonardo Cabral Cavalcante Prof. Itamar Magalhães Gonçalves Profa. Marcia Hiromi Sakai – Corparativo AFYA Equipe de Elaboração e Planejamento do Módulo SOI V Versão 2022.2 Profª. Fernanda Luiza Andrade Azevedo Profª. Fernanda de Abreu Silva Profª. Gabrielle Agostinho Rolim Marques Prof. Luiz Eduardo Canton Santos Prof. Mauro Fernandes Teles Profª Maria Suzana Marques Profa. Nubia Cristina De Freitas Maia Prof. Ricardo Consigliero Guerra Profa. Marcia Hiromi Sakai – Corparativo AFYA Profa. Maria José Sparça Salles Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 5 SUMÁRIO 1 Apresentação .................................................................................................... 6 2 Conhecimentos, Habilidades e Atitudes ............................................................. 6 3 Ementa .............................................................................................................. 7 4 Objetivos do módulo ......................................................................................... 7 5 Estratégias de Ensino-Aprendizagem .............................................................................7 5.1 Palestras ..................................................................................................... 8 5.2 Aprendizagem em Pequeno Grupo (APG) .................................................... 8 5.3 Práticas integradas ..................................................................................... 9 5.4 TIC .............................................................................................................. 9 6 Atividades Educacionais por Semana ..................................................................... 9 Semana 1: Sistema Endócrino................................................................................ 9 Semana 2: Sistema Endócrino ............................................................................. 15 Semana 3: Endócrino .......................................................................................... 20 Semana 4: Sistema Endócrino ............................................................................. 24 Semana 5: Sistema Endócrino ............................................................................. 29 Semana 6: Sistema Nervoso ................................................................................ 34 Semana 7: Saúde Mental .................................................................................... 43 Semana 8: Sistema Nervoso ............................................................................... 57 Semana 9: Saúde Mental.......................................................................................64 Semana 10:Sistema Nervoso ............................................................................... 73 Semana 11: Saúde Mental .................................................................................. 81 Semana 12: Sistema Nervoso .............................................................................. 90 Semana 13: Órgãos dos Sentidos ......................................................................... 97 Semana 14: Sistema Locomotor ........................................................................ 103 Semana 15: Sistema Locomotor ....................................................................... 111 Semana 16: Sistema Locomotor ........................................................................ 121 Semana 17: Sistema Locomotor ........................................................................ 133 7 Sistema de Avaliação ........................................................................................ 139 7.1 Sistema de Promoção .....................................................................................142 8 Bibliografia Básica ............................................................................................142 9 Bibliografia Complementar................................................................................144 10 Anexos.............................................................................................................145 10.1 Normas Gerais de Biossegurança...................................................................145 10.2 Fluxograma EXCLUSIVO para o tutor: Conteúdo SOI V....................................147 Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 https://nreeducacional-my.sharepoint.com/personal/joao_costa_afya_com_br/Documents/2022/Equipe%20de%20Medicina/Planejamento/Arquivos%20para%202022.1/Manuais%20e%20Planos%20de%20Ensino/Manuais/SOI/SOI%20V/Manual%20do%20Professor_SOI%20V_2022.1.docx#_Toc61643184 https://nreeducacional-my.sharepoint.com/personal/joao_costa_afya_com_br/Documents/2022/Equipe%20de%20Medicina/Planejamento/Arquivos%20para%202022.1/Manuais%20e%20Planos%20de%20Ensino/Manuais/SOI/SOI%20V/Manual%20do%20Professor_SOI%20V_2022.1.docx#_Toc61643185 https://nreeducacional-my.sharepoint.com/personal/joao_costa_afya_com_br/Documents/2022/Equipe%20de%20Medicina/Planejamento/Arquivos%20para%202022.1/Manuais%20e%20Planos%20de%20Ensino/Manuais/SOI/SOI%20V/Manual%20do%20Professor_SOI%20V_2022.1.docx#_Toc61643186 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Apresentação O conteúdo das áreas básicas e clínicas foram reunidos nos módulos de Sistemas Orgânicos Integrados (SOI), presentes nas cinco primeiras fases do curso de Medicina. A medicina baseada em problemas oportuniza o debate em pequenos grupos de temas com ênfase na morfofisiologia e na fisiopatologia. A compreensão do processo saúde-doença, no âmbito da abordagem de situações problemas e casos clínicos, baseia-se no aprendizado centrado no aluno. O levantamento de hipóteses é incentivado pelo docente facilitador frente às situações- problemas, particularmente por meio da utilização sistemática de metodologias ativas, com ênfase na autoaprendizagem e na discussão em grupo. Os módulos de Sistemas Orgânicos Integrados serão ofertados do 1o ao 5o período do curso e os conhecimentos, as habilidades e as atitudes serão desenvolvidos em níveis crescentes de complexidade ao longo dos períodos. Os módulos estão integrados longitudinalmente e verticalmente. De maneira pormenorizada, integram- se, ainda, os módulos de Habilidades e Atitudes Médicas e de Integração Ensino-Serviço- Comunidade. 2. Conhecimentos, Habilidades E Atitudes do Eixo SOI Compreender, de maneira contextualizada e voltada para a prática profissional, a estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos; Aplicar os conhecimentos científicos básicos da natureza ecobiopsicossocial subjacentes à prática médica e ter raciocínio crítico na interpretação dos dados, na identificação da natureza dos problemas prevalentes e no enfrentamento destes; Utilizar os fundamentos da estrutura e funções do corpo humano na avaliação clínica e complementar; Conhecer elementos para estabelecer a conduta diagnóstica e terapêutica dos agravos prevalentes no ser humano em todas as fases do ciclo de vida, norteados pela Medicina Baseada em Evidências; Interpretar e proceder à análise crítica de artigos científicos em língua inglesa. Aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação permanente; Desenvolver habilidades para a atuação em equipe; Aplicar, para a tomada de decisão, os princípios morais, éticos e bioéticos com responsabilidades legais inerentes à profissão e ao estudante de Medicina. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 7 3. Ementa SOI V Abordagem integrada dos principais mecanismos de agressão e defesa, bases fisiopatológicas, fundamentos da terapêutica, propedêutica radiológica e laboratorial aplicadas aos problemas prevalentes do desenvolvimento humano e do meio ambiente relacionados ao sistema endócrino, sistema nervoso, à saúde mental, órgãos dos sentidos e aparelho locomotor. 4. Objetivos do módulo SOI V ● Compreender os mecanismos de agressão e defesa envolvidos nas doenças do ser humano em todas as fases do ciclo biológico, tendo como critérios a prevalência, a letalidade, o potencial de prevenção e o potencial mórbido, bem como a eficácia da ação médica ● Conhecer elementos para estabelecer a conduta diagnóstica e agravos prevalentes no ser humano norteados pela Medicina Baseada em Evidências; ● Reconhecer estados morfofuncionais alterados, com vistas à compreensão dos mecanismos envolvidos em diversas afecções; ● Explicar os fatores ambientais e os meca saúde-doença no indivíduo e na coletividade; ● Aplicar os conhecimentos dos princípios da ação e uso dos medicamentos. ● Desenvolver a capacidade de buscar e analisar informações nas principais bases de dados; ● Desenvolver a capacidade de atuar em pequenos grupos pautados em princípios éticos e humanísticos; ● Aplicar os princípios éticos e de biossegurança nos cenários de prática. 5. Estratégias de Ensino-Aprendizagem O curso utiliza estratégias ancoradas em métodos ativos de ensino- aprendizagem, preferencialmente em pequenos grupos, nos quais a motivação, a problematização, a interdisciplinaridade e a vivência prática no sistema de saúde permitem uma individualização da experiência educacional do aluno. Essas estratégias aplicadas no curso promovem o aprender a aprender, no qual se desenvolve a autonomia do aprendizado e o raciocínio crítico-reflexivo, e parte-se do conhecimento prévio sobre o tema em busca da solução dos problemas e situações de saúde que enfrentará no dia a dia da futura profissão. Além disso, incentiva o desenvolvimento das habilidades de metacognição. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 8 O outro pressuposto das metodologias ativas é o aprender fazendo, por meio da integração teoria-prática, desde o início do curso, em todos os módulos. Nos módulos de Sistemas Orgânicos Integrados serão aplicadas as seguintes estratégias de ensino-aprendizagem: Palestras. Aprendizagem em Pequeno Grupo (APG). Práticas integradas (demonstração, treinamento/retreinamento, experimentos, simulação, games, entre outros). Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC). 5.1 Palestras Serão desenvolvidas no formato de exposições em método ativo, mesas-redondas e conferências, uni ou multiprofissionais e integradoras. Os objetivos são introduzir o estudante em uma nova área do conhecimento da qual não detenha conhecimentos prévios ou resumir e ordenar uma área de conhecimento que os estudantes tenham estudado, mas cuja complexidade possa ser esclarecida pela participação de um ou mais especialistas. 5.2 Aprendizagem em Pequeno Grupo (APG) É um método de aprendizagem centrado no estudante e desenvolvido em pequenos grupos, que tem uma situação-problemacomo elemento disparador do aprendizado e integrador do conhecimento. O pequeno grupo é composto de 8 a 10 estudantes e o professor é o mediador do processo de ensino-aprendizagem. A dinâmica do grupo atende a sequência dos 9 (nove) passos. Os passos de 1 a 6 ocorrem em um APG, o passo 8 é desenvolvido em diversos cenários de aprendizagem, tais como biblioteca, laboratórios, comunidade, palestras, entre outros. Os passos 8 e 9 são desenvolvidos no APG subsequente. O tempo de duração do APG é de aproximadamente 2h30min, subdivido em 1h15min para o passo 8 e 1h15min para os passos 1, 2, 3, 4, 5, e 6. Finalizar a atividade do APG com o passo 9. Método dos 9 Passos 1- Leitura do problema - termos desconhecidos. 2 - Definir o problema (formular questões). 3 - Analisar o problema baseado em conhecimentos prévios (levantar hipóteses). 4 - Resumir as conclusões. 5 - Formular objetivos de estudo. 6 - Socialização dos objetivos de estudo. 7 – Autoaprendizagem. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 9 8 - Dividir conhecimentos com o grupo. 9 - Avaliação formativa (fechamento e abertura). 5.3 Práticas integradas São desenvolvidas nos laboratórios morfofuncionais integrados e aplicação de diversas estratégias de ensino-aprendizagem. 5.4 TIC Considerada um dos pilares nos processos de ensino e aprendizagem, mobiliza compreensões, saberes e habilidades específicas de diversos campos do conhecimento. Norteada em teorias de aprendizagem significativa, trabalha os conhecimentos de maneira relacionada aos aspectos pedagógicos e de conteúdo. Abrange uma seleção do recurso tecnológico que melhor desenvolve os objetos de aprendizagem, levando em conta a metodologia a ser utilizada, a faixa etária dos estudantes e o contexto educacional no qual está inserido, e são disponibilizados vários recursos educacionais para complementação da aprendizagem. 6. Atividades Educacionais por Semana Semana 1 – Sistema Endócrino: Objetivos da semana: Rever a morfofisiologia do pâncreas endócrino. Identificar a classificação etiológica do Diabetes Mellitus. Compreender a fisiopatologia do Diabetes Mellitus. S1P1: Cartilha do Diabético Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 10 Fonte: http://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=cordel&pagfis=78923. Objetivos: -Entender a classificação do Diabetes Mellitus. -Compreender a fisiopatologia, etiologia, epidemiologia e manifestações clínicas do do DMT1. -Conhecer o cuidado farmacológico e não-farmacológico no tratamento do DMT1. - Identificar os exames complementares para o diagnóstico do DM. Orientações para os tutores - Entender a classificação do Diabetes Mellitus De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, a doença é classificada de acordo com a etiologia, conforme o quadro abaixo: - Compreender a fisiopatologia do Diabetes Mellitus 1. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 11 O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune, poligênica, decorrente de destruição das células β pancreáticas, ocasionando deficiência completa na produção de insulina. O diabetes mellitus 1A é a forma mais frequente de DM1, confirmada pela positividade de um ou mais autoanticorpos. Em diferentes populações, descreve-se forte associação com antígeno leucocitário humano (human leukocyte antigen, HLA) DR3 e DR4. Embora sua fisiopatologia não seja totalmente conhecida, envolve, além da predisposição genética, fatores ambientais que desencadeiam a resposta autoimune. Entre as principais exposições ambientais associadas ao DM1 estão infecções virais, componentes dietéticos e certas composições da microbiota intestinal. A denominação 1B, ou idiopático, é atribuída aos casos de DM1 nos quais os autoanticorpos não são detectáveis na circulação. - Conhecer o cuidado (farmacológico e não-farmacológico) do Diabetes Mellitus. Pelo fato de o DM1 caracterizar-se por produção insuficiente de insulina, o tratamento medicamentoso depende da reposição desse hormônio, utilizando-se de esquemas e preparações variados e estabelecendo-se “alvos glicêmicos” pré e pós-prandiais para serem alcançados. Em todas as faixas etárias, a reposição da insulina deve tentar atingir o perfil mais próximo possível do fisiológico. As medidas não farmacológicas incluem: prática regular de atividade física, orientação alimentar, automonitorização dos valores glicêmicos. S1P2: E o carteado doutora?!! Antônio é aposentado vive uma vida sedentária, diariamente se diverte muito nos encontros de carteado, quando toma cerveja e come petiscos com os amigos. Apresentou peso e cansaço exagerados. Acorda muito à noite para tomar água e urinar. A médica da Unidade de saúde o alertou sobre algumas manifestações observadas, como: IMC de 40, hiperglicemia, hipertensão arterial, hipercolesterolemia e provável resistência insulínica. - Você precisa se cuidar, Antônio! Diz a médica. Objetivos: Compreender a fisiopatologia, etiologia, epidemiologia, manifestações clínicas do DMT2. Conhecer o cuidado farmacológico e não-farmacológico no tratamento do DMT2. Compreender os critérios diagnósticos para a síndrome metabólica (clínicos e laboratoriais). Orientações para os tutores - Compreender a fisiopatologia do Diabetes Mellitus tipo 2. O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) corresponde a 90 a 95% de todos os casos de DM. Possui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genético e ambiental. Geralmente, o DM2 acomete indivíduos a partir da quarta década de vida, embora se descreva, em alguns países, aumento na sua incidência em crianças e jovens. Trata-se de doença poligênica, com forte herança familiar, ainda não completamente esclarecida, cuja ocorrência tem contribuição significativa de fatores ambientais. Dentre eles, hábitos Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 12 dietéticos e inatividade física, que contribuem para a obesidade, destacam-se como os principais fatores de risco. O desenvolvimento e a perpetuação da hiperglicemia ocorrem concomitantemente com hiperglucagonemia, resistência dos tecidos periféricos à ação da insulina, aumento da produção hepática de glicose, aumento de lipólise e consequente aumento de ácidos graxos livres circulantes, aumento da reabsorção renal de glicose e graus variados de deficiência na síntese e na secreção de insulina pela célula β pancreática. Em pelo menos 80 a 90% dos casos, associa-se ao excesso de peso e a outros componentes da síndrome metabólica. - Conhecer o cuidado (farmacológico e não-farmacológico) para o Diabetes Mellitus tipo 2. O aluno deve citar os mesmos hábitos não-farmacológicos que o DM1, a insulina como opção terapêutica para o DM2. O discente deve discutir os antidiabéticos orais utilizados, suas classes e mecanismo de ação. - Biguanidas: a metformina, o representante dessa classe de agentes, reduz a produção hepática de glicose e melhora ligeiramente a utilização periférica da glicose. Ela ativa a proteína-quinase dependente de AMP e penetra nas células por meio de transportadores de cátions orgânicos (cujos polimorfismos podem influenciar a resposta à metformina). Evidências recentes indicam que o mecanismo da metformina para reduzir a produção hepática de glicose consiste em antagonizar a capacidade do glucagon de gerar monofosfato de adenosina (AMP) cíclico nos hepatócitos. A metformina reduz os níveis de glicose plasmática em jejum (GPJ) e de insulina, melhora o perfil lipídico e promove uma perda modesta de peso. - Secretagogos da insulina – agentes que afetam o canal de K+ sensível ao trifosfato de adenosina Os secretagogos da insulina estimulam a secreção de insulina ao interagir com o canal de potássio sensível ao trifosfato de adenosina (ATP, deadenosine triphosphate) na célula β. Esses fármacos são mais efetivos nos indivíduos com DM tipo 2 de início relativamente recente (menos de cinco anos) que ainda exibem uma produção endógena residual de insulina. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 13 - Secretagogos da insulina – agentes que intensificam a sinalização do receptor de peptídeo 1 relacionado com o glucagon As “incretinas” amplificam a secreção de insulina estimulada pela glicose. Os agentes que atuam como agonistas do receptor de peptídeo 1 relacionado com o glucagon (GLP-1, de glucagon-related peptide-1) ou que aumentam a atividade endógena do GLP-1 foram aprovados para o tratamento do DM tipo 2. - Inibidores da α-glicosidase Os inibidores da α-glicosidase reduzem a hiperglicemia pós-prandial ao retardar a absorção da glicose; esses fármacos não afetam a utilização da glicose nem a secreção de insulina. A hiperglicemia pós-prandial, secundária a uma deterioração da utilização hepática e periférica da glicose, contribui acentuadamente para o estado hiperglicêmico no DM tipo 2. Esses medicamentos, tomados imediatamente antes de cada refeição, reduzem a absorção de glicose por inibirem a enzima responsável pela clivagem dos oligossacarídeos e sua transformação em açúcares simples no lúmen intestinal. - Tiazolidinedionas As tiazolidinedionas reduzem a resistência à insulina por meio de sua ligação ao receptor nuclear PPAR-γ (receptor ativado do proliferador dos peroxissomos tipo γ, de peroxisome proliferator-activated receptor γ) (que forma um heterodímero com o receptor X retinoide). O receptor do PPAR-γ é encontrado em níveis mais altos nos adipócitos, porém se expressa em níveis mais baixos em muitos outros tecidos. Os agonistas desse receptor regulam um grande número de genes, promovem a diferenciação dos adipócitos, reduzem o acúmulo hepático de gorduras e promovem o armazenamento dos ácidos graxos. As tiazolidinedionas promovem uma redistribuição da gordura das localizações centrais para as áreas periféricas. Os níveis circulantes de insulina diminuem com o uso de tiazolidinedionas, indicando uma redução na resistência à insulina. - Compreender a síndrome plurimetabólica (achados clínicos). Em adultos, a associação entre obesidade e doença coronariana está bem estabelecida. Essa associação levou, em anos mais recentes, à criação do termo “síndrome metabólica” (SM) para definir aqueles indivíduos que teriam mais chances de desenvolver eventos cardiovasculares devido a uma base fisiopatológica comum entre os componentes da síndrome, possivelmente orquestrada pela obesidade central. De qualquer modo, independentemente da terminologia usada, os riscos cardiovasculares são bem estabelecidos, e fica cada vez mais claro que as crianças, já em tenra idade, podem começar a apresentar alterações metabólicas preditivas de problemas mais sérios futuramente. Dentre os fatores incluídos na SM estão a obesidade visceral, a dislipidemia aterogênica, a hipertensão e a resistência à insulina, mas outras comorbidades (como esteato-hepatite não alcoólica e apneia obstrutiva do sono) estão comumente associadas. Os critérios diagnósticos para a Síndrome metabólica estão abaixo listados: Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 14 Objetivos do Laboratório Morfofuncional Integrado AS ATIVIDADES NOS LABORATÓRIOS IRÃO INICIAR APÓS A PRIMEIRA SEMANA DE APG. Atividades Práticas: AS ATIVIDADES NOS LABORATÓRIOS IRÃO INICIAR APÓS A PRIMEIRA SEMANA DE APG. Palestras: 1º Palestra - Farmacologia da insulina. 2º Farmacologia dos hipoglicemiantes orais. Orientações para Palestras 1 e 2: Classificação e mecanismo de ação. TICs: Objetivos: Entender o controle hormonal da fome. Conhecer a Diretriz Brasileira de Síndrome Metabólica. Discorrer sobre a importância clínica do Peptídeo C. Entender a obesidade infantil como problema de saúde. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 15 Atividade: Peptídeo C / Diretriz Brasileira de Síndrome Metabólica / Controle hormonal da fome / obesidade infantil. Semana 2 – Sistema Endócrino: Objetivos da semana: Entender as principais alterações associadas ao Diabetes Mellitus. Discutir a fisiopatologia da hipoglicemia e hiperglicemia. S2P1: "Menos é mais" Vanessa, aluna do 1º período de Medicina e diabética, participou do Festival de bolos e doces comendo por toda noite. Na manhã seguinte acordou queixando-se de cansaço, polifagia, polidpsia, poliúria e hálito cetônico. Laura, sua colega de república e estudante do 10º período de Medicina, orientou-a a aumentar a dose de insulina que ela já toma todas as manhãs. Uma hora depois, ao retornar da caminhada, Laura encontrou Vanessa sudoreica, apresentando palidez cutaneomucosa, estado confusional exacerbado que logo evoluiu para síncope. Sem saber o que fazer, Laura chamou o SAMU. Objetivos: Compreender a fisiopatologia, fatores de risco e quadro clínico das complicações agudas do DM (hipoglicemia, cetoacidose, estado hiperosmolar). Discutir as questões éticas e de responsabilidade diante do autocuidado na utilização da insulina. Orientações para os tutores - Compreender a fisiopatologia das complicações agudas do Diabetes Mellitus (hipoglicemia, cetoacidose diabética e estado hiperosmolar): retirado de: Medicina Interna de Harrison, 19ª edição, capítulo 406. 1- Hipoglicemia: a hipoglicemia é causada mais comumente por fármacos usados no tratamento do diabetes melito ou pela exposição a outras drogas, incluindo o álcool. Entretanto, vários outros distúrbios, incluindo falência de órgãos críticos, sepse e inanição, deficiências hormonais, tumores de células não β, insulinoma e cirurgia gástrica prévia, podem causar hipoglicemia. A hipoglicemia é documentada de maneira mais convincente pela tríade de Whipple: (1) sintomas compatíveis com hipoglicemia, (2) baixa concentração plasmática de glicose medida por um método preciso (e não com monitor de glicose) e (3) alívio desses sintomas após elevação do nível plasmático de glicose. Normalmente, o limite inferior da concentração plasmática de glicose em jejum é de cerca de 70 mg/dL (cerca de 3,9 mmol/L); todavia, ocorrem níveis mais baixos de glicose no sangue venoso em condições normais, dentro de algumas horas após uma refeição, durante a gravidez e durante um jejum prolongado (> 24 horas). A hipoglicemia pode causar morbidade significativa; se for grave e prolongada, pode ser fatal. A sua Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 16 presença deve ser considerada em qualquer paciente com episódios de confusão, nível alterado de consciência ou crise convulsiva. 2- CAD: a CAD resulta da deficiência relativa ou absoluta de insulina combinada com excesso dos hormônios contrarreguladores (glucagon, catecolaminas, cortisol e hormônio do crescimento). Tanto a deficiência de insulina quanto o excesso de glucagon, em particular, são necessários para a instalação da CAD. A menor relação de insulina com o glucagon promove a gliconeogênese, a glicogenólise e a formação de corpos cetônicos no fígado, assim como aumentos no fornecimento de substratos provenientes da gordura e do músculo (ácidos graxos livres, aminoácidos) ao fígado. Os marcadores da inflamação (citocinas, proteína C-reativa) estão elevados tanto na CAD quanto no EHH. A combinação de deficiência de insulina e hiperglicemia reduz o nível hepático de frutose-2,6-difosfato, o que altera a atividade da fosfofrutoquinase e da frutose-1,6- bifosfatase. O excesso de glucagon reduz a atividade de piruvato quinase, enquanto a deficiência de insulina aumenta a atividade de fosfoenolpiruvato-carboxiquinase. Essas mudanças desviam o processamento do piruvato na direção da síntese de glicose e para longe daglicólise. Os maiores níveis de glucagon e de catecolaminas na vigência de baixos níveis de insulina promovem a glicogenólise. A deficiência de insulina também reduz os níveis do transportador de glicose GLUT4, o que compromete a captação da glicose dentro do músculo esquelético e da gordura e reduz o metabolismo intracelular da glicose. A cetose resulta de um aumento acentuado na liberação de ácido graxos livres pelos adipócitos, com um desvio resultante na direção da síntese de corpos cetônicos no fígado. Os níveis reduzidos de insulina, em combinação com elevações nas catecolaminas e no hormônio do crescimento, aceleram a lipólise e a liberação de ácidos graxos livres. Normalmente, esses ácidos graxos livres são convertidos em triglicerídeos ou em lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL, de very-low-density lipoprotein) no fígado. Contudo, na CAD, a hiperglucagonemia altera o metabolismo hepático em favor da formação de corpos cetônicos por meio da ação da enzima carnitina- palmitoiltransferase I. Essa enzima é crucial para a regulação do transporte dos ácidos graxos para o interior das mitocôndrias, onde ocorrem a oxidação β e a transformação em corpos cetônicos. Em um pH fisiológico, os corpos cetônicos existem em forma de cetoácidos, que são neutralizados pelo bicarbonato. À medida que as reservas de bicarbonato sofrem depleção, instala-se um quadro de acidose metabólica. A maior produção de ácido láctico também contribui para a acidose. As maiores quantidades de ácidos graxos livres aceleram a produção de triglicerídeos e de VLDL. A depuração de VLDL também é reduzida, pois a atividade da lipase lipoproteica sensível à insulina no músculo e na gordura é diminuída. A hipertrigliceridemia pode ser tão intensa a ponto de causar pancreatite. A CAD com frequência é desencadeada por maiores demandas de insulina, como ocorre durante uma enfermidade concomitante. Se a terapia com insulina não for aumentada, esse problema será complicado ainda mais. A omissão completa ou a administração inadequada de insulina pelo paciente ou pela equipe de assistência de saúde (em um paciente hospitalizado com DM tipo 1) podem precipitar a CAD. Os pacientes que Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 17 utilizam dispositivos de infusão de insulina com insulina de ação rápida podem desenvolver CAD, visto que até mesmo uma curta interrupção no fornecimento de insulina (p. ex., mau funcionamento mecânico) resulta rapidamente em deficiência de insulina. 3- EHNC: a deficiência relativa de insulina e a ingestão inadequada de líquido são as causas subjacentes de EHH. A deficiência de insulina induz um aumento da produção hepática de glicose (por meio da glicogenólise e da gliconeogênese) e prejudica a utilização de glicose no músculo esquelético (ver a discussão da CAD, anteriormente). A hiperglicemia induz uma diurese osmótica que acarreta depleção do volume intravascular, a que será exacerbada por uma reposição inadequada de líquidos. A ausência de cetose no EHH não é compreendida. Presumivelmente, a deficiência de insulina é apenas relativa e menos acentuada do que na CAD. Em alguns estudos, foram encontrados níveis mais baixos de hormônios contrarreguladores e ácidos graxos livres no EHH do que na CAD. É possível também que o fígado seja menos capaz de sintetizar corpos cetônicos ou que a relação insulina/glucagon não favoreça a cetogênese. - Discutir as questões éticas e de responsabilidade diante da automedicação e autocuidado na utilização da insulina. A transição de medicações orais para insulina pode ser difícil para o paciente e para o médico. Identificar os medos do paciente e ajudá-lo a ver a insulina como uma segurança, uma terapia eficaz, é uma importante etapa inicial para a aceitação do paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: INZUCCHI, Silvio E. Diabete Melito. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2007. 9788536309743. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536309743/. Acesso em: 05 jun. 2022. S2P2: “Todos por um” Paulo, agente comunitário de saúde, vai até a casa do Sr. Gerson, de 71 anos. Quando aposentou há 14 anos, Sr. Gerson foi diagnosticado com diabetes e pouco vai ao médico. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 18 Neste ano mudou para cá e desde então estamos próximos a ele para ajudá-lo. Sr. Gerson pouco enxerga e acha que seu problema de visão é catarata. Além disso, mora sozinho, seus filhos nem ligam para ele, alimenta-se mal e toma seus remédios irregularmente. Começou com uma ferida no pé há uns meses e a nossa equipe tem se organizado para tentar ajudá-lo, já ficou internado e tudo, mas desse jeito pode até perder o pé, ele morre de medo disso. Objetivos: Discutir a fisiopatologia, fatores de riscos e quadro clínico das complicações crônicas do Diabetes Mellitus (pé diabético, neuropatia, retinopatia e nefropatia). Compreender a abordagem interdisciplinar do pé diabético (equipe multidisciplinar). Orientações para os tutores - Relacionar a fisiopatologia com as complicações do Diabetes Mellitus. As complicações relacionadas com o diabetes podem ser divididas em complicações vasculares e não vasculares e assemelham-se no DM tipo 1 e tipo 2. As complicações vasculares do DM são subdivididas em microvasculares (retinopatia, neuropatia, nefropatia) e macrovasculares (doença arterial coronariana [DAC], doença arterial periférica [DAP], doença vascular cerebral). As complicações microvasculares são específicas do diabetes, enquanto as complicações macrovasculares se assemelham àquelas de indivíduos não diabéticos, porém ocorrem com maior frequência nos pacientes portadores de diabetes. As complicações não vasculares incluem gastroparesia, infecções, alterações cutâneas e perda auditiva. Ainda não foi estabelecido se o DM tipo 2 aumenta o risco de demência ou de comprometimento da função cognitiva. As complicações microvasculares do DM tanto tipo 1 quanto tipo 2 resultam da hiperglicemia crônica. A evidência que implica um papel causal para a hiperglicemia crônica no desenvolvimento das complicações macrovasculares é menos conclusiva. Os eventos e as taxas de mortalidade da DAC são 2 a 4 vezes maiores em pacientes com DM tipo 2 e correlacionam-se com os níveis plasmáticos de glicose em jejum e pós- prandiais, bem como com a hemoglobina A1c (HbA1c). Outros fatores, como dislipidemia e hipertensão, também desempenham papéis importantes nas complicações macrovasculares. A hiperglicemia crônica é um fator etiológico importante responsável pelas complicações do DM, porém o mecanismo pelo qual ela induz uma disfunção celular e orgânica tão diversificada é desconhecido. Uma hipótese emergente sustenta que a hiperglicemia leva a alterações epigenética que influenciam a expressão gênica nas células afetadas. Por exemplo, isso pode explicar o efeito de legado ou a memória metabólica mencionados anteriormente. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 19 Quatro teorias, que não se excluem mutuamente, sobre o mecanismo pelo qual a hiperglicemia pode levar às complicações crônicas do DM incluem as seguintes vias. (1) O aumento da glicose intracelular leva à formação de produtos finais da glicosilação avançada, que se ligam a um receptor de superfície celular por meio da glicosilação não enzimática de proteínas intracelulares e extracelulares, resultando em ligação cruzada das proteínas, aterosclerose acelerada, disfunção glomerular, disfunção endotelial e alteração da composição da matriz extracelular. (2) A hiperglicemia aumenta o metabolismo da glicose pela via do sorbitol relacionada com a enzima aldose-redutase. Entretanto, essa teoria foi testada nos seres humanos usando inibidores da aldose- redutase, porém não foram demonstrados quaisquer efeitos benéficos. (3) Ahiperglicemia aumenta a formação de diacilglicerol, resultando em ativação da proteína- quinase C, que altera a transcrição dos genes para fibronectina, colágeno tipo IV, proteínas contráteis e proteínas da matriz extracelular nas células endoteliais e nos neurônios. (4) A hiperglicemia aumenta o fluxo pela via da hexosamina, que gera frutose-6-fosfato, um substrato para a glicosilação de ligação O e a produção de proteoglicana, resultando em alteração da função da glicosilação das proteínas, como a óxido nítrico-sintase endotelial, ou por mudanças na expressão gênica do fator de crescimento transformador β (TGF-β, de transforming growth factor β) ou do inibidor do ativador do plasminogênio 1. Os fatores de crescimento podem desempenhar um importante papel em algumas complicações relacionadas com o diabetes, e sua produção é aumentada pela maioria dessas vias propostas. O fator de crescimento do endotélio vascular A (VEGF-A, de vascular endothelial growth factor A) aumenta localmente na retinopatia proliferativa diabética e diminui após a fotocoagulação a laser. O TGF-β aumenta na nefropatia diabética e estimula a produção de colágeno pela membrana basal e de fibronectina pelas células mesangiais. Um possível mecanismo unificador é que a hiperglicemia induz uma maior produção de espécies reativas do oxigênio ou de superóxido nas mitocôndrias; esses compostos podem ativar todas as quatro vias descritas anteriormente. Apesar de a hiperglicemia funcionar como o desencadeante inicial para as complicações do diabetes, ainda não foi esclarecido se os mesmos processos fisiopatológicos operam em todas as complicações ou se algumas vias predominam em certos órgãos. A tireoide (do grego thyreos, escudo, mais eidos, forma) consiste em dois lobos conectados por um istmo. Está localizada adiante da traqueia, entre a cartilagem cricoidea e a incisura supraesternal. A tireoide normal pesa 12 a 20 g, sendo altamente vascularizada e de consistência macia. Kasper, Dennis L.; Hauser, Stephen L.; Jameson, J. Larry; Fauci, Anthony S.; Longo, Dan L.; Loscalzo, Joseph. Medicina Interna de Harrison - 2 Volumes (Locais do Kindle 223193- 223195). AMGH/Artmed. Edição do Kindle. - Compreender a abordagem interdisciplinar no pé diabético. Discutir a importância da participação do cuidado de diversas especialidades médicas e não médicas, com objetivo do tratamento mais adequado do paciente. Ver http://www.scielo.br/pdf/jvb/v10n4s2/a01v10n4s2 Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 http://www.scielo.br/pdf/jvb/v10n4s2/a01v10n4s2 http://www.scielo.br/pdf/jvb/v10n4s2/a01v10n4s2 http://www.scielo.br/pdf/jvb/v10n4s2/a01v10n4s2 20 Objetivos do Laboratório Morfofuncional Integrado Ilustrar a morfofisiologia do pâncreas e seus processos patológicos, compreender as disfunções associadas à síndrome plurimetabólica. Atividades Práticas: Lab 1 Propedêutica Imagem: Discutir a avaliação por imagem na síndrome plurimetabólica. Lab 2 Anatomopatologia: Compreender os critérios laboratoriais utilizados para diagnóstico e acompanhamento do diabetes mellitus: glicemia de jejum e pós-prandial, TOTG, HbA1c. Lab 3 Patologia Clínica / Farmacologia Entender os hipoglicemiantes orais no tratamento da Diabetes Mellitus. Palestras: 1º Palestra: Ações Preventivas para as complicações de diabetes mellitus (pé diabético). 2º Palestra: Ações Preventivas para as complicações de diabetes mellitus (retinopatia e nefropatia). Orientações para Palestras 1 e 2: Ações Preventivas envolvendo equipe multidisciplinar, autocuidado e cuidadores. TICs: Objetivos: Entender as alterações oculares secundárias à Diabetes. Compreender as etapas do tratamento insulínico do não insulínico ao Diabetes. Diferenciar a Cetoacidose Diabética do Estado Hiperosmolar não Cetótico. Atividade: Fundo de olho paciente diabético / tratamento não insulínico e insulínico no DM / CD e EHNC. Semana 3 – Sistema Endócrino Objetivos da semana: Compreender a morfofisiologia da hipófise e das gônadas. Entender as principais alterações na hipófise e nas gônadas e suas consequências para o organismo. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 21 S3P1: “A vida não presta” (Leo Jaime) No show de Leo Jaime, quando a corda de um instrumento arrebenta, o cantor aproveita a substituição para animar o povo, e não se poupa da própria ironia: “Barriga tanquinho é para os fracos! Eu tenho uma lavadora turbo automática com 12 programas!”. Ou então: “Aqui não tem nada P, é tudo GG”. A adiposidade que se concentra no abdome, no pescoço e nas bochechas é consequência de uma doença rara, o pan-hipopituitarismo... ...Isso não o impede de fazer bonito ao lado da lindona Fernanda Lima no programa Amor & sexo, da Globo, nem de se destacar entre jovens sarados no elenco da novela teen Malhação, da mesma emissora, vivendo um roqueiro veterano. Fonte: https://revistatrip.uol.com.br/trip/leo-jaime Objetivos: Rever a morfofisiologia da hipófise. Compreender a fisiopatologia do hipopituitarismo e hiperpituitarismo. Conhecer a classificação da origem das desordens hormonais. Orientações para os tutores O controle do metabolismo, do crescimento e da reprodução é mediado por uma combinação dos sistemas neural e endócrino localizados no hipotálamo e na hipófise. A hipófise, cujo peso é de cerca de 0,6 g, repousa na base do cérebro, na sela turca óssea, próximo ao quiasma óptico e aos seios cavernosos. A hipófise é constituída por um lobo anterior (adenohipófise) e por um lobo posterior (neuro-hipófise) e os alunos devem descrever os hormônios produzidos e excretados pela hipófise. Produção inadequada de hormônios da adenohipófise leva às características do hipopituitarismo. A deficiência na produção de um ou mais dos hormônios tróficos da adenohipófise pode resultar de distúrbios hereditários; porém, mais comumente o hipopituitarismo do adulto é adquirido e reflete o efeito de uma massa compressiva de um tumor, as consequências de um traumatismo hipofisário ou hipotalâmico, um processo inflamatório ou um dano vascular. Esses processos também podem impedir a síntese ou secreção dos hormônios hipotalâmicos, com deficiência hipofisária resultante. O hormônio do crescimento (GH), polipeptídio produzido e secretado por células especializadas localizadas na hipófise anterior, tem por principal função a promoção do crescimento e do desenvolvimento corporal. Além disto, participa da regulação do metabolismo de proteínas, lipídios e carboidratos. S3P2: Mente de menina em corpo de mulher... Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 22 As amigas da classe de Cassinha, no quarto ano do Ensino Fundamental, começaram a questionar o porquê de ela apresentar um percentil acima da média da altura para a sua idade, estar usando sutiã para esconder o broto mamário e ter vivido a menarca. As amigas queriam descobrir o “segredo” da menina e a observavam o tempo inteiro, praticando bullying, deixando-a preocupada e triste. Objetivos: -Rever as fases do desenvolvimento e da maturação sexual masculino e feminino. -Compreender o impacto da puberdade precoce na formação do adolescente. -Discutir bullying em escolares. Orientações para os tutores Em termos endócrinos, a puberdade na nossa espécie é caracterizada por dois processos: a produção de androgênios pelas glândulas suprarrenais (adrenarca) e a reativação do eixo hipotálamo-hipófise-gônada (HHG) (gonadarca). A primeira evidência química da puberdade é, compreensivelmente, um aumento na produção e liberação de desidroepiandrosterona (DHEA) e respetivo sulfato (DHEA-S) pelas glândulas suprarrenais. Esse aumento inicial é detectado habitualmente entre os sete e nove anos de idade, seguindo-se um aumento progressivo para osníveis adultos. Não se conhecem os fatores que regulam a adrenarca mas ela não parece estar sob controlo direto de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) ou gonadotrofinas. Descrever a gonadarca e os hormônios envolvidos. Referência: http://www.scielo.br/pdf/ep/v42n1/1517-9702-ep-42-1-0181.pdf -Discutir bullying em escolares: A prática ou a vitimização do bullying no contexto escolar não está relacionada a uma única causa, pois são inúmeros os fatores que podem concorrer para o desencadeamento do fenômeno. Destacar causas pontuais ou específicas para explicar o bullying não constitui uma premissa metodológica correta, vez que o envolvimento de cada criança ou adolescente nos casos de bullying é dinâmico e circunstancial. Não é possível enumerar taxativamente os fatores influenciadores do bullying, tendo em vista que os comportamentos adotados pelos estudantes variam de acordo com a circunstância ou momento de cada situação vivenciada. No entanto, há determinadas variáveis (fatores) que podem auxiliar na compreensão do fenômeno, permitindo um maior entendimento da ocorrência do bullying e, consequentemente, fornecendo indicativos para seu enfrentamento e prevenção. A partir da análise minuciosa das possíveis causas do bullying, será permitido mensurar a probabilidade de estudantes Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 http://www.scielo.br/pdf/ep/v42n1/1517-9702-ep-42-1-0181.pdf http://www.scielo.br/pdf/ep/v42n1/1517-9702-ep-42-1-0181.pdf 23 figurarem ou não como autores ou alvos do fenômeno, como bullies ou vítimas. Tais fatores podem ser classificados como: individuais (ou influências físicas) e contextuais (ou influências sociais). Os primeiros são assim denominados por compreenderem causas que são intrínsecas aos estudantes, ou seja, aquelas interiorizadas ou enraizadas pelo indivíduo, podendo ser exteriorizadas em determinado período da vida ou não. Já os fatores contextuais dizem respeito a todas as causas que são externas aos sujeitos, todo e qualquer tipo de influência social, decorrente das relações humanas que podem intervir na conduta da criança ou do adolescente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: GOMES, Luiz F.; SANZOVO, Natália M. Bullying e a prevenção da violência nas escolas: quebrando mitos, construindo verdades. (Coleção saberes monográficos). Editora Saraiva, 2013. 9788502193628. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502193628/. Acesso em: 05 jun. 2022. Objetivos do Laboratório Morfofuncional Integrado Ilustrar os processos degenerativos do pâncreas e compreender algumas complicações associadas ao DM. Atividades Práticas: Lab 1 Propedêutica Imagem: Aprender sobre ultrassom renal na nefropatia crônica (complicação da DM). Lab 2 Anatomopatologia Rever histologia de pâncreas e as alterações que ocorrem no diabetes. Lab 3 Patologia Clínica / Farmacologia Conhecer a farmacologia das insulinas e a dosagem laboratorial da cetonúria e microalbuminúria. Palestras: 1º Palestra: Hiperpituitarismo 2º Palestra: Hipopituitarismo Orientações para Palestras 1 e 2: Etiologias, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. TICs: Objetivos: Calcular a idade óssea. Entender os conceitos de puberdade precoce. Correlacionar as repercussões encontradas na Síndrome de Kallmann. Atividade: Idade óssea / puberdade precoce / desenvolvimento puberal / Síndrome de Kallmann. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 24 Semana 4 – Sistema Endócrino Objetivos da semana: Rever e compreender a morfofisiologia da adrenal e tireoide e as principais consequências das alterações dos hormônios adrenais e tireoidianos. S4P1: Fases da Lua Mônica vai visitar sua mãe e comenta que não sabe por que está com acne, hirsutismo, astenia, que apareceram estrias na pele, principalmente nas regiões do abdome, coxas e mama, e que vem apresentando hipomenorreia. Sua mãe percebe que está com fácies de lua cheia e corcova de búfalo, fica assustada e acha que foi feitiço da vizinha invejosa. 1 - Fonte:http://drcristianobarcellos.com.br/?page_id=2853. 2 - Fonte:https://www.saudedica.com.br/sindrome-de-cushing-causas-sintomas-e-tratamentos/. Objetivos: Rever a morfofisiologia da adrenal e correlacionar com a produção dos glicocorticoides. Entender as consequências do excesso dos corticoides. Compreender a fisiopatologia, etiologia, epidemiologia, manifestações clínicas e diagnóstico da Doença de Cushing e Addison. Orientações para os tutores O córtex suprarrenal produz três classes de hormônios corticosteroides: os glicocorticoides (p. ex., o cortisol), os mineralocorticoides (p. ex., aldosterona) e os precursores androgênicos suprarrenais (p. ex., a desidroepiandrosterona [DHEA]). Os glicocorticoides e os mineralocorticoides atuam por meio de receptores nucleares específicos, que regulam aspectos da resposta fisiológica ao estresse, bem como a pressão arterial e a homeostase dos eletrólitos. Os precursores androgênicos Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 25 suprarrenais são convertidos nas gônadas e nas células-alvo periféricas em esteroides sexuais, os quais atuam via receptores nucleares de androgênios e estrogênios. A estimulação pelo ACTH é necessária para o início da esteroidogênese. A estimulação pelo ACTH gera monofosfato de adenosina cíclico (AMPc), que suprarregula a via de sinalização da proteína-quinase A (PKA). A PKA inativa é um tetrâmero de duas subunidades reguladoras e duas catalíticas, o qual é dissociado pelo AMPc em um dímero de duas subunidades reguladoras ligado ao AMPc e duas subunidades catalíticas livres e ativas. A ativação da PKA possui impacto sobre a esteroidogênese de três maneiras distintas: (1) ela aumenta a entrada de ésteres de colesterol; (2) aumenta a atividade da lipase sensível ao hormônio, que cliva ésteres de colesterol a colesterol para importação na mitocôndria; e (3) aumenta a disponibilidade e a fosforilação da proteína de ligação ao elemento de resposta ao AMPc (CREB), um fator de transcrição que intensifica a transcrição da CYP11A1 e de outras enzimas necessárias para a síntese de glicocorticoides. A esteroidogênese suprarrenal ocorre em zonas específicas, com síntese de mineralocorticoides na zona glomerular externa, síntese de glicocorticoides na zona fasciculada e síntese de androgênios suprarrenais na zona reticular interna. Todas as vias de esteroidogênese exigem a entrada de colesterol na mitocôndria, um processo iniciado pela ação da proteína reguladora aguda da esteroidogênese (StAR), que realiza o transporte do colesterol da membrana mitocondrial externa para a interna. A enzima de clivagem da cadeia lateral do colesterol, a CYP11A1, gera pregnenolona. A síntese de glicocorticoides requer a conversão da pregnenolona em progesterona pela 3β-HSD2, seguida de conversão em 17α-hidroxiprogesterona pela CYP17A1, hidroxilação adicional no carbono 21 pela 21-hidroxilase e, por fim, 11β-hidroxilação pela CYP11B1 para gerar o cortisol ativo. A síntese de mineralocorticoides também necessita da progesterona, que é inicialmente convertida em desoxicorticosterona pela CYP21A2 e, em seguida, convertida via corticosterona e 18-hidroxicorticosterona em aldosterona, em três etapas catalisadas pela CYP11B2. Para a síntese de androgênios suprarrenais, a pregnenolona sofre conversão pela CYP17A1, que catalisa exclusivamente duas reações enzimáticas. Por meio de sua atividade de 17α-hidroxilase, a CYP17A1 converte a pregnenolona em 17-hidroxipregnenolona, seguida de geração do precursor universal dos esteroides sexuais, a DHEA, via atividade 17,20 liase da CYP17A1. A maior parte da DHEA é secretada pela suprarrenal na forma de seu éster sulfato, o DHEAS, produzido pela DHEA sulfotransferase (SULT2A1). Após a sua liberaçãopela suprarrenal, o cortisol circula na corrente sanguínea ligado principalmente à globulina ligadora do cortisol (CBG) e, em menor grau, à albumina, com apenas uma pequena fração do hormônio circulando na forma livre ou não ligada. Acredita-se que o cortisol livre entre diretamente nas células, sem a necessidade de transporte ativo. Além disso, em muitos dos tecidos-alvo periféricos da ação dos glicocorticoides, incluindo o tecido adiposo, o fígado, o músculo e o cérebro, o cortisol é gerado a partir da cortisona inativa dentro da célula pela enzima 11β-hidroxiesteroide desidrogenase tipo 1 (11β-HSD1) Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 26 A síntese de aldosterona nas células da zona glomerulosa é impulsionada pela enzima aldosterona sintase (CYP11B2). A ligação da angiotensina II ao receptor AT1 provoca despolarização da membrana celular das células glomerulosas, aumentando o sódio intracelular por meio da inibição das enzimas de sódio potássio (Na+/K+) adenosina trifosfatase (ATPase), bem como dos canais de potássio. Isso estimula um aumento do cálcio intracelular por meio da abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem ou inibição das enzimas cálcio (Ca2+) ATPase. Como consequência, a via de sinalização do cálcio é deflagrada, resultando em suprarregulação da transcrição de CYP11B2. A síndrome de Cushing reflete uma série de manifestações clínicas, as quais resultam da exposição crônica a um excesso de glicocorticoides de qualquer etiologia. O distúrbio pode ser dependente de ACTH (p. ex., adenoma corticotrófico hipofisário, secreção ectópica de ACTH por tumor não hipofisário) ou independente de ACTH (p. ex., adenoma adrenocortical, carcinoma adrenocortical, hiperplasia suprarrenal nodular), bem como iatrogênico (p. ex., administração de glicocorticoides exógenos para o tratamento de várias condições inflamatórias). O termo doença de Cushing refere-se, especificamente, à síndrome de Cushing causada por um adenoma de corticotrofos hipofisários. Os glicocorticoides afetam quase todas as células do corpo, e, em consequência, os sinais de excesso de cortisol têm impacto em múltiplos sistemas fisiológicos, com suprarregulação da gliconeogênese, da lipólise e do catabolismo das proteínas, causando manifestações mais proeminentes. Além disso, a secreção excessiva de glicocorticoides supera a capacidade da 11β-HSD2 de inativar rapidamente o cortisol a cortisona no rim, exercendo, assim, ações mineralocorticoides, as quais se manifestam na forma de hipertensão diastólica, hipopotassemia e edema. Os glicocorticoides em excesso também interferem nos sistemas reguladores centrais, levando à supressão das gonadotrofinas, com desenvolvimento subsequente de hipogonadismo e amenorreia, e supressão do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide, resultando em diminuição da secreção do hormônio estimulante da tireoide (TSH). Os sinais e sintomas clínicos observados na síndrome de Cushing são, em sua maioria, relativamente inespecíficos e consistem em manifestações como obesidade, diabetes melito, hipertensão diastólica, hirsutismo e depressão, que são comumente observados em pacientes que não apresentam síndrome de Cushing. Por conseguinte, uma avaliação clínica cuidadosa constitui um importante aspecto na avaliação dos casos suspeitos. Deve-se considerar o diagnóstico de síndrome de Cushing quando são observadas várias manifestações clínicas no mesmo paciente, em particular quando são encontradas manifestações mais específicas. Esses achados incluem fragilidade da pele, com equimoses fáceis e estrias cutâneas largas (> 1 cm) e violáceas, e sinais de miopatia proximal, que se torna mais evidente quando o paciente tenta se levantar de uma cadeira sem a ajuda das mãos, ou quando sobe uma escada. As manifestações clínicas da síndrome de Cushing não diferem significativamente entre as diversas causas. Na síndrome de ACTH ectópico, pode-se observar uma hiperpigmentação das articulações dos dedos, das cicatrizes ou de áreas da pele expostas a maior atrito, que é causada pelos efeitos estimuladores do excesso de ACTH e de outros produtos de clivagem da POMC sobre a produção de pigmento dos melanócitos. Além disso, os pacientes com síndrome de ACTH ectópico e alguns com carcinoma adrenocortical como causa de Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 27 síndrome de Cushing podem ter um início mais súbito e progressão mais rápida dos sinais e sintomas clínicos. Descrita por Thomas Addison em 1855, a Insuficiência Adrenal (IA) primária, frequentemente denominada doença de Addison (DA), é uma condição rara, com estimadas prevalência de 100 a 140 casos/milhão de habitantes e incidência de 4 novos casos/milhão/ano. A DA predomina no sexo feminino, na proporção de 2,6:1, sendo habitualmente diagnosticada entre a 3a e a 5a década de vida. A IA secundária é mais frequente, com estimada prevalência de 150 a 280 por milhão de habitantes. Apesar de a IA ser incomum, deve-se sempre estar atento ao seu diagnóstico, visto que se trata de uma condição potencialmente fatal, cujos sintomas são geralmente inespecíficos e frequentemente encontrados em outras condições comuns, como infecções virais, fadiga crônica e depressão. Dentre os possíveis fatores etiológicos da DA, incluem-se processos autoimunes, doenças infecciosas, granulomatosas e infiltrativas, hemorragia e trombose adrenal, uso de alguns fármacos, adrenalectomia bilateral, hiperplasia adrenal congênita e outras doenças genéticas mais raras. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2020. 9788527737180. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso em: 07 jun. 2022. S4P2: Mais ou menos. É a glândula endócrina maior, dentre as que existem no corpo humano, presente na mulher e no fulano, não importa se adulto ou se menor. Fabrica os hormônios tireoidianos que dão mobilidade aos movimentos, o hipotireoidismo, faz-nos lentos e o hipertireoidismo, aeroplanos. A hipófise é um dos seus pares, o hipotálamo um coadjuvante, formando um conjunto interessante! Fonte: Adaptado de Pedro F. Alves - http://pedroquiamax.blogspot.com.br/2012/07/tireoide-tratamento.html Objetivos: Rever a morfofisiologia da tireoide. Conhecer a fisiopatologia, etiologia, epidemiologia, manifestações clínicas e diagnóstico do hipotireoidismo e hipertireoidismo. Discutir o tratamento farmacológico do hipo e hipertireoidismo. Orientações para os Tutores: Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 http://pedroquiamax.blogspot.com.br/2012/07/tireoide-tratamento.html http://pedroquiamax.blogspot.com.br/2012/07/tireoide-tratamento.html 28 A tireoide (do grego thyreos, escudo, mais eidos, forma) consiste em dois lobos conectados por um istmo. Está localizada adiante da traqueia, entre a cartilagem cricoidea e a incisura supraesternal. A tireoide normal pesa 12 a 20 g, sendo altamente vascularizada e de consistência macia. A tireoide normal pesa 12 a 20 g, sendo altamente vascularizada e de consistência macia. As células foliculares tireoidianas são polarizadas – a superfície basolateral se justapõe à corrente sanguínea, e a superfície apical está voltada para o lúmen folicular. A demanda aumentada de hormônio tireoidiano é regulada pelo hormônio estimulante da tireoide (TSH), que se liga a seu receptor na superfície basolateral das células foliculares. Essa ligação leva à reabsorção da Tg do lúmen folicular e à proteólise no citoplasma, encaminhando os hormônios tireoidianos para secreção na corrente sanguínea. O TSH, que é secretado pelas células tireotróficas da adeno-hipófise desempenha um papel primordial no controle do eixo tireoidiano e funciona como o marcador fisiológico mais útil da ação dos hormônios tireoidianos.A extensão e a natureza da modificação dos carboidratos são moduladas pela estimulação do hormônio liberador da tireotrofina (TRH) e influenciam a atividade biológica do hormônio. O eixo tireoidiano é um exemplo clássico de alça de feedback endócrino. O TRH hipotalâmico estimula a produção hipofisária de TSH, o qual, por sua vez, estimula a síntese e secreção dos hormônios tireoidianos. Os hormônios tireoidianos atuam por feedback negativo para inibir a produção de TRH e TSH. O ponto de ajuste nesse eixo é estabelecido pelo TSH. O TRH é o principal regulador positivo da síntese e secreção do TSH. O pico da secreção de TSH ocorre cerca de 15 minutos após a administração de TRH exógeno. Dopamina, glicocorticoides e somatostatina suprimem o TSH, porém não apresentam uma grande importância fisiológica, exceto quando esses agentes são administrados em doses farmacológicas. Os níveis reduzidos de hormônio tireoidiano elevam a produção basal de TSH e aumentam a estimulação de TSH mediada por TRH. Os altos níveis de hormônio tireoidiano suprimem rápida e diretamente a secreção e expressão gênica do TSH e inibem a estimulação do TSH pelo TRH, indicando que os hormônios tireoidianos constituem os reguladores dominantes da produção de TSH. O TSH é dosado utilizando ensaios imunorradiométricos, que são altamente sensíveis e específicos. Esses ensaios diferenciam prontamente os valores normais de TSH dos níveis suprimidos; por conseguinte, o TSH pode ser usado para estabelecer o diagnóstico de hipertireoidismo (TSH baixo), bem como de hipotireoidismo (TSH alto). Os hormônios tireoidianos derivam da Tg, uma grande glicoproteína iodada. Após ser secretada no folículo tireoidiano, a Tg é iodada aos resíduos de tirosina, que não subsequentemente acoplados por meio de uma ligação éter. A recaptação de Tg dentro da célula folicular da tireoide possibilita a proteólise e a liberação de T4 e T3 recém- sintetizadas. A captação do iodo é uma primeira etapa extremamente importante na síntese dos hormônios tireoidianos. Após a sua entrada na tireoide, o iodeto é captado e transportado até a membrana apical das células foliculares tireoidianas, onde é oxidado em uma reação de organificação que envolve a TPO e o peróxido de hidrogênio. O átomo de iodo reativo é acrescentado a resíduos selecionados de tirosil dentro da Tg, uma grande proteína dimérica (660 kDa) que consiste em 2.769 aminoácidos. A seguir, as iodotirosinas na Tg são acopladas por meio de ligação éter em uma reação também catalisada pela TPO. Tanto a T4 quanto a T3 podem ser produzidas por essa reação, Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 29 dependendo do número de átomos de iodo presentes nas iodotirosinas. Após o seu acoplamento, a Tg é levada de volta à célula tireoidiana, onde é processada nos lisossomos para liberar T4 e T3. As monoiodotirosinas e di-iodotirosinas (MIT, DIT) não acopladas são desiodinadas pela enzima desalogenase, reciclando, desse modo, qualquer iodo que não tenha sido transformado em hormônios tireoidianos. (Retirado de: Medicina Interna de Harrison, 19a edição, capítulo 399). Objetivos do Laboratório Morfofuncional Integrado Demonstrar a morfofisiologia hipofisária e as principais disfunções associadas. Atividades Práticas: Lab 1 Propedêutica Imagem: Entender o papel da RM na avaliação da hipófise. Lab 2 Anatomopatologia Discutir lâmina da hipófise (histologia normal e lâmina de adenoma). Lab 3 Patologia Clínica / Farmacologia Entender a dosagem de hormônios da hipófise. Palestras: 1º Palestra: Doença de Addison. 2º Palestra: Doença de Cushing. Orientações para Palestras 1 e 2: Compreender a fisiopatologia, etiologia, epidemiologia, manifestações clínicas e diagnóstico. TICs: Objetivos: Conhecer os tipos de aldosteronismo. Correlacionar o tipo de hiperaldosteronismo encontrado na estenose de artéria renal. Diferenciar os aspectos clínicos da Síndrome de Cushing e Doença de Addison. Atividade: Estenose artéria renal - angioplastia / Doença de Cushing e Addison / Hiperaldosteronismo. Semana 5 – Sistema Endócrino Objetivos da semana: Estudar sobre neoplasia de tireoide. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 30 Compreender as alterações do PTH no organismo. S5P1: Quente ou frio Mércia tem 40 anos e estava fazendo sua maquiagem quando observou que na região da sua tireoide tinha um aumento à direita. Resolveu procurar sua médica, Dra. Roseane urgentemente, pois estava muito preocupada. - Doutora, estou com câncer, minha amiga foi a mesma coisa!!! - Acalme-se Mércia, vamos te examinar e solicitar uns exames primeiro para descobrir o que está acontecendo! Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/web/huwc-ufc/noticia-destaque/- /asset_publisher/Nm3SIn4Jbrre/content/id/1198319/2016-06-mutirao-de-prevencao-e-controle-das-doencas-da- tireoide-ocorre-sabado-4-. Objetivos: Compreender a fisiopatologia, etiologia, epidemiologia, manifestações clínicas e diagnóstico das neoplasias benignas e malignas da glândula tireoide. Orientações para os Tutores: Nódulos tireoidianos são encontrados frequentemente na prática médica e representam a principal manifestação clínica de uma série de doenças tireoidianas. Estudos epidemiológicos conduzidos em áreas suficientes em iodo têm demonstrado que 4% a 7% das mulheres e 1% dos homens adultos apresentam nódulo palpável. Entretanto, estudos ultrassonográficos demonstram que esta prevalência é ainda maior, variando de 19% a 67%, com maior incidência em mulheres e idosos. A grande importância no manejo dos nódulos tireoidianos baseia-se no fato de que, apesar da grande maioria representar lesões benignas, é necessário excluir o câncer da tireoide, que ocorre em 5% a 10% dos casos. Diante da detecção de um nódulo tireoidiano, história clínica completa e exame clínico cuidadoso deverão ser realizados, visando, principalmente, à definição das características do nódulo e à avaliação da presença de linfadenomegalia cervical e da função tireoidiana. Apesar da história clínica, na maioria das vezes, não ser sensível ou específica, existem alguns sintomas e/ou sinais que sugerem maior risco para malignidade. Dentro das neoplasias existem o adenoma e o carcinoma de tireoide. Baixado por Wilka Paz (wilkapaz1@gmail.com) lOMoARcPSD|26908726 http://www2.ebserh.gov.br/web/huwc-ufc/noticia-destaque/-/asset_publisher/Nm3SIn4Jbrre/content/id/1198319/2016-06-mutirao-de-prevencao-e-controle-das-doencas-da-tireoide-ocorre-sabado-4- http://www2.ebserh.gov.br/web/huwc-ufc/noticia-destaque/-/asset_publisher/Nm3SIn4Jbrre/content/id/1198319/2016-06-mutirao-de-prevencao-e-controle-das-doencas-da-tireoide-ocorre-sabado-4- http://www2.ebserh.gov.br/web/huwc-ufc/noticia-destaque/-/asset_publisher/Nm3SIn4Jbrre/content/id/1198319/2016-06-mutirao-de-prevencao-e-controle-das-doencas-da-tireoide-ocorre-sabado-4- 31 Adenoma de tireoide: Os adenomas da tireoide são tipicamente massas solitárias, discretas e derivadas do epitélio folicular, e por isso são conhecidos como adenomas foliculares. Clinicamente, pode ser difícil distinguir os adenomas foliculares dos nódulos dominantes da hiperplasia folicular ou dos carcinomas foliculares menos comuns. Em geral, os adenomas foliculares não são precursores dos carcinomas; apesar disso, alterações genéticas compartilhadas suportam a possibilidade de que pelo menos um subgrupo de carcinomas foliculares surja em adenomas preexistentes (ver adiante). Embora, em sua grande maioria, os adenomas sejam não funcionantes, uma pequena proporção produz hormônios tireoidianos e causa tirotoxicose clinicamente aparente. A produção hormonal em adenomas funcionais (“adenomas tóxicos”) é independente da estimulação do TSH e representa outro exemplo da autonomia tireoidiana, análoga ao bócio