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AV2 Bioquímica Clínica Uninassau Fortaleza

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AV2 Bioquímica Clínica – Uninassau Fortaleza 
 
1.Distúrbios endócrinos são distúrbios que podem estar associados a diversos órgãos: 
diabetes melito e os distúrbios da glândula tireoide, das glândulas suprarrenais, 
distúrbios gonadais, da glândula hipófise, das glândulas paratireoides e do 
metabolismo mineral são alguns distúrbios encontrados com maior frequência na 
clínica médica. As doenças de cada sistema de órgãos são diagnosticadas de acordo 
com os quadros clínicos e/ou achados laboratoriais, sendo que o diagnóstico 
diferencial, a investigação laboratorial e os exames de imagem são fatores importantes 
no esclarecimento dessas patologias. Diante do texto acima, marque a alternativa 
incorreta 
 
O termo hipotireoidismo é reservado para as condições que resultam da produção 
exagerada e persistente do hormônio pela própria tireoide. A tireotoxicose pode ser causada 
por hipertireoidismo ou hormônio tireoidiano exógeno, iatrogênico ou autoadministrado. 
A insuficiência suprarrenal é definida como a deficiência de hormônios sintetizados pelo 
córtex das glândulas suprarrenais. 
Hipopituitarismo é a deficiência de um ou mais hormônios hipofisários resultantes de 
disfunção hipofisária ou hipotalâmica. O termo pan-hipopituitarismo é empregado quando 
todos os hormônios da adenohipófise estão ausentes. Caso também exista doença 
hipotalâmica, pode ocorrer deficiência de vasopressina. 
O diabetes insípido ( DI ) central é causado pela incapacidade de o sistema neuro-
hipofisário sintetizar ou secretar vasopressina (hormônio antidiurético [HAD]). Na forma central 
completa do DI os níveis de HAD não são detectáveis e a poliúria é intensa. 
O hiperparatireoidismo primário consiste na hipersecreção autônoma de paratormônio 
(PTH) pelas glândulas suprarrenais, enquanto o hiperparatireoidismo secundário ocorre em 
pacientes com doença renal crônica em estágio avançado, que provoca retenção de fosfato, 
ativação inadequada da vitamina D, níveis séricos cronicamente baixos de cálcio e, portanto, 
hiperplasia compensatória das glândulas suprarrenais com secreção compensatória de PTH 
 
2.O termo diabetes melito (DM) descreve um grupo de distúrbios do metabolismo dos 
carboidratos que compartilham a hiperglicemia como manifestação clínica. O DM está 
associado ao comprometimento absoluto ou relativo da secreção de insulina, com 
graus variáveis de resistência periférica à ação da insulina. O DM acomete 
aproximadamente 5% da população mundial e 8% da população dos EUA. É a quarta 
principal causa de morte neste país. Das estimadas 18 milhões de pessoas com DM 
primário nos EUA, 90 a 95% têm DM do tipo 2. De acordo com as informações acima, 
marque a alternativa incorreta. 
 
A classificação recente enfatiza o processo fisiopatológico subjacente, em vez de 
descrições fundamentadas em idade por ocasião do aparecimento do quadro clínico ou no 
tipo de tratamento. Tipo 1: imunomediado, resulta em deficiência absolta de insulina. Tipo 2: 
deficiência relativa de insulina consequente a anormalidades da secreção e da ação da 
insulina. Os níveis de insulina são suficientes para evitar cetose e mobilização de lipídios. 
Diabetes gestacional: diagnosticado durante a gravidez. Apenas 2% das pacientes com 
diabetes gestacional permanecem diabéticas após o parto; 40% das pacientes apresentam 
DM franco no decorrer de 15 anos, mais frequentemente do tipo 2, mas ocasionalmente do 
tipo 1. 
O DM pode manifestar-se de modo agudo ou insidioso, dependendo do grau de deficiência 
de insulina, assim como do nível de estresse fisiológico concomitante. Os pacientes com os 
seguintes sinais e sintomas não necessitam ser avaliados: Manifestações clássicas de 
hiperglicemia, tais como sede, poliúria, perda ponderal, borramento visual. Achado fortuito de 
hiperglicemia ou intolerância conhecida à glicose. Complicações do DM, tais como proteinúria, 
neuropatia, complicações cardiovasculares e retinopatia. Evidências de desidratação, 
hipotensão ortostática, confusão ou coma. 
Manifestações clínicas de diabetes melito e uma glicose plasmática aleatória ≥ 200 mg/d 
ℓ, Glicose plasmática em jejum ≥ 126 mg/dℓ, Glicose plasmática 2 h após refeição ≥ 200 mg/dℓ 
(11,1 mM) durante um teste oral de tolerância à glicose (TOTG) são formas de diagnóstico do 
diabetes. 
A hemoglobina glicosilada é uma ferramenta clínica extremamente valiosa tanto para o 
diagnóstico quanto para o manejo dos pacientes diabéticos. A HbA1C tem uma vida da 
aproximadamente 90 dias, portanto, sua determinação fornece informações sobre o controle 
glicêmico Durante um período de 3 meses. Todavia, se os eritrócitos do paciente 
apresentarem tempo de sobrevida anormal, o valor da HbA1C deixa de ser fidedigno. 
Os pacientes com condições pré-diabéticas devem ser orientados com relação à redução 
do próprio risco de doenças macrovasculares (abandono do tabagismo, uso de ácido 
acetilsalicílico, dieta e atividade física), ter aferida a pressão arterial e determinados os níveis 
séricos de lipídios. Além disso, esses pacientes devem ser encorajados a modificar seu estilo 
de vida e reduzir o peso corporal. 
 
3.Os exames complementares são uma parte essencial da prática médica atual. Embora 
os exames laboratoriais representem apenas 2,3% dos custos anuais com assistência 
à saúde, são muito importantes na tomada de decisão clínica para médicos, enfermeiros 
e outros profissionais de saúde. Existem mais de 4.000 exames laboratoriais 
disponíveis para uso clínico e cerca de 500 são realizados com regularidade. Nos EUA, 
o número de laboratórios de análises clínicas certificados pelo Clinical Laboratory 
Improvement Amendments (CLIA) já é superior a 200.000. A equipe que trabalha nos 
laboratórios de análises clínicas engloba patologistas, biomédicos, tecnólogos e 
técnicos de laboratório. Estes profissionais têm uma participação vital no sistema de 
saúde. Sobre os exames laboratoriais assinale a alternativa correta 
 
O sistema de saúde não depende de laboratórios de análises clínicas fidedignos, contudo 
e essas avaliações não estão sujeitas a erros. Esses fatores podem ser minimizados quando 
o profissional de saúde faz uma boa anamnese e se existe uma boa comunicação dessas 
informações entre o profissional de saúde e o laboratório. 
As análises são apenas a utilização de substâncias químicas e reagentes para determinar 
as concentrações de vários analitos para fins de diagnóstico clínico. 
Um problema comum nos exames laboratoriais é a interferência endógena e exógena. 
Mas o efeito não depende da pessoa, da duração da exposição a cada variável e nem ao 
intervalo de tempo entre o estresse inicial, à coleta da amostra e ao grau de exposição 
Estes fatores interferentes não comprometem muito a interpretação apropriada dos 
resultados, e esta intromissão também não interfere na assistência prestada ao paciente e 
aumenta os custos da assistência de saúde. 
É crucial a conscientização de que muitos fatores que ocorrem fora do laboratório de 
análises clínicas, seja no paciente ou em torno dele, influenciam o resultado do exame antes 
de a amostra chegar ao laboratório ou até mesmo antes da coleta da amostra 
 
4.Um diagnóstico de síndrome coronariana aguda pode indica isquemia grave o 
suficiente para causar lesão do miocárdio, conforme evidenciado pela liberação de 
biomarcadores cardíacos de necrose. Embora o achado de marcadores de lesão 
objetivos estabeleça um diagnóstico de infarto do miocárdio menos sujeito a erro do 
que de angina instável, a obtenção de valores anormais precisa ser interpretada de 
acordo com o contexto clínico, para evitar qualquer interpretação falso-positiva. Em 
virtude da sensibilidade crescente dos biomarcadores de mionecrose de geração mais 
nova, uma definição universal de infarto do miocárdio foi adotada em 2007 e especifica 
a necessidade de preencher um dos seguintes critérios em um contexto clínico 
compatível com isquemia miocárdica, nesse sentido marque a alternativa correta. 
 
Os biomarcadores cardíacos,juntamente ao ECG, continuam sendo a base para o 
diagnóstico de infarto do miocárdio. As troponinas T e I cardíacas constituem os marcadores 
preferidos, tendo em vista a especificidade miocárdica. A CKMB é o segundo biomarcador 
preferido, sendo liberado mais rapidamente do que a troponina na isquemia, embora não 
tenha a especificidade tecidual absoluta da troponina. 
Embora o diagnóstico de infarto do miocárdio dependa, em parte, de exames laboratoriais, 
os biomarcadores cardíacos e exames de imagem suplementares não são utilizados para a 
estratificação do risco e o fornecimento de um cuidado efetivo em termos de custos, baseado 
no risco do paciente. 
O valor da troponina demonstra ser promissor, por causa da sensibilidade superior e da 
detecção mais precoce do que a CKMB (hsTn I com sensibilidade de 100% para infarto do 
miocárdio nas primeiras 4 a 6 h após o início dos sintomas ou 0 a 2h após a chegada do 
paciente no pronto socorro 
Existem diversas estratégias abreviadas de biomarcadores (< 6 h) a fim de que pacientes 
de baixo risco possam potencialmente receber alta e ir para casa mais cedo do que a prática 
atual. Em razão da cinética de liberação superior, a CKMB foi inicialmente usada nesses 
protocolos. A CKMB deixou de ser utilizada em virtude da menor sensibilidade da troponina 
para o infarto do miocárdio. 
Os protocolos à base de troponina incorporam ensaios realizados a intervalos de 2 h, 
combinados com uma avaliação de modelo de risco. Embora essas estratégias mostrem-se 
promissoras, devido ao uso de exames distantes do local de assistência do paciente, elas 
exigem pontos de corte de limiares da troponina individualizados e específicos de cada 
instituição 
 
5.Tipicamente, não há sinais/sintomas associados à hiperlipidemia, que tende a ser 
descoberta durante um exame de rotina ou avaliação para doença cardiovascular 
aterosclerótica. A detecção de distúrbios do colesterol e de outros fatores de risco para 
doença da artéria coronária é feita principalmente por meio de achados de casos 
clínicos. Em determinadas ocasiões, os sinais/sintomas consistem em xantomas ao 
redor dos olhos, tendão do calcâneo e tendões extensores das mãos, sobretudo nas 
formas familiares do distúrbio. Sobre as dislipidemias assinale a alternativa correta 
 
A hiperlipidemia refere-se à elevação dos lipídios (colesterol, ésteres de colesterol, 
fosfolipídios e triglicerídios) na corrente sanguínea. Porém a hiperlipidemia não é um fator de 
risco para doença da artéria coronária (DAC) não promovendo o desenvolvimento de 
aterosclerose. 
A aterosclerose refere-se à condição em que o ateroma (placa) constitui a lesão 
característica encontrada na íntima dos vasos linfáticos como resposta inflamatória à lesão. 
As placas contêm lipídios, células musculares lisas, tecido conjuntivo, células inflamatórias e 
outros constituintes extracelulares. 
Os lipídios são transportados na forma de lipoproteínas no organismo; existem cinco tipos 
principais: quilomícrons, VLDL, lipoproteínas de densidade intermediária (IDL), LDL e HDL. A 
parte proteica da lipoproteína é designada como apolipoproteína; existem seis classes 
principais de apolipoproteínas (A, B, C, D, E e H) e numerosas subclasses (A I, A II, A IV, A 
V, B 48, B 200, C I, C II, C III e C IV). 
O diagnóstico de hiperlipidemia secundaria é estabelecido após avaliação e exclusão das 
causas secundárias ou tentativa de tratar ou eliminar a causa subjacente. As causas primárias 
de dislipidemia e alterações associadas dos lipídios incluem algumas doenças subjacentes, 
falência de órgãos ou algumas substâncias. Não é raro haver alguma sobreposição, sendo a 
dislipidemia atribuída a causas tanto primárias quanto secundárias. 
A síndrome metabólica é um distúrbio com fatores de risco inter-relacionados de origem 
metabólica, dos quais os principais consistem em diminuição à resistência à insulina, 
dislipidemia e hipertensão, conferindo um baixo risco cardiovascular 
 
6.Define-se o termo abdome agudo como um episódio de dor abdominal intensa, de 
várias horas de duração ou mais, que exige atenção médica. O abdome agudo tem, em 
geral, mas não necessariamente, uma causa cirúrgica. Entretanto, o termo “abdome 
agudo” não deve ser associado a necessidade de cirurgia de emergência. A anamnese 
e o exame físico ainda são os aspectos mais importantes do diagnóstico. O aspecto 
fundamental na avaliação de pacientes com abdome agudo é o diagnóstico precoce. As 
condições clínicas que podem se manifestar como abdome agudo são numerosas. São 
exemplos comuns pneumonias dos lobos inferiores, infarto agudo do miocárdio (IAM), 
cetoacidose diabética (CAD), hepatite aguda, porfiria, hemorragia suprarrenal, 
pancreatite e problemas musculoesqueléticos. Diante do que foi descrito acima, 
marque a alternativa correta 
 
Os níveis séricos de lipase diminuem dentro de 3 a 6 h, com pico em 24 h, costumando 
retornar a valores normais no decorrer de um período de 8 a 14 dias; é superior à amilase; os 
níveis aumentam em maior grau e podem permanecer elevados por até 14 dias após a 
normalização da amilase. 
Em pacientes com sinais de pancreatite, um nível de amilase > 3× o LSN ou > 600 
unidades Somogyi/dl é bem sugestivo de pancreatite crônica. 
Os níveis séricos de cálcio estão elevados nos casos graves dentro de 1 a 9 dias após o 
início (devido à ligação a sabões na necrose gordurosa). 
Os níveis séricos de bilirrubina podem estar diminuído quando a pancreatite tem sua 
origem nas vias biliares; todavia, costumam estar normais na pancreatite alcoólica. Os níveis 
séricos de ALP, ALT e AST podem aumentar e acompanhar o nível sérico de bilirrubina. 
O nível sérico de isoamilase pancreática pode distinguir elevações devido à amilase 
salivar, que é responsável por 25% de todos os valores elevados. (Nos indivíduos saudáveis, 
40% da amilase sérica total é do tipo pancreático, enquanto 60% são do tipo salivar.) Um 
aumento apenas discreto nos níveis séricos de amilase e lipase sugere um diagnóstico 
diferente do que o de pancreatite aguda. Muitos fármacos provocam elevação dos níveis 
séricos tanto de amilase quanto de lipase 
 
7.Paciente relata que há 29 dias cursa com febre 38ºC, náuseas, vômitos, fadiga e dor 
em hipocôndrio direito. Refere que há 19 dias notou que a pele se mantém amarelada. 
Nega doenças pregressas e alergias. Refere internamento prévio para cirurgia, sendo 
necessária hemotransfusão. Nega tabagismo e etilismo. Sedentária. Abdômen globoso 
as custas de hepatoesplenomegalia. Presença de circulação colateral proeminente. 
Solicitados exames de sangue: hemograma, função renal, eletrólitos, transaminases, 
enzimas canaliculares, bilirrubina totais e frações, albumina e proteína total, PCR, VHS. 
Solicitadas sorologias: Anti-HAV IgM, AgHBs, Anti-HBs, Anti-HBe, AgHBe, Anti-HBc IgM 
e IgG, Anti-HCv, HCV RNA Resultado de exames • Hemograma: leucopenia com 
linfocitose, anemia e trombocitopenia • Bilirrubina total: 3,1 mg/dL; ( Ref. 0,5 mg/dL a 
1,5 mg/dL ) • bilirrubina direta: 1,2 mg/dL; ( Ref. 0,3 mg/dL a 0,8 mg/dL ) • ALT: 1989 ( 
Ref. < 32 UI/L ) • AST:1800 ( Ref. < 40 UI/L ) • GGT: 102 ( Ref. < 52 UI/L ) • FA: 240 ( Ref. 
32 UI/L a 120 UI/L ) • Eletrólitos, ureia e creatinina: dentro dos valores de referência • 
Anti-HAV IgM – não reagente • AgHBs – reagente • Anti-HBs – não reagente • Anti-HBc 
IgM – reagente • Anti-HBc IgG – não reagente • Anti-HBe – não reagente Qual o 
diagnóstico provável da paciente? 
 
Resposta: Hepatite B aguda 
 
8.Os fatores pré-analíticos atuam no paciente e na amostra antes da realização da sua 
análise. Esses fatores podem ser subdivididos naqueles que atuam in vivo (biológicos 
ou fisiológicos) e nos que atuam in vitro (manipulação da amostra e fatores 
interferentes). O processo engloba as fases pré analítica, analítica e pós analítica e 
serve como base para a elaboração e a implementação de intervenções, restrições ou 
limites que possam reduzir ou eliminar a probabilidade de erros. Nos últimos anos,houve uma redução notável nas taxas de erro, sobretudo os erros analíticos. As 
evidências de estudos recentes mostram que uma grande porcentagem dos erros 
laboratoriais ocorre nas etapas pré-analítica e pós-analítica. Os erros nas etapas pré-
analítica (61,9%) e pós-analítica (23,1%) ocorreram muito mais frequentemente do que 
os erros analíticos (15%). Cerca de 25% desses erros podem ter repercussões para o 
paciente, seja por demora na liberação do resultado do exame, seja por ameaçar a vida 
do paciente. Sobre os fatores pré-analíticos assinale a alternativa falsa 
 
Alguns fatores fisiológicos estão além do nosso controle, tais como idade, sexo e raça. A 
maneira de controlá-los é aplicar limites de referência apropriados. Outros fatores, como dieta, 
jejum, postura, variações diurnas e sazonais, ciclo menstrual e gravidez têm de ser levados 
em consideração quando os resultados dos exames são interpretados. A idade apresenta 
efeito perceptível nos resultados de alguns exames, sendo necessário estabelecer intervalos 
de referência apropriados. 
Em recém-nascidos, a composição do sangue é influenciada pelo grau de maturidade ao 
nascimento. As contagens de eritrócitos e as concentrações de hemoglobina são mais 
elevadas nos recém-nascidos do que nos adultos por causa dos baixos níveis de oxigênio no 
útero. 
As transfusões e infusões também modificam significativamente a concentração de 
determinados valores laboratoriais. Quando a pessoa está recebendo uma infusão, a amostra 
de sangue deve ser coletada proximalmente ao local puncionado, e não no outro braço. 
Algumas atividades físicas, como subir e descer alguns lances de escada, ou exercícios 
vigorosos, entre os quais, correr uma maratona ou exercícios aeróbicos, podem afetar os 
resultados obtidos de vários analitos. Para minimizar as variáveis pré-analíticas introduzidas 
pelo exercício físico, os indivíduos devem ser orientados a evitar atividades extenuantes na 
noite anterior aos exames complementares e não se cansar caminhando muito, correndo ou 
subindo escadas antes da coleta de amostra de sangue. 
O efeito da dieta nos resultados dos exames complementares é complexo, e estes 
simplesmente não podem ser separados nas categorias “em jejum” e “sem jejum”. Para evitar 
resultados espúrios de exames laboratoriais, é preciso verificar cuidadosamente o período de 
jejum por causa das variações significativas que ocorrem em alguns exames rotineiros após 
o consumo de uma refeição habitual. 
 
9.Os distúrbios do equilíbrio acidobásico costumam ser observados em pacientes 
agudamente enfermos ou pacientes com doenças clínicas e cirúrgicas complicadas. A 
concentração plasmática de íon hidrogênio (pH+) é muito baixa (cerca de 40 nmol/ℓ) e 
mantida constantemente dentro de um estreito intervalo por: Excreção de CO2 pelos 
pulmões e Excreção de H+ pelos rins. A cada dia, o metabolismo endógeno produz, 
aproximadamente, 15.000 mmol de CO2, que são então excretados pelos pulmões. De 
modo semelhante, a dieta normal gera 50 a 100 mmol de H+ por dia, provenientes, em 
sua maior parte, do metabolismo dos aminoácidos que contêm enxofre. A manutenção 
de um nível estável de H+ é necessária para a função celular normal, visto que pequenas 
flutuações nas concentrações de H+ têm efeitos importantes sobre a atividade das 
enzimas celulares. Existe uma faixa relativamente estreita de concentração extracelular 
de H+ (16 a 160 nmol/ℓ: pH 7,8 a 6,8), que é compatível com a vida. As alterações do H+ 
não são lineares; assim, a medida do pH mascara a magnitude dos distúrbios 
acidobásicos. Sobre os distúrbios do equilíbrio ácido-base, assinale a alternativa 
incorreta 
 
A PCO2 arterial representa um equilíbrio entre a produção tecidual de CO2 e a sua 
eliminação pulmonar. A elevação da PCO2 costuma indicar hiperventilação. Isso resulta em 
acidose respiratória (hipoventilação) ou alcalose respiratória (hiperventilação) 
Quando os níveis de H+ desviam-se do normal, a resposta dos rins consiste em 
reabsorção e secreção de hidrogênio, bicarbonato e outros íons para regular o pH do sangue. 
Pode haver desenvolvimento de acidose metabólica; o H+ acumula-se ou ocorre perda de 
íons bicarbonato. Pode ocorrer alcalose metabólica em consequência da perda de H+ ou 
aumento do bicarbonato. 
As amostras de sangue devem ser imediatamente conservadas em gelo; um atraso de até 
mesmo alguns minutos leva a resultados errados, sobretudo se a contagem de leucócitos 
estiver alta. 
A alcalose metabólica trata-se de um distúrbio complexo: o principal evento consiste em 
ganho de H+ ou perda de HCO3. A alcalose é rapidamente corrigida por mecanismos 
compensatórios, a não ser que alguns fatores estejam atuando para manter a alcalose. 
Acidose respiratória aguda é causada por diminuição da ventilação alveolar, o que 
compromete a excreção de CO2. 
 
10.Paciente com história de atropelamento por moto há 9 dias, após consumo de bebida 
alcoólica, ficou internado no hospital devido a traumatismo crânio-encefálico - TCE 
moderado. Recebeu alta ontem. Retorna a esta emergência trazido por familiar com 
relato de 3 episódios de crises convulsivas nas últimas 3 horas, com duração de cerca 
de 2 minutos, sem liberação esfincteriana, que cederam espontaneamente, com 
recuperação total da consciência entre as crises. Última crise a caminho do hospital. 
Nega episódios anteriores de crises convulsivas. Nega outras doenças e uso de 
medicamentos. Nega alergias. Etilista e tabagista. Nega consumo de drogas ilícitas. 
Após a avaliação inicial do paciente, foram solicitados exames laboratoriais 
(hemograma, eletrólitos, função renal, glicemia) e uma nova TC de crânio para 
identificar possível causa metabólica ou estrutural das crises. Exames Complementares 
Hemoglobina: 12,0 ( Ref: 13 a 17 g/dL ) Hematócrito: 40,0 ( Ref: 38 a 50% ) Glicose: 100 
mg/dL (Ref: 60 a 99 mg/dL ) Ureia: 20 mg/dL (Ref: 15 a 38 mg/dL) Creatinina: 0,9 mg/dL 
(Ref: 0,5 a 1,2 mg/dL) Sódio: 117 mEq/L (Ref: 135 a 145mEq/L) Potássio: 4,0 mEq/L (Ref: 
3,5 a 4,5 mEq/L) Cloreto: 88 mEq/L (Ref: 96 a 109mEq/L) Cálcio: 1,2 mEq/L (Ref: 1,1 a 
1,3mEq/L) Qual o nome do distúrbio do paciente? 
 
Resposta: Hiponatremia

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