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MINUTA- RECLAMAÇÃO TRABALHISTA- EQUIPE B_removed

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AO JUÍZO DE DIREITO DA __ VARA DO TRABALHO DE SÃO LUÍS - MA
Raquel Maria Barros, brasileira, solteira, mestre de obras, portadora da cédula de identidade
nº…., residente e domiciliada na Rua Juvêncio Matos, nº14, São Luís-MA, CEP: 65.000.000,
vem por meio de seu advogado, procuração anexa, endereço eletrônico, com endereço
profissional na Rua…, nº…, Bairro…, Cidade…, CEP…, onde recebe intimações e
notificações, ajuizar a presente
AÇÃO TRABALHISTA PELO RITO ORDINÁRIO
Em face da empresa Cai Não Cai LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº…,
com sede na Rua…, Bairro…, cidade…, CEP…, com fundamento nos artigos 840 §1º da
CLT, cumulado com os artigos 852-Ae incisos I e II, artigo 852-B do mesmo diploma legal,
pelos motivos de fato e razões de direito a seguir aduzidos:
Justiça Gratuita
Diante da situação financeira da Reclamante, na qual não possui condições de arcar com as
custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento ou de sua
família. Considerando que o Poder Judiciário é de livre acesso para qualquer cidadão, requer a
concessão da Justiça Gratuita, com fulcro no art. 5º, LXXIV da Constituição Federal, Lei nº
1.060/50 e art. 98 do CPC.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIV – O Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos
que comprovarem insuficiência de recursos;
De acordo com as Leis nº. 1.060/50 e 7.115/83, a Reclamante declara sua incapacidade
financeira para arcar com as custas e demais despesas processuais. A Lei nº. 7.115/83, em seu
artigo 1º, permite que essa declaração seja feita pessoalmente pelo interessado ou por um
procurador, desde que este último possua uma procuração com poderes específicos para esse
propósito, conforme estabelecido na Súmula 463, inciso I, do TST.
Súmula nº. 463 do TST Assistência Judiciária Gratuita. Comprovação
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº. 304 da SBDI – 1, com
alterações decorrentes do CPC de 2015) – Res. 219/2017, DEJT
divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada – DEJT divulgado em
12, 13 e 14.07.2017
I – A partir de 26.06.2017, para concessão da assistência judiciária
gratuita à pessoa natural, basta declaração de hipossuficiência econômica
firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de
procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de
2015);
Destarte, considerando a hipossuficiência da Autora, solicita a concessão dos benefícios da
assistência judiciária gratuita.
Dos Fatos
O Reclamante trabalhou com CTPS assinada na função de mestre de obras para a sociedade
empresarial “Cai Não Cai LTDA” localizada em São Luís - MA durante o período de
21/09/2013 a 10/03/2023 quando foi dispensada sem justa causa, na época em que atuava na
empresa , a Reclamante percebia mensalmente o valor de 1 salário mínimo.
A mesma trabalha nas obras de 2ª a 6ª das 7h30min às 17h, com intervalo de 1 hora e aos
sábados 08h às 14h, sem intervalos, a requerente nunca gozou das férias, pois o empregador
que não tinha elo de mestre de obras.
Em consultas ao extrato do FGTS, verificou que a empresa nunca depositou o valor devido,
logo a Reclamante nunca recebeu as suas verbas rescisórias.
Em uma pesquisa realizada nas convenções de trabalho de construção civil do município,
constataram-se irregularidades salariais.
MÉRITO
Do FGTS
A Reclamada não procedeu com os depósitos de FGTS garantidos à empregada por força do
art. 452-A, § 8º da CLT, c/c art. 7, inciso III da CF. Logo, a Reclamante possui direito ao
pagamento total relativo aos depósitos de FGTS, valor esse que será atualizado e obtido com a
liquidação de sentença, observe:
Art.452-A
§ 8º da CLT- O empregador efetuará o recolhimento da contribuição
previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na
forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao
empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações.
Neste sentido, dispõe os Tribunais Superiores, veja:
RECURSO DE REVISTA. RESCISÃO INDIRETA. FGTS. AUSÊNCIA
DE DEPÓSITOS. CONSEQUÊNCIA . A ausência dos depósitos do FGTS
ou o depósito irregular, constitui falta grave a justificar a rescisão indireta do
contrato de trabalho. Hipótese de incidência do art. 483, alínea d, da CLT
("não cumprir o empregador as obrigações do contrato"). Precedentes.
Recurso de Revista de que se conhece e a que se dá provimento.
(TST - RR: XXXXX20175150032, Relator: Joao Batista Brito Pereira, Data
de Julgamento: 24/02/2021, 8ª Turma, Data de Publicação: 01/03/2021)
Deste modo, requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento das verbas referentes as
parcelas de FGTS do período trabalhado pela Reclamante, sem prejuízo das atualizações e
multa prevista no art. 22 e parágrafos, da Lei nº. 8.036/90.
Multa de 40% sob o FGTS
Devido ter sido dispensada sem justa causa, tem o direito de receber a multa rescisória de 40%
sobre o valor equivalente a parcela do FGTS. Nos termos do artigo 18 da Lei nº 8.036 de 11
de Maio de 1990 , no que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras
providências.
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador,
ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os
valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao
imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das
cominações legais. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa,
depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS,
importância igual a quarenta por cento do montante de todos os
depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato
de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos
juros. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)
Veja o que discorre o TST em sede de Recurso de Revista:
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROVIMENTO. MULTA DO
ART. 477 DA CLT. ATRASO NO RECOLHIMENTO DA
INDENIZAÇÃO DE 40% DO FGTS. Caracterizada a divergência
jurisprudencial, merece processamento o recurso de revista. Agravo
de instrumento conhecido e provido. II - RECURSO DE REVISTA.
MULTA DO ART. 477 DA CLT. ATRASO NO RECOLHIMENTO
DA INDENIZAÇÃO DE 40% DO FGTS. Conforme inteligência do
art. 477 da CLT, o fato gerador da multa prevista no § 8º está
vinculado, exclusivamente, ao descumprimento dos prazos
especificados no § 6º do mesmo artigo. Assim, revelado o atraso no
recolhimento da indenização de 40% do FGTS, correta a aplicação da
penalidade. Recurso de revista conhecido e provido.
(TST - RR: XXXXX20185010343, Relator: Alberto Luiz Bresciani
De Fontan Pereira, Data de Julgamento: 13/10/2021, 3ª Turma, Data
de Publicação: 15/10/2021)
Portanto, requer-se o pagamento referente a multa de 40% sobre depósitos fundiários.
Seguro Desemprego
Levando em consideração o serviço prestado a mesma faz jus ao direito do benefício seguro
desemprego, benefício esse ainda não recebido onde de acordo com o 6º da lei 7.998 de 11 de
janeiro 1990, onde é de direito e intransferível do trabalhador podendo ser solicitado a partir
do 7 dia após a rescisão.
Art. 6º O seguro-desemprego é direito pessoal e intransferível do trabalhador,
podendo ser requerido a partir do sétimo dia subseqüente à rescisão do
contrato de trabalho
Das Horas extras
A Reclamante informa que realizou diversas horas extras sem que lhe fosse paga qualquer
contraprestação salarial, informa que a jornada era das 07:30 ás 17:00, com 1 hora de
intervalo de segunda a sexta e nos sábados das 8:00 ás 14:00 sem intervalo, assim restando
claro que sua jornada aos sábados ultrapassa às 4:00 da carga horária.
Consoante ao artigo 59, §1º da CLT, faz jus a reclamante a percepção do pagamento de horas
extras e equivalente às 4:30 semanais, referente a toda relação laboral havida entreas partes,
acrescidos de 50% sobre a hora regular.
A reclamada não pagou corretamente as horas extras, pelo que faz jus auferir, como
extraordinárias, todas as horas que cumpriu a partir da oitava diária e quadragésima quarta
semanal.
As horas extras são compostas de todas as verbas salariais, como salário base, acúmulo de
função, adicionais de insalubridade e periculosidade, diferenças salariais, terão reflexos,
deverão repercutir no cálculo das férias acrescidas de um terço, no décimo terceiro salário e
no aviso prévio, além dos depósitos do FGTS mais 40%.
A fim de ser realizado o cálculo requer sejam aplicados 50% para as duas primeiras horas e
100% para as demais, com divisor 220.
A Constituição Federal no art. 5º, XII, e a CLT NO ART, 58º nos assegura referente as
horas extras que:
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados
em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas
diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
No caso narrado referente às horas extras e como a Constituição e a CLT nos mostram , os
grandes prejuízos que a reclamante vem sofrendo durante anos de trabalho com carga horário
superior e notória restando claro o direito da mesma.
Aviso prévio indenizado e 13° salário
A Reclamante foi dispensada, porém não gozou do período conhecido como aviso prévio. A
rescisão contratual apenas deveria ter se tornado efetiva após expirado o período de aviso da
Reclamante, conforme expõe o art. 489 da CLT e OJ 82.
Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de
expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o
ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a
reconsideração.
Importante salientar que, 10/03/2023 fizeram 9 anos de trabalho, já que encerrou-se antes do
mês 09.
9(anos) x 3( dia a cada ano) = 27( dias) + ( 30 dias de aviso obrigatório)
Total= 57 dias de aviso prévio
Portanto, a rescisão do contrato fica na data 06/05/2023.
Ocorre que, além da questão do aviso, a parte Reclamante não recebeu os 13º salários
referentes ao período trabalhado por ela. Sendo assim, deve a Reclamada ser condenada ao
pagamento de toda verba referente aos 13º salários, já com reflexo das horas extras habituais,
com fulcro na Súmula 375, II, do TST:
375- REAJUSTES SALARIAIS PREVISTOS EM NORMA
COLETIVA. PREVALÊNCIA DA LEGISLAÇÃO DE POLÍTICA
SALARIAL. Os reajustes salariais previstos em norma coletiva de
trabalho não prevalecem frente à legislação superveniente de política
salarial. (ex-OJs nºs 69 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994 - e 40 da
SBDI-2 - inserida em 20.09.2000). (conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 69 da SBDI-1 e da Orientação Jurisprudencial nº 40
da SBDI-2) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005.
Esta súmula preconiza que " O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da
penhora do bem alienado ou da prova da má-fé do terceiro adquirente ".
Das férias em dobro
A Reclamante nunca gozou do descanso, muito menos recebeu os valores referentes às férias
durante todo o pacto laboral, ou seja, o Reclamado se valeu da vulnerabilidade da Empregada
para que esta não recebesse mais um direito garantido pela legislação vigente.
Nesse sentido, o art. 130 da CLT dispõe:
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte
proporção: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)
1. I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao
serviço mais de 5 (cinco) vezes; (Incluído pelo Decreto-lei nº
1.535, de 13.4.1977)
A Súmula 81 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determina que a não concessão das
férias na época correta, conforme previsto no artigo 134 da CLT, obriga o empregador a
pagar o dobro da remuneração devida, conforme estabelecido no artigo 137 da CLT.
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze)
meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de
que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva
remuneração.
Portanto, a Reclamante tem direito ao pagamento das férias não usufruídas, incluindo o terço
constitucional, calculadas com base no seu último salário, devidamente atualizado.
Partindo do entendimento que a pretensão quanto aos créditos resultantes da relação de
trabalho prescreve em cinco anos, levando em conta sua devida projeção, e respeitando o
lapso temporal. Temos as seguintes verbas, relativas ao direito de férias, ao qual é assegurado
pela Constituição Federal e pela consolidação das leis do trabalho:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art134
Férias de 2018 a 2019 + 1/3 (vencidas, ou seja, em dobro) = R$ 5.749,33
Férias de 2019 a 2020 + 1/3 (vencidas, ou seja, em dobro)= R$ 5.749,33
Férias de 2020 a 2021 + 1/3 (vencidas, ou seja, em dobro) = R$ 5.749,33
Férias de 2021 a 2022 + 1/3 (demitida no período concessivo, não incide a dobra), = R$
2.874,67
Férias proporcionais 7/12 setembro de 2022 a abril 2023 + 1/3 = R$ 1.672,69
Portanto, requer que o Reclamado seja condenado ao pagamento das férias entre os períodos
de 2018 a 2023, resultando no valor de R$ 21.795,35
Diferença salarial
As diferenças salariais, com aplicação do art. 467 da CLT (dobra), oriundos da equiparação
salarial na função de mestre de obras, a partir da data de admissão, com os reflexos legais,
notadamente nas demais diferenças salariais. Junta, vale dizer, com incidência cumulativa na
devolução salarial devida; nas gratificações natalinas, nas férias com adicional de ...., nas
horas extras, no repouso semanal remunerado, nas verbas rescisórias, no FGTS com multa,
juros e correção monetária. a reclamante faz jus ao pagamento das diferenças salariais
compreendidas em todo o curso do contrato de trabalho, que totalizam 5 anos efetivamente
trabalhados.
Desta feita, requer seja a reclamada compelida a pagar as diferenças dos salários não pagas ao
reclamante durante toda a prestação laborativa
A CLT, em seu artigo 461, em linhas gerais, assevera que sendo idêntica a função, a todo
trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá
igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. Observe abaixo o demonstrativo:
Tabela de Diferença Salarial
Período Salário-base
na CTPS
Piso salarial Diferença
Salarial
(MENSAL))
Diferença Salarial
(ANUAL)
2018 R$954,00 R$1.580,00 R$626,00 R$7.512,00
2019 R$998,00 R$1.730,00 R$732,00 R$8.784,00
2020 R$1.045,00 R$1.870,00 R$825,00 R$9.900.00
2021 R$1.110,00 R$1.950,00 R$840,00 R$10.800,00
2022 R$1.212,00 R$2.010,00 R$798,00 R$9.576,00
2023 R$1.302,00 R$2.156,00 R$854,00 R$10.248
Total: R$4.675,00 R$46.920,00
Ressalta-se que os valores fixados em norma coletiva possuem força de lei entre as partes
integrantes das entidades sindicais as quais celebraram o mencionado instrumento coletivo,
não havendo nenhuma explicação plausível por parte da empregadora que justifique o
descumprimento de tal comando normativo.
Diante do fato do Reclamante ter recebido valor do salário mínimo abaixo do piso salarial
previsto em norma coletiva, é certo que este desde já faz jus a diferença salarial pelo piso
salarial da categoria profissional a qual pertence, para que assim passe a constar em sua
CTPS, por todo o período laborado, o salário-base no valor de R$ 2.874,67 (dois mil e
oitocentos e quarenta e sete reais). Sendo declarada a diferença salarial pelo piso salarial da
categoria profissional, o Reclamante desde já faz jus às diferenças das verbas trabalhistas do
período,
Diante o exposto, uma vez declarada à diferença salarial pelo piso salarial da categoria
profissional, o Reclamante faz jus a diferença das seguintes verbas trabalhistas:
Diferença de Saldode Salários correspondentes ao período contratual, tendo em vista a
diferença salarial do período;
Das multas do art 467 e 477 da CLT
Por não ter pago as verbas rescisórias no prazo legal, deve a Reclamada ser condenada ao
pagamento da multa de que trata o art. 477, da CLT, que corresponde ao valor equivalente ao
salário mensal da Reclamante. Além disso, e se tratando de verbas rescisórias, é de se
verificar ainda, a aplicação das penalidades do art. 467 da CLT,
Consoante se extrai de decisão dos Tribunais Superiores, veja:
RECURSO DE REVISTA. MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT.
BASE DE CÁLCULO. A decisão regional merece reforma para se adequar
ao entendimento desta Corte Superior no sentido de que a multa do art. 477, §
8º, da CLT deve incidir sobre a remuneração, ou seja, sobre todas as verbas de
natureza salarial, e não sobre o salário básico somente. Recurso de revista
conhecido e provido.(TST - RR: 7340420175060182, Relator: Dora Maria Da
Costa, Data de Julgamento: 17/11/2021, 8ª Turma, Data de Publicação:
19/11/2021)
Assim, requer-se a condenação da Reclamada ao pagamento das multas mencionadas acima .
DANOS EXTRAPATRIMONIAIS
Ao momento em que Reclamante trabalhou por 9 anos e nunca obteve férias, ou seja,
trabalhou durante anos sem obter nenhum descanso, tampouco depósitos de FGTS, e muito
menos 13º salário, que é uma gratificação natalina para desfrutar de lazer com seus familiares,
é no mínimo digno de uma reparação a título de indenização moral, mas percebamos mais
motivos para Vossa Excelência deferir este pedido.
Excelência, o mais surpreendente é que o seu Empregador ser uma empresa bem sucedida,
detentora de conhecimentos jurídicos suficientes para entender que suas atitudes prejudicam a
vida particular, moral e alimentar da sua Empregada.
O comportamento adotado pelo Reclamado fere na sua totalidade a dignidade da pessoa
humana, é ilegal, injustificado e deixou a Reclamante durante anos desamparada e em
situação humilhante, ofedendo sua imagem, saúde, lazer, e autoestima.
Como forma de preservação desses direitos, dispões a CLT:
Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou
omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou
jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação.
Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a
autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade físicasão os
bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física
Art. 223-G. Ao apreciar o pedido considerará
I-A natureza do bem jurídico tutelado
II-A intensidade do sofrimento ou da humilhação[...]
IV-Os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;
V-A extensão e a duração dos efeitos da ofensa[...]
XI-A situação social econômica das partes envolvidas.
Ante o exposto, requer a condenação do Reclamado ao pagamento de indenização por danos
extrapatrimoniais de natureza grave, como discorre o art. 223-G, §1º, III, da CLT, “até vinte
vezes o último salário contratual do ofendido”, totalizando R$46.120,00.
Honorários advocatícios
Conforme o art. 791-A da CLT determina a observância de honorários
sucumbenciais no importe entre 5% e 15% sobre o valor da condenação.
Art. 791-A.Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão
devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5%
(cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor
que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Requer a Vossa Excelência, a condenação da reclamada ao pagamento de honorários
advocatícios, no importe de 15% sobre o valor que resultar da liquidação, nos termos do
art.791-A, § 2º, I ao IV, da CLT.
Dos Pedidos
Por assim entender, provoca-se o Estado para exercê-lo do poder Jurisdicional, dizer o direito
no caso concreto e solucionar a lide, requerendo a Vossa Excelência:
a) Que seja deferido o benefício da assistência gratuita nos termos do artigo 5° LXXV, da
Constitucas Federal e artigos 98 e 99 do Código de Processo civil e na lei 1.060/50, pa artigo
790 paragrafo 3º e 4º da CLT, por não possui recursos suficientes para suprir as custas
processuais sem prejuízo ao seu sustento e da sua familia.
b) A citação da parte requerida para que no prazo legal, caso queira, venha contestar a
presente ação sob pena de revelia e presunção de veracidade do alegado.
c) Julgar ao final totalmente procedente a presente reclamação, declarando o vínculo
empregatício existente entre as partes.
d) Deferir o pagamento de aviso prévio indenizado com multa do art 467 da CLT.
f) Pagar o 13º salário proporcional.
e) Pagamento das férias vendidas em dobro simples e proporcional com multa do art 467 da
CLT.
f) Deferir o depósito do FGTS a multa de 40% de todo o período trabalhado a título de
indenização.
g) Condenar a reclamada a pagar a multa prevista no parágrafo 8 do art 477 da CLT, e não
sendo pagas as parcelas incontroversas da primeira audiência, seja aplicada multa do art 467
da CLT com correções monetárias e juros.
h) A condenação da Reclamante ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de
15% sobre o valor da condenação, no teor do art 791 da CLT.
i) Requerer que a reclamada pague as contribuições previdenciárias devido em face das verbas
acima referidas, visto que caso tiverem sido pagas na época oportuna, não acarretaria a
incidência da contribuição previdenciária.
j) Apresentar o TRCT (termo de rescisão de contrato de trabalho) devidamente
providenciado e acompanhado das guias de seguro desemprego ou em sua falta que seja
compelida a arcar com o valor indenizatório correspondente às parcelas devidas.
k) A produção de todos os meios de provas de em direito admitidas em especial provas
documentais e outras que forem necessárias.
Dar-se o valor da causa R$ xxxx para fins de legais.
Nestes termos, pede e espera o deferimento.
Local xxxx, Data xxxx
Advogado OAB xxxx

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