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Melhoramento animal 
Aula 1: 09/02/2023 
Apresentação geral 
• Tronco de raças bovinas: 2 grupos 
o 1º Bos taurus indicus, zebuínos, indianos. 
o 2º Bos taurus taurus, taurinos, europeus. 
o As duas formas de gado bovino, identificadas como zebuínos (bos indicus) e 
taurinos (bos taurus). 
 
• Característica dos zebuínos: possuem cupim, barbela bem desenvolvida, possuem 
orelhas médias ou longas (pendurares) – com as pontas para o chão. 
• O cupim deve ter o formato de uma castanha de caju. 
• Porém, há exceção da raça Nelore, que são zebuínas de orelhas curtas. A Nelore é a 
raça que mais está presente no Brasil. 
 
• Vantagem dos zebuínos: são mais rústicos, mais adaptáveis e resistentes com o clima, 
a altas temperaturas, a endo e ectoparasitas (como carrapatos e mosca do cifre). 
• 80% do rebanho nacional é composto por zebuínos. 
• Os zebuínos comparados com os taurinos são mais rústicos, mas por outro lado, são 
menos produtivos (tanto em relação a leite, quanto a carne) e menos precoces. 
• Eles são mais rústicos por conta de suas estruturas morfológicas que auxiliam em sua 
característica, como: 
 
• Cupim: tem a função de reserva de energia, semelhante a corcova dos camelos que 
vivem no deserto. 
• Barbela: servem para aumentar a superfície corporal do corpo, dessa forma, os animais 
irão apresentar uma maior quantidade de glândulas sudoríparas nessa região, 
favorecendo a troca de calor do organismo do animal e do ambiente. 
• Por este motivo são mais resistentes ao calor. 
• Orelhas médias/longas: ajudam no controle de endo e ectoparasitas. 
• Características dos taurinos: Ausência de cupim (não confundir com acúmulo de 
gordura em alguns animais), barbela pouco desenvolvida e orelhas curtas (horizontais 
voltadas para frente). 
• Cupim: deve ter formado de castanha de caju. 
• Desvantagem dos taurinos comparado aos zebuínos: são mais sensíveis/menos 
rústicos, umidade, mais sujeitos a presença de endo e ectoparasitas. 
 
• Vantagens dos taurinos: são mais produtivos (tanto em relação a carne quanto a leite), 
são mais precoces em relação a engorda e ganho de peso e a maturidade sexual. 
• O animal mais precoce: é aquele que atinge mais rápido aquilo que se deseja. 
• Há 2 tipos de precocidade: para acabamento (engorda/ganho de peso/abate) e para 
reprodução (maturidade sexual). 
• É melhor um animal mais precoce, intermediário ou tardio? Depende! 
• Precocidade para a reprodução: quanto mais precoce o animal for, melhor. 
o Exemplo: Quanto mais cedo uma fêmea atingir a maturidade sexual, mais 
rapidamente irá emprenhar e reproduzir. 
• Precocidade para acabamento: depende do ponto de vista para avaliar se é melhor 
que seja um animal mais precoce ou mais tardio. 
o Exemplo: Comparando dois animais da mesma raça, o mais precoce ele 
geralmente tem uma maior profundidade e um tamanho mais reduzido, ou seja, 
ele ganha peso mais rápido, mas não tem um crescimento tão grande. O mais 
tardio tem uma menor profundidade, e maior comprimento de membros (é um 
animal maior comparado ao mais precoce, com isso, ganhará mais peso, porém 
em um maior espaço de tempo – demora mais). 
• Portanto, depende o que o produtor quer abater mais rápido (o animal precoce) ou 
abater um tempo mais prolongado e ganhar um valor maior (o animal tardio). 
 
• Dois bois da raça Nelore: do lado esquerdo encontra-se a nelore padrão de chifre, do 
lado direito está a nelore mocho. Ambos possuem o mesmo peso, porém o da esquerda 
é mais precoce e não irá crescer mais, o da direita irá crescer e engordar mais por ser 
mais tardio, irá demorar mais. 
• Há três tipos de animais, os que possuem chifre, os mochos e o mochado/descornado. 
• Mocho: animal que não tem chifre. Mocho natural: sempre pela genética não terá cifres 
nunca. 
• Mochado: animal que tinha chifres, mas foram retirados cirurgicamente. 
• Para avaliar se o animal é mais precoce ou mais tardio: se compara a profundidade com 
o comprimento de membros. 
 
• Profundidade: linha imaginaria que vai do dorso ao ventre do animal. 
• Quando se iguala a profundidade e o comprimento de membros significa que este 
animal já está parando de crescer e irá manter esse tamanho. 
• Os taurinos são subdivididos em dois subgrupos: são as raças britânicas e as raças 
continentais. 
o Os zebuínos não possuem essa divisão. 
o As raças britânicas: são as raças taurinas de pequeno porte e são mais precoces 
que as continentais. Exemplo: Jersey (leiteira), Angus e Hereford (carne). 
o As raças continentais: são as raças taurinas de grande porte. São precoces, 
porém menos que as britânicas. Exemplo: Caracu (de origem portuguesa, possui 
barbela bem desenvolvida semelhante aos zebuínos), Simental (de origem 
alemã). 
• Tanto zebuíno quanto taurino possuem produção leiteira e produção de carne. Existem 
raças especializadas em corte e em leite nos dois grupos, e há também raças de dupla 
aptidão. 
• Presença e ausência de chifre é variado em ambos os grupos. Há raças que são sempre 
mochos (como Angus), há raças que sempre terão chifres e raças variadas (animal que 
tem chifre e animal que não tem). 
• A principal vantagem dos zebuínos: é que eles são mais rústicos e os taurinos são 
mais produtivos e mais precoces. O que o produtor deseja é um animal que seja mais 
precoce, produtivo e mais rústico. 
o Portanto, o que é muito realizado é cruzamento dos dois grupos. 
• Há vários tipos de cruzamento, o mais simples é cruzamento industrial, na F1- primeira 
geração de filhos terá um animal mais produtivo, mais precoce e mais rústico. 
• É melhor usar fêmeas zebuínas e machos taurinos (opção 1) ou fêmeas taurinas e 
machos zebuínos (opção 2)? Depende do ponto de vista! 
• O resultado teoricamente seria o mesmo, pois 50% do DNA vem da mãe e 50% do pai. 
• Se for uma região especializada em produção de leite ou carne, um local mais 
favorecido uma opção mais interessante seria usar um macho zebuíno e a fêmea 
taurina por produzir mais leite, consequentemente irá desmamar um bezerro mais 
pesado e o produtor terá um lucro maior. 
• Se for em uma região como o Brasil, um local que necessita uma maior praticidade o 
mais indicado seria machos taurinos e fêmeas zebuínas. Pois normalmente na 
reprodução não é usado um macho por fêmea, é um touro para aproximadamente 25/30 
vacas. 
• Portanto, para uma região como o Brasil é melhor várias fêmeas zebuínas e rústicas 
que terão uma boa adaptação com o lugar e os machos taurinos em uma menor 
quantidade, por serem mais sensíveis. 
• Atualmente, a realidade da pecuária no Brasil se faz o uso do modelo extensivo – 
animais criados soltos no pasto. 
o E muitas vezes também ocorre o binômio perfeito, que é a combinação de dois 
fatores: Nelore + Braquiária. 
o Nelore (zebuíno, principal raça de corte do Brasil) + braquiária (que é uma 
forragem de baixa qualidade nutricional e o produtor não possui gasto nenhum, 
ela cresce em qualquer lugar/pasto. 
o Por conta de a raça Nelore ser rustica ela se adaptou muito bem com a 
braquiária. 
 
• O bezerro nasce e fica com vaca até desmamar, aproximadamente 8 meses. 
• O tempo ideal de uma gestação de bovino é de 9 meses. 
• Portanto, uma vaca deve ter um bezerro por ano. 
• Exemplo a vaca pariu em fevereiro (02/2023), este bezerro deve desmamar em outubro 
(10/2023), para que ela tenha outro filhote no intervalo de um ano (02/2024), ela deverá 
cruzar com um macho em maio (05/2023) e o seu antigo bezerro estará com 3 meses de 
vida + 9 meses = mais um bezerro 1 ano depois. 
• O ideal é um bezerro por ano, mas a realidade do Brasil são 2 bezerros a cada 3 anos (1 
bezerro a cada um ano e meio), por conta de erros de manejos. 
• O bezerro desmama com 8 meses e até o próximo parto a vaca tem 4 meses de 
descanso. 
• O tempo de gestação normal de cabras e ovelhas são de 5 meses. Com isso, o ideal 
seria 2 crias por ano/4 partos a cada 2 anos. 
• Mas a realidade do Brasil é3 partos a cada 2 anos (abaixo da média). 
• Quando a vaca leiteira para de produzir ela entra no período seco, que dura 2 meses, 
pois o bezerro desmamou com 8 meses, mas ela produz leite durante 10 meses. Tendo, 
então 2 meses de período seco, período que ela não está mais com seu filhote. 
• A vaca de corte após desmamar, quando não está mais com seu filhote é chamada de 
vaca desmamada. 
• Após o período seco de 2 meses, a fêmea deve parir novamente e retorna a sua 
lactação. 
• Vacas que continuam produzindo leite e se reproduzindo sem entrar no período seco e 
descanso, fica com uma condição corporal péssima, demorando mais tempo para que 
ela se recupere e consiga emprenhar novamente. 
• O correto para evitar erros de manejo seria realizar a estação de monta: que seria 
uma época do ano eu o produtor trabalha com reprodução. 
o Ele determina qual a melhor época para os bezerros nascerem, 
• Setembro a dezembro – época em que começa a crescer pasto no Brasil. Então a 
estação de monta é 9 meses antes, de dezembro a março. 
• ¾ meses do ano ou se faz inseminação na vaca ou deixa o touro com elas. 
o Dessa forma irá padronizar os nascimentos dos bezerros, que terão idades 
próximas. 
• Mas a realidade do Brasil é que, na maior parte de suas propriedades deixam os touros 
soltos com as vacas o ano inteiro e não fazem estação de monta, assim não possuem 
controle nenhum e o rebanho fica inteiro misturado com animais de todas as idades 
juntos. 
• O principal para padronizar o nascimento dos bezerros, é para que o produtor consiga 
comparar, pois os animais devem ser o mais igualado possível, mesma idade, mesmo 
sexo, mesma raça, para comparar geneticamente. 
• Não tem como comparar bezerros que nasceram em uma boa estação com aqueles que 
nasceram na seca, em uma estação sem alimento para mãe. 
• Outra vantagem de se fazer estação de monta, (melhor época para o bezerro nascer 
de setembro a dezembro), ao final de dezembro as vacas já deverão ter tido parto, 
contudo as fêmeas que ainda não tiveram seu parto devem ser selecionadas e retiradas 
do rebanho e mandada para o abate. 
Aula 2: 16/02/2023 …Continuação… 
I. Definição de Melhoramento animal: é uma transformação que o animal sofrerá para 
trazer o melhor para a população. 
o Pode se dizer também que o M.A visa alterar uma frequência gênica em uma 
geração, conservando somente as características desejáveis. 
o Nada mais é do que um processo de seleção. 
 
II. Tipos zootécnicos dos animais de produção: 
DEFINIÇÃO: Qual a finalidade comercial ou econômica de uma determinada 
espécie, ou até uma raça. 
o Raças de 2 tipos zootécnicos = dupla aptidão. 
o Raças de 3 tipos zootécnicos = tripla aptidão. 
o Dupla aptidão: bovinos, equinos, suínos, aves. 
o Tripla aptidão: caprinos e bubalinos. 
o Quadrupla aptidão: ovinos. 
o Obs.: há exceção entre as raças, algumas podem ter dupla aptidão/tripla, vária 
entre as raças. 
o A couro dos bovinos e bubalinos é aproveitado, mas não é considerado um tipo 
zootécnico. 
 
A. Bovinos: 2 tipos zootécnicos – dupla aptidão. 
o Corte e leite. 
o Antigamente, os bovinos eram de tripla aptidão. Hoje o são, apenas, para carne e 
leite. Sua utilização para tração (puxar carroças) foi abandonada. 
 
o O animal de corte deve se manter, produzir leite para o bezerro se manter com 
2/3 litros por dia é suficiente e se estiver gestante, manter também o filhote. 
o O animal leiteiro deve ter grande profundidade, pois ela possui uma maior 
responsabilidade fisiológica, pois ela tem um maior peso de vísceras, ela deve ter 
uma maior funcionalidade de tórax, sistema digestório em perfeito estado. 
o Pois a vaca leiteira possui uma demanda energética enorme para que ela possa 
se manter, produzir leite para manter o bezerro, se estiver gestante manter o 
filhote. 
o Vacas produz 20 a 30 litros de leite por dia (grandes leiteiras - boas), produz 10x 
mais leite que a vaca de corte. 
o Outra característica importante da vaca leiteira é a respeito da conformação da 
constituição de úbere (que é o aparelho mamário, local que envolve as glândulas 
mamarias). 
o O ideal de um úbere para uma fêmea leiteira é ser grande, de consistência 
elástica, porém não deve ultrapassar a articulação e linha do jarrete, para não 
sofrer nenhum acidente e se machucar. 
o Quanto maior o úbere, maior a quantidade de alvéolos e ela produzirá mais leite. 
o Quanto maior a consistência elástica do úbere, maior tecido funcional e elástico, 
pois se ele for muito firme terá muito tecido estrutural e pouco tecido funcional. 
 
 
B. Equinos: 2 tipos zootécnicos - dupla aptidão: 
o sela (animal que é montado, usado para esporte, lazer) e tração (puxar carroças). 
 
 
o No Brasil, não há criação de equinos para corte, portanto aqui não é considerado 
um tipo zootécnico, mas em outros países sim. 
o Exemplo: Na Suécia o consumo de carne de cavalo é maior que consumo de 
carne de cordeiro. 
 
C. Caprinos: 3 tipos zootécnicos - tripla aptidão: 
o Leite, corte e couro. 
 
o No Brasil o maior tipo zootécnico em caprinos é leite, a principal raça é a Saneen 
– produz até 4 litros de leite por dia (uma cabra boa). 
o Corte – raça Boer. 
o Couro – raça Barroca. 
o Os caprinos são divididos em raças: nativas e exóticas. 
o As raças nativas são mais rústicas e são destinadas a produção de couro. 
o As raças exóticas são mais sensíveis, mais precoces e mais produtivas. 
o As exóticas europeias são destinadas a produção de leite, e as exóticas africanas 
criadas para produção de corte. 
 
D. Ovinos: 4 tipos zootécnicos: 
o Carne, lã, leite e couro (em ordem de importância). 
 
o Corte – raça Texel. 
o Lã – raça Merino. 
o Leite – raça Lacaune. 
o Couro – raça Karacol/Karakul. 
o Ovinos são divididos em lanados e deslanados. 
o Os lanados são mais sensíveis, mais produtivas e mais precoces. 
o O ideal para um animal lanado é que ele deve ter lã da testa até os pés, coberto 
por lã. 
o Porém, os ovinos lanados nem sempre seu tipo zootécnico principal será lã, não é 
uma regra. Existem ovinos lanados com lãs de péssima qualidade. Há raças 
lanadas próprias para a produção de lã. 
o As raças principais leiteiras e de corte são lanadas e sua lã é de má qualidade. 
o Mas há também raças de dupla aptidão que são destinadas a produção de carne 
e lã, porém tem um tamanho reduzido. 
o Os deslanados são mais rústicos. 
o Uma ovelha leiteira produz aproximadamente 900ml a 1 litro de leite por dia, no 
qual é feito um queijo muito comercializado, o Roquefort. 
 
E. Suínos: 2 tipos zootécnicos – dupla aptidão: 
o Corte (é mais falado carne do que corte) e banha. 
 
o A diferença morfológica entre eles é que o de banha possui maior profundidade 
que o de carne. 
o Mas no Brasil o maior tipo de criação de suíno é destinado a carne. 
 
F. Aves: 2 tipos zootécnicos – dupla aptidão: 
o Corte e postura. 
 
o No Brasil, o maior tipo de criação de aves (frango e galinha doméstica) é 
destinado a corte e postura em 2º lugar. 
o Frango de corte é muito produzido na região sul do Brasil. 
o A produção de ovos é dominada na região sudeste do Brasil. 
o No caso das codornas o tipo mais usado é postura e corte em 2º lugar. 
 
G. Bubalinos: 3 tipos zootécnicos – tripla aptidão: 
o Leite, corte e tração (ordem de importância). 
 
o Igual aos bovinos, seu couro é aproveitado após o abate, porém não é o principal, 
e não considerado um tipo zootécnico, como é no caso dos pequenos ruminantes 
(ovino e caprino). 
o Uma vaca bubalina leiteira produz de 8 a 10 litros de leite por dia (uma búfala 
boa). 
 
III. Duração da gestação, nas espécies: 
o Gata: 60 a 62 dias. 
o Cadela: 62 dias. 
o Coelha: 30 dias. 
o Porca: 114 dias (3 meses, 3 semanas 3 dias). 
o Cabra e Ovelha: 5 meses. 
o Vaca Taurina: 9 meses. 
o Vaca Zebrina: 9 meses e meio. 
o Vaca Bubalina: 10 meses. 
o Equídeos: são os equinos, asininos, muares. 
o Égua: 11 meses. 
o ÉguaMuladeira: 11 meses e meio (345d). 
o Jumenta: 11 meses e meio a 12 meses. 
o Chinchila: 3 meses e 3 semanas (111 dias). 
o Galinha (choco): 21 dias. 
o Codorna: 16 dias 
o Avestruz: 42 dias. 
o Peru: 35 dias. 
o Ganso, pata, angola: 28 dias. 
 
IV. Objetivos gerais do melhoramento, nas espécies: 
A) Bovino de corte: Aumentar a relação toneladas de carne por área de pasto num 
determinado período. 
o Aumentar o número de ciclos produtivo na mesma área ganhando o máximo de 
peso possível. 
o Bovinos no Brasil – são abatidos aproximadamente com 4 anos (48 meses) - 
normalmente filhotes de vacas leiteiras, pouco desenvolvidos. 
o Bovino - raça Nelore – são abatidos aproximadamente com 3 anos (36 meses). O 
aceitável é 1 ano e meio (18 meses). 
o Melhoramento genético animal quer abater com: 1 ano (12 meses). 
o Em uma área onde o produtor abateria 100 bois, que atualmente são abatidos 
com 4 anos, em um ano. Com o melhoramento animal. em um mesmo período (1 
ano) seriam abatidos 400 bois. 
o Portanto, para gado de cortes, esse é o principal objetivo. 
 
Continuação – aula 3: 23/02/2023 
B) Bovino leiteiro: objetivo em melhorar a qualidade e quantidade da produção de leite. 
o Em relação a qualidade exigido pelos laticínios, o leite deve ter no mínimo 3% de 
gordura. 
o Geralmente as vacas holandesas, embora produzam muito sua taxa de gordura é 
menor que 3%, e nesse caso o laticínio recebe, porém ele paga um valor menor 
para o produtor. 
o O fenótipo é o genótipo + ambiente, portanto não adianta ter uma genética 
excelente e o ambiente não contribuir. 
o Outro aspecto importante, a fêmea deve ser livre dos principais problemas 
clínicos, como: mastite e problema de casco. 
o Então, se a fêmea produzir muito e tiver alguma enfermidade, irá trazer prejuízos. 
o A fêmea deve ser reprodutivamente apta/fértil. 
o Gráfico do ciclo da produção leiteira - Ciclo fisiológico das fêmeas leiteiras. 
o O gráfico será o mesmo para vacas holandesas (40L/dia) e vacas nelore (3L/dia), 
o que irá mudar é somente a quantidade de leite que cada uma irá produzir em 
seu ciclo. 
o O ciclo inicia após a vaca dar à luz ao bezerro, após o parto. 
o Fase 1: pico da produção de leite. 
o Fase 2: pico da produção de leite e máxima da ingestão de alimentos. 
o Fase 3: cai a produção de leite e ingestão de alimentos. 
o Fase 4: não produz leite – período seco. 
 
o Fase 1: ocorre aproximadamente 2 meses após o parto. 
o Fase 2: deve ocorrer de 2 a 7 meses. 
o Fase 3: deve ocorrer de 7 a 10 meses. 
o Fase 4: ocorre de 10 a 12 meses, é o período seco, período de descanso da fêmea 
para que ela possa produzir uma maior quantidade de leite no próximo ciclo. 
o Obs.: em gado de corte faz se a estação de monta para a padronização dos 
bezerros, mas vacas leiteiras não faz estação de monta, elas dão cria o ano 
inteiro em meses diferentes. 
o Pois, como elas devem ter o seu período seco para descansar o produtor ficaria 
sem receber por 2 meses. 
 
C) Equinos: objetivo em melhorar seu temperamento, padrão morfológico da raça, na 
reprodução animais com alta libido e capacidade de monta. 
C I C L O D A P R O D U Ç Ã O L E I T E I R A
Ingestão de
alimentos
Fase II Fase III Fase IV Fase I 
o Deve ser livre dos 2 tipos de impotência existentes: 
o Impotência generandi: não produz gametas – macho não se reproduz por 
problemas no próprio sistema reprodutor. O macho é estéril (não que dizer que 
seja infértil). 
o Infértil: quando o animal não reproduz de forma satisfatória ao longo do ano, 
estéril não se produz nunca. 
o Impotência coerandi: animal não se reproduz por problemas em algum sistema do 
corpo, com exceção do reprodutivo. Geralmente o animal é infértil, mas é possível 
coletar sêmen para inseminação em machos de alto valor. 
o Pensando em bovinos e equinos o sistema mais comum dos animais terem algum 
problema é o locomotor, e os membros pélvicos quando afetados o animal não 
tem base de apoio para realizar a monta na fêmea. 
 
D) Suínos: objetivo de melhorar a produção de carne com a menor taxa de gordura e maior 
rendimento de carne. 
o Leitegada: mesma coisa que ninhada. 
o O objetivo é um maior número de filhotes por leitegada. 
o Maior conversão ou eficiência alimentar: o quanto ele ingere de comida e 
consegue aproveitar daquele alimento. 
 
E) Bubalinos: os objetivos são variáveis dependendo do tipo zootécnico de cada raça. 
 
F) Ovinos: objetivo é melhorar característica de carcaça, produção de lã – considerar a 
qualidade e quantidade (em relação a finura, cor, brilho, suavidade e densidade), 
característica leiteira. 
o O ideal são partos gemelares – 2 filhotes por parto. 
o Não é regular 3 filhotes por parto, pois ovinos possuem somente 2 tetos para se 
alimentarem. 
 
G) Caprinos: os objetivos dos caprinos são os mesmos dos ovinos, somente com exceção 
da lã. 
 
H) Aves de postura: objetivo é produzir ovos por um longo período e boa frequência (1 ovo 
por dia). 
o O tamanho do ovo é influenciado pela idade da galinha. 
o Ovos com menos de 45g são para uso industrial, ovo em pó, o produtor recebe, 
porém, um valor menor. 
o Os tipos de ovos que existem são leve (45g a 49g), médio (50g a 54g), grande 
(55g a 59g), jumbo (60g) e extra jumbo (acima de 65g). 
o O ideal é para o produtor é o médio ou grande, pois muito pequenos ele irá 
receber menos. 
o Galinhas que colocam ovos muito grandes a taxa de postura cai (em 80-60%) e o 
produtor recebe por dúzia, com isso, acaba não sendo muito vantajoso ter ovos 
como extra e jumbo, pois ela terá menos ovos. 
o Importante a conversão alimentar em animais confinados. 
 
→ Ciclo da postura dos ovos: 
 
 
 
 
 
o O início do ciclo de postura fisiológico de uma galinha inicia a partir da 17ª 
semana e finaliza aproximadamente em 77 semanas. 
o Portanto, o 1º ciclo de uma galinha dura 60 semanas (1ano e 3 meses). 
o Após a 77ª semana, o produtor faz um manejo com as galinhas chamado de muda 
forçada – que dura aproximadamente 45 dias (6 semanas), finalizando na 83ª 
semana. 
o A muda forçada é uma época em que o produtor irá simular no galpão de 
confinamento uma mudança de estação de tempo de primavera e verão para 
inverno e outono. 
o As épocas que chovem no Brasil (hemisfério sul) são primavera e verão, altas 
temperaturas, alta luminosidade, por consequência alta disponibilidade de 
alimento. No outono e inverno, baixa luminosidade, baixas temperaturas, época 
de seca, baixa disponibilidade de alimentos. 
o Na muda forçada o produtor reduz o fornecimento de alimento e a luminosidade, 
com menos iluminação, manejo de cortinas. 
o O organismo da ave entende que é inverno e ela para de produzir, ocorrendo uma 
renovação do seu sistema de postura de ovos. 
o Porém, ao chegar a 83ª elas voltam a produzir igual quando eram frango e iniciam 
seu 2º ciclo de postura – que tem duração da metade do primeiro, 
aproximadamente 30 semanas, finalizando com 113ª semanas. 
o Após a 113ª semana de idade as galinhas serão destinadas ao abate. 
o Estudos mostram que após a 113 semana não há resultados positivos em fazer a 
muda forçada novamente, além de prejuízos financeiros. 
Nascimento 17 77 
Muda forçada 
Início 
83 
Semanas 
Final 
60 semanas 
1º ciclo 
113 
30 semanas 
2º ciclo 
o Codorna não vale a pena fazer muda forçada, pois seu ciclo de postura é 
diferente. Ela começa com 6 semanas e termina com 40 semanas, tendo duração 
aproximadamente de 34 semanas e em seguida são destinadas ao abate. 
o O tempo de início do ciclo das codornas é o mesmo tempo de uma muda forçada, 
com isso, as antigas vão para o abate e o produtor compra novas codornas e as 
usa para postura. 
 
I) Aves de corte: objetivo em melhorar a precocidade, conversão alimentar e uma maior 
deposição de carne em áreas nobres, como peito, coxa e sobrecoxa junto e asa. 
 
J) Pequenos animais (cães e gatos): De acordo com a literatura o melhoramento nospequenos animais não é feito com critérios objetivos, pois possuem uma visão apenas 
afetiva e não funcional. 
o Mas o M.A visa melhorar o padrão morfológico das raças, pelagem, número de 
filhotes por parto (tamanho da ninhada), temperamento dependendo de qual a 
finalidade do animal (para companhia ou cães de guarda), e o principal combate 
de doenças genéticas. 
 
IV. Idade e peso dos animais para abate 
o PV: peso vivo (animal vivo pesado). 
o Carcaça: base óssea do animal + a deposição de carne, o que é mandado para o 
açougue, sem as vísceras. 
o A carcaça equivale 50% do peso vivo do animal. 
o PV ≠ peso de carcaça. 
 
1. Ovino 
o Peso vivo: 30kg para o abate. 
o Aos 5 meses de idade, é chamado de cordeiro. 
o Peso de carcaça: 15 kg 
 
2. Suíno 
o Peso vivo: 100kg para o abate. 
o 5 meses de idade. 
o Peso de carcaça: 50/65kg. 
 
3. Coelho 
o Peso vivo: 3kg para o abate. 
o Peso de carcaça 50% do PV. 
o Aos 4 meses de idade. 
 
4. Caprino 
o Peso vivo: 15kg para o abate. 
o Peso de carcaça: 50% do PV. 
o Aos 5 meses de idade. 
 
5. Frango 
o Atualmente, abatido com 40 dias. 
o PV: 4kg, peso de carcaça: 2,5 a 2,8 kg. 
 
6. Bovino 
o Abatido com 3 anos de idade. 
o Peso vivo: 480 kg. 
o O bovino deve ter no mínimo o peso de 16@ (1@ = 15kg). 
o 16.15= 240kg de - deve ser o peso de carcaça mínimo. 
o Pois se pesar menos 16@ ele terá um menor pero de carcaça (baixo rendimento). 
o E o produtor irá receber menos, receberá pelo valor de fêmea 
 
V. Raças de búfalos. 
o A forma de caracterização racial é pela forma do cifre. 
o Alguns produtores tiram, porém não dá mais para identificar a roça. 
 
o Murrah: tem o cifre enrolados para dentro. É uma raça leiteira. 
 
o Jaffarabati: tem o cifre em formato de J. É uma raça de dupla aptidão - corte e 
leite. 
 
o Mediterrânea: tem o cifre mais aberto, e dirigido para trás. É uma raça de dupla 
aptidão - corte e leite. 
 
o Carabao: tem cifres longos, em posição horizontal para fora e em sua parte final 
segue para trás e para cima. É uma raça de dupla aptidão - corte e tração. 
 
 
Herança genética 
I. Introdução 
o Eucariontes: contém membrana plasmática, citoplasma e núcleo. 
o Na genética: a parte mais importante e estudada é o núcleo. 
 
o O núcleo contém os genes – são unidades que constituem os cromossomos. 
o A quantidade de cromossomos é geralmente fixa para cada espécies, com 
exceção dos bubalinos da raça Carabao, que possui um par a menos de 
cromossomos que as outras raças de búfalos. 
o A raça Carabao consegue cruzar e se reproduzir com as outras raças 
naturalmente, seus descentes são férteis, porém tem uma fertilidade reduzida, 
demoram mais para entrarem na puberdade, maiores intervalos entre partos, por 
conta do cromossomo a menos. 
o Humano: 22 pares de cromossomos autossomos e 1 par de cromossomos 
sexuais. 
o XX: fêmea. 
o XY: macho - macho sempre determina o sexo do filhote. 
 
II. Tipos de características qualitativas e quantitativas: 
o Qualitativas: são as características que são possíveis visualizar, ex: cor, pelagem. 
São regidas por um ou poucos pares genes, com isso é mais fácil de selecionar, 
pela pequena quantidade de genes. 
o Quantitativas: são as características que são possíveis de ver e medir, ex: 
produção de leite – é possível visualizar a vaca produzindo leite e a quantidade 
que foi produzida. São regidas por vários pares de genes, portanto se torna mais 
difícil de selecionar. 
o Ambas são fenótipos. 
 
III. Definições gerais: 
o Genótipo: constituição genética do indivíduo, ou seja, o conjunto de todos os 
genes daquele organismo. 
 
o Fenótipo: é a expressão do genótipo/dos genes, o pode ser visualizado. Trata – 
se da interação do genótipo + ambiente. 
o Homozigoto: genes iguais. Há dois tipos – dominante: AA e recessivo: aa. 
o Heterozigoto: genes diferentes – Aa. 
Aula 5: 09/03/2023 
 
o Ação genica: é o fenômeno em que os genes interagem entre si, seja dentro do 
mesmo par ou entre vários pares de cromossomos. 
o Há 2 tipos específicos: ação genica aditiva e ação genica não aditiva. 
1. Ação genica aditiva: segundo a ação genica aditiva a característica final é 
resultado da somatória da ação de cada gene. 
o A característica final é aquilo que será visto, ou seja, o fenótipo. 
o Ex: cor da pele humana, produção leiteira (ambas podem ter alta influência do 
ambiente). 
o Todos os fenótipos e o genótipo de cada um para entender a ação genica aditiva 
na cor da pele humana. São dois pares de genes que irão determinar a cor (a e 
b). 
→ Branco: aabb (totalmente recessivo). 
→ Mulato claro: aaBb, Aabb (possui um gene dominante). 
→ Mulato médio: AaBb, aabb, Aabb (possui 2 genes dominantes). 
→ Mulato escuro: AABb; AaBB (possui 3 genes dominantes). 
→ Negro: AABB (totalmente dominante). 
o Portanto, cada gene dominante que irá somar com os outros genes vai 
aumentando a pigmentação da pele. 
 
2. Ação genica não aditiva: não existe somatória da ação de genes (na teoria). 
o Há 3 tipos: dominância completa, herança ligada ao sexo e ausência de 
dominância. 
a) Dominância completa: trata-se das leis de Mendel (1º e 2ª leis) 
o Ex: pelagem de bovinos da raça holandesa (maior raça leiteira), as cores que 
podem ter são pretas e brancas (PB) ou vermelha e branca (VM). 
o A PB é dominante – então seu genótipo será A-, ou seja, AA ou Aa. 
o A VM é recessiva – então seu genótipo será aa. 
o Na dominância completa é fácil selecionar os genes recessivos e mais difícil 
selecionar os genes dominantes, pois somente pela aparência (fenotipicamente) 
é impossível de determinar o heterozigoto (Aa). 
o Se quer bovino com a pelagem vermelha e branca (recessivo – aa), se usar país 
somente vermelho e brancos (aa) os filhos nasceram com essa pelagem. 
o Se quer bovino com a pelagem preto e branco (dominante – AA ou Aa), cruzando 
pais ambos preto e brancos pode nascer somente preto e branco se ambos 
forem AA, se ambos forem Aa a chance será de 75% de chance de ter pelagem 
preto e branca e 25% vermelho e branca, com isso é mais difícil de ser 
selecionado. 
o A 1ª lei de Mendel afirma que todas as características de um individuo são 
determinadas por genes que se separam durante a formação dos gametas, 
sendo 50% do pai, 50% da mãe. 
o A 2ª lei de Mendel refere-se à segregação independe dos fatores, ou seja, a 
separação de dois ou mais pares de genes localizados em diferentes pares de 
cromossomos homólogos. As características analisadas não dependem uma das 
outras, portanto, são consideradas características independentes, como altura e 
miopia. 
 
b) Herança ligada ao sexo: refere-se aos genes localizados em cromossomos 
sexuais que estão envolvidos na determinação de características, relacionada ao 
cromossomo X. 
o É propensa em ocorrer ambos os sexos, pois ambos possuem o cromossomo X. 
o Ex: em gatos está relacionado somente a fêmea, como gato de 3 cores 
normalmente será uma fêmea, pois o cromossomo X leva no máximo 2 
pigmentos de cores e a fêmea é XX, podendo assim ter mais de uma cor em sua 
pelagem. O macho é XY, assim poderá ter somente 2 cores em sua pelagem. 
 
o Machos de 3 cores, são normalmente chamados na genética de superfemeas 
(síndrome de Klinefelter - XXY), são inférteis. 
c) Herança é restrita ao sexo quando está relacionada ao cromossomo Y, na sua 
porção não homóloga ao cromossomo X. É restrita, pois só ocorre em machos, já 
que fêmeas não possuem cromossomo Y e não são afetadas. 
 
o Ex: hermafroditismo (ou intersexualidade) em caprinos, pode ocorrer em 
grandes partes das raças, mas não em todas. 
o Nos ruminantes, animal mochado (sem cifre) é dominante A-, pode ser AA ou 
Aa, o animal com cifre é recessivo aa. 
o O maior problema será o macho mocho homozigoto (AA) – será 100% 
hermafrodita. 
o Portanto, nunca se deve reproduzir machos e fêmeas mocho. O ideal é caprinos 
machos reprodutores que tenham cifre. 
 
d) Ausênciade dominância: não há dominância de um gene sobre o outro, pois o 
gene heterozigoto (Aa) apresenta fenótipo específico/próprio. 
o A ausência de dominância no geral, para selecionar teoricamente é fácil pois 
cada fenótipo tem um genótipo, os homozigotos são fáceis, mas ambos 
heterozigotos são mais difíceis, pois pode nascer todas as opções de pelagem. 
o Há dois tipos de ausência de dominância: a herança intermediaria e a 
codominância. 
o Herança intermediaria: dominância parcial ou incompleta. O fenótipo 
heterozigoto é intermediário entre ambos homozigotos. 
→ Ex: cores das penas de algumas linhagens de galinhas. 
→ Galinha preta é dominante – AA. 
→ Galinha branca é recessiva – aa. 
→ O heterozigoto será cinza – Aa. 
o Co-dominância: o heterozigoto (Aa) tem característica dos 2 homozigotos (aa 
ou AA). 
 
→ Ex: pelagem de bovinos da raça Shorthorn. 
https://www.infoescola.com/biologia/cromossomos/
→ Vermelha é dominante – AA. 
→ Branca é recessiva – aa. 
→ O heterozigoto é chamado de Ruão – Aa (tem partes do corpo com 
pelagem vermelha e parte branca – malhado VM). 
 
e) Superdominância: também é chamado de sobredominância. 
o A superdominância visa o vigor híbrido ou heterose: é um fenômeno pelo qual os 
filhos provenientes de cruzamento de raças diferentes apresentam melhores 
desempenhos, como maior produtividade, resistência e precocidade que seus 
pais. 
o (F1 será melhor que os pais – mais resistente, mais produtivo e mais precoce). 
o Ex: cruzamento industrial em bovinos, trata-se da reprodução de um taurino 
com um zebuíno (não importa quem será a fêmea ou macho), nasce a F1 e 
serão todos destinados ao abate. 
o Geração P: são os pais. F1: primeira geração de filhos. 
o F1 vão para o abate, pois teoricamente o vigor híbrido não é um fenômeno 
replicável. 
 
f) Epistasia: é quando há a necessidade de vários genes para a determinação de 
uma só característica. 
o É o mais difícil de ser selecionado. 
o Há alguns tipos de Epistasia: dominante, recessiva e interações não epistáticas. 
o Epistasia dominante: pelagem de algumas raças de equinos. 
o Epistasia recessiva: pelagem de camundongos. 
o Interações não epistáticas: forma de crista de galinhas. 
o Tipo de cristas/fenótipos: 
→ Ervilha: E_rr. 
→ Rosa: eeR_. 
→ Noz: E_R_. 
→ Simples: eerr; 
 
Aula 6: 16/03/2023 
Herança e meio 
1. Herdabilidade (h2) ou coeficiente de herança. 
o Definição: capacidade do indivíduo em transmitir suas características genéticas 
para os descendentes. 
o Pode-se dizer também que a herdabilidade é o quanto uma característica 
fenotípica é de responsabilidade genética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Fórmula desmembrada é h2 = delta G/ DS. 
Aula 7: 23/03/2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 8: 06/04/2023 
→ Seleção: é o ato de separar em uma determinada população os indivíduos aptos ou não a cumprir 
uma determinada tarefa. 
o Pode -se dizer também que a seleção visa aumentar a frequência genica favorável 
reduzindo os genes de efeitos indesejáveis/desfavoráveis. 
o A seleção é o processo de melhoramento animal genético e não um método de 
acasalamento – não confundir. 
→ 3 conceitos importantes no melhoramento genético: 
o São o acasalamento, o cruzamento e hibridação, para todos é usado o termo reprodução. 
 
I. Acasalamento: é a reprodução entre indivíduos da mesma espécie e mesma raça. 
o Ex: reproduzir Nelore com Nelore. 
 
II. Cruzamento: é a reprodução de animais da mesma espécie, porém de raças diferentes. 
o Ex: reproduzir nelore com holandês. 
 
III. Hibridação: é a reprodução de indivíduos de espécies diferentes. 
o O principal exemplo são os equídeos. 
o O ideal é o macho do asinino que é o jumento com a fêmea do equino a égua que irá 
resultar no burro ou mula. 
o Neste caso o híbrido nasce com o esqueleto do equino (animal maior) com as 
características do asinino (aparência, mais resistente, mais rústico). 
o Bovino e búfalo não se reproduzem, mas bovino e bisão é possível obter um híbrido. 
o O cavalo com a fêmea do asinino que é a jumenta irá resultar bardoto, mas não é o 
desejável/ideal, pois nasce com o esqueleto do asinino (animal menor) com 
características do cavalo (aparência) 
o Pode ser chamado de bardoto macho ou bardoto fêmea ou bardota. 
 
o O híbrido macho (burro e bardoto) é sempre estéril, pois ele não produz espermatogônia. 
o A fêmea híbrida (mula ou bardota) ocasionalmente pode ser fértil (é muito raro), mas 
podem ser estéreis. 
o Em animais silvestres os híbridos se reproduzem, como os saguis e peixes. 
 
→ Tipos de seleção (subdividida em duas): 
a) Seleção natural: não tem interferência humana. É qualquer elemento natural que seja 
capaz de alterar uma frequência genica em uma geração. 
o Ex: disponibilidade ou falta de alimento – em que os de maior resistência sobrevivem. 
o Outros exemplos: competição, migração de população. 
o O resultado da seleção natural são indivíduos muito bem adaptados, porém pouco 
produtivos. 
o Ex: cavalo pantaneiro que é uma raça que foi desenvolvida sem nenhuma interferência 
humana. 
 
b) Seleção artificial: tem interferência humana. É subdivida em duas: por tipo/aparência ou 
por função/habilidade. 
o Tipo ou aparência: essa seleção artificial leva em consideração o tipo morfológico da 
raça (padrão racial). 
o Enzooquinose: é a avaliação do animal pelas suas características externas (seu padrão 
racial). É realizado pelos juízes de pistas. 
o Esse tipo de seleção é um critério subjetivo, pois depende do avaliador, o que para um é 
bom para outro pode não ser. 
 
o Função ou habilidade: essa seleção artificial leva em consideração o aspecto produtivo 
do animal. 
o Esse tipo de seleção é um critério objetivo e mensurável/determinável, neste caso não 
dependerá do avaliador, mas sim do animal, o mais produtivo será o melhor. 
o Ex: o cavalo que corre mais rápido será o melhor. 
 
 Portanto, pensando no melhoramento genético o melhor tipo de seleção que deve ser usado é a 
seleção artificial por função ou habilidade, sempre com critérios objetivos e características 
mensuráveis. 
 
→ Seleção individual: está dentro da seleção artificial, pois possui interferência humana. 
o É a seleção realizada pensando em um único indivíduo. 
o É selecionado uma característica pensando em outra, e essas duas características 
devem ter alta correlação genética. 
o Esse tipo de seleção será feito toda vez que a característica principal for de difícil 
mensuração. 
o Ex: CE (circunferência escrotal) e fertilidade – possui uma correlação positiva, pois toda 
vez que a circunferência escrotal for grande, maior será a fertilidade do animal. 
o Ex: AOL (área de olho de lombo/área do músculo Longissimus dorsi - medida da 
espessura do contrafilé) e rendimento de carcaça – possui uma correlação positiva e a 
AOL é medida por ultrassom. Quanto maior AOL maior será o rendimento de carcaça do 
animal. 
 
→ Métodos de seleção: são três – método unitário ou Tandem, níveis independentes de eliminação 
e índice de seleção. 
 
→ Método unitário ou Tandem: cada característica é selecionada por vez, por tanto tem como 
desvantagem o elevado tempo que demora para realizar essa seleção. 
o Ex: Gír. - no começo foi selecionado somente para forma e morfologia de orelha, o que 
levou décadas, e caiu a produção de leite e a fertilidade. A partir da década de 90 
retornou o Gír. Leiteiro, dessa forma desde esse período até os dias atuais a raça Gír é 
selecionada para leite com a orelha que foi selecionada anteriormente. 
 
→ Níveis independentes de eliminação: estabelecimento de um nível mínimo que o animal deve 
atingir uma característica, caso ele não atinja, ele é retirado do plantel. 
o Sobreano (termo muito utilizado no melhoramento - quando o animal tem 18 meses = 1 
ano e meio de idade). 
o Ex: o nível independente de eliminação para peso a uma raça especifica sobreano é300Kg ou mais, se ele pesar 299,5Kg ele está “eliminado” da seleção. 
 
→ Indice de seleção: é o agrupamento de várias características em apenas uma (chamado de 
índice). 
o A partir do índice será comparado um animal com o outro. 
o É um teste de performance. 
 
→ Características que serão comparadas entre 3 touros. 
→ A importância é dada na associação de cada raça (fornecem os valores). Sempre colocar o sinal 
de positivo ou negativo na frente. 
o Características quanto maior melhor – positiva. 
o Características quanto menor melhor – negativa. 
o Ex: peso ao desmame, quanto maior melhor, então essa importância será positiva. 
Características Importância Touro 1 T Touro 2 T Touro 3 T 
Peso ao 
desmame (Kg) 
+ 10% 180 18 200 20 190 19 
CE (cm) + 30% 32 9,6 30 9,0 31 9,3 
AOL (cm) + 40% 5 2,0 5 2,0 6 2,4 
Idade ao abate 
(meses) 
- 20% 22 -4,4 21 -4,2 23 -4,6 
Índice 25,2 26,8 26,1 
 
o Calcular o T de cada um e no final terá o índice de cada um. 
o Somando e subtraindo o valor do outro. 
o Peso ao desmame, T do touro 1 será 10% de 180 = 18. 
o T do touro 2 será 10% de 200 = 20. 
o T do touro 3 será de 10% de 190 = 19. 
→ Ao final de preencher a tabela, deve responder duas perguntas: 
o Qual melhor touro? (aquele que tiver o maior índice). Touro 2 - 26,8. 
o Ex: Considerando CE mínima de 31cm, qual o melhor touro e por quê? Touro 3. 
 
Aula 9: 20/04/2023 
→ Teste de performance ou desempenho: é uma prova fenotípica para avaliar condições 
produtivas, avaliando indiretamente a capacidade genética dos indivíduos em expressar 
determinada produção. 
o Pode – se dizer que o teste de performance vai avaliar os indivíduos através do seu 
próprio desempenho. 
o O teste de progênie: avalia o individuo pelo desempenho dos filhos. 
o O teste de performance faz análise da produção leiteira, ganho de peso, produção de lã, 
produção de ovos – faz uma análise funcional da produção de uma espécie. 
o Em um rebanho ao fazer o teste de performance encontrará qual é o melhor para 
determinada característica. 
o O teste de performance só será eficaz para características de alta herdabilidade. 
o Quanto maior a herdabilidade maior será as características genéticas e menor influência 
do meio. 
o Portanto, quanto mais alta a herdabilidade maior será a influência da genética na 
característica, mais preciso será o teste de performance. 
o Se a herdabilidade for baixa, terá muita influência do meio e poucas características 
genéticas. 
 
→ Ganho genético (ΔG): é o quanto os filhos de um reprodutor produzem acima ou abaixo da 
média (pode ser a média do rebanho ou uma raça). 
o É possível calcular o ganho genético ou vir o valor e pedir para interpretá-lo. 
o Ex: peso ao desmame (PD) raça Nelore (exemplo apenas), a média do peso ao desmame 
em 2022 foi: 180Kg, os filhos de um reprodutor X pesaram no desmame: 190Kg, o ganho 
genético será: 10Kg. 
o Ou usar a fórmula de delta G, dará o mesmo valor. 
o Ex2: Touro Nelore, seu ganho genético é de +5, então seus filhos irão pesar: 185Kg, pois 
a média da raça é 180Kg. 
 
→ Acurácia (ACC): certeza/confiança de que determinada característica genética será herdada. 
o Ex: ACC de 0,9 ou 90% para a característica - peso ao desmame. 
o Significa que: há 90% de confiança de que os filhos desse reprodutor vão ter o mesmo 
peso ao desmame. 
 
→ Valor genético (VG): é o quanto o indivíduo realmente produz. 
o Cada individuo geneticamente possui 50% de influência genética da mãe e 50% do pai. 
o Significa que o individuo reprodutor passa somente metade de genética para seus filhos. 
o O VG é igual a duas vezes o ΔG – (VG = 2ΔG). 
o Se for para interpretar soma a média da raça - (VG = 2ΔG + média da raça). 
 
→ Mérito genético total (MGT): Índice que fornece ao criador a oportunidade de escolher animais 
geneticamente superiores, porém, harmonicamente balanceados para fertilidade, crescimento pré 
e pós-desmame. 
 
→ Condições a serem recebidas que o teste de performance seja eficaz: 
1. Características de alta herdabilidade. 
2. Meio ambiente homogêneo e fixo para todas os animais. 
o O meio ambiente homogêneo significa que o manejo como um todo, deve ser padronizado e 
uniforme para todos os animais que estão em avaliação. 
o Os animais que estão em avaliação necessitam estar nas mesmas condições, precisa ser o 
mesmo manejo nutricional, mesmo manejo sanitário e o mesmo manejo geral, de forma 
padronizada para que seja feita uma comparação correta – e após a comparação o produtor terá 
certeza de que a diferença de produção/desempenho entre eles veio da genética. 
o O teste de performance seleciona através do próprio desempenho individual, comparando os 
animais entre si. 
3. Avaliar a mesma característica. 
o Exemplo em gado de corte: 
 Peso ao nasc. Peso ao desm. Peso sobreano Soma 
Animal 1 30Kg 180Kg 360Kg +2, +4 = +6 
Animal 2 28Kg 176Kg 365Kg +5 
Sobreano (18 meses) – animal com 1 ano e meio. 
o Peso ao nascimento e peso ao desmame tem alta influência da mãe, peso sobreano so tem 
influência do meio. 
o O animal 1 nasceu com 2Kg a mais que o 2. 
o O animal 1 ficou com 4Kg a mais que o 2 ao desmame. 
o O animal 2 ficou com 5Kg a mais que o 2 no sobreano. 
o Soma: 6 – 5 = 1, o animal 1 é melhor, pois na média teve um melhor desempenho que o 
animal 2. 
o Mas, está errado – o animal 2 é melhor. 
o O certo é avaliar a mesma característica e não fazer a média. 
o Para peso ao nascimento (PN) em bovinos o ideal é o animal nasça com o peso da média ou 
abaixo, nunca acima – para facilitar o parto. 
o Ao contrário para os suínos, o ideal de peso ao nascimento (PN) é que seja a média ou acima 
e nunca abaixo, pois como já comprovado os suínos que nascem com baixo peso terão baixo 
ganho corporal ao longo da vida e quando forem abatidos, pesarão menos. 
o GND: ganho do nascimento ao desmame. 
o O ideal de GND para bovinos é ser médio para cima. 
 
4. Idade dos animais. 
o Os animais que estão em avaliação devem ter a idade mais próxima possível. 
o Não há como comparar animais em crescimento e desenvolvimento com animais adultos. 
o No caso de bovinos, os animais devem ter nascido pelo menos na mesma estação do ano. 
o No caso dos suínos, a variação de idade deve ser no máximo de 1 semana. 
o Conceito muito usado no melhoramento - chamado de grupos contemporâneos ou grupos de 
contemporâneo: é um grupo de animais da mesma raça, mesma idade e se possível mesmo 
sexo. 
 
5. Genética semelhante. 
o O ideal é que os animais que estão em avaliação eles devem preferencialmente ser da mesma 
raça ou no mínimo do mesmo tipo zootécnico. 
o Não pode comparar uma vaca nelore com uma vaca holandesa nas características de 
produção de leite e ganho de peso. 
→ Provas de ganho de peso: é possível realizar essa prova de duas formas. 
o Prova em confinamento: é feito o confinamento para o melhoramento animal. 
o Existe 2 tipos de confinamento: o confinamento convencional/comum – mantem os 
animais em um local delimitado (piquete), geralmente durante 90/100 dias para que eles 
ganhem o máximo de peso possível e depois serão destinados ao abate. 
o O confinamento para o melhoramento animal é usado para avaliar qual animal é melhor – 
são locais restritos onde animais de diferentes propriedades são mantidos e manejados 
sob condições uniformes e padronizadas para verificar no final qual o animal e qual o 
lote que teve maior ganho de peso. 
 
o Como é feito a prova: coloca os animais no piquete e terão 21 dias somente de 
adaptação, em seguida ficarão mais 140 dias em confinamento é o tempo que dura a 
prova – no total 161 dias. 
o A cada 20/30 dias é feito a pesagem dos animais, no total são pesados de 6/7 até o final 
da prova, para verificar o lote que teve o maior ganho de peso, bem como qual o animal 
deste lote teve o maior peso. 
o Esses animais devem ter idades próximas e mais antecipada possível. 
o O mais indicado para realizar essa prova é duranteo sobreano para os futuros 
reprodutores (touros). 
o É usado um cocho calan-gate: um cocho para cada animal, se tem 20 cochos no piquete, 
deverá ter 20 animais. 
o Cada animal tem um colar com microchip que abre o seu cocho, permitindo assim que o 
animal so coma no seu cocho a quantidade de alimento fornecida e não coma 
aleatoriamente, como uma forma de controle e padronização. É por isso que existe o 
período de 21 dias de adaptação para que o animal aprenda qual é o seu cocho para que 
consiga se alimentar. 
 
o Prova a pasto: 
o Os animais serão avaliados desde seu nascimento. 
o Os animais que serão avaliados devem ter a idade bem próxima um do outro e de 
preferência devem ser do mesmo sexo, contudo, deverá ter dois piquetes, para separar 
fêmeas e machos. 
o Serão avaliadas diferentes categorias como: nascimento, desmame, entrada na idade 
adulta, soberano. 
 
→ Vantagens: 
o Prova em confinamento: maior controle sob os animais, aceleração do processo, não 
precisa de uma área muito grande, é possível comparar entre lotes. 
o Prova a pasto: menor custo, menos estresse por avaliar o animal no ambiente natural 
dele, que será o mesmo na realidade atual. 
 
→ Desvantagens: 
o Prova em confinamento: o alto custo geral, pode gerar certo estresse aos animais por 
estarem em um local restrito diferente do local natural deles. 
o A principal desvantagem é: muitas vezes o melhor animal no confinamento não 
necessariamente será o melhor na realidade que ele irá encontrar no futuro, uma vez 
que, na realidade do Brasil os animais são mantidos a pasto. 
o Prova em pasto: menor controle, precisa de uma área maior para avaliação, a 
comparação de animais é feita somente dentro de um lote, pois é uma área muito grande 
e demora mais tempo e menor dos animais. 
 
→ Aula 10: 27/04/2023 
 
→ Problemas na realização de testes de performance: 
A. Gado leiteiro: comparam todos os animais para saber quanto cada animal produz. 
o Primeiramente, não se deve analisar somente o que a vaca produz, deve classificar por mérito 
leiteiro. 
o Mérito leiteiro: é uma análise de custo-benefício, feito por um cálculo que é feito em valores 
em Kcal e dará o resultado em porcentagem. 
o Fazendo então o quanto de Kcal que a vaca produz de leite por dia, dividido pela quantidade 
em Kcal de alimento que ela consome por dia. 
 
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑒 (𝐾𝑐𝑎𝑙)
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝐾𝑐𝑎𝑙)
= % 
 
o Pois não adianta ter uma vaca que produz bastante leite se ela consome alimento demais, irá 
gerar prejuízo para o produtor. 
 
→ Classificação das vacas segundo o mérito leiteiro: 
o Até 39% é ruim/fraca/insatisfatória. 
o 40 a 49% é mediana. 
o 50 a 59% é boa. 
o 60 ou + % é excelente. 
 
o O correto seria comparar as vacas que estejam na mesma lactação. 
o Ex: comparar somente as vacas de 1ª lactação, ou só 2ª lactação. 
o A 3ª lactação é a lactação que a vaca mais produz, 2 meses após o parto ela produz seu 
máximo. Portanto, seria injusto comparar produtividade de vacas de 1ª lactação com vacas de 
3ª. 
 
B. Gado de corte: o problema principal é realizar a comparação entre indivíduos de faixa etária 
diferentes. 
 
C. Pequenos ruminantes – ovinos e caprinos: fazem muitas vezes o teste de performance 
confundindo com os objetivos do melhoramento animal. 
o No teste de performance avaliam e comparam as características do animal dependendo do 
tipo zootécnico da raça, como ganho de peso, produção leiteira, produção de lã, número de 
descendentes no parto. 
o E o erro neste caso é: avaliar o número de descendentes por parto, pois essa é uma 
característica reprodutiva e geralmente, as características reprodutivas são de baixa 
herdabilidade. 
o E o teste de performance é eficaz para características de alta herdabilidade. 
 
→ Tipos de catálogos: 
o PO: puro de origem, quer dizer que todos os ancestrais deste animal estão registrados no 
livro genealógico da raça. 
o POI: puro de origem importado, é relativo do animal trazido da região do país de origem que 
tenha todos os atributos do padrão da raça ou com animais nascidos no Brasil, cujos 
ascendentes sejam todos POI. 
o LA: livro aberto, incluídos os animais puros, por cruzamento (PC), que atendam o padrão da 
raça. 
o CEIP: certificado especial de identificação e produção, para machos e fêmeas que possuem 
capacidade comprovada para aumentar a produtividade dos rebanhos brasileiros. 
 
→ Aula 11: 04/05/2023 
 
Teste de progênie 
I. Definição/introdução: é uma prova fenotípica indireta e genotípica indireta que realizamos ao 
analisar o desempenho dos filhos de um determinado reprodutor. 
o Pode-se dizer que esse teste é baseado em uma lei de segregação genica, na qual todos os 
indivíduos têm sua carga genética formada em partes iguais por herança materna e paterna 
(50% da mãe e 50% do pai). 
o Resumidamente: o teste de progênie avalia o indivíduo através do desempenho dos filhos. 
o O teste de progênie é a única ferramenta do melhoramento animal que consegue avaliar 
características de baixa herdabilidade (↓h2). 
o O teste de progênie, é um teste de comparação entre os reprodutores, que visa sempre o 
macho/reprodutor, pois por ano um macho irá se reproduzir com várias fêmeas. 
o A gestação do bovino dura 9 meses, com isso a vaca so consegue ter 1 filhote por ano, mas 
por outro lado o macho pode se reproduzir com 20/25 fêmeas por ano, na monta natural, 
tendo aproximadamente 20 filhos por ano e com a inseminação artificial é possível ter 
muitos mais – e assim o teste irá visar o reprodutor. 
o O teste de progênie bem-feito não seleciona a fêmea, para ter certeza de que a 
herdabilidade (h) será do pai. 
o A inseminação artificial (IA) é a principal biotecnologia que ajuda a acelerar o teste de 
progênie. 
o Para fêmeas a principal biotecnologia usada é a transferência de embriões e a 
superovulação. 
 
II. Método para a realização do teste de progênie. 
o O reprodutor em uma central de IA em cada coleta de sêmen, produz aproximadamente 300 
doses, fará 2 coletas por semana, portanto em uma semana terá 600 doses, por mês terá 
2400/2500. 
o Em 4 meses, que é tempo de estação de monta terá 2500.4 = 10.000 doses por ano. 
o O touro entra na fase de reprodução com 2/3 anos (varia 
o O touro entra na fase de reprodução com 2/3 anos (varia entre as raças), no campo fica na 
reprodução até aproximadamente 8/9 anos, mas na IA, o animal confinado permanece por 
mais tempo, até 12/13 anos. 
o Então, é possível coletar sêmen de um touro que começou ser inseminado com 2/3 anos até 
seus 12/13 anos – 10 anos de coleta. 
o Se em um ano é possível obter 10.000 x 10 anos = 100.000 doses durante sua vida. 
o Pensando em uma taxa de nascimento de 50% para seus filhos da IA resultará em = 50.000 
filhos durante sua vida. 
o 1º passo: avaliar a progênie total do indivíduo. 
o Se o reprodutor teve 50.000 filhos, todos deverão ser avaliados. 
o 2º passo: não selecionar a mãe. 
o O macho deve reproduzir com várias fêmeas de forma aleatória (com as que produzem muito 
e com as que não produzem nada) – toda característica coincidente é certeza que foi 
herdada do pai. 
o 3º passo: a progênie é avaliada por teste de performance – avalia o desempenho de cada 
filho (avaliando a progênie total). 
o 4º passo: considerar o ambiente que está avaliando. 
o 33:20min 
 
III. Desvantagens: 
o Custo – relacionado com o tempo que demora para realizar toda a avaliação. 
o Ex: vaca leiteira. 
 
 
 
o Com 2 anos o macho entra no período reprodutivo. 
o A gestação do bovino dura 9 meses, portanto, quando o touro tiver 3 anos terá o nascimento de suas 
filhas. 
o As filhas irão entrar no período reprodutivo com 2 anos, o reprodutor estará com 5 anos. 
o As filhas com 3 anos terão o nascimento de seus filhos (nascimento dos netos),e o reprodutor terá 6 
anos. 
o Com 4 anos as filhas F1 tem sua 1ª lactação encerrada e o touro terá 7 anos. 
o Na 3ª lactação é lactação em que a fêmea produz mais leite, portanto o ideal é avaliar as fêmeas que 
estejam na 3ª lactação. 
Nasc
. 
Início 
reprodutivo 
Anos 
Nasc das 
filhas F1 
Início reprod. 
das filhas 
Nasc dos 
netos F2 
Filhas c 1ª 
lactação encerrada 
3ª lactação 
completa 
o O ciclo de produção de leite é de 12 meses (período produtivo – 10 meses + período seco – 2 meses). 
o Com 6 anos, as filhas F1 terão sua 3ª lactação encerrada e o reprodutor terá 9 anos. 
 
o Comparação errônea: comparar reprodutores com números diferentes de progênie. 
o Não há como comparar um reprodutor que tem 100 filhas com um que tem 10. 
o É difícil conseguir comparar touros com o mesmo número de progênies, mas o ideal é comparar animais 
com nº de progênies semelhantes. 
 
o Pesquisa falsa: produtores que omitem baixo resultado de produção. 
 
o Fonte de erro: produtor que usa fêmeas boas/ de elite (as melhores) – máscara o teste de progênie, 
uma vez que o reprodutor deve se reproduzir com fêmeas aleatoriamente para ter certeza de que o touro 
é bom. 
 
 
IV. Vantagens/aplicações 
o 1º ACC: acurácia, confiança, certeza - A progênie confirma que o reprodutor é. 
o Tem pedigree, o próprio animal (teste de performance) e os filhos (teste de progênie) – se comparar os 
3, o pedigree releva o que o animal deve ser, o animal em si mostra o que ele parece ser, os filhos 
confirma o que o reprodutor realmente é. 
o 2º: única ferramenta do MA que avalia características de baixa herdabilidade, pois no teste de 
progênie quem são avaliados são aos filhos e terão muitos filhos espalhados e alta influência do meio. 
o 3º: avalia características frigorificas – Os filhos do reprodutor são abatidos e avaliados (AOL, peso de 
carcaça, PV, idade de abate etc.). 
o 4º: avalia características que se revelam apenas no sexo oposto – como a produção de leite, 
produção de ovos nas aves… 
 
V. Associação entre teste de progênie e IA (inseminação artificial) 
o A IA ajuda a viabilizar os testes de progênie – aumenta a quantidade de filhos de um bom reprodutor. 
 
→ Aula 12: 11/05/2023 
 
I) Parentesco(R): semelhança de genótipo. 
o Objetivo: conhecer o valor genético de um indivíduo, cujo desempenho se tem pouco ou nenhuma 
informação, porém possui um parente próximo com registros conhecidos. 
o Sempre comparar o parentesco entre 2 indivíduos. 
 
II) Classificação: parentesco direto ou parentesco indireto. 
o Direto: um descente do outro, se encontram em linha no pedigree – filhos, netos bisnetos. 
o Indireto ou colateral: quando um não descende do outro, se encontram em linhas separadas no 
pedigree – tio, primos, irmãos. 
 
III) Fórmula para o cálculo do grau de parentesco: 
o 𝑅𝑥𝑦 = (0,5)n+n' 
o Rxy: grau de parentesco entre x e y. 
o N: número de gerações entre o ancestral comum e x. 
o N’:número de gerações entre o ancestral comum e y. 
→ Exemplo 1: 
Qual parentesco entre C e E (Rce =?)? 
 
Mãe A 
Pai B 
 
Mãe A 
Pai D 
Rce = (0,5)n+n’ 
Quantas gerações de A para C = 1, logo, n = 1. 
Quantas gerações de A para E = 1, logo n’ = 1. 
Rce = (0,5)1+1 
Rce = (0,5)2 
Rce = 0,5 x 0,5 = 0,25. 
Rce = 25%. 
→ Exemplo 2: 
Qual o parentesco entre C e D (Rcd =?)? 
 
Mãe A 
Pai B 
 
Mãe A 
Pai B 
Quantas gerações de A para C = 1, logo, n = 1. 
Quantas gerações de A para D = 1, logo n’ = 1. 
Rcd = (0,5) 1 + 1 
Quantas gerações de B para C = 1, logo, n = 1. 
Quantas gerações de B para D = 1, logo n’ = 1. 
Rcd = (0,5) 1 + 1 
Rcd = (0,5) 1 + 1 + (0,5) 1 + 1 
Rcd = (0,5) 2 + (0,5) 2 
Rcd = 0,5 x 0,5 + 0,5 x 0,5 
Rcd = 0,25 + 0,25 = 0,50 
Rcd = 50%. 
 
→ Exemplo 3: 
Qual o parentesco entre E e F (Ref =?)? 
Mãe A 
Pai B 
 
Mãe K 
Pai B 
 
Quantas gerações de B para E = 2, logo, n = 2. 
Quantas gerações de B para F = 2, logo n’ = 2. 
Ref = (0,5) 2 + 2 – Ref = (0,5)4 
Quantas gerações de D para E = 1, logo, n = 1. 
Quantas gerações de D para F = 1, logo n’ = 1. 
Ref = (0,5) 1 + 1 – Ref = (0,5)2 
Ref = (0,5)4 + (0,5)2 
Ref = 0,5x 0,5 x 0,5 x 0,5 + 0,5 x 0,5. 
Ref = 0,0625 + 0,25 = 0,3125 
Ref = 31,25%. 
 
→ Exemplo 4: 
Qual o parentesco entre E e L? (Rel=?)? 
Mãe A 
Pai B 
 
Mãe K 
Pai B 
 
Rel: possui somente o ancestral B em comum, 
portanto, se faz somente uma fórmula. 
Quantas gerações de B para E = 2, logo n = 2. 
Quantas gerações de B para L = 1, logo n’ = 1 
Rel = (0,5) 2 + 1 
Rel = (0,5)3 
Rel = 0,5 x 0,5 x 0,5 
Rel = 0,125 = 12,5%. 
 
 
→ Exemplo 5: 
Qual o parentesco entre K e X (Rkx =?)? 
Mãe Y 
Pai W 
 
Mãe Y 
Pai T 
 
 
Filho C 
Filho E 
Filho C 
Filho D 
Filha C 
Pai D 
Filha L 
Pai D 
Filho E 
Filho F 
Filha C 
Pai D 
Filha L 
Pai D 
Filho E 
Filho F 
Filha B 
Pai T Filha C 
Pai A Filho X 
Filha M 
Pai A Filho K 
Os ancestrais em comum são: Y, T e A = 3 fórmulas. 
Quantas gerações de Y para X = 3, logo n = 3. 
Quantas gerações de Y para K = 2, logo n’ = 2. 
Rkx = (0,5)3 + 2. 
Quantas gerações de T para X = 2, logo n = 2. 
Quantas gerações de T para K = 2, logo n’ = 2. 
Rkx = (0,5)2 + 2. 
Quantas gerações de A para X = 1, logo n = 1. 
Quantas gerações de A para K = 1, logo n’ = 1. 
Rkx = (0,5)1 + 1. 
Rkx = (0,5)5 + (0,5)4 + (0,5)2 
Rkx = 0,3125 + 0,0625 + 0,25 
Rkx = 0,34375 
Rkx = 34,37% 
 
→ Endogamia e exogamia 
→ Endogamia: reprodução entre indivíduos que possuem grau de parentesco entre si, consanguinidade. 
o Individuos endogâmicos: individuos filhos de pais que são parentes. 
o A endogamia trará sempre alta homozigose (genes iguais – dominantes ou recessivos). 
o Na endogamia, o MA visa a homozigose dominante, pois grande parte das doenças genéticas vem dos 
genes recessivos. 
 
→ Exogamia: reprodução entre indivíduos que não possuem grau de parentesco entre si, sejam da mesma raça 
ou não. 
o Acarreta o aumento da taxa de heterozigose ou também é chamada de heterose (genes diferentes - Aa). 
o A heterose também é conhecida como um sinônimo de vigor híbrido, porém VH possui outro significado. 
o Vigor híbrido: F1 é melhor é melhor que os pais, mais precoce, mais rústico, mais produtivo. Ex: em 
bovinos reproduzir zebuíno com taurino e a F1 melhor que os pais (pergunta de prova). 
o Na exogamia há 3 teorias do porquê ocorre o vigor híbrido: a superdominância, dominância completa e 
Epistasia. 
o Superdominância: o indivíduo heterozigoto apresenta maior versatilidade bioquímica e por isso ele é mais 
precoce, mais rústico e mais produtivo. 
o Dominância completa: para heterose ocorrer os genes de efeitos favoráveis devem ser dominantes na 
maioria dos lócus (posição do gene no cromossomo). 
o Epistasia: vários genes para formar uma característica - os genes têm efeito somatório quando o animal 
os recebe de diferentes raças. Ex: cruzamento industrial – cruza um taurino com zebuíno e a F1 inteira é 
destinada ao abate (tanto machos, quanto fêmeas), pois o VG não é um fenômeno replicável, dessa forma 
os filhos de F1 não serão mais rústicos, mais produtivos e precoces quanto os pais. 
 
→ Aula 13: 18/05/2023 
→ Endogamia – f(x) 
1) Aspectos gerais (consanguinidade) 
o Reprodução de indivíduos que apresentam algum grau de parentesco. 
o Formação de nova raça - espécies ameaçadas de extinção. 
o Aumento da taxa de homozigose (genes iguais), sendo o dominante ideal, pois a maioria das doenças 
genéticas vem dos genes recessivos. 
o Quando realizar a endogamia sempre há homozigose - só não sabe qual será, genes dominantes ou 
recessivos. 
 
2) Classificação: tipos de endogamia. 
A) Quanto ao grau de parentesco: pode ser estreita ou larga. 
a. Estreita: Alto grau de parentesco, em que os indivíduos têm 50% ou mais grau de parentesco. 
o Ex: Pai e filha, mãe e filho e irmãos completos. 
b. Larga: individuos abaixo de 50% de grau de parentesco. 
o Ex: ½ irmão, avô e neta, tioe sobrinha, primos. 
 
B) Quanto a situação dos reprodutores na genealogia: 
a) Endogamia direta: individuos com linha reta no pedigree, um descende do outro. 
o Ex: Filho, neto, bisneto. 
 
b) Indireta ou colateral: individuos com linhas separadas no pedigree, um não descende do outro. 
o Ex: Tios, primos, irmãos completos. 
o No caso dos irmãos completos mesmo sendo uma endogamia estreita com alto grau de parentesco, a 
situação na genealogia é indireta, pois um não descende do outro (classificação: estreita e indireta). 
 
3) Aplicação ou vantagens da endogamia: 
o Prepotência: O animal prepotente é aquele que possui alto grau de homozigose dominante, a partir da 
F10. 
a. Não importa qual fêmea irá cruzar - mantém o padrão racial. 
o Ele imprime em F1 as suas características, sendo assim os filhos nascem parecidos com ele. 
o Ex: o desenvolvimento da linhagem poodle Toy, na qual sua característica principal é o tamanho 
reduzido (fator dominante – baixo tamanho). 
 
o Obs.: 1ª geração se chama geração P (parental). 
o Para a criação da raça: foi pego dos animais da raça poodle de tamanho menor, reproduz e nasce F1. 
o A F1 que nascer com as características desejáveis (tamanho reduzido) será reproduzida com os pais 
(mãe e filho ou pai e filha). 
o Obs.: na endogamia há 90% dos filhos nascerem com algum problema, mas 10% de nascerem com as 
características desejáveis – é a única forma de criar uma raça nova. 
o A cruza da F1 com os pais nascerá F2, em seguida cruza F2 com F1 (que são seus pais) dando origem a 
F3, assim por diante até F10, sempre reproduz com a linhagem anterior. 
o Quando chega em F10, o resultado será: poucos animais pequenos e sem problemas genéticos que 
serão os homozigotos dominantes - No meio do caminho os animais homozigotos recessivos tendem a 
ficar doentes. 
o Qualquer animal de F10 vai ter homozigose (genes iguais), pois tem alto grau de parentesco. 
o Os animais puros e sem problemas são os dominantes e terão as características desejáveis. 
o Os animais que apresentarem problemas são retirados da reprodução, ficando somente aqueles que não 
possuem nenhum tipo de problema. 
 
b. Formação de linhagens homozigoticas contrastantes: é possível obter vigor híbrido/heterose 
reproduzindo animais da mesma raça desde sejam de linhagens diferentes. 
 
4) Desvantagens: A endogamia apura tanto as qualidades quanto os defeitos. 
o Estar atendendo aos problemas que podem ocorrer e retirar da reprodução os animais que apresentem 
problemas genéticos (ocorre com frequência). 
o Problemas gerais: 
o Aumento da mortalidade da população. 
o Menor longevidade do indivíduo. 
o Queda de produção. 
 
→ Gado leiteiro: 
o Queda na produção de leite. 
o Obs.: mesmo que haja queda de produção, o principal objetivo da endogamia é criar uma raça nova. 
o Raças mais taurina, como as holandesas: aumenta problemas de mastite, aumenta problemas de casco, 
principalmente em raças mais susceptíveis. 
 
→ Gado de corte: 
o Muito comum ocorrer endogamia. 
o Reduz ganho de peso. 
o Fechar o rebanho: é a ausência de material genético de reprodutor de fora, usando somente os animais 
que o produtor já tem (não adquire sêmen de fora e nem outro animal). 
o A única situação em que o produtor pode fechar o rebanho é se tiver no mínimo 150 vacas e 5 touros, 
sendo 1 touro para cada 30 vacas, de forma controlada para não ter endogamia. 
o Do contrário, sempre deve estar comprando sêmen de lugares diferentes, ou touros diferentes de outras 
propriedades. 
o Se tiver menos animais que o mínimo, o produtor terá que renovar sempre para evitar endogamia. 
 
→ Equino: 
o Reduz a fertilidade. 
o Pode afetar a morfologia e agilidade. 
 
→ Suíno: 
o Reduz ganho de peso. 
o Prejudica conversão alimentar (o animal precisa se alimentar com uma maior quantidade de alimento para 
ganhar peso). 
o Reduz fertilidade. 
o Reduz tamanho de leitegada (em relação a quantidade e tamanho dos filhotes). 
o Para suínos é um problema, pois o peso ao nascimento deve ser na média ou acima. 
 
→ Aves: 
o Reduz ganho de peso. 
o Reduz produção de ovos. 
o Altera conversão alimentar. 
o Altera o empenamento (prejudica a produção de penas em sua fase de crescimento). 
o Maior problema em relação as codornas. 
 
→ Codornas: 
o No Brasil, para postura a linhagem predominante é a japonesa e são poucas, e por este motivo é muito 
comum ocorrer a endogamia. 
o Alta mortalidade. 
o Baixa taxa de postura (bem menor que das galinhas), redução na produção e reduz ganho de peso. 
 
→ Fórmula para calcular a endogamia: 
f(x) = (0,5) n + n’ + 1 
→ Fórmula para calcular o parentesco (R): 
R = (0,5) n + n’ 
 
Ou também, há a possibilidade de calcular o parentesco entre os pais e dividir por 2, que dará o mesmo resultado. 
Exemplo 1) 
A 
B 
A 
C 
Ref = (0,5) 1 + 1 
Ref = (0,5)2 
Ref = 0,25 – 25% 
f(x) = R/2 → 25/2 = 12,5%
› 
› 
E 
F 
› G 
Exemplo 2) 
X 
D 
 
L 
B 
 
 X 
 Y 
 
→ Qual o grau de endogamia de P? 
Rkm = (0,5)3+2 + (0,5)3+1 
Rkm = (0,5)5 + (0,5)4 
Rkm = 0,03125 + 0,0625 
Rkm = 9,375 
f(x) = R/2 → 9,375/2 = 4,68
Aula 14: 25/05/2023 
→ Cruzamento: reprodução entre animais de mesma espécie e raças diferentes. 
 
1) Cruzamento industrial – também é chamado de cruzamento simples, comercial ou terminal. 
o Bovinos: reproduz taurino com zebuíno e a F1 total vão para o abate. 
o Esse tipo de cruzamento é usado para qualquer tipo de espécie produtora de carne, seja espécie suína, 
ovina, bovina etc. 
o Mas o objetivo é mandar para o abate a F1 que terá o vigor híbrido, ou seja, F1 é melhor que os pais 
(mais rustica, mais produtiva e mais precoce). 
 
2) Cruzamento maternal 
o Bovinos: reproduz taurino com zebuíno e a F1 (geralemente), machos vão para o abate e fêmeas são 
destinadas a reprodução/maternidade. 
Tipos de cruzamento maternal: 
o Cruzamento rotativo ou alternado. 
o Rotativo com repetição de touro Europeu. 
o Tri Cross. 
o Formação de raça sintética. 
o Formação de raça sintética. 
o Absorvente. 
o Composto. 
 
o Cruzamento sempre é usado a fração, o animal que ficará em cima é o nominador e o de baixo é o 
denominado 
 
𝒏𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒅𝒐𝒓
𝒅𝒆𝒏𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒅𝒐
 
› 
› 
› 
W 
N 
S 
Q 
L 
E 
› 
› 
› 
V 
T 
M 
K 
P 
 
 
o Qualquer individuo possui 50% do sangue da mãe e 50% do sangue do pai, sendo assim em fração será 
½. 
o Da avó terá ¼ do sangue ou 0,25%, do bisavô terá 1/8 ou 12,5%. 
o A cada geração dobra o denominador, dobrando o número debaixo da fração. 
o ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32… 
o Quando entrar um animal puro no cruzamento, iremos utilizar o maior denominador em questão e repetir 
o mesmo nominador - O animal puro tem 100% de determinada raça, ou seja, 1/1 ou 2/2, 4/4, 8/8… 
 
a. Cruzamento rotativo ou alternado: irá reproduzir uma geração com taurino e outra com zebuíno, alternando 
as raças em cada geração – com a finalidade de manter a heterose ou vigor híbrido. 
o É rotacionado as raças nas fêmeas e mandando o macho para o abate. 
o Porém as raças de taurino e zebuínos que são escolhidas para realizar todo o cruzamento não podem 
mudar, devem ser sempre as mesmas. 
o É um tipo de cruzamento usado em várias espécies, mas é mais comum bovinos. 
o Na prática vai até F3. 
 
o Ex: raças escolhidas Taurino de corte: Angus, zebuíno: Nelore (não importa qual será a fêmea ou 
macho). 
o Os pais: geração P (parental). 
o A raça escolhida para f1 será Angus (taurina), para f2 nelore (zebuína)… 
o F1: fêmeas, os machos são destinados ao abate. 
o F1: ½ angus, ½ nelore x 2/2 angus (puro). 
o ½ nelore + 2/2 angus = ¾ angus. 
o F2: 3/4 angus, ¼ nelore x 4/4 nelore (puro). 
o ¼ angus + 4/4 nelore = 5/8. 
o F3: 3/8 angus, 5/8 nelore x 8/8 angus (puro). 
o 3/8 + 8/8 = 11/16 
o F4: 5/16 angus, 11/16 nelore x 16/16 nelore (puro). 
o 5/16 + 16/16 = 21/32. 
o F5: 11/32 angus, 21/32 nelore x 32/32 angus (puro). 
o 11/32+ 32/32 = 43/64 
o F6: 21/64 angus, 43/64 nelore x 64/64 nelore (puro). 
 
b. Cruzamento rotativo com repetição de touro europeu: 
o Neste cruzamento irá reproduzir uma vez com taurino e duas vezes com zebuíno – com a finalidade de 
obter um pouco de heterose/vigor híbrido, porém visando produção e precocidade. 
o É usado somente para bovinos. 
o Europeu: é o touro taurino. 
o F1 inicia com nelore, qual valor de F5? 
o F1: ½ angus, ½ nelore x 2/2 nelore. 
o F2: ¼ angus, ¾ nelore x 4/4 angus. 
o F3: 5/8 angus, 3/8 nelore x 8/8 angus. 
o F4: 13/16 angus, 3/16 nelore x 16/16 nelore. 
o F5: 13/32 angus, 19/32 nelore x 32/32 angus. 
 
c. Cruzamento Tri Cross: semelhante ao cruzamento rotativo, mas com a união de três raças. 
o Muito usado para bovinos, ovinos e suínos. 
o Em bovinos: reproduz zebuíno com taurino, resultando na F1 com ½ sangue. 
o Essa F1 será reproduzida com uma raça que tenha boa carcaça – ex: Limousin, Charolês, BBB. 
o P: angus x nelore. 
o F1: ½ angus, ½ nelore x 2/2 Limousin. 
o F2: ¼ angus, ¼ nelore x 2/4 Limousin. 
o Em bovinos, em F2 já finaliza, porém para suínos irá até F6. 
 
d. Cruzamento para formação de raça sintética ou nova raça: 
o Animal sintético puro é aquele 5/8 de sangue de uma raça e 3/8 de outra. 
o Finaliza em F3. 
o Para bovinos sintéticos puros: 5/8 taurino, 3/8 zebuínos. 
o Raça leiteira Ex: Girolando = Gír (zebuína) + holandês (taurina). 
o Há duas formas de obter animais sintéticos: através dos reprodutores puros (mais simples) e através da 
forma bi mestiço (reproduzindo dois animais que não são puros). 
o P: Gír x Holandesa. 
o F1 será ½ de cada uma das raças e a 1ª geração é reproduzida com zebuínos (Gír). 
o F1: ½ Gír, ½ holandesa x 2/2 Gír. 
o F2: ¾ Gír, ¼ holandesa x 4/4 Holandesa. 
o F3: 3/8 Gír, 5/8 holandesa x 8/8 Gír. 
 
e. Cruzamento absorvente: também chamado de obtenção de animais PC. 
o Pode ser usado para qualquer espécie – cão, gatos, suínos, equinos, bovinos… 
o O que irá determinar se usa ou não é a associação de cada raça. 
o Existe animais PO (puro de origem), POI (puro de origem importada) e PC (puro por cruza). 
o O animal PC é aquele que terá 31/32 de sangue da raça – aproximadamente 97%, apresenta 
características morfológicas semelhantes a raça em questão e a produção é igual ou maior que a média 
da raça (condições para ser PC, caso não atenda, não é) 
o O animal PC só é aceito em associações LA (livro aberto: da registro para PO, POI e PC), a associação 
livro fechado não aceita PC, só PO e POI. 
o Uma associação era livro aberto e fecha o livro quando ela já possui uma grande quantidade de animais 
de uma determinada raça, passará só aceitar PO e POI. 
o É chamado de cruzamento absorvente, pois absorve sangue de uma determinada raça – tem como 
objetivo aumentar a quantidade de animais de uma determinada raça. 
o P: nelore x SRD. 
o F1: ½ nelore, 2/2 nelore. 
o F2: ¾ nelore, 4/4 nelore. 
o F3: 7/8 nelore, 8/8 nelore. 
o F4: 15/16 nelore, 16/16 nelore. 
o F5: 23/32 nelore, 32/32 nelore. 
o O filho do PC (puro por cruza) é PO (puro de origem). 
 
f. Cruzamento composto: 
o É usado mais para bovinos. 
o O composto é um animal que tem em sua constituição a união de no mínimo 6 raças diferentes. 
o É um cruzamento mais longo. 
o Ex: raça Montana (também chamado de composto brasileiro e composto tropical) – foi desenvolvido a 
partir de um “pool” genético (aglomerado genético) → chamado de NABC. 
o São 4 pré-requisitos: 
o N: nelore, A: adaptabilidade (ex: outras raças), B: britânica (taurino - ex: angus), C: continental (taurino 
continental – raças de grande porte). 
o Para montar uma raça Montana mais rustica: união de 1 raça continental, 1 britânica, 1 nelore e 3 
adaptáveis. 
o Para montar uma raça Montana mais precoce: 1 nelore, 1 adaptável, 1 continental e 3 britânicas 
(taurinos de maior precocidade).

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