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Revisão 84 dias - Aulas 01,02 e 03 - HISTÓRIA DO BRASIL


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LISTA DE EXERCÍCIOS: REVISÃO DOS 84 DIAS – HISTÓRIA DO BRASIL 
 
TEMAS ABORDADOS 
AULA 01 – INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DE HISTÓRIA DO BRASIL. 
AULA 02 – AMÉRICA PRÉ-CABRALINA. 
AULA 03 – BRASIL PRÉ-COLONIAL. 
 
1. (G1 - cftrj 2011) O período inicial da presença portuguesa no litoral atlântico da 
América do Sul, que se estendeu aproximadamente do ano de 1500 ao início da década 
de 1530, apresentou características distintas das apresentadas nos momentos posteriores 
de implantação e consolidação do projeto colonial. Pode-se afirmar que, nos territórios 
recém-descobertos, durante aquelas primeiras décadas, 
 
A) Tentando superar a dificuldade de implantação do projeto colonizador, os portugueses 
atribuíram grande papel à iniciativa privada, que ficou responsável pelo recrutamento 
de mão de obra, desbravamento do território e implantação da agromanufatura de 
exportação. 
B) Visando povoar e defender o território contra intrusos de outras potências europeias, 
o Estado português implantou na colônia uma política de relativa tolerância religiosa, 
permitindo aos judeus e aos protestantes possuir e cultivar terras, em troca da promessa 
de fidelidade à Coroa portuguesa. 
C) Atribuindo grande importância às rotas comerciais do Oriente, via litoral africano, os 
portugueses dedicaram às terras americanas uma atenção relativamente secundária, 
sendo estas, principalmente, objeto de expedições exploratórias e de contatos 
esporádicos com as populações indígenas que habitavam o litoral. 
D) Objetivando ao máximo de aproveitamento econômico foram realizadas as primeiras 
iniciativas de exploração utilizando a mão de obra escrava negra e moura, 
aproveitando-se das experiências anteriores de colonização dos portugueses nas Ilhas 
do Atlântico e do Mediterrâneo Ocidental. 
 
2. (Enem PPL 2010) Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou 
oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor 
caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em 
mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos 
brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios. 
 
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1997 (adaptado). 
 
 
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, documento fundamental para 
a formação da identidade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, 
se estabeleceu entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta revela a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) preocupação em garantir a integridade do colonizador diante da resistência dos índios 
à ocupação da terra. 
B) postura etnocêntrica do europeu diante das características físicas e práticas culturais 
do indígena. 
C) orientação da política da Coroa Portuguesa quanto à utilização dos nativos como mão 
de obra para colonizar a nova terra. 
D) oposição de interesses entre portugueses e índios, que dificultava o trabalho 
catequético e exigia amplos recursos para a defesa da posse da nova terra. 
E) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua incorporação aos interesses 
mercantis portugueses, por meio da exploração econômica dos índios. 
 
3. (Enem PPL 2010) 
 
Chegança 
 
Sou Pataxó 
Sou Xavante e Carriri 
Ianomâmi, sou Tupi 
Guarani, sou Carajá. 
Sou Pancaruru, 
Carijó, Tupinajé, 
Sou Potiguar, sou Caeté, 
Ful-ni-ô, Tupinambá. 
 
Eu atraquei num porto muito seguro, 
Céu azul, paz e ar puro... 
Botei as pernas pro ar. 
Logo sonhei que estava no paraíso, 
Onde nem era preciso dormir para sonhar. 
 
Mas de repente me acordei com a surpresa: 
Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar. 
Da grande-nau, 
Um branco de barba escura, 
Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar. 
E assustado dei um pulo da rede, 
Pressenti a fome, a sede, 
Eu pensei: “vão me acabar”. 
Levantei-me de Borduna já na mão. 
Aí, senti no coração, 
O Brasil vai começar. 
NÓBREGA. A.; e FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998. 
 
A letra da canção apresenta um tema recorrente na história da colonização brasileira, as 
relações de poder entre portugueses e povos nativos, e representa uma crítica à ideia 
presente no chamado mito 
 
 
 
 
 
A) da democracia racial, originado das relações cordiais estabelecidas entre portugueses 
e nativos no período anterior ao início da colonização brasileira. 
B) da cordialidade brasileira, advinda da forma como os povos nativos se associaram 
economicamente aos portugueses, participando dos negócios coloniais açucareiros. 
C) do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade com que os nativos brasileiros aceitaram 
as regras impostas pelo colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização. 
D) da natural miscigenação, resultante da forma como a metrópole incentivou a união 
entre colonos, ex-escravas e nativas para acelerar o povoamento. 
E) do encontro, que identifica a colonização portuguesa como pacífica em função das 
relações de troca estabelecidas nos primeiros contatos entre portugueses e nativos. 
 
4. (Enem 2ª aplicação 2010) Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de 
sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Não fazem 
o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como 
em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos 
brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios. 
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1997 (adaptado). 
 
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, documento fundamental para 
a formação da identidade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, 
se estabeleceu entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta revela a 
 
A) preocupação em garantir a integridade do colonizador diante da resistência dos índios 
à ocupação da terra. 
B) postura etnocêntrica do europeu diante das características físicas e práticas culturais 
do indígena. 
C) orientação da política da Coroa Portuguesa quanto à utilização dos nativos como mão 
de obra para colonizar a nova terra. 
D) oposição de interesses entre portugueses e índios, que dificultava o trabalho 
catequético e exigia amplos recursos para a defesa recursos para a defesa da posse da 
nova terra. 
E) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua incorporação aos interesses 
mercantis portugueses, por meio da exploração econômica dos índios. 
 
5. (Enem 2010) Os vestígios dos povos Tupi-guarani encontram-se desde as Missões e o 
rio da Prata, ao sul, até o Nordeste, com algumas ocorrências ainda mal conhecidas no 
sul da Amazônia. A leste, ocupavam toda a faixa litorânea, desde o Rio Grande do Sul 
até o Maranhão. A oeste, aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras baixas da 
Bolívia. Evitam as terras inundáveis do Pantanal e marcam sua presença discretamente 
nos cerrados do Brasil central. De fato, ocuparam, de preferência, as regiões de floresta 
tropical e subtropical. 
PROUS. A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Editor, 2005. 
 
Os povos indígenas citados possuíam tradições culturais específicas que os distinguiam 
de outras sociedades indígenas e dos colonizadores europeus. Entre as tradições tupi-
guarani, destacava-se 
 
 
 
 
 
A) a organização em aldeias politicamente independentes, dirigidas por um chefe, eleito 
pelos indivíduos mais velhos da tribo. 
B) a ritualização da guerra entre as tribos e o caráter semissedentário de sua organização 
social. 
C) a conquista de terras mediante operações militares, o que permitiu seu domínio sobre 
vasto território. 
D) o caráter pastoril de sua economia, que prescindiada agricultura para investir na 
criação de animais. 
E) o desprezo pelos rituais antropofágicos praticados em outras sociedades indígenas. 
 
RESOLUÇÕES 
 
Resposta da questão 1: [C] 
A questão remete ao período Pré-Colonial, 1500-1530. Neste contexto histórico, Portugal 
priorizou o comércio das especiarias no Oriente e deixou o Brasil em segundo plano. 
Foram organizadas expedições para explorar a madeira Pau Brasil através da exploração 
do trabalho indígena denominado “escambo”. Não ocorreu colonização ou ocupação 
durante as três primeiras décadas. 
 
Resposta da questão 2: [B] 
Fica claro no trecho destacado que o autor da carta faz um juízo de valor sobre os 
indígenas (“(...) não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e 
nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto (...)”), baseado na visão europeia 
sobre o modo de se vestir. Tratamos essa postura como etnocêntrica e, basicamente, ele 
permeou a relação entre portugueses e indígenas no Período Colonial brasileiro. 
 
Resposta da questão 3: [E] 
De acordo com o mito do encontro, o fato de o primeiro contato entre nativos e 
portugueses ter sido pacífico, tendo em vista a relação de escambo que foi estabelecida 
entre eles durante o Ciclo do Pau Brasil, confere à relação uma pacificação duradoura que 
não foi verdadeira, uma vez que a partir do estabelecimento das Capitanias Hereditárias 
a relação passou a ser conflituosa, com os nativos sendo dizimados pelos portugueses. 
 
Resposta da questão 4: [B] 
O etnocentrismo pressupõe a avaliação de um determinado grupo social a partir de valores 
de outro. Neste caso, o europeu, partindo de seus valores, analisa as características físicas, 
costumes e o comportamento do indígena. O etnocentrismo não manifesta, 
necessariamente, o preconceito de forma acintosa ou explicita. 
 
Resposta da questão 5: [B] 
As tribos Tupi-guaranis, que ocuparam grande parte do território brasileiro, conforme 
descreve o texto, possuíam as características básicas dos nativos do Brasil, vivendo 
principalmente da agricultura rudimentar – que tinha como complemento a caça e pesca 
– praticada de forma nômade ou seminômade. A guerra teve certa importância para as 
tribos, porém, diferentemente de outros povos, não era a atividade que garantia poder ou 
controle sobre outros povos. A prática da antropofagia era comum e tinha caráter 
ritualístico, religioso, uma vez que acreditavam que a ingestão da carne de inimigos 
mortos lhes fortaleceria.

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