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FR EN TE 1 AULAS 17 e 18 Crise do sistema colonial e movimentos emancipacionistas 229 1 UFC Leia o texto a seguir e responda às perguntas. Destes atritos e malquerenças, a primeira manifesta- ção pública explodiu nas terras do ouro com a chamada Guerra dos Emboabas, uma das designações dos reinóis na língua geral. [...] Os paulistas afetavam profundo desprezo pelo emboaba, tratavam-no por vós, como se fora escravo, informa o cronista destes sucessos. Capistrano de Abreu. Capítulos de História colonial. 6 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976, p. 148-9. a) Qual a ligação dos paulistas com a descoberta de ouro na colônia? b) Qual a motivação específica dos “atritos”, “malque- renças” e do “desprezo” entre paulistas e emboabas? c) Em 1789, ocorreu também na região de Minas Ge- rais a organização de um movimento revoltoso contra a Coroa Portuguesa. Sobre esse movimen- to, responda ao que se pede. I. Por qual nome ficou conhecido o movimento? II. Qual a motivação imediata do movimento? Exercícios de sala 2 ESPM 2012 Em 1720, a Coroa portuguesa decidiu proibir definitivamente a circulação de ouro em pó, instalando a Casa de Fundição em Vila Rica, onde todo o metal ex- traído das minas deveria ser transformado em barras para depois ser transportado ao litoral. A medida pretendia acabar com o contrabando e in- crementar a arrecadação de impostos, prejudicando os interesses dos proprietários de lavras auríferas, comercian- tes e profissionais liberais que recebiam ouro em pó pelos seus serviços, além dos tropeiros que escoavam a produção. As novas diretrizes foram intensamente discutidas nos bares, nas tavernas, e críticas ferozes eram lançadas, nas rodas de conversa, contra a administração local. Uma re- volta se levantaria contra as medidas de controle da Coroa. (Fábio Pestana Ramos e Marcus Vinicius de Morais. Eles formaram o Brasil) A revolta ocorrida contra as medidas de controle da Coroa portuguesa foi: A a Guerra dos Emboabas; B a Revolta de Felipe dos Santos; c a Inconfidência Mineira; D a Guerra dos Mascates; E a Revolta de Beckman. 3 PUC-Rio A Conjuração Baiana foi um dos movimentos político-sociais ocorridos na América portuguesa que assinalam o contexto de crise do sistema colonial. Leia a seguir um trecho de um dos panfletos sedi- ciosos afixados em locais importantes da cidade de Salvador no ano de 1798. Aviso ao Povo Bahiense Ó vós Homens Cidadãos; ó vós Povos curvados, e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus Ministros. Ó vós Povos que nascestes para serdes livres [...], ó vós Povos que viveis flagelados com o pleno poder do indigno coroado, [...]. Homens, o tempo é chegado para vossa ressurreição, sim para ressuscitardes do abismo da escravidão, para le- vantardes a sagrada bandeira da Liberdade. Mary del Priore et al. Documentos de História do Brasil: de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997, p. 38. (Adapt.). a) Escolha e transcreva uma passagem do documen- to que evidencie a insatisfação dos conjurados baianos com a situação política da época. Justifi- que sua escolha. MED_2021_L1_HIS_F1.INDD / 24-09-2020 (17:21) / GISELE.BAPTISTA / PROVA FINAL MED_2021_L1_HIS_F1.INDD / 24-09-2020 (17:21) / GISELE.BAPTISTA / PROVA FINAL HISTÓRIA AULAS 17 e 18 Crise do sistema colonial e movimentos emancipacionistas230 b) Apresente uma diferença entre a Conjuração Baiana (1798) e a Inconfidência Mineira (1789). Texto para a próxima questão: Finalmente, a bandeira. Tiradentes propôs que fosse adotado o triângulo representando a Santíssima Trindade, com alusão às cinco chagas de Cristo crucificado, presen- te nas armas portuguesas. Já Alvarenga propôs a imagem de um índio quebrando os grilhões do colonialismo, com a inscrição “Libertas quae sera tamen” (Liberdade, ainda que tardia), do poeta latino Virgílio, e que foi adotada e consagrada. Carlos Guilherme Mota; Adriana Lopez. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo, Ed. 34, 2015, 4. ed. p. 261. 4 PUC-Campinas 2016 É possível associar ao movimento emancipacionista, que o texto de Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez identifica, A a ousadia e o radicalismo do movimento que, sob forte influência da emancipação dos negros do Haiti, tinha como um dos seus objetivos extinguir a escravidão também no Brasil. Essa determinação dava à conjuração o caráter de uma verdadeira re- volução social na colônia portuguesa da América. B o movimento que foi, ao mesmo tempo, mais am- plo, mais ousado e mais profundo em relação a todos as revoltas anteriores, pois dele participaram as mais variadas classes sociais e não se limitou a propor o rompimento com Portugal e a implantação de uma república, mas também liberdade e igual- dade para todos. c os inconfidentes que propunham mudanças verda- deiramente revolucionárias na estrutura da colônia, pregavam a igualdade de raça e cor, o fim da es- cravidão, a abolição dos privilégios, podendo ser considerada a primeira tentativa de uma profunda e mais ampla revolução social ocorrida nas colô- nias da América. D a rebelião que apenas contestava alguns aspectos do Pacto Colonial, e não a dominação da metrópole e que foi ocasionada pela falta de mão de obra escrava negra na região das minas e pelo controle do comér- cio de produtos de exportação e do fornecimento de escravos pelos comerciantes portugueses. E as ideias iluministas que encontraram terreno fértil para prosperar, em virtude da existência de círculo de pessoas politizadas e insatisfeitas com a opres- são da metrópole, o que estimulou a organização de movimentos de contestação ao poder do gover- no português sobre sua colônia na América. História • Livro 1 • Frente 1 • Capítulo 4 I. Leia as páginas de 87 a 93. II. Faça o exercício 3 da seção “Revisando”. III. Faça os exercícios propostos 20, 24, 25, 30, 35, 37 e de 40 a 42. Guia de estudos MED_2021_L1_HIS_F1.INDD / 24-09-2020 (17:21) / GISELE.BAPTISTA / PROVA FINAL