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Cirrose Hepática

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Cirrose Hepática 
 
- Fibrose hepática difusa, com substituição 
da arquitetura normal do parênquima 
hepático por nódulos regenerativos 
- Várias etiologias que culminam no mesmo 
processo fisiopatológico 
- Responsável por 1,1% das mortes no 
mundo 
- No Brasil, a taxa de mortalidade 
específica por cirrose hepática é de 4,6 por 
100.000 habitantes 
- Estima-se que cerca de 40% dos pacientes 
com cirrose são assintomáticos 
 
 
- Alcoolismo 
- Hepatites virais (B e C) 
- Esteatose hepática 
- Hepatite autoimune 
- Lesão hepática induzida por drogas ou 
toxinas 
- Síndrome de Budd-Chiari 
- Doença de Wilson 
- Hemocromatose 
- Deficiência de alfa-1-antitripsina 
- Insuficiência cardíaca direita crônica 
- Cirrose biliar primaria 
- Cirrose biliar secundária 
- Colangite esclerosante primária 
 
- No funcionamento correto do fígado, 
tem-se a tríade portal sendo composta 
pelo ramo da artéria hepática, ramo da 
veia porta e ducto biliar. Dessa tríade, 
chega sangue do corpo e do TGI para 
“filtragem” 
- Esse processo ocorre pelo 
extravasamento de sangue pelos capilares 
sinusoide para o espaço de Disse, sendo 
então absorvidos os metabólitos e tóxicos 
para os hepatócitos, unidades funcionais 
- Normalmente, no espaço de Disse, pode-
se encontrar dois tipos principais de 
células: as células de Kuppfer, que são 
macrófagos hepáticos, e as células de Ito 
(estreladas), que armazenam vitamina A 
- Em um processo de lesão, por diferentes 
etiologias, as células de Kuppfer produzirão 
citocinas inflamatórias que irão acionar as 
células de Ito, transformando-as em 
miofibroblastos 
- Assim, essas células de Ito alteradas irão 
produzir compostos como fibronectinas e 
colágenos tipo I e III, que irão fazer uma 
fibrose na região dos sinusoide, não 
permitindo mais o extravasamento 
sanguíneo para o espaço de Disse 
- Essa modificação é responsável pela 
hipertensão portal e pelos hepatócitos em 
nódulos de regeneração
 
- Geralmente, a cirrose é assintomática 
inicialmente, sendo os sintomas 
relacionados com uma complicação 
associadas 
Pressão arterial 
- Queda da pressão ao longo do tempo 
- Contribui para síndrome hepatorrenal 
Pele 
- Aranha vascular (telangiectasia), quanto 
mais e maior, pior prognóstico 
- Icterícia (BB > 2 ou 3) 
Cabeça e pescoço 
- Engorgitamento de parótida 
- Fetor hepaticus 
Abdome 
- Ascite 
- Hepatomegalia inicial e redução do fígado 
- Fígado firme e nodular, tendo 
encurtamento do lobo direito e lobo 
esquerdo palpável 
- Esplenomegalia 
- Cabeça de medusa central 
- Varizes esofágicas 
- Murmúrio de Cruveilhier Baumgarten 
Sexual 
- Hipogonadismo masculino 
• Ginecomastia 
• Impotência 
• Infertilidade 
• Perda da libido 
• Atrofia testicular 
- Hipogonadismo feminino 
• Anovulação 
Extremidades 
- Eritema palpar 
- Osteoartropatia hipertrófica 
- Alterações ungueais 
• Linhas de Terry (1) 
• Linhas de Muehrcke (2) 
• Clubbing 
1) 2) 
- Contratura de Dupuytren 
 
Neurológico 
- Encefalopatia hepática 
- Asterixis (flapping) 
 
- O diagnóstico de certeza da cirrose 
hepática só pode ser dado 
histologicamente pela biópsia 
- Mas, pode ser suspeitado com a 
combinação da anamnese, exame físico, 
exames laboratoriais e de imagem 
Anamnese e Exame físico 
- Deve-se avaliar quanto aos sintomas e 
fatores de risco 
 
Exames laboratoriais 
- Pode-se solicitar testes de função 
hepática, de coagulação, sorológicos e 
hemograma 
 
Exames de Imagem 
- Podemos encontrar alterações 
morfológicas, além de identificar 
hipertensão portal e Carcinoma 
hepatocelular (CHC) 
- A USG é o método mais utilizado, por ter 
boa sensibilidade e menor custo e maior 
facilidade que TC e RM 
- Também existe o Fibroscan, que permite 
analisar o comprometimento fibrótico do 
fígado 
 
 
- Hipertensão portal: 
• Aumento da resistência vascular 
pela capilarização dos sinusoides 
• Relacionada à formação de 
varizes no esôfago, ascite e etc 
- Insuficiência hepática 
- Encefalopatia hepática: 
• Relacionada à falha de 
detoxificação de amônia 
- Peritonite bacteriana espontânea (PBE) 
- Hemorragia digestiva alta 
- Síndrome hepatorrenal 
- Carcinoma hepatocelular (CHC) 
 
- Visa tratar ou suspender a causa base, 
realizar o manejo das complicações, 
impedir a descompensação da doença e 
melhorar a qualidade de vida do paciente 
- É fundamental o rastreamento de varizes 
(para evitar hemorragia varicosa) e do 
carcinoma hepatocelular (para que o 
tratamento seja realizado no estágio inicial 
do tumor) 
- Estuda-se medicamentos para melhorar a 
bioquímica hepático com cirrose 
- Uso de antibióticos para reduzir risco de 
peritonite bacteriana espontânea 
- O transplante é o único tratamento 
definitivo para a cirrose, devendo entrar 
em uma lista de quantificação de risco 
 
 
- A taxa de sobrevida em 10 anos de 
pacientes com a doença compensada é de 
aproximadamente 90%, enquanto a taxa 
dos pacientes descompensados é de 50% 
 
- A classificação de Child-Phug utiliza 
parâmetros clínicos e laboratoriais para 
estratificar a gravidade da doença, o risco 
cirúrgico e o prognóstico geral 
- O somatório estratifica em: 
• Grau A: Baixo risco (pontuação de 
5 ou 6 pontos) 
• Grau B: Risco moderado 
(pontuação de 7 a 9 pontos) 
• Grau C: Alto risco (pontuação de 10 
a 15 pontos) 
- A sobrevida estimada em um ano com 
base neste sistema é de aproximadamente 
100% para Child A, 80% para Child B e 45% 
para Child C 
- O MELD varia em uma escala contínua 
entre 6 e 40, o que representa uma 
estimativa de sobrevida em 3 meses de 90 
e 7%, respectivamente 
- O MELD é baseado na avaliação dos níveis 
de bilirrubinas, creatinina e INR 
(Internacional Normalized Ratio) e tem sido 
adotado para alocação dos pacientes na 
fila de transplante hepático 
Obs. No Brasil, a inscrição de pacientes 
para transplante hepático ocorre em uma 
lista única regional, regulamentada pelo 
Sistema Nacional de Transplantes (SNT) de 
acordo com a Portaria 541, de 2006 e 
utiliza o sistema MELD para sua alocação.

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