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MAPA_EM_3 Ano_CIENCIAS HUMANAS 2024 certo

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Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Qual é o tema de estudo do planejamento 1 de Geografia?

a) Conflitos territoriais e os fluxos migratórios.
b) Limite Crítico: Meio ambiente e População Global.
c) Ciclo de consumo e degradação socioambiental.

É importante o professor (a) dar ênfase para as questões atuais, como por exemplo; refugiados provocados por conflitos ou guerras, por questões étnicas e religiosas, por questões econômicas ou por perseguição política.

Se a população mundial não parar de aumentar...

16. Com a sociedade sólida a humanidade consumia menos? Explique as transformações dessa sociedade para a sociedade líquida, seus aspectos sociais e mercadológicos da atualidade.

17. Explique como o consumo organiza a sociedade considerando o papel das identidades individuais e das relações interpessoais, faça a análise de como o consumo molda as pessoas e influencia suas imagens.

Promover o respeito e combater a intolerância pelas diferenças. Eliminar preconceitos e estereótipos. Gerar e estabelecer uma convivência harmoniosa. Criar trocas e intercâmbios entre diferentes grupos. Qual é o objetivo principal do professor ao trabalhar com essas questões referentes aos valores éticos?

a) Introduzir aspectos associados ao multiculturalismo, integração e inclusão sociocultural.
b) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos.
c) Promover uma cidadania digital consciente e informada.

Ao abordar esses tópicos, os estudantes podem desenvolver uma compreensão mais ampla dos impactos das tecnologias. Além disso, incentivar discussões críticas e reflexões sobre o uso responsável e ético das tecnologias é crucial para promover uma cidadania digital consciente e informada. Qual é o objetivo principal do professor ao abordar esses tópicos?

a) Introduzir aspectos associados ao multiculturalismo, integração e inclusão sociocultural.
b) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos.
c) Promover uma cidadania digital consciente e informada.

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Questões resolvidas

Qual é o tema de estudo do planejamento 1 de Geografia?

a) Conflitos territoriais e os fluxos migratórios.
b) Limite Crítico: Meio ambiente e População Global.
c) Ciclo de consumo e degradação socioambiental.

É importante o professor (a) dar ênfase para as questões atuais, como por exemplo; refugiados provocados por conflitos ou guerras, por questões étnicas e religiosas, por questões econômicas ou por perseguição política.

Se a população mundial não parar de aumentar...

16. Com a sociedade sólida a humanidade consumia menos? Explique as transformações dessa sociedade para a sociedade líquida, seus aspectos sociais e mercadológicos da atualidade.

17. Explique como o consumo organiza a sociedade considerando o papel das identidades individuais e das relações interpessoais, faça a análise de como o consumo molda as pessoas e influencia suas imagens.

Promover o respeito e combater a intolerância pelas diferenças. Eliminar preconceitos e estereótipos. Gerar e estabelecer uma convivência harmoniosa. Criar trocas e intercâmbios entre diferentes grupos. Qual é o objetivo principal do professor ao trabalhar com essas questões referentes aos valores éticos?

a) Introduzir aspectos associados ao multiculturalismo, integração e inclusão sociocultural.
b) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos.
c) Promover uma cidadania digital consciente e informada.

Ao abordar esses tópicos, os estudantes podem desenvolver uma compreensão mais ampla dos impactos das tecnologias. Além disso, incentivar discussões críticas e reflexões sobre o uso responsável e ético das tecnologias é crucial para promover uma cidadania digital consciente e informada. Qual é o objetivo principal do professor ao abordar esses tópicos?

a) Introduzir aspectos associados ao multiculturalismo, integração e inclusão sociocultural.
b) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos.
c) Promover uma cidadania digital consciente e informada.

Prévia do material em texto

SUMÁRIO 
 
MATERIAL PARA O(A) PROFESSOR(A) ...................................................................... pág 01 
 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... pág 02 
GEOGRAFIA ................................................................................................................... pág 03 
Planejamento 1: Conflitos territoriais e os fluxos migratórios .......................... pág 03 
Planejamento 2: Limite Crítico: Meio ambiente e População Global ................. pág 07 
Planejamento 3: Ciclo de consumo e degradação socioambiental.................... pág 13 
Planejamento 4: Multiculturalismo e Coexistência Cultural .............................. pág 17 
Planejamento 5: Geopolítica e o consumo consciente..................................... pág 22 
Planejamento 6: Internacionalização e o capitalismo ...................................... pág 26 
Planejamento 7: Industrialização, tecnologia e sociedade. .............................. pág 31 
Planejamento 8: Contextualizando os conceitos de território, fronteiras 
e vazio ........................................................................................................ pág 36 
Planejamento 9: Segregação social e espacial ............................................... pág 44 
 
HISTÓRIA .................................................................................................... pág 54 
Planejamento 1: A Primeira República Brasileira: desdobramentos 
internos e externos ...................................................................................... pág 54 
Planejamento 2: A Crise de 1929 e a ascensão dos Regimes Totalitários ......... pág 77 
 
FILOSOFIA .................................................................................................. pág 95 
Planejamento 1: Café filosófico: saboreando a comida enquanto cultura .......... pág 95 
 
SOCIOLOGIA ................................................................................................. pág 124 
Planejamento 1: A relação entre acesso à educação e mundo do trabalho: 
desafios e perspectivas ................................................................................ pág 124 
Planejamento 1: Identidade de gênero e diversidade: desconstruindo 
estereótipos e reconhecendo a autonomia individual ...................................... pág 132 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL PARA O ESTUDANTE ................................................................................... pág 139 
 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... pág 140 
GEOGRAFIA ................................................................................................................... pág 141 
Atividade 1: Conflitos territoriais e os fluxos migratórios ................................ pág 141 
Atividade 2: Limite Crítico: Meio ambiente e População Global ........................ pág 144 
Atividade 3: Ciclo de consumo e degradação socioambiental .......................... pág 146 
Atividade 4: Multiculturalismo e Coexistência Cultural .................................... pág 149 
Atividade 5: Geopolítica e o consumo consciente ........................................... pág 152 
Atividade 6: Internacionalização e o capitalismo ............................................ pág 155 
Atividade 7: Industrialização, tecnologia e sociedade. .................................... pág 158 
Atividade 8: Contextualizando os conceitos de território, fronteiras 
e vazio ........................................................................................................ pág 161 
Atividade 9: Segregação social e espacial ...................................................... pág 163 
 
HISTÓRIA .................................................................................................... pág 169 
Atividade 1: A Primeira República Brasileira: desdobramentos 
internos e externos ...................................................................................... pág 169 
Atividade 2: A Crise de 1929 e a ascensão dos Regimes Totalitários ................ pág 190 
 
FILOSOFIA .................................................................................................. pág 203 
Atividade 1: Café filosófico: saboreando a comida enquanto cultura ................ pág 203 
 
SOCIOLOGIA ............................................................................................... pág 209 
Atividade 1: A relação entre acesso à educação e mundo do trabalho: 
desafios e perspectivas ................................................................................ pág 209 
Atividade 1: Identidade de gênero e diversidade: desconstruindo 
estereótipos e reconhecendo a autonomia individual ...................................... pág 212 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Prezado(a) Professor(a), 
 
No intuito de contribuir com seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno com muito 
carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já previsto em seu 
planejamento. O presente caderno foi construído tendo como base os Planos de Curso 2024, 
que foram elaborados a partir das competências e habilidades estabelecidas na BNCC e no 
CRMG a serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as unidades escolares da rede pública de 
Minas Gerais. Aborda os diversos componentes curriculares e para facilitar a leitura e manuseio 
foi organizado de forma linear. Contudo ao implementá-lo em sala de aula, você professor, 
poderá recorrer aos planejamentos de forma não sequencial, atendendo às necessidades 
pedagógicas dos estudantes. É preciso atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são 
pré-requisitos, ou seja, aquele que foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que 
precisam ser retomados com os estudantes para a construção do novo conhecimento em 
questão. 
 
Como o principal objetivo deste material é o trabalho com o desenvolvimento de habilidades, 
este caderno vem com o propósito de dialogar com sua prática e com o seu planejamento 
dentro das habilidades básicas - aquelas que devemos assegurar que todos os nossos 
estudantes aprendam. 
 
Por assim dizer, destacamos ainda, que o livro didático continua sendo um instrumento 
eficiente e necessário, principalmente por não anular o papel do professor de mediador 
insubstituível dentro dos processos de ensino e de aprendizagem. Coracini (1999) nos diz que 
“o livro didático já se encontra internalizado no professor (...) o professor continua no controle 
do conteúdo e da forma (...)”, reafirmando que, o que torna o livro didático e o que torna os 
Cadernos MAPA eficientes, é justamente a maneira como o professor utiliza-os junto aos 
estudantes. 
 
Desejamos a você, professor(a), um bom trabalho! 
 
Equipe da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores 
 
3 
 
 
 
REFERÊNCIA 
 
 
2024 
 
 
 
 
 
 MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA 
 
 
 
 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, 
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel 
geopolítico dos Estados-nações. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Fluxos migratórios (causas e 
consequências no Brasil e em 
outros continentes). 
Conflitos socioespaciais e 
organização territorial. 
(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das 
mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a 
mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em 
função de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais, religiosos e 
culturais, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em 
relação a esses processos e às possíveisrelações entre eles. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Conflitos territoriais e os fluxos migratórios. 
A) APRESENTAÇÃO: 
Neste planejamento, professor (a), explora os temas de fluxos migratórios e refugiados, origens de 
conflitos, terrorismo, confrontos étnicos e organização territorial e analisa os impactos decorrentes. A 
estrutura deste estudo é dividida em dois momentos utilizando metodologia ativa por meio de painéis. 
Com a proposta da abordagem ativa o professor (a) envolve os estudantes de forma participativa, 
buscando estimular a pesquisa, a análise crítica e a expressão pessoal dos estudantes tendo como 
objetivo de alcançar a habilidade trabalhada através da compreensão mais aprofundada sobre o complexo 
cenário do conflito entre Árabes e Israelenses. 
O trabalho acerca da habilidade relacionada ao conteúdo desta aula possibilita o professor (a) verificar 
uma série de eventos políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais que têm moldado 
significativamente as dinâmicas das populações em todos os continentes. 
Neste caso, com ênfase sobre a questão da Palestina sobre o foco na mobilidade e fixação de pessoas, 
grupos humanos e povos, o professor (a) explora as possíveis relações entre esses processos. 
Diante das análises das dinâmicas populacionais, o professor (a) faz as interações e complementos 
necessários para abranger o deslocamento populacional e os principais aspectos das migrações forçadas, 
como conflitos armados, perseguições políticas e étnicas. 
O professor (a) deve expor através de imagens e reportagens, como esses movimentos afetam 
negativamente os países de origem ou de destino, devido ao grande número de refugiados. 
 
Geografia 
 
 
 
 
 
 
4 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO 
Organização da turma Divisão da classe em quatro grupos. 
Recursos e providências Texto impresso, projetor multimídia, acesso à internet. 
 
O professor (a) inicia com uma breve introdução para os estudantes através de uma aula expositiva com 
o auxílio de recursos áudio visual (imagens e vídeos ou reportagens) para conceituar as características 
dos agentes motivadores de fluxos migratórios, mobilidade populacional, conflitos socioespaciais. 
 
Imagem 01 - Refugiados sírios na região do Curdistão (2012). 
 
Fonte: (Seregni, [2012]) 
 
− Refugiados: Mais de 13 milhões de pessoas segundo ACNUR/Brasil, [2022]. 
− Principais destinos dos refugiados: Turquia, Líbano, Jordânia e países europeus 
 
É importante o professor (a) dar ênfase para as questões atuais, como por exemplo; refugiados 
provocados por conflitos ou guerras, por questões étnicas e religiosas, por questões econômicas ou por 
perseguição política. 
 
Imagem 02 - Campo de refugiados sírios [2017] 
 
Fonte: (UNICEF, Portugal, [2017]) 
 
− Seis milhões de pessoas fugiram para países vizinhos ou migraram. 
− Sete milhões de sírios desabrigados dentro de seu próprio país. 
 
 
 
5 
Imagem 03 - Mapa da Palestina e do Estado Israel 
 
Fonte: (Toda Matéria, [2023]) 
 
− Diáspora judaica a partir de 70 d.c. 
− Divisão da Palestina e a criação do estado de Israel em 1948 pela ONU. 
 
2º MOMENTO 
Organização da turma Divisão da classe em quatro grupos. 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia áudio e vídeo, acesso à internet. 
 
Neste momento o professor (a) pode desenvolver o trabalho com os estudantes utilizando a 
metodologia ativa por painéis, sobre a geopolítica mundial com o conflito Israelense-Árabe, 
compreendendo as causas históricas e atuais que estão conectadas diretamente com grandes fluxos 
migratórios. Diante deste aspecto o professor (a) orienta se por objetivos: 
▪ Compreender a origem do conflito entre Israelenses e Árabes. 
▪ Conhecer os impactos devido ao grande número de refugiados. 
▪ Discutir as diferenças étnicas e culturais entre os povos envolvidos. 
 
O professor (a) deverá dividir a turma em quatro grupos e atribuir a cada grupo um tópico específico: 
1. Fluxos migratórios e refugiados. 
2. Origem do conflito. 
3. Terrorismo e os confrontes étnicos. 
4. Organização territorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Metodologia Ativa: Conflito entre Judeus-Palestinos 
Objetivo: Compreender o conflito entre Judeus e Árabes. 
Passos: 
1. Divisão em Grupos: 
Divida os estudantes em grupos, atribuindo a cada grupo um tópico específico relacionado ao 
conflito Israelense-Árabe, como fluxos migratórios, conflitos sócios espaciais, organização 
territorial, origem do conflito, terrorismo ou diferenças étnicas e culturais. 
2. Pesquisa Detalhada: 
Dentro de seus grupos, os estudantes realizam pesquisas detalhadas sobre seus tópicos 
atribuídos, coletando informações históricas, dados, estatísticas e exemplos relevantes. 
3. Produção de Materiais: 
Com orientação do professor (a), os estudantes produzem materiais visuais, como cartolinas, 
flip charts ou apresentações de slides, destacando os principais pontos de seus tópicos. Podem 
utilizar revistas, artigos, recortes, reportagens, sites, mapas, gráficos, entre outros. 
4. Preparação das Apresentações: 
Cada grupo prepara uma apresentação visual, utilizando o material fornecido pela escola. 
Devem criar uma narrativa clara e analítica para apresentar as informações aos colegas. 
5. Apresentações em Sala: 
Os grupos apresentam seus painéis para a classe, explicando os principais aspectos de seus 
tópicos. Os demais estudantes fazem análises críticas fundamentadas em aspectos conhecidos 
e confiáveis. 
6. Discussão em Sala de Aula: 
Após todas as apresentações, o professor (a) promove uma discussão breve em sala de aula, 
incentivando os estudantes a fazerem conexões entre os tópicos apresentados. A aula 
dialogada aborda possíveis soluções para o conflito e perspectivas para o futuro. 
7. Síntese e Reflexão Individual: 
Os estudantes são instruídos a elaborar uma síntese com uma reflexão individual por meio de 
um texto argumentativo sobre o conflito Israelense-Árabe. Essa atividade promove a 
consolidação do aprendizado e a expressão das próprias compreensões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, 
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel 
geopolítico dos Estados-nações. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
População mundial. (EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das 
mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a 
mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função 
de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais, 
de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a esses 
processos e às possíveis relações entre eles. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Limite Crítico: Meio ambiente e População Global. 
A) APRESENTAÇÃO: 
A superpopulação global, marcada pelo aumento desenfreado da população mundial, acarreta 
consequências devastadoras. A crescente demanda por recursos naturais, como água potável, alimentos 
e energia, exerce pressão nos ecossistemas, resultando em um rápido esgotamento desses recursos. 
Esse esgotamento leva à degradação ambiental, prejudicando a biodiversidade e intensificando a 
escassez de recursos vitais. Esse cenário contribui para problemas como fome, pobreza e conflitos por 
recursos. 
A proposta desta aula divide-se em três momentos, envolvendo atividades lúdicas, dinâmicas e trabalho 
em grupo. Após apresentar os conceitos relacionados à superpopulação, o professor (a) conduz uma 
atividade lúdica para promover descontração e criatividade, verificando a conexão dos estudantes com o 
tema abordado. 
Na segunda fase, o professor (a) abordará outros aspectos gerados pela superpopulação mundial por 
meio de atividades em grupo e recursos multimídia. Isso permite a explanação sobre mudanças na 
ocupação da terra, esgotamentode recursos naturais, poluição ambiental, alterações climáticas, geração 
de resíduos e questões de refugiados decorrentes de impactos naturais e econômicos. 
A interpretação de imagens relacionadas aos tópicos abordados destaca os impactos da superpopulação 
no presente e em um futuro próximo. Utilizando a metodologia ativa baseada em problemas, o professor 
trabalha com os estudantes para identificar as possíveis consequências para a humanidade. Uma breve 
aula expositiva, focada especialmente nas questões dos refugiados, consolida a proposta de desenvolver 
a habilidade de analisar a mobilidade e fixação de pessoas diante de eventos naturais, políticos, 
econômicos, sociais, religiosos e culturais influenciados pela superpopulação mundial. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO 
Organização da turma Divisão de acordo com a dinâmica apresentada. 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio, vídeo, imagem e internet. 
 
 
 
 
8 
Nesta aula a sugestão de trabalho inicial está em realizar com os estudantes uma dinâmica que permita 
relacionar as possibilidades de impactos do tema limite crítico do crescimento descontrolado da 
população global com o meio ambiente. 
Portanto, ao incorporar essa dinâmica educacional, os estudantes não apenas adquirem conhecimentos 
sobre o crescimento populacional e o meio ambiente, mas também desenvolvem habilidades e 
perspectivas necessárias para abordar os desafios globais contemporâneos de maneira mais informada e 
sustentável. 
Entre os principais conteúdos que são reflexos de uma superpopulação que devem ser abordados pelo 
professor (a) no momento da dinâmica estão: 
− Consciência ambiental: Ao compreenderem como o crescimento populacional descontrolado 
pode impactar negativamente o meio ambiente. 
− Pensamento crítico: Estimular o pensamento crítico dos estudantes ao incentivá-los a 
considerar e analisar as interações complexas entre o crescimento populacional e os 
ecossistemas. 
− Conexões interdisciplinares: Relacionar o crescimento populacional com o meio ambiente e 
explorar conexões interdisciplinares entre ciências sociais, ciências naturais, economia e 
política. 
− Educação para a sustentabilidade: Analisar a importância da gestão responsável dos 
recursos naturais e a necessidade de políticas que promovam o equilíbrio entre o crescimento 
populacional e a capacidade de suporte do meio ambiente. 
− Engajamento cívico: Argumentação e informações que contribuem para debates e iniciativas 
relacionados à sustentabilidade e à conservação ambiental em suas comunidades e além. 
 
Segue abaixo dois exemplos: O primeiro é uma atividade lúdica (dinâmica) e o segundo é uma atividade 
em grupo, ambas relacionadas à “população mundial” considerando os impactos ambientais ou sociais. 
1º Exemplo: 
COMPLETAR FRASES 
Objetivo: promover a troca de ideias sobre questões ambientais através de uma brincadeira de 
completar frases de improviso sobre a superpopulação. 
Procedimento: em um grande círculo, o coordenador pede que cada um diga o número da frase 
que será completada, lê e completa a frase fazendo algum comentário. Em seguida, o papel é 
passado para o próximo que lê a frase seguinte. Abaixo seguem sugestões de frases que podem ser 
completadas. 
1. Quando penso no futuro do meio ambiente, eu vejo... 
2. Penso nos recursos naturais para a próxima geração quando... 
3. Quando entro num ambiente sujo, com muito lixo no chão, eu penso que... 
4. Penso nas cidades mais populosas quando falo sobre... 
5. Fico preocupado com a situação da população mundial se... 
6. Se a população mundial não parar de aumentar... 
7. ... 
Fonte: (APOEMA, [2023]). Adaptado em 06 nov. 2023. 
 
 
 
 
9 
2º Exemplo: 
Atividade em grupo: "O Desafio do Crescimento Populacional e o Meio Ambiente" 
 
Objetivos: 
− Compreender as implicações do crescimento populacional descontrolado no meio 
ambiente. 
− Promover a discussão e a colaboração entre os estudantes. 
Passo 1: Comece com uma breve introdução ao tema, destacando os conceitos-chaves, como 
crescimento populacional, limites críticos e impactos no meio ambiente. 
Passo 2: Divida a turma em pequenos grupos de 4 -5 estudantes e atribua a cada grupo a 
tarefa de discutir uma pergunta relacionada ao tema. Algumas perguntas sugeridas incluem: 
 
− Como o crescimento populacional afeta a disponibilidade de recursos naturais? 
− Quais são os possíveis impactos do crescimento populacional no clima e nos 
ecossistemas? 
− As práticas que podem ajudar a mitigar os impactos do crescimento populacional no 
meio ambiente? 
 
Passo 3: Peça a cada grupo que compartilhe suas discussões e conclusões com toda a turma. 
Isso pode ser feito por meio de apresentações curtas, debates ou discussões envolvendo toda 
turma sobre as respostas das perguntas. 
 
Após as atividades o professor (a) conduz uma discussão interativa em sala de aula, garantindo a 
contextualização do tema principal por meio de comentários, imagens, reportagens, entre outros 
recursos que possibilitam aos estudantes analisarem o crescimento populacional global e a produção de 
mercadorias, como o exemplo abaixo: 
● Esgotamento dos recursos naturais; 
● Perda na biodiversidade; 
● Aumento da poluição; 
● Uso excessivo de combustíveis fósseis; 
O professor (a) deve realizar a explicação das consequências, com o intuito de desenvolver e associar à 
habilidade proposta. Nesta escolha deve ser retratado o ponto de vista do aumento da população 
mundial e da produção e geração de mercadorias devido às demandas existentes. 
Portanto, os fatores apresentados permitirão ao estudante caracterizar as dinâmicas das populações, 
mercadorias e do capital, associados aos eventos naturais, políticos, econômicos e sociais. 
 
 
 
 
 
10 
 
2º MOMENTO 
Organização da turma À escolha do professor(a). 
Recursos e providências Texto impresso, projetor multimídia, acesso à internet. 
 
Para este momento, o professor (a) utiliza recursos audiovisuais para imagens, gráficos e mapas em sala 
de aula e explica os eventos relacionados à dinâmica das migrações e suas consequências sociais. 
 
Imagem 01: Uso da terra 
 
Fonte: (BBC/Brasil, [2022]) 
Mudanças no uso da terra: À medida que a população aumenta, há uma maior demanda 
por espaço para moradia, agricultura e indústria. 
 
Imagem 02: Solos estéreis 
 
Fonte: (Jovens Repórteres, [2020]) 
Esgotamento de recursos naturais: O esgotamento de recursos naturais pode ter 
impactos de longo prazo na capacidade do ambiente de sustentar a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
Imagem 03: Poluição dos oceanos 
 
Fonte: (Agência Brasil, [2022]). 
 
Poluição ambiental: O crescimento populacional associado com a produção industrial 
contribui com a poluição do ar, da água e do solo, comprometendo a saúde humana e a 
biodiversidade ambiental. 
Imagem 04: Refugiados climáticos até 2050 
 
 
Fonte: (BANCO MUNDIAL, [2021]) 
 
Alterações climáticas: O aquecimento global resulta em eventos climáticos extremos, como 
tempestades, secas e inundações, que têm impactos na agricultura e nos ecossistemas 
naturais. 
Imagem 05: Perda de ecossistema aquático 
 
Fonte: (EOS, [2023]) 
 
Geração de resíduos: O aumento da produção de resíduos sólidos leva à poluição do solo e 
da água, bem como à contaminação de ecossistemas terrestres e aquáticos. 
 
 
 
 
12 
 
3º MOMENTO 
Organização da turma Grupos com no máximo 07 estudantes. 
Recursos e providências Texto impresso, projetor multimídia, acesso à internet 
 
Na abordagem final os estudantes deverão compreender sobre o que causa o aumento da população 
mundial e as consequências sociais da atualidade. Com a metodologia ativa baseada em problemas o 
professor (a) explica o tema da população mundial, com foco em migrações forçadas, impactos na 
cultura e identidade, conflitos étnicos, xenofobia devido ao aumento da população mundial. 
 
Desafios Globais: PopulaçãoMundial e seus Impactos 
Objetivos de Aprendizagem: 
− Analisar as causas e consequências das migrações forçadas em diferentes partes do mundo. 
− Compreender como os conflitos étnicos e a xenofobia afetam as comunidades e as migrações. 
Introdução: 
− Inicia a aula com uma breve discussão sobre as consequências das migrações forçadas. 
− Apresente o problema central da aula: "Como as migrações forçadas, os conflitos étnicos e a 
xenofobia afetam as comunidades?" 
Exploração do Problema: 
− Divida a turma em grupos e forneça a cada grupo estudo de caso sobre regiões afetadas por 
migrações forçadas, conflitos étnicos e xenofobia. 
− Peça aos grupos que analisem os problemas dos impactos sociais e culturais. 
Sessão de Discussão: 
− Realize uma discussão com toda a classe, incentivando os estudantes a compartilharem as 
descobertas e analisarem as conexões entre os diferentes estudos de caso. 
− Explore como os conflitos étnicos e a xenofobia impactam as dinâmicas sociais e a coesão 
cultural. 
Discussão Final: 
− Conduza uma discussão final que enfatiza de forma integrada os aspectos sociais, culturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, 
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel 
geopolítico dos Estados-nações. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
A produção e circulação de 
mercadorias e suas 
marcas na paisagem. 
(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das 
mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a 
mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função 
de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais, 
de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a esses 
processos e às possíveis relações entre eles. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Ciclo de consumo e degradação socioambiental. 
A) APRESENTAÇÃO: 
Nesta aula o professor (a) abordará a crescente demanda por bens de consumo que impulsiona a 
exploração dos recursos naturais em uma escala sem precedentes. Portanto o professor (a) introduz de 
maneira breve a evolução histórica do ciclo de consumo e expõem as revoluções industriais até os dias 
atuais como força motriz do consumo mundial. 
Nessa sequência o professor (a) utiliza a exibição de curtas metragens, o que possibilita o trabalho de 
verificação histórica do consumo e suas consequências, como por exemplo, a extração de matérias-
primas. 
É importante fazer as observações e intervenções durante ou após as apresentações dos curtas sobre as 
responsabilidades individuais e coletivas da humanidade, que retratam neste momento o consumo e o 
consumismo, portanto o professor (a) estabelece a interdisciplinaridade entre geografia e a sociologia ao 
utilizar os conhecimentos do sociólogo Zygmunt Bauman, apresentados nos vídeos “sociedade líquida” e 
“consumismo e sociedade de consumidores”. 
Para isso, o professor (a) utiliza o recurso de multimídia imagem e áudio e relaciona as imagens 
propostas e faz perguntas pertinentes sobre o tópico apresentado. Após relacionar a produção, 
circulação de mercadorias e consumidores, os estudantes estarão melhores preparados para desenvolver 
a análise crítica coerente de maneira interdisciplinar, possibilitando ao professor (a) verificar o curso da 
habilidade trabalhada. 
Nesta etapa é realizada uma atividade com a metodologia ativa storytelling o professor (a) oferece dois 
exemplos: o primeiro sobre “o ciclo do plástico” e o segundo sobre “o caminho de uma camiseta”. O 
professor (a) incentiva os estudantes a realizarem uma explicação similar, contando a história de outros 
produtos para todos os colegas. Sendo possível o professor (a) observar com o diálogo dos estudantes, 
as análises dos processos de consumo que respectivamente estão conectadas com a proposta da 
habilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO 
Organização da turma Nenhuma 
Recursos e providências Texto impresso, projetor multimídia, acesso à internet. 
 
Através de uma breve introdução o professor (a) abordará os conceitos para "ciclo de consumo e 
degradação socioambiental do mundo capitalista" de maneira que permita serem explorados os impactos 
negativos sociais, culturais, econômicos e ambientais. Ao revisitar a evolução histórica, é crucial destacar 
as revoluções industriais e a geopolítica do desenvolvimento tecnológico e econômico. 
Ao direcionar brevemente os estudantes sobre as questões ambientais e sociais, o professor(a) exibe 
três filmes em sala de aula que serão suportes para a próxima etapa. Os estudantes devem anotar as 
principais ideias exibidas e escrever uma conclusão de cada filme. 
 A felicidade no mundo moderno. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=phhyouo3dyI. 
 Bauman: A modernidade Líquida #1 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=J6L0xSxcOiQ. 
 Bauman: Consumismo e sociedade de consumidores #2 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=k9-8V95__AY. 
Os três vídeos trazem os aspectos sobre a responsabilidade de ser consumidor, em especial o vídeo que 
explica sobre os novos aspectos do ser humano como mercadoria. A ideia neste primeiro momento 
após a exibição dos curtas é de dar suporte para uma aula dialogada com os estudantes. 
Neste momento a abordagem para o tema proposto é realizada de maneira interdisciplinar entre os 
conteúdos de geografia e sociologia. O professor deve observar as relações entre consumo e 
consumidor e os impactos sociais e ambientais. Considere a proposta de tópicos conforme descrito a 
seguir: 
 
Imagem 01: Tendências dos jovens consumidores 
 
Fonte: (Exame, [2019]) 
 
Por que você deseja comprar e adquirir mercadorias? O desejo de comprar e adquirir 
mercadorias são motivados por necessidades práticas, aspirações pessoais, gratificação 
emocional e influências culturais e sociais. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=phhyouo3dyI
https://www.youtube.com/watch?v=J6L0xSxcOiQ
https://www.youtube.com/watch?v=k9-8V95__AY
 
 
 
 
15 
 
Imagem 02: “Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar.” Zygmunt Bauman 
 
Fonte: (Alto Paulista News, [2019]) 
 
Com a sociedade sólida a humanidade consumia menos? Explique as transformações 
dessa sociedade para a sociedade líquida, seus aspectos sociais e mercadológicos da 
atualidade. 
 
Imagem 03: Consumo logo existo. 
 
Fonte: (Provocações Filosóficas, [2018]) 
 
Explique como o consumo organiza a sociedade considerando o papel das identidades 
individuais e das relações interpessoais, faça a análise de como o consumo molda as 
pessoas e influencia suas imagens. 
 
2º MOMENTO 
Organização da turma Nenhuma 
Recursos e providências Texto impresso, projetor multimídia, acesso à internet. 
Nesta sequência, o professor (a) destaca os impactos do ciclo de consumo e da degradação 
socioambiental, resultantes da produção e circulação de mercadorias, devendo ser observadas as 
dinâmicas das mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para os impactos 
ambientais e sociais. 
Neste 2º momento o professor (a) busca orientar os estudantes para associarem os impactos negativos 
ambientais e sociais, causados pela produção em massa de mercadorias. O professor (a) passa a 
trabalhar com os estudantes, utilizando a metodologia ativa de storytelling, para explorar as histórias de 
consumo sustentável e os impactos socioambientais decorrentes da produção e do consumo excessivo. 
Segue abaixo a sequência. 
 
 
 
 
16 
 
Metodologia Ativa: Storytelling. 
 Objetivos: 
▪ Compreender o ciclo completo de consumo de mercadorias. 
▪ Analisar os impactos negativos ambientais e sociais decorrentes do ciclo. 
▪ Refletir sobre práticas de consumo sustentável. 
 História 01: "O Ciclo do Plástico" 
Contar uma história envolventeque narra o ciclo completo de consumo do plástico, desde a extração 
do petróleo até seu descarte, enfatizando os impactos ambientais e sociais ao longo do caminho. 
 O plástico está cobrindo o nosso planeta? 
 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3dmZrzeg2e0&t=310s. 
Diálogo em sala de aula com os estudantes: 
Incentivar os estudantes a compartilharem suas reflexões sobre os impactos apresentados e fazerem 
a relação com o número crescente do consumo em razão do aumento da população mundial. 
História 02: "O Caminho de uma Camiseta" 
Contar uma segunda história que detalha o ciclo de consumo de uma camiseta, desde o cultivo do 
algodão até o descarte, evidenciando seus impactos negativos. 
 O país que virou 'lixão' de roupas usadas dos países ricos. 
Disponível em: https://youtu.be/enektksvTqI. 
 
 Impacto ambiental de camisetas de algodão. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5HJ5k4ozkiM 
Diálogo em sala de aula com os estudantes: 
Iniciar um debate com aula dialogada com os estudantes sobre as ações que podemos adotar para 
tornar o consumo de tecidos (roupas) mais sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=3dmZrzeg2e0&t=310s
https://www.youtube.com/watch?v=3dmZrzeg2e0&t=310s
https://youtu.be/enektksvTqI
https://youtu.be/enektksvTqI
https://www.youtube.com/watch?v=5HJ5k4ozkiM
https://www.youtube.com/watch?v=5HJ5k4ozkiM
 
 
 
 
17 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a 
compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel geopolítico dos 
Estados-nações. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Fronteiras culturais: inte-
gração e exclusão socio-
cultural. 
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na 
estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades 
contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de 
informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas 
interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e 
culturais. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Multiculturalismo e Coexistência Cultural. 
A) APRESENTAÇÃO: 
Em um mundo cada vez mais globalizado, as fronteiras culturais desempenham um papel crucial na 
dinâmica da integração e exclusão cultural. Enquanto o multiculturalismo fomenta a coexistência e 
celebra a diversidade cultural, há o desafio da exclusão sociocultural. As tecnologias, por sua vez, 
moldam os fluxos de pessoas, finanças, mercadorias, informações e valores éticos e culturais, e têm 
impactos nas esferas política, social, ambiental, econômica e cultural. 
Para o professor (a) relacionar esta estrutura, estabelece explicações inicialmente com a percepção 
voltada para o cotidiano referente a diversidade cultural e étnica, dando ênfase para os princípios de 
combate a intolerância, menos capacitismo e mais inclusão, respeito às convivências e aproximação das 
culturas. 
Com esta abordagem neste primeiro momento o professor (a) utiliza a estratégia de uma aula dialogada 
com os estudantes, tendo como intenção de oferecer a abertura para a reflexão individual que visa 
estimular a percepção crítica e o diálogo construtivo sobre as complexidades do multiculturalismo e as 
fronteiras culturais, e os desafios da coexistência cultural na era da globalização e das tecnologias. 
Ao final deste primeiro momento e dentro desta estrutura é importante o professor (a) lembrar e 
destacar a dinâmica cultural a nível local, regional e global fazendo as devidas relações, principalmente 
observações que podem servir para serem estudadas dentro da comunidade local. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO 
Organização da turma Com os estudantes sentados em círculos. 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio e vídeo, conexão com internet. 
O professor (a) dispõe os estudantes em círculo podendo ser no pátio da escola em uma área livre 
dentro das dependências da escola. Ao iniciar explica para os estudantes o tema proposto através de (4) 
imagens impressas, com intenção de incentivar os estudantes a falarem sobre os tópicos. 
 
 
 
 
 
18 
 
➢ Promover o respeito e combater a intolerância pelas diferenças; 
Imagem 01: Combate à Intolerância 
 
Fonte: (Quero Bolsa, [2023]) 
Vivemos em um mundo cada vez mais integrado, no qual as profundas transformações tecnológicas e 
econômicas tornaram as distâncias menores e aproximaram diferentes culturas. Uma cultura é 
formada por um conjunto de tradições, expressões artísticas e religiosas que identificam um povo. 
(EXCHANGE DO BEM, 2023). 
 
⮚ Eliminar preconceitos e estereótipos; 
Imagem 02: Menos capacitismo, mais inclusão 
 
Fonte: (Quero Bolsa, [2023]) 
Estigmas capacitistas persistem, alimentando exclusão e discriminação contra pessoas com deficiência. 
Tais percepções reforçam a ideia de que esses indivíduos enfrentam dificuldades extraordinárias para 
se encaixar na sociedade, lutando contra a falta de acessibilidade e discriminação. (MURÇA, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
⮚ Gerar e estabelecer uma convivência harmoniosa; 
 
Imagem 03: Diversidade cultural, respeito e convivência 
 
Fonte: (Inspira, [2022]) 
No Brasil, uma variedade de tradições culturais coexiste, algumas amplamente difundidas, outras 
menos reconhecidas. A compreensão de que nenhuma cultura é superior à outra é fundamental para 
cultivar o respeito e a convivência com a diversidade. (GOMES, 2019). 
 
⮚ Criar trocas e intercâmbios entre diferentes grupos. 
 
Imagem 04: Aproximação de diferentes culturas 
 
Fonte: (Exchange do Bem, [2023]) 
 
O desenvolvimento tecnológico aproximou as distâncias. Como resultado destes processos históricos, 
as culturas passaram a sofrer maior interferência externa e um processo de incorporação de 
diferentes elementos que passaram a conviver em um espaço em comum. (EXCHANGE DO BEM, 
2023). 
O professor (a) trabalha com as questões referentes aos valores éticos, tendo como ênfase a 
importância do reconhecimento da convivência entre as culturas. Neste círculo de conversa com os 
estudantes é fundamental trazer para este encontro características ou aspectos culturais. 
Uma maneira de enriquecer esta discussão está em planejar pequenas apresentações ou depoimentos 
como danças, vestimentas, comidas típicas, dialetos, músicas, instrumentos, símbolos, esportes. 
 
 
 
 
20 
 
Lembrando que neste momento a intenção é introduzir aspectos associados ao multiculturalismo, 
integração e inclusão sociocultural. 
Para o professor (a) orientar se neste conjunto basta relacionar objeto como local, regional ou a nível 
global. Observe o exemplo a seguir. 
 
▪ Local: as crenças diferentes e religiosidade convivendo em um mesmo ambiente, ou as 
influências esportivas, festividades locais nas ruas ou nos bairros e nas pequenas cidades do 
interior do Brasil, etc. 
▪ Regional: Festas tradicionais nas cidades ou nos estados que reúnem diversidade cultural, 
como junina, carnaval, festival de Parintins, forró do nordestino, entre outras. 
▪ Global: Filmes e músicas, cultura do animes e mangás, jogos online, redes sociais, 
influenciadores digitais, competições esportivas, copa do mundo, Olimpíadas, Oktoberfest, 
Halloween, entre outras. 
 
2º MOMENTO 
 
Organização da turma Em grupos. 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio, vídeo, imagem e internet. 
Para o 2º momento com os estudantes o docente busca analisar e avaliar os impactos das tecnologias 
na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos bem como suas 
interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e culturais. 
Segue abaixo alguns tópicos para serem abordados nesta análise: 
 
1. Globalização e Fluxos Transnacionais: Discutir como as tecnologias têm facilitado o aumento 
dos fluxos populacionais, financeiros, mercadológicoslevando a um mundo mais interconectado. 
2. Desafios Éticos e Culturais: Explorar como as tecnologias influenciam os valores éticos e 
culturais, destacando a importância de preservar a diversidade cultural e proteger os direitos 
humanos. 
3. Participação Política e Social: Analisar a participação das tecnologias digitais na política, 
discutir o ativismo online, democracia digital, polarização política e as redes sociais como opinião 
pública. 
4. Transformações Econômicas: Explorar os novos modelos econômicos e indústrias e as formas 
de trabalho, como a economia compartilhada, comércio eletrônico e inteligência artificial. 
5. Mudanças nas Dinâmicas Sociais: Analisar impactos nas relações sociais e familiares, 
incluindo questões relacionadas ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos, isolamento social e 
saúde mental. 
Ao abordar esses tópicos, os estudantes podem desenvolver uma compreensão mais ampla dos 
impactos das tecnologias. Além disso, incentivar discussões críticas e reflexões sobre o uso responsável 
e ético das tecnologias é crucial para promover uma cidadania digital consciente e informada. 
 
 
 
 
21 
 
Para concluir esta etapa o professor (a) “em uma roda de conversa” com os estudantes, apresenta 
perguntas abertas para que eles respondam verbalmente em conjunto ou individualmente. 
De forma simples e direta com as perguntas impressas em uma ou mais folhas, peça para os estudantes 
lerem e responderem as perguntas de forma aleatória. No decorrer deste processo o professor faz as 
devidas orientações, intervenções e correções nos argumentos dos estudantes. 
 
1. Globalização e Fluxos Transnacionais: 
• Como as tecnologias “internet e transportes” aumentam os fluxos populacionais no 
mundo? 
• Como as tecnologias influenciam o comércio global e as relações financeiras entre países? 
2. Desafios Éticos e Culturais: 
• Como o mundo digital influencia os valores éticos e culturais de diferentes sociedades do 
mundo? 
• De que maneira a preservação da diversidade cultural pode ser mantida em um ambiente 
digital? 
3. Participação Política e Social: 
• Como as tecnologias digitais impactam a política no contexto do ativismo online? 
• Quais são os efeitos das redes sociais na polarização política e na democracia digital? 
4. Transformações Econômicas: 
• Como a economia compartilhada e o comércio eletrônico têm influenciado as empresas? 
• Quais são os desafios e oportunidades associados à implementação da inteligência 
artificial? 
5. Mudanças nas Dinâmicas Sociais: 
• De que maneira o uso excessivo de dispositivos eletrônicos afetou as relações sociais e 
familiares? 
• Quais são os efeitos do isolamento social e do uso de mídias sociais na saúde mental? 
 
 
Ao programar essas estratégias, é essencial incentivar os estudantes a se envolverem ativamente, 
esperando nessa participação que eles expressem suas opiniões e defendam seus pontos de vista com 
um ambiente de aprendizagem colaborativo e estimulante. Além disso, é uma oportunidade para 
aprimorarem suas habilidades de argumentação e pensamento crítico que também é fundamental para o 
desenvolvimento acadêmico e pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, 
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel 
geopolítico dos Estados-nações. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
A geopolítica mundial e 
seus desdobramentos na 
produção, circulação e 
consumo responsável. 
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na 
estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades 
contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de 
informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas 
interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e 
culturais. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Geopolítica e o consumo consciente. 
A) APRESENTAÇÃO: 
A interseção entre geopolítica e consumo responsável desempenha papel crucial na compreensão dos 
desafios contemporâneos, influenciando padrões de produção e a distribuição global de recursos. O 
professor (a), ao abordar essa dinâmica, promove a análise das relações entre agentes sociais e 
estruturas geopolíticas que moldam o consumo responsável. 
Nessa aula, conduzida online, os estudantes utilizam a internet para pesquisa. Inicia-se com uma 
dinâmica em grupo, explorando as interações entre poder, território e disputas por recursos naturais. 
Cada grupo pesquisa um recurso, identifica sua região de exploração e resume os impactos 
encontrados, munidos de um mapa-múndi, criam mapas mentais representando a exploração do recurso 
escolhido. O professor (a) orienta sobre características específicas de cada recurso. 
No segundo momento, individual realizado no laboratório de informática, os estudantes analisam cinco 
curtas-metragens sobre consumo e suas conexões com o desenvolvimento econômico capitalista. Essa 
atividade permite a reflexão sobre causas e consequências associadas ao consumo. 
Para concluir, os estudantes aplicam o conhecimento adquirido utilizando ferramentas digitais ou 
manuscritas, como Podcasts, Power Point, Youtube, ou redações argumentativas no estilo do Enem. 
Essa abordagem integrada proporciona uma compreensão profunda da interação entre geopolítica e 
consumo responsável, conectando teoria, prática e consciência crítica na formação dos estudantes 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO 
 
Organização da turma Em grupos. 
Recursos e providências Texto impresso e imagens e mapas. 
 
Ao iniciar a aula o professor (a) programa uma dinâmica em grupo para envolver os estudantes no tema 
e introduzir os conceitos de economia ambiental e desenvolvimento sustentável. Durante a atividade, os 
estudantes estarão divididos em grupos e serão desafiados a identificar exemplos concretos de práticas 
econômicas que impactam o meio ambiente de forma positiva ou negativa. 
 
 
 
 
 
23 
 
Através de uma aula dialogada com debates construtivos sobre os desafios e oportunidades associados 
à implementação de práticas econômicas ambientalmente responsáveis, incentivando os estudantes a 
pensarem em soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável. 
 
Conexão entre Geopolítica, Consumo Responsável e Sustentabilidade Global 
 
1. Divida os estudantes em grupos e forneça a cada grupo um mapa-múndi e uma lista de 
recursos naturais valiosos, como petróleo, minerais, água, entre outros. 
2. Peça aos estudantes que identifiquem os países que possuem esses recursos e destaquem as 
regiões onde ocorrem conflitos geopolíticos ou tensões relacionadas ao controle desses 
recursos. 
3. Em seguida, discuta em sala de aula como esses conflitos influenciam a produção, circulação e 
consumo desses recursos, e como essas dinâmicas podem afetar a sustentabilidade global. 
4. Peça aos estudantes que realizem uma pesquisa sobre práticas de consumo responsável em 
relação a esses recursos e discutam como as decisões podem impactar positivamente ou 
negativamente a distribuição equitativa e o uso sustentável desses recursos. 
5. Organize debates e apresentações em sala de aula, nos quais os grupos possam discutir suas 
descobertas e propostas para promover o consumo responsável e a sustentabilidade global. 
 
Segue abaixo um exemplo da conclusão final da atividade apresentada pelos estudantes. 
 
 
 
Fonte: (Geografia Escolar, [2022]) 
América do Sul: 
País: Brasil. 
Recurso explorado: Minério de Ferro. 
Impactos negativos: Barragens de rejeitos; desmatamento; empobrecimento do solo; 
Impactos positivos: Favorecimento da balança comercial, empregos e desenvolvimento econômico. 
 
Com essa interpretação os estudantes devem criar um mapa mental no formato (A2), utilizando da 
criatividade com imagens, informações, reportagens ou ao desenhar a região escolhida.24 
 
 
Fonte: (Medium, [2019]) 
 
2º MOMENTO 
Organização da turma Nenhuma 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de imagem, vídeo e áudio e internet. 
 
Após a dinâmica em grupo e a apresentação dos mapas temáticos, o professor (a) apresenta a exibição 
de vídeos, tendo como tema “circulação e consumo responsável de mercadorias”. O intuito é 
desenvolver a argumentação crítica e investigativa dos estudantes, através de pesquisas pela internet 
utilizando artigos, sites confiáveis, reportagens e depoimentos com fontes confiáveis. 
É importante lembrar-se de observar a habilidade para ser alcançada. Neste caso perfaz análises dos 
impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades 
contemporâneos, sobre os fluxos do consumo de mercadorias. 
No laboratório de informática cada estudante deverá escolher um entre os vídeos abaixo. 
 
 Ilha das Flores, [1989]. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EtZOSs5s6UQ 
 
O curta-metragem destaca o sistema de produção de mercadorias e suas discrepâncias sociais. Ele 
focaliza a Ilha das Flores, depósito de lixo em Porto Alegre, evidenciando desigualdade e pobreza. O 
filme promove reflexões sobre disparidades de consumo entre classes sociais, estimulando a 
consciência sobre o consumo responsável e considerando as implicações sociais e ambientais das 
escolhas. 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=EtZOSs5s6UQ
 
 
 
 
25 
 
 A história das Coisas, [2007]. Dublado. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DfG6MFLZ-VQ 
"História das Coisas", documentário de 2007, produzido por Annie Leonard, analisa o ciclo de vida 
dos produtos de consumo e os impactos sociais e ambientais resultantes. Ele desvenda o padrão de 
produção, consumo e descarte, evidenciando as consequências negativas do modelo econômico 
linear. Com uma abordagem acessível e perspicaz, destaca a exploração de recursos, a poluição e a 
cultura do consumismo. 
 
▪ A farsa do ecologicamente correto, [2022]. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bv5l13BSBVk 
Alguns questionam se as empresas realmente se preocupam com o meio ambiente ou se essa 
preocupação é apenas uma estratégia de marketing. Enquanto algumas adotam práticas sustentáveis 
genuínas, outras usam a "eco-fachada" para aumentar vendas. O greenwashing, prática que promove 
uma imagem ambiental enganosa, levanta dúvidas sobre a autenticidade das intenções das 
empresas. 
 
▪ O segredo do lixo, [2021] 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sfa-jnXtA84 
A produção de lixo global atinge níveis alarmantes, com toneladas descartadas diariamente. Esse 
excesso sobrecarrega a capacidade dos aterros sanitários e polui oceanos, solos e ecossistemas. 
Materiais plásticos representam uma grande parcela, prejudicando a vida marinha e o equilíbrio 
ambiental. A incineração de resíduos contribui para a poluição do ar e para emissões de gases de 
efeito estufa. 
 
▪ Sete coisas infelizes causadas por plástico nos oceanos, [2021]. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pweJHMce73A 
O plástico descartado nos oceanos representa uma ameaça devastadora para a vida marinha e os 
ecossistemas aquáticos. Milhões de toneladas poluem os mares, sufocando e prejudicando animais 
marinhos, afetando sua reprodução e alimentação. A decomposição do plástico em microplásticos 
amplifica seu impacto, sendo ingeridos pelos peixes e, consequentemente, entrando na cadeia 
alimentar humana. 
Momento antes do acesso ao laboratório de informática, o professor (a) trabalha de forma breve com os 
estudantes a proposta de cada vídeo apresentado, ou seja, com a sinopse dos vídeos conversa com os 
estudantes sobre a intenção dos mesmos. 
Desta maneira o estudante estará preparado para escolher o vídeo e assim buscar informações 
relacionadas ao tema, possibilitando enriquecer seus argumentos, teorias, opiniões ou críticas 
apresentadas na narrativa que irá realizar. 
Peça aos estudantes para observarem as causas e consequências que estão associadas ao consumo 
exacerbado e como estão conectadas com o fluxo de desenvolvimento econômico do modelo capitalista 
de mercado. 
Na conclusão, os estudantes têm liberdade para retratar e elaborar o conhecimento adquirido, utilizando 
ferramentas digitais ou manuscritas, como Podcasts, Power Point, YouTube, redações argumentativas no 
estilo do Enem, entre outras. 
https://www.youtube.com/watch?v=DfG6MFLZ-VQ
https://www.youtube.com/watch?v=bv5l13BSBVk
https://www.youtube.com/watch?v=sfa-jnXtA84
https://www.youtube.com/watch?v=pweJHMce73A
 
 
 
 
26 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, 
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel 
geopolítico dos Estados-nações. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Evolução do capitalismo 
na construção do espaço 
geográfico e internacio-
nalização do capital. 
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na 
estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades 
contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de 
informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas 
interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e 
culturais. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Internacionalização e o capitalismo. 
A) APRESENTAÇÃO: 
No século XX, a globalização e a revolução tecnológica impulsionaram a internacionalização do 
capitalismo, resultando em uma economia global interconectada através das empresas multinacionais 
que passaram a dominar setores-chave do mercado global. 
O professor (a) inicia a aula utilizando recursos multimídia para exibir vídeos e músicas sobre 
internacionalização, globalização e capitalismo. Com a metodologia ativa de análise de letras musicais, 
os estudantes, em grupos, escolhem composições e identificam críticas e reflexões nas letras. 
Posteriormente, o professor (a) promove debates estruturados, relacionando as ideias das músicas aos 
aspectos teóricos da evolução do capitalismo. 
Os estudantes pesquisam sobre as organizações atribuídas, investigando origens, objetivos, estruturas e 
atuação global ou regional. Esta abordagem permite ao professor (a) destacar a influência dessas 
organizações nas decisões políticas, sociais, econômicas e culturais. 
No último momento, com a metodologia ativa de estudo de caso, o professor (a) envolve os estudantes 
na exploração das crises econômicas mundiais. Em grupos, os estudantes analisam e discutem os efeitos 
globais das crises selecionadas. Essa abordagem enriquece a compreensão dos estudantes sobre as 
interações complexas entre globalização, capitalismo e as instituições internacionais. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO 
Organização da turma Grupos 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio, vídeo, imagem e internet. 
 
Antes de iniciar a aula sobre a evolução do capitalismo e internacionalização do capital, o professor (a) 
utiliza o recurso de mídia para exibir para os estudantes letras de músicas, com os trechos relacionados 
ao tema proposto. 
A intenção deste momento está em revisar as principais questões e conceitos encontrados na atualidade 
com a globalização e o capitalismo presentes no cotidiano (espaço geográfico). 
 
 
 
 
27 
 
 Música: Admirável Chip Novo / Pitty 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=aXJ_Ub1xbhw 
“Admirável Chip Novo", de Pity, é uma crítica contundente à influência da tecnologia e da cultura de 
consumo na sociedade contemporânea. A letra reflete a sensação de alienação e desconexão 
provocada pela virtualidade, abordando a perda de autenticidade nas relações humanas e a 
padronização de identidades. Pity questiona a influência da mídia e da indústria cultural na formação 
de padrões artificiais e ilusórios, enfatizando a necessidade depreservar a individualidade e resistir à 
uniformização imposta pela sociedade moderna. 
 
 Música: Parabolicamará / Gilberto Gil. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TlKoKiZxx7I 
A música "Parabolicamará", de Gilberto Gil, apresenta uma reflexão poética e metafórica sobre a 
interconexão global e a influência da tecnologia na sociedade contemporânea. O termo 
"Parabolicamará" é uma junção de "parabólica" e "Amará", sugerindo uma fusão entre a tecnologia e 
a natureza. A letra evoca a ideia de uma aldeia global conectada por antenas parabólicas, 
simbolizando a disseminação da informação e o encurtamento das distâncias proporcionado pela 
tecnologia. 
 
 Música: Pela Internet / Gilberto Gil. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YAK5LWDRLUI 
A música "Pela Internet", de Gilberto Gil, lançada em 1996, aborda de maneira lúdica e irônica as 
transformações sociais e culturais trazidas pela internet e pela tecnologia digital. A letra retrata a 
interação virtual entre pessoas distantes, destacando os aspectos positivos da comunicação 
instantânea proporcionada pela rede. Gil explora a ideia de uma realidade virtual que transcende 
fronteiras geográficas, permitindo conexões e trocas de informações em uma escala global. 
 
 Música: 3ª Do Plural /Engenheiros Do Hawaii. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Q92oNvwJE9Q 
"3ª do Plural" dos Engenheiros do Hawaii é uma canção satírica que critica o consumismo 
desenfreado e a manipulação das massas pela indústria, destacando a corrida incessante para vender 
produtos, muitas vezes prejudiciais à saúde, como cigarros e remédios. A letra questiona a 
mentalidade capitalista que coloca o lucro acima de tudo, incluindo a saúde e o bem-estar das 
pessoas. A canção aborda a obsolescência programada, onde produtos são projetados para se 
tornarem obsoletos, forçando as pessoas a comprar constantemente. 
Após a apresentação dos vídeos musicais, o professor (a) divide a turma em quatro grupos e propõem o 
seguinte trabalho em sala de aula, utilizando a metodologia ativa de análise de letras musicais. 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=aXJ_Ub1xbhw
https://www.youtube.com/watch?v=TlKoKiZxx7I
https://www.youtube.com/watch?v=YAK5LWDRLUI
https://www.youtube.com/watch?v=Q92oNvwJE9Q
 
 
 
 
28 
 
Metodologia Ativa: Análise de Letras de Músicas 
Tema: A Evolução do Capitalismo e a Economia de Mercado na Cultura Popular. 
Objetivos: 
▪ Analisar a evolução do capitalismo e a economia de mercado por meio de letras de músicas. 
▪ Compreender como a cultura popular reflete questões socioeconômicas e políticas. 
Atividade 1: 
▪ Introduza o tema da evolução do capitalismo e da economia de mercado, explicando a 
importância de analisar a cultura popular para compreender as dinâmicas sociais e econômicas. 
Atividade 2: Análise de Letras de Músicas 
▪ Divida a turma em grupos e atribua a cada grupo uma das quatro músicas. 
▪ Peça aos grupos que analisem as letras das músicas em relação aos temas relacionados ao 
capitalismo, à economia de mercado e à influência da tecnologia na sociedade. 
Atividade 3: Discussão em Grupo 
▪ Cada grupo compartilha suas análises com a turma, destacando os pontos mais relevantes e as 
conexões com os conceitos discutidos em sala de aula. 
Atividade 4: Debate Guiado 
▪ Promova um debate estruturado com questões orientadoras, incentivando os estudantes a 
relacionar as ideias das músicas com os aspectos teóricos da evolução do capitalismo e da 
economia de mercado. 
Atividade 5: Conclusão 
▪ Encerre a aula ressaltando a importância da cultura popular na reflexão crítica sobre a sociedade. 
 
2º MOMENTO 
Organização da turma Grupos 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de imagem, áudio, vídeo e internet. 
Para este 2º momento o professor (a) inicia a explicação sobre os aspectos das crises econômicas 
globais, estudados em cinco casos específicos. 
 
1929, queda da Bolsa de New York 
A crise de 1929, conhecida como a Grande Depressão, teve origem na prosperidade econômica dos 
EUA nos anos 20, seguida por superprodução e declínio nas exportações. Isso levou ao colapso das 
ações na Bolsa de Nova York. O PIB global encolheu 15%, com o desemprego nos EUA atingindo 
25%. Medidas protecionistas por países ampliaram a redução do comércio internacional. 
 
1980, crise econômica da dívida dos países da América Latina 
A crise da dívida dos países da América Latina na década de 1980 foi resultado do rápido 
endividamento impulsionado pelo crédito abundante nas décadas anteriores. A crise do petróleo 
gerou um aumento na inflação nos EUA, levando a um aumento das taxas de juros que afetou 
negativamente os países devedores. Além disso, a regulamentação do sistema financeiro nos EUA 
dificultou a obtenção de novos empréstimos. 
 
 
 
 
29 
 
1985 - A bolha imobiliária e das ações no Japão 
O Japão seguiu um período de crescimento econômico exuberante com o PIB aumentando em 66,2% 
entre 1980 e 1991, o país mantinha o iene valorizado, impulsionando investimentos e consumo. O 
mercado imobiliário viu preços recordes de propriedades, graças ao crédito abundante. Em 1989, o 
Banco Central japonês limitou o crescimento de empréstimos, provocando dificuldades financeiras 
para muitos devedores dependentes de aluguel para pagar financiamentos. Os preços despencaram 
pela metade em 1990-1991, afetando tanto o mercado imobiliário quanto o de ações. 
 
1994 - A crise dos mercados emergentes 
Teve início em 1994, foi marcada por uma série de eventos que afetaram economias ao redor do 
mundo. O México foi o primeiro a enfrentar problemas, com uma política fiscal e monetária expansiva 
levando a uma crise de confiança. A moeda foi desvalorizada, e o país enfrentou uma violenta 
recessão em 1995. A segunda fase da crise atingiu os países do Sudeste Asiático em 1997, apesar do 
crescimento econômico anterior. Uma série de fatores, incluindo a desvalorização do iene japonês e 
do renminbi chinês, bem como o aumento nas taxas de juros nos EUA, levou à desvalorização de 
moedas locais e ataques especulativos. 
 
2008 - A crise mundial do subprime 
A crise mundial de 2007-2008 foi um dos eventos econômicos mais impactantes desde o crash de 
1929. O mercado imobiliário americano enfrentou uma crescente inadimplência devido às altas taxas 
de juros, levando instituições financeiras importantes, como Lehman Brothers, Bear Stearns e Merrill 
Lynch, à falência. Isso desencadeou uma crise global de confiança. Os Estados Unidos e o Reino 
Unido tiveram que intervir no sistema financeiro, injetando bilhões de dólares para salvar suas 
instituições. A Islândia nacionalizou seus maiores bancos, enquanto a economia global experimentou 
uma desaceleração significativa, com crescimento de 3% em 2008 e uma contração de 0,15% em 
2009. 
Com a análise das crises econômicas globais o professor (a) prepara a turma para atividade em grupo 
por meio de uma aula com a metodologia ativa de estudo de caso e aula dialogada. 
Tendo por intuito de capacitar os estudantes a compreenderem os efeitos das crises econômicas globais, 
identificando suas consequências, o efeito dominó, a origem (local e ano), os motivos e os principais 
países atingidos, por meio da análise dos casos. 
 
▪ Estudo de Caso 1: A Grande Depressão de 1929. 
▪ Estudo de Caso 2: Crise da Dívida dos Países da América Latina em 1980. 
▪ Estudo de Caso 3: Bolha Imobiliária e de Ações no Japão em 1985. 
▪ Estudo de Caso 4: Crise dos Mercados Emergentes em 1994. 
▪ Estudo de Caso 5: A Crise Mundial do Subprime nos EUA em 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Compreendendo as Crises Econômicas Globais: 1929, 1980, 1985, 1994 e 2008 
Objetivos: 
▪ Capacitar os estudantes a compreenderem as causas e os efeitos das crises econômicas 
mundiais. 
▪ Identificar as consequências, o efeito dominó, a origem (local e ano) e os países atingidos.Metodologia Ativa: Estudo de Caso 
Materiais: 
▪ Recurso de áudio e vídeo. 
▪ Acesso à internet 
Etapas da Aula: 
1. Introdução: 
▪ Contextualize o tema das crises econômicas globais, destacando sua relevância histórica. 
▪ Explique a importância de analisar essas crises e seus impactos no cenário mundial. 
2. Apresentação das Crises: 
▪ Apresenta as cinco principais crises econômicas: 1929, 1980, 1985, 1994 e 2008. 
▪ Destaque os principais eventos e características de cada crise. 
▪ Explique sucintamente os motivos que levaram a cada uma delas. 
3. Estudo de Caso: 
▪ Divida a turma em grupos e atribua um estudo de caso a cada grupo. 
▪ Forneça documentos ou recursos que descrevem detalhes de cada crise, incluindo dados 
econômicos, políticos e sociais. 
▪ Peça que cada grupo analise o estudo de caso e responda a perguntas específicas, como: 
Quais foram as origens da crise? Quais países foram mais afetados? Quais foram as principais 
consequências? 
▪ Cada grupo deve apresentar suas descobertas à turma. 
4. Análise das Causas e Consequências: 
▪ Retome a discussão com toda a turma para identificar causas comuns ou divergentes entre as 
crises e suas consequências em nível global. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, 
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel 
geopolítico dos Estados-nações. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
O processo de industria-
lização e o desenvolvi-
mento econômico das 
sociedades contemporâ-
neas 
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na 
estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades 
contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de 
informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas 
interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e 
culturais. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Industrialização, tecnologia e sociedade. 
A) APRESENTAÇÃO: 
A industrialização desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento econômico das sociedades 
contemporâneas, transformando radicalmente a estrutura e a dinâmica econômica global. No século 
XVIII, a Revolução Industrial desencadeou uma mudança paradigmática, impulsionando a transição de 
economias agrárias para economias baseadas na produção em larga escala. A mecanização e a 
utilização de tecnologias avançadas permitiram aumentos significativos na produtividade e na economia. 
Ao iniciar o professor (a) destaca os aspectos fundamentais da história da industrialização com o recurso 
de multimídia de imagem, áudio e vídeo, utilizando materiais como textos, imagens, gráficos e mapas 
para relembrar os pontos cruciais e marcos históricos da industrialização. 
Nesse primeiro momento o professor (a) realiza perguntas diretas para os estudantes dialogarem sobre 
o conteúdo exposto e explora ao dar ênfase nas disparidades que existem entre países desenvolvidos, 
subdesenvolvidos e emergentes, considerando as características sociais, econômicas e tecnológicas. 
O professor (a) promove uma abordagem de aprendizado mais dinâmica, colaborativa e incentiva a 
pesquisa independente, promovendo a reflexão e a crítica com a metodologia ativa por rotação. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO 
Organização da turma Grupos 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio, vídeo, imagem e internet. 
O professor (a) com uma breve introdução sobre os aspectos fundamentais da história da 
industrialização. Utilizando recursos audiovisuais, serão empregados materiais como textos e imagens. 
Como segue os exemplos abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
A primeira Revolução Industrial, no século XVIII, entre 1760 e 1780, marcou o surgimento da 
indústria têxtil na Inglaterra, com máquinas a vapor e hidráulicas. 
 
Imagem 01: Utilização de máquina a vapor 
 
Fonte: (Toda Matéria, [2023]) 
 
A terceira revolução industrial, iniciada na segunda metade do século XX, foi marcada por avanços 
tecnológicos e científicos significativos, especialmente no campo da comunicação, transporte, que, 
por sua vez, reduziram drasticamente as distâncias. 
Imagem 03: Revolução Técnico-Científica-Informacional 
 
Fonte: (Brasil Escola, [2023]) 
Para explorar o tópico do processo de industrialização, é importante analisar as disparidades que 
existem entre países desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes, considerando os fatores políticos, 
sociais e econômicos que moldam esse processo. Após estas interpretações o professor (a) utiliza o 
método de aprendizagem por rotação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
"Explorando as Revoluções Industriais" 
 
Objetivo: Compreender as principais características e impactos das três revoluções industriais. 
Materiais Necessários: 
▪ Recursos multimídia de áudio e vídeo, imagens e apresentações de slides, cartolinas, marcadores 
e outros materiais de artes para recortes de imagens, gráficos e mapas. 
▪ Fichas com perguntas orientadoras para cada rotação 
 
Etapas: 
1. Divisão em Grupos e Explicação das Rotações: 
▪ Divida a turma em grupos de acordo com o número de estações de rotação que você criou. 
▪ Explique o conceito de rotações e forneça uma visão geral de como a atividade irá funcionar. 
2. Rotação 1: Primeira Revolução Industrial: 
▪ Nesta estação, os estudantes exploram a Primeira Revolução Industrial, examinando suas 
principais características, como a introdução da máquina a vapor, mudanças nas práticas 
agrícolas e seus impactos na sociedade. 
3. Rotação 2: Segunda Revolução Industrial: 
▪ Nesta estação, os estudantes exploram a Segunda Revolução Industrial, focando em avanços 
tecnológicos como eletricidade, linhas de montagem e a produção em massa. Devem discutir o 
surgimento da indústria pesada e os impactos nas condições de vida do trabalhador. 
4. Rotação 3: Terceira Revolução Industrial: 
▪ Nesta estação, os estudantes exploram a Terceira Revolução Industrial, concentrando-se em 
avanços na tecnologia da informação, automação e digitalização. Eles devem discutir como essas 
mudanças moldaram a economia global e o surgimento da sociedade da informação. 
5. Discussão em Grupo: 
▪ Após as rotações, reúna a turma para uma discussão abrangente sobre os temas explorados. 
▪ Encoraje os estudantes a compararem e contrastar os diferentes aspectos das revoluções 
industriais. 
6. Síntese e Conclusão: 
▪ Conclua a aula resumindo os principais pontos abordados em relação às três revoluções 
industriais. 
 
2º MOMENTO 
Organização da turma Estudantes dispostos em círculos dentro da sala de aula. 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio, vídeo, imagem e internet. 
 
Neste 2º momento o professor (a) faz a conexão entre a quarta revolução industrial e o 
desenvolvimento econômico das sociedades modernas, destacando a importância da globalização com 
os avanços nos meios de transporte e comunicação, da inteligência artificial e das mudanças no modo 
de produção do trabalho. 
Utilizando recursos audiovisuais para apresentar imagens contemporâneas, o professor (a) adota uma 
 
 
 
 
34 
 
abordagem metodológica baseada em discussões e diálogos em sala de aula, estimulando os estudantes 
a participarem ativamente ao discutir avanços tecnológicos atuais, como as novas profissões do século, 
novas modalidades de trabalho, a influência das redes sociais, o avanço da inteligência artificial, 
desenvolvimentos no setor de transporte e as nações líderes na produção tecnológica. 
Para iniciar este procedimento o professor (a) busca desenvolver com os estudantes uma única 
pergunta. O que é a quarta revolução industrial? Em seguida é entregue para cada estudante o 
seguinte texto para que eles possam realizar a leitura. 
 
Texto: Transformações Tecnológicas e Econômicas da atualidade 
A quartarevolução industrial representa a convergência de avanços tecnológicos disruptivos que 
estão redefinindo fundamentalmente a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Esse 
termo refere-se a uma era de mudanças exponenciais impulsionadas pela interseção de tecnologias 
digitais, físicas e biológicas. 
O cerne da quarta revolução industrial reside na fusão de tecnologias entre os mundos físico, digital e 
biológico. Entre os principais catalisadores dessa revolução estão a Internet das Coisas (IoT), a 
inteligência artificial (IA), a robótica avançada, a impressão 3D, a nanotecnologia, a computação 
quântica, a biotecnologia, a armazenagem de dados em nuvem, entre outros. 
A conectividade global e a interdependência entre diferentes tecnologias estão criando novas 
oportunidades, desafios e complexidades, exigindo uma reavaliação constante das habilidades 
necessárias para prosperar nesse novo ambiente. 
Além de seu impacto econômico, a quarta revolução industrial está moldando questões éticas e 
sociais complexas relacionadas à privacidade de dados, segurança cibernética, desigualdade 
econômica e desafios ambientais. 
Portanto é uma era de mudança radical e inovação sem precedentes, que está alterando as bases 
fundamentais da sociedade e da economia. Com sua amplitude e profundidade, está impulsionando a 
humanidade em direção a um futuro cada vez mais interconectado e digitalmente centrado, exigindo 
uma adaptação contínua e uma compreensão aprofundada de seu potencial transformado. 
O texto traz complementos sobre a quarta revolução industrial, com isso os estudantes ampliam e 
aprofundam com novas pesquisas sobre os diferentes aspectos relacionados ao trabalho, educação, 
saúde, comunicação, meio ambiente e economia. Peça para os estudantes discutirem em conjunto sobre 
o que eles acham que poderia ser o impacto mais significativo dessas tecnologias. 
Para encerrar, o professor (a) cria uma tabela no quadro branco, na qual os estudantes coletivamente e 
em comum acordo anotam suas respostas, justificando verbalmente os impactos positivos ou negativos. 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, 
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel 
geopolítico dos Estados-nações. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Fronteira, território e 
territorialidade: conceito 
político e jurídico e a 
noção social de ocupação 
do espaço. 
(EM13CHS203) Comparar os significados de território, fronteiras e vazio 
(espacial, temporal e cultural) em diferentes sociedades, contextualizando 
e relativizando visões dualistas (civilização/barbárie, nomadismo/ 
sedentarismo, esclarecimento/obscurantismo, cidade/campo, entre 
outras). 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Contextualizando os conceitos de território, fronteiras e vazio. 
A) APRESENTAÇÃO: 
Nesta aula a proposta para ser trabalhada pelo professor (a) inicia com a utilização de imagens, mapas, 
textos e vídeos com acesso à internet e equipamento de vídeo e áudio. 
O professor (a) inicia este planejamento destacando os conceitos chaves (Estado, País, Nação, Governo, 
Território e Povo), neste momento o professor (a) trabalha com os estudantes a metodologia ativa 
Brainstorming (Debate e tempestade de ideias). 
Busca incentivar os estudantes a expressarem livremente suas percepções iniciais sobre esses conceitos 
e contextualizar sobre exemplos de comunidade, grupos étnicos, nação, países, povoados, povos 
remanescentes, minorias étnicas. Nessa abordagem o professor (a) pede aos estudantes para 
elaborarem um mapa conceitual para concluírem os argumentos e ideias desenvolvidas. 
Para o segundo momento o professor (a) apresenta o estudo através de mapas que possibilita visualizar 
as mudanças de territórios e fronteiras ao longo do tempo, permitindo discutir as implicações destas 
mudanças. Na sequência do desenvolvimento da habilidade o professor (a) completa no terceiro 
momento o ensino sobre o que venha ser o vazio espacial, temporal e cultural e a visão dualista entre 
cidade e campo, para isto utiliza imagens, vídeos e textos. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO 
Organização da turma Grupos 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio, vídeo imagem e internet. 
 
Como introdução inicial o professor (a) exibe o vídeo abaixo para explicar alguns conceitos chaves que 
serão importantes e complementares para as próximas etapas. 
 
 Vídeo 01: Estado, país, nação, governo, território e povo/animação. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XKAOb5Xkphc 
Para contextualizar estes aspectos, o professor (a) desenvolve com os estudantes metodologias ativas 
para que compreendam os significados de território, fronteiras e vazio (espacial, temporal e cultural). 
https://www.youtube.com/watch?v=XKAOb5Xkphc
 
 
 
 
37 
 
Após o vídeo realize uma sessão de brainstorming, onde os estudantes podem listar livremente suas 
percepções iniciais sobre os conceitos de território, fronteiras, em seguida, solicite que eles criem mapas 
conceituais para visualizar as conexões entre os conceitos e as visões associadas. 
 
Brainstorming (Debate e tempestade de ideias) 
Inicie a aula com uma breve introdução sobre território e fronteiras. Em seguida, conduza uma sessão 
de brainstorming, incentivando os estudantes a expressarem livremente suas percepções sobre os 
conceitos. Encoraje-os a compartilhar ideias, palavras-chave, como comunidade, grupos étnicos, 
nação, países, povoados, povos remanescentes, minorias étnicas, entre outros. 
Fomentar a Participação Ativa: Garanta um ambiente para que todos os estudantes se sintam à 
vontade para contribuir com suas ideias, faça perguntas abertas demonstrando interesse nas 
respostas. 
Registro das Ideias: Durante o processo de brainstorming, registre as ideias dos estudantes em um 
quadro, de modo que todos possam ver e refletir sobre as contribuições uns dos outros. 
Criação de Mapas Conceituais: Após o brainstorming, peça aos estudantes que criem mapas 
conceituais para visualizar as conexões entre os conceitos discutidos de território, fronteiras e o vazio 
conectando-os a ideias relacionadas e exemplos específicos discutidos durante o brainstorming. 
Síntese e Reflexão Final: Conclua a atividade de Brainstorming e Mapeamento Conceitual com uma 
síntese das ideias principais discutidas em sala de aula. Incentive os estudantes a refletirem sobre o 
processo de brainstorming e a criação de mapas conceituais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
2º MOMENTO 
Organização da turma Grupos 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio, vídeo, imagem e internet. 
Após as considerações da tempestade de ideias os estudantes passam a desenvolver o estudo através 
da análise de mapas históricos que representam mudanças nos territórios e fronteiras ao longo do 
tempo, identificando como essas mudanças refletiram as relações de poder e as percepções culturais 
nas diferentes sociedades. 
 
Relações de Poder na Europa Central após a Queda do Muro de Berlim: Os estudantes 
podem explorar as mudanças nas relações de poder na Europa Central após a queda do Muro de 
Berlim. Analisar a dinâmica geopolítica entre os estados e discutir as implicações culturais e 
econômicas dessas. 
Imagem 02: Divisão da Alemanha (1945) 
 
Fonte: (Wikipedia, [2023]) 
 
"Explorando Território e Fronteiras: Passado e Presente" 
Objetivos de Aprendizagem: 
➢ Compreender os conceitos de território e fronteiras nos contextos político, legislativo e cultural. 
➢ Discutir as implicações dessas transformações para a compreensão do vazio cultural e territorial. 
Materiais Necessários: 
➢ Mapas históricos representando os tópicos mencionados. 
➢ Computador, projetor para exibir os mapas e acesso ainternet. 
Atividade 1: 
➢ Comece a aula introduzindo os conceitos de território e fronteiras nos contexto político e 
legislativo. 
 
 
 
 
39 
 
Atividade 2: Análise de Mapas. 
➢ Divida os estudantes em grupos, atribuindo a cada grupo um dos tópicos de mapas históricos. 
➢ Entregue um mapa a cada grupo e peça que analisem as mudanças nas fronteiras. 
➢ Solicite que os estudantes identifiquem como essas mudanças refletiram relações de poder. 
Atividade 3: Discussão em Grupo. 
➢ Reúna os grupos e promova uma discussão e devem compartilhar suas descobertas e insights. 
➢ Incentive os estudantes a discutirem a compreensão de fronteiras e território e territorialidade 
Atividade 4: Reflexão Individual e Debate: 
➢ Resuma os principais pontos da aula e destaque as dinâmicas de território e fronteiras. 
 
3º MOMENTO 
 
Organização da turma Grupos 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio, vídeo, imagem e internet. 
 
Para finalizar o trabalho com a habilidade proposta, o professor (a) desenvolve os conceitos do vazio 
(espacial, temporal e cultural) em diferentes sociedades e as visões dualistas entre a cidade e o campo. 
A partir da explicação dos conceitos o professor (a) contextualiza através de exemplos do passado aos 
atuais. A sugestão está em completar esta explicação através da exibição de vídeos sobre os tópicos que 
a habilidade propõe. 
 
O que é o vazio urbano? 
Os vazios urbanos são espaços dentro do perímetro urbano de uma cidade que não foram 
construídos e não são consideradas áreas livres. Além das terras vazias, os vazios urbanos incluem 
edifícios subutilizados, como casas, galpões e edifícios antigos ou deteriorados. 
Imagem 07: Fábrica abandonada, (EUA) Imagem 08: Bairro Califórnia, BH/MG 
 
Fonte: (Archdaily, [2023]) Fonte: (Researchgate, [2021]) 
 
 Vídeo 02: Vazios Urbanos. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5oxrD70MyDM. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=5oxrD70MyDM
 
 
 
 
40 
 
O que é o vazio demográfico? 
O vazio demográfico refere-se a áreas com baixa densidade populacional ou desocupadas, incluindo 
regiões metropolitanas pouco habitadas e espaços inóspitos, como desertos e geleiras. 
Imagem 09: Deserto Imagem 10 Cidade Pripyat/Ucrânia 
 
Fonte: (Planeta Gaia, [2013]) Fonte: (Wikipédia, [2023]) 
 
 Vídeo 03: População mundial: concentrações e vazios demográficos. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RScF8vqt5jg 
 
O que é o vazio temporal? 
Na geografia, o termo "vazio temporal" refere-se a um conceito relacionado à ocupação humana em 
determinadas áreas ao longo do tempo. Especificamente, o vazio temporal descreve períodos em que 
uma área teve uma redução significativa ou ausência de atividade humana. 
Berlim, Alemanha: A divisão da cidade, Berlim experimentou áreas subutilizadas e abandonadas, 
especialmente ao longo do Muro de Berlim. Após a queda do Muro em 1989, muitas áreas 
anteriormente negligenciadas passaram por um renascimento. 
Imagem 11: Berlim, portão de Brandemburgo 
 
Fonte: (DW, [2023]) 
 
 Vídeo 04: Por que o muro de Berlim foi construído e por que caiu? 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AGQw01AL0Bo 
https://www.youtube.com/watch?v=RScF8vqt5jg
https://www.youtube.com/watch?v=AGQw01AL0Bo
 
 
 
 
41 
 
O que é o vazio cultural? 
O conceito de "vazio cultural" na geografia refere-se a regiões ou áreas com pouca ou nenhuma 
expressão cultural distintiva ou identidade cultural clara. Geralmente, essas áreas apresentam uma 
falta de patrimônio cultural significativo, instituições culturais e atividades artísticas ou eventos 
culturais. O vazio cultural pode resultar em uma sensação de perda de identidade e coesão social. 
Alguns exemplos notáveis de ocorrências de vazio cultural incluem: 
1. Regiões rurais ou remotas que experimentam um declínio nas tradições culturais e na atividade 
artística devido à migração de jovens para áreas urbanas. 
2. Comunidades afetadas por conflitos armados ou desastres naturais, onde a destruição do 
patrimônio cultural e a interrupção das práticas culturais locais levam a um vazio cultural. 
3. Momentos de transição política e social, onde a repressão cultural e a censura limitam a 
liberdade de expressão e levam à supressão da diversidade cultural. 
 
 Artigo: O vazio da cultura. Joaquim Onésimo F. Barbosa 
Disponível em: https://www.jesocarneiro.com.br/arte/o-vazio-da-cultura.html 
 
 Vídeo 05: Escravos da Tecnologia Animação Steve Cutts 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Qx8JIoNOz0Y 
 
4º MOMENTO 
Organização da turma Grupos 
Recursos e providências Textos impressos, multimídia, áudio, vídeo, imagem e internet. 
 
Ao final, o professor (a) busca explicar e levar a discussão sobre a visão dualista, cidade/campo que 
normalmente é um tema central nos estudos sociológicos e geográficos para representar contrastantes 
sobre o desenvolvimento e a organização social. 
Para esta explicação o professor (a) envolve os estudantes através da metodologia ativa por rotação. No 
complemento dos textos a sugestão é disponibilizar acesso à internet para que os estudantes possam 
realizar as pesquisas necessárias sobre o texto e o autor escolhido (a) para o aprendizado. 
 
Metodologia Ativa por Rotação: Explorando visões dualistas entre Campo e Cidade. 
Recursos: Quadro ou flipchart, cópia dos textos, questionários para discussão em grupo, internet. 
Objetivo: Compreensão abrangente das relações entre a cidade e o campo. 
 
Leitura e Análise de Texto: 
Disponibiliza textos selecionados que apresentam diferentes perspectivas entre cidade e campo. Os 
estudantes devem fazer anotações sobre as visões apresentadas nos textos, destacando os pontos-
chave e as críticas à visão dualista convencional. 
https://www.jesocarneiro.com.br/arte/o-vazio-da-cultura.html
https://www.youtube.com/watch?v=Qx8JIoNOz0Y
 
 
 
 
42 
 
Estação 1 - Discussão em Grupo: 
Divida a turma em grupos pequenos e atribua a cada grupo uma pergunta provocativa relacionada à 
interdependência entre cidade e campo, como: 
• Como a globalização afetou a interação entre cidade e campo? 
• Quais os desafios socioeconômicos enfrentados pelas comunidades rurais devido à urbanização? 
• Quais estereótipos são comumente associados à cidade e ao campo? 
Estação 2 - Estudo de Caso: 
Os estudantes deverão analisar os impactos econômicos, sociais e ambientais resultantes da 
interação entre cidade e campo, identificando tantos desafios quanto às oportunidades. 
Conclusão: 
Faça uma recapitulação dos pontos-chaves e enfatize as interações entre cidade e campo. 
 
Segue abaixo textos generalizados sobre trabalhos de autores que abordam em seus escritos o 
desenvolvimento urbano, as transformações espaciais e a importância de ações integradas para a 
sustentabilidade, considerando as interações entre o campo e a cidade. 
 
"O espaço urbano é tanto o produto quanto o motor do desenvolvimento capitalista, criando 
dinâmicas complexas de desigualdade socioeconômica e segregação espacial. A concentração de 
capital nas cidades muitas vezes resulta na marginalização das comunidades rurais, exacerbando as 
disparidades econômicas e sociais dentro e entre os espaços urbanos e rurais." David Harvey. 
"As comunidades rurais desempenham um papel fundamental na gestão e preservação dos 
ecossistemas. Sua interação com o meio ambiente é crucial para a resiliência e a sustentabilidade 
ambiental. Ao considerar o conhecimento e as práticas tradicionais das comunidades rurais, podemos 
promover abordagens mais eficazes para a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais." 
Eduardo S. Brondizio. 
"A relação entre o campo e a cidade é uma parte essencial da resiliência socioecológica.As áreas 
rurais fornecem alimentos, recursos naturais e serviços ecossistêmicos às áreas urbanas, e as cidades 
desempenham um papel importante na distribuição e consumo desses recursos. Uma compreensão 
mais holística da interdependência entre esses espaços é essencial para garantir a sustentabilidade 
ambiental." Eduardo S. Brondizio. 
"A análise do desenvolvimento urbano requer uma compreensão aprofundada das interações entre a 
cidade e o campo. As estratégias de planejamento e políticas públicas devem ser formuladas com 
base na interdependência desses espaços, promovendo a sustentabilidade ambiental e a justiça 
social. Uma abordagem integrada é essencial para garantir um futuro equitativo e próspero para as 
comunidades urbanas e rurais." Maria Kaika. 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
Segue abaixo sugestão de “Estudo de Casos” para as pesquisas dos estudantes através da internet. 
 
 Vale do Ribeira, São Paulo: é conhecido por sua forte presença de agricultura familiar, com 
cultivo diversificado e práticas tradicionais de manejo. 
Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1119168/agricultura-
familiar-e-mercado-institucional-no-vale-do-ribeira. 
 
 Região Nordeste, especialmente no interior de estados como Pernambuco e Bahia: Em 
várias áreas do interior do Nordeste brasileiro, a agricultura familiar desempenha um papel 
significativo na produção de alimentos e na preservação de práticas culturais locais. 
Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/196557/1/Camponeses-do-
Sertao-pag-29-45.pdf. 
 
 Recife e Zona da Mata de Pernambuco: a região metropolitana de Recife, em Pernambuco, 
depende significativamente do fornecimento de alimentos e recursos naturais provenientes da 
Zona da Mata do estado. 
Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2016/04/15/agricultura-familiar-cresce-em-
pernambuco. 
 
 A cidade de Salvador, na Bahia, depende do fornecimento contínuo de produtos agrícolas e 
recursos naturais provenientes do Recôncavo Baiano. 
Disponível em: https://revistacultivar.com.br/noticias/salvador-ba-tambem-tem-agricultura-
familiar-. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1119168/agricultura-familiar-e-mercado-institucional-no-vale-do-ribeira
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1119168/agricultura-familiar-e-mercado-institucional-no-vale-do-ribeira
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1119168/agricultura-familiar-e-mercado-institucional-no-vale-do-ribeira
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/196557/1/Camponeses-do-Sertao-pag-29-45.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/196557/1/Camponeses-do-Sertao-pag-29-45.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/196557/1/Camponeses-do-Sertao-pag-29-45.pdf
https://www.brasildefato.com.br/2016/04/15/agricultura-familiar-cresce-em-pernambuco
https://www.brasildefato.com.br/2016/04/15/agricultura-familiar-cresce-em-pernambuco
https://www.brasildefato.com.br/2016/04/15/agricultura-familiar-cresce-em-pernambuco
https://d.docs.live.net/391ea0e20eea9d8c/Documentos/MAPA%201%20BIMESTRE/MAPA%202024/3%20ANO%20EM/
https://revistacultivar.com.br/noticias/salvador-ba-tambem-tem-agricultura-familiar-
https://revistacultivar.com.br/noticias/salvador-ba-tambem-tem-agricultura-familiar-
 
 
 
 
44 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, 
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel 
geopolítico dos Estados-nações. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Segregação espacial e 
cultural no campo e na 
cidade. 
(EM13CHS203) Comparar os significados de território, fronteiras e vazio 
(espacial, temporal e cultural) em diferentes sociedades, contextualizando 
e relativizando visões dualistas (civilização/barbárie, nomadismo/ 
sedentarismo, esclarecimento/obscurantismo, cidade/campo, entre 
outras). 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Segregação social e espacial. 
A) APRESENTAÇÃO: 
A segregação espacial e cultural, tanto no campo quanto na cidade, reflete as desigualdades 
profundamente enraizadas em nossas sociedades. No contexto urbano, a segregação muitas vezes se 
manifesta através da distribuição desigual de recursos e oportunidades, resultando em bairros ricos e 
pobres claramente demarcados. Essa divisão, muitas vezes, está enraizada em fatores históricos, como 
políticas discriminatórias e estruturas econômicas desiguais. 
No campo, a segregação espacial pode se manifestar através da distribuição desigual de terras e 
recursos, com grandes latifúndios coexistindo ao lado de pequenas propriedades familiares. Esse 
fenômeno muitas vezes está relacionado à concentração de poder econômico nas mãos de poucos, 
contribuindo para a marginalização de comunidades rurais menos favorecidas. 
Nesta aula o professor (a) inicia com uma aula expositiva relacionada com os tipos de segregação que 
existem na sociedade contemporânea, citando exemplos e fazendo uso de imagens e vídeos como o 
recurso de multimídia e internet. O professor (a) promove uma atividade lúdica com os estudantes com 
o intuito de aprofundar na proposta da habilidade referente ao objeto de conhecimento proposto, 
incentivando a criatividade e a colaboração e a interatividade social e cultural. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO 
Organização da turma Grupos 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio, vídeo, imagem e internet. 
 
Neste primeiro momento, o professor (a) aborda o conceito de segregação cultural e social, destacando 
exemplos, utilizando imagens com recursos audiovisuais para ilustrar e contextualizar esses aspectos. 
Segregação social é o procedimento em que grupos são isolados na sociedade devido a características 
específicas, como raça, classe, religião e gênero. Isolamento pode ser físico, econômico, educacional, 
resultando geralmente de preconceitos, discriminações e desigualdades sistêmicas. 
A segregação cultural envolve isolar grupos com base em características étnicas, religiosas ou 
linguísticas. Pode ocorrer em áreas residenciais, escolas, ambientes de trabalho e até em comunidades 
 
 
 
 
45 
 
inteiras. Originando-se de discriminação e estereótipos, refletindo em desigualdades estruturais. 
 
Exemplos: 
▪ Segregação Residencial: A formação de bairros predominantemente habitados por grupos 
étnicos específicos, ou de classe econômica específica. 
▪ Segregação de Gênero nas Profissões: Concentração desigual de homens e mulheres em 
diferentes setores profissionais. 
▪ Segregação Educacional: Disparidades na qualidade do ensino e recursos entre escolas 
frequentadas por diferentes grupos socioeconômicos, perpetuando desigualdades educacionais. 
 
Segregação Racial em Mianmar atingiu proporções alarmantes, especialmente a partir de 2017, 
quando a violência militar resultou em uma fuga massiva da população rohingya para países vizinhos, 
como Bangladesh. 
Imagem 01: Família de Rohingyas 
 
Fonte: (Veja, 2020) 
 
A segregação espacial em grandes centros urbanos com clara divisão entre áreas ricas e periféricas 
evidencia essa segregação. Bairros que desfrutam de infraestrutura, enquanto áreas periféricas 
enfrentam carências em serviços básicos. 
Imagem 02: Rocinha/São Conrado, RJ Imagem 03: Vila Andrade/Morumbi, SP 
 
Fonte: (Wikilivros, [2019]) Fonte: (Desigualdades Sociais, [2015]) 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
A segregação de gênero nas profissões refere-se à distribuição desigual de pessoas de identidades 
de gênero diversas em diferentes campos de trabalho. Estereótipos culturais e discriminação 
impactam as escolhas profissionais, contribuindo para disparidades salariais e de oportunidades.Imagem 05: Bandeira cores LGBTQIPA+ Imagem 06: Símbolo da Igualdade e gênero 
 
Fonte: (Diversity, [2021]) Fonte: (CCISUA, [2022]) 
Para concluir este primeiro momento o professor (a) apresenta uma atividade lúdica com os estudantes. 
 
Estratégia de Aprendizado: "Caminhos da Inclusão" 
Objetivo: Facilitar a compreensão das complexidades da exclusão cultural e social. 
Materiais: Papel e canetas coloridas e fitas adesivas, cartões ou etiquetas com características 
culturais variadas, pequenos objetos simbolizando recursos e oportunidades. 
 
Passos: 
1. Jogo dos Caminhos: 
▪ Desenho de Caminhos: Em grupos, os estudantes desenham caminhos no chão 
representando a jornada da vida. Cada grupo terá um ponto de partida e um objetivo final. 
▪ Características Culturais: Distribua cartões ou etiquetas com diferentes características 
culturais. 
▪ Os estudantes devem escolher uma característica que representa seu personagem no jogo. 
2. Simulação de Exclusão: 
▪ Barreiras no Caminho: Ao longo dos caminhos desenhados, coloque fitas adesivas 
representando barreiras físicas e sociais. Alguns grupos podem ter mais obstáculos do que 
outros, simbolizando a exclusão cultural. 
3. Recursos e Oportunidades: 
▪ Distribuição de Recursos: Distribua pequenos objetos (representando recursos e 
oportunidades) de maneira desigual entre os grupos. Isso destaca as disparidades de acesso 
a oportunidades. 
4. Discussão em Grupo: 
▪ Reflexão: Após a simulação, os grupos discutem como as barreiras afetaram sua jornada. 
5. Construção de Pontes: 
▪ Atividade Colaborativa: Cada grupo recebe fitas adesivas adicionais para construir pontes 
sobre as barreiras. Essas pontes representam a colaboração e a busca por soluções inclusivas. 
6. Apresentação e Discussão Final: 
▪ Apresentação dos caminhos, destacando as estratégias de superação e inclusão. 
 
 
 
 
47 
 
2º MOMENTO 
 
Organização da turma Grupos 
Recursos e providências Texto impresso, multimídia de áudio, vídeo, imagem e internet. 
 
Neste segundo momento o professor (a) explica sobre a segregação espacial no campo que se refere à 
distribuição desigual de recursos, oportunidades e infraestrutura em áreas rurais, como consequência 
ocorre a expropriação de terras, mudanças nos padrões de cultivo, deterioração de hábitos tradicionais, 
avanços tecnológicos desiguais e impactos ambientais desproporcionais. O professor (a) através da 
exibição de vídeos contextualiza os aspectos abordados. 
 
Expropriação dos pequenos produtores e nativos de suas Terras: 
A expansão da fronteira agrícola, especialmente nas regiões de cerrado e floresta amazônica, 
frequentemente resulta na expropriação de terras de comunidades tradicionais e indígenas. 
 Expansão agrícola é a principal responsável pelo desmatamento no Cerrado. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iqEkN6UQofM 
Mudanças nos Padrões de Cultivo: 
A monocultura intensiva tem sido associada a mudanças nos padrões de cultivo levando a perda de 
práticas agrícolas tradicionais, resultando em impactos na diversidade e sustentabilidade ambiental. 
 O papel do pequeno produtor rural na conservação da natureza 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0DW-Tk8cksY 
Violência e Expulsão do Homem do Campo: 
Conflitos relacionados à posse de terra podem levar à violência e expulsão de trabalhadores rurais. 
Disputas territoriais que podem resultar em confrontos violentos e no deslocamento forçado. 
 O Brasil Rural. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VEptKV4CGfY 
 
 
Após fornecer explicações e exemplificar os conceitos relacionados à segregação espacial e cultural do 
homem do campo, o professor (a) utiliza uma metodologia ativa. 
https://www.youtube.com/watch?v=iqEkN6UQofM
https://www.youtube.com/watch?v=0DW-Tk8cksY
https://www.youtube.com/watch?v=VEptKV4CGfY
 
 
 
 
48 
 
Metodologia Ativa: "Explorando a Cultura Rural por Imagens" 
Objetivo: Reforçar o entendimento sobre a segregação espacial e cultural do homem do campo. 
Passos: 
1. Contextualização Visual: 
Introdução através de imagens representando tradições e atividades do homem do campo, tais como 
colheita, artesanato rural, celebrações locais, entre outros. 
2. Discussão em Grupo: 
Divida os estudantes em grupos pequenos. Cada grupo escolhe uma imagem para análise para 
identificar elementos culturais sobre como contribuem para a identidade e coesão da comunidade. 
3. Elaboração de Textos: 
Com base na imagem escolhida, cada grupo elabora um texto explicativo destacando a importância 
do trabalho ou da cultura representada. 
4. Apresentações: 
Cada grupo apresenta sua imagem e o texto elaborado, compartilhando as percepções sobre a 
relevância da tradição do homem do campo. Durante as apresentações, os estudantes destacam 
como essas práticas contribuem para a coesão social e a preservação cultural. 
 
 
Exemplos de Imagens para Análise: 
 
1. Colheita Coletiva: 
− Descrição: Uma imagem que retrata a comunidade participando de uma colheita coletiva. 
Destaque para a cooperação e tradições associadas a essa prática. 
− Texto Explicativo: Os estudantes podem elaborar um texto sobre como a colheita coletiva 
fortalece os laços comunitários, preserva métodos agrícolas tradicionais e representa um 
evento cultural significativo na vida do homem do campo. 
 
2. Artesanato Regional: 
− Descrição: Uma imagem que destaca a produção de artesanato típico da região rural. 
Enfatize os detalhes do artesanato e a conexão com a identidade local. 
− Texto Explicativo: Os estudantes podem criar um texto que explique como o artesanato 
regional reflete a riqueza cultural, preserva técnicas artísticas tradicionais e contribui para a 
sustentabilidade econômica das comunidades rurais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 REFERÊNCIAS 
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Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bv5l13BSBVk Acesso em: 01 nov. 2023 
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ACNUR. Imagem 01: Refugiados sírios na região do Curdistão [2012]. Disponível em: 
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ADMIRÁVEL CHIP NOVO. Pitty. [s.l:.]. Álbum Admirável chip Novo, [2003]. Gravadora: Deckdisc. 03 abr. 
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https://diversitybbox.com/bandeiras/
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https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2017/03/30-03-2017-f.jpg?quality=70&strip=info&w=1024
https://exchangedobem.com/o-que-e-multiculturalismo/
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54 
 
 
 
REFERÊNCIA 
 
 
2024 
 
 
 
 
 MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA 
 
 
 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos 
local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos 
epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em 
relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e 
fontes de natureza científica. 
Competência 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, 
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel 
geopolítico dos Estados-nações. 
Competência 3: Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades 
com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, 
com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética 
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
A Proclamação da República 
no Brasil. 
A Primeira República no 
Brasil. 
A Primeira Guerra Mundial. 
A Revolução Mexicana. 
A Revolução Russa. 
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor 
argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, 
ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de 
dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos 
filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, 
mapas, tabelas, tradições orais, entre outros). 
(EM13CHS306) Contextualizar, comparar e avaliar os impactos de 
diferentes modelos socioeconômicos no uso dos recursos naturais e na 
promoção da sustentabilidade econômica e socioambiental do planeta 
(como a adoção dos sistemas da agrobiodiversidade e agroflorestal por 
diferentes comunidades, entre outros). 
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na 
estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades 
contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de 
informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas 
interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e 
culturais. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: A Primeira República Brasileira: desdobramentos internos e externos. 
A) APRESENTAÇÃO: 
Prezado professor (a)! 
Começamos mais um ano letivo. Esperamos que o presente planejamento para o 1º bimestre lhe auxilie 
no desenvolvimento do seu trabalho na sala de aula, utilizando as competências e habilidades propostas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
no CRMG e no Plano de Curso elaborado para o ano de 2024. 
Você tem autonomia para reorganizar os conteúdos/atividades no seu planejamento conforme a 
realidade e especificidade da sua turma tendo como objetivo a aprendizagem dos seus estudantes. 
Este planejamento de História será dividido em 4 momentos. Nele desenvolvemos as habilidades 
(EM13CHS103), (EM13CHS306) e (EM13CHS202), trazendo o tema: A Primeira República 
Brasileira e seus desdobramentos internos e externos. 
O tema será desdobrado nos seguintes objetos de conhecimento/conteúdos: A Proclamação e a 
Primeira República no Brasil; A Primeira Guerra Mundial; A Revolução Mexicana e a Revolução Russa. 
Ressalto que o trabalho com os conteúdos propostos poderá ser feito com a parceria dos professores 
dos quatro componentes curriculares da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, em conjunto ou 
individualmente, de forma que os estudantes alcancem as aprendizagens esperadas e desejadas para 
consolidá-las de forma prazerosa e que tenham sentido lógico com a sua vivência na atualidade. O 
trabalho poderá ser feito também interdisciplinarmente com as outras áreas do conhecimento numa 
busca de maiores informações e perspectivas de conhecer o novo. 
Ao trabalhar a habilidade (EM13CHS103), espera-se que os estudantes consigam selecionar evidências 
e compor argumentos relativos a processos políticos, com base na sistematização de dados e 
informações como descrever as principais características do regime republicano implantado no Brasil em 
1889, analisando as permanências e rupturas do período. 
O desenvolvimento da habilidade (EM13CHS306), permite que os estudantes contextualizem, 
comparem e avaliem os impactos de diferentes modelos socioeconômicos no uso dos recursos naturais 
e na promoção da sustentabilidade econômica e socioambiental do mundo e do Brasil em diferentes 
tempos e espaços. Sendo assim, é preciso que eles compreendam a importância do setor cafeeiro para 
a economia do Brasil durante a Primeira República e que eles identifiquem os mecanismos de 
sustentação das oligarquias rurais no comando do país e seus impactos econômicos, sociais e 
ambientais. É importante que se caracterize o processo de modernização das grandes cidades no 
período e também os movimentos messiânicos, sociais e políticos ocorridos no período, refletindo sobre 
o sentido do indivíduo na sociedade, a importância da coletividade e a solidariedade como prática da 
vida humana. 
Para desenvolver e consolidar os conteúdos relacionados à Primeira Guerra Mundial, a Revolução 
Mexicana e Russa, trabalharemos com as habilidades (EM13CHS103) e a (EM13CHS202). Para a 
consolidação destas habilidades os estudantes deverão ser capazes de compreender o contexto político 
europeu que levou à eclosão da Primeira Guerra Mundial, contextualizando a relação entre o 
desenvolvimento tecnológico e a guerra, as mudanças que ela promoveu no cenário europeu, além de 
serem capazes de refletirsobre o significado dessa guerra e as suas consequências para a Europa e 
para o mundo. 
Os estudantes deverão reconhecer que o campesinato foi a base social da Revolução Mexicana e quais 
foram as principais lideranças das Revoluções Mexicana e Russa e quais propostas eram defendidas por 
cada uma delas. Deverão também descrever as razões que levaram à queda do czarismo na Rússia, 
caracterizando as revoluções de Fevereiro e de Outubro. É importante que eles façam a comparação 
entre a Revolução Mexicana e a Revolução Russa, estabelecendo suas semelhanças e diferenças. 
Para a consolidação das habilidades propostas neste planejamento e os objetivos de aprendizagens 
sejam alcançados, os estudantes deverão ser capazes de selecionar, comparar, contextualizar, elaborar 
hipóteses e analisar de forma crítica e criativa os conteúdos/objetos de conhecimento e atividades 
desenvolvidas ao longo deste planejamento de forma que as aprendizagens com essas habilidades 
sejam aprendidas e consolidadas. 
 
 
 
 
56 
 
Os objetos de conhecimento, ”Primeira Guerra Mundial”, “Revolução Mexicana” e “Revolução Russa”, 
serão abordados no 2º, 3º e 4º momentos deste planejamento. 
Destaco também que, este planejamento pode ser desmembrado em quantas aulas forem necessárias, 
de acordo com as especificidades, expectativas e objetivos de aprendizagem das turmas atendidas, 
conforme o seu planejamento de ensino ou outras conveniências pedagógicas. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO: A PRIMEIRA REPÚBLICA BRASILEIRA EM SEUS ASPECTOS INTERNOS 
Organização da turma A escolha do professor. 
Recursos e providências 
Lousa, dicionários, livros didáticos de história ou outros, textos 
impressos, imagens, computadores, celular, projetor Multimídia, 
acesso à internet. 
 
Após a acolhida dos estudantes, apresente o tema geral, os objetos de conhecimento a serem 
trabalhados neste planejamento e os seus objetivos de aprendizagens. Em seguida faça um momento de 
sensibilização para diagnosticar sobre o conhecimento prévio do tema proposto. 
Sugiro que faça uma tempestade de ideias com a frase: 
 
“Quais os principais fatos internos e externos que marcaram a República Velha?” 
 
Espera-se que os estudantes respondam alguns dos fatos sugeridos abaixo e você deverá 
complementar para enriquecer o momento. 
Fatos internos Fatos externos 
▪ 1ª Constituição do Brasil. 
▪ Coronelismo. 
▪ Política do Café com Leite. 
▪ Voto de Cabresto. 
▪ Guerra de Canudos (1893). 
▪ Movimento do Cangaço. 
▪ Revolta da Vacina (1904). 
▪ Revolta da Chibata (1910). 
▪ Guerra do Contestado. 
▪ Revolta do Forte de Copacabana. 
▪ Movimento operário (1917). 
▪ Semana de Arte Moderna 
▪ Revolta Paulista de 1924. 
▪ Coluna Prestes, entre outros. 
▪ Primeira Guerra Mundial. 
▪ Revolução Mexicana. 
▪ Revolução Russa. 
 
Retome as causas que levaram ao fim da Monarquia no Brasil, citando os fatores e fragilidades da crise 
do Império, como a Questão Militar, Questão Republicana, Questão Religiosa e Questão Escravocrata. 
Fale sobre a propaganda republicana citando a fundação do Partido Republicano e o Manifesto 
Republicano e suas influências para o fim da Monarquia, o golpe militar de 1889 e a instauração da 
República. 
 
 
 
 
57 
 
Final do século XIX 
 
O governo de D. Pedro II passava por uma grande crise, com muitos desgastes nas relações entre o 
Estado e suas bases de apoio: 
▪ Oposição ao governo imperial por conta do trabalho escravo; 
▪ Conflitos entre o Imperador e a Igreja Católica; 
▪ Alguns militares não concordavam com o governo de D. Pedro II; 
▪ Em 1888, a abolição da escravatura desagradou aos grandes fazendeiros e proprietários de 
escravos. 
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil, 2 ed – São Paulo, 2009 
 
A oposição dos vários setores da sociedade à Monarquia, tornou possível fazer o golpe militar que 
instaurou a República no Brasil. 
 
Os anos de consolidação da República 
República da Espada 
▪ Os militares tiveram bastante influência nos primeiros anos de República. 
▪ Marechal Deodoro da Fonseca e Marechal Floriano Peixoto representaram o governo militar 
na primeira fase da República. 
República das Oligarquias 
▪ A política do país era dirigida por oligarquias agrárias e por representantes civis na 
presidência. 
 
Peça aos estudantes que pesquisem sobre os conceitos de República e Oligarquia. 
 
República: é um regime de governo onde o Chefe de Estado e o Chefe de Governo são escolhidos 
através de eleições diretas ou indiretas. 
A República surgiu na Grécia Antiga como uma forma de governo para administrar a polis grega. 
Oligarquia: Governo em que o poder é exercido por um grupo restrito de pessoas, geralmente do 
mesmo partido, família, classe etc. 
 
É importante ressaltar que a Constituição de 1891 instituiu o federalismo, dando autonomia política e 
econômica aos estados. Dessa forma, eles poderiam, por exemplo, arrecadar impostos de exportação e 
contrair empréstimos para atender aos seus interesses próprios. Esse fator, reforçou um desequilíbrio 
político no Brasil nas esferas estaduais, já que o poder se concentrou nas mãos dos grandes 
proprietários rurais, que eram minoria e também na esfera federal, já que as diretrizes políticas 
nacionais eram determinadas pelos interesses dos grandes estados brasileiros, que naquele momento 
era Minas Gerais e São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
Esse desequilíbrio determinou as principais características políticas do Brasil, no período de 1891 a 
1930, dentre as quais podemos citar: 
● Domínio político nacional dos estados de São Paulo e Minas Gerais (“Política do Café com 
leite”) que perdurou até 1930. 
● Domínio político das oligarquias agrárias, na esfera estadual. 
● Domínio político dos coronéis na esfera municipal. 
● Ausência de justiça eleitoral, o que facilitava as fraudes nas eleições. 
● A população rural, os grupos urbanos, assim como os estados periféricos do Norte, Nordeste 
e Centro Oeste, não tinham representatividade política. 
Texto adaptado: Silva, 2023. 
 
Explique para os estudantes que a questão social pela qual o Brasil passava naquela época favoreceu o 
estabelecimento da política Oligárquica. Cite a questão do interior nordestino como a superexploração 
da mão de obra, a miséria e a fome que eram a realidade do sertanejo. Havia absoluta obediência ao 
chefe local, materializado na política pela figura do coronel. 
Trabalhe os conceitos de coronelismo, clientelismo e voto de cabresto. 
Imagem 1: Voto de cabresto 
 
Com a capacidade de exercer grande comando sobre os trabalhadores de suas terras, os 
coronéis formavam regimes e tributos em suas regiões, estabelecendo impostos cobrados sobre 
a população. Era também a partir de tal meio de controle que se formavam os traços pelos quais 
se desenhava toda a realidade da política nacional. Os coronéis, em acordo com os 
governadores, determinavam em quem seus comandados iriam votar. Como naquela época o 
voto não era secreto, os trabalhadores tinham medo de desobedecer às ordens dos coronéis com 
receio de sofrerem punições físicas ou perderem suas fontes de sobrevivência, era o 
chamado Voto de Cabresto. Desta forma, se dava a exclusão política e o controle dos espaços 
de representação da sociedade, período marcado por práticas autoritárias e violentas. 
Fonte: Silva, 2023. 
 
Peça aos estudantes que façam uma pesquisa sobre os aspectos econômicos, sociais e políticos da 
Primeira República no Brasil. 
Depois de concluída a pesquisa faça uma roda de conversa em sala de aula sobre os temas 
pesquisados. Coordene a discussão de forma que os estudantes façam uma comparação com os 
aspectos na Primeira República e com os momentos atuais. 
 
 
 
 
59 
 
Faça perguntas como: 
• Quais as mudanças e permanências nos três aspectos pesquisados? 
• Houve avanços ou retrocessos em alguns dos aspectos? 
• O que os governos atuais precisam fazer para melhorara qualidade de vida das pessoas? 
• Quais políticas públicas vocês atuais que vocês conhecem? 
• Quais deram certo? Quais deram errado? 
• O que vocês sugerem de políticas públicas para melhorar a saúde e a educação no Brasil, em 
Minas Gerais e na sua localidade? 
 
Depois de encerrado o diálogo na roda de conversa, projete ou dê cópias para a turma da síntese 
sugerida abaixo. Faça uma leitura compartilhada e se necessário explique as dúvidas que surgirem ao 
longo da leitura. Se você achar pertinente, peça aos estudantes que pesquisem sobre os movimentos 
sociais ocorridos na Primeira República para um maior aprofundamento e consolidação dos conteúdos. 
Aspectos econômicos 
▪ Um país majoritariamente rural; 
▪ Latifúndio; 
▪ Café como principal produto da pauta de exportação; 
▪ Outros produtos: açúcar, algodão, cacau, borracha; 
▪ Incremento da industrialização (Capitais oriundos do café - 1ª Guerra Mundial – 1914 a 
1918); 
▪ Indústria têxtil e alimentícia; 
▪ Principais polos urbanos – Rio de Janeiro e São Paulo. 
 
Aspectos sociais 
▪ Uma pequena elite formada, majoritariamente, de grandes proprietários; 
▪ População majoritariamente rural; 
▪ A população negra, seja no campo, seja na cidade, excluída dos princípios básicos da 
cidadania (trabalho, educação, voto, etc); 
▪ Uma população indígena extremamente marginalizada. Ausência da ideia da diversidade. 
Política de absorção à cultura dominante – Criação do Serviço de Proteção ao Índio - SPI 
1910; 
▪ Imigração em massa, principalmente, italianos. Crise europeia. Teorias racistas. Tentativa de 
branqueamento; 
▪ Incipiente classe média – profissionais liberais. População urbana; 
▪ Ausência de direitos – tanto de trabalhadores urbanos quanto rurais. “A questão social é uma 
questão de polícia” – Frase símbolo da Primeira República, atribuída ao Presidente 
Washington Luís. 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
Aspectos políticos 
▪ Baixa participação política – não há o voto feminino, analfabetos não votavam. 
▪ Prevalência dos mandatários locais – Coronéis; 
▪ Clientelismo, voto aberto e fraudes. 
▪ Política dos Governadores; 
▪ Política do café com leite; 
▪ Autonomia estadual – federalismo; 
▪ Semana de Arte Moderna: a busca por uma estética nacional; Antropofagia. 
Imagem 2: Abaporu (Obra de Tarsila do Amaral – 1928) 
 
Fonte: (Wikipedia, [2023]) 
 
Movimentos sociais: reação a uma sociedade excludente 
Movimentos Rurais 
▪ Canudos. 
▪ Contestado. 
Movimentos Tenentistas 
▪ 1922: 18 do Forte de Copacabana. 
▪ 1924: Revolta Paulista. 
▪ Coluna Prestes. 
Movimentos Urbanos 
▪ Revolta da Vacina. 
▪ Revolta da Chibata. 
▪ Movimento sindical: Anarcosindicalismo. 
▪ Greve Geral de 1917. 
▪ Fundação do Partido Comunista em 1922. 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
O fim da Primeira República - 1930 
▪ Mudanças estruturais: crescimento urbano e industrialização. 
▪ Contestações sociais: greves e movimentos sociais. 
▪ Novos atores na sociedade brasileira– surgimento da classe média e imigrantes. 
▪ Crise de 1929. 
▪ Ruptura da política do Café com Leite: formação da Aliança Liberal (Minas Gerais, Rio Grande 
do Sul e Paraíba (Getúlio Vargas e João Pessoa) X São Paulo (Júlio Prestes). 
 
Para finalizar e consolidar o tema deste 1º momento, construa junto com a turma um mapa mental. 
Deixo como exemplo o mapa abaixo. 
Imagem 3: Mapa Mental 
 Fonte: (Brasil Escola Uol, [2023]) 
 
 
 
 
62 
 
2º MOMENTO: A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918) 
Organização da turma A escolha do professor. 
Recursos e providências 
Texto impresso. 
Imagens. 
Computador, projetor e internet. 
 
Prezado professor (a)! 
Comece a aula falando dos objetivos propostos para desenvolver o tema, como: analisar a 1ª Guerra 
Mundial e sua importância para a História contemporânea, além de conhecer os principais fatos e 
características desse acontecimento histórico. Analisar suas consequências para o mundo, especialmente 
para o Brasil e refletir sobre o novo papel da mulher no pós-guerra. 
Questione os estudantes sobre como as populações são afetadas pelas guerras. Fale sobre as guerras 
atuais como a da Rússia contra a Ucrânia e a de Israel contra o Hamas. 
Para que os estudantes entendam melhor o conflito entre Israel e o Hamas e suas consequências para o 
Brasil, leia a reportagem abaixo: 
 O conflito entre Israel e Palestina pode ter impacto nas exportações brasileiras? 
Disponível em: https://www.prismajr.org/rela%C3%A7%C3%A3o-israel-e-palestina-e-as-
exporta%C3%A7%C3%B5es-brasileiras?gclid=CjwKCAiApuCrBhAuEiwA8VJ6JtYkM-
EkKUP_GghyGptZw2Tt6idjLCKmKWo_wW4rKjj6vhgnhHkQ2hoCPLsQAvD_BwE. 
Apresente também o podcast do professor Reginaldo Nasser “O conflito Israel- Palestina até aqui”, sobre 
origens e desdobramentos do conflito na Faixa de Gaza. 
Ressalte para a turma o quanto esses conflitos são desgastantes para os povos envolvidos devido a 
fatores como os racionamentos de comida, água, mortes de milhares de pessoas e destruição de 
campos e cidades. 
Mostre para os estudantes que a Primeira Guerra Mundial foi o primeiro combate no qual não bastou 
apenas a luta dos soldados, assim como acontece nos conflitos atuais, onde pessoas civis são 
convocadas e mortas nos confrontos. 
Fale que a tecnologia bélica disponível no início do século XX apresentava um enorme potencial de 
destruição. Os armamentos eram produzidos em uma escala industrial sem precedentes. Um conflito de 
proporções globais, como foi a Primeira Guerra, não poderia ter um resultado diferente e trágico, a não 
ser a devastação, a morte e ferimentos em milhões de pessoas. Apesar do seu fim, o sentimento de paz 
continuou distante. 
Para compreender toda a problemática da Primeira Guerra Mundial, vamos começar a estudar os 
antecedentes que levaram ao conflito. 
Dê cópias ou projete para os estudantes o texto abaixo. Depois faça a leitura e explique os antecedentes 
da guerra. Sugiro que busque imagens para ilustrar o período. 
 TEXTO: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: ANTECEDENTES ( ícone clicável) 
 
 
 
https://www.prismajr.org/rela%C3%A7%C3%A3o-israel-e-palestina-e-as-exporta%C3%A7%C3%B5es-brasileiras?gclid=CjwKCAiApuCrBhAuEiwA8VJ6JtYkM-EkKUP_GghyGptZw2Tt6idjLCKmKWo_wW4rKjj6vhgnhHkQ2hoCPLsQAvD_BwE
https://www.prismajr.org/rela%C3%A7%C3%A3o-israel-e-palestina-e-as-exporta%C3%A7%C3%B5es-brasileiras?gclid=CjwKCAiApuCrBhAuEiwA8VJ6JtYkM-EkKUP_GghyGptZw2Tt6idjLCKmKWo_wW4rKjj6vhgnhHkQ2hoCPLsQAvD_BwE
https://www.prismajr.org/rela%C3%A7%C3%A3o-israel-e-palestina-e-as-exporta%C3%A7%C3%B5es-brasileiras?gclid=CjwKCAiApuCrBhAuEiwA8VJ6JtYkM-EkKUP_GghyGptZw2Tt6idjLCKmKWo_wW4rKjj6vhgnhHkQ2hoCPLsQAvD_BwE
 
 
 
 
63 
 
3º MOMENTO: A REVOLUÇÃO MEXICANA – 1910 
Organização da turma A escolha do professor. 
Recursos e providências 
Textos impressos, caderno, livros didáticos, imagens. 
Computador, projetor, internet, celular, entre outros. 
 
Professor (a), explique para os estudantes os objetivos deste 3º momento, que consiste na 
compreensão do contexto histórico, político, cultural e social da Revolução Mexicana de 1910. É 
importante que eles compreendam o caráter indígena e rural envolvidos na revolução, tendo como 
líderes Emiliano Zapata e Pancho Villa. Ressalte para a turma as diferentes estratégias empreendidas no 
movimento e o lema da revolução: Terra e Liberdade. 
Peça aos estudantes que leiam individualmente o texto: 
 A Revolução Mexicana de 1910. 
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/revolucao-mexicana-
1910.htm. 
Entregue cópias para os estudantes do texto e peça que façam a leitura. 
Durante a leitura, é importante que os estudantes anotem no caderno as informações relevantes e os 
conceitos básicos encontrados no texto. 
 TEXTO: REVOLUÇÃO MEXICANA DE 1910 ( ícone clicável) 
Depois da leitura e anotações, divida a turma em grupos, e oriente-os a fazer uma segunda leitura do 
texto, compartilhando entre eles as anotações feitas e osconceitos levantados por cada um, para que 
elejam coletivamente as informações mais importantes, assim como os conceitos estruturantes para se 
compreender a Revolução Mexicana. Em seguida, solicite aos estudantes que montem um quadro com 
os tópicos abaixo e que pesquisem as informações e conteúdos sugeridos: 
 QUADRO: A REVOLUÇÃO MEXICANA ( ícone clicável) 
Depois da pesquisa e do quadro preenchido, faça uma roda de conversa e proponha uma discussão 
com a turma sobre o tema da Revolução Mexicana, levantando possíveis curiosidades ou dúvidas dos 
estudantes. Aproveite o momento para proporcionar um espaço coletivo de ensino e de 
aprendizagem e consolidar o conteúdo. 
Para encerrar este 3º momento, proponha uma atividade para casa. Os estudantes deverão fazer a 
produção de um texto, do gênero Carta, intitulada “carta de um revolucionário”. Oriente a turma que 
o autor deverá se colocar no papel de um combatente que escreve uma carta em que relata 
pensamentos, projetos e o cotidiano de luta. 
Na aula seguinte, peça que cada estudante leia a sua carta para os colegas. Faça as ponderações que 
achar pertinentes. 
PARA SABER MAIS... 
 Filme “Que viva o México!” – Sergei Eisenstein – (1931). 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0s0nTY9xrvs. 
 Vídeo “O Zapatismo em 15 questões” 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RvfPdIHoYYc. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/revolucao-mexicana-1910.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/revolucao-mexicana-1910.htm
https://www.youtube.com/watch?v=0s0nTY9xrvs
https://www.youtube.com/watch?v=RvfPdIHoYYc
 
 
 
 
64 
 
4º MOMENTO: A REVOLUÇÃO RUSSA - 1917 
Organização da turma A escolha do professor. 
Recursos e providências 
Lousa, livros didáticos, textos impressos, caderno, projetor, imagens de 
mapas, computador, tablet ou celular com acesso à internet, entre 
outros. 
 
Professor(a), trataremos neste 4º momento da Revolução Russa. O desenvolvimento deste objeto de 
conhecimento poderá ser feito interdisciplinarmente com a Filosofia e a Sociologia. Vamos desenvolver o 
tema, dividindo-o em etapas para melhor aproveitamento das aulas. Você poderá desenvolver da forma 
que melhor lhe convier e que melhor atenda as especificidades das suas turmas. 
ETAPA 1 
Comece retomando com a turma o contexto da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Peça aos 
estudantes que apresentem as características daquele período. Se necessário, consulte em livros ou na 
internet. Em seguida, inicie a discussão deste momento, estabelecendo o contexto político e social da 
Rússia czarista. 
Pergunte aos estudantes qual foi o papel da Rússia na Primeira Guerra Mundial. Lembre-os das razões 
pelas quais a Rússia saiu da guerra antes de seu término. 
Espera-se que os estudantes respondam que a saída da Rússia da Guerra se deu por causa do início da 
Revolução. Se necessário retome o conteúdo com a turma. 
Faça uma pequena introdução falando para os estudantes sobre a teoria político econômica criada por 
Karl Marx, no século XIX, o comunismo. Essa teoria prometia uma melhor divisão das riquezas entre as 
pessoas e que nesse novo modelo de sociedade, todos deveriam ser tratados como iguais. Ressalte que, 
se o comunismo embalava o sonho de intelectuais e de pessoas desfavorecidas, ele era considerado 
meramente utópico pelos seus críticos e pelos grandes capitalistas, que temiam perder os seus 
privilégios. 
Os sonhos dos comunistas de todo o mundo pareciam estar próximos de se tornar realidade na Rússia 
do início do século XX, onde os russos deixaram o comodismo de lado e tomaram as ruas do país para 
questionar a forma de governo autoritária (Czarismo) marcada pelo atraso tecnológico e pela presença 
de resquícios do feudalismo. 
Entregue cópias para os estudantes do texto adaptado “Revolução Russa” e peça que façam a leitura em 
casa e marquem os tópicos que acharem mais importantes do texto. 
 TEXTO: REVOLUÇÃO RUSSA ( ícone clicável) 
ETAPA 2 
Comece essa etapa pedindo aos estudantes que apresentem os pontos de destaque da leitura que 
fizeram em casa. Partindo das argumentações deles, apresente as razões da queda do regime czarista e 
a formação do governo provisório baseado em ideais democrático-liberais. Destaca-se o fato de que a 
manutenção da Rússia na guerra enfraqueceu o novo governo. Comente com a turma que a resposta 
bolchevique, presente em grande parte nas Teses de Abril, de Lênin, denunciava principalmente a 
manutenção da Rússia na guerra e a desigualdade fundiária, e propunha a entrega do poder aos 
sovietes. Essas demandas aproximaram o povo dos bolcheviques. 
 
 
 
 
 
65 
 
Pergunte aos estudantes qual foi o resultado desse processo. De acordo com as considerações deles, 
confirme que ocorreu um aumento do poder político dos bolcheviques, enquanto o governo provisório se 
enfraquecia, apoiado pelos mencheviques. Essa circunstância possibilitou a chamada Revolução de 
Outubro de 1917, liderada pelos bolcheviques com apoio de grupos sovietes. 
Apresente as medidas políticas adotadas pelo novo governo, como o confisco de terras da nobreza e da 
Igreja, a estatização de vários bancos e instituições industriais e o fim dos títulos e privilégios da 
nobreza. 
Em seguida, explique que a revolução bolchevique se consolidou, de fato, com a vitória na Guerra Civil 
Russa, entre 1918 e 1921. Fale da importância da vitória do chamado Exército Vermelho para a 
instalação do governo socialista na Rússia, nesses primeiros tempos sob liderança de Lênin. 
Para concluir essa etapa, apresente a conjuntura política da Rússia após a revolução e a formação da 
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em 1922. 
 Explique o que foi a Nova Política Econômica (NEP) e a estratégia leninista de reorganizar a economia 
do país, enquanto o Partido Comunista atuava como única liderança política. 
Peça aos estudantes que façam uma rápida pesquisa na internet, utilizando computadores da escola ou 
aparelhos celulares com acesso à rede, sobre a noção de “centralismo democrático” e a ideia de 
“unipartidarismo político”. 
Se possível, dependendo do tempo, cite exemplos de países que, no contexto contemporâneo, são 
governados por partido único, como a China, Coreia, Cuba e República Popular Democrática do Laos 
Para finalizar, projete ou forneça aos estudantes um mapa da Rússia pré-revolucionária e outro da União 
Soviética para que eles os comparem e possam verificar as mudanças territoriais provocadas pela 
revolução. 
 Imagem 8: Mapa da Rússia pré-revolucionária 
 
Fonte: (A história presente, 2010) 
Imagem 9: Mapa da União Soviética 
 
Fonte: (Toda Matéria, 2023) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
Monte com os estudantes as etapas do processo revolucionário na lousa, como no exemplo. 
 
▪ Revolução de Fevereiro de 1917: 
− pobreza e fome por conta da participação do país na Primeira Guerra Mundial; 
− protestos da população; 
− alianças dos grupos opositores ao czar; 
− instalação de um governo provisório; 
− manutenção da Rússia na guerra; 
− aliança entre bolcheviques e sovietes a partir das Teses de Abril, de Lênin. 
 
▪ Revolução de Outubro de 1917: 
− derrubada do governo soviético pelos bolcheviques, com apoio dos sovietes, e instalação de 
um regime socialista; 
− estatização dos meios de produção; 
− afastamento da Igreja do poder; 
− fim dos privilégios da nobreza. 
 
▪ Guerra Civil (1918-1921): 
− vitória do Exército Vermelho e consolidação da Revolução Bolchevique. 
 
▪ Formação da URSS (1922): 
− reorganização econômica do país (NEP) e liderança política única (Partido Comunista); 
− configuração territorial da URSS. 
 
ETAPA 3 
Para finalizar o 4º momento, apresente rapidamente o cenário político na União Soviética imediatamente 
após a morte de Lênin, especialmente tratando da disputa entre o projeto internacionalista trotskista e o 
projeto localista stalinista, com vitóriapolítica deste. 
Destaque para os estudantes o fato de que, apesar da vitória do projeto localista, grande parte da 
mobilização internacional de trabalhadores e dos comunistas passou a ter como objetivo instaurar uma 
revolução seguindo o modelo russo e implantar um sistema de governo com base no soviético. Esse 
ideário também afetou governos contrários à ideologia socialista a radicalizar suas políticas para “evitar” 
que ocorresse em seus países o que tinha se passado na Rússia. 
Em seguida, organize os estudantes em três grupos. Cada grupo deverá produzir um relatório em 
tópicos, de acordo com o modelo apresentado na lousa nas aulas anteriores, sobre um dos temas a 
seguir, associados ao governo de Stálin: 
▪ crise geral da NEP na virada para a década de 1930; 
▪ coletivização de terras e planos quinquenais; 
▪ grande expurgo aos opositores de Stalin. 
Oriente os estudantes na realização do trabalho. Fale que eles poderão utilizar o material didático 
disponível na escola e realizar pesquisas na internet. Se achar necessário, apresente a eles os 
referenciais para a realização de pesquisa na internet. 
Cada grupo terá 5 minutos para ler os tópicos de seu relatório. Anote na lousa cada um deles e, ao final, 
 
 
 
 
67 
 
debata com os estudantes questões relativas à ideia de “culto de personalidade” e à utilização pelo 
governo stalinista da propaganda como instrumento de dominação política, uma vez que Stálin tentou 
reconstruir a história da Revolução Russa para atender a seus interesses políticos e conseguiu controlar 
a narrativa oficial sobre os acontecimentos pesquisados pelos estudantes e apresentados em seus 
relatórios. 
Peça para a turma que, no debate/socialização, discutam a utilização da história como ferramenta de 
interesse político e a necessidade de conhecer diversas versões sobre os fatos para não ser manipulado. 
Ao produzir os relatórios sobre o período stalinista e debater aspectos como relações de poder, 
mudanças e manutenções de estruturas políticas e sociais, questionando e argumentando sobre 
documentos, interpretações e contextos históricos específicos, a atividade final contribui para que os 
alunos desenvolvam as Competências Específicas de História no 1 e no 3. 
 
PARA SABER MAIS... 
 Teste-quiz: O que você sabe sobre a Primeira República do Brasil? 
Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues. 
Disponível em: https://ensinarhistoria.com.br/teste-quiz-republica-velha/. 
 
 Dicas de filmes: 
“Sobreviventes: filhos da Guerra de Canudos” 
Direção: Paulo Fontenelle. 
País: Brasil. 
Ano: 2004. 
Duração: 78 minutos. 
O documentário reconstrói, por meio de depoimentos dos filhos de alguns sobreviventes da 
Guerra, a história do Arraial de Canudos. Entre os muitos relatos recolhidos, há uma 
interessante entrevista com Antônio de Isabel, único homem vivo que conheceu Antônio 
Conselheiro. Além da narrativa envolvente, o documentário conta ainda com uma excelente 
pesquisa histórica. 
 Sugestão de 23 filmes sobre a Primeira República. 
Disponível em:https://ensinarhistoria.com.br/23-filmes-sobre-a-republica-velha-1889-a-1930/. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ensinarhistoria.com.br/23-filmes-sobre-a-republica-velha-1889-a-1930/
 
 
 
 
68 
 
 ANEXO 
TEXTO: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: ANTECEDENTES 
Primeira Guerra Mundial: antecedentes 
 
▪ Belle Époque: período marcado, na Europa e EUA, pelo otimismo, pela intensificação da vida 
urbana, por inovações nas artes e nas ciências, no transporte e nas comunicações. 
▪ Imperialismo: busca por mercados e matérias primas; discurso sobre superioridade 
branca/ocidental; disputas por territórios. 
 
Mapa Domínios europeus no continente africano entre os séculos XIX e XX 
 
 
▪ Política de Alianças: as disputas e tensões no continente europeu fizeram com que buscasse 
alianças para se protegerem frente aos seus possíveis adversários. 
No decorrer da Guerra vão ocorrer alterações nessas alianças 
▪ Paz Armada: À medida que as tensões cresciam, as nações investiram mais na produção e no 
aperfeiçoamento de armas cada vez mais letais. 
 
Países que compuseram a Tríplice Aliança e Tríplice Entente na primeira Guerra 
 
 
 
As tensões nos Balcãs e o estopim da I Guerra 
▪ A região dos Balcãs combinava uma série de tensões nacionalistas, associada a interesses do 
Império Austro-Húngaro, Russo e Turco-Otomano. 
▪ O assassinato do herdeiro do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, foi o estopim 
para a I Guerra Mundial. 
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69 
 
1ª Guerra Mundial: o conflito 
▪ A Política de Alianças transformou um conflito local em uma Guerra Continental (Julho e 
Agosto/1914); 
▪ Império Austro-Húngaro declara guerra à Sérvia; 
▪ Rússia declara guerra ao Império Austro-Húngaro; 
▪ A Alemanha declara guerra à Rússia e à França; 
▪ Para atacar a França, a Alemanha invade a Bélgica; 
▪ A Inglaterra declara guerra à Alemanha. 
▪ 1ª Fase da Guerra: chamada de Guerra de Movimento – Invasão da França e batalhas na 
frente oriental; 
▪ Patriotismo e otimismo: a crença em um conflito rápido. 
 
Guerra de trincheiras (1915-1917) 
▪ Equilíbrio de forças na frente ocidental; 
▪ Guerra de trincheiras: poucos avanços e muitas mortes; 
▪ Derrotas russas na frente oriental; 
▪ Uma guerra disputada nos campos de batalha e na economia; 
▪ O otimismo dá lugar à tragédia. 
 
Primeira Guerra Mundial 
 
 
De cima para baixo, da esquerda para a direita: trincheiras na Frente Ocidental, avião bi-planador 
Albatros D.III, Tanque britânico Mark I cruza uma trincheira, metralhadora comandada por um 
soldado usando máscara contra gases e o fundamento do navio de guerra HMS Irresistible após bater 
em mina. 
 
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O conflito em 1917 e 1918 
▪ 1917 – Entrada dos EUA na Guerra – rompimento do equilíbrio; 
▪ 1917 – Revolução Russa; 
▪ 1918 - Rússia sai da Guerra; 
▪ 1918 – Rendição Alemã. 
 
Algumas consequências do conflito 
▪ Perdas humanas em uma escala inédita (+ de 20 milhões de perdas); 
▪ Alemanha é declarada culpada pela Guerra (Tratado de Versalhes); 
▪ Reconfiguração do mapa europeu: Fim dos Impérios Centrais; 
▪ A Revolução Russa; 
▪ O fortalecimento dos EUA; 
▪ Crise econômica na Europa, especialmente na Alemanha; 
▪ Nova inserção das mulheres no mercado de trabalho e a reivindicação por direitos (O 
movimento sufragista). 
 
Os tratados do pós-Primeira Guerra 
"A rendição alemã e a assinatura do Tratado dos “Catorze Pontos para a Paz” ou os 14 pontos de 
Wilson não selaram definitivamente as questões abertas com o conflito da Primeira Guerra. Algumas 
potências ainda buscavam um tratamento mais rigoroso às nações derrotadas na guerra, 
principalmente a Alemanha. Por isso, em 28 de junho de 1919, as principais nações vencedoras do 
conflito reuniram-se no Palácio de Versalhes, em Paris, para novas negociações de paz. 
Preocupados com a possibilidade de outra desgastante guerra, os Estados Unidos pleitearam a criação 
da Sociedade das Nações. Esse órgão teria caráter internacional e deveria julgar as tensões militares 
na esfera internacional. Por outro lado, França e Inglaterra queriam proteger seus interesses 
econômicos à custa dos povos vencidos. Os ingleses exigiam o controle sobre as colônias e rotas 
marítimas alemãs. Já a França pleiteava a reconquista da região da Alsácia-Lorena e o pagamento de 
indenização pela Alemanha." 
"Depois das negociações, o Tratado de Versalhes previa os benefícios e punições a cada um dos 
lados envolvidos na guerra. A Polônia foi colocada como um Estado independente e livre do anterior 
domínio russo. A França conseguiu reaver a região da Alsácia-Lorena. As colônias alemãs na África 
foram divididas entre ingleses, belgas e franceses. As colônias alemãs no Pacífico foramentregues ao 
domínio do Japão e da Inglaterra." 
(Veja mais sobre "Os tratados do pós-Primeira Guerra" em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/os-tratados-do-pos-
primeira-guerra.htm). 
Os reflexos da Guerra 
A Primeira Guerra Mundial provocou alterações significativas no panorama político-social mundial, e 
seus reflexos extrapolaram os prejuízos e mortes causados pelas batalhas. 
Os países europeus perderam o domínio sobre a economia mundial, dando espaço para os Estados 
Unidos, surgindo, portanto, uma nova potência. 
A influência cultural europeia sobre o resto do mundo também foi reduzida e os valores do 
eurocentrismo passaram a ser questionados. Razão, progresso e valorização da ciência foram 
colocados em dúvida depois de terem colaborado para uma Guerra tão destrutiva. 
 
 
 
 
71 
 
No campo social, uma mudança importante também ocorreu. A Guerra matou aproximadamente 10 
milhões de pessoas, a maioria homens entre 19 e 40 anos de idade. Esse fato fez com que se tornasse 
necessária ainda durante o conflito, a substituição da mão de obra masculina nas frentes de trabalho. 
As mulheres entraram de vez no mundo das fábricas, e, com o fim da Guerra, essa situação não se 
alterou. O papel feminino deixou de ser o de dona de casa e, com isso, novas necessidades 
surgiram. O movimento feminista também ganhou força na busca por direitos. Nos Estados Unidos, na 
Inglaterra e em outros países, surgiram as sufragistas, que lutavam, pelo direito ao voto da mulher. 
(Texto adaptado do Sistema de Ensino Bernoulli-Livro 2-Volume 1- História-9º ano-pág.22) 
E o Brasil? Como ficou durante e depois da 1ª Guerra? 
▪ O Brasil declara guerra à Alemanha, mas não chega a participar diretamente do conflito; 
▪ A Guerra incentiva a substituição de importações (industrialização); 
▪ Fortalecimento das lutas sindicais (greve de 1917 e fundação do Partido Comunista em 1922); 
▪ As mulheres lutam nas fábricas por melhores condições de trabalho e na política pelo direito de 
voto 1932/1934 – A conquista do direito ao voto. 
 
Mulheres: exclusão, lutas e conquistas 
▪ As condições das mulheres no Brasil das primeiras décadas do Século XX: negação da 
cidadania; 
▪ Lutas por direitos sociais e políticos: redução da jornada; igualdade na remuneração e direito 
ao voto; 
▪ Década de 30: a conquista do voto e a longa batalha pelo reconhecimento. 
 
Carlota Pereira de Queiroz, a única mulher da Assembleia Constituinte de 1934 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEXTO: REVOLUÇÃO MEXICANA DE 1910 
Revolução Mexicana de 1910 
No ano de 1910, o México se encontrava sob a liderança política de Porfírio Díaz, que havia implantado 
a ditadura no México no ano de 1876 a 1880 e de 1884 a 1911, permanecendo mais de trinta anos no 
poder. 
Durante a ditadura porfirista, prevaleceram as grandes propriedades de terra e a ausência de 
liberdades democráticas. Porfírio Díaz conduziu a classe latifundiária a assumir as ideias da burguesia 
norte-americana e europeia, negando todas as tradições indígenas mexicanas. A política de José 
Porfírio visou valorizar a entrada de capital estrangeiro para explorar os recursos minerais e vegetais e 
para fabricar produtos de exportação. 
A Revolução Mexicana teve como luta emblemática a busca pela revalorização da cultura indígena e a 
reforma agrária, ou seja, a distribuição de terras entre os camponeses. Essa necessidade de terras 
gerou o início da revolução que tinha como lema “Tierra y Libertad”. 
A desapropriação das terras camponesas se iniciou no período colonial (pelos colonos espanhóis) e 
continuou no século XIX (com os latifundiários). A situação se agravou na ditadura de Porfírio, 
culminando no ódio dos camponeses que viviam explorados. As pressões da população, da igreja e de 
uma elite que fazia oposição aumentaram. Não tendo mais saída, Porfírio Díaz renunciou. 
Após a renúncia de Porfírio, Francisco Madero, que era integrante de uma elite que fazia oposição ao 
governo anterior, assumiu o poder no México. Madero conquistou a população mexicana com 
promessas de reformas sociais que iriam diminuir a exclusão social – cerca de aproximadamente 70% 
da população mexicana era analfabeta. 
Com o passar do tempo, o novo governo não cumpriu com suas promessas, o que foi gerando 
insatisfação entre os camponeses que reivindicavam a posse da terra por meio da reforma agrária. 
Dois camponeses se destacaram na oposição ao governo de Madero: Emiliano Zapata e Francisco 
‘Pancho Villa’ (líderes revolucionários camponeses). 
Emiliano Zapata se opôs a vários governos sucessivos no México: primeiro, o governo de Madero; 
depois, o governo de Victoriano Huerta; e, por último, o governo de Venustiano Carranza. Zapata 
acusou Carranza de não cumprimento da reforma agrária, tão reivindicada pelos camponeses. No ano 
de 1911, lançou o Plano de Ayala, que reivindicava a reforma agrária mexicana. O documento se 
tornou um referencial para a luta pela terra na América Latina. 
Villa e principalmente Zapata, além da reforma agrária, tinham como meta o retorno às origens (uma 
revalorização da identidade indígena mexicana). Eles contestavam a transformação dos latifúndios em 
fazendas modernas (agroindústrias) e queriam a volta do antigo sistema indígena de comunidades 
coletivas (ejidos). 
No ano de 1913, Francisco Madero foi assassinado a mando de Victoriano Huerta, que instalou 
novamente a ditadura no México. O retorno à ditadura levou Villa ao norte, e Zapata ao sul, visando a 
organização de novos movimentos revolucionários contra as tropas federais. Com o aumento das 
pressões populares, Huerta renunciou em 1914, assumindo o poder em seu lugar, por indicação, 
Venustiano Carranza, apoiado pelos Estados Unidos. 
Uma nova Constituição foi promulgada no México no ano de 1917, o que levou Carranza às eleições 
presidenciais, sendo eleito presidente. Esse fato desagradou bastante as camadas populares e os 
camponeses, que continuaram os conflitos contra o governo central. Entretanto, depois da morte de 
Zapata, em 1919, e de Villa, em 1923, o movimento revolucionário perdeu força, abrindo as portas 
para a entrada do liberalismo com o apoio da elite proprietária de terras. 
 
Fonte: Carvalho, 2023. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/revolucao-
mexicana-1910.htm. 
 
 
 
 
73 
 
QUADRO: A REVOLUÇÃO MEXICANA 
A REVOLUÇÃO MEXICANA 
1. Contexto político, econômico e 
social do México e do mundo entre 
finais do século XIX e início do XX. 
 
2. Descrição da ditadura porfirista 
(Porfírio Díaz). 
 
3. Descrição da dicotomia: prospe-
ridade econômica X miséria; cres-
cimento econômico e insatisfação 
social. 
 
4. Descrição das diferentes estra-
tégias revolucionárias: no norte e 
no sul. 
 
5. Descrição dos princípios da revo-
lução: terra e liberdade. 
 
6. Descrição e síntese da Revolu-
ção Mexicana. 
 
7. Curiosidades e imagens das per-
sonalidades erevolução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
74 
 
TEXTO: REVOLUÇÃO RUSSA 
Revolução Russa 
No século XIX, a Rússia juntamente com a Inglaterra, França, Alemanha e a Áustria, era uma das 
maiores potências europeias. Porém, enquanto os outros países cresciam, faziam reformas e se 
industrializavam, a Rússia não se modernizava. 
A Rússia era considerada um país atrasado em relação aos demais. Sua economia baseava-se na 
agricultura. Os servos trabalhavam, mas os senhores feudais não tinham o menor interesse de 
modernizar as plantações. 
O país era governado pelo Czar (Imperador), que tinha poder absoluto, ou seja, todos estavam 
submetidos a ele, inclusive a Igreja Católica Ortodoxa. 
Entre os anos de 1854 e 1856, a Rússia entrou em guerra com a Inglaterra, França e Turquia (Guerra 
da Criméia), mas foi derrotada justamente por causa do atraso em que se encontrava o país. 
Então, o czar Alexandre II tomou algumas providências: 
- Aboliua servidão, vendeu terras aos camponeses e mandou ocupar novas áreas agrícolas. 
Tudo isso trouxe benefícios para o país que cresceu e se tornou exportador de grãos, além de ter 
favorecido o aumento da população. Esse aumento trouxe algumas consequências graves, como por 
exemplo, a dificuldade de encontrar emprego e a baixa produtividade agrícola gerando fome e 
revolta. 
A saída encontrada pelo governo foi estimular um programa de industrialização. O programa permitiu 
que muitos estrangeiros fossem para a Rússia e várias fábricas foram implantadas entre os anos de 
1880/1900 e com isso a Rússia apresentou as maiores taxas de crescimento industrial. 
Enquanto o país se modernizava o absolutismo continuava intacto e isso causava descontentamento 
entre a população que se unia cada vez mais. 
Em 1904 a Rússia se envolveu em uma guerra contra o Japão. Este conflito desorganizou a economia 
piorando a situação dos operários e camponeses. A humilhação da derrota acirrou os ânimos contra o 
czar. No ano seguinte, os habitantes saíram em uma passeata a fim de entregar um abaixo-assinado 
ao Imperador pedindo melhorias nas condições de vida e a instalação de um parlamento. O czar 
respondeu com um massacre promovido por suas tropas, aumentando ainda mais a revolta do povo. 
Apesar de tudo, ele fez algumas concessões e dentre elas estava a instalação do parlamento 
(Duma). 
Entre os anos de 1907 e 1914, a Rússia voltou a ter uma aparente tranquilidade, pois houve uma alta 
no crescimento industrial e os camponeses ganharam terras. 
Grande parte da oposição era socialista e se baseava nas ideias de Karl Marx. Eles acreditavam que 
todos os problemas do país só acabariam se o capitalismo fosse abolido e o comunismo fosse 
implantado. 
Os comunistas se dividiam em dois grupos: Bolcheviques e Mencheviques. 
- Bolcheviques: queriam derrubar o czarismo pela força e eram liderados por Lênin. 
- Mencheviques: propunham a implantação do socialismo através de reformas moderadas. 
Com o advento da Primeira Grande Guerra (1914) o povo russo se sentiu na obrigação de lutar, 
porém o combate trouxe algumas consequências como: desorganização da economia; fome, pobreza 
 
 
 
 
75 
 
e racionamento; saques, passeatas e protestos contra o czar e enfim, a renúncia do czar em 1917 
diante da pressão popular. 
A deposição do Imperador não trouxe tranquilidade aos russos, pelo contrário, o conflito passou a se 
dar entre os elementos da oposição. 
Com a derrubada do czar, o governo provisório (cujos membros se identificavam com os interesses 
da burguesia russa) assumiu o poder. Esse governo adotou algumas medidas, como: anistia para 
presos políticos; liberdade de imprensa e a redução da jornada de trabalho para 8h. 
Estas medidas agradaram à burguesia, mas os camponeses (queriam terras) e operários (queriam 
melhores salários) não gostaram. 
Os bolcheviques, aos poucos, se tornaram os porta-vozes de todas essas reivindicações. 
Os sovietes eram organizações políticas que nasceram no seio das camadas populares e 
representavam os interesses dos trabalhadores. Assim, havia os sovietes de operários, de 
camponeses e de soldados. Expressavam uma forma de poder popular em oposição ao governo 
provisório e se tornaram decisivos nos rumos políticos do país. 
Alguns grupos viam nos bolcheviques a solução pra diversos problemas. 
Lênin apoiado pelos sovietes e por uma milícia popular conquista a capital obrigando o governo 
provisório a renunciar e assumindo o governo em 1917. Eles acreditavam que só o comunismo 
poderia trazer felicidade para os russos. No poder, eles tentaram realizar e criar uma sociedade onde 
todos fossem iguais e livres. 
Para realizar esse sonho, foram tomadas várias medidas: 
- As terras da Igreja, nobreza e burguesia foram desapropriadas e distribuídas aos camponeses; 
- Quase tudo se tornou propriedade do estado (fábricas, lojas, diversões, bancos, entre outros). 
A ideia dessas medidas era criar igualdade entre os homens, pois, segundo o Marxismo, sem 
propriedade não haveria exploradores e explorados. 
Várias foram as dificuldades que surgiram durante o governo e o novo regime se tornava mais 
autoritário, distanciando cada vez mais o sonho de criar uma sociedade onde todos fossem livres e 
iguais. 
Em 1921, foi permitido ao povo a abertura de pequenos negócios, pois a sociedade precisava ser 
estimulada. Os camponeses voltaram a produzir para vender no mercado e as grandes empresas 
estatais passaram a considerar as necessidades de consumo do povo. 
Esta série de medidas ficou conhecida como Nova Política Econômica (NEP) e teve resultados 
satisfatórios no campo econômico, porém no campo social não foi tão bom assim. 
No campo, surgiram camponeses ricos que pagavam um salário para outros camponeses. Para os 
comunistas essa atitude representava a volta da exploração capitalista. 
Nas cidades, os grandes empresários lucravam com essa nova economia e isso fortaleceu o 
aumento das desigualdades sociais. 
Em termos políticos, o poder ficou nas mãos do Partido Comunista. Outros partidos (inclusive os 
demais partidos comunistas) e os sindicatos foram proibidos de funcionar. 
Após a morte de Lênin, Trotsky (chefe do exército) e Stálin foram os dois líderes que disputaram o 
poder. Stálin saiu vencedor. 
 
 
 
 
76 
 
Decidido a industrializar o país, ele só podia contar com dinheiro que vinha da agricultura, já que não 
podia fazer empréstimos internacionais por causa da pobreza em que o país se encontrava. 
Para aumentar a produtividade, foram criadas as fazendas coletivas e muitos camponeses foram 
obrigados a entregar o gado e as terras ao estado para trabalharem (contra a vontade) nestas 
fazendas. 
Nas fábricas, os operários foram proibidos, sob ameaça de morte, de fazer greve ou mudar de 
emprego. Apesar disso, as metas de Stálin foram alcançadas e a União Soviética passou por um 
processo de modernização e industrialização. Porém, o totalitarismo implantado por Stalin na URSS 
mantinha um rígido controle sobre a imprensa e a cultura em geral. 
Texto adaptado: Gomes. 2023. Info Escola. Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/revolucao-russa/. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.infoescola.com/historia/revolucao-russa/
 
 
 
 
77 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos 
local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos 
epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em 
relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos 
e fontes de natureza científica. 
Competência 6: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e 
fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, 
autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Crise de 1929 e a 
ascensão do totalitarismo. 
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor 
argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, 
ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de 
dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos 
filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, 
mapas, tabelas, tradições orais, entre outros). 
(EM13CHS602) Identificar e caracterizar a presença do paternalismo, do 
autoritarismo e do populismo na política, na sociedade e nas culturas 
brasileira e latino-americana, em períodos ditatoriais e democráticos, 
relacionando-os com as formas de organização e de articulação das 
sociedades em defesa da autonomia, da liberdade, do diálogo e da 
promoção da democracia, da cidadania e dos direitos humanos na 
sociedade atual.PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: A Crise de 1929 e a ascensão dos Regimes Totalitários. 
A) APRESENTAÇÃO: 
Professor (a), este planejamento tem o objetivo de auxiliar o estudante a compreender e analisar o 
impacto da crise econômica de 1929 sobre a economia e o agravamento dos problemas sociais, como o 
aumento da pobreza entre os norte-americanos. O estudante conhecerá os motivos para o surgimento 
da crise, as soluções encontradas pelo governo estadunidense para recuperar a economia do país e a 
importância desse evento para o fortalecimento dos regimes totalitários na Itália e na Alemanha. Ao final 
eles deverão compreender as causas e consequências da crise econômica de 1929, além de relacionar 
as dinâmicas e crises do capitalismo com as duas grandes guerras mundiais. 
A consolidação da habilidade (EM13CHS103) prevê que o estudante seja capaz de selecionar 
evidências para elaborar hipóteses e compor argumentos relativos a processos políticos, econômicos, 
sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de 
diversas naturezas. No que se refere especificamente ao contexto da crise de 1929, eles precisam ser 
capazes de relacionar o contexto econômico e político do início do século XX com a eclosão da crise, 
além de caracterizar o cenário sociopolítico que deu origem aos Estados totalitários na Itália e na 
Alemanha no início do século XX. 
Eles deverão compreender criticamente a transformação do capitalismo a partir das transformações da 
sociedade urbano-industrial selecionando evidências para elaborar hipóteses e argumentos relativos aos 
problemas sociais como desigualdade de renda e outras questões sociais da contemporaneidade. É 
necessário também que eles saibam diferenciar opinião e senso comum para reconhecer o que é e o 
 
 
 
 
78 
 
que não é uma fake News. 
A proposta do trabalho com a habilidade (EM13CHS602) é que o estudante identifique e caracterize o 
paternalismo, o autoritarismo e o populismo na política, na sociedade e na cultura brasileira em períodos 
ditatoriais e democráticos. 
O objetivo é que os estudantes possam compreender os efeitos (consequências) políticos, econômicos e 
sociais sofridos pelo Brasil a partir do desencadeamento da crise econômica de 1929, especialmente no 
que concerne aos problemas enfrentados pelo setor cafeeiro, principal base da economia brasileira até 
aquele momento. Neste sentido, você professor (a), deve se colocar como um intermediário do processo 
de aprendizagem, mediando a construção do conhecimento histórico em sala de aula, fornecendo os 
subsídios necessários, para que os estudantes consigam refletir criticamente com base nas fontes 
históricas e seu conhecimento prévio sobre o assunto (consciência histórica), de modo que consigam 
compreender de que modo a economia brasileira foi afetada nas esferas política e social, especialmente 
porque a base econômica da sociedade era movida pelo processo produtivo e comercial do café. 
Ressalto que as habilidades aqui trabalhadas deverão ser desenvolvidas ao longo de todo o ano, pois 
nestes planejamentos elas não serão contempladas em sua totalidade. 
Este planejamento será dividido em dois momentos. 
Bom trabalho! 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO: A CRISE DE 1929 E A ASCENSÃO DO TOTALITARISMO 
Organização da turma A escolha do professor. 
Recursos e providências 
Texto impresso, livro(s), caderno, projetor, computador, tablet ou 
celular com acesso à internet, imagens. 
 
Professor(a), para um melhor desenvolvimento e compreensão dos objetos de conhecimento, este 1º 
momento deste planejamento será dividido em quatro etapas. Ressalto que as etapas poderão ser 
aplicadas na totalidade ou modificadas/ajustadas conforme o seu planejamento ou conveniência 
pedagógica das suas turmas, utilizando o número de aulas necessárias para o desenvolvimento do 
objeto de conhecimento. 
O objetivo deste 1º momento é abordar o funcionamento geral dos Estados totalitários do século 
passado, assim como os mecanismos de abuso de poder que seus líderes utilizavam para suprimir 
dissidentes e se manter no poder. Durante o seu desenvolvimento vamos estabelecer diálogo com a 
realidade contemporânea, em vista da crescente emergência de movimentos que se associam com a 
ideologia fascista. 
 
ETAPA 1 
Inicie esta etapa pedindo aos estudantes que procurem no dicionário ou na internet o significado da 
palavra “intolerância”. 
Em seguida, faça uma discussão com a turma sobre o conceito de intolerância, relacionando-o aos 
chamados Estados totalitários. 
Organize os estudantes em grupos de até quatro integrantes e solicite a eles que pesquisem notícias e 
relatos sobre casos de preconceito e violência dirigidos a grupos historicamente marginalizados, como os 
 
 
 
 
79 
 
negros, indígenas, mulheres, pessoas LGBTQIAP+ e imigrantes. 
Cada grupo deve debater as notícias e relatos encontrados, pensando em ações importantes para 
diminuir ou impedir essas ações violentas e/ou preconceituosas. É provável que a maioria dos 
estudantes traga casos ocorridos no Brasil para a discussão. Se for o caso, apresente reportagens que 
exemplifiquem a xenofobia e a islamofobia na Europa e no Ocidente como um todo. Ressalte que na 
última década, três crises migratórias foram sobressalentes: a dos haitianos a partir de 2010; a dos 
sírios a partir de 2015; a dos venezuelanos a partir de 2018. 
Após o debate, os grupos devem apresentar suas conclusões para os demais colegas, ouvindo e 
discutindo o que os outros grupos produziram. Faça a mediação do debate, servindo como ponto de 
apoio para as discussões. 
Paralelamente, procure resgatar os conhecimentos prévios dos estudantes, especialmente sobre o 
contexto da virada do século XIX para o XX e o panorama político e econômico do Ocidente: a Primeira 
Guerra Mundial, a Revolução Russa e os problemas políticos, econômicos e sociais nesse período. 
É importante que os estudantes estejam cientes do intenso impacto causado pela Primeira Guerra 
Mundial, que deixou a maior parte da economia europeia fragilizada, mas alçou os Estados Unidos como 
grande potência industrial. 
Feche a discussão mostrando que esse contexto criou um cenário no qual grupos políticos que 
defendiam um nacionalismo radical e a eliminação de grupos rivais ganharam força, especialmente nos 
países derrotados na Primeira Guerra Mundial ou fragilizados após o conflito, iniciando-se uma onda de 
intolerância e perseguição nos anos seguintes. 
Depois da sua explanação, pergunte para a turma: 
• Como evitar acontecimentos como esses no contexto atual, onde presenciamos duas guerras que 
afetam milhares de pessoas na Europa e no Oriente Médio? 
• Podemos lutar contra a intolerância e o desrespeito às diferenças? Cite exemplos de ações que 
podemos tomar para combater a intolerância e o desrespeito entre as pessoas, nações e cidades. 
• De que forma, nós cidadãos podemos atuar neste momento de tensões e guerras para 
ajudarmos o próximo, mesmo estando distante? 
Não há respostas prontas para essas perguntas. 
O objetivo é promover nos estudantes a reflexão e exercitar, como sugerido no CRMG e na BNCC, a 
empatia, o diálogo e o respeito às diferenças, com a intenção de torná-los sujeitos autônomos, críticos e 
capazes de dialogar sobre os temas presentes na contemporaneidade à luz dos acontecimentos 
passados. 
 
Como tarefa de casa, solicite a leitura dos textos abaixo que serão utilizados nas atividades propostas 
para os estudantes. 
 
 TEXTO: AMERICAN WAY OF LIFE ( ícone clicável) 
 CRISE DE 1929 ( ícone clicável) 
 TEXTO: O QUE FOI O NEW DEAL ( ícone clicável) 
 
 
 
 
80 
 
ETAPA 2 
Comece essa etapa fazendo uma contextualização dos anos 1920. Ressalte para a turma a questão do 
crescimento econômico acelerado nos Estados Unidos e a impressão generalizada de prosperidade 
financeira para o povo americano. (o período ficou conhecidocomo “loucos anos 20”). 
Explique que o resultado da rápida industrialização foi um boom de superprodução e a consequente 
desvalorização dos manufaturados, causando uma crise deflacionária. Esse fator, associado à 
especulação no mercado de ações, que supervalorizava papéis de indústrias que não tinham lucro ou 
estavam à beira da falência, causou a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929. 
Para a consolidação do tema, peça para a turma que cite os tópicos que mais chamaram a atenção deles 
na leitura dos textos que fizeram em casa. 
Se achar necessário, anote na lousa os tópicos citados e vá fazendo a contextualização dos mesmos. 
Segue alguns exemplos: 
 
− otimismo econômico após a Primeira Guerra Mundial nos Estados Unidos (“loucos anos 20”); 
− superprodução industrial; 
− desvalorização generalizada de produtos; 
− crise deflacionária; 
− quebra da Bolsa de Valores de Nova York. 
− salários estagnados; 
− desemprego; 
− New Deal, entre outros. 
 
Explique que a depressão generalizada não afetou somente os Estados Unidos, mas também a América 
Latina e grande parte da Europa Ocidental, que tinham o país da América do Norte como principal 
credor e parceiro comercial. Com isso, a década de 1930 se iniciou com uma recessão econômica 
generalizada. 
Em seguida, ressalte o fato de que após esses acontecimentos houve uma importante mudança de 
paradigma na interpretação econômica do capitalismo, e a intervenção estatal passou a ser considerada 
uma resposta válida para cenários de crise. Nesse sentido, explique aos estudantes o advento do 
chamado keynesianismo e da aplicação das ideias do economista britânico John Maynard Keynes na 
política do New Deal durante o governo de Franklin Roosevelt, nos Estados Unidos. 
Ressalte também o fato de que a participação do Estado na economia possibilitou a correção necessária 
para a recuperação econômica após a crise de 1929. 
 
ETAPA 3 
Comece essa etapa pedindo aos estudantes que pesquisem em dicionário ou na internet o significado de 
“totalitarismo e de autoritarismo”. Anote na lousa os seus significados. 
 
▪ Totalitarismo – condicionamento e controle dos indivíduos por parte do Estado, destituindo-os de 
direitos. Exemplos: stalinismo soviético, fascismo italiano, nazismo alemão. 
▪ Autoritarismo – Estado forte e ditatorial, mas que não impõe uma ideologia nem o controle total 
sobre o indivíduo. Exemplos: salazarismo português, franquismo espanhol. 
 
 
 
 
81 
 
Em seguida, peça a turma para caracterizar um Estado totalitário. 
Explique que o Estado totalitário “condiciona e coisifica” o indivíduo, destituindo-o de autonomia e 
direitos, e subordinando-o aos ditames do governo. Em seguida, discuta com os estudantes o contexto 
geral do pós-guerra, marcado pelo sacrifício de muitas vidas e pela destruição da economia europeia, 
que favoreceu a formação de movimentos políticos de caráter autoritário e antidemocrático. 
Exemplifique, então, o cenário do desenvolvimento do fascismo italiano. Explique para os estudantes 
que o ingresso tardio da Itália na Entente impediu a compensação territorial desejada pelo país. 
Comente, ainda, a crescente crise econômica que assolou a península no contexto do pós-guerra (vale 
lembrar aos estudantes a natureza tardia da unificação do Estado italiano e como isso afetou o 
desenvolvimento econômico do país). 
Relacione esse cenário com a organização do Partido Nacional Fascista e sua eventual consolidação na 
Marcha sobre Roma, assim como a deposição do rei Vítor Emanuel III e a ascensão de Benito Mussolini 
ao poder, conhecido pelo epíteto de Il Duce. 
Descreva a natureza conservadora e nacionalista da gestão de Mussolini, que se associava à burguesia 
tradicional italiana e à Igreja para tentar assegurar o poder do partido. É importante também ressaltar o 
corporativismo do Estado fascista italiano, que favorecia membros do partido em questões executivas 
e/ou sindicais. 
 
ETAPA 4 
Nesta etapa falaremos sobre a emergência do nazismo na Alemanha. 
Faça uma tempestade de ideias para que a turma possa expor seus conhecimentos prévios acerca do 
tema. Encoraje a utilização de exemplos de manifestações contemporâneas do nacional-socialismo, 
como as dos grupos xenófobos de extrema direita no Leste Europeu e as manifestações de 
Charlottesville, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, ocorridas em 2017. 
Se achar viável, projete os textos abaixo: 
 Xenofobia na Europa 
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/xenofobia-na-europa.htm. 
 Manifestação em Charlottesville e a questão racial nos Estados Unidos. 
Disponível em:https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/atualidades/manifestacao-charlottesville-
questao-racial-nos-estados-unidos.htm. 
Discuta com a turma o impacto do paradigma do nazismo na contemporaneidade e o fato de que o 
entendimento histórico acerca de sua natureza é importante para combatê-lo. 
Retome com os estudantes o tema da Alemanha nas etapas finais da Primeira Guerra Mundial. Fale que 
a França e a Grã-Bretanha responsabilizaram o Estado alemão quase integralmente pelo conflito, 
segundo as cláusulas do Tratado de Versalhes, em 1919. 
Dessa forma, o recém-estabelecido governo da República de Weimar encontrava muita dificuldade para 
reconstruir o país no cenário do pós-guerra, e o sentimento de revanchismo entre a população se 
tornava cada vez mais intenso, incentivado pela crise política e econômica do início do século, 
conjuntura que contribuiu para a ascensão do Partido Nazista na Alemanha. 
 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/xenofobia-na-europa.htm
https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/atualidades/manifestacao-charlottesville-questao-racial-nos-estados-unidos.htm
https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/atualidades/manifestacao-charlottesville-questao-racial-nos-estados-unidos.htm
 
 
 
 
82 
 
Diferenças entre fascismo e nazismo 
Fascismo como sistema de governo 
O fascismo foi um movimento político que nasceu na Itália, após a crise deixada na Europa pela 
Primeira Guerra Mundial. Em 1922, Benito Mussolini fundou o Partido Nacional Fascista, cujos 
princípios eram fundamentalmente autoritários, imperialistas, antiliberal e antidemocrático. 
Com raízes totalitárias, o movimento fascista acreditava no poder centralizado, em que apenas uma 
pessoa poderia tomar decisões, sendo colocada em uma posição de idolatria por toda a população 
sem sofrer julgamentos ou críticas. 
Neste regime, os líderes poderiam controlar e fiscalizar toda a comunicação de massa, disseminando 
ideologias e impedindo que fossem divulgadas críticas ao seu governo. A oposição e os inimigos do 
regime eram brutalmente ameaçados e perseguidos por meio de violência, prisão, tortura e até a 
morte. 
Além dessas características, o governo fascista visava a expansão de seu poder por meio de conflitos 
internacionais. Entre seus objetivos estavam conquistar novos territórios, ampliar sua força e investir 
em força bélica, armas e equipamentos de guerra. 
 
O que é nazismo? 
Regime nazista surgiu na Alemanha com a ascensão de Adolf Hitler e o Partido Nacional Socialista dos 
Trabalhadores Alemães ao poder, de 1933 a 1945. Sua corrente de pensamento baseava-se no 
totalitarismo e antissemitismo, o que daria início a Segunda Guerra Mundial e geraria o maior 
extermínio étnico da história, o Holocausto. 
Diferente do fascismo, as principais raízes do nazismo era sua corrente de pensamento que acreditava 
no racismo científico: crença que defendia a existência de raças de seres humanos superiores a 
outras, levando em consideração fatores étnicos, raciais e socioculturais. 
Durante o regime nazista, Hitler e seus seguidores pregavam que a “raça ariana” e alemã, era 
superior as outras, e portanto, todas as outras nações deveriam se curvar. Crendo nisso, o regime 
alemão procurava se expandir por outros territórios da Europa e combatero que eles acreditavam ser 
o seu maior inimigo: os judeus. 
Mesmo com o termo “Socialista” utilizado no nome do partido nazista, o conceito empregado por 
Hitler se diferenciava do de Karl Marx, que era judeu. O “socialismo” de Hitler tratava-se da exaltação 
do nacionalismo e do Estado alemão. 
A luta de classes defendida pelo socialismo de Marx, era uma corrente de pensamento contrária ao 
que os nazistas acreditavam. Os nazistas defendiam força e controle do Estado, acima de tudo e 
todos, mas ainda assim defendendo unidades privadas. 
Fonte: Gonçalves, 2021. Fundação 1º de Maio. Disponível em: https://www.fundacao1demaio.org.br/diferencas-entre-
fascismo-e-nazismo/. 
 
Em seguida, fale da nomeação de Hitler ao cargo de chanceler, após a vitória dos nazistas na eleição 
para o Reichstag em 1932. Explique a ideologia hitlerista sobre superioridade racial ariana e a 
lebensraum, a necessidade de um “espaço vital” para o desenvolvimento do Reich alemão. 
Caracterize o Estado nazista como o exemplo mais típico do totalitarismo, conforme discutido 
anteriormente, com intensa perseguição política, controle da polícia e da burocracia e funcionamento de 
um aparato de propaganda preparado para ser o sustentáculo ideológico do regime. 
Por fim, num exercício de história comparada, trate com a turma as questões relativas ao autoritarismo 
na Península Ibérica: o salazarismo português e o franquismo espanhol. 
 
 
 
 
83 
 
Salazarismo português Franquismo espanhol 
Fale sobre as questões relativas à 
emergência do movimento republicano 
em Portugal, a participação dos grupos 
nacionalistas católicos e a questão da 
manutenção dos domínios coloniais 
africanos, que levaram à ascensão de 
Antônio de Oliveira Salazar ao poder. 
 
 
 
 
Para aprofundar sobre o tema, acesse o endereço 
disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/salazaris
mo.htm. 
Ressalte o contexto espanhol, abordando principalmente a 
Guerra Civil Espanhola, que militarmente serviu como uma 
espécie de “campo de treinamento” para a Luftwaffe. 
Comente que a participação nazifascista foi instrumental 
para a ascensão dos grupos nacionalistas ao poder, 
representados pelo general Francisco Franco. Caracterize o 
regime franquista como nacionalista e conservador, 
atrelado a grupos religiosos e tradicionais, marcado pelo 
anticomunismo e pela intensa perseguição a opositores do 
regime. 
 
Para aprofundar sobre o tema, acesse o endereço disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/franquismo.htm#:~:text=Fran
quismo%20foi%20um%20regime%20totalit%C3%A1rio%20de%20car
%C3%A1ter%20nazifascista%20fundado%20pelo,anos%20de%20193
4%20e%201935. 
 
Por fim, retome com a turma os mecanismos gerais utilizados pelos Estados totalitários e a importância 
de conhecer seu funcionamento para identificá-los e impedir seu desenvolvimento. 
Proponha, então, aos estudantes a realização de atividades de aprofundamento desse conteúdo, com 
análise de imagens (como cartazes de propaganda que ressaltavam a figura do líder) e de textos, que 
podem ser fontes primárias (como um trecho do livro Minha luta, de Hitler) ou de especialistas sobre o 
assunto. De acordo com o tempo disponível, essa atividade pode ser realizada em sala de aula, com 
correção coletiva, ou em casa, com posterior correção individual. 
Peça, ainda, aos estudantes que produzam individualmente uma dissertação utilizando os referenciais 
propostos nas “atividades recorrentes” do “Plano de Desenvolvimento” sobre a relação entre as crises 
econômicas e políticas e o aumento da intolerância e da xenofobia em uma sociedade. 
Espera-se que, além de basear suas opiniões e comentários em dados de fonte confiável, eles concluam 
que não se justificam ações violentas como resposta a qualquer tipo de crise, propondo ações que levem 
ao entendimento comum e à tolerância. 
 
2º MOMENTO: A CRISE DE 1929 E SEUS EFEITOS NO BRASIL 
Organização da turma A escolha do professor. 
Recursos e providências 
Texto impresso, Projetor, computador, internet, celular, imagens, 
entre outros. 
 
Professor (a)! 
Neste 2º momento, trataremos da Crise de 1929 e seus efeitos políticos, econômicos e sociais no Brasil. 
A sugestão é que você estimule os estudantes a serem protagonistas durante o desenvolvimento do 
conteúdo e das atividades, levando-os à reflexão crítica e autônoma, de forma que estejam sempre no 
centro do processo de aprendizagem, exercendo assim o seu protagonismo e sua atitude pesquisadora e 
historiadora. 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/salazarismo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/salazarismo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/franquismo.htm#:~:text=Franquismo%20foi%20um%20regime%20totalit%C3%A1rio%20de%20car%C3%A1ter%20nazifascista%20fundado%20pelo,anos%20de%201934%20e%201935
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/franquismo.htm#:~:text=Franquismo%20foi%20um%20regime%20totalit%C3%A1rio%20de%20car%C3%A1ter%20nazifascista%20fundado%20pelo,anos%20de%201934%20e%201935
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/franquismo.htm#:~:text=Franquismo%20foi%20um%20regime%20totalit%C3%A1rio%20de%20car%C3%A1ter%20nazifascista%20fundado%20pelo,anos%20de%201934%20e%201935
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/franquismo.htm#:~:text=Franquismo%20foi%20um%20regime%20totalit%C3%A1rio%20de%20car%C3%A1ter%20nazifascista%20fundado%20pelo,anos%20de%201934%20e%201935
 
 
 
 
84 
 
O objetivo central da(s) aula(s) é que os estudantes possam compreender os efeitos (consequências) 
políticos, econômicos e sociais sofridos pelo Brasil a partir do desencadeamento da crise econômica de 
1929, especialmente no que concerne aos problemas enfrentados pelo setor cafeeiro, principal base da 
economia brasileira até aquele momento. E, para tanto, será utilizada a imprensa como fonte de análise 
privilegiada da representação destes efeitos. 
ETAPA 1 
Dê uma cópia do texto “Crise de 1929: impactos no Brasil”, para os estudantes. Peça que façam 
individualmente a leitura e marquem os pontos que acharem mais importantes. Em seguida, faça uma 
discussão sobre o tema do texto. Incentive a participação de toda a turma. 
 TEXTO: CRISE DE 1929: IMPACTOS NO BRASIL ( ícone clicável) 
 
ETAPA 2 
Nesta etapa, vamos trabalhar com charges e imagens. 
Apresente ou projete imagens de charges sobre os impactos da Crise de 1929 no Brasil para a turma. 
Peça que analisem as mesmas. Durante a análise dos estudantes, faça as interferências que se fizerem 
necessárias para melhor consolidação do conteúdo estudado. Procure abordar os aspectos políticos, 
econômicos e sociais. 
 CHARGES ( ícone clicável) 
 
ETAPA 3 
Nesta etapa vamos trabalhar uma notícia de jornal retratando a Crise de 1929, para aprofundar e 
consolidar o conteúdo. 
Separe a turma em grupos de quatro alunos, de forma que possam se ajudar mutuamente. 
Oriente-os a fazer a leitura da notícia e em seguida a discutirem sobre o tema buscando o diálogo, o 
compartilhamento de conhecimento e, claro, respeitando as ideias e opiniões dos colegas, mesmo que 
elas sejam divergentes. 
 
Entregue cópias ao grupo ou projete em data show, trechos da notícia “Crise de 1929 atingiu 
economia e mudou a ordem política no Brasil”, disponível no endereço eletrônico 
https://m.folha.uol.com.br/mercado/2009/10/642391-crise-de-1929-atingiu-economia-e-mudou-a-
ordem-politica-no-brasil.shtml?loggedpaywall#_. 
 
 TEXTO: CRISE DE 1929 ATINGIU ECONOMIA E MUDOU A ORDEM POLÍTICA NO 
BRASIL ( ícone clicável) 
 
Quando os grupos terminarem a análise e discussão da notícia, projete ou escreva na lousa a pergunta 
abaixo e peça que respondam no caderno. Ressalte para a turma que eles podem e devem responder 
utilizando o conhecimento adquirido anteriormente na análise das charges. Se achar necessário, 
determine um tempo para essa atividade. 
 
https://m.folha.uol.com.br/mercado/2009/10/642391-crise-de-1929-atingiu-economia-e-mudou-a-ordem-politica-no-brasil.shtml?loggedpaywall#_https://m.folha.uol.com.br/mercado/2009/10/642391-crise-de-1929-atingiu-economia-e-mudou-a-ordem-politica-no-brasil.shtml?loggedpaywall#_
 
 
 
 
85 
 
Quais as consequências que o Brasil sofreu após a Crise de 1929? 
 
Espera-se que os estudantes consigam relacionar as consequências (efeitos) políticos, econômicos e 
sociais que o Brasil sofreu com a crise econômica de 1929 que abalou o mundo todo. 
Eles devem perceber que um dos principais efeitos sofridos pelo país naquele momento foi em relação 
ao mercado do café, que era o principal produto da pauta de exportação do país, e que, em virtude da 
queda de seu preço no mercado internacional, bem como na demanda pelo produto, o Brasil foi 
fortemente afetado. Esta seria uma das principais consequências na esfera econômica. 
Já no campo político, os estudantes devem apontar para o fato de que, com a crise, haverá o 
enfraquecimento da oligarquia cafeeira de São Paulo, que dentre outros fatores irá perder o poder com 
a Revolução de 1930, sofrendo grande perda de sua hegemonia política, tendo em vista a diminuição de 
seu poder econômico. 
Neste sentido, é preciso que os estudantes consigam enxergar as consequências econômicas, políticas e 
sociais geradas pela grande Depressão de 1929 que afetou o Brasil, mas, sobretudo, estabelecer a 
relação entre o que o problema econômico conseguiu interferir na esfera política. 
Para finalizar a etapa, peça aos grupos que escrevam uma breve notícia retratando os efeitos políticos, 
econômicos e sociais sofridos pelo Brasil com a Crise de 1929, dando destaque especial para as 
consequências que atingiram a economia cafeeira e ao fim da República Velha. 
Em seguida faça a socialização das notícias entre os grupos. Faça interferências sempre que achar 
necessário, inclusive fazendo rememoração das etapas anteriores. 
 
ETAPA 4 
Professor (a), se for conveniente pedagogicamente e você achar pertinente, faça um trabalho 
interdisciplinar com a área de Linguagens, no que tange às regras da escrita de manchetes/reportagens 
sobre a Crise de 1929 e seus impactos no Brasil. Numa parceria com os professores de Língua 
portuguesa peçam que façam a correção e que os orientem sobre as normas específicas desse tipo 
textual. Depois de corrigidas, a sugestão é que as notícias possam ser fixadas em um mural no pátio da 
escola para que todas as turmas tenham acesso à exposição e possam compartilhar da criação dos 
grupos. 
 
PARA VOCÊ SABER MAIS... 
Sobre a Crise de 1929, consulte: 
 HOBSBAWM, Eric. Rumo ao abismo econômico. In:___. A era dos extremos - o breve século XX 
(1914-1991). 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.p. 90-112. 
 SANT’ANNA, Ivan. 1929 Quebra da Bolsa de Nova York: a história real dos que viveram um dos 
eventos mais impactantes do mundo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. 
 SILVA, Daniel Neves. Crise de 1929. 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise29.htm. 
Sobre os efeitos da Crise de 1929 no Brasil, consulte: 
 FURTADO, Celso. Os mecanismos de defesa e a crise de 1929. Formação econômica do Brasil. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 263-273. 
 
 
 
 
 
86 
 
 ANEXO 
TEXTO: AMERICAN WAY OF LIFE 
American Way of Life 
● O American Way of Life surgiu no período entre guerras (1918-1939), com base no vertiginoso 
aumento da produção industrial estadunidense, no grande sentimento de euforia pelo término da 
Primeira Guerra mundial (1914-1918) e na promoção do incentivo ao consumismo no país. 
● Com base nas ideias de trabalho, liberdade, consumo, privacidade e nas promessas de progresso 
e felicidade, o modelo estabeleceu os valores e ideais do cidadão norte-americano, tentando 
homogeneizar a população e criando um sentimento de pertencimento. 
● É importante lembrar que a população afro-americana não usufruiu do American Way of Life, na 
medida em que ainda lutava pelos direitos civis. 
● Apesar do estilo de vida ter surgido no período entre guerras, ele foi retomado durante a Guerra 
Fria e amplamente divulgado pelo rádio, TV e cinema, a fim de exportar o ideal capitalista, 
fazendo dos EUA uma vitrine de sucesso. 
● Entre as suas características, encontram-se o liberalismo, o nacionalismo, o capitalismo, a busca 
pela felicidade e o consumismo midiático. 
● Teve forte influência no Brasil durante o governo populista de Getúlio Vargas, que estabeleceu 
acordos comerciais para a importação de produtos estadunidenses, entre eles, eletrodomésticos e 
carros. 
● Gerou o endividamento de grande parcela da população estadunidense, o que, associado à euforia 
e à especulação da Bolsa de Valores, desencadeou a Crise de 1929, culminando na Grande 
Depressão. 
● O cenário de industrialização e a ampliação do acesso aos meios de comunicação, tais como TV, 
rádio e cinema, possibilitaram a difusão do American Way of Life para o mundo. 
 
Texto adaptado: Cardoso, 2023. Mundo Educação. Disponível em:https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-
america/american-way-of-life.htm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/primeira-guerra-mundial.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/primeira-guerra-mundial.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/american-way-of-life.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/american-way-of-life.htm
 
 
 
 
87 
 
TEXTO: CRISE DE 1929 
Crise de 1929 
 
A Crise de 1929, ou Grande Depressão, foi o colapso do capitalismo e também do liberalismo 
econômico. Ficou conhecida como uma crise de superprodução. 
 
▪ "A Crise de 1929, também conhecida como Grande Depressão, foi uma forte recessão econômica 
que atingiu o capitalismo internacional no final da década de 1920. Marcou a decadência do 
liberalismo econômico, naquele momento, e teve como causas a superprodução e especulação 
financeira. 
▪ Antes da crise de 1929 estourar, os Estados Unidos já ocupavam o posto de maior economia do 
mundo. Antes mesmo da Primeira Guerra Mundial, a economia americana já possuía índices que 
comprovavam essa supremacia, e os eventos da guerra só acentuaram a posição de potência 
econômica internacional dos Estados Unidos. 
▪ Em virtude do rápido crescimento da economia americana após a guerra, a década de 1920 foi um 
período de grande euforia econômica, o qual ficou conhecido como Roaring Twenties (traduzido 
para o português como Loucos Anos Vinte). Esse momento da história americana ficou marcado 
principalmente pelo avanço do consumo de mercadorias, consolidando o American way of life, o 
estilo de vida americano. 
▪ O avanço da economia americana tornou o país responsável pela produção de 42% de todas as 
mercadorias feitas no mundo. A nação também era a maior credora do mundo e emprestava 
vultuosas somas de dinheiro para as nações europeias em processo de reconstrução (após a 
Primeira Guerra). No quesito importação, os Estados Unidos eram responsáveis por comprar 40% 
das matérias-primas vendidas pelas quinze nações mais comerciais do mundo. 
▪ Essa euforia econômica refletia-se na população a partir de um consumismo acelerado, levando as 
pessoas a comprarem carros e artigos eletrodomésticos de maneira desenfreada. Esse consumismo 
ancorava-se, em parte, na expansão do crédito que acontecia no país sem nenhum tipo de 
regulação ou intervenção estatal. A expansão do crédito também cumpria importante papel no 
financiamento de diferentes atividades econômicas. 
▪ Com esse quadro, os Estados Unidos viviam um momento de pleno emprego e rápido crescimento 
industrial. Entre 1923 e 1929, os Estados Unidos possuíam uma taxa média de desemprego de 4%, 
a produção de automóveis no país aumentou 33%, o número de indústrias instaladas no país 
aumentou por volta de 10% e o faturamento do comércio quintuplicou. 
▪ Por causa do boom econômico e da onda de euforia, as pessoas passaram a investir de maneira 
intensa no mercado financeiro, disparando a especulação monetária. Durantea década de 1920, os 
investimentos nas ações das empresas na bolsa de valores de Nova Iorque tiveram saltos 
consideráveis. 
▪ O sentido de especulação financeira aqui está relacionado com pessoas que compravam ações na 
bolsa, esperando que elas se valorizassem, para logo em seguida revendê-las. Esse processo fazia 
com que os valores das ações aumentassem — pois havia muitos compradores — e criava uma 
falsa sensação de prosperidade. A continuidade desse falso cenário de prosperidade financeira e a 
superprodução resultaram na quebra da economia americana." 
▪ Toda essa prosperidade estava amparada em bases extremamente frágeis. O crédito desregulado e 
o crescimento da especulação financeira criaram uma bolha de falsa prosperidade que estava à 
beira do precipício. A sociedade tornou-se incapaz de perceber o que estava prestes a acontecer. 
Esse processo foi explicado pelo historiador Hobsbawm da seguinte maneira: o que acontecia, como 
 
 
 
 
88 
 
muitas vezes acontece nos booms de mercados livres, era que, com os salários ficando para trás, os 
lucros cresceram desproporcionalmente, e os prósperos obtiveram uma fatia maior do bolo 
nacional. Mas como a demanda da massa não podia acompanhar a produtividade em rápido 
crescimento do sistema industrial nos grandes dias de Henry Ford, o resultado foi superprodução e 
especulação. Isso, por sua vez, provocou o colapso. 
▪ A questão salarial que foi mencionada no trecho acima é muito importante para entendermos uma 
das facetas da crise: a superprodução. Na década de 1920, a indústria dos Estados Unidos 
expandiu-se e a produtividade do trabalhador aumentou. Esse aumento na produção, no entanto, 
não foi acompanhado de aumentos salariais, pois os salários permaneceram estagnados. Assim, o 
mercado não teve condições de absorver a quantidade de mercadorias que eram produzidas (nem o 
mercado americano nem outros países conseguiam absorver essas mercadorias). Isso abalou a 
esperança de rápida prosperidade de muitos que tinham ações de empresas americanas. 
▪ Milhares de pessoas resolveram vender as suas ações no dia 24 de outubro de 1929, no que ficou 
conhecido como Quinta-feira Negra. Nesse dia, mais de 12 milhões de ações foram colocadas à 
venda, o que deixou o mercado em pânico. Essa situação se estendeu por dias e na segunda, dia 
28, mais 33 milhões de ações foram colocadas à venda. Imediatamente o valor das ações 
despencou, e bilhões de dólares desapareceram. A economia americana quebrou. 
 
Consequências da Crise de 1929 
▪ Os efeitos da crise para a economia dos Estados Unidos foram imediatos e espalharam-se pelo país 
como um efeito dominó. O período mais crítico foi de 1929 a 1933; logo após, os efeitos da crise 
foram enfraquecendo-se, principalmente por causa da intervenção do Estado na economia com o 
New Deal (Novo Acordo). 
▪ Separamos abaixo alguns dados que evidenciam o impacto da crise na economia dos Estados 
Unidos: 
▪ PIB nominal dos Estados Unidos caiu aproximadamente 50%; O desemprego disparou e alcançou 
27% (era 4% antes da crise); Importações caíram 70%; Exportações caíram 50%; Diminuíram em 
90% os empréstimos internacionais; Produção industrial caiu, no mínimo, 1/3; Produção de 
automóveis foi reduzida em 50%; Salário médio na indústria caiu 50%; Falência de milhares de 
empresas e bancos; Milhares de pessoas perderam instantaneamente todo seu patrimônio, uma vez 
que ele estava investido em valores da especulação que haviam desaparecido com a quebra da 
bolsa. 
▪ Os efeitos da crise espalharam-se pelo mundo, por isso, a economia de diversos países entrou em 
recessão, e o desemprego disparou mundo afora. 
▪ A situação era tão crítica que o desemprego alcançou níveis altíssimos nos seguintes países: (Grã-
Bretanha: 23%), (Bélgica: 23%), (Suécia: 24%), (Áustria: 29%), (Noruega: 31%), (Dinamarca: 
32%), 
(Alemanha: 44%). 
▪ A maioria desses países teve dificuldade em reduzir esses índices mesmo após 1933. Vale dizer 
também que esses dados nos dão uma pista do motivo pelo qual o fascismo e os ideais de extrema-
direita tiveram tanta repercussão nos quadros políticos da Europa durante a década de 1930. 
▪ Ao todo, o comércio internacional foi reduzido em aproximadamente 1/3." 
 
Fonte: Adaptado. Silva, 2023. Brasil Escola. Disponível em: em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise29.htm. 
 
 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise29.htm
 
 
 
 
89 
 
TEXTO: O QUE FOI O NEW DEAL 
O que foi o New Deal 
 
▪ Após longos períodos de prosperidade, a economia norte-americana foi impactada pela quebra da 
Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929. A crise faliu empresas e desempregou milhões de 
pessoas, causando vários problemas sociais. Os republicanos perderam as eleições presidenciais de 
1932, e o democrata Franklin Delano Roosevelt foi eleito para a Casa Branca, propondo um 
programa econômico que recuperaria as finanças dos Estados Unidos e retomaria o seu pleno 
desenvolvimento. 
▪ O New Deal, como foi intitulado o programa do governo Roosevelt, aplicou as ideias econômicas de 
John Keynes de maior intervenção estatal na economia. Até 1929, o liberalismo econômico fez com 
que os órgãos governamentais não fiscalizassem as transações econômicas e as movimentações 
financeiras feitas pela Bolsa de Valores de Nova Iorque, a principal do mundo capitalista. 
▪ A proposta de Roosevelt para recuperar a economia norte-americana era: aumentar a presença do 
Estado na economia ao fiscalizar as movimentações financeiras, controlar a produção para que as 
mercadorias estocadas pudessem ser comercializadas, e executar obras públicas para acelerar a 
criação de empregos. 
▪ A quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, afundou a economia norte-americana em 
uma grave crise, gerando desemprego e pobreza. Outros países também foram afetados pela 
quebra da bolsa, e suas economias também colapsaram. Enquanto o mundo capitalista estava em 
crise, a União Soviética não sentiu diretamente os efeitos e pôde se posicionar como uma 
alternativa ao modelo econômico predominante no Ocidente. 
Texto adaptado: Higa, 2023. Mundo Educação. Disponível em:https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/new-
deal.htm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/new-deal.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/new-deal.htm
 
 
 
 
90 
 
TEXTO: CRISE DE 1929: IMPACTOS NO BRASIL 
Crise de 1929: Impactos no Brasil 
Nessa época, o Brasil tinha o café como principal e maior produto de agroexportação. Os 
Estados Unidos da América era o maior comprador do nosso grão. Com a Grande Depressão, os EUA e 
diversos importadores diminuíram o consumo do café brasileiro – o que diminuiu drasticamente o 
preço do produto. Então, o governo brasileiro optou por fazer a compra e queima dos 
excedentes das colheitas, com isso, o estoque era diminuído e o grão valorizado. 
Internacionalmente, os países que estavam atrelados ao sistema de crédito norte-americano também 
foram atingidos e sofreram uma grande recessão. No caso do Brasil, a redução da exportação de café 
foi um dos principais efeitos, a qual resultou na limitação da entrada de dividendos e reduziu a 
capacidade de importações do país. 
Os cafeicultores tiveram prejuízos gigantescos. No auge dessa crise, o país enfrentou transformações 
políticas profundas com o acontecimento da Revolução de 1930. O novo governo teve Getúlio Vargas 
como presidente provisório. 
Para superar esse cenário negativo, o governo brasileiro, com Getúlio Vargas na presidência (1930-
1945) – além de realizar a famosa compra e queima do café excedente para ajudar os produtores, 
adotou medidas protecionistas com o intuito de incentivar a indústria nacional e alinhar a produção 
agrária a esses interesses. 
Além da compra e queima de café, Vargas criou em 1931 o Conselho Nacional do Café (CNC) para 
proteger o principal produtodo país. 
Assim, foi necessário diversificar a indústria nacional para abastecer o mercado interno, causando 
assim uma inflexão no modelo importador até então vigente para uma nova matriz nacional de 
produção e consumo, além de aumentar a entrada de capital nas indústrias do país. Tais ações 
fizeram a indústria brasileira crescer 11,2% entre 1933-1939 dissipando, assim, os efeitos da crise no 
país. 
Textos compilados e modificados. 
Silva, 2023. Brasil Escola. Disponíveis em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise29.htm. 
Elias, 31 out. 2022. Estratégia Vestibulares. Disponível em: 
https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/historia/crise-de-1929/. 
Info Enem, 23 abr. 2021. Disponível em: https://infoenem.com.br/como-a-crise-de-1929-afetou-o-brasil/. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise29.htm
https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/historia/crise-de-1929/
https://infoenem.com.br/como-a-crise-de-1929-afetou-o-brasil/
 
 
 
 
91 
 
CHARGES 
Política do Café com Leite 
 
 
Revolução de 1930 
 
 
Crise de superprodução 
 
Queima de café. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEXTO: CRISE DE 1929 ATINGIU ECONOMIA E MUDOU A ORDEM POLÍTICA NO BRASIL 
Crise de 1929 atingiu economia e mudou a ordem política no Brasil 
 
A Crise de 1929 atingiu em cheio a economia do Brasil, muito dependente das exportações de um 
único produto, o café. Mas, mais do que gerar dificuldades econômicas, o crash que completa 80 
anos em 2009 provocou uma mudança no foco de poder no país, acabando com um pacto político 
interno que já durava mais de trinta anos. 
Entre os anos de 1894 e 1930, o presidente da República foi eleito pelos paulistas barões do café 
num mandato, e no outro pelos pecuaristas mineiros. Era a chamada política do café com leite, 
viabilizada pela hegemonia da oligarquia cafeeira paulista na época e que garantiu a formação de 
uma economia agrícola praticamente monoexportadora no país. 
Em 1929, a quebra nos mercados acionários do mundo provocou uma forte queda nos preços 
internacionais das commodities. "O Brasil era fortemente dependente das exportações de café, e 
tinha uma enorme dívida externa, que precisava ser financiada com essas vendas", afirma o professor 
de História Econômica da FEA-USP, Renato Colistete. 
Além da queda nos preços, a crise provocou uma diminuição na renda e no consumo no mundo todo, 
prejudicando ainda mais as vendas de café. As exportações do produto, que chegaram a US$ 445 
milhões em 1929, caíram para US$ 180 milhões em 1930. A cotação da saca no mercado 
internacional, caiu quase 90% em um ano. 
Fogueira 
Na tentativa de conter a queda, o governo federal comprou grande parte dos estoques dos 
produtores, e queimou 80 milhões de sacas do produto. "A ideia era queimar para diminuir a oferta e 
aumentar o preço internacional, porque o Brasil era o maior país exportador", segundo Marcos 
Fernandes, coordenador do Centro de Estudos dos Processos de Decisão da FGV-SP. 
"A crise arruinou a oligarquia cafeeira, que já sofria pressões e contestações dos diferentes grupos 
urbanos e das oligarquias dissidentes de outros Estados, que almejavam o controle político do Brasil", 
explica Wagner Pinheiro Pereira, doutor em História pela USP e autor do livro "24 de Outubro de 
1929: A Quebra da Bolsa de Nova York e a Grande Depressão". 
Poder 
O que aconteceu, então, foi que o foco do poder no país foi deslocado para o gaúcho Getúlio Vargas, 
que se tornou presidente da República após a Revolução de 1930. "Do ponto de vista político, a crise 
foi importante porque desviou o foco do poder para Getúlio Vargas e para um projeto de 
industrialização", diz Fernandes. 
O novo presidente, porém, sabia que, mesmo com o fim da oligarquia paulista, o café não podia ser 
deixado de lado. Assumiu, então, uma nova política de defesa da cafeicultura, na tentativa de 
equilibrar os preços e evitar a superprodução. 
"Não podemos esquecer que Getúlio era o pai dos pobres e a mãe dos ricos", diz Fernandes. "Ele 
tratou de não romper tão radicalmente com a oligarquia agrícola, e o café continuou sendo 
importante no Brasil. Isso começa a mudar mesmo a partir de Juscelino Kubitschek e, principalmente, 
a partir do Golpe de 1964." 
A Grande Depressão, porém, dificultou os esforços do governo para ajudar o café e "somente no final 
da década de 1930 o café começou a recuperar os bons preços nos mercados internacionais", 
segundo Pereira. 
 
Texto. Disponível em: Fonte: Vallone, 24 out. 2009. Folha de São Paulo. Disponível em: 
https://m.folha.uol.com.br/mercado/2009/10/642391-crise-de-1929-atingiu-economia-e-mudou-a-ordem-politica-no-
brasil.shtml?loggedpaywall#_. 
https://m.folha.uol.com.br/mercado/2009/10/642391-crise-de-1929-atingiu-economia-e-mudou-a-ordem-politica-no-brasil.shtml?loggedpaywall#_
https://m.folha.uol.com.br/mercado/2009/10/642391-crise-de-1929-atingiu-economia-e-mudou-a-ordem-politica-no-brasil.shtml?loggedpaywall#_
 
 
 
 
93 
 
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referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria 
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MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso:ensino médio. Escola de Formação 
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em: 
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OLIGARQUIA. disponível em:< https://www.dicio.com.br/oligarquia/>. Acesso em 16 out.2023. 
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referencia_versao_1.0.pdf
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referencia_versao_1.0.pdf
https://infoenem.com.br/como-a-crise-de-1929-afetou-o-brasil/
https://infoenem.com.br/como-a-crise-de-1929-afetou-o-brasil/
https://cursoenemgratuito.com.br/crise-de-1929/
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/crise-1929.htm
https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/historia/crise-de-1929/
https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/historia/crise-de-1929/
https://juntospelahistoria.wordpress.com/2013/01/09/a-crise-de-1929-e-o-new-deal-imagenscharges/
https://juntospelahistoria.wordpress.com/2013/01/09/a-crise-de-1929-e-o-new-deal-imagenscharges/
http://ahistoriapresente.blogspot.com/2010/06/topico-21.html
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/primeira-republica.htm
https://cursoenemgratuito.com.br/imperialismo-europeu/
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg
https://www.dicio.com.br/oligarquia/
 
 
 
 
94 
 
PAÍSES QUE COMPUSERAM A TRÍPLICE ALIANÇA E TRÍPLICE ENTENTE NA PRIMEIRA GUERRA. 
Disponível em:https://infoenem.com.br/revisao-sobre-primeira-guerra-mundial-para-o-enem/. Acesso 
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QUEIMA DE CAFÉ. Disponível em:https://www.valorcafe.com.br/novidades/ha-90-anos-em-busca-de-
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA ADAPTADA. Disponível em:https://pnld.moderna.com.br/. acesso em 19 
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https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/historia/a-crise-de-1929-e-seus-efeitos-no-brasil/5890
https://br.pinterest.com/pin/629096641700485611/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Guerra_Mundial
https://www.valorcafe.com.br/novidades/ha-90-anos-em-busca-de-salvacao-o-brasil-queimou-bilhoes-de-quilos-de-cafe/2019
https://www.valorcafe.com.br/novidades/ha-90-anos-em-busca-de-salvacao-o-brasil-queimou-bilhoes-de-quilos-de-cafe/2019
http://www.mundovestibular.com.br/articles/6501/1/A-Questao-Social-na-Republica-Velha/Paacutegina1.html
http://www.mundovestibular.com.br/articles/6501/1/A-Questao-Social-na-Republica-Velha/Paacutegina1.html
https://www.todamateria.com.br/republica/#:~:text=Rep%C3%BAblica%20%C3%A9%20um%20regime%20de,para%20administrar%20a%20polis%20grega
https://www.todamateria.com.br/republica/#:~:text=Rep%C3%BAblica%20%C3%A9%20um%20regime%20de,para%20administrar%20a%20polis%20grega
https://vestibulares.estrategia.com/public/questoes/Observe-charge-que488e566d2c/
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/revolucao-mexicana-1910.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/revolucao-mexicana-1910.htm
https://plurall-content.s3.amazonaws.com/oeds/NV_ORG/PNLD/PNLD20/Historiar/9ano/02_BIMESTRE/08_VERSAO_FINAL/03_PDFS/12_HISTORIAR_9ANO_2BIM_Sequencia_didatica_2_TRTA.pdf
https://plurall-content.s3.amazonaws.com/oeds/NV_ORG/PNLD/PNLD20/Historiar/9ano/02_BIMESTRE/08_VERSAO_FINAL/03_PDFS/12_HISTORIAR_9ANO_2BIM_Sequencia_didatica_2_TRTA.pdf
https://plurall-content.s3.amazonaws.com/oeds/NV_ORG/PNLD/PNLD20/Historiar/9ano/02_BIMESTRE/08_VERSAO_FINAL/03_PDFS/12_HISTORIAR_9ANO_2BIM_Sequencia_didatica_2_TRTA.pdf
https://pnld.moderna.com.br/
https://pnld.moderna.com.br/wp-content/uploads/2019/07/012_-EH9-SD4-2B-G20.docx
https://pnld.moderna.com.br/wp-content/uploads/2019/07/012_-EH9-SD4-2B-G20.docx
https://www.infoescola.com/historia/coronelismo/
https://www.infoescola.com/historia/revolucao-russa/
https://www.infoescola.com/historia/coronelismo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1934
https://pt.wikipedia.org/wiki/Abaporu
 
95 
 
 
 
REFERÊNCIA 
 
 
2024 
 
 
 MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA 
 
 
 
 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos 
local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos 
epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em 
relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e 
fontes de natureza científica. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
A reflexão ética: o problema 
da ação moral e dos valores. 
Estética: uma reflexão sobre 
a arte e a cultura. 
Filosofia da ciência: o dilema 
das tecnologias e suas impli-
cações éticas. 
A busca pelo sentido da exis-
tência e as diversas respostas 
ao longo do tempo/espaço. 
A reflexão sobre a multiplici-
dade: as diferenças conceitu-
ais e as visões de mundo dos 
filósofos em diferentes con-
textos no tempo/espaço. 
Os modelos de regimes políti-
cos, a tecnociência e o capi-
talismo na pós-modernidade. 
(EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial 
de modo a identificar conhecimentos, valores, crenças e práticas que 
caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes 
sociedades inseridas no tempoe no espaço. 
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, 
diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e 
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas 
práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e 
difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e 
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Café filosófico: saboreando a comida enquanto cultura. 
 
Entreter um convidado é 
encarregar‑se de sua felicidade 
durante o tempo todo em que 
estiver sob nosso teto. 
(SAVARIN, p. 22) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
96 
 
A) APRESENTAÇÃO: 
Saudações! 
Neste planejamento de filosofia exploraremos questões de ética e estética a partir da análise da comida 
enquanto elemento distintivo da cultura humana. Para tanto, além dos momentos pedagógicos 
fundamentados em aulas expositivas, propomos abaixo métodos complementares para auxiliá-lo(a) no 
desenvolvimento de relações de ensino e aprendizagem mais significativas junto aos seus estudantes: 
● A sala de aula invertida: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira o 
vídeo “Conheça a sala de aula invertida” (Disponível em: https://youtu.be/pADyAN15cZ0) e o 
texto “Sala de aula invertida: por onde começar?” (Disponível em: 
https://www.ifg.edu.br/attachments/article/19169/Sala%20de%20aula%20invertida_%20por%2
0onde%20começar%20(21-12-2020).pdf). 
● O círculo / roda: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira os textos 
“Pensando sobre relacionamentos saudáveis nas escolas” (Disponível em: https://f92604e1-
77d0-434d-a988-
4ecc9b6ff7fe.filesusr.com/ugd/e7dad6_94e18c1acf724326830b514bcb52eac8.pdf) e “O poder e 
o desafio dos círculos nas escolas” (Disponível em: 
https://www.circulosemmovimento.org.br/_files/ugd/e7dad6_cb215a179c0e40a39f1ba694baf982
fa.pdf). 
● O café filosófico: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira os 
artigos: “O café filosófico como possibilidade de refletir a sociedade” (Disponível em: 
https://ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/revistametanoia/5_ELCIONE.pdf) e “Café filosófico: 
uma metodologia do ensino de filosofia do PIBID - PUC Goiás” (Disponível em: 
https://periodicos.unesc.net/ojs/index.php/criaredu/article/view/2891/2676). 
Adiante, ao longo do presente planejamento, iremos retomar as propostas acima de modo 
contextualizado, favorecendo a implementação das mesmas em suas aulas. No que se refere à dinâmica 
em sala de aula sugerimos uma intervenção pedagógica organizada em quatro etapas. São elas: 
1) sensibilização: estabelecer conexões entre o tema da aula e a experiência prévia dos estudantes. 
2) problematização: transformar o tema da aula em um problema a ser explorado pela turma. 
3) investigação: buscar na história da filosofia soluções conceituais ao problema identificado. 
4) conceituação: recriar e aplicar conceitos para a resolução do problema em questão. 
O presente planejamento busca desenvolver habilidades fundamentais para a formação crítica dos 
nossos estudantes - além de promover a acolhida dos mesmos no início do ano letivo de 2024. Nesse 
sentido, propomos uma reflexão acerca das dimensões ética e estética do ser humano, destacando a 
comida como o elemento cultural central a partir do qual iremos tecer as nossas problematizações e 
análises pedagógicas. De um modo geral, comer é uma atividade vital que nos iguala às muitas espécies 
de animais que conhecemos. No entanto, o modo como selecionamos, preparamos e consumimos os 
alimentos denota a singularidade do ser humano em comparação com os outros seres sencientes que 
também necessitam se alimentar para permanecerem vivos. No transcorrer do tempo e do espaço, seja 
a nível regional ou global, a comida definiu identidades e evidenciou distintas culturas - além de 
promover trocas riquíssimas de afetos, sabores e desgostos entre os mais diversos povos. 
 
 
 
 
97 
 
Hoje lidamos incessantemente com uma profusão de informações advindas das mais variadas áreas que 
estruturam a nossa sociedade: economia, religião, política, arte, ciência etc. E é notório que, muitas 
vezes, mesmo contra a nossa própria vontade e discernimento, todos esses segmentos originam saberes 
que condicionam visceralmente as relações que estabelecemos com a comida. Para compreendermos 
melhor como os elementos mencionados acima se fazem presentes no nosso dia a dia é importante 
analisarmos, em parceria com os estudantes, os objetos que compõem as nossas culturas material e 
imaterial, na tentativa de identificar valores e crenças que se manifestam em nossas práticas cotidianas. 
Ainda nessa perspectiva, é crucial levarmos em consideração as referidas análises (realizadas a partir de 
diferentes linguagens que evidenciam a comida enquanto fator distintivo da cultura humana) de modo a 
promovermos o nosso protagonismo e a nossa autoria tanto a nível pessoal quanto a nível coletivo. 
Recomendamos que toda a proposta aqui presente seja desenvolvida em consonância com a vida 
concreta dos estudantes: anseios, frustrações, curiosidades, aspirações… Assim será possível promover 
uma atitude filosófica de forma pragmática no cotidiano dos jovens e adultos de sua escola, subsidiando 
reflexões significativas para a composição de seus projetos de vida e para a realização de ações 
relevantes para a transformação de seus contextos sociais. Vale ressaltar que os elementos integrantes 
deste planejamento (procedimentos metodológicos, contextualizações, desenvolvimento, recursos, 
encaminhamentos e avaliações) podem ser modificados e adaptados de acordo com a realidade da 
escola e com os recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis para você e seus estudantes. Ademais, 
é importante que a interdisciplinaridade entre as perspectivas filosóficas, históricas, geográficas e 
sociológicas desempenhe um papel significativo na preparação e no desenvolvimento deste 
planejamento (adiante, nesta sequência didática, você encontrará algumas sugestões para trabalhar a 
interdisciplinaridade dentro da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas - doravante, CHSA). Desse 
modo, a ordenação, a estruturação e a articulação dos objetos de conhecimento e das ações 
pedagógicas aqui presentes poderão ser efetivadas de modo mais eficiente e eficaz. 
Por fim, o presente planejamento pode ser utilizado para estruturar uma ou mais aulas de 
acordo com as especificidades das turmas atendidas, a flexibilidade de seu planejamento de 
ensino ou outras conveniências pedagógicas. Além disso, vale a pena refletir sobre a 
pertinência do uso de sistemas de gerenciamento de conteúdos, como o Google Classroom, 
para um melhor aproveitamento do tempo destinado ao desenvolvimento das atividades a 
serem realizadas tanto em casa quanto em sala de aula. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1° MOMENTO 
Organização da turma Formato circular / roda. 
Recursos e providências 
Quadro e pincel. 
Projetor multimídia. 
Acesso à internet. 
Textos impressos. 
Observações preliminares: De modo a favorecer a dinâmica das atividades que serão desenvolvidas 
na escola, sugerimos a seguir alguns textos e vídeos para serem explorados pelos estudantes em casa, 
antes da aula. Com relação a este primeiro momento do planejamento, contemplando as etapas de 
sensibilização e problematização, indicamos o artigo de opinião “O círculo em sala de aula impede que 
os alunos fiquem invisíveis” (Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/opiniao/o-circulo-em-sala-
 
 
 
 
98 
 
de-aula-impede-que-os-alunos-fiquem-invisiveis/) e o capítulo “O prazer de comer” do livro Comida: 
prazeres, gozos e transgressões (Disponível em: 
https://static.scielo.org/scielobooks/35m/pdf/nascimento-9788523209070.pdf - para consultar apenas o 
capítulo em questão, acesse: https://books.scielo.org/id/35m/pdf/nascimento-9788523209070-14.pdf). 
Deacordo com a organização das intervenções pedagógicas adotada por você (quantidade de aulas 
estruturadas a partir do presente planejamento), defina o modo como as referências acima serão 
disponibilizadas para os estudantes (textos impressos? Arquivos digitais?). É importante solicitar aos 
estudantes que façam anotações sobre os conteúdos abordados nos textos e vídeos disponibilizados por 
você, de modo que esses registros possam ser utilizados em sala de aula para subsidiar os debates que 
serão propostos. No início e/ou fim de alguns momentos previstos neste planejamento você encontrará 
indicações de materiais complementares para serem examinados pelos estudantes em casa, de modo a 
favorecer a apreensão de objetos de conhecimento e o desenvolvimento de competências cognitivas e 
socioemocionais durante as atividades a serem realizadas na escola. 
Etapa de sensibilização: Após a acolhida dos estudantes, convide-os para organizar as mesas e as 
cadeiras da sala em um formato circular e, na sequência, apresente para eles as habilidades e as 
propostas didáticas que serão trabalhadas ao longo das próximas aulas. Depois de ajudar os estudantes 
a organizarem o espaço no qual a aula ocorrerá, explicite para eles o tema da presente aula e comece 
perguntando sobre quais as vantagens de se acomodarem de forma circular para conversar e 
compartilhar ideias. Você pode sondar junto aos estudantes, por exemplo, em quais situações eles 
comumente se reúnem em círculos - dentro e fora da escola - e com quais objetivos. Após conferir 
algumas de suas respostas, apresente para eles a legitimidade do Círculo como um método ativo de 
aprendizagem, evidenciando as suas vantagens para uma formação integral do sujeito e para a 
implementação permanente de uma cultura de acolhimento e de paz na escola. Para tanto, você pode 
explorar as potencialidades dos Círculos tal como apresentadas nos dois textos sugeridos na 
apresentação deste planejamento. De modo a facilitar esse processo - e contextualizar melhor o tema 
em questão - comece evidenciando trechos significativos do texto analisado pelos estudantes em casa. 
Por exemplo: 
Sim. Sentamo-nos em círculo hoje. Partindo do Iluminismo, discutimos sobre intolerância religiosa, o 
que me deixou muito feliz. Trabalho em um território no qual 80% das crianças e dos adolescentes 
frequentam igrejas denominadas evangélicas. Infelizmente, pastores neopentecostais têm sido 
responsáveis pela disseminação do ódio contra as religiões de matriz africana. 
Penso que esse debate só foi possível porque estabelecemos uma relação de confiança. Eles sabem 
que ao organizar um círculo não estou ali para impor minha opinião, mas para orientar, ouvir, refletir. 
Eles sabem que o meu maior interesse é colaborar para a construção de um mundo em que nenhum 
tipo de preconceito ou discriminação seja tolerado. Eles sabem que estou ali para dividir o que sei e o 
que vivi. 
Ao adotar diferentes formas de organização da sala de aula, tenho percebido um maior interesse por 
parte dos alunos em relação às atividades ministradas. Atividades realizadas em dupla e em grupo na 
maioria das vezes são feitas com mais entusiasmo. O círculo impede que “os alunos fiquem 
invisíveis”. Todos têm o direito de falar e de ser ouvido. 
O círculo tem contribuído para o processo de inclusão dos alunos excluídos em função de suas 
deficiências. Durante o debate, Miguel, que tem deficiência intelectual, pediu para conduzir a leitura. 
 
 
 
 
99 
 
Foi uma surpresa para todos nós. Em três anos, ele jamais havia participado da aula. 
Miguel leu no tempo dele. Sem qualquer interrupção dos colegas. Fiquei olhando. Tentando me 
conter. Ao ler, ele estava me dizendo que se sentia incluído através da nova organização da sala. Ele 
estava dizendo que tinha vontade de participar, mas recalcava esse desejo ao se esconder atrás dos 
colegas no formato tradicional da sala. Quando propus as aulas em círculo, jamais imaginei isso. Daí 
a minha emoção. (TOLENTINO, 2018). 
Quais sentimentos são suscitados nos estudantes a partir do resgate do relato acima, apresentado pela 
professora de história Luana Tolentino? Eles conseguem identificar, a partir de suas próprias 
experiências escolares, as vantagens de se organizar em círculo? Provavelmente algum estudante ainda 
tenha lembranças de quando frequentava o ensino infantil e se sentava em círculo junto à sua turma, 
em diversas ocasiões - como, por exemplo, na hora da merenda. O círculo sempre favoreceu a 
integração das pessoas, as relações democráticas, a tolerância a partir do exercício da escuta, a partilha 
dos saberes. Estranhamente, perdemos esse hábito no âmbito educacional ao longo das etapas dos 
ensinos fundamental e médio… 
No decorrer desse debate, caso algum estudante apresente um exemplo da organização circular 
envolvendo o âmbito da alimentação (sentar-se à mesa em casa para comer na companhia da família, 
na praça de alimentação do shopping para lanchar com os amigos, ao redor de uma fogueira para 
celebrar um reencontro enquanto degusta algum petisco, o próprio ato de merendar na escola etc.), 
aproveite a ocasião para fazer uma transição/complementação entre esses dois assuntos. Se não houver 
nenhum exemplo nesse sentido, você pode criar o vínculo entre essas duas temáticas a partir, por 
exemplo, de uma representação artística. Abaixo, sugerimos a pintura “O jantar” (1868-1869) do artista 
francês Claude Monet: 
Imagem 1: O jantar, de Claude Monet 
 
Fonte: (Wikipedia, 2023) 
 
 
 
 
100 
 
A partir desse momento, sugerimos que você explore junto aos estudantes qual a relação deles com a 
alimentação: 
● Quais valores podem ser apreendidos a partir da pintura de Monet? 
● Como o consumismo impacta a nossa relação com a comida? 
● Qual a comida preferida dos estudantes: aquela produzida de forma caseira pelos pais e avós ou 
aquela que comumente lembramos pelo nome de uma marca - como é o caso de McDonald’s, 
Pizza Hut, Subway, Burger King, KFC, dentre outras? 
● Quais as possíveis razões que nos levam a escolher uma comida em detrimento de outra? 
● Quais estratégias são empregadas pela mídia e pelas redes sociais (youtubers, tiktokers, musas 
fitness, apresentadores de TV etc.) para moldar os nossos regimes alimentares - e, 
consequentemente, a nossa saúde e a nossa felicidade? 
● Por que muitas vezes continuamos comendo mesmo depois de saciarmos a nossa fome? 
● Ainda faz sentido nos sentarmos ao redor de uma mesa circular para comermos juntos e 
compartilharmos valores? Ou todo esse esforço não passa de uma perda de tempo - uma vez 
que podemos nos alimentar diante da TV ou computador, consumindo informações ao mesmo 
tempo em que consumimos a nossa comida? 
● As empresas que lidam com a produção industrial dos alimentos visam apenas o lucro? Ou é 
possível se dedicar a esse ramo de atividades tendo como objetivo levar o bem-estar à 
população? 
● Por que uma pessoa com excesso de peso e deficiência de nutrientes representa um paradoxo 
em nossa sociedade? 
● Enfim, o que comer significa para nós? 
As indagações elencadas acima podem servir como um ótimo pretexto para o desenvolvimento de 
reflexões mais complexas originadas a partir do diálogo entre a filosofia e outros componentes 
curriculares. Abaixo, destacamos um trecho do texto “O prazer de comer”, lido em casa pelos 
estudantes, que pode ensejar o início de um bom debate interdisciplinar no âmbito das CHSA: 
Ele [o jurista gastrônomo do século XVIII-XIX, Brillat-Savarin] foi o primeiro a apontar o caráter 
hedonista da alimentação, enfatizando o desejo de comer para além do instinto de nutrição. Concluiu 
que o medo do sofrimento motiva os homens a perseguirem situações que lhes proporcionem um 
prazer imediato e concreto. Apostou na influência dos alimentos sobre a moral dos homens, sua 
imaginação e percepções. Considerou que o “hedonismo gastronômico” é ético, uma vez queimplica 
sociabilidade. Julgando impossível um júbilo solitário, argumentou que a satisfação pessoal só tem 
sentido pela e para a satisfação do outro semelhante. Afirmou que o prazer da mesa nos consola ou 
compensa perdas, permite reconciliar o corpo consigo mesmo. 
Onfray ressaltou a dimensão hedonista no trabalho de Brillat-Savarin. Considerou sua obra um elogio 
à arte de gozar do ponto de vista gustativo, gastronômico. Ele faz o elogio do hedonismo porque sabe 
que a tragédia domina o mundo. O medo da morte, da dor, do sofrimento conduz os homens a 
preferirem o que lhes promete um prazer imediato e real. Tanto o trágico é inevitável, quanto o gozo 
é necessário. Daí a paixão dos homens pelas divindades, especialmente aquelas que fizeram do bem-
estar um objeto de adoração potencial. 
Se Berchoux tentou fazer da gastronomia uma disciplina científica, Brillat-Savarin contribuiu para que 
ela fosse, não apenas uma ciência, mas uma arte. Dessa forma, a culinária permitiria, então, a 
aproximação de um dos cinco sentidos - o paladar - com a arte, e, consequentemente, o espírito com 
o corpo. Estavam abertas as portas para a valorização do prazer de comer e do prazer da mesa. 
(NASCIMENTO, 2007b, p. 193-194). 
 
 
 
 
101 
 
Seguindo essa mesma proposta de intervenção interdisciplinar, outra possibilidade interessante que 
pode ser explorada nesta etapa de sensibilização é a verificação junto aos estudantes se o tema da 
alimentação já foi abordado alguma vez no âmbito das aulas do componente curricular Projeto de Vida. 
Para otimizar essa alternativa, você pode alinhar antecipadamente algumas questões sobre essa 
temática com o(a) professor(a) responsável pelas aulas de Projeto de Vida em sua escola. Por exemplo: 
pensando na dimensão pessoal do Projeto de Vida, como a máxima de Brillat-Savarin “Dize-me o que 
comes e te direi quem és” (A fisiologia do gosto, 1825) pode subsidiar reflexões sobre quem somos, o 
que desejamos e como comprometemos o nosso futuro a partir do que comemos no momento 
presente? E sobre as dimensões social e profissional dos projetos de vida dos estudantes: há tempo e 
espaço significativos dedicados ao tema da alimentação? Por quê? 
Etapa de problematização: Finalizada a etapa de sensibilização, você pode esclarecer alguns 
conceitos-chaves que ganharam forma no início da aula a partir das falas dos estudantes. Para tornar 
essa intervenção pedagógica mais engajadora para os estudantes - e mais alinhada às problematizações 
típicas da atitude filosófica, você pode instigá-los com questões concebidas a partir das informações 
apresentadas no capítulo “O prazer de comer”, presente no livro Comida: prazeres, gozos e 
transgressões (cf. o tópico “Observações preliminares” apresentado anteriormente). Uma vez que os 
estudantes já tiveram acesso ao texto, é possível estimulá-los a conceber elaborações argumentativas 
tanto a partir da leitura realizada em casa, quanto de seus saberes prévios concernentes à culinária, à 
gastronomia ou ao simples ato de comer. Essa proposta, além de promover o protagonismo dos 
estudantes, permite que eles façam livres associações entre a comida e os diversos campos dos saberes 
- favorecendo a percepção de que analisar a comida enquanto cultura é uma ação interdisciplinar, 
envolvendo perspectivas tanto individuais quanto coletivas e, no final das contas, evidenciando aspectos 
que caracterizam a natureza humana como um todo. 
Abaixo, sugerimos alguns questionamentos que podem ser compartilhados com os participantes da roda 
de conversa, de modo a estimular o debate: 
● Por que o prazer é o elemento que distingue a comida do alimento? 
● Como a dimensão teórica (o estudo sobre a comida) pode aprimorar o nosso prazer ao 
comermos? 
● De que modo podemos associar o âmbito da alimentação com o hedonismo? 
● Você se lembra de alguma escola filosófica na qual a alimentação teve um lugar de destaque 
enquanto objeto de reflexão? 
● Por que o prazer de comer foi recorrentemente condenado ao longo da história? E como este 
tipo de prazer é visto nos dias de hoje? 
● Dentre os cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato), quais possuem um status mais 
nobre ao longo da história da filosofia? Por quê? 
● O fato da gastronomia ser vinculada ao sentido do paladar contribui para que ela seja assumida 
de forma negativa na história da filosofia? 
● Quais elementos nos permitem elevar a gastronomia ao status de arte? 
● Como a corpolatria impacta as nossas dietas (etimologicamente, “modos de vida”)? 
● O prazer de beber (degustação de vinhos, cafés, cervejas etc.) pode ser assumido como uma 
atividade intelectual? Por quê? 
● Quando comer passa a ser um mero consumo? E como os sistemas econômicos influenciam a 
passagem de um para o outro? As compulsões alimentares possuem alguma relação com essa 
questão? 
● O tempo - ou, mais especificamente, a sua escassez - é um fator que condiciona a qualidade da 
relação que estabelecemos com a comida? 
 
 
 
 
102 
 
● Enfim, qual relação podemos estabelecer entre comida e cultura a nível local, estadual, nacional 
e global? 
Encaminhamentos: Antes de finalizar este momento do planejamento explicite para os estudantes 
como serão desenvolvidas as atividades previstas para as próximas etapas desta sequência didática. 
Sugerimos também que você os oriente mais uma vez com relação à elaboração de registros, tanto em 
sala de aula quanto em casa, sobre as questões que mais lhes chamaram a atenção durante a análise 
dos materiais de referência (textos e vídeos) e os diálogos estabelecidos com os colegas na escola. Uma 
vez que os seus estudantes estão cursando o último ano da Educação Básica é importante habituá-los 
com a prática de tomar notas durante leituras e aulas expositivas - prática esta fundamental não apenas 
para a consolidação dos estudos que se iniciam neste 1° bimestre, mas também para garantir adiante 
uma aprendizagem mais significativa ao longo do Ensino Superior ou em outros percursos formativos 
que os estudantes venham a escolher. 
Com relação às possíveis abordagens interdisciplinares envolvendo o tema comida e cultura, separamos 
abaixo algumas sugestões que podem ser consideradas por você com vistas a estabelecer um diálogo 
mais direto entre a filosofia e os outros três componentes curriculares que integram a área de CHSA. 
GEOGRAFIA 
Habilidade EM13CHS201: Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das 
mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a mobilidade e 
a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de eventos naturais, 
políticos, econômicos, sociais e culturais. 
Objetos de conhecimento: Fluxos migratórios (causas e consequências no Brasil e 
em outros continentes); A produção e a circulação de mercadorias e suas marcas na 
paisagem; Conflitos socioespaciais e organização territorial. 
HISTÓRIA 
Habilidade EM13CHS306: Contextualizar, comparar e avaliar os impactos de 
diferentes modelos econômicos no uso dos recursos naturais e na promoção da 
sustentabilidade econômica e socioambiental do planeta. 
Objetos de conhecimento: A primeira República no Brasil. 
SOCIOLOGIA 
Habilidade EM13CHS401: Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos e 
classes sociais diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das 
novas formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços e contextos. 
Objetos de conhecimento: Reconhecimento da relação entre trabalho e 
constituição da identidade individual e coletiva. 
A partir das sugestões supracitadas você pode promover o aprofundamento dos estudos da comida 
enquanto cultura de várias formas distintas, estabelecendo uma parceria com os outros(as) 
professores(as) da área de CHSA de sua escola. Nessa perspectiva - e de modo um pouco mais 
específico, selecionamos as habilidades e os objetos de conhecimento acima no intuito de contextualizare preparar os estudantes para a atividade que será realizada no terceiro momento deste planejamento: 
o café filosófico. Nesse sentido, partindo de uma abordagem mais concreta e literal, as habilidades e os 
objetos de conhecimento em destaque favorecem, por exemplo, o estudo da cultura do café 
propriamente dito: a organização dos processos migratórios relacionados ao seu cultivo no país, a sua 
importância econômica e cultural na primeira República no Brasil, a organização do trabalho e das 
 
 
 
 
103 
 
classes sociais brasileiras envolvidas com a produção cafeeira etc. Para além dessa possibilidade, 
também é interessante considerar articulações entre as CHSA e as outras áreas do conhecimento: tratar 
da comida enquanto cultura permite interlocuções expressivas entre a filosofia e a biologia, a química, a 
educação física, as artes, a matemática etc. 
Sobre os aspectos culturais relacionados ao café, há muitas informações interessantes que podem ser 
indicadas para os estudantes analisarem em casa (ou para serem apropriadas por você e seus colegas 
da área de CHSA, de modo a tornar as suas intervenções interdisciplinares mais atrativas e instigantes). 
A jornada do café, desde a sua origem até a sua chegada ao Brasil, é permeada por grandes aventuras 
e reviravoltas - além de ter uma forte relação com a história das ideias. Sobre este tópico, você pode 
conferir, por exemplo, as seguintes referências: o podcast Scicast #472 - A história do café (Disponível 
em: https://www.deviante.com.br/podcasts/scicast-472/), o vídeo “Café: o pó preto que vicia” 
(Disponível em: https://youtu.be/p1oIEypn_DU?si=60JUhNVKO4gIQeTE), o texto “‘Café alterou curso da 
História e fomentou ideias do iluminismo e do capitalismo', diz pesquisador” (Disponível em: 
https://www.bbc.com/portuguese/articles/clm1857vrg5o), o vídeo “Como o café escraviza você” 
(Disponível em: https://youtu.be/dHCuKEVORO4?si=W2WRqvAGvv7Bcygd), o texto “Mil reais o quilo: 
cocô de ave 'esconde' café brasileiro de luxo” (Disponível em: 
https://www.uol.com.br/nossa/noticias/afp/2023/09/15/mil-reais-o-quilo-coco-de-passaro-esconde-cafe-
brasileiro-de-luxo.htm), o texto “Barista vencedor do Campeonato Mundial investe em cafés brasileiros” 
(Disponível em: 
https://www.em.com.br/app/noticia/degusta/2023/07/12/interna_degusta,1519107/barista-vencedor-
do-campeonato-mundial-investe-em-cafes-brasileiros.shtml). 
Essa intervenção interdisciplinar pautada pelo exame da importância do café em vários âmbitos do 
conhecimento, pode ser um ponto de partida interessante para levar os estudantes a perceberem como 
a fragmentação do conhecimento pode comprometer uma compreensão mais ampla acerca das 
temáticas sobre as quais nos debruçamos na escola. Sendo a atitude filosófica caracterizada pela 
totalidade, é possível exercitar o olhar crítico dos estudantes com vistas a combater essa fragmentação 
dos saberes - fragmentação esta que comumente favorece a construção e a disseminação de narrativas 
parciais e tendenciosas, ruídos de comunicação, desonestidades intelectuais, fake news etc. Nesse 
sentido, não basta apenas sabermos o que é o café, mas também o que pode um café. Nos 
encaminhamentos que você encontrará ao final do segundo momento deste planejamento, iremos 
apresentar mais informações sobre o café filosófico e como você pode lançar mão dessa ferramenta 
pedagógica para promover reflexões significativas não apenas na escola, mas também junto à 
comunidade escolar como um todo. 
 
2° MOMENTO 
Organização da turma Formato circular / roda. 
Recursos e providências 
Quadro e pincel. 
Projetor multimídia. 
Acesso à internet. 
Textos impressos. 
Rememoração do 1° momento: Ao iniciar este segundo momento do planejamento, sugerimos que 
você realize junto aos estudantes breves exercícios de síntese sobre o debate desenvolvido até o 
presente momento - de modo a deixar evidente como a proposta pedagógica, o tema das aulas, as 
 
 
 
 
104 
 
habilidades a serem desenvolvidas e as próprias manifestações dos estudantes estão alinhadas e 
calcadas sobre uma dimensão pragmática relacionada aos nossos modos de vida. Na sequência, 
dedique-se a dirimir dúvidas que porventura tenham surgido e, em seguida, inicie a etapa de 
investigação, de modo a promover adiante reflexões e conexões entre os assuntos explorados no 1º 
momento do planejamento e os excertos apresentados abaixo. 
Etapa de investigação: De modo a explorar a bibliografia primária da filosofia, segue abaixo 
sugestões de textos que podem ser lidos de forma colaborativa e debatidos junto com os estudantes em 
sala de aula (ou explorados por eles em casa, de acordo com a organização das intervenções 
pedagógicas adotada por você): 
 TEXTO 1 ( ícone clicável) 
 
Encaminhamentos: Sugerimos que você dedique um tempo significativo deste segundo momento do 
planejamento para apresentar aos estudantes a dinâmica do café filosófico que será realizado adiante. 
Após a apreciação e o estudo dos excertos disponibilizados acima, explique para os estudantes que o 
café filosófico será uma ocasião oportuna para que eles exercitem as suas habilidades de aplicação e 
criação de conceitos, composição de argumentos, identificação de ideologias, refutação de raciocínios 
infundados, apropriação de suas realidades social e política, celebração dos pequenos prazeres da vida 
etc. 
O café filosófico teve sua origem na França, em 1992, por iniciativa de Marc Sautet (1947-1998). Aos 
domingos, pela manhã, Sautet costumava ir ao Café des Phares, na praça da Bastilha, e conversar com 
as pessoas presentes sobre os mais variados temas, escolhidos ali na hora, sem nenhuma definição 
prévia. Nas palavras do próprio Sautet, essas manhãs transcorriam “numa troca incessante de 
argumentos mais ou menos sólidos, escorados em exemplos mais ou menos pertinentes, destinados a 
fundamentar tomadas de posição mais ou menos apressadas. Às 13 horas diz-se a última palavra. E se 
marca um encontro para a semana seguinte.” (SAUTET, p. 9). Em certa medida, Sautet se inspirava em 
Sócrates e seu modus operandi de fazer filosofia: na praça pública, em meio ao povo, utilizando-se de 
ironia para ajudar os seus concidadãos a parir novas ideias e saberes. Diante deste panorama geral, vale 
destacar outra afirmação de Sautet: 
Não digo que esse exercício requeira o alvoroço e a multidão. Apenas afirmo que uma coisa não 
impede a outra e que, num barzinho, mesmo com cento e cinquenta pessoas, pode-se entabular uma 
reflexão que merece ser chamada de “filosófica”. Entabular não significa levar a termo. Significa... 
entabular. Com a liberdade posterior, para quem quiser aprofundar o assunto, de mergulhar nos livros 
evocados de improviso, de iniciar um diálogo a sós com um autor citado de passagem, na mais 
completa calma. (SAUTET, p. 11). 
 
O café filosófico pode ser realizado de várias formas: a partir de uma conversa entre todos os 
participantes, tendo um ou mais convidados como expoentes principais sobre o tema em questão (com 
um momento para perguntas ao final da preleção) etc. Fique à vontade para organizar o café filosófico 
do modo que mais julgar conveniente. No entanto, é importante dar voz aos estudantes, convidando-os 
para participar do processo de definição do formato que será adotado para essa atividade. De um modo 
geral, você pode organizar apresentações individuais ou em grupos, trazer um convidado para mobilizar 
essa intervenção pedagógica (um educador da própria escola, um membro da comunidade escolar, um 
especialista sobre um tema específico etc.) ou apenas organizar a turma em um Círculo para debater 
 
 
 
 
105 
 
questões que instigue a curiosidade e a participação todos. Para tornar esse assunto mais familiar aos 
estudantes e rememorá-los sobre a filosofia socrática, você pode sugerir os seguintes materiais para 
eles apreciarem em casa: o texto “Como nasceu o popular café filosófico? E o que Sócratestem a ver 
com isso?” (Disponível em: https://medium.com/@alexandrehahn/como-nasceu-o-popular-caf%C3%A9-
filos%C3%B3fico-e-o-que-s%C3%B3crates-tem-haver-com-isto-196acd4a297f) e o vídeo “Sócrates 
(resumo) / Filosofia” (Disponível em: https://youtu.be/6xPhM31pqEs?si=9JOuMncsmqLXHBnV). 
Para ilustrar como um café filosófico pode mobilizar reflexões envolvendo questões genuinamente 
filosóficas e alimentares, você pode indicar para os estudantes o vídeo “Ética na alimentação” 
(Disponível em: https://youtu.be/lrzEKcBdHoU?si=jskgxD6mTHXRZ8Fi), que trata sobre sofrimento 
animal, questões climáticas, sistemas econômicos, organização política, propostas educacionais, dentre 
outros temas. Para fundamentar ainda mais as reflexões éticas a respeito dos modos como nos 
relacionamos com o âmbito da alimentação, sugerimos que você também disponibilize para os 
estudantes o texto “Veganismo: por uma outra ética humana que valorize a história dos animais. 
Entrevista especial com Ana Paula Perrota” (Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/159-
entrevistas/587493-veganismo-por-uma-outra-etica-humana-que-valorize-a-historia-dos-animais-
entrevista-especial-com-ana-paula-perrota). Os temas, conceitos e problematizações abordados tanto no 
vídeo quanto no texto supramencionados podem ser sistematizados pelos estudantes em casa, a partir 
de registros no caderno, para servirem como base argumentativa durante o café filosófico, por exemplo. 
3° MOMENTO 
Organização da turma Formato circular / roda. 
Recursos e providências 
Quadro e pincel. 
Projetor multimídia. 
Acesso à internet. 
Textos impressos. 
Etapa de conceituação (Café filosófico): Inicie este momento do planejamento acolhendo os 
estudantes e explicando como o café filosófico será realizado (tal como definido anteriormente de modo 
colaborativo entre você e a sua turma). Antes do início do café filosófico propriamente dito, rememore 
brevemente junto aos estudantes os valores que sustentam o Círculo enquanto método ativo de 
aprendizagem (presentes nos dois textos indicados no início da etapa de sensibilização deste 
planejamento), aproveitando o ensejo para explicitar também as regras de boa convivência que devem 
ser consideradas durante a fruição do café filosófico. Nessa perspectiva, convém atentar-se, por 
exemplo, para as relações de poder e pertencimento que serão configuradas durante a realização desta 
atividade, as atitudes empáticas e respeitosas que serão estabelecidas entre todos os participantes do 
Círculo - assim como para a potencialidade que irá emergir dessa situação para o desenvolvimento de 
competências socioemocionais. 
Com relação à sua arquitetura, o café filosófico pode ser estruturado em distintos blocos, organizados 
por temáticas afins que podem ir se encadeando progressivamente. Por exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
106 
 
BLOCO TEMA ÁREAS DA FILOSOFIA 
1 
Comida: natureza, cultura e 
simbolismos 
Antropologia filosófica, ética, estética, filosofia 
política etc. 
2 
Comida: tempo/espaço, ócio e 
felicidade 
Antropologia filosófica, ética, estética, filosofia 
política etc. 
3 
Comida: necessidade, desejo e 
compulsão 
Antropologia filosófica, ética, estética, filosofia 
política etc. 
4 
Comida: alienação, ideologia e 
consumo 
Antropologia filosófica, ética, estética, filosofia 
política etc. 
5 
Comida: gosto, dietas e 
curiosidades 
Antropologia filosófica, ética, estética, filosofia 
política etc. 
Nesse formato, você pode conectar os temas sugeridos a partir das colocações que forem sendo 
apresentadas pelos estudantes, começando o café filosófico questionando sobre a importância do 
simbolismo da comida para o ser humano e, na sequência, promovendo reflexões sobre os 
tempos/espaços de preparo da comida e a sua relação com a felicidade, sobre a instância do desejo e 
como este pode conduzir a patologias quando mal administrado, sobre como a mídia e a indústria 
condicionam a nossa relação com os alimentos, sobre a questão do gosto e dos valores que sustentam 
determinadas dietas etc. As possibilidades aqui são muitas e podem ser tão flexíveis quanto o 
posicionamento manifestado pelos estudantes - cabendo à você, manter o escopo filosófico do debate. 
No entanto, para esta atividade, sugerimos que você adote um formato inspirado naquele concebido por 
Marc Sautet: com os estudantes acomodados confortavelmente em um formato circular e conversando 
espontaneamente sobre os assuntos que serão suscitados no transcorrer do café filosófico. Nesse 
sentido, é importante incentivar os estudantes a se manifestarem durante o café filosófico, levando-os a 
propor temas para o debate e a articular/refutar posicionamentos apresentados pelos seus pares - mas 
sempre respeitando a vontade daqueles que não desejarem protagonizar momentos significativos no 
debate. Nesse contexto, você pode servir como mediador do café filosófico, ora expondo 
problematizações a serem consideradas, ora criando ocasiões para que os estudantes sejam os 
proponentes de tais questões. Lembre-se de sempre resgatar durante o café filosófico aquelas 
manifestações feitas pelos estudantes durante as etapas de sensibilização, problematização e 
investigação - tentando estabelecer conexões, contradições e lançando mão de outras estratégias que 
favoreçam a qualidade do debate. 
● A seguir apresentamos alguns questionamentos que podem subsidiar a conversa durante o café 
filosófico: Como a comida se encontra na interseção entre natureza e cultura? Por que podemos 
dizer que o órgão do gosto é o cérebro? 
● O que define que um mesmo alimento possa ser considerado guloseima em um lugar e tabu em 
outro? 
● Como a conjugação do medo da fome com o desejo de comer pode resultar em problemas 
graves de saúde pública? 
● Como a comida pode mediar a relação entre culturas distintas? 
 
 
 
 
107 
 
● Apesar de podermos encarar os elaborados preparos da comida como um marco civilizatório, 
porque neste registro cultural a alimentação (que sempre teve como objetivo preservar a vida) 
pode representar um risco de doença e morte para nós? 
● Por que para o ser humano o direito à alimentação não é apenas uma questão de sobrevivência, 
mas sim de dignidade? 
● Como a filosofia de Kant pode contribuir para desenvolvermos reflexões sobre a moralidade 
dessa questão? 
● Pensando na história da filosofia, porque o paladar foi considerado inferior à visão e à audição? 
Qual a relação de Platão com essa hierarquização dos sentidos? 
● Aspectos intelectuais (conhecimentos diversos, sistematização de vivências prévias etc.) podem 
determinar a nossa experiência gustativa? Por que? 
● O que define o ato de comer como uma atividade social? Como podemos definir o saber do 
paladar? 
● Por que a gastronomia/culinária pode ser encarada como uma atividade estética? E como o 
efêmero se caracteriza enquanto elemento deste processo? 
● De que modo os cinco sentidos são engajados na arte da gastronomia? Como o movimento Slow 
Food pode ser considerado uma atitude ética e política contra as instâncias que contribuem para 
a manutenção da sociedade de produção e consumo? 
● Como é possível promover prazer e sabedoria ao desacelerarmos as nossas ações relativas à 
comida (cultivo, preparo, ingestão etc.)? 
● Como os Círculos podem promover um estado de presença e desacelerar a nossa relação com a 
comida - propiciando escolhas mais saudáveis, éticas, autônomas etc.? 
● Como a alienação e a ideologia configuram, desde a nossa infância, a relação que estabelecemos 
com a comida? Como a sociedade disciplinar (Foucault), a sociedade de controle (Deleuze) e a 
sociedade do desempenho (Byung-Chul Han) impactam o nosso cotidiano a partir das 
determinações sobre a relação que estabelecemos com a comida? 
● Como instaurar uma política da inatividade e de que forma isso pode melhorar o modo como 
lidamos com a alimentação? Quais estratégias podemos utilizarpara modificar a nossa 
experiência com o tempo, otimizando o seu uso e o prazer decorrente dele? 
● Por que a escola é um lugar privilegiado para dar início a essa transformação? 
● Por que o veganismo é uma atitude ética no que diz respeito à alimentação? E quais críticas 
podemos endereçar ao veganismo enquanto movimento ético? 
A partir das questões apresentadas anteriormente, aponte contradições comportamentais típicas dos 
seres humanos no que diz respeito à alimentação - e como elas marcam presença em sua vida. 
Neste planejamento, o café filosófico é o cerne da etapa de conceituação. Durante esse momento os 
estudantes irão explorar e identificar processos, situações, contradições, relações e outras atitudes que 
dizem respeito às nossas vivências e simbolismos alimentares. Diante disso, eles devem ser incentivados 
a conceituar tais constatações. Para tanto, é importante você se familiarizar com a concepção de Gilles 
Deleuze de que filosofar equivale a criar conceitos. De modo a elucidar melhor essa perspectiva, você 
pode conferir o texto “Deleuze - O que é um conceito?” (Disponível em: 
https://razaoinadequada.com/2017/09/27/deleuze-o-que-e-um-conceito/). Um trecho bem elucidativo 
deste texto - e que pode ser socializado e debatido com os estudantes em sala de aula - segue 
transcrito abaixo: 
 TEXTO 2 ( ícone clicável) 
 
 
 
 
 
108 
 
No intuito de aprimorar as conversas durante o café filosófico (e, aproveitando o ensejo, já ilustrar para 
os estudantes como um conceito é concebido), sugerimos que você explore junto à sua turma três 
conceitos importantes para evidenciar a postura crítica inerente à atitude filosófica - postura essa que 
deve pautar as intervenções durante o café filosófico. São eles: sociedade disciplinar, sociedade de 
controle e sociedade do desempenho. Esses conceitos cunhados respectivamente pelos filósofos Michel 
Foucault, Gilles Deleuze e Byung-Chul Han fornecerão uma base significativa para mediar a 
argumentação dos estudantes, favorecendo a articulação de ideias e o próprio ato de conceituar. Para 
rememorar esses três conceitos, confira os vídeos “Sociedade de controle: como as redes sociais te 
controlam?” (Disponível em: https://youtu.be/3qff6SO_bzw?si=ayH1qvbt8KdcirDS) e “O pensamento do 
filósofo Byung-Chul Han” (Disponível em: https://youtu.be/7in4qoH9V_M?si=TKDjNwBAYf4g811g). Caso 
julgue pertinente, disponibilize antecipadamente esses materiais para serem apreciados pelos 
estudantes em casa, antes da realização do café filosófico. Para além dos vídeos mencionados, segue 
abaixo alguns excertos sobre o tema que também podem provocar reflexões significativas por parte dos 
estudantes: 
 TEXTO 3 ( ícone clicável) 
Encaminhamentos: Finalizado o café filosófico, agradeça a participação de todos e explicite a 
dinâmica do próximo momento desta sequência didática. A ideia é que o quarto e último momento deste 
planejamento seja constituído por uma avaliação do café filosófico, por uma conversa sobre a 
possibilidade de tornar o café filosófico um evento permanente no calendário escolar e por um período 
de tempo dedicado à resolução de atividades. Rememore os estudantes acerca da importância de tomar 
notas dos vídeos, textos e debates explorados ao longo de todas as etapas que compõem este 
planejamento. Para exercitarem ainda mais essa técnica de estudos, solicite aos estudantes que 
assistam ao vídeo “Libertação animal, veganismo popular e ecossocialismo” (Disponível em: 
https://youtu.be/4U5EyVDExIM?si=v8ajnsDFOrb8UND3) e façam anotações destacando as principais 
relações entre CHSA e o âmbito da alimentação abordadas no vídeo. 
 
4° MOMENTO 
Organização da turma Formato circular / roda. 
Recursos e providências 
Quadro e pincel. 
Projetor multimídia. 
Acesso à internet. 
Textos impressos. 
 
Avaliação do café filosófico/café filosófico enquanto avaliação: Após a acolhida dos estudantes, 
avalie junto a eles quais eram as suas expectativas acerca do café filosófico e se essas expectativas 
foram correspondidas ao término do debate. Caso julgue oportuno, aproveite esse momento de 
avaliação do café filosófico para também realizar uma avaliação diagnóstica da turma. Considere, a 
partir das opiniões manifestadas pelos estudantes, se as habilidades previstas para serem trabalhadas 
neste planejamento foram desenvolvidas de modo satisfatório - e, caso não tenha sido contemplada 
adequadamente, aproveite o momento de resolução de atividades adiante para dirimir, na medida do 
possível, alguma defasagem que tenha sido constatada. Você ainda pode otimizar essa avaliação 
diagnóstica levando em consideração as anotações realizadas pelos estudantes (tanto em casa quanto 
na sala de aula) e as apropriações dessas informações registradas por eles. Isso pode ser verificável 
tanto ao interpelar os estudantes quanto às suas expectativas sobre o café filosófico quanto durante a 
 
 
 
 
109 
 
resolução das atividades logo mais. 
O café filosófico como evento escolar permanente: Após fazer um balanço do café filosófico, você 
pode conjecturar, em colaboração com a sua turma, possibilidades de tornar esta atividade um evento 
fixo no calendário escolar. O café filosófico pode ocorrer de diversas formas: ao final de cada bimestre 
como uma etapa avaliativa dos componentes curriculares da área de CHSA; fora da escola, como um 
modo de apropriação dos espaços públicos e de fortalecimento do vínculo com a comunidade escolar; 
acompanhado de preparos de aperitivos e bebidas temáticas, relacionados aos conteúdos explorados 
nos debates desenvolvidos em sala de aula etc. Essa prática pode ser acolhida pela escola e inserida em 
seu Projeto Político-Pedagógico (PPP) como uma prática permanente a ser vivenciada em datas 
celebradas junto à comunidade escolar - como o dia da família, dia da mulher, dia da consciência negra, 
dia do livro, dia do folclore, semana de educação para a vida etc. Em datas como estas, por exemplo, 
especialistas e membros da comunidade escolar poderiam ser convidados para compartilhar os seus 
estudos e experiências sobre o tema em evidência na data em questão. 
Outra possibilidade é utilizar o café filosófico como ensejo para preparar feiras e clubes de trocas a 
partir do uso de moedas sociais - estratégia esta que promove a boa convivência, a cultura de paz, a 
economia solidária e outras práticas que contribuem para o desenvolvimento de competências cognitivas 
e socioemocionais de toda a comunidade escolar. Ainda nessa perspectiva, talvez a sua escola possa 
organizar cafés filosóficos/pedagógicos bimestrais, para os quais os responsáveis pelos estudantes 
seriam convidados com o objetivo de acompanhar mais de perto o desenvolvimento pedagógico dos 
discentes e conhecer melhor os valores da instituição de ensino, a partir de uma conversa com a gestão 
escolar e com os professores, por exemplo. Em todas essas ocasiões é possível evidenciar as ações e o 
protagonismo estudantil a partir das atividades desenvolvidas na escola - atividades estas que também 
podem subsidiar muitas outras práticas e reflexões capazes de fortalecer a comunidade escolar, uma vez 
que elas podem se consolidar como um exercício de resistência frente às funestas facetas que 
caracterizam as sociedades disciplinar, de controle e de desempenho. 
Dependendo da região do estado de Minas Gerais que você vive, pode ser possível até mesmo realizar 
um café filosófico em uma fazenda de café - ocasião oportuna, por exemplo, para explorar de modo 
mais significativo a região na qual a escola está inserida e estreitar vínculos com a comunidade escolar. 
Nesse sentido, as informações e problematizações presentes nos vídeos e textos indicados nos 
encaminhamentos ao final do 2° momento deste planejamento podem contribuir para a organização 
dessa atividade. Participar de um café filosófico enquanto saboreamos um café especial e aprendemos 
sobre o plantio do fruto,a colheita, a torragem, os métodos de extração e as formas de degustação 
deve ser uma experiência quase transcendental - principalmente quando, concomitantemente, 
apreendemos as relações dessa cultura com os âmbitos da filosofia, da geografia, da história e da 
sociologia. No entanto, vale ressaltar que há observações importantes a serem consideradas com 
relação à ingestão de café por crianças e adolescentes. Para saber mais sobre essa questão, consulte o 
texto “Caféina pode ser prejudicial à saúde das crianças e adolescentes” (Disponível em: 
https://drauziovarella.uol.com.br/pediatria/cafeina-pode-ser-prejudicial-a-saude-das-criancas-e-
adolescentes/). 
Resolução de atividades: Por fim, de modo a efetivar este último momento do planejamento, solicite 
aos estudantes que realizem em sala de aula as atividades constantes no “MAPA 2024 - Material para o 
estudante”, anexo a este planejamento. Durante a resolução das atividades, coloque-se à disposição dos 
estudantes e busque contribuir com a elucidação das atividades disponibilizadas para a turma, 
subsidiando elementos que promovam a atitude de conceituação e o desenvolvimento da autonomia de 
todos durante essa intervenção pedagógica. Para aprimorar esse momento final da sequência didática, 
 
 
 
 
110 
 
você pode consultar os materiais sobre o método ativo sala de aula invertida, disponibilizado na 
apresentação deste planejamento - desse modo, será possível arquitetar com maior qualidade o 
presente processo de resolução de atividades, além de averiguar com mais eficiência o engajamento dos 
estudantes com relação ao desenvolvimento das habilidades previstas no início deste material didático. 
Encaminhamentos: Ao término da resolução de atividades, exponha objetivamente as habilidades 
propostas no começo deste planejamento e demonstre para os estudantes como elas foram trabalhadas 
e consolidadas ao longo das ações pedagógicas realizadas tanto em casa quanto na escola. Uma vez 
finalizados os quatro momentos deste planejamento, agradeça aos estudantes pela participação nas 
atividades propostas ao longo deste percurso formativo, explicite para eles quais serão as dinâmicas 
realizadas nas próximas aulas e se despeça cordialmente de todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
111 
 
 ANEXO 
TEXTO 1 
Comida é cultura quando produzida, porque o homem não utiliza apenas o que encontra na natureza 
(como fazem todas as outras espécies de animais), mas ambiciona também criar a própria comida, 
sobrepondo a atividade de produção à de predação. Comida é cultura quando preparada, porque, 
uma vez adquiridos os produtos-base da sua alimentação, o homem os transforma mediante o uso 
do fogo e de uma elaborada tecnologia que se exprime nas práticas da cozinha. Comida é cultura 
quando consumida, porque o homem, embora podendo comer de tudo, ou talvez justamente por 
isso, na verdade não come qualquer coisa, mas escolhe a própria comida, com critérios ligados tanto 
às dimensões econômicas e nutricionais do gesto quanto aos valores simbólicos de que a própria 
comida se reveste. Por meio de tais percursos, a comida se apresenta como elemento decisivo da 
identidade humana e como um dos mais eficazes instrumentos de comunicá-la. [...] Na oposição 
assado/cozido, está igualmente implícito uma contraposição de gênero. A panela que ferve sobre o 
fogão doméstico faz parte preferivelmente das competências femininas. A gestão do fogo para assar 
as carnes é frequentemente uma operação masculina, aliás, máscula, que traz imagens de 
simplicidade brutal, de domínio imediato sobre as forças da natureza. Em toda a sua ambiguidade, 
essas imagens continuam a condicionar os nossos modos de pensar a relação com a comida. [...] A 
comida não é “boa” ou “ruim” por si só: alguém nos ensinou a reconhecê-la como tal. O órgão do 
gosto não é a língua, mas o cérebro, um órgão culturalmente (e, por isso, historicamente) 
determinado, por meio do qual se aprendem e transmitem critérios de valoração. Por isso esses 
critérios são variáveis no espaço e no tempo: o que em determinada época é julgado positivamente, 
em outra pode mudar de caráter; o que em um lugar é considerado uma guloseima, em outro pode 
ser visto como repugnante. A definição de gosto faz parte do patrimônio cultural das sociedades 
humanas. [...] A abundância de comida, típica das sociedades industriais pós-modernas, traz 
problemas novos e de difícil solução para uma cultura historicamente marcada pelo medo da fome e 
pelo desejo de comer muito - atitudes e comportamentos permanecem condicionados a isso, e a 
irresistível atração pelo excesso, que uma história milenar de fome imprimiu nos corpos e nas 
mentes, neste ponto começa a bater: nos países ricos, as doenças por excesso alimentar, que 
antigamente era privilégio de poucos, tornam-se um fenômeno de massa, substituindo as 
tradicionais doenças de carência. [...] Assim como a língua falada, o sistema alimentar contém e 
transporta a cultura de quem a pratica, é depositário das tradições e da identidade de um grupo. 
Constitui, portanto, um extraordinário veículo de auto-representação e de troca cultural: é 
instrumento de identidade, mas também o primeiro modo para entrar em contato com culturas 
diversas, uma vez que comer a comida de outros é mais fácil - pelo menos aparentemente - que 
codificar sua língua. Mais ainda que a palavra, a comida se presta a mediar, entre culturas diversas e 
abrindo os sistemas de cozinha a todo tipo de invenções, cruzamentos e contaminações. 
(MONTANARI, p. 15-16; 80-81; 95; 123; 183-184). 
 
Acontece que, no caso de todas as outras espécies, a busca por alimento – uma necessidade vital – 
ocorre de modo seguro, segundo as leis naturais, mas a experiência da alimentação humana nos 
mostra que, deixados à determinação de nossos impulsos e inclinações, somos levados a contrariar a 
lei natural de manutenção da vida, tornando imperativo buscar o porto seguro da razão. No nosso 
caso, os obstáculos não são criados pela natureza, mas pela natureza humana. À diferença dos 
outros animais, não nos alimentamos apenas guiados por impulsos sensíveis e sabemos que nem 
sempre o que é agradável é também saudável. Existe uma necessidade fisiológica que nos impele à 
 
 
 
 
112 
 
busca pelo alimento, sem dúvida, mas somente seres racionais podem tomar interesse por alguma 
coisa. Certamente, o interesse está presente na relação do homem com o alimento, na medida em 
que o agradável pode influir na vontade por meio das sensações. [...] A alimentação faz parte da 
nossa vida cotidiana, temos hábitos alimentares que são produzidos a partir das mais diversas 
influências, o que nos permite situar esta atividade no âmbito da cultura. Poderíamos, fazendo uma 
analogia com a ideia de progresso em Kant, dizer que saímos da brutalidade no campo alimentar – 
quando dividíamos com os animais os produtos da natureza – para um estado civilizatório, em que 
desenvolvemos técnicas que mudaram profundamente a forma de obtenção de alimentos e até 
mesmo a forma como a natureza produz seus frutos. Por outro lado, o progresso da técnica na 
produção de alimentos trouxe uma grande contradição em relação à sua finalidade natural de 
manter a vida, na medida em que muitos alimentos, ao invés de vida e saúde, portam consigo o 
risco de morte ou doença. [...] Kant pensou a moralidade como destinação do homem (possível 
somente para a espécie). Nas Lições de Ética, ele nos diz que viver como homens é viver 
dignamente e não degradando a nossa humanidade. Reconhecemos na falta do alimento uma 
condição indigna para o ser humano, o que nos levou a resgatar na dignidade humana o 
fundamento do direito à alimentação, algo que é essencial para a realização da destinação do 
homem, segundo a perspectiva teleológica de Kant. Entretanto, se pensada a alimentação apenas do 
ponto de vista meramente fisiológico, sabemosque é possível “manter-se vivo”, embora de forma 
indigna, como milhões de pessoas que não se alimentam adequadamente e vivem naquilo que 
consideramos “condições sub-humanas” ou “indignas” de vida. Isto nos mostra que há um ideal de 
alimentação a ser perseguido, um ideal de moralidade, segundo o qual será possível rejeitar certas 
escolhas alimentares por serem imorais, na medida em que firam a dignidade humana. (SOARES, p. 
112; 116; 118). 
Historicamente, o paladar foi submetido à categoria dos sentidos inferiores, materiais e baixos, junto 
ao olfato e em contraposição a sentidos superiores, intelectuais e nobres, como visão e audição. Na 
perspectiva de Platão, a culinária seria comparável à retórica: uma atividade empírica, destinada a 
seduzir e a satisfazer uma necessidade primária e não atrelada ao conhecimento, já que não tem 
origem em leis dedutíveis e tampouco pertence ao domínio das artes, por não representar prazer 
intelectual. Ou seja, os resultados advindos do paladar seriam físicos, efêmeros e não dignos de um 
homem racional. De fato, a construção ocidental elevou o status da visão e audição como 
representantes do saber, da fé e da arte. O tato foi conectado a um sentido ambíguo, capaz de 
contato e proximidade, mas não capaz de interiorização. Paladar e olfato foram conectados a uma 
materialidade e a um prazer físico que atravessa o corpo. [...] A experiência gustativa que ocorre e 
se desenvolve em diferentes contextos, entendidos aqui como um conjunto de conexões em um 
cenário de sentidos, não abriga regras de como apreciar e desfrutar o alimento. Almoçar em um 
restaurante renomado é muito diferente de fazer uma refeição na beira da estrada em uma longa 
viagem, mas não podemos afirmar que o prazer só pode ser encontrado no primeiro ou que a 
experiência do paladar apenas acontece no segundo momento, tampouco que esses momentos são 
construídos a partir de uma necessidade puramente biológica ou fisiológica. A saciedade, a 
companhia, a circunstância, a negação (sei que o sabor não é bom, mas tenho fome e como), o 
prazer refinado e outros aspectos têm influência direta sobre a experiência do paladar e isso é o 
ponto de partida da complexidade utilizada como referência nessa construção teórica. [...] Tratar do 
paladar significa , então, estar às margens da teoria da estética e construir uma teoria das margens 
ao tratá-lo sob uma ótica de continuidade e de interação na relação entre natureza e cultura. Prazer, 
conhecimento, necessidade, desejo, nutrição e gosto formam um único todo na experiência estética 
do paladar. Nesse contexto de atravessamento entre natureza e cultura, comer é uma atividade 
 
 
 
 
113 
 
social em que a natureza comparece e o paladar se apresenta como uma habilidade capaz de gerar 
prazer e conhecimento, através de uma característica endocorpórea atrelada a um cenário de 
sentido, a um saber perceptivo intrinsecamente relacionado ao corpo, que deve ser observado, 
refletido, introspectado, expresso, compartilhado e conceitualizado para dar conta de todas as suas 
possibilidades. A estética do paladar, em suma, é uma estética relacional. [...] O saber do paladar 
também pode ser entendido como uma forma de educação que busca ensinar uma linguagem capaz 
de expressar uma apreciação racional do que é ingerido. Normalmente, esse é um processo gradual 
que atua na dimensão dos aspectos perceptíveis e mensuráveis, capazes de esclarecer os esqueletos 
dos processos de qualidade. Contudo, o processo de valoração da qualidade é socialmente 
compartilhado e intimamente vivenciado. (BENEMANN, p. 332; 334; 335; 336). 
A gastronomia é o domínio reservado de Eros ali onde triunfam quase exclusivamente as fúrias 
mortais de Tanatos. impulso de vida, criativa e criadora, constituinte e regeneradora, a força vital é 
a audácia cristalizada pelo conjunto dos ardores que, em nós, resistem à morte. Comer é instalar-se 
no próprio centro do processo formador, gerador e conservador de si próprio. De certo modo, é 
assistir à preparação de auroras quando se anunciam crepúsculos. Em sua obra, o artista-cozinheiro 
é volúvel. Ele se narra, se mostra, teoriza. Ele escreve, desenha e explica, pinta e mostra o modo de 
usar, produz um acontecimento e o explicita. Ao contrário, o cozinheiro-artista na maior parte do 
tempo se instala no terreno da prática pura e dedica o essencial do seu tempo a fazer, a fabricar. 
Homo sapiens contra homo faber, o verbo desdobrado contra o silêncio observado. Os que vêm do 
mundo das belas-artes instalam de imediato a atividade culinária no domínio da estética, no terreno 
dos artistas; os que atuam nas cozinhas são mais modestos, menos tagarelas e pedem que os 
deixem no fogão. O que não impede que sejam de todo homens de arte. [...] Somente a época 
contemporânea funcionou como espaço em que o efêmero pôde ser reivindicado e não tolerado. 
Vestígios na areia, nos desertos africanos, movimentos de transe entre os dervixes giradores, ecos 
que diminuem até se perder nas florestas onde se fazia música com o vento que canta nos ramos, 
aromas destinados aos deuses nos sacrifícios praticados por contemporâneos de Homero, inúmeros 
são os vestígios sem vestígio, as memórias pobres, as lembranças já quase desaparecidas ao surgir. 
O que essas artes produzem, como a cozinha, é o imaterial, uma substância que não é una, que 
transborda as categorias em que o real está habitualmente fechado. E a natureza desses imateriais 
acumulados é o efêmero, o precário, o que dura um dia, às vezes nem isso. Pois a cozinha é uma 
arte do tempo. Do tempo e do preparo aplicado ao alimento, às matérias comestíveis, suscetíveis de 
ingestão. Arte do tempo e das cores, dos volumes e dos materiais, ela se assemelha às das belas-
artes que, justamente, tratam desse aspecto: música e pintura, arquitetura e escultura. Duração no 
tempo: os cozimentos; aspecto no espectro luminoso: cores; formas desenvolvidas num espaço em 
três dimensões, conquista dos volumes estendidos numa dimensão espacial; apresentação num 
prato; inscrição num dobrar ou desdobrar de texturas, lisas, estriadas, fibrosas, longas ou curtas: 
arquitetura e escultura. A matéria é o objeto desse efêmero que devemos esculpir como um artista, 
antes do desaparecimento, do aniquilamento. Todas as operações de cozinha significam e celebram 
as modificações trazidas à matéria: desenformar, corar, assar, fritar, escaldar, grelhar, ferver, 
abafar, flambar, cozinhar é agir especificamente no tempo; talhar, cortar, amaciar, cinzelar, picar, 
amarrar, enfarinhar é agir no terreno da forma; soltar, disfarçar, distender, moer, furar; encrespar, 
ligar, conservar é intervir nas texturas; refogar, aferventar, refrescar, condimentar, temperar é 
querer produzir efeitos sobre a cor, sobre a luz. Em todos os casos de figura, a ação conjugada 
sobre o tempo, a forma, as texturas, as cores vem da prática estética ou artística. As operações 
culinárias têm em mira os estados da matéria: exacerbar o vermelho de um pimentão, o aroma de 
um cogumelo, a elasticidade, o crocante, a maciez de uma torta, de uma massa, a ductilidade e 
 
 
 
 
114 
 
maleabilidade de uma carne, o cremoso de um molho. Os cinco sentidos são, portanto, convocados 
em sua totalidade e não solicitados parcialmente nem solicitados pela metade; são interrogados num 
perfume, numa consistência, num sabor, numa impressão visual. O cérebro inteiro está projetado na 
matéria assim variada, diversificada. A materiologia é disciplina associada à gastronomia. Porém a 
matéria não é eterna em sua configuração. Sua essência perdura, certamente, mas a composição 
em que aparece ou se mostra é precária. Desde Demócrito os materialistas afirmam, com razão, que 
só existe uma substância, única e diversamente modificada, sempre frisando que na modificação 
reside a natureza formal do real e que só existe eternidade nos componentes, não no composto. 
Sem dúvida, a composiçãoculinária obedece a essas leis elementares. Eternidade dos elementos, 
precariedade dos alimentos; imortalidade do simples, fugacidade do complexo. A cozinha é forma 
tomada, em espaço e em tempo dados, por uma energia e uma vontade de artista feitas estilo. O 
cozinheiro é um escultor de tempo que toma o pretexto da matéria. E por isso ele é condenado ao 
efêmero. (ONFRAY, p. 167-168; 169-171). 
 
O movimento Slow Food, criado pelo jornalista Carlo Petrini em 1986, na Itália, tornou-se uma 
associação sem fins lucrativos em 1989 e, atualmente, tem sede também na Alemanha, Suíça, 
Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, além de contar com apoiadores em 150 países, dentre 
eles o Brasil. O termo apareceu logo após a manifestação contra a abertura de uma lanchonete de 
fast food em Roma e deu nome ao manifesto que colocava em questão a vida acelerada, a confusão 
entre eficiência e frenesi e preconizava, então, uma vida mais lenta, sustentada nos princípios e 
prazeres dos sentidos e da sabedoria. O movimento vem marcar, sobretudo, a contraposição da 
padronização das refeições rápidas, o chamado Fast Food. Seu princípio básico consiste no direito ao 
prazer da alimentação e advoga pela necessidade de que todos sejam bem informados, tornando-se 
coprodutores e não meros consumidores. Segundo seu manual, ao preconizar a boa comida, a 
importância do prazer associado à alimentação e um ritmo de vida mais lento, defende que o 
alimento precisa ser bom, limpo e justo. O alimento deve ter um bom sabor, precisa ser cultivado de 
forma limpa, ou seja, sem causar prejuízos a nossa saúde, ao meio ambiente e aos animais, bem 
como os produtores devem ter seus direitos respeitados e receber remunerações adequadas ao seu 
trabalho. Com o propósito de conter a propagação da alimentação fútil, apressada e padronizada, o 
Slow Food busca ainda resgatar as culinárias locais, os produtos tradicionais, assim como preservar 
as espécies vegetais e animais. Para tanto, investe em uma educação articulada, estando presente 
em escolas, associações, cooperativas, centros culturais. [...] Mais do que resistência, portanto, em 
tempos de controle e de sujeição a imperativos de vida saudável, acreditamos que movimentos 
como o Slow Food podem demarcar uma abertura potente para o viver. Esta crença não significa, é 
claro, negar a importância dos cuidados relacionados à alimentação na busca por uma qualidade de 
vida, nem tampouco contribuições médicas e nutricionais, mas, isto sim, apostar na potência de 
movimentos que promovam um exercício crítico acerca dos modos de pensar e de se relacionar com 
os discursos/práticas alimentares no contexto político-subjetivo atual. (BAYÃO & DAMOUS, p. 163; 
165). 
Cada vez mais nos assemelhamos àquelas pessoas ativas que “rolam tal como pedra, conforme a 
estupidez da mecânica”. Dado que percebemos a vida apenas em termos de trabalho e 
desempenho, compreendemos a inatividade como um déficit que deve ser corrigido o mais rápido 
possível. A existência humana está totalmente absorvida pela atividade. Por isso, é possível explorá-
la. Perdemos o sentido da inatividade, a qual não representa uma incapacidade, uma recusa, uma 
simples ausência de atividade, mas uma capacidade em seu próprio direito. A inatividade tem a sua 
própria lógica, sua própria linguagem, sua própria temporalidade, sua própria arquitetura, seu 
 
 
 
 
115 
 
próprio esplendor, sua própria magia. Ela não é uma fraqueza, uma falta, mas uma intensidade que, 
todavia, não é nem percebida nem reconhecida na nossa sociedade da atividade e do desempenho. 
Não temos acesso ao reino e à riqueza da atividade. A inatividade é uma forma reluzente da 
existência humana. Hoje, ela esmaeceu até se tornar uma forma vazia de atividade. Nas relações de 
produção capitalistas, a inatividade retorna como o de fora que é incluído. Nós a chamamos de 
“tempo livre”. Uma vez que o tempo livre serve para se recuperar do trabalho, permanece preso à 
sua lógica. Como um derivado do trabalho, ele é um elemento funcional no interior da produção. 
Com isso, desaparece o tempo de fato livre, que não pertence à ordem do trabalho e da produção. 
Não conhecemos mais aquele repouso sagrado, festivo, que “reúne em si intensidade vital e a 
contemplação, e que consegue reuni-los mesmo quando a intensidade vital se torna selvageria”. 
Falta, ao “tempo livre”, tanto a intensidade da vida quanto a contemplação. Ele é um tempo que 
matamos a fim de não deixar nenhum tédio surgir. Não é um tempo livre, vivo, mas um tempo 
morto. A vida intensa significa hoje, sobretudo mais desempenho ou mais consumo. Esquecemos 
que a inatividade que nada produz representa uma forma reluzente e intensa de vida. À obrigação 
para o trabalho e para o desempenho deve-se opor uma política da inatividade que possa produzir 
um verdadeiro tempo livre. A inatividade constitui o Humanum. O que torna o fazer genuinamente 
humano é a parcela de inatividade que há nele. [...] Inatividades demandam tempo. Elas exigem 
muito tempo, um demorar-se intenso, contemplativo. Elas são raras em uma época da pressa, na 
qual tudo se tornou tão a curto prazo, de tão curta respiração e de vista tão curta. Hoje, impõe-se 
em todo lugar a forma de vida consumista, na qual toda necessidade deve ser satisfeita 
imediatamente. Não temos mais a paciência para a espera, na qual algo pode lentamente 
amadurecer. O que conta é apenas o efeito de curto prazo, o êxito rápido. Ações se encurtam em 
reações. Experiências se diluem em vivências. Sentimentos se empobrecem em emoções e afetos. 
Não temos acesso à realidade, que só se revela a uma atenção contemplativa. (HAN, p. 9-11; 26). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
116 
 
TEXTO 2 
A filosofia não possui compromisso nenhum com o Universal, com o consenso ou com a doxa 
(opinião). Seus caminhos são outros, ela opera por singularidades. Para Deleuze e Guattari, o 
conceito será o centro da filosofia, sua razão de ser; podemos resumir tudo em uma fórmula 
simples: Filosofar = criar conceitos. Pode parecer estranho em um primeiro momento, talvez prático 
demais. Quer dizer então que os conceitos não estão escondidos por trás dos fenômenos, ou 
brilhando no céu? Sim, é exatamente isso, filosofar é a prática de criar, inventar, construir, talhar e 
dar consistência aos conceitos. E podemos ir além, não há altar para os conceitos, eles precisam ser 
arrancados do ato do pensamento. 
Mas por que inventaríamos conceitos em um primeiro momento? Qual a razão de inventar conceitos 
e por que eles seriam necessários? É preciso inventar conceitos por uma razão simples, porque eles 
surgem para resolver problemas. Da mesma maneira que se inventam ferramentas para resolver 
problemas, os conceitos são utensílios existenciais, inventados para superar e solucionar problemas 
que o ato de viver encontra em seu caminho. 
Todo conceito surge para resolver um problema. Todo e qualquer conceito surge porque de uma 
maneira ou de outra havia uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho havia uma pedra. A 
pedra é o acontecimento, e o conceito é a vida que procura dar conta de si mesma, superando os 
obstáculos através do pensamento. Sendo assim, o filósofo cria conceitos para uma realidade 
determinada: esta vida, esta existência, com estes problemas e estas questões a se resolver. O ato 
filosófico continuamente reconceitualiza a existência, encarando os problemas e encontrando novas 
formas e existir. 
Ainda assim, conceitos não nascem do nada, claro, e também não são feitos de qualquer maneira, 
eles também possuem histórias. Ainda assim, não é qualquer coisa que podemos chamar de 
conceitos, eles nascem sendo atualizados por conceitos antigos, ou por adição e subtração de 
componentes que os constituem. 
Por isso a história da filosofia é diferente do ato de filosofar. O historiador da filosofia, e isso vale 
para os professores de filosofia, fala dosconceitos em seus devires, suas transformações e criações. 
Os filósofos não filosofam por um ato de espontaneidade, eles mergulham no caos, mas armados de 
conceitos antigos, retirados de filósofos anteriores. Mas criar conceitos é sempre romper com a 
história, é ser extemporâneo. Os problemas não são históricos, são imanentes. O filósofo olha para o 
presente, pedindo por um futuro, criando mundos; já o historiador olha para o passado, tentando 
compreender o presente. (TRINDADE, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
117 
 
TEXTO 3 
Sobre sociedade disciplinar 
Qual a maior virtude para uma sociedade como esta [sociedade disciplinar]? Corpos dóceis, 
adestrados, que desenvolveram reflexos de submissão: paciência, obediência, resiliência. A tão 
sonhada paz foi conquistada. As disciplinas são técnicas utilizadas para assegurar a ordenação das 
multiplicidades humanas. Ela é usada para reduzir o que torna uma multiplicidade difícil de ser 
manejada. Faz crescer a utilidade de cada elemento singular. Ela é o processo técnico pelo qual a 
força do corpo é, com mínimo ônus, reduzida como força política e maximizada como força útil. Quer 
o máximo de efetividade com o mínimo de dispêndio. A disciplina permite que o poder operacionalize 
suavemente a vida em favor de um circuito de produção e lucro. 
A estratégia muda: no lugar da punição espetacular, é agora colocado em prática o ajuste constante 
do homem ao seu meio, sua adaptação. Controlar, manipular multiplicidades é mais efetivo do que 
violentar. As relações de poder só funcionam dentro desta trama complexa. 
A disciplina é efeito do direito que acaba se tornando dever. As instituições disciplinares constituem a 
vertente obscura da luta pelos direitos, elas protegem, mas também obrigam. Do universal nasce uma 
assimetria local. A forma jurídica que garante os direitos com uma mão, opera as disciplinas com a 
outra. Somos aparentemente iguais em direitos, mas a liberdade formal política é, ao mesmo tempo, a 
escravidão das forças dos corpos. O direito universal, sonho dos juristas reformadores, se manifesta 
como disciplina específica, efeito real da dominação. 
Nas escolas, no trabalho, na prisão, no consultório do psiquiatra, o que se produz? Disciplina Infinita! 
Pura e simplesmente! Interrogatório sem fim, formação continuada, processo nunca encerrado. 
Dominação permanente de uma sociedade que sonhava com valores talvez altos demais para serem 
colocados em prática. O sonho de liberdade, igualdade e fraternidade tornou-se o pesadelo da 
escravidão, desigualdade e indiferença. (LAURO, 2017b). 
 
Sobre sociedade de controle 
O Controle é a nova maneira pela qual se exerce o Poder e ele se afasta da Disciplina no que concerne 
a disposição do tempo e também do espaço. Se a Disciplina marcava o espaço por Territorializações, o 
Controle marca por processos de Desterritorialização. Não se trata mais de capturar o virtual, como o 
“fora” entre corpo e a potência. Não há mais fora! Para que o Controle seja contínuo ele não deve 
apenas interferir na passagem do Virtual ao Atual, ele precisa represar a passagem. A condução dos 
fluxos numa Sociedade de Controle é canalizada, sintonizada, por que não. Não se constitui um 
território onde a ação passe por um filtro, mas faz-se uma introjeção do filtro. O Virtual deve ser 
tomado pela Desterritorialização, isto é, a potência de um corpo deve ser controlada a partir de 
dentro. Dá no mesmo dizer que o que se deve capturar é o Desejo. 
Se a Disciplina marcava o tempo pelo relógio, o Controle percebe que o tempo cronológico é, na 
verdade, pouco produtivo. É mais inteligente pensar qual o melhor momento. Em que momento pode-
se extrair mais de cada tipo de corpo? Para cada corpo, uma medida. A captura do tempo se dará no 
campo da heterogênese. “Você rende mais à noite? Fique à vontade para fazer seu horário“. A 
produção não se dá mais em turnos, ela acontece o tempo inteiro. 
É preciso falar também da mudança na produção de subjetividade. O Normal é produzido em espaço 
aberto. Não há mais passagem entre a escola, a faculdade e o trabalho. Há uma espécie de 
 
 
 
 
118 
 
Conurbação Afetiva, bem monótona. O Controle atravessa as paredes pelas ondas eletromagnéticas 
para fazer circular um número ínfimo de afetos. Deleuze fala que o plano da vez é a educação 
nacional, e isto significa precisamente, a entrega da escola à empresa. Nossas escolas devem produzir 
bons “Empreendedores de Si”. [...] 
Imensas novas forças estão implicadas na Sociedade de Controle: as bolsas de valores, os bancos, as 
empresas, a mídia, a publicidade. O processo de captura do Desejo não é simples. O Controle move 
enormes quantidades de força reacionária: uma Axiomática. Primeiro, é preciso que as pessoas 
acreditem que as demandas sociais são verdades inquestionáveis, que o país só cresce quando os 
bancos lucram, que o produto melhor é o mais novo, que o metrô é o melhor uso do dinheiro 
público. Segundo, é preciso capturar as palavras perigosas. Experiência, conceito, ação, invenção. Só 
através da captura das máquinas de expressão é que se captura da multiplicidade em espaço aberto. 
É por esse motivo que as instituições da grande Mídia tem tanto poder. Ao disputar a narrativa, elas 
disputam a produção de pensamento. (LAURO, 2017a). 
 
Sobre sociedade do desempenho 
A sociedade disciplinar de Foucault, feita de hospitais, asilos, presídios, quartéis e fábricas, não é mais 
a sociedade de hoje. Em seu lugar, há muito tempo, entrou uma outra sociedade, a saber, uma 
sociedade de academias de fitness, prédios de escritórios, bancos, aeroportos, shopping centers e 
laboratórios de genética. A sociedade do século XXI não é mais a sociedade disciplinar, mas uma 
sociedade de desempenho. Também seus habitantes não se chamam mais “sujeitos da obediência”, 
mas sujeitos de desempenho e produção. São empresários de si mesmos. Nesse sentido, aqueles 
muros das instituições disciplinares, que delimitam os espaços entre o normal e o anormal, se 
tornaram arcaicos. A analítica do poder de Foucault não pode descrever as modificações psíquicas e 
topológicas que se realizaram com a mudança da sociedade disciplinar para a sociedade do 
desempenho. Também aquele conceito da “sociedade de controle” não dá mais conta de explicar 
aquela mudança. Ele contém sempre ainda muita negatividade. [...] 
A mudança de paradigma da sociedade disciplinar para a sociedade de desempenho aponta para a 
continuidade de um nível. Já habita, naturalmente, o inconsciente social, o desejo de maximizar a 
produção. A partir de determinado ponto da produtividade, a técnica disciplinar ou o esquema 
negativo da proibição se choca rapidamente com seus limites. Para elevar a produtividade, o 
paradigma da disciplina é substituído pelo paradigma do desempenho ou pelo esquema positivo do 
poder, pois a partir de um determinado nível de produtividade, a negatividade da proibição tem um 
efeito de bloqueio, impedindo um maior crescimento. A positividade do poder é bem mais eficiente 
que a negatividade do dever. Assim o inconsciente social do dever troca de registro para o registro do 
poder. O sujeito de desempenho é mais rápido e mais produtivo que o sujeito da obediência. O poder, 
porém, não cancela o dever. O sujeito de desempenho continua disciplinado. Ele tem atrás de si o 
estágio disciplinar. O poder eleva o nível de produtividade que é intencionado através da técnica 
disciplinar, o imperativo do dever. Mas em relação à elevação da produtividade não há qualquer 
ruptura; há apenas continuidade. [...] 
O sujeito de desempenho está livre da instância externa de domínio que o obriga a trabalhar ou que 
poderia explorá-lo. É senhor e soberano de si mesmo. Assim, não está submisso a ninguém ou está 
submisso apenas a si mesmo. É nisso que ele se distingue do sujeito de obediência. A queda da 
instância dominadora não leva à liberdade. Ao contrário, faz com queliberdade e coação coincidam. 
Assim, o sujeito de desempenho se entrega à liberdade coercitiva ou à livre coerção de maximizar o 
 
 
 
 
119 
 
desempenho. O excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa autoexploração. Essa é mais 
eficiente que uma exploração do outro, pois caminha de mãos dadas com o sentimento de liberdade. 
O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos. 
Essa autorreferencialidade gera uma liberdade paradoxal que, em virtude das estruturas coercitivas 
que lhe são inerentes, se transforma em violência. Os adoecimentos psíquicos da sociedade de 
desempenho são precisamente as manifestações patológicas dessa liberdade paradoxal. (HAN, 2015, 
p. 14-17). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Disponível em: https://razaoinadequada.com/2017/09/27/deleuze-o-que-e-um-conceito/. Acesso em: 20 
nov. 2023. 
 
 
 
 
124 
 
 
 
REFERÊNCIA 
 
 
2024 
 
 
 
 MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA 
 
 
 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 4: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos 
e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e transformação das 
sociedades. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Análise da relação entre 
acesso à educação e 
mundo do trabalho. 
Reconhecimento da 
necessidade de políticas 
que assegurem a jovens, 
mulheres, negros e demais 
minorias sociais acesso 
igualitário ao mercado de 
trabalho. 
(EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e 
renda em diferentes espaços, escalas e tempos, associando-os a 
processos de estratificação e desigualdade socioeconômica. 
 (EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em 
diferentes circunstâncias e contextos históricos e/ou geográficos e seus 
efeitos sobre as gerações, em especial, os jovens, levando em 
consideração, na atualidade, as transformações técnicas, tecnológicas e 
informacionais. 
TEMA DE ESTUDO: A relação entre acesso à educação e mundo do trabalho: desafios e perspectivas. 
A) APRESENTAÇÃO: 
Neste planejamento de aula, exploraremos a relação intrínseca entre acesso à educação e mundo do 
trabalho, analisando as suas dimensões e desafios contemporâneos. O objetivo é desenvolver habilidades 
fundamentais para que os estudantes compreendam como a educação influencia suas trajetórias 
profissionais e como as políticas de inclusão são essenciais para garantir acesso igualitário ao mercado de 
trabalho. 
Propomos uma reflexão acerca das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais, considerando 
os impactos dessas mudanças nas relações de trabalho. Ao longo da aula, serão abordados conceitos, 
dados relevantes e debates sobre as políticas públicas necessárias para promover a equidade, 
especialmente para jovens, mulheres, negros e outras minorias sociais. 
A aula será conduzida de forma participativa, incentivando a interação dos estudantes e promovendo 
debates que estimulem a reflexão crítica. Utilizaremos recursos como textos, vídeos, e discussões em 
grupo para enriquecer a compreensão dos temas abordados. 
Enquanto profissionais da Educação, somos convidados a adotar uma perspectiva pedagógica que 
transcende as fronteiras convencionais do ensino. Diante da complexa interseção entre educação e 
trabalho, vamos refletir sobre as implicações profundas desta relação na tessitura de nossa sociedade. 
O cerne de nosso propósito é ir além da transmissão de conhecimento e promover uma compreensão 
crítica das relações de produção, capital e trabalho. Encorajo cada um de vocês a cultivar não apenas 
receptores de informações, mas agentes capazes de analisar e transformar as dinâmicas que regem o 
nosso mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
125 
 
Ao reconhecer a imperatividade de políticas que garantam acesso igualitário ao mercado de trabalho, 
instamos a um compromisso profundo com a construção de um ambiente educativo inclusivo e justo. 
Nesta empreitada, a diversidade não é apenas celebrada; ela é a força propulsora da inovação e da 
prosperidade coletiva. 
Na vanguarda desta jornada, encontra-se a necessidade de preparar nossos estudantes para as 
transformações técnicas, tecnológicas e informacionais da contemporaneidade. A compreensão destas 
mudanças é essencial para capacitá-los a enfrentar os desafios que o futuro do trabalho impõe. 
Cada diálogo, cada atividade prática, moldará mentes inquisitivas e preparará nossos alunos para a 
complexidade do mundo que os aguarda. Este é um compromisso que transcende as paredes da sala de 
aula; é um investimento no futuro de uma sociedade mais justa e igualitária. 
Em meio aos desafios, vejam as oportunidades para inspirar, questionar paradigmas e guiar os 
estudantes em direção a uma compreensão profunda das relações que permeiam educação e trabalho. 
A formalidade do ambiente educacional não deve ser um entrave, mas sim um veículo para o rigor e a 
seriedade necessários para moldar as mentes de forma impactante. 
Dessa maneira, cada sessão de aula se configura como um chamado para sensibilizar os estudantes 
diante dessa realidade. Durante esse momento, é essencial estimular uma reflexão acerca do mundo 
que os cerca, fomentando uma análise crítica; orientar sobre como avaliar essarealidade, encorajando a 
busca por compreensão dos processos históricos e sociais que contribuíram para a configuração atual; 
por fim, motivar cada aluno a agir diante dessa realidade, propondo soluções para os conflitos sociais 
vigentes. Entretanto, é imperativo que cada etapa seja conduzida com diligência, atentando-se aos 
conceitos fundamentais da sociologia e estabelecendo um diálogo consistente com a teoria sociológica 
pertinente. 
 
B) DESENVOLVIMENTO 
1º MOMENTO 
Organização da turma 
A turma poderá ser organizada de acordo com a preferência da 
professora ou professor. O ideal é que seja uma disposição fora da 
rotina, como: turma organizada em círculo ou os estudantes reunidos 
em duplas ou grupos. 
Recursos e providências Textos impressos e projetor multimídia. 
 
− Explique a importância da habilidade em análise e sua relevância para os estudantes. 
− Apresente dados sobre a atual situação do acesso à educação e suas implicações no mercado de 
trabalho. 
Neste primeiro momento, é crucial contextualizar a relevância da habilidade na análise da relação entre 
educação e trabalho para os estudantes. Entender a intrincada interconexão entre esses dois pilares é 
mais do que uma mera exploração acadêmica; é um dado que capacita os estudantes a decifrarem as 
nuances da sociedade contemporânea. 
A habilidade em análise oferece aos estudantes uma visão crítica sobre como suas escolhas educacionais 
reverberam no mercado de trabalho. Dados recentes indicam que, em média, pessoas com níveis mais 
elevados de educação têm uma maior probabilidade de encontrar empregos que ofereçam salários mais 
altos e oportunidades de crescimento profissional. Isso destaca a importância de compreender como o 
acesso à educação impacta diretamente as perspectivas de carreira. 
 
 
126 
 
Ao observarmos a realidade do acesso à educação, evidenciam-se disparidades significativas. Segundo 
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda persistem desafios consideráveis no 
acesso à educação de qualidade em diversas regiões do país. Isso reflete não apenas nas oportunidades 
educacionais, mas também na preparação dos estudantes para enfrentar os desafios do mercado de 
trabalho. 
A correlação entre níveis educacionais e oportunidades profissionais é evidente. Em uma pesquisa 
recente, constatou-se que profissionais com ensino superior têm uma taxa de desemprego menor e uma 
probabilidade maior de acesso a postos de trabalho mais qualificados. Esses dados destacam como as 
escolhas educacionais são determinantes na configuração das trajetórias profissionais. 
Portanto, este primeiro momento não apenas introduz a habilidade em análise, mas também provoca 
uma reflexão crítica sobre a importância do acesso à educação na construção de trajetórias profissionais 
sólidas. Ao ancorar essa análise em dados concretos, buscamos não apenas informar, mas capacitar os 
estudantes a compreenderem e moldarem ativamente o seu futuro educacional e profissional. 
 
 DICAS: 
 Filme: 
"Que Horas Ela Volta?" (2015): Este filme dirigido por Anna Muylaert aborda as dinâmicas 
sociais entre patrões e empregados domésticos no Brasil, destacando as barreiras educacionais 
e as consequências no mercado de trabalho. 
 Livro: 
"Cidade de Deus" - Paulo Lins: o livro, que inspirou o famoso filme homônimo, mergulha nas 
realidades das favelas brasileiras, explorando as complexidades da educação e as escolhas 
enfrentadas pelos jovens em busca de oportunidades. 
 
 
2º MOMENTO 
 
Organização da turma 
A turma poderá ser organizada de acordo com a preferência da 
professora ou professor. O ideal é que seja uma disposição fora da 
rotina, como: turma organizada em círculo ou os estudantes reunidos 
em duplas ou grupos. 
Recursos e providências Textos impressos e projetor multimídia. 
 
− Apresente os conceitos-chaves relacionados à interação entre educação e trabalho. 
− Explore casos históricos e contemporâneos que evidenciem as diferentes dimensões dessa 
relação. 
No segundo momento, aprofundaremos a análise da relação entre educação e trabalho, introduzindo 
conceitos sociológicos e outros conceitos fundamentais e explorando casos históricos e contemporâneos 
que ilustram as diversas dimensões dessa interação no contexto brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
127 
 
Reprodução Social: refere-se ao processo pelo qual as desigualdades sociais são transmitidas de uma 
geração para outra, incluindo aquelas relacionadas ao acesso à educação e oportunidades no mercado 
de trabalho. 
Habitus: desenvolvido por Pierre Bourdieu, é um conjunto de disposições internalizadas que moldam 
as escolhas e comportamentos individuais. No contexto educacional e profissional, o habitus influencia 
as decisões e as trajetórias de carreira. 
Mercado de Trabalho Dual: um conceito que destaca a divisão do mercado de trabalho em setores 
formal e informal, cada um com características distintas em termos de estabilidade, remuneração e 
proteção social. 
Capital Humano: refere-se ao conjunto de conhecimentos, habilidades e competências adquiridas por 
um indivíduo por meio da educação e da experiência, influenciando sua produtividade no mercado de 
trabalho. 
Educação Profissionalizante: enfatiza a preparação para atividades específicas do mercado de 
trabalho, proporcionando habilidades práticas e técnicas necessárias para determinadas profissões. 
Mercado de Trabalho Formal e Informal: distingue entre empregos com contratos formais e 
proteções legais e aqueles sem essas características, muitas vezes caracterizados pela instabilidade e 
falta de garantias trabalhistas. 
 
Casos históricos e contemporâneos brasileiros: 
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST): o MST ilustra a luta por acesso à terra e 
educação no Brasil, destacando as interconexões entre questões agrárias, educação e oportunidades de 
trabalho digno. 
Cotas Raciais e Sociais nas Universidades: a implementação de políticas de cotas nas instituições 
de ensino superior busca enfrentar as desigualdades históricas no acesso à educação, evidenciando a 
relação entre educação e estratificação social. 
Efeito de Gênero na Escolha Profissional: estudos sociológicos evidenciam como as expectativas 
de gênero influenciam as escolhas educacionais e profissionais, contribuindo para a segregação 
ocupacional e salarial. 
Trabalho Precário e Informal: a análise sociológica do trabalho precário e informal no Brasil destaca 
não apenas as dimensões econômicas, mas também as implicações sociais e educacionais dessa 
realidade. 
Criação do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial): um marco na história 
brasileira, o SENAI, fundado em 1942, ilustra a ênfase na educação profissionalizante para atender às 
demandas da indústria, contribuindo para a formação de capital humano especializado. 
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC): iniciado em 2011, o 
PRONATEC é um exemplo contemporâneo de esforços governamentais para expandir a oferta de cursos 
técnicos e profissionalizantes, visando melhorar a inserção no mercado de trabalho. 
Desenvolvimento da Educação a Distância (EaD): a crescente utilização da EaD no Brasil destaca 
a adaptação do sistema educacional às demandas do mercado, proporcionando flexibilidade para a 
aquisição de habilidades profissionais, especialmente em momentos de transformação digital. 
Impacto da Pandemia na Educação e Trabalho: a pandemia de COVID-19 evidenciou a 
importância da adaptação rápida e constante das habilidades profissionais, destacando a necessidade 
de educação continuada e o desafio de equilibrar a educação remota com as exigências do trabalho. 
 
 
128 
 
Ao introduzir esses conceitos sociológicos e explorar casos brasileiros, buscamos não apenas informar os 
estudantes, mas instigá-los a refletir sobre como as estruturas sociais impactam a interação entre 
educação e trabalho em nossa sociedade. Dicas de filmes: 
 "Central do Brasil" (1998) - Direção: Walter Salles: este filme brasileiro aborda a questão da 
mobilidade social e as dificuldades de acesso à educação e ao mercado de trabalho. A 
narrativa segue a jornada de uma mulher que atua como escritora de cartas para 
analfabetos na estação central do Brasil. 
 "Estamira" (2004) - Direção: Marcos Prado: documentário que segue a vida de Estamira, 
uma catadora de lixo no Rio de Janeiro. O filme proporciona uma reflexão sobre as 
condições de trabalho, a estigmatização social e a relação entre saúde mental, trabalho e 
educação. 
 
3º MOMENTO: 
 
Organização da turma 
A turma poderá ser organizada de acordo com a preferência da 
professora ou professor. O ideal é que seja uma disposição fora da 
rotina, como: turma organizada em círculo ou os estudantes 
reunidos em duplas ou grupos. 
Recursos e providências Textos impressos e projetor multimídia. 
 
− Discuta a importância de políticas que garantam igualdade de acesso ao mercado de trabalho. 
− Análise casos de sucesso e desafios enfrentados por jovens, mulheres, negros e minorias sociais. 
Neste terceiro momento, aprofundaremos a discussão sobre a relevância de políticas que buscam 
garantir igualdade de acesso ao mercado de trabalho. Analisaremos casos emblemáticos que revelam 
tanto sucessos quanto desafios enfrentados por jovens, mulheres, negros e outras minorias sociais, 
destacando a importância dessas políticas na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. 
 
Importância de Políticas de Igualdade: 
A igualdade de acesso ao mercado de trabalho não é apenas uma aspiração moral, mas também um 
imperativo para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Políticas que buscam eliminar 
barreiras discriminatórias promovem não apenas a inclusão, mas também a diversidade de perspectivas, 
enriquecendo o ambiente de trabalho e impulsionando a inovação. 
Além disso, tais políticas são cruciais para corrigir desigualdades históricas e estruturais, que muitas 
vezes limitam o acesso de certos grupos a oportunidades de emprego e progressão na carreira. Ao criar 
um ambiente que valoriza a diversidade, contribuímos para a desconstrução de estereótipos e 
preconceitos arraigados na sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
129 
 
Casos de Sucesso: 
Programa Jovem Aprendiz: iniciativas como o Programa Jovem Aprendiz, que combina aprendizado 
prático com formação teórica, têm proporcionado oportunidades para jovens ingressarem no mercado 
de trabalho, especialmente aqueles que enfrentam desafios socioeconômicos. 
Cotas para negros e minorias em empresas: a implementação de cotas para negros e minorias em 
empresas tem demonstrado sucesso ao promover a diversidade e a representatividade. Essas políticas 
têm contribuído para um ambiente de trabalho mais inclusivo e para a desconstrução de estereótipos. 
Prouni - ampliando acesso à educação e ao mercado de trabalho: o Prouni tem impactado 
positivamente o cenário socioeconômico brasileiro, proporcionando a milhares de estudantes de baixa 
renda a oportunidade de cursar o ensino superior. Isso não apenas amplia suas perspectivas 
educacionais, mas também abre portas para uma inserção mais qualificada no mercado de trabalho. 
 
Desafios Enfrentados: 
▪ diferença salarial de gênero: apesar dos avanços, a diferença salarial entre homens e 
mulheres persiste. A implementação de políticas efetivas para promover a igualdade salarial e 
combater o assédio no ambiente de trabalho continua sendo um desafio. 
▪ desigualdade racial no mercado de trabalho: negros ainda enfrentam desafios significativos 
no mercado de trabalho, incluindo discriminação e menor representatividade em cargos de 
liderança. A implementação de políticas que combatam o racismo estrutural é essencial para 
enfrentar esses problemas. 
A contínua ampliação e aperfeiçoamento de políticas públicas, aliadas a um esforço coletivo da 
sociedade, são necessários para construir um ambiente profissional mais justo e inclusivo. Ao refletir 
sobre casos de sucesso e desafios, os estudantes serão incentivados a considerar o papel fundamental 
das políticas de igualdade na construção de um mercado de trabalho mais justo, inclusivo e igualitário. 
 DICAS: 
 Filme: 
"Preciosa: Uma História de Esperança" (2009) - Direção: Lee Daniels: baseado no livro "Push" 
de Sapphire, o filme aborda questões de raça, classe social e gênero, destacando os desafios 
enfrentados por uma jovem negra em busca de educação e oportunidades de trabalho. 
 Livro: 
"Mulheres, Raça e Classe" - Angela Davis: Angela Davis analisa interseccionalmente as 
questões de gênero, raça e classe, oferecendo uma compreensão profunda das complexidades 
que as mulheres, especialmente as mulheres negras, enfrentam no acesso ao mercado de 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
130 
 
4º MOMENTO: 
 
Organização da turma 
A turma poderá ser organizada de acordo com a preferência da 
professora ou professor. O ideal é que seja uma disposição fora da 
rotina, como: turma organizada em círculo ou os estudantes reunidos 
em duplas ou grupos. 
Recursos e providências Textos impressos e projetor multimídia. 
 
− Divida os estudantes em grupos para discutir casos específicos de desafios no acesso ao 
trabalho. 
− Cada grupo apresentará suas conclusões em um diálogo posterior. 
No quarto momento, mergulharemos em discussões mais específicas sobre desafios no acesso ao 
trabalho. A proposta é dividir os estudantes em grupos para que explorem casos concretos relacionados 
a jovens, mulheres, negros e outras minorias sociais. Cada grupo terá a responsabilidade de analisar um 
caso específico, destacando os obstáculos enfrentados e propondo possíveis soluções. 
Essa abordagem prática permitirá aos estudantes uma compreensão mais detalhada das complexidades 
que envolvem o acesso igualitário ao mercado de trabalho. Além disso, ao compartilhar suas conclusões 
em um diálogo posterior, os alunos terão a oportunidade de enriquecer suas perspectivas por meio do 
intercâmbio de ideias. 
 
ROTEIRO: 
1. Divisão em Grupos: divida a turma em grupos, assegurando uma distribuição equitativa de casos 
entre os grupos. Cada grupo será designado para analisar um caso específico relacionado aos 
desafios no acesso ao trabalho. 
2. Pesquisa e Análise: cada grupo realizará uma pesquisa aprofundada sobre o caso atribuído, 
identificando os principais desafios enfrentados pelos indivíduos ou grupos em questão. As 
dimensões a serem exploradas incluem discriminação, falta de oportunidades, estigmatização, 
entre outros. 
3. Proposição de Soluções: com base na análise, cada grupo deverá propor soluções realistas e 
viáveis para superar os desafios identificados. Isso pode envolver sugestões de políticas, 
conscientização, programas de capacitação, entre outras estratégias. 
4. Preparação da Apresentação: cada grupo preparará uma apresentação breve, destacando os 
principais pontos do caso, os desafios identificados e as propostas de solução. Podem utilizar 
recursos visuais, dados estatísticos e exemplos concretos para enriquecer suas apresentações. 
5. Diálogo em Grupo: após as apresentações individuais, abra espaço para um diálogo em grupo. 
Encoraje os estudantes a compartilharem insights, fazer perguntas e discutir as diferentes 
perspectivas apresentadas. Isso promoverá uma compreensão mais abrangente dos desafios no 
acesso ao trabalho. 
6. Considerações Finais: ao final da atividade, destaque a importância do diálogo e da colaboração 
na identificação e busca por soluções para os desafios enfrentados por diferentes grupos no 
mercado de trabalho. Essa abordagem prática visa não apenas informar, mas também inspirar 
ações e reflexões críticas sobre questões sociais relevantes. 
 
 
 
131 
 
5º MOMENTO: 
 
Organização da turma 
A turma poderá ser organizada de acordo com a preferência da 
professora ou professor. O idealé que seja uma disposição fora da 
rotina, como: turma organizada em círculo ou os estudantes reunidos 
em duplas ou grupos. 
Recursos e providências Textos impressos e projetor multimídia. 
 
No quinto momento, convidamos os estudantes a uma reflexão profunda sobre o papel individual na 
promoção da equidade. Reconhecendo que cada pessoa desempenha um papel crucial na construção de 
uma sociedade mais justa, esta etapa busca estimular um compromisso pessoal e a expressão de ações 
concretas que cada estudante pode empreender para contribuir efetivamente com a promoção da 
equidade. 
 
Reflexão sobre o Papel Individual: 
É inegável que vivemos em uma sociedade onde desafios persistentes relacionados à igualdade de 
oportunidades e tratamento igualitário ainda existem. Nesse contexto, é vital que cada estudante 
reconheça a relevância do seu papel na busca por uma sociedade mais equitativa. A educação 
proporciona não apenas conhecimento, mas também a capacidade de influenciar positivamente o 
ambiente ao nosso redor. 
 
Expressão de Compromissos Pessoais: 
Convidamos cada estudante a refletir sobre as aprendizagens desta aula e a considerar de que forma 
podem ser agentes de mudança no cenário social. Na expressão de compromissos pessoais, os 
estudantes são incentivados a pensar em ações práticas que podem realizar em suas vidas cotidianas 
para contribuir com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 
 
Exemplos de Compromissos Pessoais: 
− Promover a Conscientização: comprometo-me a compartilhar informações sobre desafios de 
acesso ao trabalho e equidade, promovendo a conscientização entre meus amigos, familiares e 
comunidade. 
− Combater Estereótipos: comprometo-me a questionar e desafiar estereótipos, promovendo 
uma visão mais justa e inclusiva em relação a diferentes grupos sociais. 
− Participar de Iniciativas Locais: comprometo-me a envolver-me em iniciativas locais que 
busquem promover a equidade, seja por meio de voluntariado, participação em projetos sociais 
ou engajamento em debates comunitários. 
− Apoiar Políticas de Inclusão: comprometo-me a apoiar e defender políticas que promovam a 
igualdade de oportunidades, especialmente aquelas direcionadas a grupos historicamente 
marginalizados. 
Ao expressarem seus compromissos pessoais, os estudantes não apenas internalizam as reflexões 
proporcionadas pela aula, mas também se tornam agentes ativos na construção de um futuro mais justo 
e equitativo. A educação não é apenas um meio de adquirir conhecimento; é uma ferramenta poderosa 
para transformar a sociedade, e cada estudante detém o potencial de desempenhar um papel 
significativo nesse processo. 
 
 
 
132 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 5: Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, 
adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Estudando e compreen-
dendo os conceitos de se-
xo, gênero e sexualidade, 
suas inter-relações e inter-
seccionalidades. 
O papel das instituições e 
dos mecanismos simbóli-
cos e discursivos na atri-
buição de comportamen-
tos à classe, à raça, ao 
gênero, ao sexo, à sexua-
lidade e à questão 
geracional (juventudes). 
A transformação das cate-
gorias sociais como ra-
ça/cor, família, religião, 
gênero, entre outras, ao 
longo do tempo e do es-
paço. 
(EM13CHS501) Analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas, 
tempos e espaços, identificando processos que contribuem para a 
formação de sujeitos éticos que valorizem a liberdade, a cooperação, a 
autonomia, o empreendedorismo, a convivência democrática e a 
solidariedade. 
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, 
valores, condutas etc., desnaturalizando e problematizando formas de 
desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar 
ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito 
às diferenças e às liberdades individuais. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Identidade de gênero e diversidade: desconstruindo estereótipos e reconhecendo a 
autonomia individual. 
A) APRESENTAÇÃO: 
Ao se deparar com o desafio de explorar o tema "Identidade de Gênero e Diversidade: Desconstruindo 
Estereótipos e Reconhecendo a Autonomia Individual" em sua aula de Sociologia, você está prestes a 
desempenhar um papel fundamental na formação crítica e inclusiva de seus estudantes. 
Este tema oferece uma oportunidade para trabalhar os conceitos intrincados de sexo, gênero e 
sexualidade, enquanto lida com as complexidades das inter-relações e interseccionalidades presentes em 
nossa sociedade. Ao abordar o papel das instituições e dos mecanismos simbólicos na atribuição de 
comportamentos, você guiará seus alunos para uma compreensão mais profunda das dinâmicas sociais 
que moldam as identidades. 
A análise das transformações ao longo do tempo e do espaço nas categorias sociais proporcionará uma 
visão histórica, permitindo que os estudantes compreendam não apenas o presente, mas também as 
origens das perspectivas atuais sobre gênero e identidade. 
O destaque dado à autonomia e liberdade individual torna-se crucial nesse contexto, incentivando os 
estudantes a refletirem sobre suas próprias escolhas e respeitarem as escolhas alheias. Ao desconstruir 
estereótipos de gênero, você contribuirá para um ambiente educacional mais inclusivo e aberto ao 
diálogo. 
Dessa maneira, cada sessão de aula se configura como um chamado para sensibilizar os estudantes 
diante dessa realidade. Durante esse momento, é essencial estimular uma reflexão acerca do mundo 
 
 
133 
 
que os cerca, fomentando uma análise crítica; orientar sobre como avaliar essa realidade, encorajando a 
busca por compreensão dos processos históricos e sociais que contribuíram para a configuração atual; 
por fim, motivar cada aluno a agir diante dessa realidade, propondo soluções para os conflitos sociais 
vigentes. Entretanto, é imperativo que cada etapa seja conduzida com diligência, atentando-se aos 
conceitos fundamentais da sociologia e estabelecendo um diálogo consistente com a teoria sociológica 
pertinente. 
Lembre-se, este é um convite para se tornar um agente de transformação na vida de seus estudantes, 
promovendo não apenas a compreensão teórica, mas também o desenvolvimento de habilidades críticas 
e valores fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 
Sua dedicação e comprometimento são peças-chave nesse processo educacional. Estamos confiantes de 
que, ao conduzir essa aula, você proporcionará uma experiência enriquecedora e, ao mesmo tempo, 
moldando cidadãos conscientes e respeitosos. 
 
B) DESENVOLVIMENTO 
1º MOMENTO 
Organização da turma 
A turma poderá ser organizada de acordo com a preferência da 
professora ou professor. O ideal é que seja uma disposição fora 
da rotina, como: turma organizada em círculo ou os estudantes 
reunidos em duplas ou grupos. 
Recursos e providências Textos impressos e projetor multimídia. 
 
− Apresente os conceitos fundamentais para a discussão: gênero, sexo e sexualidade. 
Iniciar esta aula com a apresentação dos conceitos fundamentais de sexo, gênero e sexualidade é a 
base essencial para a compreensão mais profunda da identidade de gênero e diversidade. Este 
momento é uma oportunidade para criar um ambiente de aprendizado inclusivo e respeitoso. 
Comece a aula ressaltando a importância desses conceitos na formação das identidades individuais e na 
estruturação das relações sociais. Utilize exemplos cotidianos e situações práticas para ilustrar a 
aplicação desses conceitos na vida real. 
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL/GRUPO: 
▪ Distribua folhas de papel ou permita o uso de dispositivos eletrônicos para que os alunos, 
individualmente ou em grupos pequenos, elaborem suas próprias definições para os termos: 
sexo, gênero e sexualidade.▪ Estimule a pesquisa durante esta etapa, incentivando os alunos a consultarem fontes confiáveis 
ou material fornecido previamente. Isso pode incluir livros didáticos, artigos acadêmicos ou 
vídeos educativos. 
▪ Após a elaboração das definições, reserve um tempo para que os alunos discutam e troquem 
ideias em seus grupos. Esta interação permitirá diferentes perspectivas e enriquecerá a 
compreensão coletiva. 
▪ Promova uma discussão em sala de aula, convidando grupos ou alunos individuais a 
 
 
134 
 
compartilharem suas definições. Use este momento para destacar as nuances e variedades de 
interpretação dos conceitos. 
▪ Encoraje a participação ativa de todos os alunos, promovendo um ambiente seguro para o 
compartilhamento de ideias e dúvidas. Este é um momento propício para criar um diálogo aberto 
sobre as percepções individuais dos alunos em relação a esses conceitos. 
Este primeiro momento não apenas estabelecerá uma base sólida para a aula, mas também incentivará 
os estudantes a se envolverem ativamente na construção do conhecimento. Lembre-se de adaptar a 
dinâmica conforme a necessidade da turma, mantendo o foco na compreensão profunda e na promoção 
de uma cultura de respeito e diálogo. 
 
2º MOMENTO 
Organização da turma 
A turma poderá ser organizada de acordo com a preferência da 
professora ou professor. O ideal é que seja uma disposição fora da 
rotina, como: turma organizada em círculo ou os estudantes reunidos 
em duplas ou grupos. 
Recursos e providências Textos impressos e projetor multimídia. 
 
− Aborde o papel das instituições e dos mecanismos simbólicos na atribuição de comportamentos 
às categorias sociais. 
Após a exploração inicial dos conceitos de sexo, gênero e sexualidade, é crucial adentrarmos no 
segundo momento desta aula, focando no papel determinante das instituições e dos mecanismos 
simbólicos na atribuição de comportamentos às diversas categorias sociais. Esta etapa proporcionará 
uma análise mais aprofundada das forças que moldam as percepções individuais e coletivas. 
Comece esta aula reforçando a importância de compreendermos como as instituições, como escola, 
família e mídia, exercem influência na construção das identidades de gênero, raça e outras categorias 
sociais. Sublinhe a relevância de analisarmos não apenas o papel dessas instituições individualmente, 
mas também suas interações e influências mútuas. 
 
TAREFA EM GRUPO 
 
Simulação de Papéis: 
▪ Divida a turma em grupos, atribuindo a cada grupo uma instituição específica, como escola, 
família, mídia, entre outras. Certifique-se de que cada grupo compreenda claramente o papel da 
instituição atribuída. 
▪ Cada grupo deve realizar uma simulação de como essa instituição influencia as percepções de 
gênero, raça, e outras categorias sociais. Podem criar cenas, diálogos, ou até mesmo apresentar 
exemplos práticos que ilustrem essa influência. 
▪ Após as simulações, promova uma discussão em sala de aula para que os grupos compartilhem 
suas observações e conclusões. Questione como as diferentes instituições contribuem para a 
construção de normas e estereótipos sociais. 
▪ Estimule os alunos a refletirem sobre como essas influências impactam suas próprias vidas e 
perspectivas, encorajando uma análise crítica e pessoal. 
 
 
135 
 
▪ Conduza a discussão para compreender como as interseccionalidades entre as diferentes 
instituições podem criar complexidades adicionais nas percepções sociais. 
Este momento não apenas permitirá que os alunos compreendam a influência das instituições, mas 
também os desafiará a pensar criticamente sobre como essas influências moldam suas próprias visões 
de mundo. Mantenha um ambiente aberto para a troca de ideias e promova a conscientização sobre a 
multiplicidade de fatores que contribuem para a construção das identidades sociais. 
 
3º MOMENTO 
Organização da turma 
A turma poderá ser organizada de acordo com a preferência da 
professora ou professor. O ideal é que seja uma disposição fora da 
rotina, como: turma organizada em círculo ou os estudantes reunidos 
em duplas ou grupos. 
Recursos e providências Textos impressos e projetor multimídia. 
 
− Contextualize as transformações ao longo do tempo e do espaço das categorias sociais. 
Ao adentrar no terceiro momento, é crucial contextualizar as transformações ao longo do tempo e 
espaço das categorias sociais. Este momento proporcionará aos alunos uma perspectiva histórica e 
contemporânea sobre como essas categorias têm evoluído, influenciando diretamente as narrativas 
sociais. 
Inicie destacando a dinâmica constante de mudança nas categorias sociais, ressaltando que 
compreender o passado é fundamental para interpretar e moldar o presente e o futuro. 
 
Análise de Casos: 
▪ Apresente casos históricos e contemporâneos que evidenciem transformações significativas em 
categorias sociais, como gênero, raça, classe social, entre outras. Utilize diferentes mídias, como 
vídeos, artigos, imagens e relatos, para enriquecer a compreensão dos alunos. 
▪ Divida a turma em grupos e atribua a cada grupo um caso específico. Certifique-se de selecionar 
casos que abordem diversas categorias sociais, permitindo uma análise abrangente. 
▪ Peça aos estudantes que analisem como as mudanças nessas categorias impactaram a sociedade 
em diferentes níveis: individual, comunitário e global. Eles podem explorar aspectos como 
direitos civis, representação na mídia, acesso a recursos, entre outros. 
▪ Durante a análise, estimule a reflexão sobre as interseccionalidades entre as diferentes 
categorias sociais, reconhecendo como mudanças em uma categoria podem influenciar outras. 
▪ Promova uma discussão em sala de aula, onde cada grupo compartilhe suas conclusões. 
Incentive a troca de ideias entre os grupos, fomentando uma compreensão coletiva mais rica. 
 
Este momento não apenas ampliará a compreensão dos estudantes sobre as transformações sociais, 
mas também os incentivará a refletir sobre como essas mudanças moldaram as estruturas sociais atuais. 
Ao explorar casos históricos e contemporâneos, eles terão a oportunidade de conectar o aprendizado 
teórico a situações do mundo real, promovendo uma visão mais interseccional e crítica das categorias 
sociais. 
 
 
 
136 
 
4º MOMENTO 
Organização da turma 
A turma poderá ser organizada de acordo com a preferência da 
professora ou professor. O ideal é que seja uma disposição fora da 
rotina, como: turma organizada em círculo ou os estudantes reunidos 
em duplas ou grupos. 
Recursos e providências 
Textos impressos e projetor multimídia. 
 
 
− Aborde a importância da autonomia e liberdade na construção de identidades. 
Ao adentrar no quarto momento é imperativo abordar a importância da autonomia e liberdade na 
construção das identidades individuais. Este momento enfatizará a necessidade de reconhecer e 
respeitar as escolhas pessoais, promovendo um ambiente inclusivo e empático. 
Inicie ressaltando que a autonomia e a liberdade são elementos fundamentais para o desenvolvimento 
saudável das identidades individuais. Destaque como a capacidade de fazer escolhas conscientes 
contribui para a construção de uma sociedade mais plural e respeitosa. 
 
ATIVIDADE 
Roda de Conversa: 
▪ Organize a sala de aula em formato de roda para criar um ambiente mais acolhedor e propício à 
conversa aberta. 
▪ Inicie a discussão apresentando brevemente a importância do respeito à autonomia e liberdade 
na construção de identidades. Destaque que cada indivíduo possui sua própria jornada de 
autodescoberta. 
▪ Abra espaço para que os estudantes compartilhem suas perspectivas sobre escolhas individuais 
em relação a gênero, sexualidade e outras dimensões da identidade. Incentive a expressão livre 
de opiniões, garantindo que todos se sintam confortáveis para participar. 
▪ Estimule a reflexão sobre como as escolhas individuais contribuem para a diversidade e 
enriquecema sociedade como um todo. Explore a ideia de que a aceitação das escolhas alheias 
é essencial para a construção de um ambiente inclusivo. 
▪ Faça perguntas provocativas para instigar a análise crítica, como "De que maneira as escolhas 
individuais afetam a sociedade?" ou "Como podemos promover o respeito mútuo diante das 
diferenças de escolhas?" 
▪ Promova a escuta ativa, encorajando os estudantes a se colocarem no lugar do outro e a 
compreenderem diferentes perspectivas. 
▪ Finalize a roda de conversa reforçando a importância do respeito às escolhas individuais como 
base para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 
 
Este momento não apenas consolidará a compreensão dos alunos sobre a autonomia e liberdade na 
formação de identidades, mas também os inspirará a cultivar um ambiente de respeito e aceitação 
mútua. Ao encorajar uma discussão aberta e inclusiva, você estará promovendo uma atmosfera 
educacional que valoriza a diversidade e a autenticidade de cada indivíduo. 
 
 
137 
 
5º MOMENTO 
Organização da turma 
A turma poderá ser organizada de acordo com a preferência da 
professora ou professor. O ideal é que seja uma disposição fora da 
rotina, como: turma organizada em círculo ou os estudantes reunidos 
em duplas ou grupos. 
Recursos e providências 
Textos impressos e projetor multimídia. 
 
 
− Reforce a importância de reconhecer e valorizar a diversidade de escolhas e identidades. 
− Proponha uma reflexão individual sobre como as categorias sociais impactam suas vidas. 
Neste momento crucial, nosso objetivo é reforçar a importância de reconhecer e valorizar a diversidade 
de escolhas e identidades, criando um espaço de reflexão que transcende os limites da sala de aula. 
 
Texto de Encerramento: 
Juntos mergulhamos em um universo de conceitos complexos, discutindo sobre sexo, gênero, 
sexualidade e categorias sociais. Exploramos as influências das instituições, analisamos transformações 
ao longo do tempo e do espaço e discutimos a relevância da autonomia e liberdade na construção das 
identidades. Encerramos com uma profunda roda de conversa sobre escolhas individuais e a importância 
do respeito mútuo. 
Cada um de nós é parte de uma tapeçaria única e intrincada de experiências, crenças e identidades. A 
riqueza dessa diversidade é o que torna nosso mundo extraordinário. Ao encerrar esta aula, convido 
cada aluno a uma reflexão pessoal sobre como as categorias sociais impactam suas vidas. 
Pergunte a si mesmo: Como minhas escolhas individuais são influenciadas pelas categorias sociais que 
me rodeiam? Em que medida minha compreensão sobre gênero, raça e sexualidade molda minhas 
perspectivas e interações diárias? 
Reconhecer a diversidade é mais do que uma atitude passiva; é uma celebração ativa da riqueza que 
cada indivíduo traz para o todo. Ao compreendermos como as categorias sociais moldam nossas vidas, 
estamos mais bem equipados para promover a inclusão, respeitando as escolhas e identidades únicas de 
cada um. 
Que esta aula tenha semeado as sementes da reflexão, questionamento e respeito em cada coração. Ao 
continuarmos nossa jornada educacional, que possamos levar conosco a compreensão de que a 
verdadeira aprendizagem vai além dos livros - reside na capacidade de compreender, respeitar e 
celebrar a diversidade que enriquece nosso mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
138 
 
 REFERÊNCIAS 
ARAÚJO, S. M.; BRIDI, M. A. ; MONTIM, B. L. Sociologia. Ensino Médio. Volume único. 2 ed. São 
Paulo: Scipione, 2016. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Antropologia. v. 1. 
Maceió: Editora Café com Sociologia, 2021. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Antropologia. v. 2. 
Maceió: Editora Café com Sociologia, 2022. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Ciência Política. v. 
1. Maceió: Editora Café com Sociologia, 2021. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Ciência Política. v. 
2. Maceió: Editora Café com Sociologia, 2022. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Sociologia. v. 1. 
Maceió: Editora Café com Sociologia, 2021. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Sociologia. v. 2. 
Maceió: Editora Café com Sociologia, 2021. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Antropologia. v. 1. 
Maceió: Editora Café com Sociologia, 2021. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Antropologia. v. 2. 
Maceió: Editora Café com Sociologia, 2022. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Ciência Política. v. 
1. Maceió: Editora Café com Sociologia, 2021. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Ciência Política. v. 
2. Maceió: Editora Café com Sociologia, 2022. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Sociologia. v. 1. 
Maceió: Editora Café com Sociologia, 2021. 
BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias fundamentais do ensino de Sociologia. v. 2. 
Maceió: Editora Café com Sociologia, 2021. 
CARVALHO, D. C. De; FARAONI, A. Sociologia. Ser Protagonista. São Paulo: SM Editora, 2010. 
GUIZZO, J. Introdução à Sociologia. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. 
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino Médio. 
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2024. 
Disponível em: 
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20d 
o%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 10 Nov. 2023. 
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de 
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2024. Disponível em: 
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 10 Nov. 
2023. 
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de 
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2024. Disponível em: 
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 10 Nov. 
2023. 
Sociologia em Movimento. Ensino Médio. Volume único. São Paulo: Editora Moderna, 2016. 
 
 
139 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
140 
 
 
 
Olá, estudantes! 
 
Convidamos você a conhecer e utilizar os Cadernos MAPA. Esse material foi elaborado com todo 
carinho para que vocês possam realizar atividades interessantes e desafiadoras na sala de aula 
ou em casa. As atividades propostas estimulam as competências como: organização, empatia, 
foco, interesse artístico, imaginação criativa, entre outras, para que possam seguir aprendendo 
e atuando como estudantes protagonistas que são. Significa proporcionar uma base sólida para 
que vocês mobilizem, articulem e coloquem em prática conhecimentos, valores, atitudes e 
habilidades importantes na relação com os outros e consigo mesmo(a), para o enfrentamento 
de desafios, de maneira criativa e construtiva. Ficou curioso(a) para saber que convite é esse 
que estamos fazendo para você? Então não perca tempo e comece agora mesmo a realizar 
essa aventura pedagógica pelas atividades. 
 
Bons estudos! 
 
141 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONFLITOS TERRITORIAIS E OS FLUXOS MIGRATÓRIOS 
 
Migrações e Conflitos: Impactos Globais 
As migrações forçadas devido a conflitos políticos, sociais e étnicos são eventos complexos que têm 
impactado muitas regiões do mundo. Um exemplo atual dessas migrações forçadas e das disputas 
territoriais é a questão da Palestina, causadas por uma série de fatores, incluindo disputas territoriais, 
questões étnicas, religiosas e políticas. 
O conflito entre árabes e judeus é marcado por divergentes reivindicaçõesterritoriais, tornando a terra 
uma questão central. Este conflito causou uma das maiores populações de refugiados do mundo. 
Milhões de palestinos foram forçados a deixar suas casas, criando um problema humanitário 
significativo. Muitos deles vivem em campos de refugiados na atualidade. 
Tanto árabes quanto judeus afirmam direitos históricos e legítimos sobre áreas específicas, o que gera 
disputas territoriais contínuas. Como consequência resulta principalmente em ciclos de violência, perda 
de vidas, e uma situação humanitária precária para muitos. 
Outro fator está relacionado com a complexidade cultural e religiosa, pois a região é caracterizada por 
sua diversidade cultural e religiosa, incluindo muçulmanos, judeus e cristãos. Essa diversidade 
acrescenta uma camada de complexidade ao conflito. 
 
 ATIVIDADES 
1 – Após realizar a leitura do texto de apresentação faça a análise das questões abaixo marcando como 
verdadeira (V) ou falsa (F). 
( ) A questão central no conflito entre árabes e judeus é a diversidade cultural na região. 
( ) O conflito na Palestina resultou em uma das maiores populações de refugiados do mundo. 
( ) O conflito na Palestina não é influenciado por fatores políticos 
( ) Os palestinos foram forçados a deixar suas casas, causando um problema humanitário. 
( ) A diversidade cultural e religiosa na região, incluindo muçulmanos, judeus e cristãos, adiciona uma 
camada de complexidade ao conflito. 
Marque abaixo a sequência correta. 
A) F V F V V 
B) F V F V V 
C) V F V F V 
D) F V F V F 
 
 
 
GEOGRAFIA 
 
142 
 
2 – (UNITAU) Leia o texto e responda a seguir. 
“Os refugiados sírios formam o grande retrato da crise migratória mundial, que é considerada a maior 
tragédia humanitária do século 21. Seis anos de guerra na Síria já resultaram em 320 mil mortos (sendo 
96 mil civis e 17 mil crianças) e obrigaram mais de dois terços da população de 18 milhões de 
habitantes a deixar suas casas: há 5,5 milhões de refugiados, além de 6,6 milhões de deslocados dentro 
do país”, informa a pesquisadora Marília Calegari, que teve as portas da comunidade síria abertas pela 
organização não governamental IKMR – I Know My Rights (Eu Conheço Meus Direitos)”. 
Observatório das Imigrações. Disponível em https://www.unicamp.br/unicamp/ju/especial/demografa-mergulha-no-cotidiano-
de-refugiados-sirios-em-sao-paulo. Acesso: set. 2017. 
“O conflito que ocorreu na Síria teve seu início na chamada Primavera Árabe, onda de protestos e 
revoltas ocorridas no Oriente Médio e no norte da África, em que a população foi às ruas para derrubar 
ditadores ou reivindicar melhores condições sociais de vida. 
Dentre os movimentos sociais apresentados abaixo, qual NÃO fez parte da Primavera Árabe? 
A) A revolta na Líbia, conhecida como Guerra Civil Líbia ou Revolução Líbia, ocorreu sob a 
influência das revoltas na Tunísia, tendo como objetivo acabar com a ditadura de Muammar 
Kadhafi. 
B) Os protestos na Tunísia, que foram também denominados Revolução de Jasmim. Essa revolta 
ocorreu em virtude do descontentamento da população com o regime ditatorial. 
C) A Revolução do Egito, que foi também denominada Dias de Fúria, Revolução de Lótus e 
Revolução do Nilo. Ela foi marcada pela luta da população contra a longa ditadura de Hosni 
Mubarak. 
D) Os conflitos no Sudão do Sul, que começaram em 2013 entre soldados da guarda presidencial, 
transformando-se, rapidamente, em uma disputa entre etnias. Desde o seu início, mais de 50 
mil pessoas foram mortas e 1,6 milhões tiveram de deixar suas casas. 
E) Os protestos e conflitos no Iêmen, que buscavam o fim da ditadura de Ali Abdullah Saleh, 
durou 33 anos. O fim da ditadura foi anunciado, mas, apesar do anúncio de uma transição 
pacífica, houve conflitos e repressão dos movimentos sociais. 
3 – Observe o mapa e responda a seguir. 
Refugiados pelo mundo no ano de 2014 
 
 
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143 
 
Considere as afirmações abaixo, sobre a questão dos refugiados. 
I. Os refugiados procuram principalmente países considerados ricos e desenvolvidos. 
II. Estados Unidos, Alemanha e França são os países que mais recebem refugiados. 
III. O maior número de refugiados localiza-se em países da África e da Ásia. 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas III. 
D) Apenas I e II. 
E) I, II e III. 
 
4 – A Venezuela não sofreu uma guerra nem uma catástrofe natural, mas, em 2017, ocupou o quarto 
lugar na lista de países de onde sai a maior quantidade de novos pedidos de refúgio no mundo – e o 
primeiro, se considerada apenas a América Latina, conforme evidencia a tabela a seguir. 
Número de solicitações de refúgios em 2018 
 
A respeito da temática dos refugiados na política internacional, assinale a opção correta. 
A) A entrada de venezuelanos no Brasil tem ocorrido pelas fronteiras amazônicas, principalmente 
pelo estado do Acre. 
B) A Espanha é o principal destino dos refugiados venezuelanos em virtude da facilidade de 
naturalização oferecida aos hispano-americanos. 
C) O Protocolo de Nova York, de 1967, prevê a possibilidade de refúgio devido a situação de 
grave e generalizada violação de direitos humanos. 
D) O número de solicitações de refúgio de venezuelanos só foi superado pelo de países onde a 
presença de grupos extremistas, como o Estado Islâmico e o Boko Haram, explica o fluxo de 
refugiados. 
5 – Faça a Leitura e interpretação das imagens 04 e 05, em seguida elabore um texto argumentativo 
com os principais aspectos, a origem dos motivos, referente aos refugiados no mundo entre os anos de 
2014 a 2022, busque escrever sobre as causas, sobre as etnias dos povos atingidos, relate o número de 
pessoas atingidas, faça a comparação entre o passado e a atualidade. Utilize a pesquisa pela internet 
em sites confiáveis. 
 Maiores números de refugiados Quem são os refugiados 
 
 
 
 
 
 
 
 
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144 
 
 
LIMITE CRÍTICO: MEIO AMBIENTE E POPULAÇÃO GLOBAL 
 
A população mundial e a saúde do planeta 
A superpopulação mundial é um dos desafios cruciais enfrentados pelo planeta atualmente, provocando 
uma série de problemas ambientais que impactam o ar, o solo, a água, os oceanos e os ecossistemas. 
O aumento da população resulta em maior demanda por energia e recursos, elevando as emissões de 
poluentes atmosféricos. A queima de combustíveis fósseis para geração de energia, transporte e 
indústria é uma fonte significativa de poluição do ar, desencadeando problemas como aquecimento 
global, chuva ácida e impactos respiratórios na saúde humana. 
O crescimento populacional também implica em expansão urbana que impermeabiliza o solo e 
conversão de áreas naturais em terras agrícolas, contaminando o solo com produtos químicos agrícolas 
e resíduos industriais. 
A demanda crescente por água potável e o uso industrial e agrícola contribuem para a contaminação da 
água, colocando em risco a saúde humana. Além disso, a superpopulação está associada ao aumento da 
produção de resíduos plásticos, poluindo oceanos, rios e lagos. 
A gestão inadequada de resíduos sólidos, incluindo plásticos e materiais tóxicos, torna-se um desafio nas 
áreas densamente povoadas. A expansão urbana e agrícola frequentemente resulta na degradação de 
ecossistemas naturais, impactando negativamente a biodiversidade. 
Para enfrentar esses desafios, é crucial adotar medidas que promovam o desenvolvimento sustentável, 
como o uso eficiente de recursos, a redução de emissões de gases de efeito estufa, a gestão adequada 
de resíduos e a conservação dos ecossistemas. A conscientização e a educação ambiental desempenhamum papel fundamental na transformação de comportamentos em direção a práticas mais sustentáveis 
para preservar a saúde do planeta e garantir qualidade de vida para as futuras gerações. 
 
 ATIVIDADES 
1 – De acordo com o texto da apresentação “População Mundial e a Saúde do planeta” assinale a 
sequência correta das afirmativas. 
I. A gestão inadequada de resíduos sólidos é um desafio em áreas densamente povoadas. 
II. A queima de combustíveis fósseis não é uma fonte significativa de poluição do ar. 
III. A superpopulação não está associada ao aumento da produção de resíduos plásticos. 
IV. A expansão urbana e agrícola impacta negativamente a biodiversidade 
V. A conscientização e a educação ambiental são fundamentais para práticas mais sustentáveis. 
Estão corretas as afirmativas: 
A) I. IV. e V. 
B) II. III. e IV 
C) I. III. e IV 
D) II. IV. e V. 
2 – A imigração econômica é o tipo mais comum de deslocamento de indivíduos no mundo. O fluxo de 
entrada dos imigrantes econômicos está concentrado nos países 
A) desenvolvidos, que oferecem muitas facilidades à obtenção de vistos. 
B) desenvolvidos, que oferecem melhores condições de emprego e renda. 
 
145 
 
C) desenvolvidos, que apresentam uma ótima acolhida para refugiados. 
D) subdesenvolvidos, que detêm um mercado de trabalho bastante amplo. 
E) subdesenvolvidos, que possuem melhores oportunidades de educação. 
3 – O século XX foi marcado pelo intenso crescimento da população mundial. Esse incremento de 
indivíduos no planeta foi influenciado, entre outros, pela 
 
A) atenuação do processo de industrialização dos países emergentes. 
B) concretização de melhorias das condições de saúde da população. 
C) expansão do número de pessoas que habitam as zonas rurais. 
D) acentuação da movimentação de imigrantes para os países ricos. 
4 – Observe a charge do cartunista Duke de 2011 e explique qual a comparação que no diálogo dos 
personagens está sendo feita e mencione os motivos para este fato. 
 
 
5 – Observe a imagem e responda. 
Imagem 03: A origem e a relação humana com o ecossistema 
 
Considerando a imagem acima em relação à ideia central do texto, pode-se afirmar: 
A) Ignorando sua conexão com o ecossistema, o ser humano, em um processo irracional, 
aniquila sem consequências a natureza, condenando sua origem. 
B) Ao negligenciar sua integração no ecossistema, a humanidade em regressão, destroi 
impiedosamente o ambiente natural, comprometendo sua origem. 
Estudos ecológicos indicam que a poluição da água é o fator mais notório na interação do 
desenvolvimento humano com o ecossistema. 
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146 
 
 
CICLO DE CONSUMO E DEGRADAÇÃO SOCIOAMBIENTAL 
 
A cultura do consumo: "Necessidades, Influências e Transformações Sociais" 
 O crescente consumismo impulsionado por fatores psicológicos, sociais e comerciais, onde a 
aquisição de bens é vinculada à felicidade e ao sucesso. O marketing contemporâneo 
habilmente cria a sensação de necessidade, vendendo não apenas produtos, mas um estilo de 
vida. As mídias sociais amplificam essa cultura, com influenciadores e celebridades 
constantemente exibindo produtos, impactando as decisões de compra. 
A sociedade atual, marcada por mudanças rápidas e inovações tecnológicas, estimula a busca 
incessante por novidades, dada a rápida obsolescência dos produtos. No entanto, essa cultura 
de consumo desenfreado acarreta sérias consequências ambientais, com a produção em massa 
esgotando os recursos naturais do planeta, resultando em degradação de ecossistemas e perda 
de biodiversidade. 
A produção em massa também gera uma quantidade significativa de resíduos industriais, 
poluindo solo, água e atmosfera, contribuindo para a crise global de resíduos. Para mitigar 
esses impactos, é imperativo promover uma mudança para práticas de consumo sustentáveis, 
incluindo políticas para produção consciente com ênfase na reutilização, reciclagem, redução do 
desperdício e conscientização sobre os efeitos do consumo excessivo. A transição para uma 
economia circular, com eficiente reutilização e reciclagem, pode consideravelmente reduzir os 
impactos ambientais ligados à cultura de consumo contemporânea. 
 
 ATIVIDADES 
1 – De acordo com o texto da apresentação “A cultura do consumo: Necessidades, Influências e 
Transformações Sociais”, assinale as afirmativas verdadeiras”. 
I. O marketing contemporâneo vende não apenas produtos, mas também um estilo de vida 
associado à felicidade e ao sucesso. 
II. As mídias sociais têm impacto na cultura de consumo, influenciando as decisões de compra. 
III. A produção em massa não esgota os recursos naturais do planeta, não causando degradação de 
ecossistemas nem perda de biodiversidade. 
IV. Promover uma mudança para práticas de consumo sustentáveis inclui políticas para produção 
consciente, mas não enfatiza a obsolescência programada. 
V. A transição para uma economia circular, com eficiente reutilização e reciclagem, pode 
consideravelmente reduzir os impactos ambientais ligados à cultura de consumo contemporânea. 
 Marque a sequência das afirmativas correta: 
 
A) I. IV. e V 
B) III. IV. e V. 
C) II. IV. e V. 
D) I. II. e VI. 
 
 
147 
 
2 – (FUMARC, 2018) Observe a charge do cartunista argentino Quino. 
 
 
De acordo com a charge, é CORRETO afirmar que 
A) deixa claro que a sociedade é plural, que os indivíduos têm o direito de desejar coisas 
diferentes devido às suas subjetividades, isto é, seus gostos e suas opiniões pessoais e que 
esta diversidade não gera conflitos sociais. 
B) demonstra que os indivíduos que possuem acesso restrito à educação e à cultura são 
discriminados pela sociedade, inclusive pela instituição policial que tende a ser mais 
rigorosa em relação à população de baixa renda. 
C) demonstra que, apesar de a sociedade de consumo valorizar as mercadorias como símbolo 
de status, a educação e a cultura ainda representam as melhores oportunidades para os 
indivíduos alcançarem o reconhecimento social. 
D) faz uma crítica à denominada sociedade de consumo, na qual se verifica uma tendência em 
valorizar mais o consumo de mercadorias do que outros aspectos da vida social, como a 
educação e a cultura. 
E) faz uma crítica à intolerância, demonstrando que ainda existem indivíduos que não entendem 
a opinião diferente dos outros e que, por isso, agem de maneira etnocêntrica, culminando em 
atitudes de violência e exclusão social. 
 
3 – A ocorrência dos problemas ambientais urbanos tem causas ambientais e também humanas. No 
geral, esses eventos são desencadeados pela: 
 
A) atenuação das mudanças ambientais globais que perpassam o aumento da temperatura. 
B) transformação do meio natural pelas atividades produtivas desenvolvidas pelo homem. 
C) diminuição da desigualdade social nos centros urbanos situados nos países subdesenvolvidos 
D) adoção de políticas públicas de planejamento urbano que versem pela ocupação territorial. 
E) invalidação de práticas sustentáveis em regiões densamente habitadas pelo ser humano. 
 
 
 
 
148 
 
4 – Como os combustíveis energéticos, as tecnologias da informação são, hoje em dia, indispensáveis 
em todos os setores econômicos. Através delas, um maior número de produtores é capaz de inovar e a 
obsolescência de bens e serviços se acelera. Longe de estender a vida útil dos equipamentos e a sua 
capacidade de reparação, o ciclo de vida desses produtos diminui, resultando em maior necessidade de 
matéria-prima para a fabricação de novos. 
GROSSARD, C. Le Monde Diplomatique Brasil. Ano 3, nº 36, 2010 (adaptado). 
A postura consumista de nossa sociedade indica a crescente produção de lixo, principalmente nas áreas 
urbanas, o que, associado a modos incorretos de deposição, 
 
A) provoca a contaminação do solo e do lençol freático, ocasionando assim graves problemas 
socioambientais, que se adensamcom a continuidade da cultura do consumo desenfreado. 
B) produz efeitos perversos nos ecossistemas, que são sanados por cadeias de organismos 
decompositores que assumem o papel de eliminadores dos resíduos depositados em lixões. 
C) multiplica o número de lixões a céu aberto, considerados atualmente a ferramenta capaz de 
resolver de forma simplificada e barata o problema de deposição de resíduos nas grandes 
cidades. 
D) estimula o empreendedorismo social, visto que um grande número de pessoas, os catadores, 
têm livre acesso aos lixões, sendo assim incluídos na cadeia produtiva dos resíduos 
tecnológicos. 
E) possibilita a ampliação da quantidade de rejeitos que podem ser destinados a associações e 
cooperativas de catadores de materiais recicláveis, financiados por instituições da sociedade 
civil ou pelo poder público 
 
5 – (AOCP, 2022) Observe as imagens e responda a seguir. 
 
 
A correlação entre as charges apresenta 
 
A) a fundamental ação das cooperativas de reciclagem no mundo moderno e a resposta negativa 
ao aquecimento global. 
B) a influência da mídia no estímulo à cultura do consumismo no contexto da sociedade 
capitalista e seu reflexo no meio ambiente. 
C) a articulação entre a estrutura capitalista no meio técnico-científico-informacional e a vida 
longa de bens duráveis. 
D) a sociedade devastadora do consumo e a relação com o descarte adequado do lixo orgânico. 
E) o consumo e a produção de lixo no cenário do mundo igualmente globalizado. 
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149 
 
 
MULTICULTURALISMO E COEXISTÊNCIA CULTURAL 
 
Construindo Pontes Culturais 
Fronteiras culturais representam divisões invisíveis entre grupos sociais com diferentes identidades 
culturais e valores. Elas podem se manifestar em diversos contextos, incluindo regiões geográficas, 
crenças religiosas, costumes e tradições, idiomas e até mesmo estruturas sociais. A integração cultural, 
por sua vez, refere-se ao processo de união desses grupos distintos, incentivando a compreensão 
mútua, a tolerância e a aceitação das diferenças. 
A integração cultural bem-sucedida depende de vários fatores, como a disposição das comunidades em 
se envolver em diálogos construtivos, a promoção de programas educacionais que valorizem a 
diversidade cultural e a implementação de políticas inclusivas. Quando esses elementos estão ausentes, 
as fronteiras culturais podem se transformar em barreiras intransponíveis, resultando na exclusão sócio 
cultural ou em conflitos. 
Podendo se manifestar de várias formas, como na discriminação racial, linguística ou religiosa, falta de 
acesso a recursos educacionais e oportunidades de emprego, bem como marginalização política e social, 
segregação espacial e social. 
Para superar as fronteiras culturais e promover a integração, é essencial implementar estratégias para a 
compreensão e a aceitação mútuas. Isso por meio da educação intercultural com espaços sociais e 
comunitários inclusivos, políticas públicas que incentivem a diversidade e a igualdade de oportunidades. 
Sendo crucial fomentar uma cultura de respeito e empatia, onde as diferenças sejam valorizadas e 
celebradas reconhecendo as diversas expressões culturais dentro de uma sociedade para construir 
pontes entre as fronteiras culturais e alcançar uma integração verdadeira. 
 
 ATIVIDADES 
1 – IFPR/2019) O Estatuto da Pessoa com Deficiência assegura e promove, em condições de igualdade, 
o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua 
inclusão social e cidadania. Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA: 
A) O Poder Legislativo criará instrumentos para avaliação da deficiência. 
B) O processo de habilitação e de reabilitação não é considerado um direito da pessoa com 
deficiência. 
C) É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de 
complexidade, por intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário. 
D) É facultado às pessoas jurídicas de direito público, privado ou de qualquer natureza, garantir 
ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos. 
E) A pessoa com deficiência física não tem direito à aposentadoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
150 
 
2 – (Enem/2004). 
 
A conversa entre Mafalda e seus amigos 
A) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir. 
B) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as 
pessoas. 
C) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre 
posições divergentes. 
D) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político 
de ideias. 
E) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar 
divergências. 
 
3 − (Enem/2019) A maior parte das agressões e manifestações discriminatórias contra as religiões de 
matrizes africanas ocorrem em locais públicos (57%). É na rua, na via pública, que tiveram lugar mais 
de 2/3 das agressões, geralmente em locais próximos às casas de culto dessas religiões. O transporte 
público também é apontado como um local em que os adeptos das religiões de matrizes africanas são 
discriminados, geralmente quando se encontram paramentados por conta dos preceitos religiosos. 
REGO, L. F.; FONSECA, D. P. R.; GIACOMINI, S. M.. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2014. 
As práticas descritas no texto são incompatíveis com a dinâmica de uma sociedade laica e democrática 
porque 
A) asseguram as expressões multiculturais. 
B) promovem a diversidade de etnias. 
C) falseiam os dogmas teológicos. 
D) estimulam os rituais sincréticos. 
E) restringem a liberdade de credo. 
 
4 − (FATEC) “Palavras de ordem, símbolos, propaganda, atos públicos, vandalismo e violência são, 
atualmente, manifestações de hostilidade frequentes contra estrangeiros na Europa. Os países onde 
mais intensamente têm ocorrido conflitos são Alemanha, França, Inglaterra, Bélgica e Suíça.” 
(MOREIRA, Igor e AURICCHIO, Elizabeth. Construindo o espaço mundial. 3.ª ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 37. Adaptado.) 
 Sobre o fenômeno social enfocado pelo texto, é válido afirmar que se trata de conflitos: 
 
 
 
 
 
151 
 
A) civis e militares, relacionados às formas históricas de exploração dos países do chamado 
Terceiro Mundo. 
B) ligados ao nacionalismo, ao racismo e à xenofobia, no contexto globalizado das grandes 
migrações internacionais. 
C) entre imigrantes das diversas nacionalidades que invadem a Europa, atualmente, na disputa 
por empregos e por melhores condições de vida. 
D) culturais, principalmente causados pelo conflito armado entre países católicos e protestantes, 
mas também, sobretudo, conflitos contra países islâmicos. 
E) étnicos e sociais decorrentes das dificuldades de desenvolvimento de países europeus em 
continuar a sua industrialização nos setores tecnológicos de ponta. 
 
5 − (PSV-UFGD) - Para o geógrafo Milton Santos, existiriam três mundos num só: a globalização como 
fábula, a globalização como perversidade e uma outra globalização. 
 
 
 
Com base na afirmação e na imagem, pode-se compreender que o processo de globalização: 
I. Possibilita que se viva numa aldeia global. 
II. Permite que as fronteiras desapareçam. 
III. Inclui e une todos os povos. 
IV. É benefício exclusivo de alguns. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e III 
B) II e IV 
C) I, II e IV 
D) apenas I 
E) apenas IV 
 
 
 
 
 
 
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GEOPOLÍTICA E O CONSUMO CONSCIENTE 
 
Desafios Globais: Produção e Consumo Responsável 
Os atuais desafios globais envolvendo produção, circulação e consumo demandam uma abordagem 
integrada diante da complexidade e interconexão desses temas. Embora tenha promovido comércio e 
conectividade, também gerou desigualdades,marginalizando regiões e comunidades no sistema 
econômico vigente. 
Essas disparidades econômicas, aliadas à exploração contínua dos recursos naturais, resultaram em 
consequências ambientais alarmantes. A crescente demanda por matérias-primas e energia acelerou a 
degradação dos ecossistemas, intensificando a crise climática. 
Simultaneamente, as desigualdades sociais exacerbadas pelo modelo de produção e consumo desigual 
têm impactos devastadores, especialmente para os mais pobres, esta concentração de riqueza resulta 
em disparidades profundas, afetando o acesso a serviços essenciais. 
Nesse cenário, a conscientização sobre consumo responsável e ética nos negócios ganha destaque 
positivo com a promoção de práticas sustentáveis e políticas de responsabilidade social corporativa, 
sendo crucial para mitigar impactos negativos. 
Portanto iniciativas que buscam equidade no acesso aos recursos naturais e sociais são fundamentais 
para um futuro sustentável, atendendo uma abordagem integrada com colaboração entre governos, 
empresas e sociedade civil para construir sistemas econômicos e sociais mais equitativos e 
ambientalmente sustentáveis, assegurando condições dignas para todos e preservando a saúde do 
planeta. 
 
 ATIVIDADES 
1 – Nas últimas décadas, houve um aumento da preocupação da sociedade com as questões ambientais. 
No mundo atual, é cada vez mais recorrente a ocorrência de eventos climáticos extremos, assim como a 
diminuição da disponibilidade de recursos ambientais que são empregados nas diferentes atividades 
produtivas. São exemplos de fenômenos que têm gerado o aumento do debate sobre as questões 
relacionadas ao meio ambiente: 
A) o congelamento do Ártico e a poluição das ilhas oceânicas. 
B) o aumento do número de plásticos e das reservas de petróleo. 
C) o nivelamento dos níveis dos oceanos e a preservação do Pantanal. 
D) o enfraquecimento do El Niño e o aumento da pesca marítima. 
E) o aquecimento da temperatura terrestre e as mudanças climáticas 
 
2 – Em abril, o desmatamento na Amazônia teve um aumento de 171% em relação ao mesmo período 
de 2019. Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio 
Ambiente da Amazônia (Imazon), que registrou 529 km² de área desmatada no bioma no mês de abril, 
contra 195 km² no mesmo mês do ano passado. O acumulado dos primeiros quatro meses de 2020, de 
acordo com o SAD, já é de 1.703 km², uma área maior que a cidade de São Paulo (1.521 km²) e um 
número 133% maior que o mesmo período em 2019, quando o sistema registrou o desmatamento de 
460 km². 
Fonte: https://amazonia.org.br/2020/05/total-da-area-desmatada-na-amazonia-em-2020-ja-e-maior-que-cidade-de-sao-paulo/ 
 
 
153 
 
 
 
 
O desmatamento na Amazônia tem crescido exponencialmente a partir da década de 70. As principais 
causas são: 
A) atividade madeireira e incêndios 
B) queimadas e uso de agrotóxicos 
C) atividade madeireira e mineração 
D) uso de agrotóxicos e vazamento de petróleo 
E) vazamento de petróleo e descarte de lixo 
 
3 − (UFRGS 2015) Observe a figura abaixo. 
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS COLETADOS POR DIA NO BRASIL EM TONELADAS 
 
 
 
Considere as afirmações sobre os resíduos sólidos coletados no Brasil. 
 
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154 
 
I. O aumento do poder de compra dos brasileiros está fazendo com que a população do país gere 
cada vez mais lixo inorgânico, o que não é acompanhado pela implantação de programas de 
coleta seletiva e pelo volume de material reciclado. 
II. A reduzida coleta de resíduos urbanos na região Norte é explicada pela maior preocupação 
ambiental dos habitantes, que adotam a prática do consumo reduzido e da reciclagem. 
III. A densa urbanização da região sudeste, associada à maior concentração de renda, explica os 
dados expressivos de resíduos sólidos urbanos coletados por dia. 
Quais estão corretas? 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas III. 
D) Apenas I e III. 
E) I, II e III. 
4 − O desenvolvimento sustentável é um desafio para os diferentes países do globo. No caso do Brasil, o 
país enfrenta vários problemas ambientais que são obstáculos para o alcance de uma sociedade mais 
sustentável. Na atualidade, um grave problema ambiental do Brasil é o 
A) emprego de técnicas agroecológicas de cultivo. 
B) reflorestamento de áreas de nascentes de rios. 
C) estudo da distribuição de espécies endêmicas. 
D) incentivo à criação de reservas indígenas. 
E) desmatamento provocado pela agropecuária. 
 
5 − (PUC-RI0) As discussões em torno do Desenvolvimento Sustentável foram as tônicas nos eventos Rio 
92 e Rio+20. Todavia, o estabelecimento de agendas sustentáveis em parte dos países e regiões do 
mundo ainda é muito complicado. 
 
 
A) Indique DUAS condições geopolíticas ocorridas no planeta, entre 1990 e 2012, que afetaram 
o controle da poluição ambiental na atualidade. 
B) Explique a charge acima com base em DUAS causas de aceleração do Efeito Estufa no 
planeta 
 
 
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155 
 
 
INTERNACIONALIZAÇÃO E O CAPITALISMO 
 
Texto: Evolução do Capitalismo 
O capitalismo, desde sua origem nos séculos XVI e XVII, na transição do feudalismo para o 
capitalismo mercantil, tem desempenhado um papel crucial na construção e reconfiguração do 
espaço geográfico global. 
A fase inicial, conhecida como capitalismo comercial, testemunhou a expansão do comércio 
internacional, impulsionada por empresas mercantis e o desenvolvimento de rotas marítimas. A 
exploração colonial estimulou a acumulação primitiva de capital, preparando o terreno para o 
surgimento do capitalismo industrial durante a Revolução Industrial do século XVIII. A 
especialização da produção e o surgimento de centros industriais levaram a uma reconfiguração 
significativa do espaço geográfico global. 
Posteriormente, o capitalismo financeiro emergiu, integrando os mercados financeiros 
internacionais e promovendo a formação de conglomerados empresariais. A globalização 
econômica e a revolução tecnológica no século XX aceleraram ainda mais a internacionalização 
do capitalismo, resultando na criação de uma economia global interconectada. 
Atualmente, a internacionalização do capital atingiu novos patamares, com a ascensão de redes 
de produção transnacionais e o aumento da mobilidade do capital financeiro, destacando a 
interconexão entre desenvolvimento econômico, transformações sociais e desafios ambientais 
no mundo contemporâneo. 
 
 ATIVIDADES 
1 – Leia e observe a tirinha e responda a seguir. 
 
 Assinale a alternativa que indica a característica da Globalização representada pela tirinha: 
A) Mercantilização da Economia 
B) Formação de Acordos Econômicos 
C) Cartelização 
D) Expansão das empresas globais 
E) Censura aos meios publicitários 
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2 – Comércio Internacional: (USP–2009) Observe os gráficos sobre o comércio internacional 
 
 
 
Com base nos gráficos e nos seus conhecimentos sobre o comércio internacional, assinale a alternativa 
CORRETA. 
A) Os produtos agropecuários apresentavam, em 2005, participação majoritária nas exportações 
mundiais, em comparação com os demais grupos de produtos. 
B) O crescimento do comércio internacional atingiu sobretudo os países menos desenvolvidos, 
pois neles se localiza a maior oferta de serviços e maior produção industrial de alta tecnologia. 
C) O comércio internacional cresceu intensamente nas últimas décadas, com peso significativo 
dos produtos industrializados e dos serviços. 
D) A participação dos combustíveis nas exportações mundiais, em 2005, foi muito influenciada 
pelas cotações internacionais dos preços do petróleo e do álcool. 
E) Os produtos industrializados

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