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SUMÁRIO MATERIAL PARA O(A) PROFESSOR(A) GEOGRAFIA ............................................................................................................... pág 03 Planejamento 1: Sociedade, Espaço e Tempo .......................................... pág 03 Planejamento 2: Transformações na Paisagem e no Território pelas Dinâmicas de Sociedades Tradicionais e Urbanas ..................................... pág 08 HISTÓRIA ................................................................................................ pág 12 Planejamento 1: Introdução aos conhecimentos históricos ........................ pág 12 Planejamento 2: A Pré-história humana ................................................... pág 18 Planejamento 3: História, memória e cultura ........................................... pág 27 Planejamento 4: As primeiras civilizações ................................................ pág 34 FILOSOFIA ............................................................................................... pág 43 Planejamento 1: Mito e ciência na civilização tecnológica .......................... pág 43 SOCIOLOGIA ........................................................................................... pág 56 Planejamento 1: A ciência Sociologia ....................................................... pág 56 Planejamento 2: A socialização humana .................................................. pág 63 Planejamento 3: Socialização e projeto de vida ........................................ pág 68 MATERIAL PARA O ESTUDANTE GEOGRAFIA ............................................................................................................... pág 75 Atividade 1: Sociedade, Espaço e Tempo ................................................. pág 75 Atividade 2: Transformações na Paisagem e no Território pelas Dinâmicas de Sociedades Tradicionais e Urbanas ..................................... pág 76 HISTÓRIA ................................................................................................ pág 78 Atividade 1: Introdução aos conhecimentos históricos .............................. pág 78 Atividade 2: A Pré-história humana ......................................................... pág 82 Atividade 3: História, memória e cultura .................................................. pág 87 Atividade 4: As primeiras civilizações ....................................................... pág 91 FILOSOFIA ............................................................................................... pág 95 Atividade 1: Mito e ciência na civilização tecnológica ................................ pág 95 SOCIOLOGIA ........................................................................................... pág 98 Atividade 1: A ciência Sociologia ............................................................. pág 98 Atividade 2: A socialização humana ......................................................... pág 100 Atividade 3: Socialização e projeto de vida .............................................. pág 102 2 Prezado(a) Professor(a), No intuito de contribuir com seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno com muito carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já previsto em seu planejamento. O presente caderno foi construído tendo como base os Planos de Curso 2024, que foram elaborados a partir das competências e habilidades estabelecidas na BNCC e no CRMG a serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as unidades escolares da rede pública de Minas Gerais. Aborda os diversos componentes curriculares e para facilitar a leitura e manuseio foi organizado de forma linear. Contudo ao implementá-lo em sala de aula, você professor, poderá recorrer aos planejamentos de forma não sequencial, atendendo às necessidades pedagógicas dos estudantes. É preciso atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são pré-requisitos, ou seja aquele que foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que precisam ser retomados com os estudantes para a construção do novo conhecimento em questão. Como o principal objetivo deste material é o trabalho com o desenvolvimento de habilidades, este caderno vem com o propósito de dialogar com sua prática e com o seu planejamento dentro das habilidades básicas - aquelas que devemos assegurar que todos os nossos estudantes aprendam. Por assim dizer, destacamos ainda, que o livro didático continua sendo um instrumento eficiente e necessário, principalmente por não anular o papel do professor de mediador insubstituível dentro dos processos de ensino e de aprendizagem. Coracini (1999) nos diz que “o livro didático já se encontra internalizado no professor (...) o professor continua no controle do conteúdo e da forma (...)”, reafirmando que, o que torna o livro didático e o que torna os Cadernos MAPA eficientes, é justamente a maneira como o professor utiliza-os junto aos estudantes. Desejamos a você, professor(a), um bom trabalho! Equipe da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores 3 REFERÊNCIA 2024 MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: Competência 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): As relações entre espaço, sociedade, natureza, trabalho e tempo. A estrutura geológica da Terra e as teorias de forma- ção. Processos de formação da superfície terrestre e seus subsistemas ao longo da evo- lução da escala planetária. Transformações antrópicas no meio físico em diferentes sociedades. (EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais. (EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais da emergência de matrizes conceituais hegemônicas (etnocentrismo, evolução, modernidade etc.), comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Sociedade, Espaço e Tempo A) APRESENTAÇÃO: Caro(a) Professor(a) de Geografia, É com grande entusiasmo que damos as boas-vindas a você nesta jornada educacional que está prestes a empreender. Como condutores do conhecimento, sua função é vital na formação de mentes curiosas e na abertura de portas para o entendimento do mundo ao nosso redor. Nesta missão, propomos uma sequência didática que não apenas transmitirá conhecimento, mas também despertará o interesse e a paixão pelos intricados tecidos do espaço, natureza e sociedade. Inicie sua jornada destacando a importância de explorar o mundo ao nosso redor. Mostre aos seus estudantes que a Geografia não é apenas sobre mapas e coordenadas, mas uma chave que desbloqueia os segredos das interações complexas entre o espaço que habitamos, a natureza que nos cerca e as sociedades que moldamos. Explore como cada passo humano deixa uma marca na paisagem, e como a paisagem molda as ações humanas. Destaque como as sociedades se adaptam e transformam o espaço em resposta às mudanças Geografia Ciências Humanas e Sociais Aplicadas 4 naturais e sociais. Estacompreensão profunda forma a base para uma cidadania informada e uma visão holística do mundo. Introduza o fascinante conceito de tempo geológico. Mostre como os eventos passados deixam vestígios no presente e influenciam nosso futuro. Destaque a relevância de entender a escala temporal geológica para apreciar as mudanças lentas e imperceptíveis que moldaram e continuam a moldar nosso planeta. Compartilhe os objetivos da sequência didática, destacando como ela incentiva a pesquisa, a análise crítica e a expressão criativa. Mostre como cada atividade é projetada para nutrir não apenas o conhecimento, mas também as habilidades essenciais para a vida. Conclua com um convite à exploração contínua. Encoraje os estudantes a verem o mundo como um laboratório vivo, cheio de desafios e oportunidades para compreender e moldar um futuro melhor. Destaque como a Geografia é a chave para desvendar os segredos do mundo e criar cidadãos responsáveis e informados. Que esta jornada educacional seja rica em aprendizado, crescimento e, acima de tudo, na formação de mentes curiosas e cidadãos responsáveis. O planejamento não apenas garante a cobertura eficaz do conteúdo, mas também permite a flexibilidade para atender às necessidades específicas da turma. Assim como um navegador ajusta sua rota em resposta às condições do mar, o professor adapta seu plano para otimizar a experiência de aprendizagem. Ao longo do bimestre, a avaliação contínua proporciona insights valiosos, permitindo ajustes quando necessário. Lembre-se de adaptar as atividades de acordo com a realidade da turma e utilizar recursos adicionais conforme necessário. A interdisciplinaridade pode ser explorada, integrando conhecimentos de outras disciplinas. Boa sorte, Professor! Que sua jornada seja incrivelmente gratificante. B) DESENVOLVIMENTO: Organização da turma A escolha do professor. Recursos e providências Quadro, pincel, linha do tempo geológico impressa, exemplos de rochas sedimentares, metamórficas e ígneas, mapas geológicos da região, recortes de revistas ou imagens impressas, lápis de cor, canetas coloridas, folhas de papel a4, recursos multimídia e conexão com a internet. Objetivo Geral: Compreender a interconexão entre espaço geográfico, paisagem e sociedade, destacando como as relações humanas moldam e são moldadas pelo ambiente ao seu redor. Importante: Adapte conforme necessário para atender às necessidades específicas da sua turma, e incentive a participação ativa dos estudantes nas discussões e atividades práticas. 1º MOMENTO: INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS GEOGRÁFICOS Esta atividade prática e reflexiva permite que os estudantes explorem e apliquem os conceitos geográficos de forma concreta, promovendo uma compreensão mais profunda e contextualizada desses conceitos fundamentais: ▪ Discussão em sala de aula sobre o que os estudantes entendem por espaço, sociedade e 5 paisagem. Anotação no quadro das ideias-chave. ▪ Explanação sobre o conceito de espaço geográfico e como ele é construído socialmente. Destaque para a interação entre elementos naturais e humanos. ▪ Os estudantes divididos em grupos fazem um levantamento de elementos do espaço geográfico em sua escola, registrando características físicas e sociais. Cada grupo apresenta suas observações. 2º MOMENTO: TEMPO GEOLÓGICO E CONSTRUÇÃO DA PAISAGEM A compreensão do tempo geológico é essencial para entendermos como as paisagens que vemos hoje foram moldadas ao longo de milhões de anos. O tempo geológico refere-se ao vasto período desde a formação da Terra até o presente, dividido em eras, períodos e épocas. Durante esse tempo, processos naturais, como erosão, sedimentação e movimentos tectônicos, foram esculpindo a superfície terrestre. A atividade a seguir visa explorar a relação entre tempo geológico e construção da paisagem de forma prática e reflexiva: ▪ Explique o conceito de tempo geológico usando a linha do tempo geológico. ▪ Exibição de um vídeo que destaca a formação de uma paisagem específica ao longo do tempo geológico. Discussão em sala de aula sobre os processos envolvidos. ▪ Mostre exemplos de diferentes tipos de rochas e explique como elas se formaram ao longo do tempo. ▪ Divida os estudantes em grupos. ▪ Entregue mapas geológicos da região ou imagens de formações geológicas locais. ▪ Peça aos estudantes para identificarem as rochas e características geológicas presentes na área. ▪ Cada grupo apresenta suas descobertas, discutindo como as características geológicas presentes na região foram formadas ao longo do tempo geológico. ▪ Encoraje perguntas sobre como esses processos influenciaram a construção da paisagem. ▪ Os estudantes escrevem reflexões individuais sobre como a compreensão do tempo geológico influencia sua percepção da paisagem ao redor ou criam um relatório sobre a formação da paisagem estudada, destacando os principais processos geológicos envolvidos. ▪ Questione como eventos geológicos passados influenciam não apenas a aparência da paisagem, mas também os recursos naturais e as atividades humanas na região. ▪ Discuta as reflexões em sala de aula. 3º MOMENTO: CONSTRUÇÃO DA PAISAGEM PELO HOMEM Promover reflexões sobre como a ação humana contribui para a construção da paisagem, incentivando os estudantes a reconhecerem e analisarem as transformações ocorridas no espaço em que vivem. Essa atividade não apenas estimula a observação crítica do ambiente local, mas também proporciona aos estudantes a oportunidade de expressar suas reflexões de maneira criativa e artística. ▪ Discussão em sala de aula sobre como o ambiente local foi transformado ao longo do tempo pela ação humana. Exemplos podem incluir urbanização, construção de estradas, mudanças na paisagem natural, entre outros. 6 Se possível, faça uma pequena caminhada pelos arredores da escola ou bairro. Peça aos estudantes para observarem e anotarem as transformações que identificam, como construções, espaços verdes modificados, sinalizações etc. ▪ Retorno à sala de aula para discussão em grupo. Cada estudante compartilha suas observações e reflete sobre como as ações humanas contribuíram para as mudanças no ambiente local. Distribua revistas, jornais ou imagens impressas que contenham fotos de paisagens urbanas, rurais e naturais. Os estudantes selecionam imagens que ilustram diferentes formas de transformação pela ação humana. ▪ Cada estudante cria uma "colagem da paisagem" em uma folha em branco, usando as imagens selecionadas e adicionando elementos desenhados ou escritos para destacar as transformações identificadas. ▪ Os estudantes apresentam suas colagens para a turma, explicando as escolhas feitas e as reflexões sobre como as ações humanas moldam a paisagem. A turma discute em conjunto as diferentes perspectivas e experiências compartilhadas. 4º MOMENTO: TRANSFORMAÇÕES ANTRÓPICAS NO MEIO FÍSICO EM DIFERENTES SOCIEDADES Essa atividade permite que os estudantes explorem, comparem e reflitam sobre as transformações antrópicas no meio físico em diferentes sociedades, promovendo uma compreensão mais crítica das interações entre ação humana e ambiente. ▪ Discussão sobre o termo "transformações antrópicas" e exemplos de como as sociedades humanas ao longo da história alteraram o meio físico. ▪ Cada estudante escolhe uma sociedade específica em um determinado período histórico (por exemplo, sociedades antigas, sociedades industriais, sociedades contemporâneas) para pesquisar as transformações antrópicas no meio físico. ▪ Os estudantes compartilham brevemente as informações coletadas sobre as transformações antrópicas em suas sociedades escolhidas. ▪ Formação de grupos para discutir as semelhanças e diferenças nas transformações antrópicas nas sociedades escolhidas pelos estudantes. ▪ Cada grupo cria um gráfico ou mapa que represente visualmente as transformaçõesantrópicas em suas sociedades escolhidas. Pode ser uma linha do tempo, um gráfico de barras, ou um mapa indicando áreas de transformação. ▪ Cada grupo apresenta seus gráficos ou mapas, explicando as principais transformações antrópicas identificadas e como essas mudanças impactaram o meio físico. ▪ Discussão em sala de aula sobre as conclusões tiradas das apresentações. Destaque as diferentes abordagens das sociedades em relação ao meio físico e como essas escolhas influenciaram o desenvolvimento e a sustentabilidade. ▪ Os estudantes escrevem uma reflexão individual ou duplas sobre o papel das transformações antrópicas no meio físico em diferentes sociedades, considerando as implicações ambientais, sociais e econômicas. 7 5º MOMENTO: AVALIAÇÃO E SÍNTESE ▪ Síntese dos principais conceitos abordados ao longo da sequência didática. Destaque para as interações entre espaço, paisagem e sociedade. ▪ Os estudantes respondem às perguntas ou elaboram um pequeno ensaio sobre como a compreensão dessas relações pode impactar suas vidas. Promova uma discussão mais ampla sobre como as transformações locais se relacionam com as mudanças globais. Questione como as ações locais contribuem para fenômenos globais, como mudanças climáticas e urbanização em grande escala. ▪ Discussão em sala de aula sobre as aprendizagens da sequência didática e como esses conhecimentos podem ser aplicados em situações do cotidiano. ▪ Os estudantes escrevem um breve texto reflexivo, destacando as aprendizagens sobre a construção da paisagem pela ação humana. Podem incluir insights pessoais, observações críticas e considerações sobre a responsabilidade coletiva. 8 COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: Competência 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): Sociedades tradicionais e urbano-industriais: as trans- formações da paisagem e do território pelo modo de vida e pela ocupação do espaço. A problemática socioambi- ental e a relação com as classes sociais e a estratifi- cação social no contexto do capitalismo. A dinâmica da natureza e os impactos causados pela ação antrópica no Brasil e no mundo. (EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais da emergência de matrizes conceituais hegemônicas (etnocentrismo, evolução, modernidade etc.), comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos. (EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre outros). PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Transformações na Paisagem e no Território pelas Dinâmicas de Sociedades Tradicionais e Urbanas. A) APRESENTAÇÃO: Caro(a) Professor(a) de Geografia, Em suas mãos, repousa a fascinante tarefa de desbravar os caminhos da transformação da paisagem, guiando seus estudantes por uma viagem no tempo e no espaço. Seu papel vai além de ensinar; você é um arquiteto do entendimento, um guia na exploração das intrincadas mudanças que moldam nossa paisagem tradicional e urbana. Ao abordar as transformações da paisagem tradicional, você não apenas destaca as nuances da vida em comunidades antigas, mas também inspira uma apreciação mais profunda por nossas raízes. Cada montanha, rio e vilarejo conta uma história, e sob sua orientação, os estudantes se tornam contadores de histórias desses cenários ancestrais. Na imersão nas complexidades urbanas, sua missão se expande para desvendar os segredos das cidades modernas. Explorar os arranha-céus, ruas movimentadas e espaços públicos significa mais do que simplesmente entender a geografia urbana. Significa compreender as forças que impulsionam as metamorfoses contemporâneas. Como professor de Geografia, você é um catalisador de perspectivas. Ao mostrar como o modo de vida e a ocupação do espaço transformam paisagens, você instiga a reflexão crítica e inspira uma visão mais abrangente do mundo que nos cerca. Inspire o pensamento crítico. Desafie seus estudantes a questionarem as transformações que testemunham. Qual é o impacto social, econômico e ambiental dessas mudanças? Como as decisões individuais e coletivas influenciam a 9 paisagem? Ao instigar a análise profunda, você prepara seus aprendizes para serem pensadores autônomos e reflexivos. Explore a compreensão tecnológica. Vivemos na era digital, onde a tecnologia molda a paisagem e a experiência humana. Capacite seus estudantes a usarem ferramentas tecnológicas para mapear, analisar dados geográficos e compreender as mudanças em tempo real, preparando-os para a era digital. Ao inspirar o desenvolvimento dessas habilidades, você não apenas educa, mas prepara seus estudantes para enfrentarem os desafios e aproveitarem as oportunidades do mundo que se transforma diante deles. Lembre-se de adaptar as atividades de acordo com a realidade da turma e utilizar recursos adicionais conforme necessário. A interdisciplinaridade pode ser explorada, integrando conhecimentos de outras disciplinas. Boa sorte, Professor! Que sua jornada seja incrivelmente gratificante. B) DESENVOLVIMENTO: Organização da turma A escolha do professor. Recursos e providências Quadro, pincel, imagens impressas, lápis de cor, canetas coloridas, folhas de papel A4, recursos multimídia, conexão com a internet. Objetivo Geral: Desenvolver a compreensão dos estudantes sobre as características das paisagens urbano-industriais e analisar os impactos ambientais associados a esses ambientes, promovendo a reflexão crítica e propondo soluções sustentáveis. 1º MOMENTO: INTRODUÇÃO ÀS PAISAGENS URBANO-INDUSTRIAIS Importante nesse primeiro momento, investigar as transformações ao longo do tempo, analisar as influências de fatores econômicos, sociais e tecnológicos, além de desvendar as complexidades das paisagens urbanas e industriais, compreendendo não apenas o que está à vista, mas também as narrativas subjacentes que moldam nosso mundo em constante evolução. Inicie a aula com uma discussão sobre o que os estudantes entendem por paisagens urbano-industriais. Liste suas percepções no quadro. Projete slides apresentando a evolução histórica das paisagens urbanas e industriais, destacando mudanças nas infraestruturas, arquitetura e ocupação do espaço. Peça aos estudantes para desenharem ou descreverem uma paisagem urbano-industrial que esteja presente em suas cidades. 2º MOMENTO: FATORES E CAUSAS DAS TRANSFORMAÇÕES Essa atividade oferece ao estudante uma abordagem prática para explorar as transformações nas paisagens urbanas e industriais, promovendo análise crítica, pesquisa e reflexão sobre os impactos sociais e ambientais: Apresente informações sobre os principais fatores e causas das transformações nas paisagens urbanas e 10 industriais, incluindo avanços tecnológicos, mudanças econômicas e sociais. Divida a turma em grupos. Cada grupo pesquisa e apresenta um caso específico de transformação urbano-industrial, destacando os fatores impulsionadores. Conduza uma discussão em sala de aula, destacando as semelhançase diferenças nos casos apresentados pelos grupos. Incentive análises críticas sobre os impactos dessas transformações. 3º MOMENTO: IMPACTOS AMBIENTAIS NAS PAISAGENS URBANO-INDUSTRIAIS Esta atividade proporciona uma abordagem abrangente para explorar os impactos ambientais em ambientes urbanos e industriais, incentivando análise crítica, pesquisa e busca por soluções sustentáveis: Apresente informações sobre os principais impactos ambientais associados a atividades industriais e urbanas, como poluição do ar, solo e água. Explore um estudo de caso específico sobre um local urbano-industrial, destacando os impactos ambientais reais. Discussão em sala de aula sobre as causas e consequências. Divida a turma em grupos. Cada grupo pesquisa e elabora uma lista de impactos ambientais em uma paisagem urbano-industrial específica. 4º MOMENTO: AVALIAÇÃO E SÍNTESE Nesta atividade avaliativa, solicite que os estudantes desenvolvam propostas de soluções para mitigar os impactos ambientais em uma área urbana ou industrial. Realize um brainstorming em sala de aula para identificar soluções sustentáveis para os impactos ambientais discutidos nas aulas anteriores. ● Cada grupo apresenta suas soluções e propostas. Destaque a importância da sustentabilidade e ações individuais e coletivas. Conduza uma discussão final sobre a responsabilidade individual e coletiva na mitigação dos impactos ambientais em ambientes urbanos e industriais. Peça aos estudantes para compartilharem ações práticas que podem realizar para promover a sustentabilidade. 11 REFERÊNCIAS CARLOS, Ana Fani A. et al. (Org.). A Geografia na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2003 CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos; CALLAI, Helena Copetti; KAERCHER, Nestor André; Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano; estudar o Lugar para compreender o mundo. Porto Alegre, Editora Mediana, 9ª edição, 2010. FILIZOLA, Roberto. Didática da geografia: proposições metodológicas e conteúdos entrelaçados com avaliação. Curitiba: Base Editorial, 2009. MORAIS, Eliana Marta Barbosa de. As Temáticas Físico-Naturais como Conteúdo de Ensino da Geografia Escolar. In: CAVALCANTI, Lana de Souza (Org.) Temas da Geografia na Escola Básica. Campinas, SP: Papirus, 2013 MOREIRA, João Carlos, SENE, Eustáquio de, Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização. Geografia – Ensino Médio. 3º Edição, São Paulo – 2016. Editora Scipione. PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda e CACETE, Núria Hanglei. Para ensinar e aprender geografia. São Paulo: Cortez, 2007. PUNTEL, Geovane Aparecida. Os Mistérios de Ensinar e Aprender Geografia. In: REGO, Nelson; CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos; KAERCHER, Nestor André. Geografia: Práticas pedagógicas para o ensino médio. Porto Alegre: Artmed, 2007. 12 REFERÊNCIA 2024 MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: Competência: 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): Introdução aos conhe- cimentos históricos. (EM13CHS101): Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Introdução aos conhecimentos históricos. A) APRESENTAÇÃO: A habilidade desenvolvida neste planejamento, consiste em levar os estudantes compreenderem que a construção da narrativa histórica está relacionada às fontes e às formas de registro que as sociedades, em diferentes épocas, realizaram. Cada sociedade possui uma forma de registrar sua história e isso interfere na sua maneira de compreender a narrativa histórica, o espaço histórico e o tempo histórico. Portanto, a História tem também a sua história, e cada produção histórica pertence a um tempo. Identificar diferentes fontes históricas (documentos escritos, depoimentos orais, fotografias, objetos, edificações etc.) significa perceber que a diversidade de documentos históricos possibilita conhecer outras dimensões da vida humana. Deve-se reconhecer, ainda, que o documento não é a expressão da verdade absoluta e indiscutível e, por isso, ele deve ser contextualizado e criticado (o porquê, quando, como, por quem e para quem foi produzido) e confrontado com outros documentos. [...] O tratamento do tema “fontes históricas na sala de aula” remete, inexoravelmente, ao estabelecimento de relações com as atuais discussões historiográficas, porque a história, como componente escolar, ainda que possua especificidades e finalidades que lhes são próprias, não prescinde de um estreito diálogo com a ciência de referência – no caso a história acadêmica – e com os princípios, fundamentos e métodos que regem a pesquisa histórica. Tal entendimento não significa decretar a dependência da história escolar em relação ao conhecimento acadêmico, tampouco tomá-la como um saber inferior na hierarquia de conhecimentos, mera vulgarização didática de um corpo de saberes produzido pelos “cientistas”. Sem entrar no polêmico debate que permeia este tema, é preciso admitir que os dois campos – escolar e acadêmico são portadores de dinâmicas próprias, as quais se relacionam com inúmeras instâncias e dimensões, de acordo com as finalidades e especificidades de sua atuação. (CAIMI, 2008). História 13 No que diz ao uso de documentos/fontes históricas em sala de aula, conclui-se que essa ação colabora para o desenvolvimento de um papel ativo do estudante nos processos que envolvem compreensão e interpretação. Mais do que objetos ilustrativos, as fontes são trabalhadas no sentido de desenvolver habilidades de observação, problematização, análise, comparação, formulação de hipóteses, crítica, produção de síntese, reconhecimento de diferenças e semelhanças, enfim, capacidades que favorecem a construção do conhecimento histórico numa perspectiva autônoma. B) DESENVOLVIMENTO: 1º MOMENTO Organização da turma A escolha do professor. Recursos e providências Lousa; texto impresso. Professor (a), inicie a aula perguntando aos estudantes: Você sabe o que é História? Por que estudá-la? Faça na lousa uma tempestade de ideias. Em seguida, utilizando as informações registradas, destaque que a História é considerada uma ciência humana, pois busca compreender as relações dos indivíduos em sociedade ao longo de períodos diversos. Ela nos convida a uma viagem que percorre a transformação de homens e mulheres, sua forma de viver, as mudanças que ocorrem nas sociedades... estudar História nos permite conhecer lugares distantes, tempos passados, culturas, diversos acontecimentos e ações, além de nossa própria História. Conceitos e importância da História: Professor (a), através de uma aula expositiva dialogada explique que a História é uma ciência que estuda as ações do ser humano ao longo do tempo. Assim, o objeto de estudo da História são as pessoas e suas ações coletivas e individuais em diversas sociedades e em períodos variados, considerando desde o surgimento do ser humano primitivo até os dias atuais. A História pode ser considerada uma ciência, pois possui um objeto de estudo delimitado, uma metodologia estruturada e uma teoria proposta. Para compreender as ações do ser humano, é preciso estabelecer um método de estudo,que, no caso dos pesquisadores da História, seja definido por meio da análise e interpretação de fontes históricas. Isso porque a análise dessas fontes possibilita a formulação de uma teoria sobre os acontecimentos do passado humano. Fonte histórica: para os historiadores, é todo e qualquer registro da passagem dos seres humanos pelo tempo. A análise do passado também pode ajudar a construir e entender nossa própria identidade, pois nossa trajetória anterior, ou seja, nossa história particular, foi o que nos formou como indivíduos únicos no presente. Estudar História é permitir que o sujeito construa um domínio sobre a sociedade do presente com base na compreensão das sociedades do passado, tornando necessário interrogar o tempo que já passou a partir do tempo atual. Para isso, é fundamental utilizar a memória histórica, que ajuda na reflexão sobre os fatos ocorridos. Preservar a memória histórica é resgatar e afirmar a identidade coletiva para a construção da cidadania, pois sem memória não é possível compreender sequer as origens de uma sociedade. 14 Professor (a), peça aos estudantes que leiam o texto disponível na seção Anexo e respondam às perguntas apresentadas. TEXTO: TRECHO INICIAL DO DIÁRIO DE ANNE FRANK ( ícone clicável) Professor (a), faça uma breve explicação do que foi o conflito da Segunda Guerra Mundial e apresente o contexto histórico em que o diário foi escrito. Explore o diário como uma fonte histórica, no que diz respeito aos detalhes vividos pelo autor na época em que foi escrito. Neste momento, retome o trecho do diário de Anne Frank para ambientar o cotidiano da autora com a realidade dos estudantes. Levante outros questionamentos: • Como você descreveria sua trajetória escolar até o momento? • Seria possível não citar fatos do dia a dia no seu relato? (Se a resposta for não, questionar: Como escrever uma história sem contextualizar, ou descrever o que acontece em volta da realidade?) • Esse foi o primeiro dia do diário. É possível imaginar que a autora iria viver momentos difíceis? Para finalizar esse momento retome a contextualização da proposta do diário. Os estudantes deverão refletir sobre os questionamentos levantados. Peça a eles que produzam um texto do gênero diário contando como foi a proposta trabalhada durante a aula. Os relatos devem ser curtos - não exceder 20 linhas - por causa do tempo. 2º MOMENTO Organização da turma A escolha do professor. Recursos e providências Lousa; Texto impresso. A História, o tempo e o espaço: os calendários e o tempo: Professor (a) apresente aos estudantes as diferenças entre os tempos: biológico, psicológico, histórico e cronológico. O tempo biológico consiste nas fases de vida de qualquer ser vivo, desde o nascimento, passando pelo desenvolvimento, até a morte. Já o tempo psicológico tem como foco o estudo da mente, isto é, baseia- se na nossa percepção da passagem do tempo, da duração do fato que acontece ou na forma como nos relacionamos com o tempo. Por exemplo, quando você está se divertindo, provavelmente, a sua sensação é de que o tempo passa bem rápido. Já em situações pouco prazerosas, o tempo parece passar mais devagar. O tempo histórico, por sua vez, é utilizado pelo historiador para perceber as modificações de uma determinada sociedade na sua forma de organização, no seu desenvolvimento político e econômico ou a partir de ações marcantes de um povo. O historiador consegue identificar as continuidades de uma sociedade, notando que alguns hábitos do passado podem ser vistos no presente. Assim, o tempo histórico consiste na percepção das rupturas e permanências de sociedades em tempos diferentes. Por fim, o tempo cronológico, também utilizado nos estudos históricos, marca em sequência os anos, séculos, décadas e milênios, que são a base para a contextualização de um fato histórico. Para marcar o tempo cronológico, usamos, por exemplo, o calendário, que pode ser definido como um conjunto de normas utilizado para marcar o tempo. É importante ressaltar que o calendário não se apresenta em um modelo único e universal: seu padrão modifica-se de acordo com as especificidades culturais de cada grupo social. Dessa maneira, há, por exemplo, os calendários, cristão, judaico, muçulmano, cada qual com suas referências e padrões de contagem do tempo. 15 Professor (a), após a explicação acerca dos diferentes tipos de tempo, solicite aos estudantes que respondam a seguinte questão: Para os historiadores, tempo é tanto o elemento de articulação da / na narrativa historiográfica como é vivência civilizacional e pessoal. Para cada civilização e cultura, há uma noção de tempo, cíclico ou linear, presentificado ou projetado para o futuro, estático ou dinâmico, lento ou acelerado, forma de apreensão do real e do relacionamento do indivíduo com o conjunto de seus semelhantes, ponto de partida para a compreensão da relação Homem-Natureza e Homem-sociedade. AUERBACH, E. Mimesis: a representação da realidade na cultura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 1971. • A qual tempo o texto se refere? Descreva-o. Para finalizar esse momento retome tudo o que foi estudado até o momento e oriente os estudantes a escreverem um parágrafo sobre a importância do estudo da História na sua vida. Eles deverão pensar em como a História pode ajudar na compreensão de quem eles realmente são. 16 ANEXO TEXTO: TRECHO INICIAL DO DIÁRIO DE ANNE FRANK Trecho inicial do diário de Anne Frank Domingo, 14 de junho de 1942 Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas. Pudera! Era dia do meu aniversário. É claro que eu não tinha permissão para levantar àquela hora, e por isso tive de refrear a minha curiosidade até às quinze para as sete. Aí então não agüentei mais e corri até a sala de jantar, onde recebi as mais efusivas saudações de Moortie (a gata). Logo depois das sete fui dar bom-dia à mamãe e ao papai, e, depois, corri à sala de estar para desembrulhar meus presentes. O primeiro que me saudou foi você, possivelmente o melhor de todos. Sobre a mesa havia também um ramo de rosas, uma planta e algumas peônias; durante o dia chegaram outros. Ganhei uma porção de coisas de mamãe e papai e fui devidamente presenteada por vários amigos. Entre outras coisas, deram-me um jogo de salão chamado Câmara Escura, muitos doces, chocolates, um quebra-cabeça, um broche, os Contos e lendas dos Países Baixos, de Joseph Cohen, Daisy e suas férias nas montanhas (um livro espetacular) e algum dinheiro. Agora posso comprar Os mitos da Grécia e Roma — que legal! Lies veio então apanhar-me para irmos à escola. No recreio, distribuí biscoitinhos doces para todo mundo, e então tivemos de voltar às aulas. Agora preciso parar. Até logo. Acho que vamos ser grandes amigos. Fonte: HISTÓRIA. Prefeitura de Salto. Secretaria Municipal de Educação. Salto, 3 nov. 2018. Disponível em: https://salto.sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/10/5o-ANO-HISTORIA-3.pdf. . • É possível perceber traços do cotidiano da autora? • Quais palavras mostram o estado emocional da personagem? • A autora-personagem faz uma narrativa sobre um momento importante da sua vida? Onde podemos perceber isso? • O diário foi escrito em 1942. Quais as semelhanças da infância de Anne Frank com a infância de muitas crianças de hoje? • Anne Frank faz menção a um livro de mitos da Grécia e Roma. É possível afirmar que ela é uma pessoa que gosta de História? https://salto.sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/10/5o-ANO-HISTORIA-3.pdf 17 REFERÊNCIAS AUERBACH, Erick. Mimesis: a representação da realidade na cultura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 1971. BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: Uma metodologia ativa de aprendizagem. Traduçãode Afonso Celso da Cunha Serra. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019. BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembrança de velhos. São Paulo. Companhia das Letras, 1994. CAIMI, Flávia Eloísa. Fontes históricas na sala de aula: uma possibilidade de produção do conhecimento histórico escolar? Anos 90. Porto Alegre, v.15, p 129-150, dez. 2008. HISTÓRIA. Prefeitura de Salto. Secretaria Municipal de Educação. Salto, 3 nov. 2018. Disponível em: https://salto.sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/10/5o-ANO-HISTORIA-3.pdf. Acesso em 16 out. 2023. MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20d o%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 16 out. 2023. MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 16 out. 2023. MOTOOKA, Débora Yumi. Geração Alpha História. São Paulo: Edições SM, 2019. PINSKY, Carla. (Org). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2001. https://salto.sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/10/5o-ANO-HISTORIA-3.pdf 18 COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: Competência: 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): A Pré-história humana. (EM13CHS102): Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: A Pré-história humana. A) APRESENTAÇÃO: A habilidade diz respeito a examinar o que os cientistas sabem a respeito da origem do homem e que provas ou informações sustentam suas hipóteses. Suas pesquisas respondem a todas as perguntas? As hipóteses já foram refutadas? Como os povos antigos explicavam o surgimento do homem? A origem da humanidade é ainda uma grande interrogação, apesar de todo conhecimento científico acumulado. Os mitos cosmogônicos ou de fundação trazem explicações distintas sobre a origem dos seres humanos: ela se deve a um deus criador, a um espírito, a um animal, ao céu, à terra, a uma árvore, a uma rocha, ao ovo primordial ou simplesmente ao nada. Além disso, a habilidade consiste também em reconhecer que os grupos humanos deixam vestígios e alterações na paisagem (modificação do solo, mudança na topografia, deslocamento de rochas, gravações rupestres, acúmulo de artefatos etc.), entendendo que essas transformações servem de indícios para a elaboração de hipóteses sobre a presença humana, mesmo sem a descoberta de fósseis humanos. Assim, por exemplo, os vestígios de roças indígenas, os sambaquis, as colinas artificiais da ilha do Marajó, os restos de paliçadas de quilombos extintos etc. dão informações ou pistas sobre a dieta daqueles grupos humanos, seu modo de vida nômade ou sedentário, técnicas de fabricação de artefatos, densidade populacional etc. A habilidade supõe ainda a descrição e análise das modificações na natureza e paisagem causadas por diferentes sociedades, em especial os povos originários. No que diz respeito a periodização, é importante destacar que existe uma discussão entre os historiadores sobre o que marca a passagem da Pré-História para a História. Muitos historiadores afirmam que a História não deveria ser dividida em Pré-História e História. Existem três correntes principais, presentes nos livros didáticos da Educação Básica, que tentam demarcar a passagem da Pré-História para a História. A primeira, e mais comum nos livros didáticos, utiliza o desenvolvimento da escrita como marco de passagem da Pré-História para a História. Esta proposta foi desenvolvida no século XIX, no contexto do imperialismo na África e na Ásia. No século XIX somente fontes escritas eram aceitas pelos historiadores. Desta forma, populações que não desenvolveram a escrita foram consideradas atrasadas, “pré-históricas”. O processo de urbanização e a origem do Estado são outros marcos que aparecem nos livros didáticos como marco de passagem da Pré-História para a História, ambos também desenvolvidos no século XIX e 19 que também serviram para legitimar a conquista europeia sobre outros povos. As três visões apontam a região chamada de “Crescente fértil” como local de nascimento da escrita, urbanização e a origem do Estado. Com o tempo, os historiadores passaram a considerar outros vestígios, como desenhos, moradias e ferramentas deixados pelos povos da época chamada pré-histórica. Essas fontes revelaram muito sobre o modo de vida e os acontecimentos do passado. Embora os historiadores tenham compreendido que era possível investigar a História utilizando documentos não escritos, a expressão Pré-História continuou sendo utilizada. B) DESENVOLVIMENTO: 1º MOMENTO Organização da turma Duplas. Recursos e providências Lousa, projetor, folhas sulfite, texto impresso. Professor (a), inicie esse momento perguntando aos estudantes: • Você conhece algum mito sobre o surgimento dos seres humanos? • Você já ouviu falar de alguma teoria científica a respeito do surgimento da humanidade? Qual? Em seguida organize a sala em duplas. Escreva no quadro ou projete e leia o seguinte comando: Como os seres humanos surgiram na terra? Elabore um desenho que represente a origem dos seres humanos. Não se esqueça de inserir um título. Entregue aos estudantes, folhas de papel sulfite, para que possam elaborar, segundo seu próprio ponto de vista, desenhos que representem a origem dos seres humanos. Eles poderão colorir e criar legendas explicativas. Durante esse momento, caminhe pela sala e auxilie as duplas que solicitarem sua presença. Esclareça dúvidas eventuais, no entanto, tome cuidado para não fornecer explicações que comprometam o protagonismo do estudante na produção dos desenhos. Ao término da produção divida o quadro em três partes e fixe em uma delas os desenhos produzidos. Os dois espaços restantes serão preenchidos com a tarefa. Tal divisão permitirá a construção de um quadro comparativo. Escolha dois estudantes para explicarem seus desenhos à turma. Atenção: Não faça correções na produção dos estudantes, pois a intenção desta atividade não é apresentar um modelo “correto” de explicação da origem dos seres humanos, mas sim expor a existência de diferentes pontos de vista. Os estudantes continuarão em duplas. Apresente os textos que tratam sobre a origem dos seres humanos na perspectiva Maia e Babilônica. Eles podem ser impressos, projetados ou escritos no quadro. TEXTO: OS MAIAS ( ícone clicável) TEXTO: OS BABILÔNIOS ( ícone clicável) 20 Selecione dois estudantes para fazerem a leitura dos textos à turma. Em seguida, as duplas devem elaborar desenhos que representem as narrativas dos textos. Os estudantes poderão fazê-los em folhas de papel sulfite ou mesmo nas do próprio caderno. Poderão colorir, caso desejem. A expectativa é que criem desenhos ou mesmo símbolos alinhados às narrativas. Durante esse momento, caminhe pela sala eauxilie as duplas que solicitarem sua presença. Esclareça dúvidas eventuais, no entanto, tome cuidado para não fornecer explicações que comprometam o protagonismo do estudante na produção dos desenhos. Para a atividade anterior o quadro foi dividido em três partes e apenas uma foi preenchida com desenhos, portanto, nas duas partes restantes fixe os novos desenhos dividindo-os entre as representações Maia e Babilônica. Desta forma, irá se formar um quadro comparativo. Professor (a) faça os questionamentos propostos abaixo, que podem ser projetados, escritos no quadro ou simplesmente lidos: • Quais diferenças você observa entre os três pontos de vista sobre a criação do homem expressos no quadro: sua perspectiva, a Maia e a Babilônica? • O que há de semelhante entre as origens apresentadas? • Cite alguma religião que explique a origem do homem a partir de um Deus criador. Professor (a), os estudantes deverão responder de forma escrita, registrando no caderno. Para finalizar esse momento, faça uma breve explicação, considerando a participação dos estudantes, sobre os mitos de origem e sobre a teoria evolucionista. TEXTO: MITOS DE ORIGEM ( ícone clicável) TEXTO: A TEORIA EVOLUCIONISTA ( ícone clicável) 2º MOMENTO Organização da turma Trios. Recursos e providências Lousa; Dicionário; Texto impresso. Professor (a), organize a sala em trios. Tente deixar no mesmo trio estudantes que possam se apoiar mutuamente para a realização da atividade. Certifique que cada trio possui, no mínimo, um dicionário. Escreva no quadro as palavras “pré-natal, pré-escolar e cursinho pré-vestibular”. Em seguida, solicite que os trios discutam o significado de cada uma das três palavras, conduza a reflexão para que os estudantes identifiquem qual a palavra comum e qual o significado desta palavra. Solicite, inicialmente, que os estudantes tentem compreender o significado das três palavras sem usar o dicionário. Pergunte o que é pré-natal. É esperado que os estudantes identifiquem que são exames feitos pelas mulheres antes do nascimento do filho. Pergunte o que significa Natal, o que é comemorado no Natal, em 25 de dezembro. É esperado que eles respondam que o Natal comemora o nascimento de Cristo. Caso os estudantes não consigam compreender o significado das palavras, peça para que utilizem o dicionário. É esperado que os estudantes compreendam que pré-natal significa algo como “antes do nascimento”, que pré-vestibular é um curso feito para quem quer prestar o processo seletivo de alguma faculdade e 21 pré-escolar é como era chamado o período anterior ao Ensino Fundamental. É esperado também que os estudantes identifiquem que a palavra “pré” está presente nas três palavras e que compreendam que seu significado pode ser algo como “antes” ou “anterior”. Em seguida, escreva no quadro a pergunta: Qual o significado da palavra Pré-História? Solicite que os estudantes, em cada trio, discutam sobre a pergunta e que cada estudante faça as anotações da discussão no seu respectivo caderno. Quando todos terminarem, solicite que três trios, voluntariamente, exponham as discussões feitas em seus trios para toda a turma. Professor (a) faça uma breve explicação e contextualização acerca das problemáticas que envolvem definir a escrita como marco da passagem da Pré-História para a História. Em seguida, entregue para cada trio um trecho do poema “Perguntas de um trabalhador que lê”, de Bertold Brecht. TEXTO: PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ (BERTOLD BRECHT) ( ícone clicável) Peça para que os estudantes de cada trio discutam sobre o trecho do poema e que registrem as principais discussões no caderno. Para conduzir a discussão, pergunte qual a ideia central do poema. É esperado que os trios compreendam que Bertold Brecht valorizou os trabalhadores da “Tebas das sete portas”, ele questiona quem construiu Tebas, se foram os reis ou trabalhadores. Ele ainda faz referência aos livros de História, onde estão registrados somente os nomes dos reis, não de quem construiu, de fato, a cidade. É esperado que, por meio da leitura do trecho do poema, os estudantes compreendam que todas as pessoas fazem História, que todas as pessoas são agentes da História. A intenção ao discutir o poema é refletir que os que não leem e escrevem - os operários que construíram Tebas - também são parte da História, contra, portanto ao argumento de que só existe História quando há registro escrito. Professor (a) para que os estudantes percebam que a evolução dos seres humanos na Pré-História sempre manteve estreita relação com as transformações no meio em que habitavam, pois, na medida em que modificaram seu modo de vida, também modificaram a forma como utilizavam os recursos naturais disponíveis, proponha aos estudantes uma atividade no formato de tempestade de ideias (brainstorming). Projete, imprima ou desenhe no quadro um diagrama com os termos “Seres humanos pré-históricos”. Solicite aos estudantes que falem aleatoriamente sobre características do modo de vida dos seres humanos da Pré-História. Para direcionar os estudos, apresente aos estudantes quatro subtemas sobre o assunto: “alimentação”, “trabalho”, “lazer” e “outras informações”. Oriente-os para que procurem apresentar ideias que se encaixem nestes subtemas e procure registrar as informações no quadro. Além de levantar alguns conhecimentos dos estudantes a respeito do assunto, esta atividade levará o estudante a perceberem suas descobertas e a evolução de seu conhecimento a respeito do tema. Em seguida, solicite que os estudantes ainda em trios façam a leitura do trecho do artigo: “Pré-História: o surgimento do ser humano e os períodos pré-históricos”. TEXTO: TRECHO DO ARTIGO: PRÉ-HISTÓRIA: O SURGIMENTO DO SER HUMANO E OS PERÍODOS PRÉ-HISTÓRICOS ( ícone clicável) Por meio desta leitura, espera-se que os estudantes entrem em contato com algumas características dos modos de vida dos seres humanos caçadores-coletores-nômades que viveram na Pré-História durante o período Paleolítico. Durante a leitura, para instigar o olhar crítico dos estudantes, questione-os sobre a relação humana com a natureza. Pergunte se nos tempos atuais a exploração dos recursos naturais é semelhante àquela empreendida pelos indivíduos do Paleolítico. 22 Na sequência, solicite que os estudantes reflitam em respostas para as seguintes questões: 1) Quais eram os recursos naturais que os seres humanos caçadores-coletores necessitavam para sobreviver? 2) Em sua opinião qual era o impacto da permanência dos seres humanos caçadores-coletores no meio natural que habitavam? Ao responder a primeira questão, a expectativa é que os estudantes consigam identificar características da relação humana com a natureza naquele tempo. Espera-se que percebam não apenas o tipo de recurso natural utilizado, mas que estabeleçam relação entre as características daquela exploração e os aspectos evolutivos dos seres humanos pré-históricos caçadores-coletores-nômades que viveram naquele período. Para favorecer este raciocínio, proponha aos estudantes um pensamento hipotético: questione-os sobre qual seria o comportamento das pessoas daquela época pré-histórica, caso fosse possível enviar para aquele tempo/espaço objetos tecnológicos utilizados nos últimos séculos do nosso tempo, como eletrodomésticos, por exemplo. Pergunte se seria fácil ou difícil para aqueles seres humanos utilizarem recursos tão diferentes e complexos. Ao responder a segunda questão, espera-se que os estudantes consigam estabelecer uma opinião a respeito do impacto no meio natural causado pelas ações dos seres humanos pré-históricos do período Paleolítico, com base em seu modo de vida. Caso apresentem dificuldades nesta questão, peça que se recordem ou releiam partes do texto que tratam de algumas características do modo de vida daquelas pessoas. Questione-ossobre as transformações do meio natural com base naquele tipo de exploração de recursos e naquelas ações cotidianas de caça, coleta e deslocamento do período. Escolha, em seguida, dois estudantes de diferentes trios e peça que apresentem à turma uma resposta para a questão 1 e para a questão 2, respectivamente. Para finalizar esse momento retome tudo o que foi estudado até o momento e oriente os estudantes a escreverem um texto sobre a Pré-História humana: Os seres humanos e sua relação com a natureza e o trabalho. Eles deverão considerar as diferentes culturas pré-históricas presentes no Brasil. 23 ANEXO TEXTO: OS MAIAS Os Maias A civilização maia surgiu por volta do ano 1800 a.C. na região da mesoamérica, que hoje corresponde ao sudeste do México, Belize, Guatemala, as partes setentrionais de Honduras e El Salvador [...] A criação do mundo segundo esse povo é descrita no Popol Vuh, uma coleção épica de lendas, que conta o início como sendo a escuridão, onde vivia Tepeu e Gucumatz , os deuses primordiais, que criam o mundo apenas com seu pensamento, e assim todos os animais, que serviriam para tomar conta da Terra e adorar os criadores. Mas vendo que os animais não podiam falar e não conseguiam louvá-los, os deuses decidem criar os homens. SKOLIMOSKI, Kellen; ZANETIC. Mitos de criação: modelos cosmogônicos de diferentes povos e suas semelhanças. Disponível em: https://www.sab-astro.org.br/wp-content/uploads/2017/03/SNEA2012_TCO20.pdf. Acesso 23 out. 2023. TEXTO: OS BABILÔNIOS Os Babilônios “Quando [Marduk] ouviu as palavras dos deuses, seu coração o empurrou a criar maravilhas; e [abrindo] sua boca dirige sua palavra [...] para comunicar-lhe o plano [...] de seu coração: “ vou juntar sangue e formar ossos; farei surgir um [...] humano [...] vou criar [...] este homem para que lhe sejam impostos os serviços dos deuses e que eles estejam descansados [...]. Infligiram-lhe seu castigo: cortaram-lhe o sangue. E com seu sangue formou a humanidade. Impôs sobre ela o serviço dos deuses, liberando a estes”. PONTES, Antonio Ivemar da Silva. A “influência” do mito babilônico da criação, Enuma Elish, em Gênesis 1,1- 2,4a. Disponível em: http://www.unicap.br/tede/tde_arquivos/5/TDE-2010-08-13T111852Z- 340/Publico/dissertacao_antonio_ivemar.pdf. Acesso em: 23 out. 2023. TEXTO: MITOS DE ORIGEM Mitos de origem Os mitos não são apenas uma tentativa de explicar os fenômenos naturais ou históricas fantasiosas inventadas pelos povos. Pelo contrário, os mitos são representações da realidade que, por meio de uma linguagem simbólica, expressam os valores culturais de uma comunidade. A criação do Universo e dos seres vivos é um tema comum em diversas mitologias, e a análise desses mitos pode revelar importantes sobre os valores e as crenças que orientam as ações das pessoas de uma comunidade. Geralmente, os mitos apresentam deuses e heróis que seriam responsáveis pela organização do mundo. A imagem abaixo, por exemplo, é uma representação da crença do cristianismo sobre a origem dos seres humanos. De acordo com essa tradição, o homem teria sido criado por Deus à sua imagem e semelhança. Dessa crença, surgiu a teoria criacionista, que vigorou por séculos, principalmente no Ocidente. 24 Porém, a partir do século XIX, foram propostas explicações científicas que divergiam das ideias criacionistas. Com o tempo, o pensamento científico se tornou cada vez mais corrente e, atualmente, o criacionismo não é a teoria mais aceita pelos cientistas, apesar de existirem pensadores e religiosos que defendam esse modo de explicar o surgimento da humanidade. MOTOOKA, D.Y. Geração Alpha História. São Paulo: Edições SM, 2019.p.36. TEXTO: A TEORIA EVOLUCIONISTA A teoria evolucionista O evolucionismo é uma das principais teorias científicas desenvolvidas no século XIX. A base dessa teoria consolidou-se com os estudos do naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829) e do botânico austríaco Gregor Mendel (1822-1884), que realizaram pesquisas sobre hereditariedade e genética. Influenciado por esses estudos e pelas próprias observações, o naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) publicou, em 1859, o livro A origem das espécies. Nesta obra, Darwin propôs uma teoria da evolução dos organismos baseada no conceito da seleção natural. De acordo com esse conceito, os indivíduos que estiverem mais adaptados ao ambiente terão mais chances de sobreviver. À medida que os mais aptos sobrevivem, eles se reproduzem e transmitem suas características genéticas aos descendentes, fazendo que elas se perpetuem e, consequentemente, perpetuem sua espécie. Para Darwin, os seres humanos, assim como os demais seres vivos que existem atualmente, teriam evoluído de outras espécies. Com essa teoria, ele contestou a explicação bíblica da criação do mundo. Além de Darwin, há outro nome ligado ao desenvolvimento da teoria evolucionista: Alfred Russel Wallace (1823-1913). Wallace propôs teorias que também tinham como princípio o conceito chamado por Darwin de seleção natural. Para alguns historiadores da ciência, trata-se de um caso em que dois cientistas chegaram a conclusões semelhantes sem que um conhecesse profundamente as hipóteses levantadas pelo outro. Por isso, parte da comunidade científica considera que Wallace também teria criado a teoria da evolução. MOTOOKA, D.Y. Geração Alpha História. São Paulo: Edições SM, 2019.p.36. TEXTO: PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ (BERTOLD BRECHT) PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ (Bertold Brecht) Quem construiu Tebas, a cidade das sete portas? Nos livros estão nomes de reis; os reis carregaram pedras? E Babilônia, tantas vezes destruída, quem a reconstruía sempre? Em que casas da dourada Lima viviam aqueles que a edificaram? No dia em que a Muralha da China ficou pronta, para onde foram os pedreiros? A grande Roma está cheia de arcos-do-triunfo: Quem os erigiu? Quem eram aqueles que foram vencidos pelos césares? Bizâncio, tão famosa, tinha somente palácios para seus moradores? Na legendária Atlântida, quando o mar a engoliu, os afogados continuaram a dar ordens a seus escravos? 25 O jovem Alexandre conquistou a Índia. Sozinho? César ocupou a Gália. Não estava com ele nem mesmo um cozinheiro? Felipe da Espanha chorou quando sua frota naufragou. Foi o único a chorar? Frederico Segundo venceu a guerra dos sete anos. Quem partilhou da vitória? A cada página uma vitória. Quem preparava os banquetes comemorativos? A cada dez anos um grande homem. Quem pagava as despesas? Tantas informações. Tantas questões. Universidade de São Paulo. Disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2201742/mod_resource/content/1/POEMA%20DE%20BRECHT%20%28P ERGUNTAS%20DE%20UM%20TRABALHADOR%20QUE%20L%C3%8A%29.pdf Acesso em: 23 out. 2023. TEXTO: TRECHO DO ARTIGO: PRÉ-HISTÓRIA: O SURGIMENTO DO SER HUMANO E OS PERÍODOS PRÉ-HISTÓRICOS Trecho do artigo: Pré-História: o surgimento do ser humano e os períodos pré-históricos E de todas as espécies, o Homo sapiens sapiens foi a única que se espalhou e conquistou os cinco continentes do nosso planeta [...] Assim, quando se fala em Paleolítico (ou Idade da Pedra Lascada), têm-se em vista instrumentos rudimentares de pedra, de madeira ou de osso [...] Suas características são o nomadismo e a subsistência baseada na caça, mas também voltada para a pesca e a coleta de vegetais. Durante a caçada, os animais eram forçados em direção a desfiladeiros sem saída ou rumo a abismos, quando então caíam em armadilhas feitas em covas, onde havia paus pontiagudos [...] Os instrumentos ou ferramentas usados cotidianamente eram de pedra, de madeira ou de osso, moldados a partir de golpes de um material mais resistente contra outro menos resistente.Essa técnica podia chegar a alguma sofisticação, com objetos tendo apenas uma de suas faces lascada ou afiada para tornarem-se mais adequados [...] Imagina-se que a média de idade dos seres humanos no fim do período era de 26 anos [...] A arte pré-histórica [como as pinturas rupestres nas paredes de cavernas, por exemplo] refletia as preocupações de subsistência, através de representações da caça e da fertilidade. Pré-História: o surgimento do ser humano e os períodos pré-históricos. UOL Educação. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/pre-historia-2-o-surgimento-do-serhumano-e-os-periodos-pre- historicos.htm. Acesso em: 23 out. 2023. 26 REFERÊNCIAS BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: Uma metodologia ativa de aprendizagem. Tradução de Afonso Celso da Cunha Serra. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019. BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembrança de velhos. São Paulo. Companhia das Letras, 1994. CAIMI, Flávia Eloísa. Fontes históricas na sala de aula: uma possibilidade de produção do conhecimento histórico escolar? Anos 90, Porto Alegre, v.15, p 129-150, dez. 2008. GOODY, Jack. Cultura escrita em sociedades tradicionales. Barcelona: Gedisa, 1996. MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20d o%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 16 out. 2023. MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 16 out. 2023. HOMEM PRÉ-HISTÓRICO: VIVENDO ENTRE FERAS_Ep.01. [s. l.: s. n.], 10 set. 2011. 1 vídeo (14min). Publicado pelo canal UploadsHistorico. Disponível em: https://youtu.be/DkAblXW1cWQ?si=QWPayr9XlQ3Fk8V0. Acesso em: 23 out. 2023. MOTOOKA, Débora Yumi. Geração Alpha História. São Paulo: Edições SM, 2019. PINSKY, Carla. (Org). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2001. PONTES, Antonio Ivemar da Silva. A “influência” do mito babilônico da criação, Enuma Elish, em Gênesis 1,1-2,4a. Recife, 2010. Disponível em: http://www.unicap.br/tede/tde_arquivos/5/TDE-2010- 08-13T111852Z-340/Publico/dissertacao_antonio_ivemar.pdf. Acesso em: 23 out. 2023. Pré-História: o surgimento do ser humano e os períodos pré-históricos. UOL EDUCAÇÃO, [s.l], [2022]. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/pre-historia-2-o-surgimento- do-ser-humano-e-os-periodos-pre-historicos.htm. Acesso em: 23 out. 2023. ROSE, Ricardo. As quatro fases da convivência com a natureza. Ambiente Legal, [s.l.], 2016. Disponível em: http://www.ambientelegal.com.br/as-quatro-fases-da-convivencia-com-a-natureza/ Acesso em: 23 out. 2023. SKOLIMOSKI, Kellen; ZANETIC. Mitos de criação: modelos cosmogônicos de diferentes povos e suas semelhanças, São Paulo, 2012. Disponível em: https://www.sab-astro.org.br/wp- content/uploads/2017/03/SNEA2012_TCO20.pdf. Acesso 23 out. 2023. https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg http://www.unicap.br/tede/tde_arquivos/5/TDE-2010-08-13T111852Z-340/Publico/dissertacao_antonio_ivemar.pdf http://www.unicap.br/tede/tde_arquivos/5/TDE-2010-08-13T111852Z-340/Publico/dissertacao_antonio_ivemar.pdf https://www.sab-astro.org.br/wp-content/uploads/2017/03/SNEA2012_TCO20.pdf https://www.sab-astro.org.br/wp-content/uploads/2017/03/SNEA2012_TCO20.pdf 27 COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: Competência: 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): História, memória e cultura. (EM13CHS104): Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: História, memória e cultura. A) APRESENTAÇÃO: Esta habilidade consiste em levar os estudantes a pesquisarem, reconhecerem e indicarem quais são os patrimônios históricos e culturais da cidade de sua vivência. A discussão em torno do porquê de serem considerados patrimônios implica em inferir, explicar e argumentar, baseando-se em informações culturais, sociais e políticas a respeito deles. Este plano busca aproximar o ensino de história da educação patrimonial. Sabe-se que cada instituição escolar, ao longo dos seus anos de funcionamento, desenvolve características que lhes são próprias por meio de um legado cultural que é acumulado através das sucessivas gerações de estudantes, professores, educadores, entre outros profissionais, que deixam suas marcas tanto nos aspectos da cultura material escolar quanto nos aspectos menos tangíveis desta cultura. Ao começarmos a entender o valor dos bens culturais de um povo temos que ter em mente o que define e fundamenta a vida de uma sociedade quanto às suas características, seus costumes, seus comportamentos, e como esses elementos podem ser registrados e preservados para seus sucessores em formato de memória e identidade histórica, sendo definido como patrimônio social. O Patrimônio é tudo o que nos é transmitido como uma herança. O Patrimônio Cultural remete à riqueza simbólica e tecnológica desenvolvida pelos grupos humanos que nos antecederam. Trata-se de um conjunto de conhecimentos e realizações de uma comunidade, acumulados ao longo de sua história, que conferem os traços de sua identidade. A Constituição Federal apresenta os patrimônios como modos de expressão, formas de criar, criações científicas e tecnológicas, obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artísticas ou culturais, além de conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, ecológico e científico (CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, 1988). Aliado ao conceito de patrimônio histórico está o de patrimônio cultural. Segundo o artigo 216.º da Constituição, o patrimônio cultural representa os bens: “(…) de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”. Segundo o Decreto Lei n.º 25 de 1937, Art. 1.º, “Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor 28 arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.” A importância de se preservar o Patrimônio Histórico está associada à constituição de uma memória coletiva, considerando que é por meio da memória que nos orientamos para compreender o passado, o comportamento de um determinado grupo social, uma cidade ou mesmo uma nação. O estímulo da memória também contribui para a formação de identidade, retomada de raízes, e a compreensão a respeito da situação sociocultural de um povo. Sabemos que a História é uma construção social, por isso a consciência da história e a memória são parte dessa construção, pois permite fixar informações ao longo do tempo e dá identidade ao ser humano. Nesse aspecto, a memória permite um envolvimento queestimula o sentimento e alimenta a necessidade de o ser humano saber sobre si, sobre seu passado, sobre seu presente, sobre suas conquistas. Por isso a memória pode ser definida como um combustível da história humana. Patrimônio: é tudo aquilo que nos pertence, “nossas coisas”, tudo que pertence a um indivíduo, a uma instituição, a um lugar, uma região ou uma comunidade. O patrimônio pode ser tanto material como imaterial. Material é tudo aquilo que é tangível, mensurável, palpável. O Imaterial é composto pelas nossas crenças, valores, costumes. Desta forma o patrimônio engloba vários segmentos, dentre eles: ambiental e paisagístico, paleontológico, cultural, arqueológico, histórico, artístico, arquitetônico e afetivo (memória). O termo patrimônio histórico-cultural diz respeito a tudo aquilo que é produzido, material ou imaterialmente, pelo ser humano e que definimos como cultura de uma sociedade. De acordo com sua importância, em geral, deve ser preservado por representar uma riqueza cultural para a comunidade e para a humanidade. O patrimônio é a herança de um povo, que garante a preservação de sua memória e da cultura, conferindo-lhe identidade e alteridade. São bens potencialmente incorporáveis à memória local, regional e nacional, compondo parte da herança cultural legada pelas gerações passadas às gerações futuras. Por isso a valorização do patrimônio histórico-cultural é a valorização da identidade que molda as pessoas. Por meio do patrimônio histórico-cultural podemos conhecer a história e tudo que a envolve. Por exemplo, a arte, as tradições, os saberes de determinado povo. Preservar e valorizar os elementos culturais de um povo é manter viva a sua identidade. Trata-se, portanto, de um ato de construção da cidadania. B) DESENVOLVIMENTO: 1º MOMENTO Organização da turma A escolha do professor. Recursos e providências Lousa; Tablet ou computador; Internet; Texto impresso. Professor (a), inicie a aula explicando aos estudantes que durante muito tempo, a história de várias comunidades foi ignorada. Isso ocorria porque havia a ideia de que determinadas populações eram consideradas mais importantes, corretas e interessantes do que outras. Porém, é sabido que cada cultura guarda seu valor, e nenhuma vale mais ou menos que outra. Todas devem ser igualmente respeitadas. 29 Após a explicação, oriente os estudantes a responderem às seguintes questões: 1) Imagine que você vivenciou uma cena de preconceito contra uma cultura. O que você faria? De que modo demonstraria que é importante respeitar as diversas culturas? 2) Através de pesquisa conheça alguns locais e manifestações culturais brasileiras que integram o patrimônio cultural nacional. Em seguida, destaque se você já visitou, conhece ou ouviu falar de algumas dessas manifestações. Professor (a), a primeira questão favorece o diálogo sobre as atitudes cidadãs que os estudantes podem e devem ter. Ações de valorização da diversidade e de respeito às diferentes culturas devem ser estimuladas. Se julgar conveniente, elabore na lousa, com os estudantes, uma lista de possíveis atitudes para a situação proposta. Ressalte que as intervenções devem ser sempre cuidadosas e respeitosas, evitando provocações ou interações agressivas. A segunda questão trata-se de uma resposta pessoal. Pode-se solicitar aos estudantes que mencionem manifestações relacionadas à história do local em que vivem. Professor (a) oriente os estudantes a efetuarem a leitura do texto a seguir. TEXTO: CULTURA, MEMÓRIA E NARRATIVAS ( ícone clicável) Professor (a), após a leitura do texto, solicite aos estudantes que oralmente e em conjunto, definam os conceitos de cultura, memória e narrativas, usando suas próprias palavras. Para finalizar esse momento, esclareça que as culturas são diversas entre si e que representam diferentes pontos de vista e modos de ação em relação ao mundo em que vivemos. Reforce que nenhuma cultura é melhor ou superior a outra, por isso não devemos fazer juízos de valor quando o assunto é cultura. O interessante é conhecer e valorizar culturas distintas da nossa, promovendo uma postura de paz. Explique aos estudantes que as narrativas que tratam de fatos da vida de pessoas comuns são muito valorizadas pelos historiadores. Elas podem revelar elementos da vida cotidiana e aspectos das conjunturas econômicas, políticas e sociais que atingem toda a comunidade. 2º MOMENTO Organização da turma A escolha do professor. Recursos e providências Lousa; TV, Computador, Internet, Texto impresso. Professor (a), inicie este momento exibindo aos estudantes o filme “Narradores de Javé” (2004). Narradores de Javé” Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1bUc2UJYvCcS2pV1vGpkejkQjTVByIDiR/view?usp=sharing. SINOPSE Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que eles se deparam com o anúncio de que a cidade pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidrelétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: decide preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Como a maioria dos moradores são analfabetos, a 30 primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias. Professor (a) após a exibição do filme. Pergunte para os estudantes: Por que um mesmo fato pode ser contado de maneiras diversas? Isso só ocorre no cinema? E a história que estudamos e está nos livros? Ela é sempre uma verdade absoluta? Fatos contados por pessoas comuns podem ser considerados documentos históricos? Professor (a) oriente os estudantes a efetuarem a leitura do texto a seguir. TEXTO: HISTÓRIA LOCAL ( ícone clicável) Professor (a), esclareça aos estudantes por meio de um debate que a temática abordada no filme e no texto busca valorizar as experiências locais, historizando-as. Essa perspectiva colabora para que os estudantes possam se reconhecer como sujeitos históricos, assim como seus grupos sociais. Isso contribui para a desconstrução de possíveis preconceitos sobre quem seriam os agentes históricos, além de fundamentar o senso de responsabilidade social. Professor (a), solicite aos estudantes a leitura do texto e realização das tarefas a seguir. TEXTO: PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRIA LOCAL ( ícone clicável) Professor (a), ajude os estudantes a identificarem elementos da cultura imaterial do local onde vivem, como o tipo de música que se costuma ouvir, uma dança, uma brincadeira, um esporte, um culto religioso, uma festa, etc. incentive-os a refletirem sobre o elemento citado, perguntando: “Quem o transmitiu e por quais meios? ”; “Ele se relaciona com algum elemento da cultura material? ”. Os estudantes devem ser incentivados a valorizarem a história local em que vivem, tendo em vista os elementos que propiciam formas de intervirem em sua própria história. Para finalizar, ressalte a importância dos relatos orais nesse processo. 31 ANEXO TEXTO: CULTURA, MEMÓRIA E NARRATIVAS Cultura, Memória e Narrativas A palavra cultura pode ter diferentes significados. Geralmente, relacionamos o significado dessa palavra com o universo artístico e intelectual. Alguns estudiosos, no entanto, ressaltam que o termo apresenta sentido mais amplo: o conjunto de conhecimentos, ideias, crenças e também de práticas e valores que se constituíram ao longo do tempo na vida cotidiana de uma sociedade. São entendidas como cultura todas as dimensões de experiência humana, como as habilidades, as produções materiais e os modos de compreender o mundo, incorporados socialmente e transmitidos pelas diferentes gerações a seus descendentes. A memória está intimamente ligada às transmissões culturais, já que conserva,
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