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ITÁ -SC , 2º SEMESTRE DE 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEARA-SC / DEZEMBRO 2014 
PROJETO PARA 
ESTABILIZAÇÃO DE 
TALUDE 
 
 
RUA TRANQUILO BORBA 
 
 
 
INFORMAÇÕES 
PARA CONTATO 
LIS SERVIÇOS E OBRAS LTDA – EPP 
CNPJ: 05.510.506/0001-64 
Inscrição Estadual: ISENTO 
Lauri Simon 
Rua 39, 190, Bairro Mirante 
Itá | SC | 89760-000 | 
Fone.: 49 3458 1487 
Fone.: 49 8803 0082 
lauri@lisambiental.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe Técnica: 
 
Lauri Bernardo Simon 
(Administrador / Técnico / Tecnólogo em Meio ambiente) 
Tiago Canepelle 
(Eng. Civil CREA 093341-0) 
Italomir Bringhenti 
(Msc. Geólogo CREA-SC 047618-2 / V.122.287 RS) 
Juciê Decezare 
(Técnico Agrícola, Crea – 117427-4) 
Bernardo Simon 
Técnico / Tecnólogo em Meio Ambiente 
 
 
 
 
 
 
PROJETO PARA ESTABILIZAÇÃO DE TALUDE 
RUA TRANQUILO BORBA, SEARA-SC 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEARA-SC, DEZEMBRO / 2014 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1.0 LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................... 6 
2.0 INTRODUÇÃO E HISTÓRICO ....................................................... 8 
3.0 OBJETIVO ........................................................................... 10 
4.0 METODOLOGIA ..................................................................... 11 
4.1 Investigação Geológica ....................................................................................................11 
4.2 Impactos Sociais ...............................................................................................................14 
4.3 Impactos Ambientais ........................................................................................................15 
4.4 Técnicas de Estabilização de Taludes e Engenharia Natural ....................................16 
5.0 ORIENTAÇÕES E INTERVENÇÕES PROPOSTAS ................................ 27 
5.1 Intervenções mecânicas e retaludamento .....................................................................27 
5.2 Levantamento Topográfico ..............................................................................................28 
5.3 Medidas de Apoio ..............................................................................................................28 
5.4 Drenagem ............................................................................................................................28 
5.5 Biomanta .............................................................................................................................29 
5.6 Recobrimento Vegetal .......................................................................................................33 
5.7 Hidrossemeadura ...............................................................................................................34 
5.8 Semeadura Manual ............................................................................................................35 
5.9 Plantio de mudas ...............................................................................................................36 
5.11 Taludes ..............................................................................................................................36 
6.0 REFERÊNCIAS ...................................................................... 41 
7.0 MAPAS E ANEXOS ..................................................................... 
 
 
 
 
 
INDÍCE DE FIGURAS 
Fig 1 – Exemplo de técnicas de instalação da vegetação. ................... 18 
Fig 2 – Técnica de estabilização – Ramo de salgueiro com raízes e rebentos 
adventícios. ............................................................................ 18
Fig 3 – Hidrosementeira sem Mulch em taludes da A10 (Portugal). ......... 18 
Fig 4 – Exemplo de uma estaca com rebentos. ................................. 19 
Fig 5 – Estacas em combinação com uma manta orgânica na cobertura de uma 
margem fluvial. ........................................................................ 19 
Fig 6 – Estacas com enrocamento de margem fluvial. ........................ 19 
Fig 7 – Construção de uma faxina. ................................................ 20 
Fig 8 – Parede de faxinas com estacas na margem de um rio. .............. 20 
Fig 9 – Entrançados vivos na margem de um rio e lago. ...................... 20 
Fig 10 – Entrançados vivos em diagonal na consolidação de taludes. ...... 21 
Fig 11 – Construção de uma cobertura de ramos vivos na margem de um rio: 
colocação dos ramos vivos, fixação com arame tenso. ....................... 21 
Fig 12 – Leito de ramagem imediatamente após ser terminado. ............. 22 
FIg 13 – Muro verde de solo armado por mantas orgânicas com leitos de 
ramagem. ............................................................................. 22 
Fig 14 – Exemplos de técnicas combinadas. .................................... 24 
Fig 15 – Muro tipo “Cribwall” vivo de consolidação de um talude mostrando o 
desenvolvimento da vegetação após alguns anos. ............................. 24 
Fig 16 – Muro tipo “Cribwall” vivo de consolidação de uma margem fluvial 
mostrando as faxinas que impedem a erosão do solo de enchimento e que vão 
originar um preenchimento lenhoso denso. ...................................... 25 
Fig 17 – Muro de madeira vivo tipo “Roma”. .................................... 25 
Fig 18 – Muro de madeira vivo tipo “Latina”. ..................................... 25 
Fig 19 – Gabiões vegetados – esquema, procedimento construtivo e 
desenvolvimento. ..................................................................... 26 
Fig 20 – Grade viva (ensaio de viabilidade vegetativa, Ourén, Portugal). ... 26 
Fig 21 – Exemplo de remodelagem do talude. ................................. 27 
Fig 22 – Uniformidade do talude. .................................................. 31 
Fig 23 – Desenrolar das bobinas e fixação da biomanta. ..................... 32 
Fig 24 – Biomanta fixada. ........................................................... 33 
Fig 25 – Hidrossemeadura em encosta e seu resultado. ...................... 35 
 
 
 
 
1.0 LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
Área de Influência do Projeto: Rua Tranquilo Borga 
Município: Seara -SC 
Cep: 89770-000 
COORDENADAS GEOGRÁFICAS: S 27º08’56,8 “ e W 52º18’15,2” 
COORDENADAS UTM: 22J 03470771 e 6996383 
ALTITUDE: 556 METROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
2.0 INTRODUÇÃO E HISTÓRICO 
 
No estado de Santa Catarina, sob domínios de clima subtropical podem 
ocorrer escorregamentos de massas de manto de intemperismo, vinculados à 
ocorrência de chuvas intensas. Frentes frias que se originam na região polar 
antártica cruzam o oceano Atlântico e se deparam com massas de ar quente 
tropical, gerando fenômenos de instabilidade atmosférica intensos, constituindo 
fortes chuvas na região, bem como no oeste do estado. 
As precipitações pluviométricas intensas acarretam erosão intensa e 
escorregamentos de massas de solos podendo muitas vezes apresentar caráter 
catastrófico. 
As chuvas intensas representam assim como inúmeros outros fatores às 
condições que conduzem ao aparecimento de escorregamentos, quase todos 
os escorregamentos registrados em nosso meio fisiográfico estão associados a 
episódios de elevadas precipitações pluviométricas de duração de algumas 
horas até alguns dias. 
Na área urbana do município de Seara-SC, mais especificamente na Rua 
Tranquilo Borga, foi constatado um escorregamento de regolito localizado em 
uma encosta. Devido a precipitação pluviométrica muito intensa, dentre outros 
fatores antrópicos pode-se constatar o escorregamento de massa de solo, 
sendo necessárias ações de estabilização de encostas. 
 A engenharia natural – bioengenharia de solos – consiste num conjunto 
de técnicas e métodos de engenharia, baseados não apenas na consideração 
dos aspectostécnicos, mas também na observância das regras ecológicas e 
na utilização das características biológicas da vegetação. 
As diferentes intervenções buscam desde o estabelecimento da 
vegetação de cobertura a fim de se evitar a erosão superficial, até mesmo a 
utilização de elementos vegetais combinados com materiais inertes como: 
 
 
 
9 
madeira, arame, pedras, etc., onde os materiais inertes atuam como 
estabilizadores do talude até que as plantas, através de suas raízes, sejam 
capazes de realizar esta função. 
Técnicas de engenharia natural valorizam o emprego de soluções que 
possam contar o máximo possível, com a utilização de materiais construtivos 
locais especialmente quanto ao material vegetal. As técnicas de engenharia 
natural preconizam uma clara preferência por espécies nativas do local, que 
além de solução técnica representem uma adequação ambiental e estética 
condizente. 
Atualmente, uma visão biotécnica das intervenções pode ser aliada às 
técnicas tradicionais de engenharia. No caso específico deste projeto, 
intervenções com base em técnicas de restauração de áreas degradadas e 
engenharia natural, apresentam-se como alternativas viáveis de implantação de 
medidas corretivas e preventivas. Intervenções baseadas em técnicas de 
engenharia natural apresentam redução de custos, principalmente quanto à 
manutenção, quando comparadas às técnicas tradicionais, além de produzirem 
ganhos ecológicos e estéticos não encontrados nas correspondentes 
intervenções tradicionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
3.0 OBJETIVO 
 
O presente projeto tem por objetivo apresentar propostas conceituais que 
sirvam de diretriz geral na execução da proteção e revestimento vegetal das 
encostas localizadas junto a Rua Tranquilo Borga, município de Seara-SC. 
O estudo se propõe a melhorar as características ambientais da área e, 
concomitantemente, contribuir com o controle dos processos erosivos das 
encostas, por meio de intervenções baseadas em técnicas de recuperação de 
áreas degradadas e engenharia natural. 
 Por fim, o presente projeto propõe-se a identificar, conceituar e 
descrever os processos e os fenômenos erosivos e de instabilidade geotécnica 
das encostas verificadas e desse modo propor técnicas baseadas em conceitos 
de engenharia natural para mitigar, corrigir e prevenir tais processos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
4.0 METODOLOGIA 
 
 4.1 Investigação Geológica 
 
Inicialmente para a realização do presente estudo, recorreu-se aos 
métodos de investigação geológica. 
Primeiramente foram realizados levantamentos geológicos, consistindo 
na descrição dos solos e rochas encontrados na superfície do terreno. Neste 
estudo foi incluído a descrição geomorfológica da área em questão, permitindo 
a interpretação do relevo, assim como dos tipos de formações e estruturas 
geológicas ocorrentes. 
Nesse estudo foi possível analisar geotecnicamente a área em questão 
caracterizando a instabilidade do solo encontrada no local. Pelos cortes 
ocorrentes no terreno foi possível descrever os perfis de solos expostos e a 
litologia. 
As formas acidentadas de relevo que caracterizam a geomorfologia 
regional, no local não se apresentam diferentes, o local fragilizado, que sofreu 
escorregamento situa-se no meio da encosta limitada por um patamar 
relativamente plano, onde situam- se três residências a Rua Tranquilo Borga, 
acima também localiza- e o talude íngreme até a rua 40 metros a montante. 
Desse modo após a visita no local recorremos a métodos de 
investigação geológica diretos para determinar as causas do escorregamento. 
”Geologicamente trata-se de uma camada de manto de intemperismo “solo” 
relativamente espesso, sondagens podem revelar a profundidade do contato 
com a rocha.O declive pode favorecer o colapso, a instabilidade pode ocorrer 
naturalmente ou como consequência de cortes no terreno e retirada da 
vegetação natural. Precipitações pluviométricas atípicas podem desencadear 
fenômenos de solifluxao.” 
 
 
 
12 
 
O local investigado encontra-se em área urbana no município de Seara-
SC. Trata-se de um talude muito inclinado com inclinação na faixa dos 60° 
desestabilizado caracterizando solifluxão. Constituído por Cambissolos Háplicos 
associados à Neossolos Litólicos originados da decomposição de rochas 
vulcânicas pertencentes à Formação serra Geral. 
Pode-se verificar no local que a vegetação foi removida desestabilizando 
o talude estando propícios a escorregamentos. Este talude faz parte de um 
contexto geomorfológico onde as cotas de altitude aumentam mais de 150 
metros até o topo do morro situado ao norte com altitude de 729 metros. Ao 
sul as cotas de altitude diminuem até o encontro da drenagem e aumentam 
novamente até o cume do morro adjacente. 
Neste local, a drenagem localizada ao sul, se dirige de leste para oeste 
até contribuir com o Rio Caçador, deslocando para o sul atravessando a área 
urbana estando inserido no contexto hidrográfico do rio Uruguai. 
É importante salientar que o cenário geomorfológico no qual está inserida 
a área urbana do município é de relevo forte ondulado a acidentado. Grande 
parte da área urbana do município se estende por taludes fazendo com que a 
feição de patamares entre áreas de proteção permanente seja frequente. 
Desse modo o local não difere por condições geológicas e geomorfológicas de 
grande parte da área urbana do município. A localização da urbanização nos 
vales típicos do cenário geomorfológico as margens se estabeleceu em formas 
de relevo forte ondulado, onde muitas habitações localizam-se em APPs. 
Neste caso a urbanização ocorreu em movimentada superfície de 
topografia, ao contrário de urbanizações localizadas em áreas planas. 
Toda a área urbana do município assim como toda a região oeste do estado se 
encontra no domínio geológico da formação Serra Geral constituída por rocha 
vulcânica. O solo originado da decomposição desta rocha pelo intemperismo, 
 
 
 
13 
em condições de relevo forte ondulado, normalmente é pouco espesso 
classificado como Cambissolo Háplico. Os taludes são constituídos muitas 
vezes por espessa camada de saprolito. 
A vegetação natural desempenha um importante papel na proteção do 
solo, e o desmatamento pode propiciar não somente o aparecimento da 
erosão, mas também de movimentos coletivos de solos. De um modo geral a 
atuação da mata nativa se dá no sentido de reduzir a intensidade da ação dos 
agentes do clima no maciço natural assim favorecendo a estabilidade das 
encostas. 
O conjunto das copas e outras partes aéreas da floresta atuam 
interceptando, retendo e também eliminado sob forma de vapor certo volume 
de água excedente do metabolismo vegetal, por meio de evapotranspiração. 
Os detritos vegetais em continua acumulação no terreno da floresta agem 
hidraulicamente sob três modalidades principais: 
Imobilizado boa parte da água que atinge o terreno através de sua alta 
capacidade de retenção, sendo este efeito um tanto mais significativo, quanto 
mais espessa for a acamada. 
Desse modo o tipo de solo ocorrente no local é de fundamental 
importância no monitoramento dos processos erosivos. Retendo substancial 
volume de água da chuva, através do molhamento de ampla superfície de 
folhagem, galhos troncos a até mesmo epífitas associadas e eliminando, em 
outro estado da matéria um volume comparável a pluviosidade da região. De 
acordo com o mapa de solos do estado e Santa Catarina no local predomina a 
ocorrência de Cambissolos Háplicos . 
Na vistoria em campo, em alguns locais os cortes no solo permitem 
diagnosticar um horizonte sub-superficial mais desenvolvido conferido ao solo 
um horizonte diagnostico de sub-superfície do tipo B nítico. Ressaltando que 
no local predominam a ocorrência de horizonte diagnóstico de sub-superfície 
 
 
 
14 
do tipo B Incipiente, típico dos Cambissolos. Em campo foram descritosperfis 
mais profundos e menos profundos. Ambas as classes de solo oferecem riscos 
a escorregamentos tanto rotacionais como transicionais. 
Referente a análise de estabilidade pode-se concluir que, de um modo 
geral o talude apresenta-se como uma massa de solo submetida a três 
campos de forças: seu próprio peso, escoamento de água e sua resistência ao 
cisalhamento. 
 4.2 Impactos Sociais 
 
O deslizamento de encostas é um fenômeno comum em áreas de relevo 
acidentado, principalmente em locais onde a vegetação de cobertura natural foi 
retirada pela ação antrópica. Este fato juntamente com o clima predominante 
na região Sul do Brasil, onde temos estações bem definidas com grandes 
índices pluviométricos em curtos períodos de tempo, isto ocasionando uma 
saturação do solo por água. 
Nos solos em questão, argilosos com grande quantidade de rochas, a 
água infiltra parcialmente, sendo que o restante escorre pela encosta causando 
erosão superficial. Porém o grande problema encontra-se na água que infiltra 
até encontrar-se com rochas maiores ou porção do solo compactado pela 
ação antrópica que assim acumula-se em uma porção do solo, este não 
conseguindo suportar e se rompe. 
Conforme supracitado, grande porcentagem dos deslizamentos de 
taludes ocorrem devido a ação antrópica, principalmente em centros urbanos, 
colocando assim em risco a população que habita o entorno do local. Fato este 
que ocorre nos terrenos em questão, cuja encosta foi desestruturada para 
construção de moradias, estas mesmas que agora estão sob risco. 
 
 
 
15 
O talude em questão sofreu leves deslizamentos e está propenso a 
ocorrência de novos, pois está desestruturado e sem cobertura vegetal. 
É importante salientar que para a recomposição deste talude será 
necessário utilizar as proximidades das moradias por um período de tempo, 
para a acomodação de ferramentas, maquinários e materiais necessários ao 
serviço. Esta não causará danos as infraestruturas privadas e públicas 
próximas, contudo, para segurança pública sugere-se que se em algum 
momento a atividade apresentar riscos e houver necessidade, as famílias sejam 
relocadas temporariamente do local, apenas nos momentos em que esteja 
sendo reafeiçoada a estrutura do talude. 
 
 4.3 Impactos Ambientais 
 
A área de influência direta do projeto é considerada APP (Área de 
Preservação Permanente), devido a sua inclinação, maior do que 45° esta 
sofreu ação antrópica, não diretamente, mas pelas áreas próximas que 
influenciaram efetivamente na degradação desta encosta. 
Tendo em vista que se faz necessária a reestruturação desta APP para 
que possa representar realmente uma área de proteção ambiental, com 
espécies vegetais nativas, atraindo assim a avifauna que vai usufruir do local, 
bem como ajudar na regeneração natural da área com a dispersão de 
sementes. 
Em se tratando do passivo ambiental, deve-se considerar que são 
necessárias medidas de recuperação e conservação ambiental, para que os 
efeitos não sejam potencializados, pelo extenso impacto provocado por 
medidas de tratamento tradicionais, de modo que se recomenda como medida 
básica de intervenção proceder à proteção dos taludes por meio de uma 
proteção vegetal reforçada em suas faces. A principal função de tal intervenção 
 
 
 
16 
é auxiliar à estabilização do talude, que atualmente apresenta-se exposto (sem 
cobertura vegetal) e sujeito à ação contínua de água proveniente das chuvas, 
potencializando e mesmo desencadeando processos erosivos e de 
desestabilização. 
 O projeto proposto irá interferir diretamente no talude, revegetando o 
telude, porem tomando cuidado para utilizar espécies que supram a 
necessidade e não sejam invasoras, possibilitando assim que com o tempo a 
vegetação nativa possa se recompor naturalmente. 
 Recomenda-se que o projeto passe por avaliação dos órgãos ambientais 
competentes de forma a trabalhar conciliando o social com ambiental, levando 
em consideração a legislação ambiental vigente. 
 4.4 Técnicas de Estabilização de Taludes e Engenharia Natural 
 
Muitos são os métodos utilizados para a estabilização de taludes, alguns 
dos mais usuais são: Diminuição da inclinação do talude, Drenagem superficial 
e profunda, Revestimento do talude, Revegetação, Emprego de materiais 
estabilizantes, Muros de arrimo e ancoragens, Utilização de bermas, Previa 
consolidação da fundação, quando constituída por solos compressíveis. 
Segundo (SUTILI 2007) as técnicas apresentadas a seguir são algumas das 
principais em se tratando de Engenharia Natural: 
 
 
 
17 
 
Fonte – Sutili, 2007 
 
 
 
18 
 
Fonte – (Sutili 2007) 
 
 
 
19 
 
Fonte – (Sutili 2007) 
 
 
 
20 
 
Fonte – (Sutili 2007) 
 
 
 
21 
 
Fonte – (Sutili 2007) 
 
 
 
22 
 
Fonte – (Sutili 2007) 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
Fonte – (Sutili 2007) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Fonte – (Sutili 2007) 
 
 
 
 
25 
 
Fonte – (Sutili 2007) 
 
 
 
26 
 
 
Fonte – (Sutili 2007) 
 
 
 
27 
5.0 ORIENTAÇÕES E INTERVENÇÕES PROPOSTAS 
 
 5.1 Intervenções mecânicas e retaludamento 
 
 De maneira geral muitos são os métodos utilizados para a estabilização 
de taludes, um dos mais usuais é a: Diminuição da inclinação do talude, esse é 
o método mais simples de reduzir o peso é a suavização de seu ângulo de 
inclinação, ou pela execução de patamares. 
Os pontos que não encontraram aparente estabilidade natural e que sua 
inclinação atual não permita a revegetação devem ser retaludados. Este 
trabalho será realizado com auxilio mecânico (retroescavadeira) ou 
manualmente (Figura 1). A instalação de drenos horizontais profundos (DHPs), 
é uma atividade fundamental para a estabilidade local. 


 
Fig 21: Exemplo de remodelagem do talude (DURLO; SUTILI, 2005). 
 
 
 
28 
 5.2 Levantamento Topográfico 
 
Antes do planejamento das ações a serem sugeridas para contenção das 
encostas a área objeto do presente estudo foi levantada topograficamente em 
detalhe, dispondo das seguintes informações sobre a área: 
 Levantamento Planialtimétrico da área em tratamento e entornos; 
 Perfis transversais onde as condições específicas determinarem 
necessidade; 
 Levantamento detalhado da drenagem das encostas e entornos; 
 Geração de mapas das situações originais e projetadas das encostas; 
 
 5.3 Medidas de Apoio 
 
A recomposição vegetal deve ser precedida de medidas iniciais que 
visem garantir, bem como, apoiar os efeitos benéficos advindos da 
implantação da cobertura vegetal. As medidas iniciais consistem basicamente 
da implantação de drenagem subsuperficial, do retaludamento, das obras de 
drenagem superficial e do mapeamento da fertilidade dos solos. 
A recomposição vegetal dos taludes deve ser precedida de medidas de 
retaludamento e suavização de superfície por meio de eliminação de quinas, 
descontinuidades, negatividades, transições abruptas e outras imperfeições 
superficiais que prejudiquem o desenvolvimento e a recomposição vegetal por 
meio de suas técnicas de plantio bem como dos arranjos baseados em 
técnicas de engenharia natural prescritos por este projeto. 
5.4 Drenagem 
 
 
 
 
29 
Com base no levantamento topográfico detalhado e inspeção junto a 
área serão propostas medidas de controle e escoamento da água com objetivo 
de disciplinar as águas dos taludes em tratamento e seu entorno. Essa 
atividade deve ser associada e complementar o projeto básico-executivo de 
recobrimento vegetal. Drenagem superficial e profunda. Neste método o 
fundamental é o coeficiente de deflúvio superficial “run-off” definido entre a 
razão a precipitação pluviométrica e o escoamento (COUTO, 2010). 
 5.5 Biomanta 
 
A proteção de taludes e encostas com utilização da biomanta visa a 
ação imediata contra o efeito de agentes erosivos e processos de 
deslocamento de partículas finas do solo, que danificam ou reduzema 
capacidade do sistema de drenagem superficial de proteção do corpo estradal, 
ou ainda favorecem a instabilidade geomecânica destes locais (LINHARES, 
2011). 
A aplicação destas mantas sobre o solo de fraca estrutura e grande 
fragilidade ao processo erosivo tem sido bastante útil, pois, insere na superfície 
do mesmo uma nova estrutura que permitirá o desenvolvimento das 
espécies vegetais selecionadas, como também, o restabelecimento do sistema 
de drenagem natural (LINHARES, 2011). 
As biomantas antierosivas, fazem parte de um grupo de materiais 
denominado pelos especialistas de controle de erosão como Produtos em Rolo 
para Controle de Erosão, ou ainda Geocinéticos (COUTO, 2010). As primeiras 
biomantas foram desenvolvidas nos Estados Unidos, utilizando-se fibras de juta 
(PEREIRA; COELHO, 1998. apud. COUTO, 2010). 
As biomantas tem por objetivo proteger o solo nos períodos iniciais dos 
projetos de contenção da erosão em taludes, atuando assim antes da 
vegetação se estabelecer. Estas são parte essencial da engenharia ambiental 
 
 
 
30 
na recomposição de vegetação em áreas degradadas, porque estas: 
Protegem o solo imediatamente contra erosão superficial; Atuam como Mulch 
(cobertura seca de solo) na germinação de sementes; Reduzem a evaporação 
da água no solo e a insolação direta sobre o mesmo; Favorecem a infiltração 
da água no solo. 
Estes fatores ocorrem devido as características básicas das biomantas 
biodegradáveis relatadas abaixo: 
*Permeabilidade: Por serem constituídas de materiais fibrosos 
desidratados e por se permitirem absorver teores de umidades até quatro 
vezes superior ao peso do produto seco; 
*Isolamento: eliminam a emissão de particulados para a atmosfera 
sujeitas ao carregamento eólico; 
*Proteção superficial do solo: reduzem o escorrimento superficial da 
água por atuarem como dissipadores de energia do escorrimento 
superficial, apresentando-se como obstáculo principalmente aos pingos 
de chuva; 
*Aumento da capacidade de troca catiônica do solo: ao ocorrer sua 
degradação, apresenta-se como adubo orgânico, participando da 
formação de substancias húmicas, assim aumentando os sítios de 
absorção de nutrientes deste solo; 
*Integração ambiental: são 100% degradáveis e apresentam perfeita 
harmonia com o meio ambiente, como supracitado resultando em 
adubação; 
*Flexibilidade e praticidade: facilmente moldáveis, possuem grande 
flexibilidade para se adaptarem às mais diversas situações, são de fácil 
manuseio, leves e práticas, podendo ser aplicadas em locais de difícil 
acesso e em encostas íngremes, sem necessidade de equipamentos 
 
 
 
31 
sofisticados. Apresentam formas, dimensões, comprimento e diâmetro 
variáveis e moldáveis à qualquer situação. 
*Baixo custo: apresentam custos baixos comparados aos das técnicas, 
dos produtos e dos processos convencionais da engenharia, por serem 
constituídas de materiais fibrosos e resíduos de culturas agrícolas. 
 
Além disso, por serem fabricados industrialmente com fibras vegetais, 
como palhada agrícola ou fibra de coco, ou fibras sintéticas, podem ser 
aplicadas em várias situações e ambientes, tendo em vista que o tempo de 
decomposição destes materiais é variável. Alem da constituição as biamantas 
podem ser diferenciadas pelo estruturante. Sendo de maneira geral costuradas 
formando uma trama resistente. 
Anterior a aplicação da biomanta é necessário que o talude esteja o mais 
regular possível, sendo feito manual ou mecanicamente, eliminando as 
concavidades ou partes negativas do talude, objetivando com isto que as 
biomantas fiquem totalmente aderidas a superfície. Após, deve ser feito o 
preparo do solo para receber as sementes ou as mudas. 
 
Fig 22 - Uniformidade do talude. (Fonte: LIS, projeto executado) 
A partir, aplicasse a manta, desenrolando as bobinas, iniciando sempre 
do topo do talude, as bobinas devem ser sobrepostas 5 cm no seu encontro 
 
 
 
32 
com a bobina ao lado. Fixando estas com grampos de aço, bambu ou 
madeira, distanciados aproximadamente 40 cm entre si no início do talude. 
Tambem é necessário ao longo da superfície do talude e das sobreposições 
executar fixações utilizando grampos, a quantidade de grampos e distancia 
entre eles deve se levar em conta a inclinação do talude. Apesar de diferentes 
desempenhos e características, as biomantas são fixadas da mesma maneira. 
A partir daí resta esperar a natureza fazer seu trabalho e as sementes e 
germinarem e começar a crescer (DNIT, 2006). 
 
Fig 13 - Desenrolar das bobinas e fixação da biomanta. (Fonte: LIS, projeto 
executado) 
 
É importante salientar que a segurança do projeto está diretamente ligada 
a fixação da biomanta no solo, sua fixação inadecuada gerará dificuldade para 
que a vegetação a ultrapasse, além disso poderá causar focos erosivos no 
local de má aderência, devido ao escoamento livre da água (GALAS, 2006). 
 
 
 
33 
 
Fig 24 - Biomanta fixada. (Fonte: LIS, projeto executado) 
 
 5.6 Recobrimento Vegetal 
 
A abordagem do projeto aqui pretendida tem por base intervenções de 
engenharia natural e para tanto necessita de vegetação com propriedades eco 
morfológicas e biotécnicas que contribuam para a cobertura da área. Devem 
ser buscadas espécies com aptidão já comprovada. Plantas com capacidade 
de reprodução vegetativa são preferíveis. A disponibilidade de espécies e 
volume de material vegetal será determinante na escolha da intervenção mais 
adequada para cada área. 
O recobrimento vegetal das áreas não é entendido como ação 
permanente de estabilização geotécnica, mas como medida de recuperação 
ambiental, bem como controle e prevenção de erosão superficial. Contribuem 
por sua vez, para a estabilização geotécnica as ações de retaludamento, a 
drenagem superficial, a colmatação das trincas e a implantação de drenos 
subsuperficiais. 
 
 
 
34 
Sugere-se, saídas a campo para a busca de locais de coleta de material 
para a produção de mudas por propagação vegetativa e que servirão como 
fonte de material vegetativo a ser utilizado de maneira direta nas obras e 
modelos sugeridos. 
A definição pelas espécies deverá levar em consideração a época do ano 
em que será realizada a recuperação da área, para tanto recomenda-se a 
adoção das seguintes espécies: 
Anuais de Inverno 
Azevén Lolium multiflorum 
Ervilhaca / Avica Vicia Sativa 
Aveia-preta Avena stringosa 
 
Perenes Rasteiras 
Hera Hedera canariensis 
Cipó São João Pyrostegia venusta 
Grama Amendoin Arachis repens 
Capim dos Pampas Cortaderia selloana 
Ipomea Ipomoea cairica 
 
Anuais de Verão 
Aveia Avena sativa 
Persacola Paspalum notatum 
Capim Gordura Melinis minutiflora 
 
Perenes Arbustivas 
Jasmin Amarelo Jasminum mesnyi 
Caliandra Calliandra twendii 
 
 5.7 Hidrossemeadura 
 
A hidrossemeadura consiste na projeção de uma mistura de água, fibras, 
sementes, fertilizantes, aditivos biológicos e adesivos. É aplicada 
hidraulicamente sob a superfície do terreno através de equipamento de 
 
 
 
35 
aspersão apropriado. Sua aplicação se justifica pelo menor custo em áreas 
com grande extensão e onde o acesso dos equipamentos de aplicação seja 
garantido. A hidrossemeadura deverá ser precedida de um microcoveamento da 
área e será realizada em todas as áreas onde for possível o acesso dos 
equipamentos de aspersão. Estima-se aproximadamente 1.000m² de 
hidrossemeadura. Serão utilizadas fundamentalmente espécies gramíneas e 
forrageiras de hábito herbáceo para um recobrimento imediato e temporário do 
solo. Seu efeito protetivo imediato e temporário será paulatinamente 
complementado e substituído pelo desenvolvimento da vegetação perene. 
 
Fig 25: Hidrossemeadura em encosta e seu resultado (SUTILI, 2012) 
 5.8 Semeadura Manual 
 
A semeadura manual consiste em espalhar a lanço, uma mistura de 
sementes de espécies forrageiras (gramíneas ou leguminosas), arbustivase 
arbóreas. As espécies utilizadas são as mesmas da hidrossemeadura. A função 
dessa intervenção é a mesma da hidrossemeadura e é aplicada nas áreas – a 
extremo montante da margem direita e extremo jusante da margem esquerda – 
onde o acesso com equipamentos de hidrossemeadura é difícil ou não 
condizente com as condições de segurança de implantação da obra e seus 
serviços de execução. 
 
 
 
 
36 
 5.9 Plantio de mudas 
 
O plantio de mudas de espécies florestais nativas é executado nas 
seguintes situações: como cortina vegetal instalada na base dos taludes que 
não tiverem grades vivas e como forma de recobrimento das áreas 
desconformadas e dos locais menos declivosos. 
Considerando que a declividade média do talude é maior do que 30% as 
mudas serão plantadas em banquetas. O plantio de mudas justifica-se 
especialmente por ser a forma de revegetação que mais pode contribuir com o 
aumento da diversidade de espécies empregadas. Com este intuito as mudas 
serão também utilizadas em combinação a outros arranjos e formas de plantio 
como nas banquetas, grades vivas, sobre a biomanta a ser empregada e nas 
barreiras de contenção. 
5.11 Taludes 
Pode-se entender como talude, qualquer terreno inclinado, natural ou 
artificialmente: Talude natural é aquele que foi formado naturalmente pela 
natureza, pela ação geológica ou pela ação das intempéries (chuva, sol, vento, 
etc.). Talude artificial é aquele que foi construído pelo homem. 
Os taludes artificiais podem ser comumente encontrados nas minas a 
céu aberto, nas barragens de reservatório de água, nas laterais de estradas e 
ruas, na escavação de um vala para assentamento de tubo de água e até nos 
fundos das casas construídas em local em aclive (terreno subindo) ou declive 
(terreno descendo), bem como em aterros e terraplenagens urbanas. A figura 
abaixo demonstra a nomenclatura utilizada em taludes ou encostas. 
 
 
 
37 
 
A Crista é a parte mais alta do talude e o pé é a parte mais baixa do A 
Altura do talude (H) é a diferença de cota entre a crista e o pé, o ângulo ou 
inclinação do talude é o ângulo, em graus, entre a horizontal e a reta média 
entre a crista e o pé e é representado pela letra grega teta. 
O corpo ou maciço do talude é a parte interna e é a parte em que 
geológos e engenheiros estudam a sua constituição, isto é, que tipo de material 
(argila, silte, areia, rocha, etc.) e suas propriedades como coesão, limite de 
plasticidade, etc. 
São estas características que irão definir a inclinação de um talude 
natural. Terrenos rochosos suportam bem os taludes e podem apresentar 
ângulo acentuado como 80~90 graus e em contrapartida terrenos arenosos não 
gostam muito de taludes inclinados e apresentam ângulos pequenos como 
20~30 graus 
Rede de Percolação é a rede, ou desenho da rede, a trajetória que a 
água faz dentro do maciço do talude. Uma parte da rede é constituída de água 
que infiltra no terreno em áreas próximas do talude e outra parte da rede é 
 
 
 
38 
constituída de água que infiltra em locais distantes, até vários quilômetros de 
distância, e chegam até o talude. 
Mina ou bica é o afloramento de água do talude. Águas que infiltram no terreno 
e que percolam pelo maciço do talude afloram à superfície, geralmente, no pé 
do talude. A diferença entre mina e bica é que a mina é qualquer afloramento 
de água que sai do terreno enquanto que a bica é uma mina melhorada, 
alguém instalou uma calha, uma pedaço de bambu, um cano, uma bica para 
facilitar a tomada d'água. 
CORTE E ATERRO: 
Talude de corte é aquele que se forma como resultado de um processo 
de corte, de retirada de material.Talude de aterro é aquele que se forma como 
resultado da deposição, da terraplenagem e de botas-fora. As diversas etapas 
e formas de aproveitamento de um talude: 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
Em geral, as pessoas pensam primeiro na solução para depois pensar no 
problema, ou melhor, na causa, ou causas, do problema. Quando se depara 
 
 
 
40 
com um problema de Estabilidade de Talude, as pessoas logo pensam em 
construir um Muro de Arrimo e saem à procura de uma empresa que possa 
construir um “bom muro” a um custo “bem acessível”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
6.0 REFERÊNCIAS 
 
ABNT NBR 11682:2009; Estabilidade de Encostas. ABNT/CB-002 
Construção Civil. 
COUTO, L. Et. al.; Técnicas de bioengenharia para revegetação de 
taludes no Brasil. CBCN - centro brasileiro para conservação da natureza 
e desenvolvimento sustentável. Viçosa, MG. 2010. 118 pg. 
DEFLOR. Catálogo de produtos e serviços. 2006. 
DNIT, Tratamento Ambiental de Taludes e Enconstas por Intermédio de 
Dispositivos de controle de processos erosivos – Especificação de 
Serviço. Diretoria de Planejamento e Pesquisa / IPR. Rio de Janeiro. 
2006. 
DURLO, M. A.; SUTILI, F. J. Bioengenharia: Manejo biotécnico de cursos 
de água. Porto Alegre: ESTEdições. 2005. 189p. 
DURLO, M. A.; SUTILI, F. J.;. Bioengenharia: Manejo Biotécnico de 
Cursos de Água. – Santa Maria, 2012. 189 p. 
GALAS, N. D.; CAMPOS, G. C.; Uso de Vegetação para contenção e 
combate à Erosão em Taludes. Universidade Anhembi Morumbi, São 
Paulo, 2006. 
LINHARES, R. M. Análise de estabilidade de taludes em solo residual. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. 2011. 
SUTILI, F. J. Bioengenharia de solos no âmbito fluvial do sul do Brasil. 
2007. 95 p. Tese (Doutorado emBioengenharia de Solos e Planejamento 
da Paisagem) – Universidade Rural de Viena, Viena.

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