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Direito de Vizinhança

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Direito de Vizinhança 
(art. 1.277 a 1.279, CC) 
CONCEITO 
Limitação imposta por normas jurídicas as proprie-
dades, a fim de limitar os poderes inerentes do pro-
prietário, conciliando os interesses decorrentes da vi-
zinhança e regulando a convivência pacífica e harmô-
nica entre as pessoas vizinhas. 
Observação: não se confunde com a servidão! 
SUJEITOS DE DIREITOS E DEVERES 
Ativo e passivo: proprietários e possuidores 
NATUREZA JURÍDICA 
- Obrigação propter rem, pois vinculam os confinan-
tes, acompanhando a coisa. 
- Obrigação de fazer; 
- Obrigação de não fazer. 
USO DA PROPRIEDADE 
1) Normal: 
Será normal quando for interferência recíproca; 
2) Anormal: 
Art. 1.277, CC. O proprietário ou o possuidor de um 
prédio tem o direito de fazer cessar as interferências 
prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos 
que o habitam, provocadas pela utilização de pro-
priedade vizinha. 
Parágrafo único. Proíbem-se as interferências consi-
derando-se a natureza da utilização, a localização do 
prédio, atendidas as normas que distribuem as edifi-
cações em zonas, e os limites ordinários de tolerância 
dos moradores da vizinhança. 
Observação: é incluso, então, o locatário e comoda-
tário, já que os detentores de posse também pos-
suem direito. 
- Ato ilícito e atos abusivos. 
- Grau de tolerância; 
- Localização do prédio; 
- Pré-ocupação: deve se levar em conta critérios 
objetivos aliados à finalidade social e não necessaria-
mente a precedência do direito de um proprietário ou 
possuidor em face do outro. 
TEORIAS 
➜ Da normalidade (Ihering); 
➜ Da necessidade (Bonfont); 
➜ Mista (Santiago Dantas) 
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS 
Normal: tolerância (interesses particulares); 
Anormal: 
➜ Interesse público: tolerância e indenização 
Art. 1.278, CC. O direito a que se refere o artigo 
antecedente não prevalece quando as interferências 
forem justificadas por interesse público, caso em que 
o proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará 
ao vizinho indenização cabal. 
Art. 1.279, CC. Ainda que por decisão judicial devam 
ser toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir 
a sua redução, ou eliminação, quando estas se 
tornarem possíveis. 
➜ Não tem interesse público: cessa (art.1277, CC) 
OBJETOS DAS INTERFERÊNCIAS 
a) Segurança: 
- Estabilidade de prédios, fábricas perigosas 
- Poço terreno aberto; 
- Árvore que ameaça cair. 
b) Sossego 
- Ruídos, festas noturnas; oficina mecânica; 
- Indústria química; e 
- Outros 
 
c) Saúde 
- Poluição das águas, emissão de fumaça; 
- Fuligem e criação de animais; e 
- Gases tóxicos 
PROTEÇÃO PROCESSUAL 
A demanda individual ser proposta na Vara Cível ou 
Juizado Especial Cível, a depender do caso concreto. 
No entanto, se o uso nocivo atinge um grupo ou 
numero indeterminado de pessoas, poderá o Minis-
tério Publico propor a ação para essa demanda cole-
tiva. Alguns tipos de ações: 
- Ação de obrigação de fazer ou não fazer; 
- Obrigação cumulada com multa; 
- Ação de dano infecto; 
- Indenização.

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