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Silagem

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Fechamento do Problema 04 do Modulo de Tecnologias de Produção e Conservação de 
Forragens 
 
1º Objetivo: Conhecer as características da forrageira a ser ensilada e as principais 
forrageiras utilizadas. 
1.1-Características da forrageira a ser ensilada 
As caraterísticas fundamentais de uma planta forrageira para a ensilagem são: 
● Teor de MS (33, 45%); 
● Alto teor de carboidratos solúveis (6 – 8%); 
● Baixo poder tampão (resistência do meio a mudanças de pH); 
● Produtividade da Planta 
1.2- Principais forrageiras utilizadas no processo de ensilagem. 
Dentre as principais forrageiras utilizadas para a produção de ensilagem tem-se: 
● Milho; 
● Sorgo; 
● Raiz de mandioca; 
●Girassol; 
● Milheto; 
Além dos capins, Mombaça, tiffon, tânzania, mandaru e do capim-elefante. 
2º Objetivo: Descrever as etapas do processo de ensilagem. 
As etapas e cuidados durante o processo para produção de silagem de qualidade são: 
2.1- Colheita → Pode ser manual ou mecânica. É importante que a forrageira tenha sido 
implantada de forma adequada (tratos, culturas, adubação, manejo de altura, manejo de altura, 
etc.) e que seja colhida no ponto correto para ensilagem, assim reduzirá o comprometimento 
da qualidade da silagem; 
2.2-Picagem → O tamanho da partícula é primordial no processo de ensilagem uma vez que 
facilitará a compactação do material, contribuindo para a anaerobiose. As partículas devem ter 
entre 0,5 a 2,0 cm; 
2.3- Transporte→ Precisa ser feito logo de imediato após a picagem para evitar a 
fermentação aeróbica. 
2.4- Enchimento e Compactação → O enchimento e a compactação serão determinantes 
para qualidade da silagem. O enchimento precisa ser rápido e parcial, assim, a cada camada 
enchida é feita a compactação do material. O objetivo da compactação é a expulsão de ar, 
controlando a respiração do material que foi ensilado, a elevação da temperatura, e 
favorecendo a ação das bactérias do produtoras do ácido lático. 
2.5- Vedação→ É a etapa final do processo e precisa ser feita de forma mais perfeita possível 
a fim de garantir a conservação da silagem por muito tempo. Deve ser feita, visando eliminar 
todo o ar (O2) contido entre o material ensilado. A vedação pode ser feita com um material 
que proporcione pressão no material ensilado mantendo o maior contato possível. 
2.6- Fase de Abertura → Abertura do silo deve ocorrer após 21 dias do fechamento o silo, 
entretanto, enquanto não for aberto a silagem pode ficar conservada por 3 anos. 
 
3º Objetivo: Entender o processo de fermentação para a produção de silagem 
3.1- Fase aeróbica → Quando o material é ensilado, ocorre inicialmente uma fermentação 
aeróbica que se caracteriza pela presença de oxigênio junto ao material ensilado. Neste 
momento, a respiração celular, utiliza o oxigênio do ar e substratos presentes no material 
picado, produzindo CO2, calor e H2O. A fase aeróbica é indesejável, entretanto ela é 
obrigatória no processo de ensilagem, cabendo ao produtor a responsabilidade de reduzi-la ao 
máximo. Quando esta é prolongada, ocorre excessiva perda de matéria seca na forma de 
carboidratos ricos em energia e estes vão fazer falta às bactérias produtoras de ácido lático ou 
pelos animais como fonte de energia. Ocorre também excessiva produção de calor que pode 
comprometer a integridade e disponibilidade das proteínas da forragem. Acima de 49 ºC, a 
proteína pode reagir com os carboidratos da planta, passar a fazer parte da fibra em detergente 
ácido (FDA) e torna-se indigestível (reação de Maillard) (SILVEIRA, 1975). 
 
3.2- Fase anaeróbica→ Quando se esgota o oxigênio no material ensilado, os 
microrganismos anaeróbicos começam a crescer em quantidade, principalmente as 
enterobactérias, junto a estas bactérias têm-se também diversos tipos de heterofermentativas, 
que são tolerantes ao calor e ao ácido acético. Durante esta fase, que varia de 24 a 72 horas, 
haverá formação de ACIDO ACÉTICO + ETANO + ACIDO LÁTICO + CO2 decorrentes da 
fermentação das hexoses (glicose e frutose) e pentoses (xilose e ribose). Com acúmulo de 
ácido, principalmente acético, o pH do ambiente começa a cair. Com a queda do pH ocorre 
uma mudança na população de bactérias, surgindo as bactérias homo fermentativas, mais 
eficientes na produção de ácido lático, fazendo com que o pH diminua com mais rapidez. É 
normal a ocorrência de outros tipos de ácidos graxos voláteis (acético, propiônico, butírico e 
lático), e isoácidos, mas a intensidade deles vai depender das práticas de manejo (umidade e 
maturidade da cultura, principalmente) e dos tipos de bactérias presentes no material. 
Entretanto, o ácido que deve estar em maior proporção numa silagem é o lático, devido à sua 
maior acidez, eficiência em baixar o pH rapidamente, e capacidade para manter a estabilidade 
da silagem, tanto na fase anaeróbica como na aeróbica (após a abertura do silo). De acordo 
com Van Soest (1994), o tempo de fermentação ocorre normalmente entre 10 e 14 dias, 
dependendo, principalmente do teor de CS, da CT e do conteúdo de umidade da forragem. 
 
3.3- Fase de estabilização → Na fase de estabilização o pH deve estar em torno de 3,8 a 4,0 
para que ocorra a inibição das bactérias e ocorra a interrupção do processo fermentativo 
iniciando a fase de estabilidade que se prolonga até que o silo seja aberto e a silagem volte a 
ter contato com o oxigênio. Quanto mais rápido se completar o processo fermentativo, mais 
nutrientes (peptídeos e aminoácidos) serão preservados, melhorando o valor nutritivo da 
silagem. Nas silagens de boa qualidade, o ácido lático é o que aparece em maior proporção 
(normalmente 60% dos ácidos orgânicos totais). Ele é praticamente inodoro, fazendo com que 
a silagem tenha pouco cheiro. O cheiro de vinagre em algumas silagens é devido à presença 
do ácido acético. Quanto mais intenso esse cheiro, mais tempo a silagem demorou em baixar 
o pH, que pode ser decorrente da baixa disponibilidade de CS no início dessa fase (GUIM, 
(2002). 
 
3.4- Fase de Abertura do silo → Uma vez aberto o silo, deve-se sempre tomar cuidado de 
eliminar possíveis bolores (fungos) partes com cheiro semelhante a álcool (fermentação 
butírica) e partes escuras. Após estes cuidados, deve-se proceder ao corte da silagem em toda 
a camada, de maneira uniforme, e na quantidade necessária, após a abertura do silo, 
independente da utilização da silagem, torna-se obrigatório o corte diário e uniforme de uma 
camada de pelo menos 20 cm, devido a exposição de ar. 
 
4ª Objetivo: Compreender as principais perdas durante a ensilagem 
4.1- Principais peras no processo de ensilagem 
 As perdas visíveis podem ocorrer em todas as etapas, por exemplo: partículas picadas 
que chegaram ao vagão/ caminhão durante a colheita, produção de efluentes/ chorume, 
silagem descartada por conter podridão, mofos e bolores. O excesso de umidade é um fator 
limitante, acima de 80% no momento da ensilagem, promove ações indesejáveis que afetam a 
qualidade do processo fermentativo (Amaral & Nussio, 2011), ocasionando perdas de 
nutrientes por meio da produção de efluentes, formação de ácido butírico e degradação 
proteica, ou seja, esse elemento atua diretamente na fermentação do material. 
5º Objetivo: Inferir sobre os tipos de silo 
5.1- Silo Cilíndrico de meia-encosta→ São construídos junto a encostas para facilitar o 
trabalho de carregamento, e possuem cobertura de telhas. A compactação da silagem nesse 
tipo de silo só é possível com a utilização de homens. Embora o carregamento fique 
facilitado, o acesso à parte de cima do silo pode ser difícil. 
A retirada da silagem, porém, é mais trabalhosa. A colocação de janelas ao longo da parede 
do silo não só facilita a desensilagem (a silagem é retirada pela janela imediatamente acima 
do nível da silagem) como também melhora as condições para os trabalhadores durante a 
compactação e a retirada da silagem. 
5.2- Silo cilíndrico tipo cisternaou poço→ As vantagens desse tipo de silo são a facilidade 
de acesso para carregá-lo, uma vez que não há subidas para se chegar à boca do silo, e a 
possibilidade de localizá-lo bem próximo ao estábulo. 
Seu carregamento é muito fácil e a maneira de fazer a compactação é idêntica à do tipo meia-
encosta. 
Seu descarregamento, porém, é o mais difícil, pois exige dois homens trabalhando (um dentro 
do silo e outro fora) e um sistema de balaios, cordas e roldanas. 
Ao se construir um silo como este, deve-se incluir um telhado para evitar água de chuvas. 
5.3- Silo tipo trincheira ou Horizontal → É o tipo mais comum hoje em dia por seu custo de 
construção e suas facilidades de carregamento, compactação e descarregamento. 
5.4- Silo de superfície→ É o mais barato de se construir pois não exige estruturas de 
alvenaria ou de revestimentos. Não tem uma seção bem definida, mas se assemelha à 
trapezoidal. Para fazer esse silo, o material deve ser amontoado e compactado sobre o solo e 
coberto por lona plástica segura por terra.

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