Buscar

Trabalho de Promoção da Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Instituto Politécnico de Saúde de Moçambique 
Trabalho de Promoção da Saúde 
Curso de Enfermagem Geral 
Turma: EG 10 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÃO PARA SAÚDE 
 
3º grupo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lichinga, Dezembro de 2023 
 
Instituto Politécnico de Saúde de Moçambique 
Trabalho de Promoção da Saúde 
Curso de Enfermagem Geral 
Turma: EG 10 
 
 
 
 
ORIENTAÇÃO PARA SAÚDE 
3º grupo 
 
Nomes dos Elementos do Grupo: 
Síldia Rosário Muerelocona 
Délcio Almeida 
Lídia Ramos Francisco 
Gilda Alfredo 
Magret Eduardo Damião 
 
 
 
 
 
Lichinga, Dezembro de 2023 
Formadora: Nema Muamede Amisse 
Índice 
 
1. Introdução............................................................................................................................ 3 
2. ORIENTAÇÃO PARA SAÚDE ......................................................................................... 4 
2.2. Cuidados para recuperação .............................................................................................. 5 
2.3. Importância da adesão ao tratamento e visita de controlo ............................................... 6 
2.4. Prevenção e controlo das principais doenças em Moçambique ...................................... 8 
2.4.1. Prevenção e controlo de algumas doenças em Moçambique ....................................... 9 
3. Conclusão .......................................................................................................................... 11 
4. Bibliografia........................................................................................................................ 12 
 
 
3 
 
 
1. Introdução 
O trabalho versa sobre a ʺOrientação para a Saúde". De modo geral, a enfermeira, como líder 
da equipe de enfermagem, e como coordenadora da assistência de enfermagem prestada ao 
paciente, assume um papel de importância decisiva nesse programa. A promoção da saúde é 
uma proposta de política pública mundial, contemporânea na saúde pública e disseminada 
pela Organização Mundial da Saúde a partir de 1984. A proposta da promoção da saúde 
aprovada em Ottawa, na Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, 
constitui-se em um novo paradigma. As realizações científicas universalmente reconhecidas 
que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade 
de praticantes de uma ciência”. O paradigma que está sendo questionado com a „promoção da 
saúde‟ é o flexeneriano, que se expressa através do individualismo, da especialização, da 
tecnologização e do curativíssimo na atenção à saúde, predominantes nas práticas de saúde. 
 
 
 
 
4 
 
 
2. ORIENTAÇÃO PARA SAÚDE 
A orientação para a saúde consiste no conjunto de ensinamentos que visam à mudança de 
atitudes, de comportamento, e o desenvolvimento de habilidades úteis à promoção, à 
manutenção e à recuperação da saúde. Assim, a orientação para a saúde é de particular 
importância para os pacientes, uma vez que esses necessitam de cuidados específicos, 
imprescindíveis à sua segurança física, emocional e social. 
É consenso que os cuidadores familiares recebem escassa orientação por parte dos 
profissionais da saúde a respeito dos cuidados com a saúde física e mental daqueles que estão 
sob sua responsabilidade – além deles mesmo – e é essencial que os gestores de saúde, 
médicos e demais profissionais da área criem mecanismos para capacitar tanto cuidadores 
familiares quanto os profissionais. 
2.1. Uso de Medicamentos e tratamento 
Medicamentos são substâncias que objectivam curar doenças ou aliviar sintomas. São usados 
para trazer bem-estar, porém, se os devidos cuidados não forem tomados, podem causar 
problemas. Os medicamentos são produtos que podem ser utilizados na prevenção, no 
tratamento e diagnóstico de algumas doenças ou no alívio de sintomas. Considera-se que uso 
racional de medicamentos é garantido quando “os pacientes recebem os medicamentos 
apropriados à sua condição clínica, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por 
um período de tempo adequado e ao menor custo possível para si e para a comunidade”. Uso 
seguro de medicamentos é definido como “ausência de dano acidental ou evitável durante o 
uso de medicamentos. A utilização segura engloba actividades de prevenção e minimização 
dos danos provocados por eventos adversos que resultam do processo de uso dos 
medicamentos”. 
A automedicação é a utilização de medicamentos por conta própria para tratar sinais e 
sintomas de algum dano ou doença, sem orientação médica ou farmacêutica. Não dê 
medicamentos indicados por outras pessoas, como amigos, vizinhos e parentes, mesmo que 
elas digam que tiveram os mesmos sintomas ou sinais que você. Tire suas dúvidas sobre os 
medicamentos que vai usar, como a dose, quantas vezes se deve usar por dia, por quanto 
tempo, em quais horários deve usar, se pode ser utilizado antes ou após as refeições e sobre 
como guardar o medicamento. Aproveite este momento para saber sobre os possíveis efeitos 
indesejáveis que o medicamento pode causar e como fazer para evitar que eles ocorram. 
Pergunte também o que fazer caso a criança tome uma dose exagerada. 
5 
 
 
Todos os medicamentos com barra (vermelha ou preta) na embalagem, só podem ser retirados 
com receita, pois são mais perigosos e podem causar danos à sua saúde. Para alguns desses 
medicamentos as receitas ficam nas farmácias, pois podem causar dependência física e/ou 
psíquica ou são antibióticos. Os medicamentos sem barra vermelha ou preta na embalagem 
são de venda livre ou isentos de prescrição. Mesmo assim, eles oferecem riscos e o seu uso 
deve ser orientado por um médico ou um farmacêutico. 
Fig. 1. Medicamentos com barra na embalagem. 
 
Fonte: http://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/mz.html 
A presença do acompanhante durante a internação faz toda a diferença para o paciente. Ele se 
sente seguro e protegido, o que contribui para a sua rápida recuperação e para a segurança no 
tratamento. O acompanhante deve ficar atento e garantir a conferência durante a realização da 
medicação e alimentação, além da transfusão de sangue, quando prescrita, ou outros 
procedimentos. É importante observar se o profissional de saúde está com a prescrição em 
mãos e se confirma as informações do paciente na prescrição médica, na pulseira de 
identificação e na etiqueta do medicamento, do alimento ou da bolsa de sangue, por exemplo. 
Em caso de dúvidas, o acompanhante deve conversar com o enfermeiro responsável antes que 
o procedimento seja realizado. 
2.2. Cuidados para recuperação 
Os cuidados para recuperação são essenciais especialmente após a realização de exames e 
procedimentos. Isso porque eles favorecem à recuperação do paciente, evitando problemas e 
infecções e garantindo seu bem-estar. Para que isso ocorra, porém, é preciso que os cuidados 
de enfermagem sejam feitos com a maior atenção possível, pensando sempre na segurança do 
paciente. Isso significa que os profissionais devem conhecer as actividades que precisam 
http://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/mz.html
6 
 
 
realizar com clareza, bem como as manobras de urgência, no caso de algo não sair como 
esperado. 
O enfermeiro é o profissional de saúde que costuma ficar mais próximo ao paciente, seja antes 
ou após a realização de exames e procedimento. Isso faz com que ele tenha uma série de 
responsabilidades, especialmente no que tange à orientação, segurança e higiene. 
Os cuidados para recuperação envolvem desde dar banho em enfermos, trocar o lençol de 
acamados, administrar medicamentos até orientar sobre o funcionamento de determinados 
exames e como proceder após a sua realização. A gama de actividades é diversa, sendo que 
todas têm como objectivo principal garantir a segurança do paciente. Logo, a importância de 
fazer esses cuidados de recuperação de forma correta é o de preservar asaúde e vida dos 
pacientes, evitando que ele caia da cama ou obtenha infecções devido à falta de higiene, por 
exemplo. 
Junto a isso, o profissional deve ter cuidados próprios, para que também não seja infectado, 
não se machuque ou cause algum problema que afecte todos ao seu redor – e a si mesmo. 
Esses são alguns exemplos dos porque os cuidados para recuperação são importantes e, ainda, 
porque eles devem ser realizados com qualidade, eficiência e total conhecimento. 
2.3. Importância da adesão ao tratamento e visita de controlo 
A adesão ao tratamento é o factor mais importante para o controle efectivo de muitas doenças, 
e é de extrema importância o conhecimento dos factores que interferem no complexo quadro 
da adesão ou não ao tratamento proposto pelo médico a seu paciente. A maior parte do 
material publicado sobre o assunto parte do ponto de vista avaliativo do médico. O 
conhecimento dos motivos que dificultam a adesão ao tratamento proposto, do ponto de vista 
do paciente, pode auxiliar em muito criação de programas interdisciplinares que incrementem 
este processo, proporcionando maior qualidade de vida da população, principalmente daquela 
de parcos recursos financeiros e sócio culturais. 
No campo da saúde, a adesão corresponde ao “grau de seguimento dos pacientes à orientação 
médica” e relaciona-se à maneira como o indivíduo vivencia e enfrenta o adoecimento. Deve-
se conceber adesão ao tratamento como um processo, com três componentes principais: a 
noção de doença que possui o paciente, a ideia de cura ou de melhora que se forma em sua 
mente, o lugar do médico no imaginário do doente. 
7 
 
 
Pode-se entender a importância da adesão ao tratamento como um processo multifactorial que 
se estrutura em uma parceria entre quem cuida e quem é cuidado; diz respeito, à frequência, à 
constância e à perseverança na relação com o cuidado em busca da saúde. Sendo assim, o 
vínculo entre profissional e paciente é factor estruturante e de consolidação do processo. 
Nesta perspectiva, adesão ao tratamento inclui factores terapêuticos e educativos relacionados 
aos pacientes, envolvendo aspectos ligados ao reconhecimento e à aceitação de suas 
condições de saúde, a uma adaptação activa a estas condições, à identificação de factores de 
risco no estilo de vida, ao cultivo de hábitos e atitudes promotores de qualidade de vida e ao 
desenvolvimento da consciência para o autocuidado. 
Quando se fala da questão de falta de adesão do paciente ao tratamento, não se pode esquecer 
que está frequentemente associada a inúmeros factores relacionados ao mesmo, assim como a 
aspectos psicossociais, crenças culturais, o próprio tratamento, dificuldades financeiras, 
efeitos adversos dos medicamentos, dificuldades de acesso aos serviços de saúde, 
inadequação da relação médico-paciente. 
Os factores socioeconómicos são citados em várias publicações, como factor determinante 
neste conflito: quanto mais baixos estes níveis, menores são as taxas de adesão ao tratamento, 
pelo menos no caso da hipertensão, pois é menor o conhecimento da doença e mais difícil o 
acesso aos serviços de saúde. Os factores relacionados com a terapia também são ponto 
importante, pois não é tarefa fácil tratar a doença, na maioria das situações, inicialmente 
assintomática, com fármacos que, muitas vezes, têm custo alto e também podem apresentar 
efeitos adversos. 
Os factores que interferem na adesão estão associados à terapêutica, ao sistema de saúde e ao 
indivíduo. Entende-se que a mudança no estilo de vida do paciente relaciona-se às crenças e 
aos comportamentos apreendidos e incorporados pelos indivíduos na convivência social. É 
necessário considerar a experiência de vida e a subjectividade como aspectos imprescindíveis 
ao processo de adoecer e cuidar de si. Conhecer as crenças em saúde possibilita mostrar 
indicadores de adesão ao tratamento, identificar grupos de riscos, e repensar formas de 
cuidado à saúde. 
 
 
 
 
8 
 
 
2.4. Prevenção e controlo das principais doenças em Moçambique 
As doenças endémicas como o HIV, malária, tuberculose e cólera continuam sendo um peso 
para a saúde pública no país, apresentando alta incidência e prevenção disseminando-se 
rapidamente causando surtos, epidémicos. Assim, de modo a reduzir o peso destas doenças foi 
criado o PDEGIS (Programa de Doenças Endémicas de Grande Impacto Sanitário), que tem 
como função actividades de pesquisa, de laboratório, de vigilância, de formação e de 
comunicação realizadas pelo INS (Instituto Nacional de Saúde) na sua vertente temática. 
Foram criados vários programas de prevenção e controlo das principais doenças em 
Moçambique. O Programa de Doenças Endémicas de Grande Impacto Sanitário tem o 
objectivo de investigar, monitorar e avaliar doenças endémicas com grande impacto para a 
saúde pública. 
Esta acção refere-se à investigação das principais infecções transmissíveis para a maior parte 
do território nacional. Em alinhamento a estratégia científica instituição o PDEGIS fornece 
suporte e orientação científica através de: 
 Realização de inquéritos de prevalência de doenças com grande impacto sanitário; 
 Implementação e monitoria de sistemas de vigilância de base sentinela e laboratorial 
para as principais síndromes com potencial epidémico; 
 Implementação de novas plataformas robustas de diagnóstico, pesquisa e vigilância 
para as principais doenças endémicas; 
 Realização de pesquisas clínico-epidemiológicas das principais condições de saúde 
pública que permitam identificar pontos-chave de transmissão e propagação das 
doenças endémicas; 
 Avaliação de novas tecnologias de saúde, incluindo vacina, em Infecções de 
Transmissão Sexual (ITS), infecções urinárias, respiratórias e gastrointestinais; 
 Condução de estudos biológicos fundamentais no âmbito das doenças endémicas que 
permitam entender as interacções entre os agentes e os hospedeiros e/ou vectores e o 
ambiente. 
 
 
 
 
 
9 
 
 
2.4.1. Prevenção e controlo de algumas doenças em Moçambique 
Tendo em conta que aos factores de risco são comuns a OMS recomenda para prevenção 
primária actividades de promoção da saúde com ênfase na prática regular de actividade física 
e promoção de hábitos alimentares saudáveis. Rastreio e manuseio dos factores de risco 
através da mudança de estilos de vida e utilização de drogas profiláticas. A DCV é a causa 
mais importante de morbilidade e mortalidade global e é responsável por 1 em cada 3 mortes. 
Cerca de 15 milhões de pessoas sofrem um episódio de AVC todos os anos, dos quais 5 
milhões morrem e outros 5 milhões ficam com incapacidade permanente. A Região Africana 
é a que apresenta taxas mais elevadas de mortalidade devido ao AVC. Por exemplo, na 
República Unida da Tanzânia foram encontradas taxas 10 vezes mais elevadas do que as do 
Reino Unido. 
a) Cancro do Colo Uterino 
O cancro do colo do útero é a segunda neoplasia maligna mais frequente na mulher em todo o 
mundo. Cerca de 80% dos casos ocorrem em países em desenvolvimento, onde em muitas 
regiões é o cancro mais frequente na mulher. Em Moçambique dados não publicados do 
registo do cancro do Serviço de Anatomia Patológica (SAP) do Hospital Central de Maputo 
(HCM), baseado em casos diagnosticados por histologia, citologia e autópsia, indicam que o 
cancro do colo do útero é actualmente a neoplasia maligna mais frequente na mulher adulta, 
representando mais de um quarto de todos os cancros diagnosticados em doentes do sexo 
feminino no HCM (frequência de 27,6%). Esta frequência corresponde a uma média anual de 
78,2 casos por ano. 
Neste momento a principal estratégia de prevenção e controle do cancro baseia-se no rastreio 
tendo com vista à detecção e tratamento precoce. Assim, para o cancro do colo do útero é o 
rastreio de massa por citologia (teste de Papanicolau), através da detecção precoce e 
tratamento das lesões pré-invasoras. 
b) Cancro da PróstataO cancro da próstata como problema de saúde pública tem vindo a agravar-se nos últimos 
tempos, aumentando em números absolutos, devido ao aumento da longevidade masculina. 
Em Moçambique, dados do HCM indicam que a patologia da próstata é causa de cerca de 
60% de consulta e internamento nos serviços de Urologia, nomeadamente por, hiperplasia da 
próstata, carcinoma da próstata, seguido do carcinoma da bexiga. Do total de cancros 
diagnosticados, apenas 5%-10% são operáveis (Revisão dos livros de registo de 
10 
 
 
internamento). No registo do SAP-HCM, é a segunda causa de cancro nos indivíduos do sexo 
masculino. O cancro da próstata não consta no registo do cancro da cidade da Beira 
provavelmente por ser sub-diagnosticado. 
A capacidade local de oferta em termos de tratamento para esta patologia resume-se apenas 
no tratamento cirúrgico (Prostatectomia e castracção dependendo do estadio) e 
hormonoterapia no sector privado já que o SNS não dispõe. O tratamento com radioterapia no 
país não está ainda disponível. 
c) Cancro da Mama 
Em Moçambique, dados do registo do cancro de base populacional na cidade da Beira, 
mostram que o cancro da mama é a terceira (3ª) causa de cancro na mulher adulta (depois do 
cancro do colo do útero e do Sarcoma de Kaposi), afectando mais frequentemente mulheres 
com idade igual ou superior a 40 anos. 
Nos últimos 30 anos, assistiu-se a um grande desenvolvimento nos meios disponíveis para o 
diagnóstico e tratamento do cancro da mama. A detecção precoce associada ao tratamento 
apropriado é a estratégia mais efectiva para a redução da mortalidade. Hoje em dia nos países 
desenvolvidos, cerca de 90% das mulheres a quem é diagnosticado um cancro da mama tem 
pelo menos 5 anos de sobrevida. A mamografia utilizada para o rastreio permite a detecção 
precoce da doença, reduzindo assim a mortalidade por esta doença. No entanto o rasteio do 
cancro da mama através da mamografia é muito cara envolvendo financiamento elevado, 
recursos humanos qualificados, tornando-se deste modo impraticável para os países com 
baixos recursos. Para o rastreio do cancro da mama em Moçambique recomenda-se a 
palpação e punção aspirativa. 
d) Asma 
Em Moçambique, a prevalência da asma foi estimada em 13,3% em crianças de 6-7 anos e em 
adolescentes de 13-14 anos. Os principais factores de risco são similares aos dos países 
desenvolvidos, nomeadamente: o desmame precoce, tabagismo passivo, obesidade, história de 
atopia familiar e presença de animais domésticos. Além da diminução da exposição aos 
factores de risco, recomenda-se a terapia para alivio dos sintomas por via aérea, terapia 
preventiva das crises que deverá ser também inalatória. Estas recomendações devem ser 
coadjuvadas por educação individual e colectiva, adopção de estilos de vida saudáveis com 
ênfase na dieta e actividade fisica e de elaboração de um plano personalizado de tratamento. 
11 
 
 
3. Conclusão 
Assim, se pode concluir que a enfermagem tem como objectivo o cuidado as pessoas que 
necessitam de assistência, estas desde o nascimento até a morte passam pelas mãos da equipe 
de enfermagem. A fim de prestar o melhor suporte possível, os profissionais de enfermagem 
se qualificam em diversas áreas distintas, para se tornarem aptos a cuidar de forma eficaz e 
satisfatória. A equipe de enfermagem deve ter conhecimento e domínio sobre incisões 
cirúrgicas e lesões traumáticas para poder oferecer um cuidado específico, tendo como 
norteador o processo de Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para conduzir 
as acções inseridas no processo de cuidado. 
12 
 
 
4. Bibliografia 
Barbosa, R.G.B.; Lima , N.K.C. (2006). Índice de adesão ao tratamento antihipertensivo no 
Brasil e mundo. Rev Bras Hipertens vol.13(1): 35-38. 
Barnes, E . (1973). As relações humanas hospital. Livraria AlmecUna. Coimbra. 
Loureiro, J.K.I. et al. (2021). O conhecimento da equipe de enfermagem no uso de protocolos 
para atendimento de paciente politraumatizado. Nursing (São Paulo), v. 24, n. 278, p. 
5958-5967. 
Moser, D.C. et al. (2018). Sistematização da Assistência de Enfermagem: percepção dos 
enfermeiros. Ver Online de Pesquisa cuid. fundam. P. 998-1007. 
Ramos, S. M. (1975). A aprendizagem do paciente diabético dependência de enfermagem a 
nível de orientação. Tese de Mestrado em Enfermagem, Escola de Enfermagem Ana 
Néri. Rio de Janeiro.

Outros materiais