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PILARES DA PSICOLOGIA POSITIVA TITULO- MODELO DE APOSTILA 1 1 Sumário PILARES DA PSICOLOGIA POSITIVA ................................................ 0 FACUMINAS ............................................................................................ 2 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3 PERMA .................................................................................................... 4 1. EMOÇÕES POSITIVAS .............................................................. 5 1.1 Dez exemplos de emoções positivas ............................................. 7 1.2 Emoções Positivas x Emoções Negativas ................................... 8 2. ENGAJAMENTO ....................................................................... 10 2.1 O engajamento total envolve quatro dimensões ....................... 13 2.2 Engajamento no Trabalho ......................................................... 14 3. RELACIONAMENTO .................................................................... 17 4. SIGNIFICADO (PROPÓSITO) ...................................................... 20 5. REALIZAÇÃO ............................................................................... 24 6. PSICOLOGIA POSITIVA E COACHING ................................... 28 7. CONCLUSÃO ............................................................................ 29 REFERENCIAS .................................................................................. 31 file:///C:/Users/Asus/Desktop/APOSTILAS/PSICOLOGIA%20POSITIVA-CIENCIA%20DO%20BEM-ESTAR%20E%20AUTORREALIZAÇÃO/PILARES%20DA%20PSCILOGIA%20POSITIVA/PILARES%20DA%20PSICOLOGIA%20POSITIVA.docx%23_Toc45832064 2 2 FACUMINAS A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 3 INTRODUÇÃO A Psicologia Positiva é uma abordagem que foca nas forças pessoais, na virtude e no bem-estar. De acordo com a Associação Internacional da Psicologia Positiva, o movimento científico centra-se no estudo e na prática das emoções positivas, forças e virtudes que fazem os indivíduos e comunidades prosperarem. A proposta é compreender o desempenho ideal do ser humano, isto é, quais são os aspectos que transformam a vida mais significativa, plena e feliz. Estes aspectos podem ser sociais, culturais, institucionais ou biológicos. A Psicologia Positiva visa fazer com que os psicólogos percebam e adotem uma visão mais aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas, enfatizando a potencialidade inerente aos sujeitos e não só as suas patologias e dificuldades. A Psicologia Positiva não deve ser confundida com autoajuda, pois é uma área que estuda os fundamentos psicológicos do bem-estar, da felicidade e as virtudes humanas. Essa área não ignora o sofrimento humano, mas busca direcionar seus estudos para as características humanas positivas. O propósito principal da Psicologia Positiva é proporcionar o florescimento e, assim, considerar os cinco componentes facilita o modo de se mensurar o bem-estar subjetivo, além de aumentar a percepção de quais ações os desencadeariam e, de modo mais eficaz, descrever o que é necessário para se construir o bem-estar. Esses cinco elementos são os construtos que descrevem o caminho para a vida feliz (bem-estar subjetivo). Vejamos cada um deles a seguir. 4 4 PERMA O modelo PERMA foi desenvolvido pelo psicólogo Martin Seligman e divulgado em seu livro Florescer que nos ajudar a entender quais são os elementos e o que podemos fazer para alcançar uma vida cheia de felicidade. PERMA é o acróstico formado pelos 5 elementos essenciais que devem existir em nossa vida para que possamos experimentar uma felicidade duradoura. Conheça cada um deles. 5 5 1. EMOÇÕES POSITIVAS As emoções positivas são partes essenciais do bem-estar. Pessoas felizes olham para o passado com alegria, para o futuro com esperança e usufruem e admiram o presente. O foco da Psicologia Positiva são os pontos positivos, que são reconhecidos como forças e virtudes do caráter. Estes, por sua vez, são capacidades pessoais pré-existentes que à medida que a utilizamos nos sentimos vitalizados, e apresentamos maior performance no que fazemos. Ou seja, ao utilizarmos nossas forças pessoais somos intrinsecamente recompensados. Ela é constituída como um campo da ciência psicológica baseado na crença de que é possível identificar, compreender, desenvolver, promover e cultivar os mecanismos necessários para viver-se de maneira mais significativa e satisfatória (Seligman, 2009). Quando cultivamos emoções positivas, temos uma visão mais otimista e construtiva da realidade e conseguimos enxergar mais possibilidades para construir o futuro. Quando somos pessimistas temos a tendência a ter uma visão em túnel, quando somos otimistas, enxergamos todas as oportunidades. A felicidade está ligada ao sentimento de bem-estar e este sentimento é alimentado por emoções positivas que experimentamos em nosso dia a dia, como paz, gratidão, satisfação, esperança, amor, inspiração ou prazer. Portanto é realmente muito importante buscar e se divertir e sentir prazer no aqui e agora, ao invés de sempre colocar as coisas em um futuro que nunca chega. Naturalmente que sentir emoções positivas sempre ajuda. Fisicamente inclusive, quando estamos nos sentindo emocionalmente bem, também ajudamos o nosso organismo a contar com mais hormônios do bem-estar. 6 6 É mais ou menos como acontece quando estamos com alguém de quem gostamos, brincamos com nossos animais ou filhos, assistimos ao time do coração ganhar, fazemos exercícios físicos etc. Já as emoções negativas, ao contrário, liberam uma quantidade grande de hormônios que geram estresse e agressividade. E como cultivar emoções positivas? Nos autoconhecendo e entendendo o que em geral costuma nos fazer bem. Sem dúvida, a matemática das emoções nos faz lembrar que é importante para cultivar as emoções positivas. Ou seja, o desenvolvimento pessoal deve seguir a direção das emoções e sentimentos que lhes fazem sentir melhor. 7 7 1.1 Dez exemplos de emoções positivas 1. A imaginação de um desejo que está próximo a cumprir ou que simplesmente visualiza como possível. 2. O humor com o qual observa a vida em um momento de risada. Neste momento, a pessoa se sente enérgica graças ao efeito da boa gargalhada. 3. A serenidade, ou seja, sentir-se relaxado, bem nesse momento, tranquilocom sua vida e harmônico com o presente. 4. A gratidão com a vida, com o próximo ou com qualquer situação que lhe faz sentir melhor pelo simples fato de estar tudo bem. 5. A alegria do amor correspondido. Esta é a emoção que uma pessoa apaixonada sente quando é correspondida do mesmo modo. 6. A consideração profissional para com uma pessoa que é referência a ti. Alguém que você gostaria de seguir os passos. 7. O perdão. É o momento de liberdade interior que a pessoa sente quando realmente tem uma ferida interna curada. Ainda mais quando se sente livre por estar em direção ao futuro, sem o fardo daquilo que a prende ao passado de forma negativa. 8. A coragem de sentir-se capaz para alcançar aqueles desafios que eram importantes e com o entusiasmo do interesse. 9. Espanto. Esta maravilhosa experiência de sentir-se surpreendida como uma criança por algo que transcende a perfeição. 10. Diversão. É aquele momento especial em que o tempo passa voando pele simples fato de estar contente. 8 8 1.2 Emoções Positivas x Emoções Negativas Emoções positivas e negativas tem diferentes níveis e frequência e intensidade. Quanto maior a frequência das experiências positivas, mesmo que pouco intensas ou significativas, maior será o nível de felicidade. É melhor que as emoções positivas sejam rasas (simples), do que raras e intensas. Com relação as emoções negativas, infelizmente elas têm um impacto maior no estado emocional das pessoas. Um evento ruim, uma perda ou frustração; tem um impacto muito maior do que uma experiência positiva. As emoções negativas, além de serem mais facilmente percebidas, são naturalmente mais intensas e dolorosas; o que requer que o indivíduo vivencie inúmeras emoções positivas, para neutralizar ou pelo menos amenizar os momentos mais difíceis. O cérebro humano é biologicamente tencionado para dar mais atenção às emoções negativas, por uma simples questão de sobrevivência. Funciona como uma espécie de radar, sempre vigilante para nos proteger de ameaças, perdas, problemas, etc. Essa predisposição negativa do cérebro é facilmente enxergada, pois catástrofes e tragédias sempre chamam a nossa atenção. Essa predisposição acaba aumentando a intensidade das experiências, fazendo com que a pessoa acumule preocupação, rancor, tristeza; o que se percebe pelo estresse. No entanto, as pessoas sempre têm a possibilidade de ativar e desativar a positividade, dependendo de como analisam os fatos. O segredo está em mudar o foco. Uma das maneiras é tirar o foco das “notícias ruins”, pois acaba 9 9 nos tornando indiferentes a esse tipo de conteúdo, o que não deixa de ser uma ótima estratégia para atrair a atenção para assuntos mais positivos. Em vez de se concentrar em reportagens ligadas a violência, marginalidade, tristeza e ódio; podemos começar a buscar notícias que nos inspirem a superação, criatividade, inovação, solidariedade, generosidade. 1 0 10 2. ENGAJAMENTO É preciso envolvermo-nos em atividades nas quais seja possível perder a noção do tempo, atividades nas quais estejamos presentes de corpo e alma, engajados na execução da tarefa. O engajamento é, o quanto estamos conectados e em sinergia com o que estamos executando. Quando se está conectado consigo mesmo e com o que estamos fazendo, entramos em um estado, chamado “Flow”, fluir, os momentos, as atividades fluem e você não vê o tempo passando. Você e a atividade são apenas um, estão conectados. Isso torna a vida mais significativa e contribui para a felicidade e o bem estar. Mihaly Csikszentmihalyi(2000), traz esse conceito de flow, que seria o estado de total absorção numa determinada atividade, que, embora possa ser exigente ou até mesmo estressante enquanto você a está realizando, traz depois um forte senso de satisfação. O flow possui cinco características: clareza, concentração, escolha, compromisso e mudança. Significa vivermos de corpo e alma tudo o que fazemos, quando nos engajamos não sentimos o tempo passar, esquecemos do passado e do futuro e só o que importa é o presente. Não adianta reclamar se não damos o melhor de nós a cada momento. Nos sentirmos de fato engajados com algo que é muito importante para manter o bem-estar. Pode ser um trabalho que amamos, um projeto voluntário, uma ideia que nos faz felizes cada vez que conseguimos colocar em prática. Viver seguindo um fluxo que faça sentido, que nos possibilite um engajamento real pode fazer a diferença quando falamos em bem-estar mais duradouro. 1 1 11 Quando focamos em alguma coisa que estamos fazendo, e nos engajamos completamente com o momento presente entramos num estado de bem-estar Alguns exemplos mais evidentes são os pintores envolvidos com suas obras de arte, atletas em busca de suas melhores performances ou escritores no processo de criação de seus livros. O engajamento e o flow, porém, não são privilégio apenas de artistas e atletas. Quando você se engaja em alguma atividade, experimenta grande satisfação e se vê totalmente absorvido a ponto de não perceber o tempo passar, você provavelmente está experimentando esse estado de fluidez. É comum passar por essas experiências quando você realiza suas atividades preferidas e nas quais você pode dar o seu melhor. Para ter engajamento, você precisa de tempo e espaço adequados para possibilitar imersão total em sua atividade de interesse. Precisa também de foco e concentração, e o grande desafio é encontrá-los em meio a tantos estímulos e distrações a que somos diariamente submetidos. O engajamento e o flow ocorrem quando há uma combinação positiva entre a pessoa e a atividade que ela está executando. Além disso, para entrar em flow, também é necessário que a atividade em questão ofereça o correto grau de desafio em relação às habilidades da pessoa. Assim, quando sua habilidade é muito baixa e o desafio é muito grande, isso gera ansiedade e frustração, quando a habilidade é muito alta e o desafio é muito baixo isso gera tédio. Agora quando a habilidade e o desafio estão em perfeito equilíbrio você entra no estado de flow. Dessa forma, “o benefício mais facilmente observado do engajamento é a profunda motivação para encarar os desafios que a rotina proporciona. Há um impacto direto na autoconfiança: o indivíduo tem mais energia física, mental e mais entusiasmo diante de qualquer atividade que deseje realizar. Esse entusiasmo é um fator desencadeante de bem-estar, porque a vitalidade exerce 1 2 12 influência positiva sobre as funções cerebrais, especialmente sobre o processo cognitivo (abrangendo funções como a atenção, o aprendizado e a memória) e reduz níveis de estresse, depressão crônica e ansiedade” (VICTORIA, 2016, p. 51) A sensação de deixar-se absorver por uma atividade, de imergir completamente naquilo que estamos fazendo, experiências essas que contribuem para a “vida engajada”. Essa sensação surge apenas quando fazemos aquilo que gostamos e nos encontramos envolvidos em atividades prazerosas. Quando uma pessoa não gosta do seu trabalho ou está insatisfeita com algum aspecto de sua vida, ela simplesmente não consegue entrar em flow ou se dedicar com toda a sua energia a realizar suas tarefas. A Psicologia Positiva defende que alcançar maior engajamento é importante que o indivíduo conheça quais são os seus talentos, diferenciais, forças e as virtudes que se destacam. Estas competências precisam encontrar um lugar onde possam ser exercitadas, de modo que a integração entre aquilo que a pessoa gosta e sabe fazer possam levá-la a se conectar verdadeiramente com aquilo que faz. Quando vocêfaz qualquer coisa que você adora você se dedica com muito mais afinco e realiza as ações com muito mais naturalidade e boa vontade do que quando é obrigado a fazer algo que não gosta. Portanto, para ter uma vida mais realizada é fundamental identificar, consciente e inconscientemente, quais são os trabalhos e momentos que te deixam mais confiante, produtivo, engajado, concentrado e feliz. Isso ajuda a se entregar de corpo e alma ao que faz; desenvolver suas habilidades e ter um presente mais positivo. 1 3 13 2.1 O engajamento total envolve quatro dimensões O físico, que se refere ao vigor e a energia que você dispensa àquilo que você está fazendo. O emocional, que diz respeito à dedicação, a colocar “o coração” no trabalho ou tarefa a ser realizado e ao sentimento de orgulho que isso gera. O social, que trata da qualidade das relações que você mantém, e que se reflete na colaboração necessária para fazer as coisas que você não pode fazer sozinho – ou que gerariam resultados melhores se você as fizesse com o apoio de outras pessoas. O cognitivo, que alude à absorção, ao foco e à concentração direcionados à atividade que você está executando. As quatro dimensões do engajamento atuam em um conjunto harmônico, no qual uma alimenta a outra. A ausência ou redução de uma única dimensão afetará negativamente todas as outras. Por exemplo, o baixo engajamento físico – ou a falta de vigor – eventualmente provocará uma redução no engajamento emocional, social e cognitivo. Afinal, sem vigor, você não terá energia suficiente para continuar a colocar o coração naquilo que faz, nutrir bons relacionamentos e manter o foco e a concentração. Um reduzido engajamento cognitivo implica empenhar um esforço muito grande para manter um mínimo de concentração, o que aumenta o estresse e a fadiga mental – com um efeito negativo para as demais dimensões. Baixo engajamento emocional acarreta perda de motivação e redução do bem-estar e da frequência das emoções positivas, gerando desânimo e desinteresse. E sem engajamento social, ficamos expostos a uma série de 1 4 14 consequências que vão da falta de apoio e colaboração à ansiedade e depressão. 2.2 Engajamento no Trabalho Estudos na área organizacional e do trabalho têm contribuído para compreender as forças positivas que podem conduzir ao alto desempenho e à realização profissional, com dados relevantes para fomento de estratégias de ação em gestão de pessoas, na prevenção de riscos psicossociais laborais e na promoção de saúde do trabalhador (Timms & Brough, 2013; Reijseger, Schaufeli, Peeters, & Taris, 2012). Na Psicologia Positiva, o engajamento no trabalho é definido como um estado mental positivo que desencadeia a sensação de bem-estar, preenchimento e identificação em relação ao trabalho. É um estado mental disposicional, portanto refere-se a motivos intrínsecos que se mantêm ao longo do tempo nas pessoas e que as impulsionam ao comportamento de investir intensa energia e dedicação no trabalho que realizam, com elevada sensação de prazer e realização profissional (Bakker & Schaufeli, 2008; Vazquez & Schaufeli, 2019). Diferencia-se da adição ao trabalho (workaholism) por sua conexão com o prazer intenso e a sensação de preenchimento profissional. Na adição ao trabalho, o elevado investimento de energia e dedicação é um comportamento compulsivo, no qual o prazer não é relevante para esse trabalhador. Nessa linha, engajamento no trabalho é o mediador das variáveis de contexto laboral (recursos e demandas, recursos individuais) com o desempenho; tendo sido evidenciado como indicador de saúde do trabalhador, pois o alto investimento de energia atua como fator de proteção e se alia ao 1 5 15 intenso prazer em sua atividade profissional (Freitas & Reis, 2019; Vazquez & Schaufeli, 2019). A partir de estudos de metanálise, longitudinais e cross-culturais, os autores apontam que os trabalhadores que apresentam desempenho superior são mais engajados no trabalho, exibem mais cidadania organizacional e menos comportamentos contraproducentes no trabalho (como o absenteísmo), em comparação aos menos engajados. Também há ampla evidência de que o engajamento está relacionado com atitudes positivas de comportamento organizacional e com o sucesso do negócio. Schaufel et al. (2009) demonstram que o aumento de demandas e diminuição de recursos prediz a exaustão no trabalho e se associa positivamente com a duração do absenteísmo por adoecimento. Já o aumento de recursos laborais (dentre estes, os recursos pessoais dos trabalhadores) prediz engajamento no trabalho e se associa negativamente com a frequência do absenteísmo por adoecimento. Não há dúvidas que o processo de pressão laboral desempenha um papel importante para as faltas no trabalho; este estudo destaca que o investimento em recursos laborais é fator protetivo ao absenteísmo por influenciar de modo positivo a motivação das pessoas na organização e realizar seu trabalho de modo prazeroso. O resultado de exigências elevadas sem recursos motivacionais é uma espiral descendente de motivação e de desempenho. Não serão campanhas motivacionais, com premiações pouco identificadas com as reais necessidades das pessoas, que resolverão o baixo engajamento ou a insatisfação. O engajamento no trabalho é o funcionamento ótimo do trabalhador, ao passo que distress, síndrome de Burnout, monotonia, adição ao trabalho, dentre outros, são sintomas de acometimentos à sua saúde. Crawford, LePine e Rich (2010) demonstram que é possível diferenciar "demandas de obstáculos" ao desempenho advindos de conflitos interpessoais e de valores, ambiguidade de papéis ou insegurança laboral, das "demandas de desafio". 1 6 16 Estas últimas estão diretamente ligadas à complexidade das tarefas, pressão por prazos e responsabilidades atribuídas ao trabalhador. São aspectos de contexto laboral (recursos e demandas) que devem ser analisados conjuntamente, a dinâmica entre eles é o aspecto-chave para compreensão do processo de engajamento no trabalho. Nessa linha, Schaufeli et al. (2009) demonstram que o absenteísmo pode ser gerado por dois motivos principais. Primeiro, de forma voluntária, para se afastar de situações adversas no trabalho, tendo em vista que funcionários com menor satisfação e comprometimento organizacional faltam mais; visto na frequência das faltas. Ou, de modo involuntário, como uma reação ao estresse negativo (distress) causado por elevadas demandas que geram sobrecarga ou conflitos; que é identificado pela duração das faltas. O absenteísmo voluntário se associa ao processo motivacional, o que significa que tornar os recursos de trabalho suficientes tem o potencial de elevar a motivação dos trabalhadores e o engajamento no trabalho, reduzindo essas faltas. Já o absenteísmo involuntário se associa ao aumento das exigências que esgotam a energia dos trabalhadores, gerando afastamentos por saúde. Há que se observar, por fim, as bases teóricas dos pesquisadores, visto que há modelos diferentes para se interpretar o engajamento no trabalho. No Brasil, há um conjunto de pesquisadores dedicados a estudar experiências subjetivas e potencialidades humanas, tendo adaptado escalas com qualidade psicométrica adequada (Hutz, 2014, 2016). De tudo que foi descrito, pode-se observar inúmeras evidências nos estudos em engajamento no trabalho com avanços em diferentes frentes. 1 7 17 3. RELACIONAMENTO Não dá para negar que o ser humano é um ser relacional. Como tal, temos a necessidade de estar em ligação com outras pessoas, criar relações, gerar conexõese até de nos envolvermos num nível emocional com algumas delas. Assim, quanto mais positivas e construtivas forem estas relações, mais positivas serão também nossas emoções, ideias e comportamentos. Construir boas relações exige tempo, comprometimento, confiança, respeito e colaboração de todas as partes. Não adianta apenas uma pessoa se esforçar para fazer dar certo. Todos os envolvidos devem contribuir e fazer a sua parte para que aquela conexão, seja ela amorosa, familiar, profissional ou social, 1 8 18 traga resultados positivos para todos. Quando alguém não contribui, o laço fica mais fraco e pode se quebrar a qualquer instante. Outro ponto importante que as relações interpessoais nos trazem, é que ao estar em contato com pessoas diferentes de nós, conseguimos ampliar nossas concepções de mundo e ampliar nossa visão em muitos aspectos. O mesmo acontece quando estamos dispostos a compartilhar o nosso melhor e ajudar os indivíduos ao nosso redor a amadurecerem e se tornarem cada vez melhores. Um relacionamento em sua essência é troca: agregamos o nosso melhor, aprendemos uns com os outros e buscamos para desenvolvermos sempre juntos trabalhar aqueles pontos de melhoria que podem sabotar as relações. Contudo, esta não é uma tarefa de um dia, mas sim de uma vida toda, pois tanto em família, como no trabalho ou em sociedade, precisamos nos relacionar. Assim, quando maior for os atributos destes relacionamentos, maiores são as possibilidades de conquistarmos nosso bem-estar, paz interior e felicidade autêntica. Nós temos a necessidade de nós envolvermos com os outros, amar, nos relacionarmos física e emocionalmente. Ao construirmos uma rede de relações fortes, melhoramos nosso bem-estar. O ser humano depende de pessoas ao redor para ajudar a manter a constância na vida. Quando estamos sozinhos, somos habituados a perder a perspectiva sobre o mundo, e não compartilhamos dos problemas e pensamentos. Mas quando deixamos outras pessoas se aproximarem, mudamos esse quadro e começamos a nos ver em um relacionamento saudável, onde, há confiança e sentimentos recíprocos. Uma relação positiva é construída com o tempo, e é importante essa construção gradativa e a manutenção diária dessas relações, porém, é de suma importância que saibamos reconhecer a diferença entre relacionamento 1 9 19 saudável e prejudicial. Há muitos relacionamentos perigosos, que são baseados em uma “via de mão única”, onde somente um recebe, ou até mesmo relacionamentos que geram dependências. A solução para todo o tipo de relacionamento é o equilíbrio, é escutar e compartilhar, fazendo esforços para continuarmos ligados, e sempre trabalhando com interesse da fortificação desses relacionamentos. Relacionamentos são um pilar extremamente importante para uma vida com mais bem-estar. Não é à toa que diversas pesquisas apontam que pessoas que têm relacionamentos saudáveis (família, amigos, parceiros) normalmente costumam apresentar muito mais satisfação em seu dia-a-dia. Os países com as maiores taxas de bem-estar também são aqueles nas quais a população naturalmente consegue confiar e manter relações mais próximas entre si. Como anda a qualidade das suas relações? É importante achar uma oportunidade para se dedicar aos relacionamentos, fazer uma ligação para quem está longe, tomar um café com alguém querido. Precisamos de relacionamentos construtivos, isso quer dizer que precisamos de relacionamentos de qualidade. Ninguém vive sozinho, todos dependemos um do outro. Seligman propõe formas construtivas de oferecer atenção e fazer comentários quando alguém compartilha algo conosco. Dar atenção e valorizar o que o outro nos conta de forma construtiva é uma ótima forma de cultivar relacionamentos (há 4 formas: ativo construtivo, passivo construtivo, passivo destrutivo, ativo destrutivo, mas devemos desenvolver o ativo construtivo) Um pesquisador chamado Losada propõe uma razão de pelo menos 3:1 de comentários ativos positivos em relação aos demais para que os relacionamentos floresçam . A importância da construção de relacionamentos positivos é mais do que conviver bem com outras pessoas. Ela afeta diretamente a nossa felicidade. 2 0 20 Para Martin Seligman, considerado o pai da Psicologia Positiva, há poucas coisas positivas que você pode fazer sozinho. “Os outros são um antídoto para os momentos ruins e a fórmula mais confiável para os bons momentos”. 4. SIGNIFICADO (PROPÓSITO) Para que a vida tenha significado (uma falta muito recorrente nos depressivos), precisa-se prestar atenção ao que ocorre em nossa volta, e buscar ajuda em fontes confiáveis. As pessoas que veem suas vidas plenas de significado, habitualmente têm metas que evocam toda sua energia. Estamos falando do uso apropriado do nosso tempo, seja em atividades produtivas (trabalho, estudo), em atividades de manutenção (cuidados com a casa, alimentação, cuidados pessoais, transporte) e em lazer. São essas três atividades que absorvem nossa energia psíquica, e sobre as quais mantemos nossa atenção (Kamei, 2014). 2 1 21 Você já parou para pensar quantos papeis você desempenha em sua vida: mãe, irmã, colega? Já parou para pensar em quantas coisas você faz pelo bem dos outros? Tudo o que fazemos que nos tira do nosso próprio universo, tira o centro do próprio umbigo, nos dá significado e deve ser cultivado e VALORIZADO. Qual a sua missão por aqui? Qual o sentido de estar fazendo o que está fazendo? O que anda faltando fazer para que a sua vida efetivamente tenha um sentido que valha a pena? Veja bem, não precisa ser um sentido no estilo “mudar o mundo”. Muitas vezes o sentido é apenas estar presente dentro da família, ajudar as pessoas com seu trabalho, levar um exemplo positivo com sua força e determinação. É importante começar a pensar nisso porque toda vez que as coisas não andarem rigorosamente do jeito esperado, você vai conseguir ganhar uma visão e um entendimento bem maior a respeito das circunstâncias. A verdadeira felicidade, de acordo com o psicólogo Rollo May, vem de criar e fazer a vida ter sentido, ao invés da busca do prazer e da riqueza. Amar e ser amado é um fenômeno significativo, por exemplo, porque tais atos inspiram as pessoas a viver e cuidar de alguém e não só de si. Atingimos o nosso melhor quando nos dedicamos, servimos e pertencemos a algo maior do que a nós mesmos, podendo ser na fé, no ambiente de trabalho, familiar, político, e até mesmo humanitário. Tendo essas ligações com algo maior, estamos construindo um impedimento eficaz contra a depressão ou quaisquer outros tipos de doenças. A pesquisa mostra, por exemplo, que as pessoas religiosas ou com uma espiritualidade bem desenvolvida, em geral têm vidas mais significativas, porque acreditam e adoram algo maior que elas mesmas, compartilhando assim vitórias. É muito importante também sentir que o trabalho que desenvolvemos agrega aos nossos valores e crenças pessoais. Diariamente, se nós acreditamos que nosso trabalho é útil, sentimos uma sensação geral de bem-estar, e confiança que estamos usando nosso tempo e 2 2 22 nossas habilidades para o bem, e que somos os melhores para aplicar talentos e pontos fortes a serviço desta missão. “Segredo do sucesso é a constância de propósito.” O propósito de existir, de ser quem você é e de buscar transformar os seus sonhos em realidade. Quando não temos este sentido claro, acordamos por acordar, trabalhamos por trabalhar e vivemos por viver. Porém, a vida é muito preciosa para perdermos nosso valioso tempo perdidos e sem direção. Por isso, para Seligman, o propósito é aquilo que nos conectaa algo maior, o que dá sentido à nossa existência e nos faz querer ir além. Como tal, é algo que corresponde o nosso ser e que, inclusive, pode nos prevenir de distúrbios como a depressão, por exemplo. Neste sentido, suas pesquisas mostram que os indivíduos com seu lado espiritual mais bem desenvolvido e aflorado, acabam tendo também uma vida com mais significado. Em relação ao nosso trabalho diário, também é primordial que aquilo que fazemos tenha algum sentido e possa transformar tanto a nossa existência, como o viver dos outros para melhor. Eu, por exemplo, amo a minha missão de vida e faço dela a minha diretriz para buscar apoiar a transformação e a evolução do ser humano. Quando alcançamos este patamar, aquilo que fazemos diariamente ganha um brilho especial e nos tornamos mais felizes. Lembrando sempre que o sentido deve ser para você, e não para o outro. O significado ou propósito da vida trata da conexão do indivíduo com “algo maior que ele mesmo”. Para Seligman, o pai da psicologia positiva, esse é um dos fatores mais difíceis de trabalhar. O autor citado apresenta a visão de felicidade em três dimensões: a vida agradável, a vida boa e a vida significativa. Nesta última se insere a ideia de significado e propósito: 2 3 23 […] vida significativa implica um senso mais profundo de realização, que surge quando empregamos nossas forças para alcançar um propósito maior do que nós mesmos. Essa última dimensão está ligada ao altruísmo, à contribuição, a deixarmos nossa marca em nossa passagem pelo mundo. Tudo isso se refere à nossa missão pessoal, que deve expressar nossos propósitos e direcionar nossos objetivos a fim de que vivamos uma vida com mais significado e realizações [1]. Aqui temos a noção de propósito pessoal. Tal qual o uso nas organizações, o propósito nos dá um senso de direção e ajuda a nos mantermos focados naquilo que realmente importa para nós. O propósito é a declaração de como você vai viver seus valores, considerando suas principais qualidades, forças e capacidades, como irá utilizá-los e com que objetivo. Requer uma reflexão sobre propósito e significado, relacionado à crença individual de que sua vida é essencial, que tem um propósito maior que transcende o presente. Podemos ilustrar a importância desse elemento da psicologia positiva ao refletirmos sobre pessoas que atravessaram situações-limite como luto, doenças, violências, entre outras. Para elas, a busca de um significado revela- se crucial para a manutenção da força interior: “Entender o significado que foi atribuído às experiências negativas e ressignificá-las é um passo relevante para promover mudanças comportamentais necessárias ao bem-estar da pessoa […][2].” Atualmente, há diversos estudos que correlacionam o senso de propósito a sensações de bem-estar, satisfação, engajamento no trabalho e um melhor enfrentamento do estresse. Ter um propósito, assim, é possuir crenças que nos orientam em direção a objetivos aos quais atribuímos valor. E você, tem clareza sobre seu propósito de vida? Ele influencia suas ações? Seus objetivos de vida estão alinhados a esse propósito? http://qualidadedevida.mma.gov.br/descobrindo-o-perma-significado-e-proposito/#_ftn2 2 4 24 Somos pessoas melhores quando dedicamos nosso tempo para algo maior que nós. Isso pode ser praticar caridade, contribuição política, religiosa e em especial apoiar grupos. 5. REALIZAÇÃO Finalmente, o quinto ponto tem a ver com realização, com objetivos, e com gratidão pelo que foi alcançado até aqui. Vou ter que te perguntar se você já tem aquela listinha com as metas de curto, médio e longo prazo que a gente sempre sugere para o uso do dinheiro, lembra? Além da questão financeira, na verdade, uma lista como essa serve para nos dar um rumo e nos manter motivados por todo percurso. Viver sem ter sonhos é muito chato e desanima qualquer um a enfrentar os momentos mais revoltos. É preciso, portanto, pensar em objetivos a realizar e, mais importante ainda, ser agradecido pelo que foi alcançado até aqui. Voltar o olhar com gratidão para o que há de positivo hoje pode ajudar muito a conquistar aquele pouquinho de bem-estar que tanto precisamos às vezes quanto o ânimo e a paciência faltam. 2 5 25 O ser humano também é movido pela capacidade de criar e realizar. Muitas pessoas se sentem felizes quando conseguem se sentir competentes e capazes de vencer desafios e isso também precisa ser valorizado. Todos nós precisamos sentirmos realizados, vitoriosos em algum instante. Para alcançar o bem-estar e a felicidade precisamos olhar para a traz e sentirmos realizados: Eu fiz isso. Eu fiz isso bem. A psicóloga Angela Duckworth desenvolveu um trabalho sobre determinação, a habilidade de se apegar a alguma coisa e perseverar por um longo período, mesmo quando o trabalho em si fica muito difícil. Ter objetivos explícitos na vida, mesmo pequenos como a leitura por uma hora, todos os dias, e fazer esforços para alcançá-los, são importantes para o bem-estar e felicidade. A realização ajuda a construir a autoestima e proporciona uma sensação de plenitude. Ela também reforça a auto crença. Os pais que estabelecem metas e tentam alcançá-las, como exercício diário, por exemplo, tendem a ter filhos que desenvolvem atitudes semelhantes. O sentimento de realização é resultado de uma conquista. E ao contemplarmos um passado de sucesso e vitórias, nos ajuda a construir um futuro esperançoso. Não há nada de egoísta ou de errado em ter orgulho de suas próprias conquistas. Quando você se sente bem com você mesmo, você está mais disposto a compartilhar habilidades e segredos com os outros. Você se sente motivado a trabalhar mais e conseguir muito mais em outra oportunidade, inspirando quem está ao redor para alcançar seus objetivos. Não basta somente você sonhar, é preciso realiza-los. As realizações trazem as transformações que buscamos e precisamos em nossa vida, mostra que somos capazes de ir além de superar obstáculos e medos e de construir 2 6 26 algo maior. Portanto, para atingir o seu estado de felicidade plena, o ser humano precisa “fazer acontecer” e olhar para a sua história e ter orgulho dos seus resultados. Para isso é preciso ter metas e objetivos bem claros, pois sem um rumo para ação, os sucessos não vêm. Quando sabemos o que queremos, dedicamos com mais assertividade, a nossa energia, o nosso tempo e nossos conhecimentos e experiências para aquilo que desejamos conquistar. Ao realizarmos este sonho ou este alvo, reforçamos o nosso valor, alimentamos nossa autoconfiança e autoestima, nos sentimos mais possíveis e gratos e, consequentemente, alcançamos aquela poderosa sensação de plenitude. Saber ainda que houve um esforço e que foi a sua capacidade de superar barreiras e acreditar em si mesmo que te ocasionou uma realização; não tem preço. Isso se relaciona tanto com suas vitórias de agora, como aquelas que você conquistou em seu passado. Tudo isso é o que nos mantém a olhar para o futuro, nos inspira a crer que podemos mais e que o melhor está por vir. Portanto, reconheça o valor de cada sucesso e não tenha vergonha de ter orgulho das suas realizações pessoais e profissionais. Este sentimento bom, que aumenta a alma e fortalece nosso poder interior, faz parte da construção da sua felicidade autêntica. Não se impossibilite dele por medo de parecer arrogante, pois o fato de ser uma pessoa vitoriosa e de reconhecer isso pode influenciar outras a seguirem seu caminho e darem o melhor para realizar seus próprios sonhos. Ter objetivos claros e definidos na vida e esforçar-se para alcançá-los (realizar) são importantes para nosso bem-estar. Arealização refere-se a atingir os objetivos que estabelecemos para nós. Ela pode ser instantânea, quando não está relacionada a um propósito maior; e um marco de vida, quando é imbuída de significado. De acordo com Seligman (2011), os dois tipos de realização podem contribuir para o aumento do bem-estar. Assim, realização é caracterizada pela 2 7 27 concretização de planos, conquista de objetivos e também pelo sucesso. Mas, é também o que escolhemos fazer apenas por fazer. Dessa forma, podemos entender que a realização tem componentes objetivos e subjetivos e variam de pessoa para pessoa. Realizar, cumprir objetivos traz sentimentos de plenitude, sucesso e contribui para a autoestima e a autoconfiança, dentre outros. Você pode experimentar essa sensação quando, por exemplo, estabelece objetivos diários como exercer uma atividade física, ler ou meditar e consegue cumpri-los. Ou ainda, quando estabelece um grande objetivo para sua vida e, ao olhar para o passado, experimenta a sensação de dever cumprido. Mas realizar planos pode ser ainda mais facilitador para a felicidade, por possuir os outros elementos do bem-estar, como a emoção positiva, o engajamento e o sentido. A realização é caracterizada pela concretização de planos, conquista de objetivos e também pelo sucesso. 2 8 28 6. PSICOLOGIA POSITIVA E COACHING O Coaching é uma influente metodologia de desenvolvimento humano e aceleração de resultados pessoais e profissionais. Para isso, o método reúne e utiliza diversos tipos de ciências do comportamento humano e, uma delas, é a Psicologia Positiva. O propósito com isso é trabalhar nas pessoas as emoções positivas, introduzir um mindset mais construtivo no que se refere a comunicação e relacionamento intra e interpessoal, bem exercitar comportamentos novos e que sejam mais compatíveis com os resultados que desejam alcançar. Muitas vezes, existem crenças limitantes e barreiras mentais que impendem o ser humano de desenvolver e alcançar novos patamares em sua carreira, liderança ou família. A união do Coaching e da Psicologia Positiva proporciona e fortalece o autoconhecimento, beneficia a definição do propósito e da missão; elementos que verdadeiramente dão sentido à nossa existência. Também leva a pessoa a intensificar seus talentos e competências, a eliminar aspectos negativos da sua mentalidade e dos seus comportamentos, a ser mais positiva e, com isso, a construir melhores resultados em todos as esferas da sua vida. E sabe por que Coaching e Psicologia Positiva são uma união tão poderosa? Porque pessoas felizes são muito mais conectadas consigo mesmas e com o universo, constroem laços muito mais duradouros e benéficos, espalham positividade e otimismo, acreditam em si mesmas, dão resultados e contribuem para um mundo melhor. 2 9 29 7. CONCLUSÃO As conclusões levam a uma reflexão de como a psicologia positiva é importante para a Auto apresentação Positiva e como, de posse dessas ferramentas profissionais, o indivíduo pode atingir o caminho do sucesso pessoal e profissional. Como vimos ao longo desta leitura, o trabalho de Martin Seligman pode contribuir bastante para o seu desenvolvimento pessoal. Com a psicologia positiva, você mantém o foco em forças e virtudes para buscar o melhor de si em todos os momentos. Seligman, com a psicologia positiva, conseguiu equacionar todas essas questões que levam todas, sem exceção à busca da felicidade humana. Como ser feliz, é o que todos se questionam sempre. Buscando princípios e valores que se têm dentro de si. São valores como a ternura, a gratidão, o perdão, o amor, o valor, a justiça, a alegria, a bondade, a humildade, o otimismo, a integridade, dentre outros. https://www.sbcoaching.com.br/blog/motivacao/frases-de-reflexao/ https://www.sbcoaching.com.br/blog/motivacao/frases-de-reflexao/ 3 0 30 Esses são valores inerentes a todas as sociedades, independentes de localização geográfica, de culturas, de tipos de governos, de religiões, ou de desenvolvimento econômico. Cada indivíduo deve buscar, dentro de si, esses valores, para encontrar a felicidade. Quando estamos felizes, transbordamos esse sentimento e passamos, de certa forma, essa felicidade aos que estão à nossa volta. O desenvolvimento da Psicologia Positiva baseada nas evidências de impacto do bem-estar, engajamento e redesenho no trabalho para o trabalhador e a própria organização pode influenciar os modelos de gestão e planejamento de intervenções organizacionais. As contribuições e avanços nesse campo do conhecimento permitirão o aprofundamento dos fenômenos que trazem à baila comportamentos dos trabalhadores que envolvem prazer, felicidade, inovação, proatividade e realização profissional. 3 1 31 REFERENCIAS Bakker, A., & Schaufeli, W. (2008). Positive organizational behavior: Engaged employees in flourishing organizations. Journal of Organizational Behavior, 29(2), 147-154. doi: 10.1002/job.515 Crawford, E, R., LePine, J., & Rich, B. L. (2010). Linking job demands and resources to employee engagement and burnout: A theoretical extension and meta-analytic test. Journal of Applied Psychology, 95(5) 834-848. doi: 10.1037/a0019364 Hutz, C. (2016). Avaliação em Psicologia Positiva. Métodos e técnicas. São Paulo: Hoegrefe. KAMEI, Helder . Flow e Psicologia Positiva: Estado de Fluxo, Motivação e alto desempenho. 1ª ed .Gioania: IBC, 2014. SELIGMAN, Martin E. P. Felicidade autêntica: Usando a Psicologia Positiva para a realização permanente. 1ª ed . Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. [1] VICTORIA, Flora. Semeando felicidade: psicologia positiva aplicada. São Paulo: SBCoaching Editora, 2016. p. 64. [2] Ibid., p. 65. https://blog.educacaoemocionalpositiva.com.br/os-pilares-da-psicologia- positiva/ https://canaldafelicidade.com.br/o-que-e-psicologia-positiva/ https://blog.educacaoemocionalpositiva.com.br/ciencia-da-felicidade/ https://www.sbcoaching.com.br/blog/martin-seligman-psicologia-positiva/ http://qualidadedevida.mma.gov.br/descobrindo-o-perma-significado-e-proposito/#_ftnref1 http://qualidadedevida.mma.gov.br/descobrindo-o-perma-significado-e-proposito/#_ftnref2 https://blog.educacaoemocionalpositiva.com.br/os-pilares-da-psicologia-positiva/ https://blog.educacaoemocionalpositiva.com.br/os-pilares-da-psicologia-positiva/ https://canaldafelicidade.com.br/o-que-e-psicologia-positiva/ https://blog.educacaoemocionalpositiva.com.br/ciencia-da-felicidade/ https://www.sbcoaching.com.br/blog/martin-seligman-psicologia-positiva/ 3 2 32 https://www.efdeportes.com/efd190/psicologia-positivaautoapresentacao.htm https://canaldafelicidade.com.br/o-que-e-psicologia-positiva/ https://deveercoaching.com.br/emocoes-positivas/ https://www.sbcoaching.com.br/blog/o-que-e-engajamento-total/ https://deveercoaching.com.br/emocoes-positivas/ https://www.efdeportes.com/efd190/psicologia-positivaautoapresentacao.htm https://canaldafelicidade.com.br/o-que-e-psicologia-positiva/ https://deveercoaching.com.br/emocoes-positivas/ https://www.sbcoaching.com.br/blog/o-que-e-engajamento-total/ https://deveercoaching.com.br/emocoes-positivas/
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