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assistencia de enfermagem na saude do adulto livro

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Prévia do material em texto

Indaial – 2022
do Adulto
Prof.ª Suyabe de Souza Lemos
1a Edição
AssistênciA 
de enfermAgem 
nA sAúde
Elaboração:
Prof. Suyabe de Souza Lemos
Copyright © UNIASSELVI 2022
Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI.
Núcleo de Educação a Distância. LEMOS, Suyabe de Souza Lemos.
Assistência de Enfermagem na Saúde do Adulto. Suyabe de Souza Lemos. 
Indaial - SC: UNIASSELVI, 2022.
270 p.; il.
ISBN 978-85-515-0625-7
ISBN Digital 978-85-515-0626-4
“Graduação - EaD”.
1. Assitência 2. Enfermagem 3. Adulto 
CDD 610.7
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Assistência de Enfermagem 
na Saúde do Adulto, que abordará o cuidado de enfermagem de forma sistematizada. 
Iremos aprender sobre o paciente adulto e vamos conhecer as principais 
doenças do sistema cardiocirculatório, respiratórias, infectocontagiosas, 
neurológicas, endócrinas e gastrointestinais e alguns dos principais processos de 
enfermagem para cada sistema.
Para melhor compreensão abordaremos as medidas de promoção, prevenção 
e de proteção da saúde no âmbito da educação em saúde com enfoque na atuação da 
equipe de enfermagem e no enfermeiro. 
Nas unidades, abordaremos as principais doenças relacionadas aos sistemas 
que acometem a saúde do adulto destacando, sinais e sintomas, os métodos de 
diagnóstico, tratamento e a atuação da equipe de enfermagem.
Na Unidade 1, abordaremos as principais doenças do sistema cardiocirculatório e 
as principais doenças do sistema respiratório, bem como iremos conhecer a atuação da 
equipe de enfermagem com pacientes em tratamento cardiocirculatório ou respiratório.
Assim, na Unidade 2, estudaremos as principais doenças infectocontagiosas e 
as principais doenças do sistema neurológico, apresentando a diferença na atuação da 
equipe de enfermagem. 
E, por último, porém não menos importante, na Unidade 3, estudaremos as 
principais doenças do sistema endócrino e gastrointestinal com enfoque na atuação 
da equipe de enfermagem que são os responsáveis por prestar atendimento de saúde 
aos pacientes. 
Boa leitura e bons estudos! 
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a 
você – e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, a UNIASSELVI disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, um código que permite que você acesse um conteúdo 
interativo relacionado ao tema que está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse 
as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar essa facilidade 
para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Você lembra dos UNIs?
Os UNIs eram blocos com informações adicionais – muitas 
vezes essenciais para o seu entendimento acadêmico 
como um todo. Agora, você conhecerá a GIO, que ajudará 
você a entender melhor o que são essas informações 
adicionais e por que poderá se beneficiar ao fazer a leitura 
dessas informações durante o estudo do livro. Ela trará 
informações adicionais e outras fontes de conhecimento que 
complementam o assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os 
acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. A partir 
de 2021, além de nossos livros estarem com um novo visual 
– com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a 
leitura –, prepare-se para uma jornada também digital, em que 
você pode acompanhar os recursos adicionais disponibilizados 
através dos QR Codes ao longo deste livro. O conteúdo 
continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada 
com uma nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo 
o espaço da página – o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por 
exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto 
de ações sobre o meio ambiente, apresenta também este 
livro no formato digital. Portanto, acadêmico, agora você tem a 
possibilidade de estudar com versatilidade nas telas do celular, 
tablet ou computador. 
Junto à chegada da GIO, preparamos também um novo 
layout. Diante disso, você verá frequentemente o novo visual 
adquirido. Todos esses ajustes foram pensados a partir de 
relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os 
materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, 
possa continuar os seus estudos com um material atualizado 
e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO 
 E RESPIRATÓRIO – ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM .......................................... 1
TÓPICO 1 - PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO .........................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO .........................................4
2.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL .................................................................................................................... 5
2.2 Aterosclerose ....................................................................................................................................... 10
2.3 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ELETROCARDIOGRAMA.................................................... 11
2.4 Insuficiência Cardíaca Congestiva ................................................................................................. 15
2.5 Arritmias CARDÍACAS ........................................................................................................................ 16
2.6 Valvulopatias .......................................................................................................................................20
2.7 Doença arterial obstrutiva periférica .............................................................................................23
2.8 Trombose Venosa Profunda ............................................................................................................24
2.9 Gasometria Arterial ............................................................................................................................ 27
3 ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NOS SISTEMA CARIODCIRCULATÓRO ....... 30
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 33
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 34
TÓPICO 2 - PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ....................................37
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................37
2 DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO  ........................................................................38
2.1 Pneumonias ........................................................................................................................................ 40
2.2 Edema Agudo Pulmonar ..................................................................................................................45
2.3 Tromboembolismo Pulmonar .......................................................................................................... 47
2.4 Derrame Pleural ..................................................................................................................................51
2.5 Doença Broncopulmonar Obstrutiva Crônica .............................................................................53
2.6 Asma brônquica ................................................................................................................................. 57
2.7 Tuberculose .........................................................................................................................................59
2.8 Insuficiência Respiratória ................................................................................................................63
2.9 TRAUMA DE TÓRAX ............................................................................................................................ 67
3 ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NAS PRINCIAIS DOENÇAS 
 DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ........................................................................................... 69
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................73
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................74
TÓPICO 3 - ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NAS PRINCIPAIS DOENÇAS 
 CARDIOCIRCULATÓRIAS E RESPIRATÓRIAS .................................................. 77
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 77
2 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO MANEJO DAS DOENÇAS 
 CARDIOCIRCULATÓRIAS .................................................................................................78
3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO MANEJO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS ................. 80
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 88
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 93
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 94
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................97
UNIDADE 2 — PRINCIPAIS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS 
 E NEUROLÓGICAS – ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM ................................... 101
TÓPICO 1 — PRINCIPAIS DOENÇAS AFECÇÕES INFECTOCONTAGIOSAS ......................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................103
2 PRINCIPAIS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS ......................................................... 104
2.1 Tuberculose ........................................................................................................................................106
3 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ............................................................... 110
3.1 AIDS – HIV ............................................................................................................................................115
3.2 SIFILIS ................................................................................................................................................. 117
3.3 HEPATITES VIRAIS ...........................................................................................................................121
4 FEBRE AMARELA ...........................................................................................................125
5 RAIVA HUMANA E TÉTANO ............................................................................................129
6 MENINGITE ..................................................................................................................... 131
7 HANSENÍASE ..................................................................................................................134
8 ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NAS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS ......................135
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................... 137
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................138
TÓPICO 2 - PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA NEUROLÓGICO ................................... 141
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 141
2 PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA NEUROLÓGICO ...................................................142
2.1 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E ENCEFÁLICO ................................................................... 143
2.2 Aneurisma .......................................................................................................................................... 145
2.3 DOENÇA DE ALZHEIMER ...............................................................................................................146
2.4 DOENÇA DE PARKINSON ...............................................................................................................148
2.5 TRAUMA CRÂNIOENCEFÁLICO – TCE .......................................................................................... 149
2.6 CEFALEIA E ENXAQUECA .............................................................................................................. 152
2.7 ESCLEROSE MÚLTIPLA .................................................................................................................... 153
3 ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA NEUROLÓGICO ..155
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................... 157
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................158
TÓPICO 3 - ATUAÇÃO DA ENFERMEGEM PRINCIPAIS 
 DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS E NEUROLÓGICAS ............................... 161
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 161
2 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO MANEJO DAS DOENÇAS 
 INFECTOCONTAGIOSAS ................................................................................................162
3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO MANEJO DAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS ...............163
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................166
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................171
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 172
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 175
UNIDADE 3 — PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA ENDÓCRINO 
 E GASTROINTESTINAL – ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM ............................ 179
TÓPICO 1 — PRINICIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA ENDÓCRINO ...................................... 181
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 181
2 PRINICIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA ENDÓCRINO ......................................................1822.1 DIABETES MELLITUS ........................................................................................................................183
2.2 HIPOTIREOIDISMO ...........................................................................................................................189
2.3 HIPERTIREOIDISMO ..........................................................................................................................191
2.4 ACROMEGALIA ................................................................................................................................. 192
2.5 DOENÇAS PUBERDADE ................................................................................................................. 194
3 ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM COM AS PRINCIPAIS DOENÇAS ENDÓCRINAS .............198
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................201
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 202
TÓPICO 2 - PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA GASTROINTESTINAL ........................ 205
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 205
2 PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA GASTROINTESTINAl ......................................... 206
2.1 DOENÇAS DO ESÔFAGO ................................................................................................................208
2.2 DOENÇAS DISABSORTIVAS ..........................................................................................................210
2.3 DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS .................................................................................. 212
2.4 CONSTIPAÇÃO ...................................................................................................................................214
2.5 APENDICITE AGUDA......................................................................................................................... 217
2.6 DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON ........................................................................................... 219
2.7 ABDOME AGUDO .............................................................................................................................. 220
2.8 HEMORRAGIA DIGESTIVA ............................................................................................................. 225
2.9 TRAUMA ABDOMINAL ..................................................................................................................... 229
2.10 PANCREATITE ................................................................................................................................. 233
2.11 INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA ............................................................................................................ 236
3 ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NOS SISTEMA GASTROINTESTINAL ............. 239
RESUMO DO TÓPICO 2 ...................................................................................................... 243
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 244
TÓPICO 3 - ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NAS PRINCIPAIS DOENÇAS 
 DO SISTEMA ENDÓCRINO E GASTROINTESTINAL ...................................... 247
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 247
2 ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NO MANEJO DAS DOENÇAS ENDÓCRINAS ................. 248
3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO MANEJO DAS AFECÇÕES 
 GASTROINTESTINAIS .................................................................................................... 250
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................. 257
RESUMO DO TÓPICO 3 ...................................................................................................... 263
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 264
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................267
1
UNIDADE 1 - 
PRINCIPAIS DOENÇAS 
DO SISTEMA 
CARDIOCIRCULATÓRIO E 
RESPIRATÓRIO – ATUAÇÃO 
DA ENFERMAGEM
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer as principais doenças do sistema cardiocirculatório;
• inteirar-se das principais doenças do sistema respiratório;
• aprender sobre a atuação de enfermagem nas práticas do sistema cardiocirculatório 
e sistema respiratório;
• identificar o processo da SAE nas principais doenças do sistema cardiocirculatório 
e respiratório.
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de 
reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO 
TÓPICO 2 – PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
TÓPICO 3 – ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NAS PRINCIPAIS DOENÇAS 
CARDIOCIRCULATÓRIAS E RESPIRATÓRIAS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA 
CARDIOCIRCULATÓRIO
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Organização Mundial de Saúde (BRASIL, 2019), as doenças 
crônicas não transmissíveis (DCNT) são atualmente um dos principais e mais 
preocupantes problemas de saúde em âmbito global. Destaca, ainda, alguns fatores 
de risco como: bebidas alcoólicas, tabagismo, alimentação inadequada e sedentarismo.
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
DICA
Para aprofundar seu conhecimento leia o artigo: Doenças crônicas não 
transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e investigação. 
Disponível em: bit.ly/3XnxElf
Conforme a Lei do SUS (Sistema Único de Saúde) abaixo referência o que se é 
vigilância epidemiológica. De acordo com a lei n° 8080, de 19 de setembro de 1990:
 Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que 
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança 
nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a 
finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças 
ou agravos (BRASIL, 1990).
Para se ter eficácia na vigilância em saúde existe um conjunto de ações, 
permitindo compreender a gravidade de cada doença e como os fatores de risco afetam 
a população e ainda auxiliar os serviços de saúde no planejamento estabelecendo 
prioridades. As doenças cardiocirculatórias estão entre as que representam maior causa 
de morbimortalidade no Brasil. (BRASIL; 2019).
4
Figura 1 – Sistema cardiocirculatório
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio.htm. Acesso em: 16 out. 2022.
O sistema cardiocirculatório é constituído pelo coração, pelo sangue e por 
uma série de estruturas semelhantes a tubos de diferentes diâmetros que servem de 
caminho para o sangue percorrer o organismo e chegar a todas as suas partes. Essas 
estruturas pelas quais o sangue flui são os vasos sanguíneos. Em seu trajeto contínuo, o 
sangue é impulsionado por uma "bomba" feita de músculo que trabalha dia e noite sem 
parar: o coração (SILVERTHORN, 2010).
2 PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA 
CARDIOCIRCULATÓRIO
 
O sistema circulatório, propriamente dito, é considerado o responsável por 
conduzir elementos essenciais para todos os tecidos do corpo, por exemplo, oxigênio 
para as células, hormônios (que são liberados pelas glândulas endócrinas) para os 
tecidos, a condução de dióxido de carbono para sua eliminação nos pulmões, coleta 
de excretas metabólicos e celulares, e, posteriormente, a entrega desses rejeitos nos 
órgãos excretores, por exemplo, os rins. Além do mais, apresentaum papel essencial no 
sistema imunológico contra infecções e na termorregulação (ARQBRASCARDIOL, 2021).
Entre os vasos sanguíneos existem algumas diferenças, funcionais, morfológicas 
e até mesmo estruturais, que permitem que possa haver a distinção entre elas. Entre 
os vasos, artérias e veias, essa regra não é uma exceção, notam-se algumas diferenças 
particulares que diferenciam as artérias das veias. Contudo, só se conseguem observá-
las ao microscópio em cortes transversais de um par formado por artéria e veia, a partir 
daí torna-se fácil comparar seus calibres e as espessuras das paredes. 
As artérias possuem paredes mais espessas, esse aumento na espessura é uma 
estruturação fisiológica, haja vista que o coração lança o sangue a pressões elevadas 
por meio das artérias e ele é transportado até chegar ao nível de capilares, onde ocorrem 
as trocas de substâncias, enquanto as veias possuem paredes mais delgadas. 
5
Além disso, a luz do lúmen é mais estreita, devido à espessura de suas túnicas. 
Outra diferença é a presença da lâmina elástica interna nas artérias, enquanto as veias 
não a possui. 
Os vasos sanguíneos em conjunto dão origem a uma rede de tubos que irão 
realizar o transporte do sangue pelo corpo. Esses tubos possuem algumas especificações 
que servem como fator diferencial. Eles têm diferentes diâmetros e fazem circular o 
sangue arterial (oxigenado) e venoso (rico em gás carbônico), constituindo o sistema 
cardiovascular ou circulatório. Conforme podemos ver a seguir:
Figura 2 – Vasos sanguíneos
Fonte: https://biologiaresolvida.com.br/resumo/resumo-sistema-circulatorio-visao-geral/. Acesso em: 16 out. 2022.
As doenças cardiovasculares contribuem significativamente como grupo causal 
de mortalidade em todas as regiões brasileiras. Os estudos epidemiológicos demonstram 
várias doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, aterosclerose, infarto agudo do 
miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias cardíacas, valvulopatias, doença 
arterial obstrutiva periférica e trombose venosa profunda (CASTRO et al., 2004).
2.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL 
Você já deve ter conhecido uma pessoa hipertensa. Isso acontece porque é uma 
das doenças mais comuns no mundo, acomete em torno de um bilhão de pessoas em 
todo o planeta. No Brasil, acomete cerca de 30% da população adulta e até 60% dos idosos 
(PORTO; PORTO, 2019). Conforme Porto e Porto (2019), o GBD, observou-se que o aumento 
da pressão foi o principal fator de risco, responsável por 10,4 milhões de mortes. 
6
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é classificada em dois tipos: a primária, 
considerada de causa desconhecida, e a secundária, relacionada a causas específicas 
como estreitamento das artérias renais, doença parenquimatosa renal, medicamentos, 
gestação, coarctação da aorta (Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2021).
DICA
Para aprofundar seu conhecimento leia o artigo: Hipertensão ar tensão arterial 
sistêmica terial sistêmica primária. Disponível em: file:///C:/Users/Leandro/
Downloads/69136-Texto%20do%20artigo-91260-1-10-20131216.pdf. 
A causa mais comum de hipertensão é a resistência vascular periférica 
aumentada. Contudo, como a pressão arterial é igual à resistência periférica total vezes 
o débito cardíaco, aumentos prolongados do débito cardíaco também podem causar 
hipertensão (PORTO; PORTO, 2019).
A HAS é definida como uma pressão arterial (PA) maior que 140/90 mmHg em 
adultos, em pelo menos três visitas consecutivas ao consultório do médico (DIRETRIZES 
DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2021). 
Figura 3 – Pressão arterial
Fonte: https://www.mdsaude.com/hipertensao/pressao-arterial-normal/. Acesso em: 16 out. 2022.
A fisiopatologia compreende o aumento da atividade do sistema nervoso 
simpático com reabsorção de sódio, cloreto e água, atividade aumentada do sistema 
renina-angiotensina-aldosterona, ocorrendo a vasodilatação diminuída das arteríolas 
e início da resistência à insulina (DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
CARDIOLOGIA, 2021). 
7
A hipertensão por si só não causa sintomas, portanto, não apresenta sinais 
relevantes para um possível diagnóstico. Alguns sinais e sintomas que podem acometer 
o paciente são: cefaleias, fadiga e tontura. Entretanto, a descoberta pode acontecer 
no momento da triagem de enfermagem no atendimento de saúde quando o paciente 
busca o serviço. 
Algumas complicações podem acometer o paciente adulto relacionado ao 
sistema cardiocirculatório como: infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, 
acidentes vasculares encefálicos trombóticos e hemorrágicos, encefalopatia 
hipertensiva e insuficiência renal (PORTO; PORTO, 2019).
Segundo Mion Junior et al. (1996), o diagnóstico da hipertensão arterial é um ato 
médico que, baseado num procedimento relativamente simples, a medida da pressão 
arterial, envolve a grande responsabilidade de decidir se um paciente é normotenso 
ou hipertenso. O diagnóstico em hipertensão arterial é baseado na anamnese, exame 
físico e exames complementares que auxiliam na realização do diagnóstico da doença 
propriamente dita, sua etiologia, grau de comprometimento de órgãos-alvo e na 
identificação dos fatores de risco cardiovascular associados.
Acerca dos métodos diagnósticos e tratamento, uma vez tendo avaliada a 
pressão arterial do paciente, nós podemos classificá-la em três categorias: pressão 
arterial normal, pré-hipertensão e hipertensão, seguindo as diretrizes da Sociedade 
Brasileira de Cardiologia, 2021: 
Quadro 1 – Categorias ou classificação da pressão arterial
PAS
(MMHG)
PAD (MMHG)
PA Normal ≤ 120 ≤ 80
Pré-hipertensão 121 – 139 81-89
Hipertensão I 140-159 90-99
II 160-179 100-109
III ≥ 180 ≥ 110
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2021, s.p.)
Um dos principais fatores de risco é o consumo excessivo de sódio, ou seja, 
a ingestão de sal que pode levar a problemas cardiovasculares e renais, contudo, 
interferem diretamente no sistema cardiocirculatório. 
8
Estima-se que o consumo médio de sódio pela população seja duas vezes 
o máximo recomendado, que é de 2g/dia. A ingestão de álcool também eleva a PA 
de forma consistente. Além disso, doenças como diabetes mellitus, dislipidemia, 
obesidade abdominal, intolerância à glicose são consideradas fatores de risco para o 
desenvolvimento da HAS. 
A prevalência de HAS e sua correlação com o sobrepeso ou obesidade 
demonstraram que a obesidade e o nível de hipertensão grave estão moderadamente 
inter-relacionados, no qual quanto mais alto o Índice de Massa Corpórea (IMC), mais alto 
é o nível de pressão, e a prevalência de obesidade severa na população tem crescido 
nas últimas décadas.
Figura 4 – Resultado do IMC
Fonte: https://definicao.net/imc/. Acesso em: 16 out. 2022.
DICA
Para aprofundar seu conhecimento leia o artigo: Variação de IMC, padrões 
alimentares e atividade física entre adultos de 21 a 44 anos. Disponível em: https://
www.scielo.br/j/csc/a/m7HjKSSHnz88NQ5q7fz7Qdm/abstract/?lang=pt. 
O sedentarismo e a HAS têm relações estreitas, no qual a inatividade física 
aumenta o sobrepeso, obesidade, circunferência abdominal, os níveis de triglicerídeos, 
reduz o HDL colesterol, assim como síndrome metabólica e resistência à insulina, o que 
acarreta na elevação da PA, com isso o sedentarismo aumenta a morbimortalidade dos 
pacientes com HAS.
A educação em saúde é imprescindível, pois ao instruir os pacientes sobre seus 
tratamentos medicamentosos e não medicamentosos é possível controlar a PA. 
9
O tratamento não farmacológico consiste em realizar uma série de mudanças 
no estilo de vida do paciente como alimentação saudável, redução do consumo de 
sódio, componente do sal de cozinha, atividade física, evitar bebida alcoólica, cessar 
tabagismo, reduzir o estresse, redução do peso. 
O tratamento farmacológico, por sua vez, deve ser prescrito pelo médico. 
Existem cinco classes de medicamentos que têm a capacidade de auxiliar no controle 
da PA, são eles: diuréticos, antagonistasdo cálcio, inibidores de enzima 
conversora de angiotensina (iECA), bloqueador do Receptor AT1 (BRA), 
bloqueadores Adrenérgicos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2021), temos as descrições dos 
níveis de hipertensão, sendo ramificados conforme figura a seguir:
Figura 5 – Níveis da hipertensão
Fonte: O autor
DICA
Para aprofundar seu conhecimento leia o artigo: Hipertensão arterial e 
exercício físico.
Disponível em: <bit.ly/3TUvE0N>
10
2.2 Aterosclerose 
A aterosclerose é considerada uma resposta inflamatória crônica da parede 
arterial à lesão endotelial e tem como característica a presença das placas ateroscleróticas, 
sendo a principal causa da doença cardiovascular. As lesões ateroscleróticas podem ser 
iniciadas com desenvolvimento já na vida intrauterina, de forma silenciosa, podendo ser 
evoluída ao longo dos anos. 
Acerca da fisiopatologia, o evento inicial na aterosclerose é a infiltração de 
lipoproteínas de baixa densidade (LDLs) na região subendotelial. O endotélio está sujeito 
à tensão de cisalhamento, a tendência é ser deformado pelo fluxo sanguíneo. Isso é mais 
acentuado em pontos onde as artérias se ramificam, e é onde os lipídeos se acumulam 
em grau mais alto, gerando uma lesão endotelial com desencadeamento de processo 
inflamatório que culmina na formação da placa aterosclerótica.
Conforme abordado por Gary e Stephen (2016), a aterosclerose é assintomática 
até que uma de suas complicações se desenvolva. Nas artérias coronárias, o 
estreitamento aterosclerótico que reduz o lúmen de uma artéria coronária em mais de 
75% causa angina de peito, a dor torácica que resulta quando substâncias produtoras 
de dor se acumulam no miocárdio. 
Geralmente, a dor aparece durante o exercício e desaparece com o repouso, 
quando as substâncias são eliminadas pelo sangue. Quando lesões de aterosclerose 
causam coagulação e oclusão de uma artéria coronária, gera o infarto do miocárdio. 
Na circulação cerebral, o bloqueio arterial no local de placas ateroscleróticas causa 
acidentes vasculares trombóticos. 
Os fatores de risco têm efeitos multiplicativos, assim, quando a presença de 
dois fatores de risco aumenta a chance de infarto do miocárdio aumenta em quatro 
vezes, quando temos a presença de três fatores, a chance aumenta sete vezes.
Quadro 2 – Principais fatores de risco
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA ATEROSCLEROSE
Não Modificáveis (Constitucionais)
Anormalidades genéticas
Antecedentes familiares
Idade avançada
Sexo masculino
Modificáveis
Hiperlipidemia
Hipertensão
11
Tabagismo
Diabetes
Inflamação
Fonte: Adaptado de Martini et al. (2014)
Eventualmente, alguns depósitos de gordura nas artérias podem se soltar e 
entrar na corrente sanguínea, e se alastrar por todo o corpo. Isso pode levar à formação 
de um coágulo sanguíneo em qualquer parte do corpo tanto fixa ou móvel, afetando o 
fluxo sanguíneo para outros órgãos (MARTINI et al., 2014).
A doença aterosclerótica é a principal representante dos processos patológicos 
cardiovasculares associados ao envelhecimento, manifestando-se em indivíduos 
adultos, cuja incidência aumenta significativamente a partir dos 45 anos de idade 
(MARTINI et al., 2014). 
No entanto, alguns estudos encontraram prevalência superior a 40% de 
placas ateroscleróticas em autópsias entre adultos jovens, que indicam a doença nos 
estágios iniciais. 
2.3 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ELETROCARDIOGRAMA
O infarto agudo do miocárdio pode ser definido como um evento patológico, ou 
clínico, no qual a isquemia miocárdica, responsável em 95% das vezes pela ruptura da 
placa de ateroma, leva à injúria do músculo cardíaco (BARROSO, 2021).
Podemos dividir o infarto agudo do miocárdio em dois grupos, dependendo 
das alterações vistas no exame eletrocardiograma (ECG) que são: os com 
supradesnivelamento do seguimento ST (IAMCSST) e os sem (IAMSSST) 
(BARROSO, 2021). A diferença entre eles é que no primeiro caso, houve uma oclusão 
total da artéria, indo do epicárdio até o endocárdio. Já no outro caso, a oclusão foi 
parcial, o que faz com que apenas o endocárdio sofra isquemia, que atinge uma área de 
menor de irrigação, como iremos ver na figura a seguir:
Figura 6 – ECG supra e sem supra
12
Fonte: https://twitter.com/enf_intensiva/status/920994773565132800. Acesso em: 15 out. 2022.
No caso do infarto agudo do miocárdio (IAM) é caracterizado pela isquemia ou 
obstrução parcial ou total dos vasos de forma prolongada, o paciente pode apresentar 
dores no peito, sensação de aperto no peito, de duração menor, variando conforme 
a gravidade do IAM. A primeira lesão ao miocárdio pode acarretar em distúrbios 
eletrolíticos, na segunda, alterações morfológicas e na terceira, os danos ao miocárdio 
não são definitivos (PESARO et al., 2004). 
DICA
Para aprimorar seus conhecimentos sobre repercussão hemodinâmica 
do ICC, leia o artigo: Diretriz de insuficiência cardíaca (IC) e transplante 
cardíaco, no feto, na criança e em adultos com cardiopatia congênita, da 
sociedade brasileira de cardiologia. Disponível em: https://www.scielo.
br/j/abc/a/9nqmYdxLSvW4mZP6L4cDq3f/?lang=pt.
O eletrocardiograma (ECG) representa valioso registro do funcionamento 
cardíaco da atividade elétrica, e nos dá informações valiosas a respeito da função do 
coração. É um exame não invasivo e que requer que o paciente esteja em repouso, sem 
ter realizado nenhum tipo de esforço nos últimos dez minutos e sem ter fumado na 
última meia hora. 
13
Figura 7 – Eletrocardiograma convencional
Fonte: ArqBrasCardiol (2021, s.p.)
O ECG se apresenta em papel milimetrado e transmite um registro permanente 
da atividade cardíaca, estas informações registradas representam impulsos elétricos 
do coração como a sístole (despolarização) e diástole (repolarização). Para realizarmos 
o ECG, precisamos monitorizar o paciente com os eletrodos os quais nos darão as 
derivações periféricas unipolares (AVL, AVF, AVR), bipolares (DI, DII, DIII) e as precordiais 
que são unipolares (V1, V2, V3, V4, V5, V6). 
Figura 8 – Posicionamento correto dos eletrodos
Fonte: Adaptado de Porto e Porto (2019)
As derivações unipolares aumentadas são três AVL: braço esquerdo, AVR braço 
direto e AVF perna esquerda.
14
Derivação I é o eletrodo negativo e é conectado ao braço esquerdo e o positivo 
no braço direito. Derivação II é o elétrodo negativo e é conectado ao braço direito e na 
perna esquerda fica conectado o elétrodo positivo. Derivação III é o eletrodo negativo e 
é conectado ao braço esquerdo e o elétrodo positivo à perna esquerda.
Já as derivações precordiais são as derivações de V1 e estão localizadas no 4º 
espaço intercostal, imediatamente à direta do esterno; as V2 estão localizadas no 4º 
espaço intercostal, imediatamente à esquerda do esterno; as V3 são colocadas entre 
as V2 e V4; as V4 são colocadas no 5º espaço intercostal, na linha médio-clavicular 
esquerda; as V5 são colocadas também no 5º espaço intercostal na linha axilar anterior 
e as V6 são colocadas também no 5º espaço intercostal na linha axilar média.
O eletrocardiograma convencional é composto por 12 derivações, mas existem 
situações como infarto de parede posterior (V7 e V8) e de ventrículo direito (V3R e V4R), 
que necessitarão destas derivações para o diagnóstico. O papel milimetrado do ECG 
corresponde ao eixo horizontal (tempo) e ao eixo vertical (voltagem), cada quadradinho 
possui um tempo de 0,04s e uma amplitude de 1 mm, existem 5 quadradinhos entre as 
linhas mais escuras perfazendo assim um tempo de 0,20 segundos. Idealmente, deve 
ser realizado e interpretado no atendimento pré-hospitalar ou em até 10 minutos após 
a admissão hospitalar.
 
Conforme Almeida et al. (2015), para calcular a frequência cardíaca pelo ECG, 
deve-se primeiro observar as ondas R, então escolha uma onda R que coincida com 
uma linha mais escura, a próxima linha escura se designa 300 em seguida por 150, 
100, 75, 60 e 50. Este é um método rápido para avaliação da FC. Mas podemos também 
identificar a onda R e contarquantos quadradinhos possuem de uma onda a outra R, e 
realizar este cálculo: 1500 dividido pelo número de quadradinhos corresponderá então 
à frequência cardíaca do paciente aproximadamente. Lembramos então que o valor 
normal da FC do adulto é de 60 a 100 bpm. Classificamos como taquicardia a frequência 
acima de 100 bpm e bradicardia a frequência menor que 60 bpm. Vamos visualizar na 
figura a seguir a onda do ECG, especificamente a R.
Figura 9 – ECG ondas R
Fonte: http://angomed.com/electrocardiograma/. Acesso em: 15 out. 2022.
15
Ao avaliarmos o ritmo, deve-se observar a distância entre as ondas que são 
semelhantes. Para avaliar o ritmo, identifique a onda R e observe se a distância com as 
outras ondas R são as mesmas. Após a avaliação destes dados, quando o ECG possui 
todas as ondas no seu tempo normal, ritmo regular e frequência normal (normocárdico), 
o ritmo é chamado sinusal. Quando existe alguma alteração em um item ou vários itens, 
temos arritmia. É importante ressaltar que as principais causas de arritmias podem ser 
cardiopatias, distúrbios hidroeletrolíticos, efeito de medicações ou de drogas. O método 
diagnóstico para as arritmias consiste na avaliação de exames ECG, holter, estudo 
eletrofisiológico e teste farmacológico.
2.4 Insuficiência Cardíaca Congestiva 
 
Conforme Kamel et al. (2001), a insuficiência cardíaca congestiva é 
caracterizada como uma síndrome clínica complexa, onde há dispneia por esforço, 
fadiga e por consequência resulta em edema periférico e uma disfunção ventricular 
esquerda no coração.
 
Assim, o termo de insuficiência cardíaca congestiva é muito usado por 
descrever uma consequência muito comum da IC, o aumento da pressão hidrostática 
nos capilares que causa extravasamento de líquido para o interstício e, portanto, o 
fenômeno de congestão (PORTO; PORTO, 2019). A insuficiência cardíaca (IC) pode 
ocorrer em pacientes com função sistólica preservada, sendo avaliado pela fração de 
ejeção do paciente. Pacientes com FE ≥ 50% apresentam insuficiência cardíaca com 
fração de ejeção reduzida (KAMEL et al., 2001). 
A insuficiência cardíaca pode ocorrer de dois tipos, uma que é chamada de 
insuficiência cardíaca sistólica, que é quando o músculo cardíaco não consegue ejetar 
o sangue para fora do coração adequadamente, já a insuficiência cardíaca diastólica 
ocorre quando os músculos do coração ficam rígidos e não enchem de sangue facilmente 
(CAMPELO et al., 2018).
A ICC é uma doença crônica de longo prazo que pode afetar os dois lados 
do coração, com isso, compromete a função de bombeamento do sangue devido 
ao retorno do fluxo sanguíneo, o que pode leva ao comprometimento das funções 
vitais, devido ao acúmulo de sangue, que resulta na falta de oxigênio para os órgãos 
(CAMPELO et al., 2018).
16
Figura 10 – Insuficiência cardíaca congestiva – ICC
Fonte: bit.ly/3VkqBYA Acesso em: 16 out. 2022.
O diagnóstico da insuficiência cardíaca congestiva é guiado primariamente pelo 
método clínico, porém, diversos exames complementares podem auxiliar no diagnóstico 
e também na avaliação da gravidade da doença (PORTO; PORTO, 2019).
Uma parte do tratamento é focada no alívio dos sintomas, porém, algumas 
classes de medicamentos têm o potencial de diminuir o fenômeno de remodelamento 
cardíaco, que ocorre principalmente devido à hiperativação do SRAA (Sistema Renina-
Angiotensina-Aldosterona) e sistema simpático. A insuficiência cardíaca congestiva 
tem um caráter progressivo e inicia antes de os sinais e sintomas se tornarem evidentes 
(PORTO; PORTO, 2019).
Embora o grau dessa disfunção possa ser quantificado através de métodos 
diagnósticos invasivos e não invasivos, a gravidade dos sintomas é difícil de ser 
avaliada devido a sua subjetividade. É uma doença progressiva e letal quando não 
tratada e, mesmo com os tratamentos existentes atualmente, os índices de mortalidade 
permanecem altos e a qualidade de vida é, em geral, significativamente comprometida 
(KAMEL et al., 2001).
2.5 Arritmias CARDÍACAS 
As arritmias que são definidas como um distúrbio de condução elétrica do 
coração. Eles podem ser classificados de várias maneiras, aqui utilizaremos a maneira 
mais fácil para memorizar: temos as bradiarritmias (bradicardia sinusal, bloqueio 
atrioventricular (BAV) de primeiro grau, BAV de segundo grau e BAV de terceiro grau) 
e as taquiarritmias (taquicardia sinusal, taquicardia paroxística, taquicardia ventricular, 
fibrilação atrial) e extrassístole ventricular (GARY; STEFEN, 2016).
17
Figura 11 – Sistema de condução cardíaco
Fonte: Adaptada de Stanfield (2013)
A equipe de enfermagem deve reconhecer a tempo e intervir na presença de 
arritmias, evitando efeitos hemodinâmicos. Nesse contexto, o enfermeiro deve realizar 
o processo de cuidar para minimizar riscos e complicações. A seguir podemos indicar 
alguns diagnósticos de enfermagem mais frequentes para pacientes com arritmias 
cárdicas, conforme o quadro na sequência.
Quadro 3 – Diagnósticos de enfermagem mais frequentes 
Débito cardíaco 
diminuído.
Intolerância à atividade.
Perfusão tissular ineficaz 
renal, cardiopulmonar, 
periférico ineficaz.
Troca de gases 
prejudicada.
Padrão respiratório ineficaz Risco de infecção.
Fonte: o autor (2022)
Conforme demonstrado acima, são evidenciados os diagnósticos, porém para cada 
um deve-se ter uma conduta caracterizada como intervenção evidenciada no Quadro 4:
Quadro 4 – As principais intervenções de enfermagem
Avaliar nível de 
consciência.
Atentar para alterações de 
frequência respiratória, padrão 
respiratório e saturação de O2.
Fazer controle de 
frequência cardíaca 
e ritmo, registrando 
alterações.
Manter monitorização 
cardíaca.
Controlar pressão arterial, 
comunicando alterações;
Manter repouso relativo.
Fazer controle das 
drogas vasoativas.
Auxiliar na cardioversão elétrica, 
caso necessário.
Auxiliar na passagem 
e instalação de 
marcapasso.
Fonte: o autor (2022)
18
As arritmias ocorrem devido a alterações no distúrbio da formação de impulso, 
transtorno de condução de impulsos ou uma combinação de ambos (GARY; Stephen, 
2016). Como defeitos que apresentam se na formação do impulso nervoso, nós 
abordaremos automatismo normal alterado, que representa o nó sinusal e é sensível 
aos efeitos do sistema nervoso autônomo, de modo que a estimulação simpática causa 
taquicardia sinusal e a estimulação parassimpática provoca bradicardia. A perda de 
células marcapasso sinusal pode causar bradicardia ou outros tipos de bradiarritmias. 
O potencial elétrico é caracterizado pela capacidade que um corpo energizado 
tem de realizar trabalho e assim atrair ou repetir outras cargas elétricas. Já as atividades 
deflagradas ocorrem quando o potencial de ação normal é capaz de desencadear 
mais despolarizações anormais. Pode ser despolarização precoce se ocorre antes da 
repolarização ou pós-despolarização tardia, quando ocorre depois da repolarização.
Por outro lado, os distúrbios na condução do impulso, a reentrada da ativação 
do impulso nervoso pode persistir em uma região do coração, tendo tempo suficiente 
para o tecido adjacente se recuperar e manter excitabilidade. Assim, o mesmo impulso 
volta a excitar o coração.
A taquicardia sinusal é o estímulo do ritmo cardíaco que tem origem no local 
correto, geralmente é uma resposta compensatória, secundária a outro problema 
clínico, tal como anemia, disfunções valvares e hipertireoidismo.
As características da taquicardia sinusal é o aumento da frequência sinusal 
acima de 100 bpm e está associada a estresse emocional, uso de medicações, atividade 
física e também à insuficiência cardíaca, infecção, TEP, hipertireoidismo e anemia. 
DICA
Para aprimorar seus conhecimentos leia o artigo: Tromboembolismo 
pulmonar. Disponível em: bit.ly/3UWzkQY
Nas características da taquicardia atrial que são originadas no átrio e que 
não dependem do nó AV, seus mecanismos dependem da etiologia. As taquicardias 
automáticas são pacientes sem cardiopatia estrutural, já astaquicardias atriais são por 
atividades deflagradas em pacientes com alterações metabólicas e por reentrada de 
pacientes com cicatrizes atriais.
A flutter atrial ou taquicardia atrial é macroreentrante que tem características 
eletrocardiográficas típicas, e pode existir em pessoas com coração normal ou 
pacientes com cardiopatia. Conforme a Figura 12, podemos ver um ecg com a 
extrassístole ventricular.
19
Figura 12 – Extrassístole ventricular
Fonte: https://docplayer.com.br/67741846-Extra-sistoles-ventriculares.html. Acesso em: 13 out. 2022.
Segundo Da Rocha Rodrigues et al. (2011), a taquicardia ventricular demonstrada 
a seguir, na Figura 13, é um mecanismo eletrofisiológico que leva à morte súbita cardíaca, 
sendo que as tratativas de condutas podem ser com cardiodesfibrilador e farmacológicos.
Figura 13 – Taquicardia ventricular
Fonte: bit.ly/3OAvc6T Acesso em: 13 out. 2022.
Abordaremos a fibrilação atrial (FA), que é a arritmia sustentada mais comum na 
prática clínica, como iremos ver na sequência.
Figura 14 – Fibrilação ventricular
Fonte: bit.ly/3glOWPa. Acesso em:13 out. 2022.
20
É um dos principais motivos de internação hospitalar do paciente adulto. Seu 
mecanismo é a atividade automática rápida a partir das áreas de transição entre o tecido 
muscular atrial e as veias pulmonares, é sensível ao aumento do tono autonômico que 
é o iniciador e sustentador da arritmia. As múltiplas áreas com reentrada anatômica, 
envolvendo áreas de fibrose, ou funcionais, nas quais os períodos refratários dos 
átrios são encurtados. Já com os átrios sofrem alterações nas estruturas anatômica 
e eletrofisiológica, com encurtamento dos períodos refratários, aumento das áreas de 
fibrose, e diminuição da complacência atrial levando a mais crises de FA.
Classificação temporal da fibrilação atrial (FA):
• FA inicial que é detecção sintomática ou não da FA.
• FA crônica que apresenta paroxística, persistente e permanente.
• Paroxística é reversão espontânea ou intervenção clínica que ocorre em até sete 
dias corridos.
• Persistente, os episódios duram mais que sete dias ou tempo desconhecido, 
mas intervenção clínica foi farmacológica ou cardioversão para reversão do 
ritmo sinusal.
• Permanente, que quando a cardioversão elétrica não foi eficaz ou a decisão foi de 
não reverter (idosos, assintomáticos cuja resposta ventricular esteja adequada ou 
até baixa com átrio esquerdo aumentado e função ventricular esquerda preservada).
2.6 Valvulopatias 
Para compreender melhor as valvulopatias precisamos entender como elas 
são formadas. Elas são assim constituídas: válvula tricúspide, mitral (bicúspide), valva 
aórtica e valva do tronco pulmonar, permitem que o coração realize sua função de 
bombeamento do sangue para o organismo, através da promoção dos fenômenos 
de diferença de pressão entre as câmaras, permitindo seu enchimento e impulsão 
do sangue. 
21
Figura 15 – Das válvulas 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/768778598881501913/. Acesso em: 16 out. 2022.
Porém, algumas patologias podem afetar essas válvulas, tornando-as mais 
frouxas, com maior dificuldade de se fechar, o que consiste na insuficiência valvar, ou 
mais resistentes à abertura, o que caracteriza a estenose, que conferem uma obstrução 
ao fluxo sanguíneo. Em alguns casos, pode ocorrer uma dupla lesão valvar, ou seja, uma 
mesma válvula apresentar estenose e insuficiência. 
Já a endocardite consiste em inflamação do endocárdio, que é o revestimento 
interno do coração, que pode ser infecciosa ou não infecciosa. Nas endocardites 
infecciosas, normalmente, a infecção se dá pela disseminação através da circulação 
sanguínea de bactérias, principalmente, provenientes de outras partes do organismo, 
como por exemplo, da boca (infecções dentárias).
Figura 16 – Endocardite 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Endocardite_infecciosa. Acesso em: 16 out. 2022.
As valvulopatias envolve a disfunção da valva cardíaca, podendo ser classificada 
em estenose mitral, insuficiência mitral, estenose aórtica e insuficiência aórtica.
22
Definimos estenose quando não há abertura da valva completamente, existindo 
então uma dificuldade da passagem do sangue de uma câmara para outra ou para o 
vaso. Já a insuficiência acontece quando a valva se mantém aberta e existe um refluxo 
entre as câmaras ou das câmaras para os vasos.
Figura 17 – De estenose
Fonte: https://seucardio.com.br/estenose-aortica/. Acesso em: 16 out. 2022.
De maneira geral, os pacientes que possuem valvopatia ou valvulopatias 
desenvolvem sinais e sintomas semelhantes à insuficiência cardíaca, como: dispneia, 
angina, síncope, sinais de congestão pulmonar, fraqueza, fadiga, palpitações, ortopneia, 
edema, distensão jugular, hepatomegalia, taquicardia, estertores, edema pulmonar. 
O método diagnóstico utilizado para avaliar o comprometimento da valva é: 
ECG, Raio-x de tórax, eco, cateterismo cardíaco e estudo eletrofisiológico. O tratamento 
é conforme a evolução da doença, com uso de medicamentos como digitálicos, 
betabloqueadores, inibidores de enzima conversora de angiotensina, inotrópicos, 
dobutaminas, diuréticos, vasodilatadores, anticoagulantes e antiarrítmicos. 
De acordo com o estágio da disfunção valvar, é recomendada a plastia da valva 
podendo ser por via percutânea ou por via tradicional (aberta) ou por meio de cirurgia 
cardíaca, na qual pode haver a troca da valva que poderá ser indicada pelo cirurgião, 
sendo a mais apropriada conforme cada caso. 
Figura 18 – De uma troca de válvula 
Fonte: bit.ly/3EUfXmc Acesso em: 16 out. 2022.
23
Eventualmente, em casos de Estenose Mitral (EM) degenerativa em pessoas 
idosas, optou-se inicialmente pelo tratamento clínico e reserva-se para cirurgia os 
casos refratários.
O funcionamento da válvula é simples, quando uma válvula se abre, conseguindo 
permitir a passagem do sangue da cavidade cardíaca prévia para a cavidade cardíaca 
ou segmento arterial situado no lado oposto e, quando fecha, consegue impedir que o 
sangue circule no sentido inverso.
Existem lesões em qualquer uma das válvulas que podem provocar dois tipos 
básicos de alterações do fluxo sanguíneo no interior do coração e consequentemente 
nos grandes vasos. Quando as lesões impedem a abertura adequada de uma válvula 
conhecida como estenose, o sangue se acumula na cavidade cardíaca que a precede, 
fazendo com que o tecido muscular engrosse (denominado de hipertrofia) para 
aumentar seu poder e superar a estenose. Entretanto, as lesões não permitem o normal 
encerramento da válvula, o que se denomina de insuficiência, a parte do sangue que 
passou para a cavidade cardíaca ou para o segmento arterial posterior à válvula tende a 
diminuir para a cavidade cardíaca precedente, sendo assim, provocando o acúmulo de 
um maior volume de sangue do que o normal, o que ocorre sua dilatação. 
2.7 Doença arterial obstrutiva periférica 
Segundo Neto et al. (2007), a Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) tem 
por definição o acometimento da aorta e todos os seus ramos. Apresenta uma prevalência 
de 10 a 25% na população acima de 55 anos, sendo que aumenta com a idade e cerca 
de 70 a 80% dos pacientes acometidos com a doença são assintomáticos. Apenas a 
minoria dos pacientes requer tratamento cirúrgico ou amputações, onde quase todos os 
pacientes com DAOP têm risco aumentado de morte por doença cardiovascular.
Nesse momento, estudaremos a Doença Arterial Obstrutiva Periférica, que é 
mais comum nos membros inferiores. 
Figura 19 – Doença arterial obstrutiva periférica
Fonte: bit.ly/3ABliMu Acesso em: 16 out. 2022.
24
Processos patológicos podem levar ao estreitamento das artérias dos membros, 
por exemplo: inflamação, trombose e sintomas de insuficiência mais prevalentes da doença 
arterial obstrutiva periférica e sintomas agudos ou crônicos devido à embolia de vasos 
sanguíneos mais proximais ou trombose de artérias que se estreitam crescentemente.
Os sintomas de isquemia ocorrem quando há um desequilíbrio entre a oferta ea demanda de fluxo sanguíneo. As manifestações clínicas da doença arterial obstrutiva 
periférica dependem da localização e gravidade da estenose ou oclusão arterial. Eles 
variam de dor moderadamente ativa no membro (por exemplo, fraqueza) a isquemia 
com risco de membro. 
A prevalência mundial de doença arterial obstrutiva periférica nas extremidades 
inferiores é de 3-12%. A maioria das pessoas afetadas vive em países de baixa ou média 
renda. É mais comum em idosos afro-americano em famílias com doença arterial 
coronariana e em pessoas com fatores de risco para doenças cardiovasculares (pressão 
arterial elevada, diabetes, níveis elevados de lipídios no sangue e doença metabólica 
fumar) (BRASIL, 2021).
IMPORTANTE
Para melhor compreensão da doença arterial obstrutiva periférica os pacientes geralmente 
são assintomáticos, no entanto, se o suprimento de sangue não for suficiente para atender 
aos requisitos metabólicos contínuos como consequência do estreitamento arterial, 
ocorrerão sintomas. A gravidade dependerá do grau de estreitamento arterial, número de 
artérias afetadas e nível de atividade dos pacientes. O paciente pode apresentar 
dor de um ou mais grupos musculares dos membros inferiores relacionados à 
atividade (claudicação intermitente), dor atípica, dor em repouso ou feridas não 
cicatrizadas, ulceração ou gangrena. A dor desses pacientes é causada por 
uma neurite isquêmica e tende a piorar à noite quando o membro é colocado 
em posição horizontal (COLOMBRINI; MARCHIORI; FIGUEIREDO, 2010).
2.8 Trombose Venosa Profunda 
 Um trombo é uma massa sólida ou tampão formado na circulação por 
componentes do sangue (plaquetas básicas e fibrina), que pode causar oclusão vascular 
local ou embolia e isquemia a distância (BRASIL, 2021). A trombose venosa profunda 
é caracterizada por trombose venosa profunda com trombose parcial e oclusão, que 
geralmente ocorre nos membros inferiores.
25
IMPORTANTE
A tríade de Virchow sugere que há três componentes importantes na 
formação do trombo.
Figura 20 – Três componentes para formação do trombo
Fonte: o autor (2022)
Na trombose venosa, o aumento da coagulação do sangue e a estase são mais 
importantes porque a coagulação do sangue é concluída onde o coágulo de sangue 
começa. O primeiro trombo aumenta e progride nas direções distal e proximal, atingindo 
vasos cada vez maiores e, finalmente, atingindo o corpo coletor principal da região. Esse 
coágulo geralmente é misto, consistindo em camadas de células sanguíneas que são 
fundidas com uma rede de fibrina.
Figura 21 – O trombo é descrito como ten
Fonte: O autor (2022)
26
O trombo está inicialmente livre na corrente sanguínea, retido apenas pela 
cabeça, a irritação da parede venosa provoca um reflexo simpático que define o espasmo 
venoso que fixa o trombo e, como resultado, bloqueia a circulação. A parede vascular 
irritada torna-se o foco do processo inflamatório. São formados capilares tumorais, que 
atravessam a parede venosa, penetraram no nódulo e se organizam.
Os sinais e sintomas de trombose venosa profunda de membros incluem 
desconforto, dor, parestesias e fraqueza, edema, empastamento na panturrilha e 
aparecimento de colaterais venosas visíveis são manifestações clássicas. 
No exame físico envolve dor, edema, vermelhidão, cianose, aumento do 
sistema venoso superficial, febre, inchaço muscular.
Quadro 5 – Durante um exame físico, alguns sinais semiológicos podem ajudar no diagnóstico incluindo
Fonte: adaptado de Stanfield (2013) 
Pacientes com alta suspeita clínica de trombose venosa profunda são 
aconselhados a iniciar tratamento com anticoagulantes antes de confirmar o diagnóstico. 
O objetivo é prevenir a trombose e dar tempo ao sistema de fibrinólise fisiológica para 
diminuir a rede de fibrina e normalizar seu fluxo. O tratamento inicial deve ser com 
heparina de baixo peso molecular (HBPM), heparina não fracionada (HNF). Recomenda-
se um período de tratamento inicial de pelo menos cinco dias (STANFIELD, 2013).
Em associação com antagonistas da vitamina K desde o primeiro dia de 
tratamento até que o INR (International Standardization Ratio) esteja no nível terapêutico, 
que é entre dois e três, por dois dias consecutivos. 
O processo de enfermagem/SAE deve se atentar no exame físico para detecção 
de trombose venosa profunda, edema de membros inferiores, perfusão periférica, 
temperatura dos membros, pulso poplíteo, tibial, pedioso, ingurgitamento da panturrilha, 
sinais clássicos estudados anteriormente.
A assistência de enfermagem aos pacientes com trombose venosa profunda 
deve medir diariamente a circunferência do membro afetado, analisar a perfusão, 
manter o paciente em Trendelemburg, verificar sinais de hemorragia, acompanhar os 
níveis de plaquetas, utilizar meias elástica de média compressão, analisar presença de 
cianose, observar quedas de saturação de oxigênio.
27
2.9 Gasometria Arterial 
Na atuação da enfermagem na emergência ou nos cuidados intensivos, é 
comum a solicitação da gasometria arterial. É uma determinação quantitativa do 
potencial hidrogeniônico pH e dos gases sanguíneos arteriais a partir de determinados 
parâmetros e cálculos específicos (PORTO; PORTO, 2019). 
O equipamento de gasometria mede o pH e os gases sanguíneos com pressão 
parcial de oxigênio (PaO2 ou pO2) e pressão parcial de dióxido de carbono (PaCO2 ou 
pCO2), enquanto calcula outros parâmetros são calculados. Os principais parâmetros 
notados no exame são: pH, saturação de oxigênio (SatO2 ou SO2), pCO2, bicarbonato 
(HCO3 -), Ânion Gap (AG). No entanto, outros parâmetros podem ser encontrados como, 
por exemplo, a dosagem de alguns eletrólitos. Na prática clínica, é uma parte essencial 
do diagnóstico e manejo da oxigenação e do equilíbrio ácido básico em muitos pacientes, 
particularmente naqueles de alto risco (PORTO; PORTO, 2019).
Figura 26 – Teste de Allen
Fonte: https://www.medway.com.br/conteudos/gasometria-altas-matematicas/. Acesso em: 18 out. 2022.
O quadro clínico depende da doença causadora do distúrbio e a abordagem 
do tratamento baseia-se na correção dos fatores causadores da hiperventilação. Em 
particular, pacientes com alcalose respiratória podem apresentar dispneias, tonturas, 
parestesias, palpitações e dores torácicas. A fibrilação atrial pode acontecer devido a 
uma redução no conteúdo de oxigênio da hemoglobina. Pode criar uma imagem de 
hipocalcemia, estreitamento da traqueia e hipotensão.
A punção arterial para fins de gasometria é um procedimento específico do 
enfermeiro e demanda competência técnica e científica para sua execução. A punção 
arterial pode ser realizada em qualquer vaso arterial periférico, incluem as artérias 
radial, pediosa e femoral, nesta sequência. Deve-se evitar a artéria braquial pelo risco 
de complicações tromboembólicas em antebraço e mão (PORTO; PORTO, 2019).
28
Figura 27 – Locais indicados para punção de gasometria
Fonte: bit.ly/3tT29lw Acesso em: 16 out. 2022.
Vale reforçar que o local de escolha para punção arterial varia de acordo com as 
condições do paciente, e devem ser consideradas a fim de garantir um procedimento 
seguro (STANFIELD, 2013).
O enfermeiro deve ficar atento que a punção arterial pode ser realizada com 
cateter ou agulha e seringa. Cuidado importante a ser considerado é a força durante o 
procedimento que poderá tocar o periósteo, causando dor intensa ao paciente, ou ainda 
ultrapassar a parede oposta da artéria. Assim, é importante verificar se há retorno de 
sangue aspirando durante a punção. Se não houver retorno de sangue, é necessário 
recomeçar o procedimento evitando repetir o local da tentativa (PORTO; PORTO, 2019). 
29
Fonte: bit.ly/3tT2MLU Acesso em: 16 out. 2022.
Figura 28 – Imagem de uma gasometria
Nas situações em que haja a ocorrência de espasmo arterial o sangue não fluirá 
e não será possível coletar a amostra. Caso isso ocorra, substituir a agulha por uma 
menor e tentar puncionar novamente. Complicações prevalentes em punções radiais 
e femoraispodem ser a presença de equimose local, hematoma pequeno e grande e 
perda da permeabilidade do vaso sanguíneo (STANFIELD, 2013).
DICA
Para aprimorar seus conhecimentos leia o artigo Gasometria arterial: aplicações 
e implicações para a enfermagem. Disponível em: https://portalidea.com.br/
cursos/introduo--gasometria-apostila03.pdf.
30
3 ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NOS SISTEMA 
CARIODCIRCULATÓRO
A assistência de enfermagem aos pacientes com hipertensão tem início pelo 
histórico de enfermagem, no qual deve ser realizado uma anamnese e exame físico 
detalhados desse paciente, atentando para os valores da pressão arterial, os hábitos de 
vida e histórico familiar. Os pacientes devem ser avaliados e monitorados constantemente 
por meio da avaliação da equipe de enfermagem e do enfermeiro.
 
Sobre a verificação de pressão arterial, para controle, a enfermagem deve 
sempre instruir o paciente previamente sobre tal procedimento, explicando as suas 
etapas e objetivos. É importante indagar se o paciente está com a bexiga vazia, se evitou 
atividade física, alimentação, fumo, ingestão de bebida alcoólica ou café, pelo menos 30 
minutos antes da medida, e se ingeriu drogas que interferem com os mecanismos de 
regulação da pressão. 
O procedimento da aferição da pressão arterial envolve as seguintes etapas, 
conforme o quadro a seguir.
Quando 6 – Etapas aferição pressão arterial
1. deixar o paciente em repouso 5 a 10 minutos, em ambiente calmo, com temperatura 
agradável;
2. localizar pela palpação a artéria braquial no braço do paciente;
3. posicionar o manguito firmemente, evitando folgas e centralizando a bolsa de 
borracha sobre a artéria braquial, cerca de 2 a 3cm acima da fossa antecubital. Nas 
posições sentada e ereta, manter o braço na altura do quarto espaço intercostal;
4. palpar o pulso radial e inflar o manguito até o desaparecimento deste pulso para 
identificação da pressão sistólica e desinflar, rapidamente, aguardando 15 a 30 
segundos antes de inflar novamente; 
5. posicionar o estetoscópio, suavemente, na fossa antecubital sobre a artéria 
braquial, evitando compressão excessiva. Deve-se empregar a campânula 
do estetoscópio, pois os sons auscultados são de baixa frequência. Colocar o 
estetoscópio nos ouvidos com a curvatura voltada para frente.
6. inflar rapidamente, de 10 em 10 mm Hg, até ultrapassar 20 a 30 mm Hg o nível da 
pressão sistólica e proceder a deflação em velocidade constante de 2 a 3 mm Hg, por 
segundo, que pode ser elevada para 5 a 6 mm Hg por segundo, após a determinação 
da sistólica para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente;
7. identificar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som 
da série de sons (fase I de Korotkoff), que se intensifica com o aumento da 
velocidade de deflação e a pressão distólica quando desaparecem os sons (fase 
V de Korotkoff), auscultando cerca de 20 a 30 mm Hg abaixo do último som para 
confirmar seu desaparecimento, e depois, proceder a deflação rápida e completa;
31
8. registrar os valores de pressão sistólica e diastólica, assim como a posição do 
paciente, braço em que foi medida a pressão e tamanho do manguito;
9. aguardar 1 a 2 minutos para realizar nova medida.
Fonte: adaptado de Mion Júnior (1996)
É importante identificar a falta de adesão, conhecimento insuficiente e 
precariedade no autocuidado, já que é uma condição silenciosa que pode evoluir com 
complicações e os pacientes podem se acostumar com a cronicidade da doença, sendo 
necessário intervenções educativas para mudança do estilo de vida. 
O enfermeiro deve implementar os primeiros passos para o autocuidado ao 
paciente, deve ensiná-lo a controlar os fatores de risco modificáveis, recomendando 
um estilo de vida mais saudável para o coração, devendo praticar atividades físicas 
regularmente, abstenção do fumo, ter uma dieta saudável e controlar o stress, diminuir 
a ingestão de sal e de gorduras, principalmente aquelas saturadas. Deve-se alimentar 
mais com alimentos de origem animal (ovos, carnes e manteigas) e aumentar o consumo 
de alimentos vegetais como frutas e verduras, e ingerir mais fibras.
Assim, a enfermagem presta assistência de qualidade, aprendendo a diferenciar 
os sinais e sintomas de IAM, para isto o enfermeiro deve treinar a sua equipe para 
atuar na assistência do paciente com o IAM prestando os cuidados de forma eficaz e 
eficiente desde a suspeita diagnostica até a sua alta. O enfermeiro deve estar presente 
diretamente na assistência da enfermagem de qualidade de forma integral para atender 
às necessidades dos pacientes com IAM (COLOMBRINI; MARCHIORI; FIGUEIREDO, 2010).
Os principais cuidados da equipe de enfermagem, que fazem parte da SAE, 
durante o infarto do miocárdio, são monitorar a frequência cardíaca contínua com 
oximetria de pulso, deixar o paciente em repouso absoluto no leito, acesso venoso, 
colocar oxigênio por meio de cateter nasal de 2 a 4 litros por minutos, efetuar o ECG 
e exame de marcadores de lesão cardíaca repetindo o exame após 6 ou 9 horas. 
Também é importante realizar intervenções por meio do diagnóstico de enfermagem 
como dor torácica analisando sua duração e intensidade, sua localização e radiação, 
analisar a verificação da circulação, checando os pulsos periféricos sendo em MMII 
e MMSS, verificar temperatura das extremidades, cor e edema, monitor o ritmo e a 
frequência cardíaca.
É de grande importância a orientação da população por meio de ações educativas 
pelo profissional enfermeiro sobre os riscos do IAM detalhar os principais sinais e 
sintomas e os riscos potenciais na demora em procurar por um atendimento hospitalar. 
Importam os benefícios do tratamento precoce nos indivíduos com IAM, tanto por meio 
de terapia fibrinolítica como por intervenção mecânica, porém o tempo continua sendo 
fator determinante no tratamento. Também é importante a conscientização do público 
quanto esse tempo tolerante na busca por um atendimento médico, e que a chance de 
mortalidade intra e extra-hospitalar se reduz consideravelmente.
32
O enfermeiro deve ficar atento para manifestações clínicas como dispneia, troca 
de gases prejudicada, edema, função cardíaca prejudicada, fadiga, débito cardíaco 
prejudicado, dor, risco para infecção e risco para queda. Em relação à otimização do 
funcionamento cardiopulmonar, o controle do peso corporal é importante para evitar a 
sobrecarga do trabalho dos órgãos-alvo.
O processo de enfermagem/SAE deve se atentar no exame físico para detecção 
de trombose venosa profunda, edema de membros inferiores, perfusão periférica, 
temperatura dos membros, pulso poplíteo, tibial, pedioso, ingurgitamento da panturrilha, 
sinais clássicos estudados anteriormente.
A assistência de enfermagem aos pacientes com trombose venosa profunda 
deve medir diariamente a circunferência do membro afetado, analisar a perfusão, 
manter o paciente em Trendelemburg, verificar sinais de hemorragia, acompanhar os 
níveis de plaquetas, utilizar meias elásticas de média compressão, analisar presença de 
cianose, observar quedas de saturação de oxigênio.
Caro acadêmico! Chegamos ao final do Tópico 1, em que tivemos a 
oportunidade de ampliar o conhecimento sobre as principais doenças que acometem 
o sistema cardiocirculatório e as principais atuações da equipe de enfermagem. 
Na sequência, no Tópico 2, vamos estudar as principais doenças que acometem o 
sistema respiratório. Vamos lá!
33
 Neste tópico, você aprendeu:
• O sistema circulatório é considerado o responsável por conduzir elementos essenciais 
para todos os tecidos do corpo.
• Os vasos sanguíneos em conjunto dão origem a uma rede de tubos que irão realizar 
o transporte do sangue pelo corpo.
• O tratamento farmacológico é divido em cinco classificações, são elas: diuréticos, 
antagonistas do cálcio, inibidores de enzima conversora de angiotensina (iECA), 
bloqueador do Receptor AT1 (BRA), bloqueadores adrenérgicos.
• Existem três categorias de pressão arterial: pressão arterial normal,pré-hipertensão 
e hipertensão.
RESUMO DO TÓPICO 1
34
1 Conforme estudamos anteriormente, o sistema vascular é formado pelos vasos 
sanguíneos, uma rede de tubos que transporta o sangue, com o coração a bomba 
muscular responsável por impulsionar o sangue, trabalhando juntos para garantir 
que todas as células do corpo recebam nutrientes e oxigênio. Em relação a essa 
afirmativa, relacione as colunas e, a seguir, assinale a alternativa que apresenta a 
sequência correta. 
1. Artérias. 
2. Capilares.
3. Vasos linfáticos.
4. Veias.
( ) Constituem uma complexa rede de vasos de paredes finas semelhantes aos capilares.
( ) Estrutura fina e menos muscular permite que esses vasos se distendam.
( ) Estruturas de paredes espessas que transportam o sangue do coração para os tecidos.
( ) Estrutura de parede fina que possibilita o transporte rápido e eficiente dos nutrientes 
para as células e a remoção dos resíduos metabólicos. 
a) ( ) 2 – 4 – 3 – 1. 
b) ( ) 3 – 4 – 1 – 2. 
c) ( ) 3 – 4 – 2 – 1.
d) ( ) 4 – 1 – 3 – 2. 
e) ( ) 1 – 4 – 3 – 2. 
2 Sabemos que a HAS é definida como uma pressão arterial (PA) maior que 140/90 
mmHg em indivíduos com idade acima de 18 anos, sendo causa direta em pelo 
menos três visitas consecutivas ao consultório do médico. Temos classificações 
pré-definidas para suas variações, sendo essas a normotensão, a pré-hipertensão 
e as hipertensões grau I, II ou III, sempre avaliadas em conformidade com os níveis 
pressóricos apresentados. Entretanto, existe a classificação da hipertensão com 
relação às causas. Cite as classificações da hipertensão com relação ao agente 
causador diferenciando-as entre si.
3 As doenças cardiovasculares contribuem significativamente como grupo causal de 
mortalidade em todas as regiões brasileiras. Os estudos epidemiológicos demonstram 
várias doenças cardiovasculares sendo elas, hipertensão arterial, infarto agudo do 
miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias cardíacas, valvulopatias, 
doença arterial obstrutiva periférica, trombose venosa profunda e a aterosclerose, 
que é considerada uma resposta inflamatória crônica da parede arterial à lesão 
endotelial e tem como característica a presença das placas nessas paredes. Seus 
principais fatores de risco são classificados em modificáveis e não modificáveis. 
AUTOATIVIDADE
35
Analise as assertivas a seguir sobre a aterosclerose e seus fatores de risco:
I- Hiperlipidemia e Idade avançada
II- Tabagismo e diabetes 
III - Anormalidades genéticas e antecedentes familiares
IV- Sexo masculino e idade avançada
V- Anormalidades genéticas e hiperlipidemia.
Assinale a alternativa que apresenta apenas fatores de riscos não modificáveis para 
a aterosclerose:
a) ( ) As assertivas I e II.
b) ( ) As assertivas II, III e IV.
c) ( ) As assertivas II, III e V.
d) ( ) As assertivas III e IV.
e) ( ) Todas as assertivas estão corretas.
4 As arritmias ocorrem devido a alterações no distúrbio da formação de impulso, 
transtorno de condução de impulsos ou pela associação de ambos, sendo falhas que 
apresentam na formação do impulso nervoso normal apresentando alteração, que 
representa o nó sinusal sensível aos efeitos do sistema nervoso autônomo, de modo 
que a estimulação simpática causa taquicardia sinusal e a estimulação parassimpática 
provoca bradicardia. Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia 
cardíaca pode provocar parada cardíaca e morte súbita. Cite os dois grupos das 
arritmias e dê exemplos de cada um deles.
5 O exame de eletrocardiograma é um importante registro do funcionamento cardíaco 
da atividade elétrica, e nos dá informações valiosas a respeito da função do coração. 
É um exame não invasivo e que requer que o paciente esteja em repouso, sem ter 
realizado nenhum tipo de esforço nos últimos 10 minutos e sem ter fumado nos 
últimos 30 minutos. Seu princípio básico é a transmissão das forças da musculatura 
cardíaca detectadas por ondas. Sobre o traçado do ECG, assinale a alternativa correta:
a) ( ) A onda P significa despolarização dos átrios.
b) ( ) A onda T significa despolarização dos ventrículos.
c) ( ) O complexo QRS representa a maior parte da fase de recuperação ventricular 
após uma contração.
d) ( ) O intervalo PR representa a duração total das fases de despolarização e de 
repolarização dos ventrículos.
e) ( ) O complexo QRS representa o período parcial de estimulação e de recuperação 
ventricular.
36
37
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, nós vamos estudar as principais doenças do sistema respiratório. 
Existem estudos sobre as tendências das doenças respiratórias crônicas, que foram 
estimadas como a terceira principal causa de mortes em 2017, considerando o contexto 
mundial. Destaca-se a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Quando nos 
aproximamos de todas as idades em ambos os sexos, o tabagismo foi o principal fator 
de risco atribuível, sendo necessário investimentos políticos para sua cessação.
O pulmão é o órgão responsável pela troca gasosa, fornecendo oxigênio (O2) e 
retirando gás carbônico (CO2) do sangue. Também auxilia no equilíbrio ácido-base por 
meio da ventilação e da depuração de CO2.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
Figura 29 – Pulmão 
Fonte: https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/pulmao/. Acesso em: 16 out. 2022.
Para o seu correto funcionamento, é necessária a sincronia dos mecanismos de 
ventilação, perfusão e difusão dos gases, ou seja, o ar deve entrar e sair de forma cíclica 
enquanto o pulmão recebe o sangue não oxigenado. As áreas ventiladas devem ser as 
mesmas que estão profundidas (BRASIL, 2019).
Ao final da inspiração, os tecidos pulmonares representam 10% do seu volume 
total, sendo o restante preenchido por ar e sangue. Essa pequena massa de tecido 
é responsável por conduzir de 5 a 120 litros de ar por minuto para dentro e para fora 
os pulmões, manter o ar em contato com o sangue e se defender de agressores do 
meio externo.
38
A entrada e saída cíclica de ar dos pulmões depende da capacidade do diafragma 
e da musculatura inspiratória em gerar pressão negativa no compartimento torácico, do 
recolhimento elástico e da musculatura expiratória em gerar pressão subatmosférica. A 
ventilação resulta de movimentos de aumento e redução do volume torácico, a inspiração 
e expiração. O ar que entra, sai e permanece nos pulmões é dividido, teoricamente, em 
quatro volumes, que podem ser combinados e gerar quatro capacidades de interesse 
(GARY; STEPHEN, 2016).
2 DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
O sistema respiratório que é formado pelo parênquima pulmonar, vias aéreas 
superiores e inferiores (fossas nasais, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios, 
bronquíolos e alvéolos), músculos respiratórios (diafragma e músculos intercostais), 
membrana alveolocapilar, nervos periféricos e hemoglobina. O comprometimento de 
qualquer constituinte pode causar distúrbios respiratórios.
Figura 30 – Sistema respiratório
Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/. Acesso em: 16 out. 2022.
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Os principais componentes da respiração são a ventilação pulmonar, responsável 
pela entrada e saída de ar nos alvéolos pulmonares; difusão de oxigênio (O2) e dióxido 
de carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue; transporte de O2 e CO2 pelo sangue até 
as células teciduais e, então, de volta para os pulmões; e a regulação da ventilação. 
Figura 31 – Troca gasosa
Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/. Acesso em: 16 out. 2022.
A principal importância da ventilação pulmonar é renovar de maneira contínua o 
ar das áreas de troca gasosa dos pulmões, onde há proximidade com o sangue pulmonar. 
Essas áreas incluem alvéolos, sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos 
respiratórios. A taxa com que o ar novo atinge essas áreas recebe o nome de ventilação 
alveolar. Essa ventilação é o principal componente que regula a concentração de CO2 
(PORTO; PORTO, 2019).
Doenças desse tipo, por serem

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