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Este material é parte integrante do curso online "Atualização Enfermagem em 
Cardiologia" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É 
proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem 
autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
180 horas 
Atualização em 
Enfermagem em Cardiologia 
Adriana de Moraes Bezerra 
 
 
 
 
 
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Com certificado 
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Atualização em Enfermagem 
em Cardiologia 
Adriana de Moraes Bezerra 
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autor (Artigo 29). 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO CORAÇÃO ............................................................... 7 
1.1 LIMITES DO CORAÇÃO .......................................................................................... 8 
1.2 CAMADAS DA PAREDE CARDÍACA .................................................................... 9 
1.2.1 Pericárdio .............................................................................................................. 9 
1.2.2 Saco Pericárdio ................................................................................................... 11 
1.3 CONFIGURAÇÃO EXTERNA ................................................................................ 13 
1.3.1 Faces ................................................................................................................... 13 
1.3.2 Margem ............................................................................................................... 14 
1.4 CONFIGURAÇÃO INTERNA ................................................................................. 15 
1.4.1 Átrio Direito ....................................................................................................... 15 
1.4.2 Átrio Esquerdo .................................................................................................... 16 
1.4.3 Ventrículo Direito ............................................................................................... 16 
1.4.4 Ventrículo Esquerdo ........................................................................................... 17 
1.5 CICLO CARDÍACO ................................................................................................. 18 
1.5.1 Sístole ................................................................................................................. 19 
1.5.2 Diástole ............................................................................................................... 20 
1.6 VASCULARIZAÇÃO .............................................................................................. 20 
1.6.1 A Artéria Coronária Direita: ............................................................................... 21 
1.6.2 A Artéria Coronária Esquerda: ........................................................................... 21 
1.6.3 Inervação ............................................................................................................ 21 
1.7 SISTEMA ELÉTRICO DO CORAÇÃO .................................................................. 23 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES ............................................................................. 24 
2.1 TIPOS ........................................................................................................................ 24 
2.1.1 Doença Arterial Coronária.................................................................................. 25 
2.1.2 Doença Arterial Periférica .................................................................................. 25 
2.1.3 Doenças da Aorta ............................................................................................... 25 
2.1.4 Doença Cardíaca Reumática ............................................................................... 25 
2.1.5 Cardiopatia Congênita ........................................................................................ 26 
2.1.6 Arritmia Cardíaca ............................................................................................... 26 
2.1.7 Outros Tipos ....................................................................................................... 26 
2.2 DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM CRIANÇAS ......................................... 26 
2.2.1 Comunicação Interventricular (CIV) .................................................................. 27 
2.2.2 Causas ................................................................................................................. 27 
2.2.3 Fatores de Risco ................................................................................................. 28 
2.3 SINTOMAS ............................................................................................................... 30 
2.3.1 Hipertensão arterial............................................................................................. 30 
2.3.2 Tosse persistente ................................................................................................. 31 
2.3.3 Dificuldade de respirar durante o sono ............................................................... 31 
2.3.4 Dispneia (Falta de ar) ......................................................................................... 31 
2.3.5 Dor no peito e palpitações .................................................................................. 31 
 
 
2.3.6 Náuseas e falta de apetite.................................................................................... 32 
2.3.7 Outros Sintomas ................................................................................................. 32 
2.4 COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO? ..................................................................... 33 
2.5 QUAL O TRATAMENTO? ...................................................................................... 35 
2.6 CONSEQUÊNCIAS .................................................................................................. 37 
2.7 PREVENÇÃO ........................................................................................................... 38 
MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM CARDIOLOGIA ........................................... 39 
3.1 BLOQUEADORES BETA-ADRENÉRGICOS ....................................................... 39 
3.2 DIURÉTICOS ........................................................................................................... 40 
3.2.1 Diuréticos de Alça .............................................................................................. 40 
3.2.2 Tiazídicos ........................................................................................................... 40 
3.2.3 Poupadores de Potássio ...................................................................................... 40 
3.3 BLOQUEADORES DE CANAL DE CÁLCIO ........................................................ 41 
3.4 INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA .................... 42 
3.5 ANTICOAGULANTES ORAIS ............................................................................... 43 
3.6 ANTITIARRÍTMICOS ............................................................................................. 43 
3.6.1 Quinidina ............................................................................................................ 43 
3.6.2 Procaínamida ...................................................................................................... 43 
3.7 ANTIPLAQUETÁRIOS ........................................................................................... 44 
3.7.1 AAS .................................................................................................................... 44 
3.7.2Clopidogrel ......................................................................................................... 44 
3.8 VASODILATADORES ............................................................................................ 44 
3.9 HIPOLIPEMIANTES ................................................................................................ 44 
3.9.1 Estatina ............................................................................................................... 44 
ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES DO ENVELHECIMENTO ...................... 46 
4.1 ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR FISIOLÓGICO............................... 47 
4.2 TRATAMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES E SUAS 
PARTICULARIDADES EM IDOSOS ........................................................................... 49 
4.2.1 Arritmias ............................................................................................................. 49 
4.2.2 Arritmias Supraventriculares .............................................................................. 50 
4.2.3 Extrassístoles Supraventriculares ....................................................................... 50 
4.2.4 Taquicardia Supraventricular ............................................................................. 51 
4.2.5 Arritmias Ventriculares ...................................................................................... 51 
4.2.6 Extrassístoles Ventriculares ................................................................................ 51 
4.2.7 Taquicardia Ventricular Sustentada Monomórfica............................................. 51 
4.2.8 Técnicas Invasivas .............................................................................................. 52 
4.2.9 Fibrilação Atrial .................................................................................................. 52 
4.3 TRATAMENTO ........................................................................................................ 53 
4.4 HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS ............................................................. 56 
4.4.1 Tratamento .......................................................................................................... 57 
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA ...................................................................... 59 
5.1 DAC CRÔNICA ........................................................................................................ 59 
5.2 DIAGNÓSTICO ........................................................................................................ 59 
5.3 TRATAMENTO ........................................................................................................ 60 
SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS ................................................................. 62 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E DOENÇA ARTERIAL CAROTÍDEA .... 64 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ....................................................................................... 66 
8.1 EPIDEMIOLOGIA .................................................................................................... 66 
 
8.2 ALTERAÇÃO DA FUNÇÃO VENTRICULAR RELACIONADA COM A IDADE
 66 
8.3 DIAGNÓSTICO ........................................................................................................ 67 
8.4 TRATAMENTO ........................................................................................................ 67 
8.4.1 Tratamento Farmacológico ................................................................................. 68 
8.4.2 Diuréticos utilizados no Tratamento da Insuficiência Cardíaca ......................... 68 
8.4.3 Medicamentos utilizados no Tratamento da Insuficiência Cardíaca .................. 69 
8.4.4 Outros Tratamentos ............................................................................................ 70 
8.5 IC DIASTÓLICA ...................................................................................................... 70 
DOENÇAS VALVARES ................................................................................................... 72 
9.1 FISIOPATOLOGIA .................................................................................................. 72 
DOENÇA AÓRTICA ........................................................................................................ 74 
10.1 ESTENOSE AÓRTICA .......................................................................................... 74 
10.2 DIAGNÓSTICO ...................................................................................................... 74 
10.3 TRATAMENTO ...................................................................................................... 75 
10.4 INSUFICIÊNCIA AÓRTICA ................................................................................. 76 
CALCIFICAÇÃO ANULAR MITRAL .......................................................................... 77 
11.1 ESTENOSE MITRAL ............................................................................................. 77 
11.2 INSUFICIÊNCIA MITRAL .................................................................................... 78 
ENDOCARDITE BACTERIANA ................................................................................... 79 
12.1 TRATAMENTO PERCUTÂNEO .......................................................................... 79 
PROCESSO DE ENFERMAGEM NAS ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES 80 
DEFINIÇÃO DE SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM .. 81 
DEFINIÇÃO DE PROCESSO DE ENFERMAGEM .................................................... 82 
APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM .................................................. 84 
16.1 PACIENTE COM ARRITIMIA .............................................................................. 84 
16.1.1 Histórico ........................................................................................................... 84 
16.1.2 Histórico Psicossocial – Importante!! .............................................................. 85 
EXAME FÍSICO ............................................................................................................... 86 
17.1 PLANEJAMENTO E METAS ................................................................................ 87 
17.2 PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM ..................................................................... 87 
EVOLUÇÃO ...................................................................................................................... 89 
18.1 MANTER O DÉBITO CARDÍACO ....................................................................... 89 
18.2 ESPERA-SE QUE O PACIENTE REDUZA A ANSIEDADE, EXPRESSE A 
COMPREENSÃO DA ARRITMIA E DE SEU TRATAMENTO. ................................ 89 
18.3 EXPRESSA A COMPREENSÃO DA ARRITMIA E DE SEU TRATAMENTO 90 
PACIENTE COM ANGINA DO PEITO ........................................................................ 91 
19.1 HISTÓRICO ............................................................................................................ 91 
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM ......................................................................... 93 
COMPLICAÇÕES POTENCIAIS .................................................................................. 94 
21.1 PLANEJAMENTO E METAS ................................................................................ 94 
PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM ........................................................................... 95 
TRATANDO A ANGINA ................................................................................................. 96 
23.1 NO TRATAMENTO DA ANGINA O ENFERMEIRO ......................................... 96 
23.2 REDUZINDO A ANSIEDADE .............................................................................. 96 
23.3 ENSINANDO O AUTOCUIDADO AOS PACIENTES ........................................ 96 
23.4 EVOLUÇÃO ...........................................................................................................97 
23.4.1 Relata que a dor é prontamente aliviada ........................................................... 97 
23.5 2 Relata a ansiedade diminuída ........................................................................... 97 
 
 
23.5 3 Compreende as maneiras para evitar as complicações e fica livre destas ........ 97 
23.5 4 Compreende as maneiras para evitar as complicações e fica livre destas ........ 97 
23.5 5 Adere ao programa de autocuidado .................................................................. 97 
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 98 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 101 
 ........................................................................................................................................... 104 
 
Unidade 1 – Anatomia e Fisiologia do Coração 
Este material é parte integrante do curso online "Atualização Enfermagem em Cardiologia" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) 
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do autor (Artigo 29). 
7 
01 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO CORAÇÃO 
 
 
 
 
O coração, em forma de cone, é relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho do 
punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 
6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250 g, nas mulheres adultas, e 300 g, nos 
homens adultos. 
 
O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, 
no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os 
revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da 
linha média do corpo. 
A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de 
suas extremidades, superfícies e limites. A extremidade pontuda do coração é o ápice, 
dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao 
ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita. 
Atualização Enfermagem em Cardiologia 
 
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8 
 
 
 
 
1.1 LIMITES DO CORAÇÃO 
A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A superfície inferior é a parte 
do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região 
entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende 
da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica 
voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. 
Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a 
traqueia, o esôfago e a artéria aorta descendente. 
Unidade 1 – Anatomia e Fisiologia do Coração 
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9 
 
 
 
1.2 CAMADAS DA PAREDE CARDÍACA 
1.2.1 Pericárdio 
A membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no 
mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações 
vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e 
pericárdio seroso. 
Atualização Enfermagem em Cardiologia 
 
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10 
 
 
 O pericárdio fibroso superficial: 
É um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um 
saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele. 
 O pericárdio seroso: 
Mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla 
camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está 
fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também 
chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração. 
Unidade 1 – Anatomia e Fisiologia do Coração 
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11 
 
 Epicárdio: 
Camada externa do coração. É uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é 
contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado 
camada visceral do pericárdio seroso. 
 
1.2.2 Saco Pericárdio 
Atualização Enfermagem em Cardiologia 
 
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12 
 
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 Miocárdio 
É a camada média e a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado 
cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, 
impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos sanguíneos. 
 Endocárdio: 
É a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por 
epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e 
brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as 
valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que entram e saem do coração. 
Unidade 1 – Anatomia e Fisiologia do Coração 
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13 
 
 
 
1.3 CONFIGURAÇÃO EXTERNA 
O coração apresenta três faces e quatro margens 
 
1.3.1 Faces 
 Face Anterior (Esternocostal) – Formada principalmente pelo ventrículo direito. 
 Face Diafragmática (Inferior) – Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e 
parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada principalmente com o 
tendão central do diafragma. 
 Face Pulmonar (Esquerda) – Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela 
ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo. 
Atualização Enfermagem em Cardiologia 
 
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14 
 
 
1.3.2 Margem 
 Margem Direita – Formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as veias cavas 
superior e inferior. 
 Margem Inferior – Formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente, 
pelo ventrículo esquerdo. 
 Margem Esquerda – Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, 
ligeiramente, pela aurícula esquerda. 
 Margem Superior – Formadapelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em uma 
vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem 
superior, e a veia cava superior entra no seu lado direito. Posterior à aorta e ao tronco 
pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem superior forma o limite inferior 
do seio transverso do pericárdio. 
 
 
Unidade 1 – Anatomia e Fisiologia do Coração 
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15 
Externamente os óstios atrioventriculares correspondem ao sulco coronário, que é 
ocupado por artérias e veias coronárias, este sulco circunda o coração e é interrompido 
anteriormente pelas artérias aorta e pelo tronco pulmonar. 
O septo interventricular na face anterior corresponde ao sulco interventricular 
anterior e na face diafragmática ao sulco interventricular posterior. 
O sulco interventricular termina inferiormente a alguns centímetros das à direita do 
ápice do coração, em correspondência a incisura do ápice do coração. O sulco 
interventricular anterior é ocupado pelos vasos interventriculares anteriores. Este sulco é 
ocupado pelos vasos interventriculares posteriores. O sulco interventricular posterior parte 
do sulco coronário e desce em direção à incisura do ápice do coração. Teste seus 
conhecimentos sobre sistema cardiovascular. 
 
 
1.4 CONFIGURAÇÃO INTERNA 
O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os Átrios (as câmaras 
superiores) recebem sangue; os Ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para 
fora do coração. Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de 
saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão). O átrio direito é separado do esquerdo 
por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo 
pelo septo interventricular. 
 
 
1.4.1 Átrio Direito 
O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido de carbono 
(venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário. 
Atualização Enfermagem em Cardiologia 
 
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16 
A veia cava superior recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, já a inferior 
recebe sangue das partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros inferiores) e o seio 
coronário recebe o sangue que nutriu o miocárdio e leva o sangue ao átrio direito. 
Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é rugosa, devido 
a presença de cristas musculares, chamados músculos pectinados. O sangue passa do átrio 
direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada por três 
folhetos – válvulas ou cúspides). 
Na parede medial do átrio direito, que é constituída pelo septo interatrial, 
encontramos uma depressão que é a fossa oval. Anteriormente, o átrio direito apresenta uma 
expansão piramidal denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do 
sangue ao penetrar no átrio. 
Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas. 
O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário e 
encontramos também uma lâmina que impede que o sangue retorne do átrio para o seio 
coronário que é denominada de válvula do seio coronário. 
 
1.4.2 Átrio Esquerdo 
O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e anteriores lisas, 
que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro veias pulmonares. O sangue passa do 
átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, através da Valva Bicúspide (mitral), que tem 
apenas duas cúspides. 
O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal chamada aurícula 
esquerda. 
 
1.4.3 Ventrículo Direito 
O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. O seu interior 
apresenta uma série de feixes elevados de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas 
carnosas. 
No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado Valva Tricúspide 
que serve para impedir que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva é 
constituída por três lâminas membranáceas, esbranquiçadas e irregularmente triangulares, 
de base implantada nas bordas do óstio e o ápice dirigido para baixo e preso ás paredes do 
ventrículo por intermédio de filamentos. 
Cada lâmina é denominada cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra posterior e 
outra septal. 
O ápice das cúspides é preso por filamentos denominados Cordas Tendíneas, as quais 
se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de Músculos Papilares. 
Unidade 1 – Anatomia e Fisiologia do Coração 
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17 
A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, porém estas 
estão dispostas em concha, denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita). 
 
No centro da borda livre de cada uma das válvulas encontramos pequenos nódulos 
denominados nódulos das válvulas semilunares (pulmonares). 
 
1.4.4 Ventrículo Esquerdo 
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular esquerdo, 
encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída apenas por duas laminas 
denominadas cúspides (anterior e posterior). Essas valvas são denominadas bicúspides. 
Como o ventrículo direito, também tem trabéculas carnosas e cordas tendíneas, que fixam 
as cúspides da valva bicúspide aos músculos papilares. 
O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através do óstio 
atrioventricular esquerdo onde localiza-se a Valva Bicúspide (mitral). Do ventrículo 
esquerdo o sangue sai para a maior artéria do corpo, a aorta ascendente, passando pela Valva 
Aórtica – constituída por três válvulas semilunares: direita, esquerda e posterior. 
Daí parte do sangue flui para as artérias coronárias, que se ramificam a partir da aorta 
ascendente, levando sangue para a parede cardíaca; o restante do sangue passa para o arco 
da aorta e para a aorta descendente (aorta torácica e aorta abdominal). Ramos do arco da 
aorta e da aorta descendente levam sangue para todo o corpo. 
O ventrículo esquerdo recebe sangue oxigenado do átrio esquerdo. A principal 
função do ventrículo esquerdo é bombear sangue para a circulação sistêmica (corpo). A 
parede ventricular esquerda é mais espessa que a do ventrículo direito. Essa diferença se 
deve à maior força necessária para bombear sangue para a circulação sistêmica. 
 
Atualização Enfermagem em Cardiologia 
 
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conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa 
do autor (Artigo 29). 
18 
 
1.5 CICLO CARDÍACO 
Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um batimento cardíaco. No 
ciclo cardíaco normalmente os dois átrios se contraem, enquanto os dois ventrículos relaxam 
e vice-versa. O termo sístole designa a fase de contração; a fase de relaxamento é designada 
como diástole. 
Quando o coração bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole atrial), forçando o 
sangue paraos ventrículos. Uma vez preenchidos, os dois ventrículos contraem-se (sístole 
ventricular) e forçam o sangue para fora do coração. 
Valvas na Diástole Ventricular 
 
Unidade 1 – Anatomia e Fisiologia do Coração 
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19 
Dinamismo das Valvas 
 
Valvas na Sístole Ventricular 
 
Para que o coração seja eficiente na sua ação de bombeamento, é necessário mais que 
a contração rítmica de suas fibras musculares. A direção do fluxo sanguíneo deve ser 
orientada e controlada, o que é obtido por quatro valvas já citadas anteriormente: duas 
localizadas entre o átrio e o ventrículo – atrioventriculares (valva tricúspide e bicúspide); e 
duas localizadas entre os ventrículos e as grandes artérias que transportam sangue para fora 
do coração – semilunares (valva pulmonar e aórtica). 
Complemento: As valvas e válvulas são para impedir este comportamento anormal 
do sangue, para impedir que ocorra o refluxo elas fecham após a passagem do sangue. 
 
1.5.1 Sístole 
É a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona sangue para os 
ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue e a 
pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão 
fechadas e as semilunares abertas a passagem de sangue. 
 
Atualização Enfermagem em Cardiologia 
 
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1.5.2 Diástole 
É o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de sangue, neste 
momento as valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares estão fechadas. 
Em conclusão disso podemos dizer que o ciclo cardíaco compreende: 
1. Sístole atrial 
2. Sístole ventricular 
3. Diástole ventricular 
 
 
 
1.6 VASCULARIZAÇÃO 
A irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo seio coronário. As 
artérias coronárias são duas, uma direita e outra esquerda. Elas têm este nome porque ambas 
percorrem o sulco coronário e são as duas originadas da artéria aortas. 
A artéria, logo depois da sua origem, dirige-se para o sulco coronário percorrendo-o 
da direita para a esquerda, até ir se anastomosar com o ramo circunflexo, que é o ramo 
terminal da artéria coronária esquerda que faz continuação desta circundado o sulco 
coronário. 
 
Unidade 1 – Anatomia e Fisiologia do Coração 
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1.6.1 A Artéria Coronária Direita: 
Dá origem a duas artérias que vão irrigar a margem direita e a parte posterior do coração, 
são ela artéria marginal direita e artéria interventricular posterior. 
 
1.6.2 A Artéria Coronária Esquerda: 
De início, passa por um ramo por trás do tronco pulmonar para atingir o sulco coronário, 
evidenciando-se nas proximidades do ápice da aurícula esquerda. Logo em seguida, emite 
um ramo interventricular anterior e um ramo circunflexo que dá origem a artéria marginal 
esquerda. 
Na face diafragmática as duas artérias se anastomosam formando um ramo 
circunflexo. O sangue venoso é coletado por diversas veias que desembocam na veia magna 
do coração, que inicia ao nível do ápice do coração, sobe o sulco interventricular anterior e 
segue o sulco coronário da esquerda para a direita passando pela face diafragmática, para ir 
desembocar no átrio direito. 
A porção terminal deste vaso, representada por seus últimos 3 cm forma uma 
dilatação que recebe o nome de seio coronário. O seio coronário recebe ainda a veia média 
do coração, que percorre de baixo para cima o sulco interventricular posterior e a veia 
pequena do coração que margeia a borda direita do coração. 
Há ainda veias mínimas, muito pequenas, as quais desembocam diretamente nas 
cavidades cardíacas. 
 
1.6.3 Inervação 
A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém de nervos 
situados fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema só encontrado no coração 
e que se localiza no seu interior. 
A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é, simpático e 
parassimpático. Do simpático, o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos, sendo três 
cervicais e quatro ou cinco torácicos. As fibras parassimpáticas que vão ter ao coração 
seguem pelo nervo vago (X par craniano), do qual derivam nervos cardíacos 
parassimpáticos, sendo dois cervicais e um torácico. 
Fisiologicamente o simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos 
cardíacos. A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a razão dos 
batimentos contínuos do coração. É uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica, que se 
origina em uma rede de fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células auto 
rítmicas (marca passo cardíaco), por serem auto excitáveis. 
A excitação cardíaca começa no nodo sinoatrial (SA), situado na parede atrial direita, 
inferior a abertura da veia cava superior. Propagando-se ao longo das fibras musculares 
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22 
atriais, o potencial de ação atinge o nodo atrioventricular (AV), situado no septo interatrial, 
anterior a abertura do seio coronário. Do nodo AV, o potencial de ação chega ao feixe 
atrioventricular (feixe de His), que é a única conexão elétrica entre os átrios e os ventrículos. 
Após ser conduzido ao longo do feixe AV, o potencial de ação entra nos ramos direito 
e esquerdo, que cruzam o septo interventricular, em direção ao ápice cardíaco. Finalmente, 
as miofibras condutoras (fibras de Purkinge), conduzem rapidamente o potencial de ação, 
primeiro para o ápice do ventrículo e após para o restante do miocárdio ventricular. 
 
 
 
Unidade 1 – Anatomia e Fisiologia do Coração 
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23 
1.7 SISTEMA ELÉTRICO DO CORAÇÃO 
 
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Atualização Enfermagem em Cardiologia 
 
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24 
02 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES 
 
 
 
 
A doença cardiovascular (DCV), também chamada de cardiopatia, é um termo geral que 
descreve uma doença do coração ou dos vasos sanguíneos. 
Existem diversos tipos de doenças cardiovasculares, variando desde a causa até o 
grau de agressividade. Podem ser causadas por fatores genéticos ou ambientais, como o 
tabagismo, sobrepeso e o consumo excessivo de álcool. 
Estima-se que esta doença seja responsável por cercade 1 em cada 3 mortes 
prematuras em homens, e 1 em cada 5 mortes prematuras em mulheres. Segundo dados da 
Organização Mundial da Saúde (OMS), 17,5 milhões de pessoas morrem anualmente em 
decorrência de doenças cardiovasculares. É a principal causa de mortes do mundo! 
Mais de ¾ das mortes por doenças cardiovasculares acontecem em países de baixa e 
média renda, e maioria delas poderia ser prevenida por meio da prevenção dos fatores 
comportamentais de risco, como o uso de tabaco e a obesidade. 
A OMS alerta que esses números poderiam ser menores caso fossem realizadas 
melhorias no acesso à saúde, sobretudo no que diz respeito ao controle da pressão arterial, 
do colesterol e outras condições que aumentam o risco da doença se desenvolver. 
A simples prática de 30 minutos de atividade física diária já ajuda na prevenção desse 
problema. Entretanto, se não vier aliada à hábitos mais saudáveis, pode não ser suficiente. 
 
 
2.1 TIPOS 
Existem diversos tipos de doenças cardiovasculares. Cada uma afeta o coração e o sistema 
circulatório de uma forma. 
 
Unidade 2 – Doenças Cardiovascular 
 
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2.1.1 Doença Arterial Coronária 
A doença arterial coronária ocorre quando o suprimento de sangue para o coração é 
bloqueado ou interrompido por um acúmulo de substâncias gordurosas (ateroma) nas artérias 
coronárias. As artérias coronárias são os dois principais vasos sanguíneos que fornecem 
sangue ao coração. 
Se as artérias coronárias ficam mais estreitas devido a uma acumulação de ateroma, 
o fornecimento de sangue para o coração será diminuído, causando angina (dores no peito). 
Se uma artéria coronária ficar completamente bloqueada, pode causar um ataque cardíaco. 
 
2.1.2 Doença Arterial Periférica 
A doença arterial periférica, também conhecida como doença vascular periférica, ocorre 
quando existe um estreitamento nas artérias, impedindo o fluxo sanguíneo em direção aos 
membros, normalmente a perna. Ela comumente é um sinal de depósitos de gordura e cálcio 
que se acumulam nas paredes das artérias. 
O sintoma mais comum da doença arterial periférica é a dor nas pernas ao caminhar. 
Isso geralmente ocorre em uma ou ambas as pernas, coxas ou quadris. A dor geralmente vem 
e vai piorando durante os exercícios, como caminhar ou subir escadas. 
 
2.1.3 Doenças da Aorta 
A aorta é o maior vaso sanguíneo do nosso corpo, sendo o primeiro vaso a sair do coração e 
responsável por levar o sangue para o resto do seu corpo. 
O tipo mais comum é o aneurisma da aorta, que acontece quando a parede deste vaso 
torna-se enfraquecida e se retrai. Quando a doença chega, o paciente tem dor no peito, costas 
ou abdômen. 
 
2.1.4 Doença Cardíaca Reumática 
Também conhecida como febre reumática ou cardiopatia reumática caracteriza-se por ser 
uma doença inflamatória desencadeada faringoamidalite (inflamação na faringe e nas 
amígdalas) causada pela bactéria Streptococcus pyogenes. Ocorre, geralmente, em crianças 
e adolescentes entre os 5 e 15 anos de idade. 
Essa doença surge por volta de 3 semanas depois da infecção bacteriana e pode afetar 
articulações, pele, cérebro e o coração. O comprometimento cardíaco acontece por causa do 
processo inflamatório, que afeta diversas partes do coração. 
 
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2.1.5 Cardiopatia Congênita 
A cardiopatia congênita é um problema estrutural do coração presente desde o nascimento. 
Os sinais e sintomas dependem bastante da especificidade do problema, fazendo com que 
eles variem entre sintomas inofensivos ou até problemas que colocam a vida do paciente em 
risco. 
É causada por um defeito congênito do coração e sua causa muitas vezes é um 
mistério. Alguns casos podem ter origem em infecções durante a gravidez, como a rubéola, 
além do consumo de certos medicamentos ou drogas como o álcool e o tabaco. 
 
2.1.6 Arritmia Cardíaca 
A arritmia cardíaca acontece quando a frequência cardíaca do paciente se encontra anormal 
e irregular. Ou seja, ou bate de forma muito acelerada, ou muito lenta. Essa condição ocorre 
quando os impulsos elétricos do coração não funcionam de maneira correta, provocando 
batimentos acelerados (taquicardia), lentos (bradicardia) e até mesmo alterados. 
Na maior parte dos casos, as arritmias não geram sintomas, sendo consideradas 
benignas e inofensivas à saúde. Entretanto, em casos mais graves, a doença pode provocar 
sensações como desmaio e dor no peito, além de aumentar significativamente os riscos de 
parada cardíaca e morte. 
 
2.1.7 Outros Tipos 
 Pressão alta: ocorre quando a força que o sangue exerce sobre as paredes é muito 
grande; 
 Insuficiência cardíaca: é um tipo de doença crônica que faz com que o coração não 
bombeie o sangue como deveria; 
 Angina: dor no peito. 
 
 
2.2 DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM CRIANÇAS 
As crianças são acometidas em menor proporção pelas doenças cardiovasculares. Segundo 
dados da OMS, a incidência desse tipo de cardiopatia varia entre 0,8% nos países 
desenvolvidos e de 1,2% em países em desenvolvimento. 
O número pode parecer pequeno quando visto em forma de porcentagem, mas, para 
que se tenha uma ideia do real tamanho do problema, usando essas mesmas estatísticas como 
Unidade 2 – Doenças Cardiovascular 
 
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base, podemos dizer que cerca de 33 mil crianças nascem com uma doença cardíaca apenas 
no Brasil. 
Felizmente, a maior parte dessas doenças pode ser detectada já durante o período 
gestacional, por meio de exames como o ecocardiograma fetal. Em alguns casos a criança já 
precisa ser operada nos primeiros dias ou meses de vida. 
Veja a seguir as 3 cardiopatias infantis mais comuns: 
 
2.2.1 Comunicação Interventricular (CIV) 
Trata-se de um defeito na parte interior do coração. Uma abertura se forma na parede dos 
ventrículos, fazendo com que sangue venoso (rico em gás carbônico) se misture com sangue 
arterial (rico em oxigênio) 
Quando essa abertura é grande demais, o coração pode ficar sobrecarregado e, em 
casos mais graves, a criança pode desenvolver sopro cardíaco. Recém-nascidos podem sofrer 
de falta de ar e interromper frequentemente as mamadas. 
É a partir desses sintomas que são realizados exames como o raio-x do tórax, o 
ecocardiograma e o cateterismo. Há situações em que a abertura é pequena, fazendo com 
que a cirurgia se torne desnecessária. 
 
2.2.2 Causas 
Existem diversas razões para que surjam doenças cardiovasculares. Confira abaixo: 
 Genética 
A cardiopatia congênita é uma doença cardiovascular de origem genética. Esse 
problema nas estruturas do coração acontece já nas oito primeiras semanas de gestação e é 
muito comum em pacientes com síndrome de Down, por exemplo. 
Existem diversos fatores de risco associados entre si para doença cardiovascular, 
incluindo a hipertensão arterial, tabagismo, má alimentação e falta de exercício. 
 Tabagismo 
Uma das maiores causas de doenças cardiovasculares é o tabagismo. Segundo dados 
da União Europeia, o consumo de tabaco pode estar relacionado a 50% das mortes evitáveis 
e sua prática pode aumentar em até40% o risco de doenças cardiovasculares. 
Isso acontece porque o tabaco aumenta a frequência cardíaca, contrai as artérias, 
causando irregularidade nos batimentos cardíacos, e eleva a pressão sanguínea, o que 
aumenta as chances de AVC. 
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Além dos efeitos nocivos cumulativos, os riscos de fumantes sofrerem infarto, por 
exemplo, é diretamente proporcional ao consumo de tabaco, ou seja, o risco aumenta de 
acordo com o número de cigarros fumados por dia. 
 Sobrepeso e obesidade 
O excesso de peso aumenta os riscos de um acidente vascular cerebral (AVC) ou o 
desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 
Isso ocorre por causa dos níveis elevados de açúcar no sangue, que aumentam a 
pressão arterial e podem dificultar o fluxo de sangue pelos vasos sanguíneos, causando 
doenças como doença arterial coronária ou doença arterial periférica. 
A doença ainda pode ser potencializada pelo diabetes, com a qual está intimamente 
relacionada. 
 Diabetes Mellitus 
Muitas vezes aliada à obesidade, a diabetes pode potencializar os sintomas de 
doenças cardiovasculares. Isso porque a doença causa hipertensão, o que aumenta as chances 
de doenças cardiovasculares como o AVC. 
 Consumo excessivo de álcool 
O consumo excessivo de álcool também é um problema. Isso porque o álcool é 
interpretado pelo sangue como glicose, fazendo com que os níveis de insulina no organismo 
aumentem e, em consequência, a pressão arterial também, o que pode levar a doenças como 
infarto. 
 
2.2.3 Fatores de Risco 
 Pressão arterial elevada (hipertensão) 
É de longe o fator de risco mais importante para DCV. Uma pressão arterial elevada 
e mal controlada pode danificar as paredes das artérias e aumentar o risco de 
desenvolvimento de um coágulo sanguíneo. 
A presença desses coágulos aumenta o risco de uma série de doenças, como o infarto, 
pois impossibilita a passagem natural do sangue pelas artérias. 
 Tabagismo 
As toxinas do tabaco podem prejudicar e estreitar suas artérias, tornando mais 
vulnerável à doença coronária. A nicotina, por exemplo, é uma substância que causa 
alterações na pressão arterial, podendo levar a problemas no futuro. 
ATENÇÃO!!! 
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Além disso, o tabaco contribui para o endurecimento das artérias, promovendo a 
aterosclerose (acúmulo de gordura e outros químicos que leva à formação de trombos). 
 Colesterol alto no sangue 
O colesterol é um tipo de gordura que circula no nosso sangue. Existem, de modo 
geral, 2 tipos de colesterol, o HDL, também conhecido como colesterol “bom”, pois ajuda a 
remover o colesterol “ruim” da parede das artérias, e o LDL, conhecido como colesterol 
“mau”, que se acumula no interior das artérias e pode levar à doenças graves, como infarto 
e AVC. 
 Hipercolesterolemia Familiar 
Muitas vezes, os altos índices de colesterol não acontecem por culpa de hábitos do 
paciente. Isso porque o nosso organismo possui uma proteína chamada de receptor das LDL 
(LDLR) que é responsável pela remoção do colesterol “mau” das paredes das artérias. 
Essa proteína é produzida no fígado e, caso o paciente possua uma mutação nesse 
receptor, ele possui uma doença genética chamada de Hipercolesterolemia Familiar. Isso 
gera níveis muito elevados de colesterol no sangue, o que, como já vimos, pode levar o 
paciente a desenvolver doenças graves. 
 Triglicerídeos elevados (hipertrigliceridemia) 
Além do colesterol, ainda existem outras gorduras que circulam em nosso organismo 
e que podem ser nocivas para a saúde do coração: os triglicerídeos. 
Os valores dessa gordura no corpo variam bastante de acordo com a alimentação. 
Valores muito altos normalmente indicam uma alimentação rica em gorduras, que também 
podem se acumular na parede das artérias. 
Normalmente, pessoas com altos índices de triglicerídeos também apresentam baixos 
níveis de HDL, o que pode ser bastante prejudicial, já que índices baixos de HDL também 
podem causar doenças cardiovasculares. 
Por isso, uma boa maneira de aumentar os valores de HDL é através da prática regular 
de exercícios 
 Diabetes 
A glicose elevada no sangue pode danificar as artérias. Por isso, pessoas com diabetes 
tipo 1 ou 2 têm mais risco de sofrerem de doenças cardiovasculares, já que a deficiência na 
produção de insulina leva ao aumento dos níveis de açúcar no sangue. 
Seja diabetes tipo 1, a congênita, ou tipo 2, adquirida, é muito importante que os profissionais 
investiguem, em pacientes com esse tipo de problema, à saúde cardiovascular. 
 Má alimentação 
Uma dieta rica em gordura pode acelerar a formação de depósitos de gordura dentro 
das artérias, elevando os níveis de colesterol e pressão arterial. 
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 Sedentarismo 
Indivíduos que não se exercitam regularmente têm normalmente níveis mais elevados 
de colesterol, pressão arterial e stress, sendo também mais propensas ao sobrepeso. 
 Sobrepeso ou obesidade 
O sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de desenvolver diabetes e pressão 
arterial elevada. Indivíduos nessas condições muitas vezes têm dietas pobres e não se 
exercitam com regularidade. 
 Consumo excessivo de álcool 
Além de causar patologias no fígado, como a cirrose, o álcool prejudica muito outros 
órgãos, como o coração, cérebro e testículos, enfraquecendo as artérias e danificando as 
células. 
 Estresse 
O stress pode aumentar a pressão arterial e, os hormônios associados ao estresse, 
também podem aumentar os seus níveis de glicose no sangue. 
 Gengivite e outros problemas bucais 
Periodontite, gengivite, cáries e outros problemas bucais podem desencadear 
problemas cardíacos, pois os microrganismos alojados na mucosa oral podem aprofundar-se 
e atingir os vasos sanguíneos, causando infecções nos tecidos do coração. 
 Idade e sexo 
Dois fatores de risco não modificáveis, isto é, que não dependem do paciente, são a 
idade e o sexo. Ser do sexo masculino é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares, o que se agrava conforme o aumento da idade. 
As mulheres, até o momento da menopausa, estão mais protegidas dessa doença, pois 
os hormônios femininos atuam defendendo-as desse tipo de problema. 
Entretanto, é necessário investigar a saúde do sistema circulatório, atentando-se aos 
níveis de colesterol e outros fatores de risco cardiovascular. 
 
 
2.3 SINTOMAS 
Abaixo, tem-se uma lista com os principais sintomas que indicam algum problema cardíaco. 
 
2.3.1 Hipertensão arterial 
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Uma pressão arterial elevada pode aumentar o risco para ataques cardíacos e AVCs, além de 
comprometer o funcionamento das artérias, causando sérios problemas ao coração. 
Quandose exerce uma pressão sanguínea demasiada sobre as paredes dos vasos 
sanguíneos, o coração trabalha com mais dificuldade e de maneira menos eficiente. 
 
2.3.2 Tosse persistente 
É normal a tosse surgir em decorrência de um resfriado, gripe ou algum outro problema 
respiratório. Quando a tosse é persistente e ocorre de maneira independente à essas doenças, 
pode ser sinal de problemas cardíacos. 
Justifica-se porque muitas vezes existe um excesso de líquido nos pulmões causado 
por uma insuficiência cardíaca congestiva, que pode causar chiado e tosse, fazendo com que 
o problema seja muitas vezes confundido com asma ou outra doença pulmonar. 
Quando o coração não bombeia o sangue de maneira adequada para o resto do corpo, 
líquidos bombeados voltam para outros lugares incomuns, como os pulmões, fígado, trato 
gastrointestinal, braços e pernas. Um dos possíveis fatores por trás desse tipo de problema 
pode ser a insuficiência cardíaca. 
 
2.3.3 Dificuldade de respirar durante o sono 
A apneia obstrutiva do sono é uma condição que tem sido relacionada a uma série de 
problemas, como maior risco de ataque cardíaco e arritmia cardíaca. 
A apneia do sono faz com que o paciente pare de respirar por alguns instantes durante 
a noite. Essa interrupção no fluxo respiratório faz com que os níveis de oxigênio do sangue 
diminuam, o que, por sua vez, é interpretado pelo organismo como um sinal de perigo. 
Isso faz com que os vasos sanguíneos se contraiam, aumentando o fluxo de sangue 
rico em oxigênio para regiões vitais, como o cérebro e o próprio coração. 
O aumento de fluxo do sangue através da contração dos vasos sanguíneos aumenta a 
pressão arterial, deixando o paciente mais suscetível à problemas cardiovasculares. 
 
2.3.4 Dispneia (Falta de ar) 
O profissional deve atentar caso o paciente refira dispneia ao subir escadas ou correr curtas 
distâncias. Pode ser indício de doença cardiovascular. 
 
2.3.5 Dor no peito e palpitações 
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32 
A dor no peito é o sintoma mais comum relacionado a problemas cardíacos. Essa correlação 
é correta, pois muitas doenças cardíacas fatais apresentam esse sintoma desde o princípio. 
Essa dor, entretanto, pode se alastrar para diferentes partes do corpo, como ombros, 
braços, cotovelos, costas, pescoço, mandíbula ou abdômen. Quando os batimentos cardíacos 
aparentam-se irregulares, existe a possibilidade de problemas cardiovasculares, como a 
arritmia cardíaca. 
 
2.3.6 Náuseas e falta de apetite 
Alguns indivíduos sentem náuseas e vomitam nos momentos que precedem um ataque 
cardíaco. Além disso, sintomas como inchaço abdominal estão relacionados à insuficiência 
cardíaca, podendo interferir no apetite. 
 
2.3.7 Outros Sintomas 
Outros sintomas que podem ser indícios de problemas no sistema cardiovascular são: 
 Taquicardia; 
 Angina (dor no peito); 
 Indigestão; 
 Náusea; 
 Sudorese intensa; 
 Dor no pescoço, mandíbula, garganta e costas; 
 Fadiga; 
 Desmaio; 
 Sensação de frio nas pernas ou braços; 
 Inchaço dos pés, tornozelos e pernas; 
 Dificuldade para atingir ou manter a ereção; 
 Coloração azulada na ponta dos dedos ou nas unhas; 
 Transpiração excessiva; 
 Palidez. 
 
Unidade 2 – Doenças Cardiovascular 
 
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do autor (Artigo 29). 
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2.4 COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO? 
De modo preliminar, ou seja, antes de solicitar qualquer tipo de teste, o profissional deve 
realizar o exame físico padrão e analisar o histórico e os antecedentes médicos dos familiares 
do paciente para observar alguma predisposição às doenças cardíacas. 
Em seguida, exames de imagem e análises laboratoriais devem ser requisitados para 
que se identifique a natureza do problema e, assim, se chegue a um diagnóstico mais 
contundente. 
Dentre eles, estão: 
 Análises de sangue 
A coleta de sangue para análise é feita para detectar diversos fatores de risco para 
doenças cardiovasculares, como a detecção de gorduras, a medição do colesterol e a presença 
de lipídios no sangue, incluindo o HDL, o LDL e os triglicerídeos. 
Os níveis de açúcar e de hemoglobina glicada também são medidos para que se 
descarte ou confirme a presença de diabetes. Também se verifica a presença de proteínas 
como a PCR (Proteína C Reativa) e outros marcadores como as apolipoproteínas A1 e B, 
pois níveis anormais podem indicar inflamação. 
Esses valores são coletados porque, durante um infarto agudo do miocárdio, os 
músculos cardíacos morrem e liberam uma grande quantidade de proteínas na corrente 
sanguínea. As análises de sangue podem medir a quantidade dessas proteínas no sangue e 
evitar um ataque cardíaco. 
 Eletrocardiograma (ECG) 
O eletrocardiograma, ECG, medirá a atividade elétrica do coração. 
 Teste do esforço 
Neste teste, também conhecido como teste ergométrico ou ECG de esforço, um 
eletrocardiograma deve ser realizado enquanto o paciente realiza algum tipo de exercício 
físico, como correr na esteira ou pedalar a bicicleta. 
Para que o exame seja bem sucedido, orienta-se que o paciente leve roupas 
apropriadas para realização de exercícios físicos, não fumar por pelo menos 2 horas antes do 
exame e deve ter realizado uma alimentação leve no dia no exame. 
Este exame permite delimitar como o coração do paciente gera o estresse, além de 
diagnosticar doenças coronárias e determinar sua gravidade. 
 Ecocardiograma 
Este é um exame de ultrassom, ou seja, se utiliza de ondas sonoras para criar uma 
imagem em tempo real do coração. 
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Em alguns casos, são colocados eletrodos no peito do paciente para que o exame seja 
realizado em associação ao eletrocardiograma. Também pode ser usado um oxímetro para 
medir a oxigenação do sangue durante o procedimento. 
 Cateterismo cardíaco e angiografia coronária 
Estes são métodos semi-invasivos que permitem estudar o coração e os vasos 
sanguíneos que irrigam o órgão (artérias coronárias) sem que seja necessário realizar uma 
cirurgia. 
 Geralmente são feitos quando: 
Os exames não invasivos fornecem informações insuficientes ou quando sugerem 
que há um problema no coração ou nos vasos sanguíneos; 
O paciente apresenta sintomas que tornam muito provável a presença de algum 
problema no coração ou na artéria coronária. 
 Cateterismo cardíaco 
Neste exame, um cateter fino (um tubo de plástico pequeno, flexível e oco) é inserido 
em uma artéria ou veia do pescoço, braço ou virilha por uma punção feita por uma agulha. 
É dada anestesia local na área de inserção e, em seguida, o cateter é direcionado através dos 
vasos sanguíneos principais até o interior das câmaras do coração. 
Através desse tubo, diversos instrumentos podem ser guiados até o coração. Eles 
incluem dispositivos para medir a pressão em cada câmara do coração e nos vasos 
sanguíneos ligados ao órgão, visualizar ou registrar imagens de ultrassom do interior dos 
vasos sanguíneos, coletar amostras de sangue de diferentes partes do coração ou remover 
uma amostra de tecido de dentro do coração para exame microscópico. 
É a única maneirade medir diretamente a pressão do sangue em cada câmara do 
coração e nos principais vasos sanguíneos que se ramificam do coração para os pulmões. 
 Angiografia coronária 
A angiografia coronária é bastante similar ao cateterismo, sendo feito quase sempre 
simultaneamente. Nele, depois de se injetar um anestésico local, o médico introduz um 
cateter fino em uma artéria através de uma incisão no braço ou na virilha. Este cateter vai 
ser direcionado até o coração e, em seguida, até as artérias coronárias. 
Depois que a ponta do cateter foi inserida no local determinado, um agente de 
contraste (corante) radiopaco, ou seja, que pode ser visto em radiografias, é injetado através 
do cateter nas artérias coronárias e o contorno das mesmas pode ser visualizado em uma tela. 
Essas imagens podem detectar bloqueios ou espasmos nas artérias coronárias. É o 
exame que fornece informações sobre as artérias coronárias que irrigam o coração com 
sangue rico em oxigênio. 
 Radiografia do tórax 
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A radiografia do tórax é chamada comumente de raio-X de tórax. Esse exame é 
utilizado para diagnosticar doenças que afetam o tórax e suas estruturas próximas. Através 
dele, é possível observar o tamanho e formato dos pulmões, do coração e dos principais 
vasos sanguíneos. 
É utilizado muito raramente para o diagnóstico de doenças cardíacas, pois não 
fornece informações tão precisas quanto um ecocardiograma, por exemplo. 
 Tomografia computadorizada por feixe de elétrons (EBCT) 
Este teste é rápido e sensível para detectar o acúmulo de cálcio nas artérias do 
coração. A quantidade de cálcio nas artérias dá a possibilidade de diagnosticar a 
aterosclerose (endurecimento das artérias). 
 Ressonância magnética 
A ressonância magnética permite a visualização dos órgãos do interior do corpo 
humano e das estruturas superficiais musculares, ligamentares e tendinosas. 
Nele, o paciente é exposto a um campo magnético que realinha as moléculas de água 
dentro do corpo para gerar uma imagem em tempo real do órgão a ser analisado. 
 
 
2.5 QUAL O TRATAMENTO? 
 
 Mudanças de comportamento 
Mudanças de comportamento são uma maneira não só de prevenir a doença, mas 
também de evitar que os sintomas causados por ela se intensifiquem. Por isso, deve-se 
orientar: 
A melhor forma de tratar as doenças 
cardiovasculares é através da prevenção. 
Entretanto, após o diagnóstico da doença, 
existem algumas coisas que podem ser feitas para 
melhorar as condições. São elas: 
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 Dieta com gordura e sal reduzidos; 
 Prática de exercício físico moderado; 
 Parar de fumar; 
 Diminuir o consumo de álcool. 
 Uso de medicamentos 
Mudanças de hábito por si só não são suficientes para melhorar a qualidade de vida 
de uma pessoa diagnosticada com alguma doença cardíaca. 
Alguns medicamentos são prescritos como medida de controle. Desta forma, o 
enfermeiro deve deter conhecimentos acerca dos mais utilizados. O tipo de medicação vai 
depender do tipo de alteração no sistema cardiovascular. 
Os medicamentos serão estudados no capítulo seguinte!!! 
 Cirurgia 
Em algumas situações faz-se necessário a realização de alguns procedimentos, como 
o cateterismo cardíaco, ou então cirurgias. 
O tipo de procedimento a ser utilizado vai depender da doença que afeta o paciente e 
do tamanho do dano causado ao coração. Dentre os principais procedimentos, se encontram: 
 Cirurgia de revascularização cardíaca 
Esta cirurgia é realizada quando as artérias não conseguem mais fornecer sangue 
suficiente para o coração. 
O procedimento, então, tem como objetivo restaurar o fluxo sanguíneo do coração. 
 Angioplastia com balão 
Trata-se de um método minimamente invasivo que tem como objetivo alargar as 
artérias estreitas. O profissional capacitado insere um balão pequeno dentro da artéria do 
paciente e a infla no local onde é necessário para tratar dos problemas. 
 Reparação e substituição da válvula cardíaca 
Este procedimento corrige a válvula cardíaca que apresenta mau funcionamento. É 
um procedimento minimamente invasivo em que o profissional vai promover mudanças nas 
estruturas das válvulas do coração. 
 Transplante do coração 
Trata-se da substituição de um coração por outro, vindo de um indivíduo que esteja 
em morte cerebral e que seja compatível com o do paciente que tem alterações 
cardiovasculares. 
Unidade 2 – Doenças Cardiovascular 
 
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 Medicamentos 
Medicamentos utilizados para prevenir doenças cardiovasculares podem incluir: 
Anti-hipertensivos, tais como enzimas de conversão da angiotensina (ECA) 
Estatinas: usadas para diminuir os níveis de colesterol no sangue; 
Dose baixa de Aspirina: utilizado para prevenir coágulos sanguíneos. 
 
 
2.6 CONSEQUÊNCIAS 
Quando não tratadas da maneira correta, as doenças cardiovasculares podem trazer uma série 
de consequências graves. Entenda: 
 Falência cardíaca 
Uma das complicações mais comuns quando falamos de doenças cardiovasculares é 
a falência cardíaca. Ela acontece quando o coração não consegue bombear sangue o 
suficiente para suprir as necessidades do corpo. 
A falência cardíaca é resultado de uma grande de complicações de doenças 
cardiovasculares, incluindo defeitos congênitos e infecções. 
 Infarto 
O infarto acontece quando o coração deixa de receber uma quantidade suficiente de 
sangue oxigenado. Esse problema ocorre por conta de uma obstrução na veia coronária, que 
pode acontecer por diversos motivos, que variam desde um coágulo sanguíneo na região até 
a formação de placas de gordura. 
Por conta da falta de oxigenação nessa região, o músculo do coração entra em 
processo de necrose, o que pode levar à morte do paciente. 
 Acidente vascular cerebral (AVC) 
O acidente vascular cerebral (encefálico), ou AVC, é uma condição médica séria que 
ocorre quando o suprimento de sangue para o cérebro é perturbado. 
Como todos os órgãos, o cérebro precisa de um fornecimento constante de oxigênio 
e de nutrientes para funcionar corretamente. Tais nutrientes e o oxigênio são fornecidos pelo 
sangue, por isso, se o seu fluxo sanguíneo é restrito ou interrompido, as células cerebrais 
começam a morrer. Isto pode levar a danos cerebrais irreversíveis e, à morte. 
Portanto, um acidente vascular cerebral trata-se de uma emergência e o tratamento 
imediato é essencial, é vital. 
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 Aneurisma 
Trata-se de uma dilatação na parede interior das artérias. Se um aneurisma rompe, é 
possível que o paciente enfrente uma hemorragia interna complicada e com alto risco de 
morte. 
 Parada cardíaca 
Normalmente, a parada cardíaca é resultado de um distúrbio elétrico no coração. 
Trata-sede uma parada súbita e inesperada da função do coração, da respiração e 
perda da consciência. Ela é muitas vezes causada por conta de arritmia cardíaca e também é 
considerada uma emergência. 
 
 
2.7 PREVENÇÃO 
A maioria das mortes causadas por doenças cardiovasculares são prematuras e podem ser 
facilmente evitadas com algumas mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e 
balanceada e cessação do fumo. 
Estima-se que as DCV sejam responsáveis por cerca de 1 em cada 3 mortes 
prematuras em homens e 1 em cada 5 mortes prematuras em mulheres. 
A maioria dos fatores de risco para doença cardiovascular (DCV) estão “conectados”, 
o que significa que se o paciente apresenta um fator de risco, ele possivelmente terá outros. 
Por exemplo, indivíduos que consomem muito álcool geralmente têm dietas pobres 
em nutrientes e são mais propensos a fumar. Além disso, as pessoas obesas são mais 
propensas a ter diabetes, colesterol alto e pressão arterial elevada. 
 
Unidade 3 – Medicamentos Utilizados em Cardiologia 
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03 
MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM 
CARDIOLOGIA 
 
 
 
 
Tendo em vista a diversidade de drogas utilizadas em cardiologia, foram listados os 
principais e mais utilizados medicamentos nessa área e suas principais utilidades. 
 
 
3.1 BLOQUEADORES BETA-ADRENÉRGICOS 
Inibem as respostas crono e inotrópicas no sistema cardiovascular, além de inibirem a 
vasoconstrição à ação da epinefrina e norepinefrina. 
Possuem indicação formal para uso em pacientes hipertensos com cardiopatias 
associadas, além de serem úteis em pacientes com síndrome de cefaléia de origem vascular 
(enxaqueca) e na IC Sistólica classe II-IV e doença isquêmica do miocárdio. 
Eles podem ser distintos em três categorias de acordo com a sua seletividade, a saber: 
não seletivos (propranolol, nadolol e timolol), cardiosseletivos e com ação vasodilatadora 
(carvedilol, labetalol e nebivolol). 
Entre as reações indesejáveis dos betabloqueadores destacam-se: broncoespasmo, 
bradicardia excessiva (inferior a 50 bat/min), distúrbios da condução trioventricular, 
depressão miocárdica, vasoconstrição periférica, insônia, pesadelos, depressão psíquica, 
astenia e disfunção sexual. 
 
 
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3.2 DIURÉTICOS 
Aliviam os sintomas na insuficiência cardíaca. 
 
3.2.1 Diuréticos de Alça 
Incluem a furosemida, bumetanida e torsemida. Seu mecanismo de ação é a inibição do sim 
portador. Na+-K+-2Cl- no ramo espesso ascendente da Alça de Henle. 
A furosemida venosa é a melhor droga para compensar um quadro de insuficiência 
cardíaca congestiva. 
 
3.2.2 Tiazídicos 
Hidroclorotiazida e clortalidona, agindo no co-transportador Na+- Cl- no túbulo contorcido 
distal, possuem limitada ação como monoterapia nos pacientes com ICC avançada e exibem 
sinergia com os diuréticos de alça para pacientes com resistências aos diuréticos de alça. 
 
3.2.3 Poupadores de Potássio 
Estão as drogas espironolactona e eplerenona. Essas drogas bloqueiam os efeitos da 
aldosterona, antagonistas dos receptores de mineralocorticoides e inibem o fluxo de Na+ 
através dos canais iônicos da membrana luminal. 
ATENÇÃO!!! 
Por isso, os betabloqueadores são 
formalmente contraindicados em 
pacientes com asma, doença pulmonar 
obstrutiva crônica e bloqueio 
atrioventricular de 2º e 3º graus 
Unidade 3 – Medicamentos Utilizados em Cardiologia 
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Em excesso, podem causar hipercalemia, acidose metabólica hipercloremica, 
ginecomastia, infecção respiratória aguda e cálculos renais. 
O mecanismo anti-hipertensivo dos diuréticos está relacionado, numa primeira fase, 
à depleção de volume e, a seguir, à redução da resistência vascular periférica decorrente de 
mecanismos diversos. 
São eficazes como monoterapia no tratamento da hipertensão arterial, tendo sido 
comprovada sua eficácia na redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares. Como 
anti-hipertensivos, dá-se preferência aos diuréticos tiazídicos e similares. Diuréticos de alça 
são reservados para situações de hipertensão associada a insuficiências renal e cardíaca. 
IMPORTANTE! 
Entre os efeitos indesejáveis dos diuréticos, ressalta-se fundamentalmente a 
hipopotassemia, por vezes acompanhada de hipomagnesemia (que pode induzir arritmias 
ventriculares), e a hiperuricemia. 
É ainda relevante o fato de os diuréticos poderem provocar intolerância à glicose. 
Podem também promover aumento dos níveis séricos de triglicerídeos, em geral dependente 
da dose, transitório e de importância clínica ainda não comprovada. 
Em muitos casos, provocam disfunção sexual. Em geral, o aparecimento dos efeitos 
indesejáveis dos diuréticos está relacionado à dosagem utilizadas. 
 
 
3.3 BLOQUEADORES DE CANAL DE CÁLCIO 
Afetam a entrada de cálcio na célula possuindo ação anti-hipertensiva decorrente da redução 
da resistência vascular periférica por diminuição da concentração de cálcio nas células 
musculares lisas vasculares. 
São anti-hipertensivos eficazes e reduzem a morbidade e mortalidade 
cardiovasculares. Seu uso está indicado em hipertensão em idosos e negros, independem da 
ingesta de sódio ou uso dos DAINEs, também reduzem o AVC, taquiarritmias, anginas. 
São considerados drogas de primeira linha. Dentre os efeitos adversos, os principais 
são: tontura, cefaleia pulsátil, rubor facial, edema de extremidades (maleolar mais comum), 
hipertrofia gengival (raro), depressão miocárdica e BAV, Isquemia miocárdica, constipação 
(Verapamil). 
A ação anti-hipertensiva dos antagonistas dos canais de cálcio decorre da redução da 
resistência vascular periférica por diminuição da concentração de cálcio nas células 
musculares lisas vasculares. 
Não obstante o mecanismo final comum, esse grupo de anti-hipertensivos é dividido 
em quatro subgrupos, com características químicas e farmacológicas diferentes: 
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 Fenilalquilaminas (verapamil), 
 Benzotiazepinas (diltiazem), 
 Diidropiridinas (nifedipina, isradipina, nitrendipina, felodipina, amlodipina, 
nisoldipina, lacidipina) e 
 Antagonistas do canal T (mibefradil). 
São medicamentos eficazes como monoterapia, e a nitrendipina mostrou-se também 
eficiente na redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares em idosos com 
hipertensão sistólica isolada. No tratamento da hipertensão arterial, deve-se dar preferência 
ao uso dos antagonistas dos canais de cálcio de longa duração de ação (intrínseca ou por 
formulação galênica), não sendo recomendada a utilização de antagonistas dos canais de 
cálcio de curta duração de ação. 
 
 
3.4 INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA 
O mecanismo de ação dessas substâncias é fundamentalmente dependente da inibição da 
enzima conversora,

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