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Aula 7 teoria da comunicação

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Teorias da comunicação
Aula 7: A Escola Inglesa: os Estudos Culturais
Apresentação
Nesta aula, conheceremos os Estudos Culturais, que trouxeram uma visão de que o receptor era também parte importante
na comunicação. É uma escola cujas teorias ainda têm bastante validade hoje.
Estudaremos as principais ideias do Centre for Contemporary Cultural Studies (CCCS), cuja origem remonta ao ano de
1964, em Birmingham. Passaremos por Raymond Williams, Richard Hoggarts e Edward Thompson, considerados os pais
fundadores dessa corrente, e Stuart Hall, que, ao assumir a direção do CCCS, dá uma nova guinada ao centro.
Veremos que a cultura é tida como uma rede viva de práticas e relações da vida cotidiana e o indivíduo possui agência e
capacidade de resistência. O foco são expressões culturais populares e grupos marginalizados. Notaremos que há uma
crítica à oposição alta/baixa cultura, pois todo espaço de cultura envolve a construção de hegemonia e contra-hegemonia.
Objetivos
Descrever a Escola de Comunicação Inglesa;
Explicar a centralidade do conceito de cultura e o papel do receptor;
Diferenciar hegemonia de contra-hegemonia.
Papel ativo na recepção
Com os Estudos Culturais, que trouxeram uma visão de que o receptor era também parte importante na comunicação, grupos
antes marginalizados, como mulheres, homossexuais, moradores da periferia, por exemplo, ganham destaque nessa
abordagem, que enxerga riqueza cultural em diversas formas de expressão.
A distinção entre alta e baixa cultura deixa de fazer sentido, entrando em campo as ideias de hegemonia e contra-hegemonia.
Os Estudos Culturais divergem do funcionalismo, que encarava a sociedade enquanto um grande organismo vivo tendendo ao
equilíbrio, com os con�itos tratados enquanto anomalias. Também se distancia da Teoria Crítica, que percebia a sociedade
sendo dominada pelo capitalismo e poder da mídia.
Atenção
Para os Estudos Culturais, a sociedade não é harmônica e batalhas simbólicas são travadas constantemente no terreno cultural.
Existe sim a dominação, mas esta está sempre em disputa.
São estabelecidas negociações simbólicas, entre emissor e receptor, a partir da oferta pelos veículos. Ou seja, o indivíduo tem
um papel ativo na recepção, podendo compreender a mensagem, inclusive, de uma maneira distinta da planejada pelos meios
de comunicação de massa.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Formação dos Estudos Culturais
Os Estudos Culturais surgem a partir do Center for Contemporary Culture Studies (CCCS), na Universidade de Birmingham, em
Londres. O eixo de preocupações do CCCS centra-se nas relações entre a cultura contemporânea e a sociedade, suas formas,
práticas culturais e instituições, bem como as mudanças sociais, especialmente a cultura de grupos marginalizados, como a
classe operária inglesa no pós-guerra.
Os temas escolhidos pelo movimento, normalmente, eram negligenciados pelas pesquisas acadêmicas da época, e abrangiam
da cultura popular à cultura de massa.
Exemplo
A cultura da televisão, por exemplo, cuja ascensão coincide com a formação da escola inglesa, passa a ser entendida de uma
forma mais crítica (SÁ MARTINO, 2014, p. 246).
Além da televisão, outras manifestações como a literatura popular, os vídeos musicais, a música pop e o cinema de Hollywood se
legitimam enquanto objetos de estudos do campo comunicacional.
A partir da perspectiva dos Estudos Culturais, há uma atenção às formas de expressão culturais não tradicionais, o que
“descentra a legitimidade cultural” (ESCOSTEGUY, 2010).
Com isso, a cultura popular alcança mais destaque, uma vez que ocupa espaço de atividade crítica e de intervenção.
 Análise da cultura
 Clique no botão acima.
Análise da cultura
Os Estudos Culturais, assim, construíram uma tendência importante da crítica cultural que questiona o
estabelecimento de hierarquias entre formas e práticas culturais estabelecidas, a partir de oposições como cultura
alta/baixa, superior/inferior etc.
Por meio da análise da cultura, é possível reconstituir o comportamento e a constelação de ideias de uma dada
sociedade.
Importante ressaltar que os Estudos Culturais promovem um encontro entre a comunicação e a cultura, não sendo
passível enquadrar essa vertente em uma única disciplina, nem mesmo a Comunicação, uma vez que aciona distintas
epistemologias.
Com in�uência marxista e gramsciana, mobiliza a Filoso�a, a Sociologia, a Antropologia, a Teoria da Literatura e a
História.
Metodologia
Em termos de metodologia, há uma multiplicidade de maneiras de fazer pesquisa, como a etnogra�a, análise de conteúdo, de
recepção, autobiogra�as e histórias de vida.
Exemplo
No campo da comunicação, por exemplo, poderíamos citar como objetos plausíveis a cobertura jornalística, a análise textual dos
meios massivos, estudos de recepção e temáticas relacionadas à construção de identidade e meios de comunicação (sexuais, de
gênero, étnicas e geracionais).
Os Estudos Culturais são um campo de discussão de ideias,
e não disciplina acadêmica. O que o distingue de disciplinas
acadêmicas tradicionais é seu envolvimento explicitamente
político.
As análises não pretendem ser neutras ou imparciais. Na
crítica que fazem às relações de poder, em uma situação
cultural ou social determinada, os Estudos Culturais tomam
partido dos grupos em desvantagem.
 Fonte: Unsplash.com
Saiba mais
Isso pode ser explicado pela relação de vários autores com movimentos sociais, como:
• Women s Educational Association.
• Campaign for Nuclear Disarmament.
A partir de uma compreensão mais alargada de cultura, e de um entendimento de que a cultura popular também é sinônimo de
riqueza simbólica, pois as classes populares possuiriam formas culturais próprias, é que os Estudos Culturais se destacaram.
sLiberationMovement. ∙ W or ker
 Conceitos
 Clique no botão acima.
Conceitos
A sistematização de Sá Martino (2014) aponta alguns conceitos dos Estudos Culturais que valem a pena ser citadsos:
1 - O espaço das apropriações dos meios de comunicação pela sociedade é o receptor, ou seja, o público.
Todo espaço de cultura é um espaço político de construção de hegemonia — e, se os meios de comunicação de massa
transformam a cultura em produto, a disseminação em larga escala dos produtos culturais, é o momento também de
pensar os jogos da política cultural a partir da mídia.
(SÁ MARTINO, 2014, p.247)
Existe uma necessidade de compreender a cultura de massa pelos receptores, ou seja, deve-se perceber que estes
receptores analisam o conteúdo baseados em seu grupo social, convicções, valores, gênero, classe social etc.
Os Estudos Culturais não negam uma tentativa de dominação por parte de uma Indústria Cultural, mas advogam que a
compreensão dos usos feitos pelos indivíduos diante da mídia envolve entender as subjetividades das sociedades com
suas diferentes relações.
2 - Os meios de comunicação são a arena das disputas de espaço pela construção de práticas signi�cativas dentro
de uma cultura de luta e também se constituem como instrumento de imposição legitimada de um padrão.
A cultura popular — entendida aqui como a cultura pop produzida pelos meios de comunicação — é uma das
responsáveis pela articulação de identidades cotidianas na medida em que é um dos principais elementos de de�nição
do mundo.
(SÁ MARTINO, 2014, p. 247)
A vertente a�rmava que a cultura mais presente no cotidiano das pessoas era aquela também difundida pelos meios
de comunicação de massa. Sendo assim, não caberia o debate entre alta e baixa cultura, pois era mais produtivo
investigar como as diferentes identidades eram estabelecidas a partir do diálogo com os conteúdos midiáticos.
3 - Os meios de comunicação são, pelas proposições dos Estudos Culturais, uma produção cultural inserida em um
contexto histórico e social particular.
Sua ideia de “cultura” não está vinculada apenas às “produções do espírito”, mas a qualquer produção simbólica a partir
da qual o ser humano entende seu mundo.Em uma cultura pontuada pelos meios de comunicação, entender a cultura de
massas é a chave para entender o cotidiano.
(SÁ MARTINO, 2014, p.247)
Com os Estudos Culturais muda-se a concepção de cultura em prol de uma de�nição mais elástica, pronta para
conceituar e interpretar as práticas simbólicas do cotidiano moderno.
O sentido de cultura como transcendente e de alto valor, como o defendido pela Teoria Crítica, é abandonado, em prol
de uma visão de cultura que adota um sentido mais antropológico, de cultura como tudo o que é criado pelo homem
em sociedade.
Nesse sentido, usar calças rasgadas pode ser considerado algo cultural, que ajuda a construir a identidade de um dado
grupo.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Atividade
1. Leia a matéria Livro adotado pelo MEC defende falar errado e responda:
A visão adotada pelos autores do livro didático iria ao encontro dos Estudos Culturais? Justi�que.
Palavra “minorias”
Os Estudos Culturais abandonam a ideia de massa, que percebe a recepção enquanto homogênea, defendendo um
entendimento igual por parte de todos.
Preferem o uso da palavra “minorias”, que permitiria a questão da contra-hegemonia, da resistência e da agência do público, já
que os Estudos Culturais percebem valor na cultura de grupos antes considerados marginalizados.
Há uma revisão da categoria “massa”, pois a ideia de massa estaria relacionada a um coletivo que não se comunica e no qual
não há criticidade.
"Ao contrário, a cultura reflete igualmente momentos de padronização e diversidade —
sobretudo quando se pensa nas diferentes formas de recepção vinculadas às minorias.
Opor a ideia de “minorias” ao conceito de “massa” não se trará de um desvio semântico,
mas de uma questão política."
- SÁ MARTINO, 2014, p. 248
Ideologia, hegemonia e contra-hegemonia
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O entendimento particular de cultura é o que gera um movimento singular no campo dos Estudos Culturais e seu enfoque
sobre a dimensão cultural contemporânea, ou seja, há uma análise das práticas culturais como formas materiais e simbólicas.
"Logo, postula-se que a criação cultural se situa no espaço social e econômico, dentro do
qual a atividade criativa é condicionada."
- ESCOSTEGUY, 2010, p. 156
Entretanto, pelos Estudos Culturais a cultura tem um papel que não é totalmente explicado pelas determinações da esfera
pública.
"A relação entre marxismo e os Estudos Culturais inicia-se e desenvolve-se através da
crítica de um certo reducionismo e economicismo daquela perspectiva, resultando na
contestação do modelo base-superestrutura. A perspectiva marxista contribui para os
Estudos Culturais no sentido de compreender a cultura na sua “autonomia relativa”, isto
é, ela não é dependente das relações econômicas, nem seu reflexo, mas tem influência e
sofre consequências das relações político-econômicas. "
- ESCOSTEGUY, 2010, p. 156
Clique nos botões para ver as informações.
As instituições na superestrutura também atuam para manter e regulamentar a infraestrutura, pois há uma relação
dialética.
O que Marx queria dizer com isso é que são as relações de produção que dão os contornos de uma determinada
sociedade, que se expressam em suas leis, formas religiosas, culturais e de sociabilidade. Além disso, toda a
superestrutura serve para reforçar as relações de poder.
Superestrutura 
Vale lembrar que, na perspectiva marxista, a infraestrutura demanda as condições da superestrutura, ou seja, as relações
de trabalho e economia vão contribuir para o condicionamento da superestrutura, na qual a cultura estaria situada, ao
lado da religião, do direito, do Estado.
Para Marx, portanto, as condições materiais de existência (infraestrutura) é que determinam nossa forma de agir e de
pensar (superestrutura).
Infraestrutura 
Somente a partir dessa explicação é que conseguimos compreender melhor a fala de Escosteguy, no sentido de os Estudos
Culturais criticarem o economicismo da visão marxista.
Atenção
O que os teóricos dos Estudos Culturais criticavam era o fato das produções midiáticas sempre resultarem em mais dominação,
pois nem sempre tudo que partia da superestrutura necessariamente iria reforçar o status quo e as formas de poder.
Esse é um ponto muito importante, pois várias perspectivas anteriores partiam da suposição de que as produções midiáticas
eram controladas por uma pequena elite que detinha o capital, ou seja, tudo que seria proveniente dos meios de comunicação
de massa seria um eco da voz dos burgueses, com o intuito de gerar mais lucro e manter os processos de dominação
econômico e culturais.
Caso você não lembre, essa era exatamente a visão os teóricos de Frankfurt,
que, por sinal, eram marxistas.
 Noção de ideologia
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Noção de ideologia
Nesse ponto é necessário passarmos brevemente pela noção de ideologia.
Ideologia foi um termo consagrado por Karl Marx no século XIX e pode ser classi�cado como um conjunto de ideias
pertencentes à classe dominante que são universalizadas e incorporadas pelas classes dominadas.
Marx não separava a produção das ideias das condições econômicas e sociais das quais elas surgem. Isso signi�ca
que as ideias não surgem de maneira espontânea, pois estão estritamente relacionadas à base econômica, a saber, as
relações de produção, forças produtivas e a divisão social do trabalho, a infraestrutura, como já vimos, que
in�uenciaria na criação e difusão das ideias.
Nessa perspectiva, quem controla os meios de produção material também controla os meios de produção
intelectual e, por isso, as ideias dominantes de uma sociedade seriam originárias da classe dominante.
A partir da infraestrutura, que representa a base econômica, se ergueria a superestrutura, composta pelo Estado, leis,
religião, política, formas ideológicas. Em outros termos, a superestrutura engloba ideias, instituições e todo um
conjunto de práticas e preceitos que operariam no sentido de manter os meios de produção e o capital de posse da
classe dominante.
Assim, há a tendência para que as ideias do grupo dominante sejam predominantes na superestrutura, fazendo com
que esta tenda a sancionar o poder da classe dominante. Como resultado desse fenômeno, as ideias dominantes
seriam também ideias das classes dominantes, que mantêm seu poder por meio dos aparelhos ideológicos.
A ideologia é criada pela classe dominante para atenuar a contradição, deixá-la menos aparente, de forma que a
classe se perpetue no poder.
No terreno da ideologia, a realidade é apresentada de modo invertido, posto que os sentidos que circulam não
representam de fato o que é a realidade. Esta é obscurecida em favor da perpetuação da classe dominante, por
mecanismos que não deixam que sua dominação seja percebida.
Como temos um cabedal de ideias criadas pela classe dominante, regulamentadas e sustentadas por instituições
ideológicas, não analisamos as condições sociais para explicar os fenômenos, mas percebemos os fenômenos a
partir dos pressupostos ideológicos circulantes. Vem desse movimento a ideia de inversão de realidade.
Com essa tradição de discutir a ideologia no campo da comunicação, os trabalhos majoritariamente primavam por
dois eixos:
• Estudos denuncistas - ressaltavam o caráter manipulador dos meios que impunham a uma massa acrítica ideias que
interessariam ao poder.
• Estudos de resistência - buscavam valorizar a cultura popular e propor estratégias de resistência à cultura
hegemônica. Isso gerou certo empobrecimento das análises, pois haveria submissão fatal de um lado e libertação
redentora do outro.
Hegemonia e contra-hegemonia
As ideias de hegemonia e contra-hegemonia, recorrentes em trabalhos dos Estudos Culturais, contribuíram para a alteração
desse cenário teórico, trazendo uma dimensão da vida cotidiana dos indivíduos.
Clique nos botões para ver as informações.
O resgate do pensamento de Gramsci, assim, ajudou a so�sticar os estudos acerca da cultura e dos meios de
comunicação, permitindo um nívelmais profundo de discussão. Não à toa, Gramsci foi reconhecido como o primeiro a
contribuir para alargar a teoria marxista.
A ideia de cultura é central no pensamento gramsciano, pois ela é uma arena onde se trava uma luta política, na qual a
classe dominante ou parte de uma classe dominante utiliza os meios de comunicação como ferramentas hegemônicas
para impor uma superioridade moral e intelectual sobre os demais.
Hegemonia 
Já a contra-hegemonia seria a capacidade dos dominados de resistirem e se contraporem às ideias hegemônicas.
Atrelada a isso está a ideia de construção de consenso, que remete a uma dimensão de negociação. Apesar de certa
homogeneização social, existiriam formas de resistência.
Contra-hegemonia 
 Estudos culturais
 Clique no botão acima.
Estudos culturais
Gramsci não percebe as ideias vindo apenas da classe dominante de modo vertical e se impondo aos dominados, mas
entende que estes não apenas produzem ideias contra-hegemônicas, mas que tais ideias são também incorporadas
pelas próprias instâncias hegemônicas.
Isso signi�ca que produtos culturais hegemônicos absorvem perspectivas dos grupos dominados, como seria o caso
dos folhetins populares, que eram dedicados ao grande público e possuíam elementos da cultura subalterna que
garantiam o sucesso editorial.
Se os produtos culturais não incorporassem, em algum grau, perspectivas dos grupos subalternos, seria mais
difícil conseguir que estes grupos fruíssem desta produção.
Em outros termos, as noções de hegemonia e contra-hegemonia permitem aos grupos subalternos se con�gurarem
enquanto atores sociais, pois estes também construiriam sua visão de mundo, não sendo apenas sujeitos passivos.
Para os autores dos Estudos Culturais, as forças de dominação não cessaram e os poderosos continuam a ter
vantagem nessa arena social. No entanto, o consumidor comum também tinha a capacidade de interpretar as
mensagens, aceitá-las parcialmente, recusá-las ou mesmo reelaborá-las para criticar os próprios emissores.
Os Estudos Culturais passam a perceber a produção de sentidos, adotando uma concepção de prática na cultura,
portanto, uma ação, provocada por “agenciamentos” culturais. O receptor passa a ser ativo, e não mais uma ponta
passiva no processo comunicacional.
Com a incorporação das ideias de Gramsci, acerca de hegemonia e contra-hegemonia, a relação entre mídia, política,
manipulação e participação popular pode ser relativizada.
Gramsci ressalta uma dimensão da negociação na esfera política, possibilitando que membros da classe subalterna
sejam atores sociais, e não meros espectadores. Demonstra também que nem todos os discursos são proferidos pela
classe dominante, pois esta também incorporaria discursos marginais a suas instituições.
A partir dessas ideias, portanto, apesar de existir uma apropriação desigual dos produtos culturais e uma tendência à
homogeneização, a cultura é encarada como um local de luta, no qual pode se construir ou questionar o consenso.
 Atividade
2. Leia abaixo relatos sobre dois meninos diferentes. Um ecoaria um discurso hegemônico e o outro contra-hegemônico.
Baseado na cultura urbana de nosso país, tente identi�car quais elementos presentes em cada texto sugerem a perspectiva
hegemônica e quais a contra-hegemônica.
Maclei
De todos os moleques vendedores de bala do centro do Rio de Janeiro, Maclei se destaca. Cabelo cortado rente ao couro
cabeludo, com uma divisão feita à máquina, ele oferece balas com voz suave e com um olhar �xo.
Se você não conclui a compra, ele saca de sua mochila uma caixinha embrulhada com papel presente, onde se pode ler I.C.D.F.
Ao perguntarmos o que signi�ca, ele dispara: “Instituto do Cavalheiro com De�ciência Financeira.”
A tirada é surpreendente e revela arrojada inteligência. Não resta outra coisa a não ser colocar uma moeda na caixinha.
Conversando com ele, você descobre que Maclei prefere ganhar as moedas a realizar a venda dos chicletes. O dinheiro da
caixinha, segundo ele, é para os seus passeios de domingo. O do chiclete é para ajudar em casa.
Enquanto muitos cariocas têm medo da abordagem desses meninos, eles estão reinventando a nossa língua.
Felipe
O menino tinha cinco anos na primeira vez em que foi recolhido no centro de Porto Alegre pela Brigada Militar, por volta das 20h
do dia 24 de junho de 2003. Disse que morava em Alvorada. Como na época não havia integração informatizada entre os
sistemas de atendimento na Região Metropolitana, a mentira foi descoberta apenas no dia seguinte. Desde então, a distância
de casa só aumentou.
Nas ruas, Felipe descobre ser capaz de conquistar sozinho o que a mãe não pode lhe dar. Nem precisa dizer nada: basta
estender os braços �nos e o dinheiro aparece na sua mão. Numa de suas primeiras noites na rua, aos seis anos, o menino de
lábios carnudos e cabelo castanho raspado arrecada R$100 pedindo esmola na rodoviária.
Os conceitos de hegemonia e contra-hegemonia foram criados por Gramsci em 1930, mas demoraram a ganhar fôlego nas
discussões acadêmicas. Isso em decorrência de um outro conceito que guiou por muito tempos os estudos que analisavam os
meios de comunicação de massa e que já estudamos nesta aula: a noção de ideologia.
Com a premissa das lutas sociais para a construção da hegemonia ocorrendo no âmbito cultural, o entendimento acerca da
cultura pode ser aprofundado. Existiam antes duas concepções que davam tratamentos distintos à cultura:
1
A vertente materialista
Que via a cultura enquanto um produto direto ou indireto das
relações de trabalho e forças produtivas, como
demonstrado em Marx.
2
A concepção idealista
Que entendia a cultura como produtora, como fonte
explicativa para entendermos a razão de determinadas
práticas.
Raymond Williams, um dos pais fundadores dos Estudos Culturais, propõe unir as duas perspectivas em uma relação
dialética, resultando que a cultura aparece tanto como fonte explicativa como quanto produto.
Isso signi�ca também que os atores sociais tanto são construídos pela cultura quanto a constroem.
Portanto, a cultura é um sistema de símbolos compartilhados que conferiria
sentido a nossas práticas, mas nós não a reproduzimos somente, pois a
todo o tempo a reconstruímos, ressigni�camos.
 Relação entre os meios de comunicação e os indivíduos
 Clique no botão acima.
Relação entre os meios de comunicação e os indivíduos
Como as produções culturais estão ligadas à nossa ação social e a ação social se pauta em códigos culturais e
reconstrói a todo tempo esses códigos, os sentidos não são estanques, mas mutáveis, sujeitos à manipulação, razão
pela qual é na cultura que as lutas pela manutenção e quebra de hegemonia ocorrem.
Gramsci atribuía o surgimento das culturas populares à apropriação desigual dos produtos sociais, que gerariam, por
sua vez, uma elaboração própria das condições de vida e necessidades de consumo especí�cas.
Deve-se ressaltar, no entanto, que as relações entre os meios de comunicação e os indivíduos ocorre de forma
assimétrica, pois os meios atuam no sentido de construir sentidos e valores que são compartilhados amplamente pela
sociedade.
Os Estudos Culturais, portanto, não pregam nem total submissão aos meios, nem a visão liberal defendida de que
existiria total autonomia do indivíduo, partindo do pressuposto de que há oferta ilimitada e liberdade de escolha na
seleção dos produtos culturais.
Da mesma forma, nem uma visão apocalítica sobre os meios de comunicação, avistando em toda e qualquer ação um
ímpeto de dominação, nem uma visão purista e romantizada sobre as culturas tradicionais e subalternas como única
fonte de cultura verdadeira.
O sujeito é ator e também assujeitado, existe uma dimensão da memória e da amnésia, da criação e da fruição
imediata, crise de identidade e ofertas mais variadas para construção de identidade. Trata-se de uma realidade híbrida.
Compreendendo melhor a escola: os pais fundadores
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Cliquenos botões para ver as informações.
Richard Hoggart inspirado na sua pesquisa, The Uses of Literacy (1957), funda o Centro, em 1964.
Outros textos que antecederam a formação do centro, mas contribuíram para a criação da instituição foram:
• Culture and Society (1958), de Raymond Willliams.
• The Making of the English Working-Class (1963), de Edward Thompson.
Tais trabalhos serviram como um norte para as pesquisas que seriam desenvolvidas no bojo dessa escola, tanto que os
três autores são tidos como pais fundadores da vertente.
Todos os trabalhos, de modo geral, procuravam entender o papel da cultura em um momento peculiar da própria história
da Inglaterra, marcada pelo �m da Segunda Guerra Mundial, em um ambiente em constante mudança, e a “invasão” a
partir dos meios de comunicação da cultura norte-americana.
The Uses of Literacy (1957) é em parte autobiográ�co e em parte história cultural do meio do século XX, através de
metodologia qualitativa. Hoggart nasceu em 1918 e era �lho de operários. Começou na docência letrando adultos desse
meio.
A origem popular do autor e sua atuação como professor alfabetizando adultos é interessante, pois permite outro olhar
sobre a cultura, compreendendo o modo de vida dos mais simples como também rico do ponto de vista simbólico e
cultural.
O autor em suas pesquisas tinha como foco materiais culturais que antes tendiam a ser desprezados, como a cultura
popular e os meios de comunicação de massa.
Ao publicar, em 1957, The Uses of Literacy, Richard Hoggart queria compreender como as pessoas usavam as
informações da mídia na vida cotidiana, partindo do princípio que a capacidade de leitura é a possibilidade de as pessoas
relacionarem o que leem ou veem em sua vida cotidiana.
Aos olhos do pesquisador, o espectador é uma pessoa comum, trabalha, tem amigos, família. Isso tudo interfere no uso
que o indivíduo faz da mensagem da mídia.
A mídia era discutida, pensada e mesmo negada pelo leitor: seu poder se diluía na articulação com a vida cotidiana do
receptor, era parte desse cotidiano, mas não o dominava.
(SÁ MARTINO, 2014, p. 246).
O trabalho de Hoggart, inaugura, segundo Escosteguy (2010), o olhar de que no âmbito popular não existe apenas
submissão, mas também resistência, o que mais tarde será recuperado pelos estudos de audiência dos meios
massivos.
Richard Hoggart 
Já Culture and Society (1958), de Raymond Williams, que era �lho de um ferroviário, constrói um histórico do conceito de
cultura e culmina com a noção de que a “cultura comum ou ordinária” pode ser vista como um modo de vida em
condições de igualdade de existência com o mundo das artes, literatura e música.
Traz uma contribuição teórica importante para os Estudos Culturais, a partir do seu olhar diferenciado sobre a história
literária, mostrando que cultura é uma categoria-chave que conecta a análise literária com a investigação social.
De todos os estudiosos da primeira geração dos Estudos Culturais, Raymond Williams, segundo Sá Martino (2014), foi um
dos que mais prestou atenção aos problemas da comunicação.
Para ele, a “cultura” havia perdido o sentido de “cultivo”, que gozava desde o século XIX.
Veja como William enumera os sentidos típicos da cultura:
1 - Para designar o estado geral ou hábito de mente.
2 - Estado de desenvolvimento intelectual da sociedade, pensada como um todo.
3 - O conjunto das artes.
4 - Um modo de vida material e intelectual.
Williams articula essas proposições aos estudos de mídia, pois, para ele, a cultura seria tudo aquilo que serve para conferir
uma identidade às comunidades, não passível de ser reduzida aos quatro pressupostos acima.
Os Estudos Culturais deveriam investigar os usos de mensagens no cotidiano de indivíduos vinculados à comunidade.
Raymond Williams 
Por �m, The Making of the English Working-Class (1963), de Edward Thompson, refaz uma parte da história da sociedade
inglesa de um ponto de vista particular: a história “dos de baixo”.
Thompson elabora uma história social britânica dentro da tradição marxista. O autor era militante do partido comunista e
participou do letramento de adultos no início de sua atuação docente, assim como Hoggart.
A cultura, para ele, era uma rede de práticas e relações que constituíam a vida cotidiana, dentro da qual o papel do
indivíduo estava em primeiro plano.
Edward Thompson compreendia que a classe trabalhadora se de�nia pela atividade, mas também por conta de suas
práticas culturais.
A cultura não era apenas arte, algo para ser admirado ou que se vê nos momentos de folga, mas todas as práticas que
davam a identidade a um grupo — no caso, a classe trabalhadora. 
(SÁ MARTINO, 2014, p.247)
Isso incluía, por exemplo, tomar cerveja num pub.
Edward Thompson 
Escosteguy (2010) ressalta que existe uma ligação coordenada entre os três autores citados como fundadores dos Estudos
Culturais, com preocupações em comum que abrangem as relações entre cultura, história e sociedade.
 Atividade
3. Qual a importância das proposições dos Fundadores dos Estudos Culturais para revitalizar a ideia de cultura?
Stuart Hall – Uma questão de identidade
Stuart Hall, não é citado como um dos fundadores dos Estudos Culturais, mas terá papel fundamental, à medida que assume o
cargo de Hoggart na direção do Centro, de 1968 a 1979.
O período em que o pesquisador estava no cargo é marcado pelo incentivo
ao desenvolvimento da investigação de práticas de resistência de
subculturas e de análises dos meios massivos.
Saiba mais
O jamaicano Stuart Hall viveu e atuou no Reino Unido, sendo, portanto, inserido nas condições históricas em que se formavam os
Estudos Culturais. Sua preocupação centrava-se em dar base comum aos estudos sem perder ou negar nenhuma contribuição
que pudesse ser utilizada.
Isso porque os Estudos Culturais estão em permanente construção, sendo, ainda hoje, um tipo de estudo valorizado na área
acadêmica.
Com o passar do tempo, novas ideias, teorias e métodos, com a �nalidade de compreender e não fechar o assunto (SÁ MARTINO,
2014), foram sendo acrescidas.
O objeto de estudo dos Estudos Culturais circula pela sociedade com ênfase no papel da mídia como produtor-reprodutor da
cultura e como espaço de luta simbólica.
Um de seus principais trabalhos sobre mídia é o ensaio “Codi�cação/Decodi�cação” (Encoding/Decoding), de 1981. Neste, Hall
questiona a premissa de que as mensagens são unidimensionais e a ideia da passividade da audiência, reivindicando o
entendimento de que a mensagem é polissêmica e que o efeito da ideologia é negar isso.
O pesquisador jamaicano lança a premissa de que, se o sentido não é articulado em práticas, ele não tem efeito. Essa
concepção abre as portas para a realização de estudos empíricos de recepção, rompendo com as proposições estruturalistas e
privilegiando a ação dos sujeitos ante o poder da mídia.
Veja o modelo Encoding/Decoding proposto por Hall:
A partir desse modelo de comunicação, a codi�cação é a de�nição de sentido dentro da forma discursiva, in�uenciada pelas
práticas dos pro�ssionais dos media e a decodi�cação é o trabalho feito pelo receptor para produzir sentido desses discursos.
Esse modelo foi visto como ponto de virada dos Estudos Culturais, pois, introduziu a ideia de que os programas de televisão
são textos relativamente abertos, capazes de serem lidos de diferentes modos por diferentes pessoas.
O pesquisador propôs ainda, uma correlação entre a situação social da pessoa e o sentido que ela gera de um programa.
Assistir televisão passa a ser um processo de negociação entre o espectador e o texto.
 Preocupação com o uso da cultura pelo povo
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Preocupação com o uso da cultura pelo povo
Os Estudos Culturais e suas novas contribuições faziam-se em torno de um eixo central: a preocupação com o uso da
cultura pelo povo. É a partir dos Estudos Culturais que novos objetos são integrados à pauta da pesquisa, como já
mencionado antes.
São eles música pop, desenhos animados, jogosde futebol e telenovelas, uma vez que são práticas culturais de um
grupo.
O novo olhar observador dos Estudos Culturais, trouxe a crítica, mas com a intenção de compreender o signi�cado
desses produtos culturais para quem está assistindo.
A recepção está muito longe de ser passiva — e isso é uma premissa clara desde os fundadores dos Estudos Culturais. A
ideia de que o povo constrói e reconstrói sua própria cultura está longe de ser ingênua, mas baseia-se na noção de
cultura como prática dotada de sentido. Trata-se de mostrar um público ativo, imerso em um conjunto de práticas e
consumo cultural in�uenciado pelas condições econômicas e sociais.
(SÁ MARTINO, 2014, p. 250)
Importante ressaltar o quanto esse discurso conduz a uma preocupação com as minorias étnicas, nacionais e sexuais.
Isso porque os Estudos Culturais proporcionaram a abertura de espaços para grupos, antes marginalizados, que
ganham, a partir de então, uma espécie de “legitimidade”, inicialmente acadêmica, mas que favorece se �rmarem
como movimentos importantes da sociedade.
Para Hall, esse novo olhar sobre a cultura, mostra o quanto ela pode ser um espaço de deslocamento, de con�ito, uma
vez que, para muitos grupos marginalizados, signi�cou para além de um reconhecimento de novo espaço cultural, um
lugar aberto para a luta política.
O pesquisador jamaicano acreditava que a leitura feita pelo receptor é sempre diferente da leitura pretendida pelo
produtor, embora ambos estejam dentro da mesma cultura.
O receptor é um ser social e histórico e sua maneira de ver televisão ou ler uma revista está ligada a seu
desenvolvimento nesse sentido.
Como exemplo podemos lançar o seguinte questionamento: Como nos vemos diante dos padrões apresentados pela
mídia?
Portanto, a recepção é o lugar onde a comunicação acontece de maneira efetiva, mas cada um decodi�ca baseado
em sua história.
Os Estudos Culturais revelaram ao mundo o que estava silenciado, esquecido, excluído, interditado, como as políticas
de gênero, em especial o feminismo, o impacto pelo “�m” do mundo colonial nos anos de 1960, o surgimento das
culturas do Terceiro Mundo que se tornam protagonistas, a oposição entre capitalismo e comunismo, a recepção das
minorias.
As proposições de Hall e dos demais pesquisadores dos Estudos Culturais contemporâneos descartou, de certa
forma, o que havia de hipodérmico no modelo de comunicação.
 Atividade
4. (CCV-UFC 201) Sobre os Estudos Culturais marque a opção INCORRETA:
a) Os Estudos Culturais têm sua origem na Inglaterra.
b) Os principais expoentes dos Estudos Culturais são C. Shannon, H. Laswell e W. Weaver.
c) As relações entre a cultura contemporânea e a sociedade estão no eixo dos Estudos Culturais.
d) O campo dos Estudos Culturais surge, de forma organizada, através do Centro de Estudos Culturais Contemporâneos (CCCS).
e) Entre os temas das pesquisas apoiadas nos Estudos Culturais estão os estudos sobre: feminismo, recepção e consumo midiático, raça e
etnia.
5. (COMPERVE 2018) No campo da pesquisa e dos estudos da comunicação, a perspectiva teórica conhecida como “Estudos
Culturais” tem por abordagem central a questão: 
a) do controle e regulação dos meios de comunicação.
b) da explicitação das funções dos meios de comunicação.
c) da produção de sentidos relativos aos conteúdos da mídia.
d) do funcionamento da radiodifusão pública.
6. (FCC, 2013) Stuart Hall, do Centro de Estudos Culturais Contemporâneos da Universidade de Birmingham, Inglaterra,
interpreta a comunicação a partir de dois tipos de estruturas de sentido e que têm as relações de produção e a infraestrutura
técnica como referenciais de conhecimento. Esta teorização, a qual critica a pesquisa com abordagem linear da comunicação
de massa, é conhecida como:
a) Codificação/Decodificação
b) Economia Política
c) Indústria Cultural
d) Funcionalismo da Comunicação
e) Semiótica ou Semiologia
Referências
CHRISTA, Berger. A pesquisa em comunicação na América Latina. In: HOLFELDT, Antonio e outros (Orgs.). Teoria da
Comunicação: Conceitos, Escolas e Tendências. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
ECOSTESGUY, Ana Carolina. Os Estudos Culturais. In: HOLFELDT, Antonio e outros (Orgs.). Teoria da Comunicação: Conceitos,
Escolas e Tendências. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
MARTINO Luís Mauro Sá Teoria da Comunicação – Ideias conceitos e métodos 5 ed Petrópolis: Vozes 2014
MARTINO, Luís Mauro Sá. Teoria da Comunicação Ideias, conceitos e métodos. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
Próxima aula
Quem foi Edgar Morin e sua perspectiva acerca da Cultura de Massa;
Sua perspectiva de meios de comunicação de massa como promotores da felicidade;
Conceito de novos olimpianos aos nossos ídolos atuais.
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Con�ra o vídeo que sintetiza os Estudos Culturais.
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