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Dermatologia Doenças cutâneas fúngicas Malasseziose - Dermatite por Malassezia. Malassezia pachydermatis é uma levedura comensal, normalmente encontrada em baixa quantidade no canal auditivo externo, áreas periorais, perianais e pregas cutâneas úmidas. A levedura é frequentemente encontrada na pele e mucosas de carnívoros selvagens e domésticos incluindo cães, gatos, ursos, ferrets e raposas. Em cães: sua manifestação patogênica pode estar associada a mudanças no microclima, como temperatura, pH, umidade e microbiota ou a distúrbios nas barreiras químicas, físicas e imunológicas do hospedeiro. Ocorre devido reação de hipersensibilidade aos microorganismos ou crescimeno excessivo das leveduras. Sinais clínicos em cães: Os sinais clínicos se apresentam por prurido (coçeira) moderado a intenso, alopecia (queda de pelos) regional ou generalizada, escoriações, eritema/hiperpigmentação (manchas vermelhas), hiperqueratose/liquenificação (espessamento da pele) e seborréia, geralmente apresentando odor corporal desagradável. Nota-se os sinais clínicos em locais mais acometidos por dermatite alérgica a Malassezia sp. (pele interdigital e conduto auditivo). Fonte: Theskinvet.net. As lesões podem acometer os espaços interdigitais, porção ventral do pescoço, axilas, região perineal ou as pregas dos membros. Comum doença associada com otite externa. Em gatos: otite externa com secreção ceruminosa preta, acne mentoniana crônica (queixo), alopecia, e eritema e seborreia multifocal a generalizada. Diagnóstico: O exame físico é a via mais produtiva para o diagnóstico/tratamento apropriado da otite externa ou dermatite. O diagnóstico começa com história clínica, exame físico e exame otoscópico. Complementares: exame citológico, cultura fúngica e técnicas histopatológicas como impressão em lâminas demicroscopia das amostras coletadas por swabs, raspados cutâneos evidenciando o crescimento excessivo – mcgsde formato readondo a oval com brotamento Malassezia sp. observado através de microscopia. Fonte: blogspot.com Abordagem clínica/ Tratamento e prognóstico: Identificação e correção de causas subjacentes. Casos brandos – banho a cada 2 a 3 dias com shampoo com cetoconazol, clorexidina miconazol ou sulfeto de selênio (apenas em cães). Shampoos com 2 ingredientes ativos são mais eficazes. Tratamento contínuo até a resolução das lesões e ausência de mcgs à citologia cutânea de acompanhamento (4 semanas). Casos moderados a graves: Cetoconazol (cães) ou Fluconazol na dose de 10mg/Kg (VO), com alimento a cada 24 horas. O tratamento deve continuar até a resolução das lesões e a ausência de mcgs à citologia cutânea de acompanhamento (4 semanas). Alternativamente, tratamento com terbinafina – 5 a 40mg/Kg (VO) a cada 12 horas. Ou itraconazol – 5 a 10mg/kg (VO) a cada 24 horas, por 4 semanas, pode ser eficaz. O prognóstico é bom se a causa subjacente puder ser identificada e corrigida. Caso contrário, banhos regulares, uma ou duas vezes por semana, com xampu antifúngico, podem ser necessários para a prevenção de recidivas. Essa doença não é considerada contagiosa a outros animais ou seres humanos, à exceção de indivíduos imunocomprometidos.
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