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FÍSICA: ELETRICIDADE AULA 2 Prof.ª Fernanda Fonseca 2 CONVERSA INICIAL Ao estudarmos Eletricidade, não podemos deixar de analisar o funcionamento de equipamentos que fazem parte do nosso cotidiano. O desenvolvimento tecnológico atual, que explora diferentes formas de mídia e nos mantêm conectados ao mundo e às informações, explora os fenômenos elétricos criando dispositivos e equipamentos de forma a promover uma rápida evolução da tecnologia, muitas vezes difícil de acompanhar. No entanto, as tendências atuais mostram a necessidade de compreendermos o funcionamento e os processos dessas tecnologias, cada vez mais interativas e conectadas umas às outras. Esse movimento dinâmico, que hoje se mostra como uma revolução, tem causado mudanças não apenas em setores industriais e setores de tecnologias de informação, mas também tem gerados profundas marcas sociais, culturais e econômicas por todo o mundo. Nesta aula, vamos compreender como corpos eletrizados são capazes de armazenar energia quando posicionados dentro de regiões em que há campo magnético. Vamos estudar também como podemos explorar esse fenômeno armazenando energia em capacitores e como esses dispositivos podem ser utilizados em equipamentos tecnológicos cotidianos. TEMA 1 – ENERGIA POTENCIAL ELÉTRICA Ao inserirmos uma carga elétrica em uma região com campo elétrico, essa carga armazena uma energia potencial elétrica (U) devido à sua posição no campo. Vamos compreender esse processo da seguinte forma: consideremos uma carga q0 que se encontra em um ponto A em uma região de campo elétrico. Ao ser deslocada para um outro ponto B (conforme mostra a Figura 1), a força elétrica, devido à interação com o campo, realiza um trabalho WA→B que causa uma variação da sua energia potencial elétrica ∆U (Equação 1). Naturalmente, a carga elétrica tende a mover-se para a região do campo elétrico em que armazena menor energia potencial elétrica, em um movimento causado pela ação da força elétrica. ∆𝑼𝑼 = −𝑾𝑾𝑨𝑨→𝑩𝑩 (𝟏𝟏) 3 Figura 1 – Carga elétrica movida do porto A para o ponto B em uma região de campo elétrico Fonte: A autora. Quando a carga elétrica q0 é trazida do infinito (um local distante o suficiente de qualquer outro corpo eletrizado de forma que não haja campo elétrico na região), essa carga que, inicialmente possuía uma energia potencial elétrica nula (U∞=0), armazenará uma energia U no ponto B para o qual foi trazida equivalente ao oposto do trabalho realizado pela força elétrica durante todo esse movimento (Equação 2). 𝑼𝑼 = −𝑾𝑾∞→𝑩𝑩 (𝟐𝟐) Uma vez que o trabalho realizado pela força é dado pelo produto escalar entre os vetores força elétrica F e o deslocamento L, podemos reescrever a relação dada pela Equação 1 em função do campo elétrico E (Equação 3). ∆𝑼𝑼 = −𝑭𝑭��⃗ ∙ 𝑳𝑳��⃗ ∆𝑼𝑼 = −𝒒𝒒𝟎𝟎𝑬𝑬��⃗ ∙ 𝑳𝑳��⃗ (𝟑𝟑) Em seu formato diferencial, a Equação 3 pode ser definida como mostra a Equação 4. 𝒅𝒅𝑼𝑼 = −𝒒𝒒𝟎𝟎𝑬𝑬��⃗ ∙ 𝒅𝒅𝑳𝑳�����⃗ (𝟒𝟒) Segundo o Sistema Internacional de Unidades (SI), a energia é medida em Joules (J), que equivale ao trabalho realizado por uma força de 1 N em um deslocamento de 1 m. 𝟏𝟏 𝑵𝑵 ∙ 𝒎𝒎 = 𝟏𝟏 𝑱𝑱 A unidade de energia recebe esse nome em homenagem a James Prescott Joule, físico inglês que determinou experimentalmente o Equivalente Mecânico do Calor. TEMA 2 – POTENCIAL ELÉTRICO Como uma forma de caracterizar a energia potencial elétrica armazenada por qualquer carga no espaço, definiu-se uma grandeza chamada Potencial 4 Elétrico, que informa a quantidade de energia por unidade de carga em cada ponto P da região de campo elétrico (Equação 5). 𝑽𝑽 = 𝑼𝑼 𝒒𝒒𝟎𝟎 = − 𝑾𝑾∞→𝑷𝑷 𝒒𝒒𝟎𝟎 (𝟓𝟓) O Potencial Elétrico é medido em Volt, segundo o Sistema Internacional de Unidades. Um volt representa que um joule de energia é armazenado por cada um coulomb de carga. 𝟏𝟏 𝑱𝑱/𝑪𝑪 = 𝟏𝟏 𝑽𝑽 2.1 Diferença de potencial (DDP) Quando analisamos a variação da energia potencial por unidade de carga entre dois pontos A e B, definimos uma diferença de potencial (ddp ou tensão elétrica). ∆𝑽𝑽 = ∆𝑼𝑼 𝒒𝒒𝟎𝟎 ⇒ 𝒅𝒅𝑽𝑽 = 𝒅𝒅𝑼𝑼 𝒒𝒒𝟎𝟎 𝒅𝒅𝑽𝑽 = −𝑬𝑬��⃗ ∙ 𝒅𝒅𝑳𝑳�����⃗ ∆𝑽𝑽 = −� 𝑬𝑬��⃗ ∙ 𝒅𝒅𝑳𝑳�����⃗ 𝑩𝑩 𝑨𝑨 = −𝑬𝑬𝑳𝑳 (𝟔𝟔) Em que L é o deslocamento. Essa relação ainda permite a definição da distribuição do campo elétrico em determinada região, quando tratamos como a taxa de variação do potencial no espaço (Equação 7). 𝑬𝑬 = − 𝒅𝒅𝑽𝑽 𝒅𝒅𝒅𝒅 (𝟕𝟕) Essa relação permite determinar cada coordenada que caracteriza o vetor campo elétrico. 𝑬𝑬𝒙𝒙 = − 𝝏𝝏𝑽𝑽 𝝏𝝏𝒙𝒙 𝑬𝑬𝒚𝒚 = − 𝝏𝝏𝑽𝑽 𝝏𝝏𝒚𝒚 𝑬𝑬𝒛𝒛 = − 𝝏𝝏𝑽𝑽 𝝏𝝏𝒛𝒛 As linhas que representam o campo elétrico apontam sempre para a direção em que o potencial elétrico decresce. Essa definição permite ainda que adotemos outra unidade de medida para campo elétrico, o volt por metro (V/m). 𝟏𝟏 𝑵𝑵/𝑪𝑪 = 𝟏𝟏 𝑽𝑽/𝒎𝒎 Devido à tendência natural das cargas de moverem-se para as regiões em que armazenam menor energia potencial elétrica, a ddp entre dois pontos causa o movimento de uma ou mais cargas entre os pontos em que há essa diferença de potencial. 5 2.2 Potencial Elétrico criado por uma carga puntiforme Uma carga elétrica puntiforme q cria ao seu redor uma região de campo elétrico no qual, consequentemente, podemos determinar potenciais elétricos a diferentes distâncias r da carga. 𝑽𝑽 = 𝒌𝒌𝟎𝟎 𝒒𝒒 𝒅𝒅 + 𝑽𝑽𝟎𝟎 No entanto, adotando à uma distância infinita (r=∞) o potencial como nulo (V0=0), definimos o que chamamos de potencial coulombiano (Equação 8). O potencial pode ser positivo ou negativo, dependendo apenas de sua carga geradora (Tipler, 2000). 𝑽𝑽 = 𝒌𝒌𝟎𝟎 𝒒𝒒 𝒅𝒅 (𝟖𝟖) Veja que, nesse caso, a Equação 5 nos permite determinar a energia potencial elétrica armazenada por uma carga teste q0 posicionada a uma distância r da carga geradora do campo q (Equação 9). 𝑼𝑼 = 𝒒𝒒𝟎𝟎𝑽𝑽 𝑼𝑼 = 𝒌𝒌𝟎𝟎 𝒒𝒒 ∙ 𝒒𝒒𝟎𝟎 𝒅𝒅 (𝟗𝟗) Figura 2 – Energia Potencial Elétrica Fonte: Adaptado de Young; Freedman, 2015. A Figura 2 mostra a relação entre a Energia Potencial Elétrica e a distância r. Veja que, para as cargas de mesmo sinal, o aumento da distância entre elas reduz a energia potencial elétrica do sistema. Entretanto, para cargas de sinais opostos, a energia potencial elétrica amplifica quando a distância entre as cargas aumenta. 6 Vamos desenvolver alguns exemplos para compreendermos melhor essas relações. EXEMPLO 1: Um elétron é isolado e cria um campo elétrico ao seu redor. Esse campo permite definir diferentes potenciais elétricos a diferentes distâncias. a. Qual será o potencial elétrico em toda a região a distância de 2,342⋅10-11 m e a distância de 8,731⋅10-11 m do elétron? Como já conhecemos a carga elétrica do elétron (qE=–1,602⋅10-19 C), utilizaremos a Equação 8 para determinar o potencial elétrico em r1=2,342⋅10-11 m e r2= 8,731⋅10-11 m. ( ) ( )( ) E 1 0 1 19 9 1 11 1 qV k r 1,602 10 C V 8,988 10 N m² / C² 2,342 10 m V 61,48J / C 61,48V − − = − ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ = − = − ( ) ( )( ) E 2 0 2 19 9 2 11 2 qV k r 1,602 10 C V 8,988 10 N m² / C² 8,731 10 m V 16,49J / C 16,49V − − = − ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ = − = − b. Qual o módulo da diferença de potencial entre as duas regiões? A ddp é determinada pela subtração do potencial elétrico de uma região do potencial elétrico da outra região. ( ) ( ) 2 1V V V V 16,49V 61,48V V 45,0V V 45,0V ∆ = − ∆ = − − − ∆ = + ⇒ ∆ = c. Qual a energia potencial armazenada por um próton posicionado a uma distância 2,342⋅10-11 m do elétron? Nesse caso, o próton (qP=+1,602⋅10-19 C) será posicionado na região de potencial V1, já calculado no item (a) desse exemplo.Uma forma de calcular a energia potencial armazenada é utilizando a Equação 5. 7 0 1 19 19 18 U q V U ( 1,602 10 C)( 61,48V) U 98,49 10 J 9,849 10 J − − − = = + ⋅ − = − ⋅ = − ⋅ Outra forma de resolver, quando esse potencial elétrico V1 ainda é desconhecido, é utilizando a Equação 9. ( ) E P 0 19 19 9 11 18 q qU k r ( 1,602 10 C)( 1,602 10 C)U (8,988 10 N m² / C²) 2,342 10 m U 9,849 10 J − − − − ⋅ = − ⋅ + ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ = − ⋅ 2.3 Potencial Elétrico criado por um sistema de cargas Em um sistema de cargas elétricas puntiformes, cada uma delas desenvolve um campo elétrico, gerando uma distribuição vetorial desse campo muito específica que depende da quantidade de carga e da posição de cada carga elétrica nesse espaço. Essa distribuição faz com que o potencial elétrico também tenha uma distribuição específica, resultante do potencial gerado por cada uma das cargas. Para determinar o Potencial Elétrico em um determinado pondo P do espaço que contém esse sistema de cargas, é necessário somar algebricamente o potencial elétrico que cada carga gera no ponto P em análise (Figura 3). Podemos afirmar que o Potencial Elétrico resultante de um sistema formado por n cargas elétricas puntiformes no ponto P pode ser determinado pela Equação 10. 𝑽𝑽𝑷𝑷 = �𝑽𝑽𝒊𝒊 𝒏𝒏 𝒊𝒊=𝟏𝟏 = 𝑽𝑽𝟏𝟏 + 𝑽𝑽𝟐𝟐 + 𝑽𝑽𝟑𝟑 + ⋯+ 𝑽𝑽𝒏𝒏 (𝟏𝟏𝟎𝟎) Em que Vi representa o potencial de cada carga no ponto P. 8 Figura 3 – Sistema de cargas elétricas Fonte: A autora. Vamos analisar um exemplo. EXEMPLO 2: Três cargas puntiformes são posicionadas sobre um sistema cartesiano, como mostra a Figura 4. Qual deve ser o Potencial Elétrico resultante no ponto P? Figura 4 – Exemplo 2 Fonte: A autora. Primeiramente, precisamos determinar o potencial elétrico gerado no ponto P por cada uma das cargas. Para isso, utilizaremos a Equação 8. 9 ( ) ( )( ) 2 1 1 1 1 0 1 9 9 1 2 2 1 r 4cm r 4 10 m qV k r 3 10 C V 8,99 10 N m² / C² 4 10 m V 6,74 10 V − − − = ⇒ = ⋅ = ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ( ) ( )( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 9 9 2 2 2 2 r ? r 3 4 r 9 16 r 25 r 5cm r 5 10 m qV k r 1 10 C V 8,99 10 N m² / C² 5 10 m V 1,80 10 V − − − = = + = + = = ⇒ = ⋅ = − ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ = − ⋅ ( ) ( )( ) 2 3 3 3 3 0 3 9 9 3 2 2 3 r 3cm r 3 10 m qV k r 2 10 C V 8,99 10 N m² / C² 3 10 m V 5,99 10 V − − − = ⇒ = ⋅ = ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ Para determinar o Potencial Elétrico resultante no ponto P, devemos somar algebricamente os potenciais gerados por cada carga no ponto. ( ) P 1 2 3 2 2 2 P 2 P P V V V V V 6,74 10 V 1,80 10 V 5,99 10 V V 10,93 10 V V 1,093kV = + + = ⋅ + − ⋅ + ⋅ = ⋅ ⇒ = 10 2.4 Superfícies equipotenciais Veja que, no Exemplo 1 desta aula, foi solicitado que determinássemos o potencial elétrico em duas regiões ao redor de um elétron. A primeira região estava a uma distância r1 = 2,342⋅10-11 m do elétron. No entanto, essa distância radial permite que tracemos uma superfície esférica com raio r1 centrada no elétron, e em qualquer ponto da superfície, o potencial elétrico será V1=-61,48 V (como calculamos anteriormente). Chamamos essa superfície de superfície equipotencial. O mesmo acontece quando calculamos o potencial elétrico na região a uma distância r2= 8,731⋅10-11 m do elétron. Toda essa região, também esférica e centrada no elétron, tem potencial elétrico V2= –16,49 V, caracterizando outra superfície equipotencial. Figura 5 – Superfícies equipotenciais Fonte: Halliday; Resnick; Walker, 1996. Podemos, então, definir uma superfície equipotencial como uma região em que o Potencial Elétrico se mantém constante. As linhas de campo que atravessam a superfície serão perpendiculares a ela, como observamos na Figura 5. TEMA 3 – CAPACITÂNCIA No século XVII, apresentações de fenômenos físicos tornaram-se comuns na Inglaterra, gerando interesse do público sobre os conhecimentos científicos. Diante disso, a comunidade científica começou a estimular os pesquisadores a 11 publicarem seus trabalhos em inglês (e não mais em latim), para que as pessoas pudessem compreender seu conteúdo. No século seguinte, as apresentações que utilizavam geradores elétricos tornaram a Eletricidade um sucesso. Esse tipo de “espetáculo” logo se espalhou por outros países da Europa, estimulando o interesse de muitas pessoas pelo assunto, como foi o caso do físico holandês Pieter van Musschenbroek (Rocha, 2002) que, em 1745, em Leyden, na Holanda, criou um dispositivo composto por uma garrafa de vidro com água, com uma superfície condutora interna e outra externa, com fios condutores que permitiam conectá-lo a um gerador. Dessa maneira, o dispositivo armazenava uma grande quantidade de carga elétrica e gerava grandes faíscas quando posto em contato com outro objeto. Musschenbroek deu o nome de Garrafa de Leyden a esse instrumento elétrico. Quase que simultaneamente, o pastor polonês Ewald G. von Kleist também desenvolveu um aparelho semelhante à Garrafa de Leyden. (Caldas, 2015). Figura 6 – Garrafa de Leyden Fonte: Adaptado de Rocha, 2002. A Garrafa de Leyden é um precursor dos capacitores atuais. Um capacitor sempre é composto por dois condutores separados por um material dielétrico. Esses dois condutores são denominados placas do capacitor, independentemente de seu formato. É possível armazenar uma grande quantidade de energia em um capacitor. Uma forma de carregar um capacitor é ligando seus terminais a uma bateria ou gerador. Esse capacitor armazenará uma carga elétrica Q que dependerá da tensão elétrica V a qual é ligado (Equação 11). De acordo com a geometria das placas, o capacitor será caracterizado pela sua capacidade de 12 armazenar carga. Essa grandeza é chamada de Capacitância (C), medida em Farad segundo o Sistema Internacional de Unidades (SI). 𝑸𝑸 = 𝑪𝑪 ∙ 𝑽𝑽 (𝟏𝟏𝟏𝟏) 𝟏𝟏𝑪𝑪/𝑽𝑽 = 𝟏𝟏 𝑭𝑭 Atualmente, utilizamos vários tipos de capacitores, com formas e tamanhos diferentes, e que utilizam materiais diferentes como dielétricos (Figura 7). Figura 7 – Tipos de capacitores Fonte: A autora. Vamos analisar um pouco mais alguns tipos de capacitores, de acordo com seus formatos. 3.1 Capacitor de placas paralelas O capacitor de placas paralelas é composto por duas placas condutoras montadas paralelamente uma em relação à outra. Quando carregada, uma das placas terá uma carga +Q e a outra, uma carga –Q, criando um campo elétrico uniforme na região interna entre as placas (desprezando o efeito das bordas), como observamos na Figura 8. 13 Figura 8 – Capacitor de placas paralelas Fonte: A autora. Esse campo aproxima-se de um campo gerado por um plano infinito. 𝑬𝑬 = 𝟐𝟐𝟐𝟐𝒌𝒌𝟎𝟎𝝈𝝈 ⇒ 𝑬𝑬 = 𝑸𝑸 𝝐𝝐𝟎𝟎𝑨𝑨 Desse modo, o potencial elétrico, por sua vez, é dado por V=Ed (em que d representa a distância entre as placas), o que nos permite escrever a capacitância desse modelo de capacitor em função da área das placas e da distância entre elas (Equação 12). 𝑪𝑪 = 𝑸𝑸 𝑽𝑽 𝑪𝑪 = 𝑸𝑸 𝑬𝑬𝒅𝒅 𝑪𝑪 = 𝝐𝝐𝟎𝟎𝑨𝑨 𝒅𝒅 (𝟏𝟏𝟐𝟐) Veja o exemplo. EXEMPLO 3: Duas placas metálicas planas e quadradas, com 25 cm de aresta, são posicionadas de forma a ficarem paralelas, distanciadas a 2,0 mm uma da outra. Qual será a carga armazenada por esse capacitor quando conectado a uma tensão de 9 V? Veja que a área das placas é dada pela área do quadrado de aresta a= 25 cm. ( ) 2 2 22 2 a 25cm a 25 10 m A a A 25 10 m A 6,25 10 m² − − − = ⇒ = ⋅ = = ⋅ = ⋅ A capacitância pode ser determinada pela Equação 12, característica do capacitor de placas paralelas. 14 ( )( ) ( ) 3 0 12 2 3 10 d 2,0mm d 2,0 10 m AC d 8,854 10 F / m 6,25 10 m² C 2,0 10 m C 2,767 10 F C 267,7pF − − − − − = ⇒ = ⋅ ∈ = ⋅ ⋅ = ⋅ = ⋅ ⇒ = Aoconectarmos o capacitor a uma tensão elétrica V=9 V, temos, utilizando a Equação 11: ( )( )10 9 Q C V Q 2,767 10 F 9,0V Q 2,49 10 C Q 2,49nC − − = ⋅ = ⋅ = ⋅ ⇒ = Logo, a carga elétrica armazenada per esse capacitor será de 2,49 nC. 3.2 Capacitor cilíndrico Um capacitor cilíndrico é composto por dois cilindros metálicos coaxiais de comprimento L. O cilindro interno terá um de raio r1 e o cilindro externo terá um de raio r2, conforme mostra a Figura 9. Figura 9 – Capacitor cilíndrico Fonte: Tipler, 2000, p. 92. A capacitância desse tipo de capacitor será dada pela Equação 13. 𝑪𝑪 = 𝟐𝟐𝟐𝟐𝝐𝝐𝟎𝟎𝑳𝑳 𝒍𝒍𝒏𝒏�𝒅𝒅𝟐𝟐 𝒅𝒅𝟏𝟏� � (𝟏𝟏𝟑𝟑) 15 3.3 Capacitor esférico O capacitor esférico é composto por duas cascas esféricas metálicas concêntricas. A casca interna terá raio r1 e a casca esférica terá raio r2, conforme mostra a Figura 10. Figura 10 – Capacitor esférico Fonte: A autora. A capacitância desse tipo de capacitor será dada pela Equação 14. 𝑪𝑪 = 𝟒𝟒𝟐𝟐𝝐𝝐𝟎𝟎 𝒅𝒅𝟏𝟏𝒅𝒅𝟐𝟐 𝒅𝒅𝟐𝟐 − 𝒅𝒅𝟏𝟏 (𝟏𝟏𝟒𝟒) 3.4 Energia armazenada pelo capacitor Para que o capacitor armazene cargas positivas em uma das placas e cargas negativas na outra, é necessário que seja realizado trabalho sobre elas. Essa energia recebida pela realização do trabalho fica armazenada no capacitor como energia potencial elétrica U. Podemos determinar a energia armazenada pode ser dada pela Equação (15). A energia dU para mover uma quantidade muito pequena de carga dq em uma diferença de potencial V é dada por: 𝒅𝒅𝑼𝑼 = 𝑽𝑽 𝒅𝒅𝒒𝒒 ← 𝑽𝑽 = 𝒒𝒒 𝑪𝑪 𝑼𝑼 = �𝒅𝒅𝑼𝑼 = � 𝒒𝒒 𝑪𝑪 𝒅𝒅𝒒𝒒 𝑸𝑸 𝟎𝟎 𝑼𝑼 = 𝟏𝟏 𝟐𝟐 𝑸𝑸𝟐𝟐 𝑪𝑪 = 𝟏𝟏 𝟐𝟐 𝑸𝑸𝑽𝑽 = 𝟏𝟏 𝟐𝟐 𝑪𝑪𝑽𝑽𝟐𝟐 (𝟏𝟏𝟓𝟓) 16 Veja que essa Equação 15 mostra diferentes formas de determinar a energia potencial elétrica armazenada pelo capacitor de capacitância C, ligado em uma tensão V e que armazena uma carga total Q. Vamos observar o exemplo a seguir. EXEMPLO 4: Um pequeno capacitor de 10 µF é ligado a uma fonte de tensão de 12 V. Ao ser carregado, qual será a energia e a carga elétrica armazenada pelo capacitor? Para determinar a energia armazenada, utilizaremos a Equação 15. ( )( ) 6 2 26 6 C 10 F C 10 10 F 1U C V 2 1U 10 10 F 9,0V 2 U 405 10 J U 405 J − − − = µ ⇒ = ⋅ = ⋅ = ⋅ = ⋅ ⇒ = µ A carga elétrica armazenada pode ser determinada pela relação entre a capacitância e a tensão. ( )( )6 6 Q C V Q 10 10 F 9,0V Q 90 10 C Q 90 C − − = ⋅ = ⋅ = ⋅ ⇒ = µ 3.5 Dielétricos As placas de um capacitor devem ser separadas. Se essa área é preenchida com um material isolante (denominado dielétrico), a sua capacitância é aumentada. Figura 11 – Capacitor com dielétrico Fonte: A autora. 17 Como as moléculas do dielétrico se organizam de acordo com o campo elétrico entre as placas, geram um campo oposto, enfraquecendo o campo elétrico no interior do capacitor (Figura 11, que reduz a tensão causando o aumento da capacitância, como mostra a Equação 16. 𝑪𝑪 = 𝜿𝜿 ∙ 𝑪𝑪𝟎𝟎 (𝟏𝟏𝟔𝟔) Em que C0 é a capacitância do capacitor sem o uso do dielétrico, e κ é a constante dielétrica do material que compõe o dielétrico. O dielétrico exige um valor alto de ddp para que ocorra a ruptura dielétrica. Podemos compreender esse fenômeno analisando uma descarga elétrica durante uma tempestade. As nuvens podem conter regiões eletrizada devido ao atrito das gotículas de água e o ar. Quando a base da nuvem está eletrizada negativamente, por exemplo, o solo sob a nuvem pode estar eletrizado positivamente, formando um enorme capacitor, cujas placas (nuvem e solo) estão separadas por um dielétrico, que no caso é o ar. Quando a ddp entre a nuvem e o solo torna-se grande o suficiente para romper o efeito dielétrico do ar (a tensão de ruptura do ar é de 3 ∙ 106 𝑉𝑉), uma descarga elétrica (o raio) ocorre. TEMA 4 – ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES Em um circuito, os vários capacitores podem ser associados em série ou em paralelo. No caso da associação em série, em que os capacitores são ligados em sequência, os capacitores armazenam a mesma carga elétrica. Nas associações em paralelo, os capacitores ficam sujeitos à mesma ddp. 4.1 Associação em série Em uma associação em série de n capacitores, eles são ligados um ao outro de forma que o movimento das cargas entre as placas faz com que os capacitores armazenem a mesma quantidade de carga. Isso faz com que a tensão sobre os capacitores seja dada pela soma da ddp em cada um dos elementos capacitivos associados. 18 Figura 12 – Associação em série Fonte: A autora. Nesse caso, a quantidade de carga total armazenada pelo circuito será dada por: 𝑽𝑽 = �𝑽𝑽𝒊𝒊 𝒏𝒏 𝒊𝒊=𝟏𝟏 = 𝑽𝑽𝟏𝟏 + 𝑽𝑽𝟐𝟐 + 𝑽𝑽𝟑𝟑 + ⋯+ 𝑽𝑽𝒏𝒏 Como a carga de cada capacitor é dada pela sua capacitância multiplicada pela tensão aplicada sobre ela, tem-se: 𝑽𝑽 = 𝑽𝑽𝟏𝟏 + 𝑽𝑽𝟐𝟐 + 𝑽𝑽𝟑𝟑 + ⋯+ 𝑽𝑽𝒏𝒏 = 𝑸𝑸 𝑪𝑪𝟏𝟏 + 𝑸𝑸 𝑪𝑪𝟐𝟐 + 𝑸𝑸 𝑪𝑪𝟑𝟑 + ⋯+ 𝑸𝑸 𝑪𝑪𝒏𝒏 𝑽𝑽 = � 𝟏𝟏 𝑪𝑪𝟏𝟏 + 𝟏𝟏 𝑪𝑪𝟐𝟐 + 𝟏𝟏 𝑪𝑪𝟑𝟑 + ⋯+ 𝟏𝟏 𝑪𝑪𝒏𝒏 �𝑸𝑸 Nesse caso, o inverso da capacitância equivalente Ceq é dado pela soma dos inversos das capacitâncias dos capacitores associados em série (Equação 17). 𝟏𝟏 𝑪𝑪𝒆𝒆𝒒𝒒 = � 𝟏𝟏 𝑪𝑪𝒊𝒊 𝒏𝒏 𝒊𝒊=𝟏𝟏 = 𝟏𝟏 𝑪𝑪𝟏𝟏 + 𝟏𝟏 𝑪𝑪𝟐𝟐 + 𝟏𝟏 𝑪𝑪𝟑𝟑 + ⋯+ 𝟏𝟏 𝑪𝑪𝒏𝒏 (𝟏𝟏𝟕𝟕) EXEMPLO 5: Qual a carga total armazenada por uma associação em série de quatro capacitores (de 2mF, 4 mF, 4 mF e 1 mF, respectivamente), cuja ddp aplicada é de 10 V? Veja que a associação descrita no enunciado pode ser representada da seguinte forma: 19 Em uma associação em série, a capacitância equivalente é dada pela Equação 17. eq 1 2 3 4 3 3 3 3 eq 3 eq 3 eq eq 1 1 1 1 1 C C C C C 1 1 1 1 1 C 2 10 F 4 10 F 4 10 F 1 10 F 1 8 C 4 10 F C 0,5 10 F C 0,5mF − − − − − − = + + + = + + + ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ = ⋅ ⇒ = Ao aplicarmos uma ddp V=10 V nesse circuito, a carga total armazenada poderá ser determinada pela Equação 11. ( )( ) total eq 3 total 3 total total Q C V Q 0,5 10 F 10V Q 5 10 C Q 5mC − − = ⋅ = ⋅ = ⋅ ⇒ = 4.2 Associação em paralelo Em uma associação em paralelo de n capacitores, estes são ligados um ao outro de forma que a tensão sobre os capacitores seja a mesma. Nesse caso, a quantidade de carga armazenada pelo circuito é dada pela soma da carga armazenada em cada um dos capacitores associados. 20 Figura 13 – Associação em paralelo Fonte: A autora. Nesse caso, a quantidade de carga total armazenada pelo circuito será dada por: 𝑸𝑸 = �𝑸𝑸𝒊𝒊 𝒏𝒏 𝒊𝒊=𝟏𝟏 = 𝑸𝑸𝟏𝟏 + 𝑸𝑸𝟐𝟐 + 𝑸𝑸𝟑𝟑 + ⋯+ 𝑸𝑸𝒏𝒏 A carga de cada capacitor é dada pela sua capacitância multiplicada pela tensão aplicada sobre ela. Como a tensão é a mesma sobre todos os capacitores, tem-se: 𝑸𝑸 = 𝑸𝑸𝟏𝟏 + 𝑸𝑸𝟐𝟐 + 𝑸𝑸𝟑𝟑 + ⋯+ 𝑸𝑸𝒏𝒏 = 𝑪𝑪𝟏𝟏𝑽𝑽 + 𝑪𝑪𝟐𝟐𝑽𝑽 + 𝑪𝑪𝟑𝟑𝑽𝑽 + ⋯+ 𝑪𝑪𝒏𝒏𝑽𝑽 𝑸𝑸 = (𝑪𝑪𝟏𝟏 + 𝑪𝑪𝟐𝟐 + 𝑪𝑪𝟑𝟑 + ⋯+ 𝑪𝑪𝒏𝒏)𝑽𝑽 Nesse caso, a capacitância equivalente Ceq é dada pela soma da capacitância dos capacitores associados em paralelo (Equação 17). 𝑪𝑪𝒆𝒆𝒒𝒒 = �𝑪𝑪𝒊𝒊 𝒏𝒏 𝒊𝒊=𝟏𝟏 = 𝑪𝑪𝟏𝟏 + 𝑪𝑪𝟐𝟐 + 𝑪𝑪𝟑𝟑 + ⋯+ 𝑪𝑪𝒏𝒏 (𝟏𝟏𝟖𝟖) EXEMPLO 6: Qual deve ser a capacitância C dos capacitores associados para que, ao ser aplicada uma ddp de 12 V sobre o circuito da Figura 14, o circuito armazene uma carga total de 1 µC? 21 Figura 14 – Exemplo 6 Fonte: A autora. Veja que a associação em paralelo representa uma capacitância equivalente Ceq dada pela Equação 18. eq eq C C C C C C 4C = + + + = Utilizando a Equação 11, podemos relacionar essa capacitância equivalente à carga total Qtotal = 1⋅10-6 C, armazenada pelo circuito no qual aplicamos uma ddp V=12 V. total total eqeq 6 8 8 8 QQ C V C V 1 10 C4C 12V 4C 8,33 10 F 8,33 10 FC 4 C 2,08 10 F C 20,8nF − − − − = ⋅ ⇔ = ⋅ = = ⋅ ⋅ = = ⋅ ⇒ = Ou seja, cada capacitor do circuito deverá ter uma capacitância de 20,8 nF. 22 4.3 Associação em mista Uma associação que liga capacitores em série e em paralelo é denominada associação mista. Nesse tipo de associação, cada trecho do circuito deve ser analisado utilizando as equações características das associações em série ou em paralelo. Veja o exemplo. EXEMPLO 7: Qual a capacitância equivalente do circuito representado na Figura 15? Considere que: C1=C2=1 µF, C3=C4=2 µF e C5=C6=3 µF. Figura 15 – Exemplo 7 Fonte: A autora. Veja que a associação em paralelo que está conectada ao circuito em série pode ser simplificada a uma capacitância C*, que permitirá determinarmos a capacitância equivalente da associação em série. 23 * * 6 6 6 * 6 * C ? Associação em paralelo C 1 10 F 2 10 F 2 10 F C 5 10 F C 5 F − − − − = → = ⋅ + ⋅ + ⋅ = ⋅ ⇒ = µ eq * eq 1 5 6 6 6 6 6 eq 6 eq 6 eq 7 eq eq C ? Associação em série 1 1 1 1 1 C C C C C 1 1 1 1 1 C 1 10 F 5 10 F 3 10 F 3 10 F 1 28 C 15 10 F 15 10 FC 28 C 5,36 10 F C 536nF − − − − − − − = → = + + + = + + + ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = = ⋅ ⇒ = A capacitância equivalente de circuito é dada por 536 nF. TEMA 5 – USO DE CAPACITORES NAS TECNOLOGIAS ATUAIS Devido à sua função de armazenamento de energia, capacitores podem ser utilizados de diferentes formas nas tecnologias atuais, desde dispositivos que necessitam de armazenamento de carga rápida, como flashes fotográficos, teclados capacitivos, até em telas touchscreen de dispositivos móveis. 24 5.1 Flash O flash de equipamentos fotográficos tem um princípio de funcionamento muito simples. O capacitor interno, conectado ao circuito, é carregado ao ligar a chave de conexão com a bateria. Ao acionar a câmera para que a fotografia seja registrada, o capacitor descarrega (a chave entre o capacitor e a lâmpada é conectada), transmitindo corrente elétrica à lâmpada responsável pela iluminação do ambiente. O esquema de funcionamento do flash pode ser observado na Figura 16. Figura 16 – Flash fotográfico Fonte: A autora. 5.2 Teclado capacitivo O teclado capacitivo identifica o toque nas teclas devido a uma variação no sinal capacitivo entre as placas conectadas à base da tela. Ao pressionar a tecla, o suporte na base da tecla pressiona uma das placas eletrizadas do capacitor, reduzindo a distância entre elas, mas sem que se toquem. Essa aproximação, causa uma variação na capacitância entre as placas, gerando uma pequena descarga elétrica, que é identificada pelo circuito ao qual tecla está conectada. 25 Figura 17 – Teclado capacitivo Fonte: A autora. 5.3 Telas touchscreen capacitivas Diversos dispositivos eletrônicos atuais apresentam plataformas de interação que utilizam telas com tecnologia touch. Há diversos tipos de telas touchscreen, sendo uma delas definida como capacitiva, pois utiliza a variação da capacitância para identificar o toque. Muito utilizada em mídias móveis, devido à rápida resposta ao toque, as telas touchscreen capacitivas são compostas por uma camada de material condutor eletricamente carregada colocada sobre o monitor, coberto pela tela de vidro. Essa camada condutora eletrizada faz o papel de uma das placas do capacitor. O dedo durante o toque, por exemplo, fará o papel da outra placa que compõe o capacitor, uma vez que o corpo humano também é condutor. O toque na tela causa uma variação no campo elétrico, e na capacitância da região da tela (Figura 18), identificada pelo sistema e processada como uma ação sobre a mídia. 26 Figura 18 – Funcionamento da tela touchscreen capacitiva Fonte: A autora. Esse tipo de tela exige que se utilize os dedos ou outro material condutor, e pode ter seu funcionamento prejudicado por poeira ou pela própria gordura dos dedos. Os capacitores ainda podem ser utilizados de diversas formas em circuitos elétricos. Esses são alguns exemplos de instrumentos tecnológicos que utilizam os capacitores em seu funcionamento. FINALIZANDO Nesta aula, estudamos como cargas elétricas podem armazenar energia devido à interação com um campo elétrico. Compreendemos como podemos armazenar essa energia em dispositivos como os capacitores, e como eles podem seu utilizados em equipamentos tecnológicos comuns no cotidiano. Estudamos também o conceito de tensão elétrica, relacionado à energia potencial armazenada pelas cargas elétricas em regiões com campo. A compreensão desse conceito é de suma importância para os estudos seguintes dessa disciplina. Rastreador (Placas condutoras eletrizadas) Tela de vidro e invólucro LCD Campo elétrico O campo elétrico é modificado pelo toque. Essa variação do sinal capacitivo é rastreada e o local do toque é identificado. 27 REFERÊNCIAS CALDAS, J. Museu Interativo da Física da UFPA: ação educativa com ênfase em divulgação e popularização da História e da Filosofia da Ciência para o ensino de Física. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Física) – Faculdade de Física, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: eletromagnetismo. Tradução: SOTERO, D. H. S.; COSTAMILAN, G. B. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. v. 3. RAMALHO JUNIOR, F.; FERRARO, N. G.; SOARES, P. A. T. Os fundamentos da física: eletricidade. Introdução à física moderna e análise dimensional, 10 ed. São Paulo: Moderna, 2009. v. 3. ROCHA, J. F. M. (Org.). Origens e evolução das ideias da física. Salvador: EDUFBA, 2002. SILVA, J. L. P. B.; CUNHA, M. B. M. Para compreender o modelo atômico quântico. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 14., Curitiba. Anais... Curitiba, 2008. TIPLER, P. A. Física para cientistas e engenheiros: eletricidade, magnetismo e ótica. Tradução: MACEDO, H.; BIASI, R. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física III, Sears e Zemansky: eletromagnetismo. 14 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. Fonte: A autora.
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