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AINEs
SUMÁRIO
1. Introdução ...................................................................................................................3
2. Fisiologia da Inflamação ............................................................................................3
3. Farmacocinética dos AINEs .......................................................................................5
4. Mecanismo de Ação dos AINEs .................................................................................6
5. Efeitos Adversos .........................................................................................................7
6. Classes de AINEs ........................................................................................................9
Referências ....................................................................................................................18
AINEs   3
1. INTRODUÇÃO
Os AINEs, ou Anti-Inflamatórios Não Esteroides, representam uma classe de fár-
macos amplamente utilizada na prática clínica para o manejo da dor e da inflamação. 
Este artigo visa elucidar os principais aspectos relacionados à farmacologia dos AINEs, 
abordando desde a fisiologia da inflamação até as classes desses fármacos.
2. FISIOLOGIA DA INFLAMAÇÃO
A inflamação é uma resposta imunológica complexa que envolve uma série de 
mediadores químicos e celulares. Para entender profundamente este processo, é es-
sencial desvendar a cascata inflamatória que se inicia com a ativação de fosfolipídeos 
presentes na membrana celular. Vamos detalhar cada etapa desta cascata:
2.1 Fosfolipídeos e Ácido Araquidônico
Os fosfolipídeos presentes na membrana celular são hidrolisados pela enzima fos-
folipase A2, liberando ácido araquidônico, um ácido graxo poli-insaturado essencial 
na cascata inflamatória.
2.2 Leucotrienos
O ácido araquidônico pode ser metabolizado pela via da lipoxigenase, dando origem 
aos leucotrienos. Estes compostos têm um papel crucial na mediação de processos 
inflamatórios, sendo potentes mediadores da broncoconstrição e aumentando a per-
meabilidade vascular.
2.3 Prostaglandinas e Tromboxanos
Alternativamente, o ácido araquidônico pode seguir a via da ciclooxigenase (COX), 
sendo convertido em prostaglandinas e tromboxanos. As prostaglandinas atuam em 
diversos processos fisiológicos, incluindo a febre e a dor, enquanto os tromboxanos 
estão envolvidos na agregação plaquetária e vasoconstrição.
• Prostaglandinas: São mediadores lipídicos que atuam em uma ampla gama de 
funções no corpo, incluindo a manutenção da homeostase renal e a proteção da 
mucosa gástrica.
AINEs   4
• Tromboxanos: Estes compostos têm um papel vital na agregação plaquetária, 
sendo essenciais para a coagulação sanguínea.
2.4 Enzimas Envolvidas
As principais enzimas envolvidas nesta cascata são:
• Fosfolipase A2: Catalisa a liberação de ácido araquidônico a partir de fosfolipídeos.
• Ciclooxigenase (COX): Existem duas isoformas principais, COX-1 e COX-2, que 
são responsáveis pela formação de prostaglandinas e tromboxanos a partir do 
ácido araquidônico.
• Lipoxigenase: Enzima que catalisa a formação de leucotrienos a partir do ácido 
araquidônico.
2.5 COX-1 e COX-2
2.5.1 COX-1
A COX-1 é uma enzima constitutiva, ou seja, está presente em quase todas as 
células do corpo e tem um papel importante na manutenção da homeostase fisioló-
gica. Ela é responsável pela produção de prostaglandinas que protegem a mucosa 
gástrica e sustentam a função renal, além de estar envolvida na regulação da agre-
gação plaquetária.
2.5.2 COX-2
A COX-2, por outro lado, é induzida durante processos inflamatórios, sendo ex-
pressa em resposta a citocinas pró-inflamatórias e fatores de crescimento. Ela está 
majoritariamente envolvida na produção de prostaglandinas que medeiam a febre, dor 
e inflamação. Além disso, a COX-2 tem um papel significativo em processos carcino-
gênicos e na angiogênese.
A compreensão detalhada desta cascata é fundamental para entender o mecanismo 
de ação dos AINEs, que atuam inibindo seletivamente as enzimas COX, modulando 
assim a resposta inflamatória.
AINEs   5
Figura 1. Cascata de inflamação
Fonte: Acervo Sanar.
3. FARMACOCINÉTICA DOS AINES
3.1 Farmacodinâmica dos AINEs
A farmacodinâmica dos AINEs está centrada na inibição das enzimas COX-1 e 
COX-2, modulando assim a produção de prostaglandinas e tromboxanos, e conse-
quentemente, a resposta inflamatória e a percepção da dor.
3.1.1 Ação sobre COX-1
A inibição da COX-1 resulta em efeitos gastroprotetores e antiplaquetários, mas 
também pode levar a efeitos adversos, como úlceras gástricas e problemas renais, 
devido à supressão das prostaglandinas protetoras.
AINEs   6
3.1.2 Ação sobre COX-2
A inibição seletiva da COX-2 busca manter os efeitos anti-inflamatórios e analgési-
cos, reduzindo os efeitos adversos associados à inibição da COX-1. No entanto, essa 
inibição seletiva pode aumentar o risco de eventos trombóticos.
4. MECANISMO DE AÇÃO DOS AINES
Os AINEs possuem uma ampla gama de ações no organismo, influenciando diver-
sos processos fisiológicos através da inibição das enzimas COX-1 e COX-2. Vamos 
explorar como esses fármacos atuam em diferentes cenários:
4.1 Inflamação
Na inflamação, os AINEs atuam reduzindo a produção de prostaglandinas e leu-
cotrienos, mediadores que promovem a vasodilatação e aumentam a permeabilidade 
vascular, facilitando a migração de leucócitos para o local da inflamação. Ao inibir a 
COX-2, os AINEs reduzem esses efeitos, atenuando a resposta inflamatória.
4.2 Dor Local
Os AINEs são eficazes no tratamento da dor local, pois reduzem a produção de 
prostaglandinas, que são sensibilizadores periféricos dos nociceptores, diminuindo 
assim a sensação de dor no local da inflamação.
4.3 Febre
Na febre, os AINEs atuam no hipotálamo, reduzindo a produção de prostaglandinas, 
especialmente a PGE2, que eleva o ponto de ajuste térmico, resultando em febre. Ao 
inibir a produção de PGE2, os AINEs ajudam a reduzir a febre.
4.4 Canal Arterial
Os AINEs, especialmente o indometacina e o ibuprofeno, são usados no tratamento 
do canal arterial patente, uma condição comum em neonatos prematuros. Eles atuam 
promovendo a constrição do canal arterial, facilitando o seu fechamento.
AINEs   7
4.5 Contrações Uterinas
Os AINEs também têm um papel na inibição das contrações uterinas, uma vez que 
reduzem a produção de prostaglandinas, que são estimulantes potentes das contra-
ções uterinas. Isso pode ser útil no manejo de trabalho de parto prematuro.
5. EFEITOS ADVERSOS
Os AINEs, embora sejam amplamente utilizados e apresentem benefícios significati-
vos no controle da inflamação e da dor, podem causar vários efeitos adversos. Vamos 
explorar os principais efeitos adversos associados ao uso desses medicamentos:
5.1 Mucosa Gástrica
A inibição da COX-1 pelos AINEs pode levar à redução da produção de prosta-
glandinas que protegem a mucosa gástrica, aumentando assim o risco de úlceras e 
hemorragias gastrointestinais. Além disso, podem ocorrer náuseas, vômitos e des-
conforto abdominal.
5.2 Sangramentos
Os AINEs podem aumentar o risco de sangramentos, tanto gastrointestinais quanto 
em outros locais, devido à inibição da função plaquetária. Este efeito é mais pronun-
ciado com o uso de AINEs que inibem fortemente a COX-1.
5.3 Contrações Uterinas
Embora os AINEs possam ser usados para inibir contrações uterinas prematuras, seu 
uso prolongado ou em doses elevadas pode aumentar o risco de complicações, incluin-
do a inibição do trabalho de parto e a fechamento prematuro do canal arterial no feto.
5.4 Persistência do Canal Arterial
O uso de AINEs em neonatos pode levar à persistência do canal arterial, uma condição 
que pode resultar em insuficiência cardíaca e outras complicações cardiovasculares sérias.
5.5 Lesão Renal
Os AINEs podem causar lesão renal aguda, principalmente em indivíduos sus-
ceptíveis, como idosos e pacientes com insuficiência renal pré-existente. Este efeito 
adverso ocorredevido à inibição da síntese de prostaglandinas renais, que são vitais 
para a manutenção do fluxo sanguíneo renal.
AINEs   8
MAPA MENTAL 1: EFEITOS ADVERSOS DOS AINES
Gastrointestinais
Gastrite Insuficiência Cardíaca Retenção de Sódio e ÁguaÚlceras
Cardiovasculares Renais
Sangramentos Hipertensão Insuficiência Renal
Prurido
Dermatológicos
Rash CutâneoInsuficiência Hepática
Hepáticos
Hepatotoxicidade Insuficiência Respiratória
Respiratórios
Asma Exacerbada
Efeitos Adversos dos AINEs
Fonte: Elaborado pelo autor.
AINEs   9
6. CLASSES DE AINES
Os AINEs podem ser classificados em várias classes, dependendo de sua es-
trutura química e mecanismo de ação. Uma das classes mais importantes é a dos 
derivados do ácido salicílico. Vamos aprofundar nesta classe e entender suas ca-
racterísticas distintas, efeitos dose-dependentes, toxicidade no SNC e indicações 
clínicas.
6.1 Derivados do Ácido Salicílico
Os derivados do ácido salicílico, como o ácido acetilsalicílico (AAS), são am-
plamente utilizados devido às suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas 
e antipiréticas.
6.1.1 Efeito Dose-Dependente
• Doses Baixas (75-150 mg/dia): Possuem efeito antiplaquetário, sendo úteis 
na prevenção de eventos tromboembólicos.
• Doses Moderadas (150-300 mg/dia): Apresentam efeito analgésico e antipiré-
tico, sendo indicados para o alívio da dor leve a moderada e controle da febre.
• Doses Altas (300-600 mg/dia): Exibem efeito anti-inflamatório, sendo utili-
zados no tratamento de condições inflamatórias crônicas.
6.1.2 Efeito Tóxico no SNC
O uso prolongado ou em doses elevadas pode levar a efeitos tóxicos no SNC, 
incluindo tonturas, confusão, convulsões e até coma. Este efeito é exacerbado 
em casos de superdosagem, onde podem ocorrer sintomas como zumbido nos 
ouvidos e visão borrada.
6.1.3 Indicações
• Prevenção de Eventos Cardiovasculares: Devido ao seu efeito antiplaquetá-
rio, é utilizado na prevenção secundária de infarto do miocárdio e acidente 
vascular cerebral (AVC).
• Alívio da Dor e Febre: Indicado para o tratamento sintomático de condições 
dolorosas e febris.
• Condições Inflamatórias Crônicas: Utilizado no manejo de doenças inflama-
tórias como artrite reumatoide e osteoartrite.
AINEs   10
6.2 Derivados do Para-Aminoafenol
Os derivados do para-aminoafenol são uma classe de AINEs que têm como princi-
pal representante o paracetamol (ou acetaminofeno). Vamos explorar as indicações, 
o principal medicamento desta classe e as complicações associadas ao seu uso.
6.2.1 Principal Medicamento: Paracetamol
O paracetamol é um analgésico e antipirético eficaz, amplamente utilizado em di-
versas condições clínicas devido ao seu perfil de segurança favorável quando usado 
nas doses recomendadas.
6.2.1.1 Indicações
• Dor Leve a Moderada: É indicado para o alívio da dor associada a condições como 
cefaleia, dismenorreia, odontalgia, entre outras.
• Febre: Utilizado para reduzir a febre em adultos e crianças, muitas vezes sendo 
a primeira escolha em pediatria.
• Osteoartrite: Pode ser usado para manejar a dor em pacientes com osteoartrite, 
especialmente em casos de intolerância a outros AINEs.
6.2.1.2 Complicações
• Hepatotoxicidade: O uso crônico ou a superdosagem de paracetamol pode levar a 
hepatotoxicidade grave, sendo a principal causa de insuficiência hepática aguda 
em vários países.
• Reações Alérgicas: Embora raras, podem ocorrer reações alérgicas, incluindo 
rash cutâneo e anafilaxia.
• Efeitos Renais: O uso prolongado pode estar associado a um risco aumentado 
de eventos renais adversos, incluindo insuficiência renal.
6.3 Derivados Indólicos
Os derivados indólicos constituem uma classe de AINEs que inclui medicamentos com 
propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. Vamos focar no principal 
representante desta classe, explorando seu mecanismo de ação e indicações clínicas.
6.3.1 Principal Medicamento: Indometacina
A indometacina é o principal representante dos derivados indólicos, sendo um po-
tente inibidor das enzimas COX-1 e COX-2, o que confere a ela uma ampla gama de 
aplicações clínicas.
AINEs   11
6.3.1.1 Mecanismo de Ação
A indometacina atua inibindo as enzimas COX-1 e COX-2, reduzindo assim a síntese 
de prostaglandinas e tromboxanos. Este mecanismo de ação é o responsável pelos 
seus efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos.
• Anti-inflamatório: Reduz a inflamação ao inibir a produção de mediadores 
inflamatórios.
• Analgésico: Alivia a dor ao diminuir a produção de prostaglandinas, que sensi-
bilizam os receptores da dor.
• Antipirético: Ajuda a reduzir a febre ao atuar no centro termorregulador no 
hipotálamo.
6.3.1.2 Indicações
• Artrite Reumatoide e Osteoartrite: Utilizada no tratamento de processos infla-
matórios crônicos, proporcionando alívio dos sintomas.
• Gota: Pode ser usada no tratamento de crises agudas de gota, ajudando a con-
trolar a dor e a inflamação.
• Fechamento do Canal Arterial: Em neonatologia, é utilizada para induzir o fecha-
mento do canal arterial patente em neonatos prematuros.
• Dismenorreia: Pode ser prescrita para aliviar a dor associada à dismenorreia.
6.4 Fenamatos
Os fenamatos representam uma classe de AINEs que incluem uma série de medi-
camentos com propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas distintas. 
Vamos discutir o principal medicamento desta classe, seu mecanismo de ação e as 
indicações clínicas.
6.4.1 Principal Medicamento: Ácido Mefenâmico
O ácido mefenâmico é o principal representante da classe dos fenamatos, sendo 
amplamente utilizado para tratar uma variedade de condições dolorosas e inflamatórias.
6.4.1.1 Mecanismo de Ação
O ácido mefenâmico atua inibindo as enzimas COX-1 e COX-2, o que resulta na 
redução da síntese de prostaglandinas e outros mediadores inflamatórios. Este me-
canismo é central para seus efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos.
• Anti-inflamatório: Atua reduzindo a inflamação através da inibição da produção 
de prostaglandinas.
AINEs   12
• Analgésico: Proporciona alívio da dor ao diminuir a sensibilização dos re-
ceptores de dor.
• Antipirético: Reduz a febre ao interferir no centro termorregulador no hipotálamo.
6.4.1.2 Indicações
• Dismenorreia: É frequentemente prescrito para aliviar a dor associada à 
dismenorreia.
• Artrite: Pode ser utilizado no tratamento sintomático de artrite reumatoide 
e osteoartrite.
• Dor Pós-operatória: É uma escolha eficaz para o manejo da dor pós-operatória.
• Dor Dental: Pode ser prescrito para aliviar a dor associada a procedimentos 
dentários.
6.5 Derivados do Ácido Heteroarilacético
Os derivados do ácido heteroarilacético são uma classe de AINEs que englobam 
medicamentos com propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. 
Vamos detalhar o principal medicamento desta classe, seu mecanismo de ação e 
indicações clínicas.
6.5.1 Principal Medicamento: Diclofenaco
O diclofenaco é o principal representante desta classe, sendo um medicamento 
amplamente utilizado devido à sua eficácia no tratamento de diversas condições 
dolorosas e inflamatórias.
6.5.1.1 Mecanismo de Ação
O diclofenaco atua como um inibidor potente e seletivo das enzimas COX-2, o 
que resulta na diminuição da formação de prostaglandinas, substâncias estas que 
mediam processos inflamatórios e dolorosos no organismo. A inibição da COX-2 
confere ao diclofenaco suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e anti-
piréticas, enquanto a preservação da atividade da COX-1 reduz o risco de efeitos 
adversos gastrointestinais.
• Anti-inflamatório: Reduz a inflamação ao diminuir a produção de mediadores 
inflamatórios.
• Analgésico: Alivia a dor ao reduzir a produção de prostaglandinas que sen-
sibilizam os receptores de dor.
• Antipirético: Controla a febre ao atuar no centro termorregulador no hipotálamo.
AINEs   13
6.5.1.2 Indicações
• Artrite Reumatoide e Osteoartrite: Utilizado para aliviar os sintomas associados 
a essas condições inflamatóriascrônicas.
• Dor Aguda: Eficiente no tratamento de condições dolorosas agudas, como dor 
pós-operatória, dor dentária, e cólicas renais.
• Dismenorreia: Pode ser prescrito para aliviar a dor associada à dismenorreia.
• Enxaqueca: Utilizado no tratamento agudo de crises de enxaqueca, ajudando a 
reduzir a intensidade e duração da dor.
6.6 Derivados do Ácido Propriônico
Os derivados do ácido propiônico são uma classe de AINEs que incluem medi-
camentos com ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética. Vamos detalhar o 
mecanismo de ação, os principais medicamentos desta classe e suas indicações 
clínicas.
6.6.1 Mecanismo de Ação
Os derivados do ácido propiônico atuam principalmente através da inibição das 
enzimas COX-1 e COX-2, o que resulta na redução da síntese de prostaglandinas e 
tromboxanos, mediadores químicos centrais no processo inflamatório.
• Anti-inflamatório: Reduzem a inflamação ao inibir a produção de mediadores 
inflamatórios.
• Analgésico: Aliviam a dor ao diminuir a produção de prostaglandinas que sen-
sibilizam os receptores de dor.
• Antipirético: Controlam a febre ao atuar no centro termorregulador no hipotálamo.
6.6.2 Principais Medicamentos
• Ibuprofeno: Um dos AINEs mais prescritos, disponível em diversas formulações, 
incluindo de liberação prolongada.
• Naproxeno: Conhecido por sua longa duração de ação, é frequentemente utilizado 
no tratamento de condições crônicas, como artrite reumatoide.
• Cetoprofeno: Utilizado tanto em terapias agudas quanto crônicas, destaca-se 
por sua potente ação analgésica e anti-inflamatória.
AINEs   14
6.6.3 Indicações
• Dor Aguda: Como dor de cabeça, dor dental, e dor muscular.
• Condições Inflamatórias Crônicas: Como artrite reumatoide e osteoartrite.
• Dismenorreia: Utilizados para aliviar os sintomas dolorosos associados ao ciclo 
menstrual.
• Febre: Empregados como antipiréticos para reduzir a febre em diversas condi-
ções clínicas.
6.7 Ácidos Enólicos (Oxicans)
Os ácidos enólicos, também conhecidos como oxicans, são uma classe de 
AINEs que possuem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. 
Vamos explorar o mecanismo de ação, a principal medicação desta classe e suas 
indicações clínicas.
6.7.1 Principal Medicamento: Piroxicam
O piroxicam é o principal representante dos ácidos enólicos, sendo amplamente 
utilizado no tratamento de condições inflamatórias e dolorosas.
6.7.1.1 Mecanismo de Ação
O piroxicam atua inibindo as enzimas COX-1 e COX-2, o que resulta na diminuição 
da síntese de prostaglandinas e tromboxanos, mediadores químicos que estão envol-
vidos nos processos de inflamação e dor.
• Anti-inflamatório: Reduz a inflamação ao inibir a produção de mediadores 
inflamatórios.
• Analgésico: Alivia a dor ao reduzir a produção de prostaglandinas que sensibi-
lizam os receptores de dor.
• Antipirético: Controla a febre ao atuar no centro termorregulador no hipotálamo.
6.7.1.2 Indicações
• Artrite Reumatoide e Osteoartrite: Utilizado para aliviar os sintomas associados 
a essas condições inflamatórias crônicas.
• Dor Aguda: Eficiente no tratamento de condições dolorosas agudas, como dor 
pós-operatória e dor dentária.
• Dismenorreia: Pode ser prescrito para aliviar a dor associada à dismenorreia.
• Espondilite Anquilosante: Utilizado no manejo dos sintomas desta condição 
reumática crônica.
AINEs   15
6.8 Derivados da Pirazolona
Os derivados da pirazolona são uma classe de AINEs que têm propriedades anti-
-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. Vamos explorar o mecanismo de ação e o 
principal medicamento desta classe.
6.8.1 Principal Medicamento: Dipirona (Metamizol)
A dipirona, também conhecida como metamizol, é o principal representante dos 
derivados da pirazolona, sendo um medicamento comumente utilizado para o trata-
mento de diversas condições dolorosas e febris.
6.8.1.1 Mecanismo de Ação
A dipirona atua inibindo a ciclooxigenase (COX), uma enzima central na formação 
de prostaglandinas, substâncias que mediam a inflamação e a dor. O seu mecanismo 
de ação é um tanto diferenciado, pois além de inibir a COX, também possui um efeito 
espasmolítico, atuando no alívio de espasmos musculares.
• Anti-inflamatório: Reduz a inflamação ao inibir a produção de prostaglandinas, 
mediadores inflamatórios.
• Analgésico: Alivia a dor ao reduzir a sensibilização dos receptores de dor, dimi-
nuindo a percepção da dor.
• Antipirético: Controla a febre ao interferir no centro termorregulador no hipotála-
mo, reduzindo a temperatura corporal em estados febris.
6.8.1.2 Indicações
A dipirona é indicada em uma série de condições, incluindo:
• Dor Aguda: Como dor de cabeça, dor dental, e dor pós-operatória.
• Febre: Utilizada para reduzir a febre em diversas condições clínicas, atuando 
como um antipirético eficaz.
• Cólicas: Devido ao seu efeito espasmolítico, é eficaz no tratamento de cólicas 
de diversas origens.
6.9 Furanonas Diaril
As furanonas diaril representam uma classe de AINEs que são conhecidas por 
suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. Vamos detalhar 
o mecanismo de ação, o principal medicamento desta classe e suas indicações 
clínicas.
AINEs   16
6.9.1 Principal Medicamento: Nimesulida
A nimesulida é o principal representante desta classe, sendo um medicamento 
amplamente utilizado no tratamento de condições inflamatórias e dolorosas.
6.9.1.1 Mecanismo de Ação
A nimesulida atua principalmente através da inibição seletiva da enzima COX-2, o 
que resulta em uma redução da formação de prostaglandinas, substâncias que estão 
diretamente envolvidas nos processos inflamatórios e dolorosos. Além disso, possui 
ação inibitória sobre a liberação de histamina e a atividade de neutrófilos, contribuindo 
para seu efeito anti-inflamatório.
• Anti-inflamatório: Reduz a inflamação ao inibir a produção de mediadores 
inflamatórios.
• Analgésico: Alivia a dor ao reduzir a produção de prostaglandinas que sensibi-
lizam os receptores de dor.
• Antipirético: Controla a febre ao atuar no centro termorregulador no hipotálamo.
6.9.1.2 Indicações
A nimesulida é indicada para uma série de condições, incluindo:
• Dor Aguda: Eficiente no tratamento de condições dolorosas agudas, como dor 
pós-operatória, dor dentária, e cólicas menstruais.
• Osteoartrite: Utilizado para aliviar os sintomas associados a esta condição in-
flamatória crônica.
• Febre: Pode ser prescrita para controlar a febre em diversas condições clínicas.
• Faringite e Amigdalite: Utilizada no tratamento sintomático destas condições, 
ajudando a reduzir a inflamação e a dor.
AINEs   17
MAPA MENTAL 2 : AINEs
Cascata de Ácido 
Araquidônico
COX-1 e COX-2
Leucotrienos
Mucosa Gástrica
Sangramentos
Lesão Renal
Prostaglandinas
Derivado do Ácido 
Salicílico
Ácido Proprionico
Para-Aminoafenol
Ácidos Enólicos
Indólico
Pirazolona
Fenamatos
Furanonas Diaril
Ácido Heteroaril Acético
Tromboxanos
Inflamação Dor Local Febre Canal Arterial Contrações Uterinas
Efeitos Adversos
AINEs Classes de AINEs
Fisiologia da Inflamação
Mecanismo de Ação
Farmacodinâmica
Fonte: Elaborado pelo autor.
AINEs   18
REFERÊNCIAS
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Basis of Therapeutics. 12th ed. New York: McGraw-Hill; 2011.
2. Rang HP, Dale MM, Ritter JM, Flower RJ, Henderson G. Rang & Dale's Pharmacology. 
8th ed. Edinburgh: Elsevier; 2015.
3. Katzung BG, Trevor AJ. Basic & Clinical Pharmacology. 14th ed. New York: McGraw-
Hill Education; 2017.
4. Sweetman SC, editor. Martindale: The Complete Drug Reference. 37th ed. London: 
Pharmaceutical Press; 2011.
5. Vane JR, Botting RM. Mechanism of action of nonsteroidal anti-inflammatory drugs. 
Am J Med. 1998 Jun;104(3A):2S-8S; discussion 21S-22S.
6. Davies NM. Clinical pharmacokinetics of ibuprofen. The first 30 years. Clin Pharmacokinet. 
1998 Feb;34(2):101-54.
7. Ricciotti E, FitzGerald GA. Prostaglandins and inflammation. Arterioscler Thromb 
Vasc Biol. 2011 May;31(5):986-1000.8. Grosser T, Ricciotti E, FitzGerald GA. The Cardiovascular Pharmacology of Nonsteroidal 
Anti-Inflammatory Drugs. Trends Pharmacol Sci. 2017 Aug;38(8):733-748.
9. Bannwarth B, Péhourcq F. Pharmacologie des anti-inflammatoires non stéroïdiens. 
Rev Prat. 2003 Jun 15;53(12):1319-25. (in French)
10. Patrono C, Baigent C. Nonsteroidal Anti-Inflammatory Drugs and the Heart. 
Circulation. 2014 Feb 11;129(6):907-16.
Escrito por Rafael Magalhães Carvalho em parceria com inteligência artificial via chat GPT 4.0.
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	1.	Introdução
	2.	Fisiologia da Inflamação
	3.	Farmacocinética dos AINEs
	4.	Mecanismo de Ação dos AINEs
	5.	Efeitos Adversos
	6.	Classes de AINEs
	Referências

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