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Prévia do material em texto

AULA 1: 
FUNDAMENTOS DO 
DIABETES TIPO 2
ATUALIZAÇÃO NO MANEJO CLÍNICO DO PACIENTE COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 - DM2
FASCÍCULO 1 DO E-BOOK
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Sociedade Brasileira de Diabetes. AstraZeneca Atualização no manejo clínico do 
paciente com diabetes mellitus tipo 2 [livro eletrônico] : DM2 / Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Sociedade Brasileira de 
Diabetes. AstraZeneca ; [elaboração de texto Adriana Bosco...et al.]. -- 1. ed. -- Brasília, DF : CONASEMS, 2023. PDF
Outros elaboradores: João Eduardo Nunes Salles, Rodrigo Nunes Lamounier, Ronaldo, José Pineda Wieselberg. Vários colaboradores. 
Bibliografia. ISBN 978-85-63923-48-6 
1. Diabetes - Cuidados e tratamento 2. Diabetes - Diagnóstico 3. Diabetes - Prevenção 4. Diabetes mellitus 5. Medicamentos 6. Saúde pública 7. 
Sistema Único de Saúde (Brasil) I. Bosco, Adriana. II. Salles, João Eduardo Nunes. III. Lamounier, Rodrigo Nunes. IV. Ronaldo. V. Wiselberg, José 
Pineda.
CDD-616.462
NLM-WK-810
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – 
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, 
desde que citada a fonte.
2023. Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde. Sociedade Brasileira de Diabetes. AstraZeneca.
A coleção institucional do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Câmara Brasileira do 
Livro (CBL) - https://www.cblservicos.org.br
Elaboração, distribuição e informações:
 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS 
MUNICIPAIS DE SAÚDE – Conasems
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, 
Sala 144
Zona Cívico-Administrativo, Brasília/DF
CEP: 70058-900
Tel.:(61) 3022-8900
Núcleo Pedagógico Conasems
Rua Professor Antônio Aleixo, 756 
Belo Horizonte/MG
CEP 30180-150 
Tel: (31) 2534-2640
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES
Diretoria Nacional da Sociedade Brasileira de 
Diabetes (SBD)
Rua Afonso Braz, 579
Salas 72/74 
Vila Nova Conceição 
São Paulo - SP
CEP: 04511-0 11 
Tel: (11) 3842 4931
AstraZeneca
Rodovia Raposo Tavares, KM 26.9 S/N
Moinho Velho
Cotia - SP
CEP: 06709-000
Tel: (11) 3737-1200
Diretoria Conasems
Presidente
Hisham Mohamad Hamida
Vice Presidente 
Nilo César Do Vale Baracho
Sayonara Moura De Oliveira Cidade
Diretor Administrativo
Marcel Jandson Menezes
Diretor Financeiro
Cristiane Martins Pantaleão
Secretário Executivo 
Mauro Guimarães Junqueira
Organização:
Núcleo Pedagógico do Conasems
 
Supervisão-geral:
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação Pedagógica:
Cristina Fátima dos Santos Crespo
Valdívia França Marçal 
Coordenação Educacional:
Kelly Cristina Santana
Curadoria
Elton da Silva Chaves - Conasems
João Eduardo Nunes Salles – Sociedade 
Brasileira de Diabetes (SBD)
Juliana S. De Paula – AstraZeneca
Luísa Wenceslau - Conasems
Coordenação-técnica:
Adriana Bosco
Elaboração de texto:
Adriana Bosco - Capítulo 1: Fundamentos 
do Diabetes Tipo 2 e;
Capítulo 2: Tratamento do indivíduo com 
Pré-diabetes e Diabetes Mellitus tipo 2 
(DM2)
João Eduardo Nunes Salles
Rodrigo Nunes Lamounier
Ronaldo 
José Pineda Wieselberg - Capítulo 3: 
Tratamento do indivíduo com Pré-diabetes 
e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e; Apêndice
Revisão institucional:
Luisa Wenceslau 
Designer instrucional:
Alexandra da Silva Gusmão
Laís Soares Pereira German
Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Cristina Perrone 
 
Diagramação e projeto gráfico:
Aidan Bruno 
Alexandre Itabayana
Bárbara Macedo
Caroline Boaventura
Elen Eres Alves 
Lucas Mendonça 
Ygor Baeta Lourenço
Fotografias e ilustrações: 
Fototeca Conasems
 
Imagens: 
Envato Elements
https://elements.envato.com
Freepik
https://br.freepik.com
 
Revisão Linguística:
Gehilde Reis Paula de Moura
Keylla Manfili Fioravante 
Assessoria executiva:
Conexões Consultoria em Saúde LTDA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índices para catálogo sistemático: 1. Diabetes Mellitus : Medicina 616.462 Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
Tiragem: 1ª edição – 2023 – versão eletrônica
23-181400 
https://www.cblservicos.org.br
COMO NAVEGAR 
NESTE FASCÍCULO! 
Antes de iniciar a leitura do material, veja, aqui, algumas dicas 
para aproveitar ao máximo os recursos disponíveis neste 
material:
Esta aula visa à atualização do profissional de 
saúde, que atende nas Unidades Básicas de 
Saúde, no que se refere ao cuidado integral ao 
indivíduo com Diabetes Mellitus Tipo 2, 
englobando revisão dos conceitos 
epidemiológicos, fisiopatológicos, de diagnóstico 
e prevenção, e o desenvolvimento do raciocínio 
clínico para a devida intervenção farmacológica 
e o estabelecimento de metas terapêuticas. Em 
adição, contribui para a sistematização e a 
otimização do atendimento.
MENU: uma forma rápida de acessar 
facilmente os capítulos. 
Quer retornar à lista de capítulos?
Basta clicar no ícone, no canto superior da 
página.
Este é o Fascículo 1 do e-book referente à aula Fundamentos do 
Diabetes Mellitus Tipo 2. Esta primeira aula envolve uma breve linha do 
tempo na história do Diabetes e, em especial, a contextualização atual 
do Diabetes Mellitus Tipo 2, nosso tema de interesse, como um enorme 
problema de Saúde Pública de nefasto ônus social e econômico. 
Também serão analisados os aspectos fisiopatológicos, os grupos de 
risco e os critérios diagnósticos do Pré-diabetes e Diabetes, de forma a 
permitir um melhor planejamento dos cuidados e intervenções 
oportunas, o que, consequentemente, favorecerá a qualidade de vida 
dos indivíduos com DM2.
Não se esqueça: estude este material com atenção e consulte-o 
sempre que necessário! Assista a Teleaula, acompanhe a Aula Web e 
realize as atividades propostas para assimilar as informações 
apresentadas.
Bons estudos!
SEJA
BEM-VINDO(A)!
LISTA DE SIGLAS
E ABREVIATURAS
CA Circunferência Abdominal 
CLAE Cromatografia Líquida de Alta Eficiência 
DCNT Doenças Crônicas Não transmissíveis
DCVA Doença Cardiovascular Aterosclerótica 
DM2 Diabetes Mellitus Tipo 2
ECV Estratégia de Saúde Cardiovascular 
HA Hipertensão Arterial
IMC Índice de Massa Corporal
MAPA Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial 
MRPA Monitorização Residencial da Pressão Arterial
OMS Organização Mundial da Saúde
PA Pressão Arterial
PAD Pressão Arterial Diastólica
PAS Pressão Arterial Sistólica
RCQ Relação Cintura-Quadril
SBD Sociedade Brasileira de Diabetes
SM Síndrome Metabólica 
TOTG Teste Oral de Tolerância à Glicose
LISTA 
DE ABREVIATURAS
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - O papiro de Ebers - 8
Figura 2 – Foto clássica de Leonard Thompson antes e após o 
extrato purificado de insulina - 12
Figura 3 - Insulinas comercializadas de 1922 até 1980- 13
Figura 4 - Monitor Contínuo de Glicose - 16
Figura 5 - Seringas reutilizáveis -16
Figura 6 - Epidemiologia do Diabetes Mellitus - 23
Figura 7 - Obesidade e prejuízos à saúde - 24
Figura 8 - Obesidade no Brasil - 24
Figura 9 - Crianças com sobrepeso ou obesidade no Brasil - 25
Figura 10 - Pilares contribuintes da Hiperglicemia – Octeto de DE 
FRONZO - 32
Figura 11 - Critérios para o rastreamento de Diabetes Mellitus Tipo 
2 – DM2 em indivíduos assintomáticos -36
Figura 12 - População brasileira acima do peso - 37
Figura 13 - População sedentária no Brasil - 37
Figura 14 - Classificação ponderal - 38
Figura 15 - Classificação da pressão arterial de acordo com a 
medição no consultório, a partir de 18 anos de idade - 39
Figura 16 - Critérios para diagnóstico de SM em adultos- 45
Figura 17 - Critérios da IDF - 46
Figura 18 - Valores diagnósticos para Pré-diabete e Diabetes - 47
7
34
42
48
50
26
19
Fisiopatologia DM2
Fatores de Risco e Rastreamento do indivíduo 
com DM2
Histórico do Diabetes - Linha do tempo
Epidemiologia do DM2: um problema de Saúde 
Pública
Critérios Diagnósticos de Síndrome 
Metabólica,Pré-diabetes e Diabetes
Recordando o que foi visto
Bibliografia
SUMÁRIO
#
#
#
Histórico do 
Diabetes – Linha 
do tempo
1
Neste tópico será apresentada uma 
breve linha do tempo sobre o Diabetes e 
os avanços tecnológicos para acurácia 
diagnóstica, controle e tratamento 
insulínico, que permitiram redução de 
mortalidade e qualidade de vida aos 
pacientes, principalmente, dos indivíduos 
com Diabetes Tipo 1.
O que 
você verá 
aqui?
1500 AC
O primeiro relato de sintoma, que 
remete ao encontrado em pacientes 
com Diabetes descompensado, data de 
1.500 antes de Cristo (AC), no Egito: a 
descrição no papiro de Ebers, feita por 
Hesy-Ra, sobre um paciente que 
urinava excessivamente. 
Somente 1000 anos depois, na Índia, 
médicos observaram que a urina de 
alguns pacientes atraía formigas e 
moscas, o que foi corroborado, mais 
tarde, por médicos na China e no 
Japão. 
Fonte: Associação de 
Diabetes Juvenil- Diabetes 
Brasil. Disponível em: 
https://adj.org.br/viver-be
m/entenda-o-diabetes/a-s
aga-do-diabetes/. Acesso 
em: 24 jan. 2023.
Diabetes - recordando 
uma história:
8
FIGURA 1 - O papiro de Ebers.
https://adj.org.br/viver-bem/entenda-o-diabetes/a-saga-do-diabetes/
https://adj.org.br/viver-bem/entenda-o-diabetes/a-saga-do-diabetes/
https://adj.org.br/viver-bem/entenda-o-diabetes/a-saga-do-diabetes/
O QUE VOCÊ 
VERÁ AQUI?
1675
Entretanto, ainda muita urina e formigas se passaram até que o 
termo Diabetes fosse cunhado, na Grécia, por Aretaeus da 
Capadócia, discípulo de Hipócrates, no primeiro século depois de 
Cristo (DC). A palavra Diabetes significa “sifão” em grego, que, 
ludicamente, remete à passagem abundante de água, no caso, 
referindo-se à perda excessiva de urina pelos indivíduos afetados 
pela doença. Aretaeus também registrou sua observação de 
polifagia, polidipsia e astenia nesses pacientes.
Contudo, o Diabetes só recebeu seu sobrenome (sufixo) Mellitus, 
em 1675, quando o médico londrino Thomas Willis detectou um 
“dulçor” na urina dos doentes com Diabetes. A tradução literal da 
palavra Mellitus é: “doce como o mel”. 
1815
Mais de um século se passou, até que a percepção se traduziu em 
ciência. Em 1815, o médico Mathew Dobson, de Liverpool, 
confirmou que o “dulçor” se tratava realmente da presença de 
glicose na urina e, também, no sangue.
Se o conhecimento sobre a doença era escasso e lento, com o 
tratamento não foi diferente. Passou-se por prescrições, como 
dietas à base de carne de urso, frutas, grãos e mel - feitas por 
médicos egípcios -; e óleos de rosas, amêndoas, flores frescas e 
exercício físico (especificamente, exercícios a cavalo para alívio 
das micções) - prescritos pelos médicos gregos. Sangrias eram, 
frequentemente, utilizadas, bem como o ópio para alívio dos 
sintomas da doença e das gangrenas comuns à época. 
 
Outra tentativa de tratamento foi a restrição calórica. O médico 
alemão Bernard Mann, inspirado pelo Italiano Cantoni, trancava 
seus pacientes nos quartos, por vários meses, até que a urina 
saísse livre de açúcar. 
9
O QUE VOCÊ 
VERÁ AQUI?
1869 
Em oposição, condenaram os carboidratos, adotaram sua restrição 
e priorizaram dietas proteicas e ricas em gorduras, e as dietas de 
esquimó. Porém, essas dietas eram pouco palatáveis e não foram 
bem aceitas. Novamente, um alemão, Dr Noorden, anunciou a 
“cura pela aveia”, reintroduzindo, assim, o carboidrato. Essa dieta, 
rapidamente, se tornou popular e desafiadora para as 
nutricionistas da época, que não compreendiam o que tornava a 
aveia diferente dos outros carboidratos. 
O foco sobre o pâncreas só ocorreu em 1869, 
quando o estudante de medicina alemão 
Paul Langerhans, em sua tese sobre 
estruturas pancreáticas, identificou células 
secretoras, que, hoje, conhecemos como 
Ilhotas de Langerhans. No entanto, a 
dimensão do papel desse órgão só foi 
compreendida em 1889, quando Joseph Von 
Mering e Oskar Minkowski, pesquisando cães 
pancreatectomizados, observaram o 
desenvolvimento dos mesmos sintomas que 
ocorriam na doença Diabetes Mellitus.
1910 - 1920
De acordo com Elliot P. Joslin, um dos mais importantes 
diabetologistas da época nos Estados Unidos, o reconhecimento e 
a definição do Diabetes como uma doença crônica, 
não-contagiosa, que evoluía sem dor, e passível de ser tratada 
cronicamente, só foi possível entre 1910 e 1920. 
Contrariando esse raciocínio, feliz ou infelizmente, ainda, no início 
do século XX, o conceito de tratamento passou a ser a 
compensação da perda de nutrientes pela urina e a perda de peso, 
por meio da orientação da ingesta de grandes quantidades de 
alimentos e de açúcar, até que perceberam o desastre. 
10
12
Não perca na 
Aula Web
Leonard Thompson foi internado com 
Diabetes, em estado clínico crítico, no 
Toronto General Hospital.
Acompanhe, agora, as principais 
conclusões deste caso clínico:
1921
Foi nessa época, 1921, que veio uma luz em meio ao breu das 
tragédias acumuladas pelas complicações do Diabetes: a 
identificação da substância produzida nas Ilhotas de Langerhans, 
a Insulina. A descoberta foi feita pelos canadenses Banting, 
Mcleod e Best, o que lhes rendeu o prêmio Nobel, em 1923.
Banting, equilibrando a balança para as virtudes humanas, 
recusou-se a patentear sua descoberta e a compartilhou com o 
mundo, possibilitando a todos desfrutar da nova terapia: a 
Insulina! 
 
Como reconhecimento, o dia de seu aniversário, 14 de novembro, 
foi declarado como Dia Mundial do Diabetes e é, desde então, 
comemorado globalmente.
O Centro de pesquisa, assistência e educação, que leva o seu nome, 
localizado em Boston, filiado à Universidade de Harvard, tem o foco, 
exclusivamente, no Diabetes e, até hoje, tem contribuído para 
revolucionar o tratamento e a prevenção da doença.
11
Em razão das conquistas terapêuticas, em 1923, Banting e Macleod 
receberam do Nobel Committee of the Caroline Institute, o prêmio 
Nobel de Medicina e Fisiologia.
A primeira Insulina a ser desenvolvida foi a regular, com ação rápida e 
que necessitava de várias injeções. Posteriormente, o dinamarquês, Dr 
Hagedorn, acrescentou a Protamina à Insulina, tornando-a com efeito 
de ação intermediária, batizada de Insulina NPH (Neutral Protamine 
Hagedorn). 
Fonte:  Diabetology 2022, 3, 117-158. Disponível em: 
https://doi.org/10.3390/diabetology3010010. Acesso em: 24 jan. 
2023.
O QUE ACONTECEU APÓS O 
CASO CLÍNICO DE 
LEONARD THOMPSON?
FIGURA 2 - Foto clássica de Leonard Thompson, antes e após o 
extrato purificado de Insulina:
12
https://doi.org/10.3390/diabetology3010010
De 1922 até 1980
De 1922 até 1980 as Insulinas comercializadas eram produzidas, a 
partir do pâncreas de bovinos e suínos (80 quilogramas de 
pâncreas suínos, fornecidos por frigoríficos, rendiam 1 miligrama 
de Insulina).
Fonte: Diabetes al día. 
Disponível em: 
https://www.diabetesal
dia.info/hitos-en-la-hist
oria-del-tratamiento-ins
ulinico/. Acesso em: 24 
jan. 23.
Com o advento da biologia molecular, a produção passou a ser de 
origem humana. A primeira Insulina humana biossintética, 
derivada de DNA recombinante, foi aprovada, em 1982, nos 
Estados Unidos.
No Brasil, sua produção começou em 1978, e prosseguiu até 2001, 
na Biobrás. Foi criada em 1971, pelo médico Marcos Luís dos Mares 
Guia (1935-2002), professor de bioquímica, da Universidade 
Federal de Minas Gerais (UFMG) (Revista da Fapesp, 2021, p.3). 
Em 2000, a Bioquímica do Brasil (BIOBRAS) recebeu a primeira 
patente internacional de Insulina, por ter desenvolvido um novo 
método, para produzi-la, com tecnologia de DNA recombinante, 
utilizada em bactéria Escherichia Coli ( SOUTO, 2001).
FIGURA 3 – Insulinas comercializadas de 1922 até 1980.
13
https://www.diabetesaldia.info/hitos-en-la-historia-del-tratamiento-insulinico/
https://www.diabetesaldia.info/hitos-en-la-historia-del-tratamiento-insulinico/
https://www.diabetesaldia.info/hitos-en-la-historia-del-tratamiento-insulinico/
https://www.diabetesaldia.info/hitos-en-la-historia-del-tratamiento-insulinico/
Atualmente,a partir das Insulinas humanas, são sintetizadas as 
chamadas Insulinas análogas, ou análogos de Insulina, que, por meio 
de substituições na sequência de aminoácidos, possibilitam uma ação 
ultrarrápida ou com até 40h de duração. Até o momento, a maior 
revolução é a tecnologia de microesferas, que permite a absorção da 
Insulina pelas vias aéreas, por inalação. A Insulina inalável é de ação 
rápida e já foi aprovada para comercialização pela Anvisa. Outras 
tentativas de administração da Insulina, como bucal, retal e até ocular 
ainda não obtiveram êxito.
AGORA, IMAGINE:
O mesmo caso clínico ocorreu, 
recentemente, no Brasil. Quais 
Insulinas você poderia utilizar para 
o tratamento de Leonard 
Thompson?
14
Em paralelo à evolução terapêutica, a trajetória dos métodos 
diagnósticos, de auto controle glicêmico e de infusão de Insulina tem 
sido fascinante. Veja alguns exemplos:
Detecção de açúcares redutores na 
urina, por meio de uma fita, que 
muda de cor, desenvolvida pelo 
cientista Stanley Benedict 
(1884-1936).
FITA
Minúsculo monitor de glicose 
no sangue.
GLICOSÍMETROS
Como a evolução tecnológica 
dos insumos pode melhorar a 
vida de pacientes com 
diabetes?
15
Fornece a glicose em tempo 
real, sem as incômodas 
picadas no dedo.
MONITOR 
CONTÍNUO DE 
GLICOSE
Fonte: FreeStyle Libre, Disponível em: https://www.freestylelibre.pt/. 
Acesso em: 24 jan. 2023.
111
mg/dl 
A Hemoglobina Glicada, nascida em 1976, segue intacta, por 
enquanto, como uma importante integrante tanto do diagnóstico do 
Diabetes quanto do controle glicêmico.
A infusão da Insulina, no século passado, contava com seringas 
reutilizáveis, que tinham de ser fervidas, e, também, com um 
dispositivo de infusão contínua nada prático, principalmente, para as 
crianças.
Fonte: American Diabetes Association - 25 de setembro 2018. Disponível em: 
https:/AmericanDiabetesAssociation/photo insulin-pump-the-size. Acesso em: 24 jan. 
2023.
IMPORTANTE
FIGURA 4 – Monitor contínuo de Glicose 
FIGURA 5 - Seringas reutilizáveis.
16
https://www.freestylelibre.pt/
https://m.facebook.com/AmericanDiabetesAssociation/photos/dyk-in-1963-the-first-wearable-insulin-pump-the-size-of-a-large-backpack-was-cre/10155827265164033/
SERINGAS 
DESCARTÁVEIS
Atualmente, seringas 
descartáveis pequenas (com 
agulhas de 6 mm), e canetas 
descartáveis de insulina (com 
agulhas de 4 mm), estão 
disponíveis no SUS. Da mesma 
forma, há o fornecimento de 
bomba de infusão contínua, em 
casos especiais, com protocolos 
bem definidos. 
O tratamento com insulina quando indicado, assim como o auto 
monitoramento, a despeito das picadas diárias únicas ou múltiplas, 
tornaram-se processos mais práticos e bem menos dolorosos graças à 
evolução tecnológica. 
Essa longa trajetória fez do Diabetes, hoje, uma doença melhor 
compreendida, mas longe de estar totalmente desvendada. O 
conhecimento adquirido tem permitido o seu enfrentamento e o de 
suas complicações. O auxílio das tecnologias desenvolvidas, das novas 
opções terapêuticas incorporadas, tanto Insulinas como 
Hipoglicemiantes orais, simplificou seu manejo e tem permitido 
tratamentos mais personalizados, centrado no paciente. 
17
Contudo, o desafio ainda é grande! É necessário que os melhores 
tratamentos se tornem mais acessíveis, e a população seja mais 
educada acerca da doença, para que possamos mudar as estatística, 
quais sejam: o Diabetes foi responsável por 6,7 milhões de mortes em 
2021 (1 a cada 5 segundos); um estudo brasileiro, publicado em 2010, 
apontou que 86% dos pacientes com Diabetes Tipo 1 e 73% dos com 
Tipo 2 estavam mal controlados.
Fica a pergunta: do que 
depende o controle 
adequado dos nossos 
pacientes com 
diabetes?
18
Epidemiologia 
do DM2: um 
problema de 
Saúde Pública
2
O Diabetes é uma das doenças mais prevalentes no mundo e de mais 
rápida expansão, atingindo, atualmente, mais de 5% da população 
mundial.
ENTENDA O DIABETES EM NÚMEROS:
Uma estimativa global, feita em 2021, 
computou 537 milhões de pessoas com 
Diabetes, um aumento de 88%, desde 
2.000. A projeção é afetar 783 milhões de 
pessoas, em 2045, um aumento previsto de 
46%, sendo que só no período de 2019 a 
2021 o aumento foi de 16%.
O Diabetes foi responsável pela morte de 6,7 
milhões de pessoas no mundo, e custos 
diretos chegaram próximos a 1 trilhão de 
dólares. 
Do total de casos de Diabetes, 90% 
correspondem ao DM2, doença 
potencialmente prevenível e cujo aumento 
segue paralelo ao da obesidade. Ao contrário 
do Diabetes Tipo 1, causado por lesāo 
autoimune irreversível `as células 
beta-pancreáticas.
Esse tópico contextualiza a situação do 
Diabetes no Brasil e no mundo, 
particularmente, do DM2, uma doença 
prevenível, para que tenhamos a real 
dimensão do problema e do papel da 
Atenção Básica na mudança desse 
cenário.
537
milhões de pessoas
com Diabetes no 
mundo.
6,7
milhões de mortes no 
mundo.
90%
correspondem ao 
Diabetes Mellitus 
Tipo 2 – DM2.
O que 
você verá 
aqui?
20
No Brasil, 1 em 4 adultos está obeso, e 2 em 
cada 10 são afetados pelo Diabetes. Somos 
o 4º país em incidência no mundo. 
Atualmente, estima-se 16,8 milhões de 
pessoas com a doença, cerca de 7% da 
população geral. Segundo dados da Vigitel 
Brasil 2021, a frequência de Diabetes, entre 
a população de 27 cidades pesquisadas, foi 
de cerca de 9.1% 
Merece atenção o fato de os gastos 
serem maiores com internações do que 
com os atendimentos ambulatoriais - o 
que levanta uma reflexão sobre os 
cuidados na Atenção Primária. Os custos 
específicos com as complicações, 
decorrentes do mal controle glicêmico, 
como cegueira, hemodiálise e amputação 
carecem de atualização. 
Em números, foram 214 mil mortes, 
correspondendo a 2,8 % do total de mortes 
no país. 
Os custos diretos com Diabetes 
(hospitalização, atendimento ambulatorial, 
medicação popular), e indiretos 
(absenteísmo, perda de produtividade no 
trabalho, incapacidade ou morte 
prematura), no Brasil, já somam cerca de 
R$ 10 bilhões, com previsão de chegar a 
R$ 27 bilhões em 2030.
4º 
Lugar que o Brasil ocupa 
no ranking de incidência 
da doença no mundo. 
214
mil pessoas morreram 
em consequência do 
Diabetes, no Brasil, em 
2021. 
10
bilhões de reais são 
comprometidos para a 
doença, em termos de 
custos diretos. 
$
Os gastos com 
internações são maiores 
que gastos com 
atendimentos 
ambulatoriais.
21
O Diabetes Gestacional também preocupa, 
pois acomete 1 em cada 6 gestantes. 
Em se tratando de doença prevenível temos 
que aumentar nossa capacidade diagnóstica 
e a intervenção oportuna. Por tratar-se de 
uma doença silenciosa, 50 % das pessoas 
desconhecem a própria condição 
hiperglicêmica, o que retarda os cuidados e 
contribui para a trágica estatística de 1 
morte em decorrência do Diabetes, a cada 5 
segundos, no mundo, principalmente, por 
doenças cardiovasculares. Contudo, uma 
pesquisa feita em bancos de dados, por uma 
das maiores redes de saúde integrada do 
país, DASA, identificou que entre os 1,2 
milhão de pacientes diagnosticados com 
Pré-diabetes, 57% não realizaram nenhum 
controle no período de 1 ano; entre os 
indivíduos sabidamente com diabetes o 
número foi de 64%.
Da mesma forma, o surgimento e o aumento 
do Diabetes Mellitus Tipo 2 em crianças e 
adolescentes também chama a atenção – 
consequência de dieta hipercalórica e do 
sedentarismo. Hoje, 1 em cada 3 crianças, 
menores de 9 anos, apresentam excesso 
de peso. 
1/6
é a média de Diabetes 
Gestacional. 
50%
das pessoas 
desconhecem a 
própria condição 
hiperglicêmica.
1/3
das crianças, menores 
de 9 anos, 
apresentam excesso 
de peso.
22
Diante do cenário sombrio, representado 
pelo Diabetes Mellitus Tipo 2, e a ciência de 
que 62% da população possuem, pelo 
menos, um fator de risco para a doença, 
dentre eles a obesidade, faz-se imperativo 
revermos a efetividade de cada etapa das 
linhas de prevenção e manejo na Atenção 
Primária e fortalecermos o papel dos 
profissionais de saúdeenvolvidos nessa 
cadeia de cuidados. 
62%
da população 
possuem, pelo menos, 
um fator de risco.
Fonte : International Diabetes Federation_ IDF_Atlas_10th_Edition_2021, p. 4.
FIGURA 6 – Epidemiologia do Diabetes Mellitus.
23
31%
das causas de morte, 
são por Doenças 
Crônicas não 
transmissíveis, entre 
elas a Obesidade.
72%
56,9%
SOBREPESO 
(>18 ANOS)
20,8%
OBESIDADE 
(>18 ANOS)
das causas de 
morte, são 
provocadas por 
Doenças 
Cardiovasculares.
Obesidade e prejuízos 
à saúde:
Fonte: Adaptação de dados do IBGE, 2015. Disponíveis em: 
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/noticias/ Acesso em: 06 fev. 
2022. 
FIGURA 7 – Obesidade e prejuízos à saúde. 
Fonte: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República 
(DH/PR)/Maio-2015. Disponível em: 
https://digitaispuccampinas/criancas-do-brasil-estao-obesas-alerta-pesquisa. Acesso 
em: 19 jan. 2023.
FIGURA 8 – Obesidade no Brasil. 
24
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/29204-um-em-cada-quatro-adultos-do-pais-estava-obeso-em-2019?fbclid=IwAR1UHwreCsmxdh0_bZ3xMovNeaZpQmRBbSmG1J-xzjow-stCRJ4DDr3Cngg
https://digitaispuccampinas.wordpress.com/2015/05/21/335-das-criancas-do-brasil-estao-obesas-alerta-pesquisa-da-secretaria-dos-direitos-humanos/
 Fonte: Adaptação de dados IBGE, 2008/2009. Disponíveis em: 
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/um-em-cada-quatro-adultos-do-pais-estava-ob
eso-em-2019. Acesso em: 06 fev. 2023. 
Uma das considerações importantes a se fazer em relação ao Diabetes 
Mellitus Tipo 2 e sua fisiopatologia, é sobre seu caráter multifatorial e 
progressivo. Iremos reforçar, no próximo tópico, os itens mais 
significativos.
33.5%
No Brasil, 33.5% das 
crianças sofrem de 
sobrepeso ou Obesidade
24
FIGURA 9 – Crianças com sobrepeso ou obesidade no Brasil.
25
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/29204-um-em-cada-quatro-adultos-do-pais-estava-obeso-em-2019?fbclid=IwAR1UHwreCsmxdh0_bZ3xMovNeaZpQmRBbSmG1J-xzjow-stCRJ4DDr3Cngg
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/29204-um-em-cada-quatro-adultos-do-pais-estava-obeso-em-2019?fbclid=IwAR1UHwreCsmxdh0_bZ3xMovNeaZpQmRBbSmG1J-xzjow-stCRJ4DDr3Cngg
Fisiopatologia 
DM2
3
Serão abordados, aqui, os principais 
pilares fisiopatológicos do 
desenvolvimento do Diabetes Mellitus 
Tipo 2 a serem reconhecidos e sobre os 
quais temos que atuar. Ter familiaridade 
com as diversas fases da doença, e definir o 
“momento metabólico” em que se encontra 
nosso paciente é fundamental para uma 
abordagem terapêutica adequada. 
Para uma correta atuação, é preciso o reconhecimento do continuum 
da condição glicêmica, da obesidade à instalação do Diabetes:
1
*O DM2, como condição multifatorial, tem, além do ambiente favorável, 
sedentarismo e dieta hipercalórica, um componente genético e de 
hereditariedade. 
2
Inicia-se com paciente assintomático. Nessa fase, há 
predomínio da resistência à Insulina, bem como ocorre 
Hiperinsulinemia com glicemias normais ou sutilmente 
alteradas. 
3
4
Com a progressão da resistência e da disfunção 
pancreática relativa instala-se a Hiperglicemia franca, 
glicemia de jejum e pós- prandiais em níveis diagnóstico.
Considerada uma doença progressiva, o DM2, ao longo dos 
anos, pode atingir a chamada falência pancreática 
secundária - período em que o uso da Insulina torna-se 
imprescindível. 
Com o avanço do quadro, e a propensão individual para a 
disfunção da célula Beta*, iniciam-se os picos glicêmicos 
pós-prandiais. Essa fase também é assintomática e 
silenciosa, porém, considerada fator de risco independente 
para Doenças Cardiovasculares.
O que 
você verá 
aqui?
27
Inicialmente, o pâncreas, na tentativa de compensar a dificuldade de 
ação da Insulina, imposta pelo tecido adiposo inflamatório, aumenta 
sua produção. Tendo em conta que a Insulina é um hormônio 
anabolizante, nessa fase, encontramos os pacientes comumente 
hiperfágicos, ávidos por doces e com dificuldade de saciação. Não raro, 
quando questionados, revelam sintomas leves de Hipoglicemia 
Interprandias, principalmente, quando em jejum prolongado. Ao exame 
físico, a presença de Acantose Nígricans Cervical e/ou Axilar é 
frequente. 
É justamente nessa fase que a glicemia pode permanecer normal, e , 
aos olhares pouco atentos, escapar a oportunidade de intervenção. 
Entretanto, a capacidade das ilhotas de hipersecretar Insulina 
depende de fatores genéticos, e desenvolverão DM2 aqueles indivíduos 
cuja produção seja insuficiente para compensar a resistência, que é 
proporcional à quantidade de tecido adiposo, ou ao grau de Obesidade. 
Com o aumento da adiposidade, principalmente, a central (em que há 
o predomínio da gordura visceral), ocorre o aumento da produção de 
citocinas inflamatórias e trombogênicas, que dificultam a ação da 
Insulina, aumentando a lipólise e a produção de ácidos graxos livres, 
que se depositam no fígado, músculos e pâncreas, piorando e 
perpetuando o ciclo de resistência à ação da Insulina. 
VAMOS EXPLICAR MELHOR:
28
Quando o diabetes se estabelece, as Citocinas Inflamatórias, 
produzidas pelo tecido adiposo, atuaram por, pelo menos, 5 anos, 
causando resistência e danos endoteliais - período em que uma 
intervenção poderia mudar o rumo da história.
Até aqui, revisamos os 2 principais pilares relativos à Insulina: 
Resistência e Déficit. No entanto, os estudos de De Fronzo propuseram 
uma nova visão dessa patogênese e o foco que, até então, se aplicava 
à “gordura e ao pâncreas” expandiu-se, em 2009, para 8 diferentes 
órgãos contribuintes da Hiperglicemia, constituindo-se em 
importantes alvos terapêuticos. 
Foi enfatizado o papel dos músculos e do fígado na resistência à 
Insulina; o papel das células alfas pancreáticas produtoras de 
Glucagon, e das Incretinas e o reconhecimento da importância dos 
rins na homeostase glicêmica. Os neurotransmissores cerebrais 
reguladores da fome e da saciedade, alterados no obeso e no diabético, 
também são alvos de atenção.
Quando o Diabetes Mellitus Tipo 2 
se instala, praticamente, 50 % da 
massa de célula beta já se encontra 
deficiente.
O QUE ACONTECE 
QUANDO O DIABETES SE 
INSTALA?
29
As Incretinas sāo representadas pelo GLP-1 (Glucagon Like Peptide 1) e 
GIP (Glucose-dependent Insulinotropic Polypeptide), secretadas no 
intestino (nas células L do íleo e nas células K do duodeno, 
respectivamente), regulam a homeostase da glicose. O GLP-1, 
predominante, inibe a secreção do Glucagon, que é um hormônio 
hiperglicemiante, e otimiza a secreção de Insulina pelo pâncreas 
quando necessário, ou seja, diante da Hiperglicemia. Além do efeito 
parácrino, as Incretinas agem, também, reduzindo o esvaziamento 
gástrico, e modulando os neurotransmissores hipotalâmicos de fome e 
da saciedade. No indivíduo com diabetes já se demonstrou que a 
secreção de GLP-1 encontra-se deficiente.
O uso dos análogos do GLP-1, denominada Terapia Incretínica, já está 
bem sedimentada, reduz glicemia, peso e mortalidade cardiovascular. É 
de altíssimo custo e não está disponível no RENAME.
Os rins também são fundamentais na 
homeostase glicêmica, tanto pela 
produçāo via gliconeogênese, quando pela 
reabsorção da glicose resultante da 
filtração glomerular. Seu desempenho diz 
respeito à adaptação à Hiperglicemia, ou 
seja, existe um limiar renal para reabsorver 
e excretar a glicose. 
Normalmente, 180g de glicose são 
filtrados diariamente e mais de 99% 
desse volume é reabsorvido pelo túbulo 
proximal, por meio dos 
co-transportadores de sódio e glicose 
(SGLT1 e SGLT2, o principal) e retornam 
à circulação. A partir desse valor, a 
capacidade de reabsorção é reduzida, e o 
excedente é excretado por glicosúria.
SAIBA MAIS
30
No entanto, com o agravamento da Hiperglicemia, e da Diurese 
Osmótica, ocorre uma adaptação renal que amplia o lastro glicêmico, e 
níveisde até 300 mg/dl podem ser reabsorvidos, o que contribui, 
ainda mais, para o estado hiperglicêmico.
Um dos maiores avanços do século XXI foi o desenvolvimento de um 
glicosúrico eficaz no controle glicêmico, na perda de peso, na 
Insuficiência Cardíaca e na Doença Renal Crônica. São os inibidores do 
cotransportador de sódio e glicose (i SGLT-2), da classe Gliflozinas, 
substância derivada da florizina, encontrada na casca da macieira, 
descoberta há mais de 100 anos, e cujo efeito antidiabético foi 
observado em ratos pancreatectomizados, na década de 80. 
Atualmente, temos esse gliosúrico disponível na Atenção Primária.
FISIOPATOLOGIA E PILARES DE TRATAMENTO:
RESISTÊNCIA 
INSULÍNICA
DEFICIÊNCIA 
INSULÍNICA
DIABETES 
TIPO 2
GLUCAGON
Em resumo, passamos 
de “Triunvirato”:
31
Fonte: DE FRONZO, 2009, p. 773-775. Adaptado pelo Núcleo Pedagógico Mais Conasems.
REVISORA
Verificar!
A imagem relativa ao “Triunvirato” não me 
parece ter a mesma fonte da imagem do 
“Octeto” de DE FRONZO”.
Ainda, sobre essa imagem, verificar a 
possibilidade de colocar a palavra 
“diabetes” com letra maiúscula: Diabetes. – 
para uniformizar com o restante do material.
REVISORA
Verificar!
Verificar a possibilidade de colocar na imagem relativa ao 
“Octeto” a palavra “incretina” com letra maiúscula, pois se 
trata do Efeito Incretina - nome combinatório.
Ainda, colocar preposições (de) nas seguintes 
microimagens, para uniformizar com as demais constantes 
na imagem: Reabsorção de glicose - Produção hepática 
de glicose.
para um “Octeto”: 
HIPERGLICEMIA
DIMINUIÇÃO DA 
SECREÇÃO 
DE INSULINA
AUMENTO DA 
SECREÇÃO 
DE GLUCAGON
AUMENTO DA 
PRODUÇÃO 
HEPÁTICA DE 
GLICOSE
DISFUNÇÃO DE 
NEUROTRANSMISSORES
DIMINUIÇÃO
EFEITO INCRETINA
AUMENTO DA 
LIPÓLISE
DIMINUIÇÃO DA 
REABSORÇÃO 
GLICOSE
AUMENTO DA 
REABSORÇÃO 
GLICOSE
FIGURA 10 – Pilares contribuintes da Hiperglicemia – Octeto de DE FRONZO.
32
A importância de termos em mente todos os mecanismos implicados 
no equilíbrio glicêmico, e o reconhecimento do momento metabólico 
em que nosso paciente se encontra no trajeto da obesidade ao tempo 
de Diabetes, é crucial para um tratamento de qualidade e para a 
integralidade do cuidado prestado.
 
Embora tenhamos limitações na oferta de medicamentos pela Rede 
Pública, que abranja toda essa patogênese, não podemos limitar 
nossos conhecimentos. Os medicamentos disponíveis são efetivos em 
baixar a glicose e devem estar acessíveis para prescrição em todas as 
UBSs. Recentemente, em 2019, uma nova incorporação foi feita pelo 
Ministério da Saúde, a Dapagliflozina, devido à comprovação do seu 
impacto na redução da mortalidade. A prescrição deve ser feita via 
LME (Laudo de Medicamento Especializado de Farmácia de Alto Custo), 
e seguir critérios para dispensação: indivíduos ≥ 65 anos, com doença 
cardiovascular.
A constante evolução dos estudos de evidências e o melhor 
entendimento da complexidade do DM2 têm possibilitado o 
desenvolvimento e o uso de drogas cujos benefícios vão muito além 
do controle glicêmico. É uma questão de tempo para que determinados 
tratamentos se provem melhores em custo benefício e se tornem mais 
acessíveis.
Nosso próximo assunto 
será os Fatores de Risco 
e Rastreamento do 
indivíduo com DM2.
33
Fatores de Risco 
e Rastreamento 
do indivíduo 
com DM2
4
VOCÊ SE RECORDA QUANDO ABORDAMOS OS DADOS 
ESTATÍSTICOS SOBRE O DIABETES? 
Os números alarmantes da frequência de pessoas com Diabetes 
Mellitus Tipo 2, e do seu exponencial crescimento, põem em xeque as 
Políticas Públicas e seu alcance. Uma farmacoeconomia inteligente - 
com investimentos na informação, na educação e no acesso do 
indivíduo a um atendimento norteador e de qualidade -, é decisiva 
para mudança nesse cenário, uma vez que melhora a saúde da 
população e reduz a carga em Saúde Pública. 
 
Por se tratar de uma doença crônica, não transmissível, silenciosa, 
progressiva, porém previsível e evitável em certos grupos, o DM2, 
praticamente, nos dá uma oportunidade, mesmo que pequena, de 
preveni-lo. 
A detecção dos indivíduos com maior risco de desenvolver DM2, entre 
a comunidade usuária da Atenção Primária, amplia nossa chance de 
ação e prevenção não só do DM2, mas de comorbidades, como: 
Hipertensão, Doenças Cardiovasculares, Infecções, Doença Renal, 
Complicações Gestacionais, Cegueira e Amputações. 
Sendo o Diabetes Mellitus Tipo 2 uma 
doença prevenível, as Políticas Públicas 
(envolvendo, principalmente, educação 
e a Atenção Primária à Saúde), são 
agentes protagonistas no processo. O 
reconhecimento dos fatores de risco e 
rastreamento dos indivíduos que acessam 
o serviço, independente da demanda, 
mudará, sem dúvida, o cenário estatístico 
no qual estamos inseridos. 
O que 
você verá 
aqui?
35
1. O rastreamento deve ser realizado em todos os indivíduos com sobrepeso 
(IMC ≥ 25 kg/m²), e com fatores de risco adicionais:
• Sedentarismo.
• Familiar em primeiro grau com DM.
• Mulheres com gestação prévia, com feto com ≥ 4 kg, ou com 
diagnóstico de DM Gestacional.
• Hipertensão Arterial Sistêmica (≥ 140/90 mmHg ou uso de 
anti-hipertensivo).
• Colesterol HDL ≤ 35 mg/dL e/ou triglicerídeos ≥ 250 mg/dL.
• Mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos.
• Outras condições clínicas associadas à resistência insulínica 
(ex.: Obesidade III, Acantose Nigricante).
• História de Doença Cardiovascular.
Fonte : Diretrizes Brasileiras da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2022. Protocolo Clínico 
e Diretrizes Terapêuticas do Diabete Mellitus Tipo 2 ( Ministério da Saúde). Disponível em: 
https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/ . 
Acesso em: 06 fev. 2023.
FIGURA 11 - Critérios para o rastreamento de Diabetes Mellitus Tipo 2 – DM2 em 
indivíduos assintomáticos.
36
Quando o diagnóstico de DM se instala, precedeu-se anos de 
alterações metabólicas que poderiam ter sido mitigadas e esse 
diagnóstico postergado ou evitado. Alguns critérios, facilmente 
detectáveis na história clínica e exames, distinguem os indivíduos de 
maior risco e que devem ser rastreados.
Seguem, abaixo, os critérios para o rastreamento de Diabetes Mellitus 
Tipo 2 em indivíduos assintomáticos:
2. Na ausência dos critérios acima, o rastreamento do DM2 deve ser 
iniciado a partir dos 45 anos.
https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/
Atualmente, mais da metade da população brasileira está acima do 
peso (figura 12), e 49% estão sedentárias (figura 13), segundo dados do 
Ministério da Saúde (2021 e 2013, respectivamente). Números que 
tendem ao crescimento e seguem em paralelo com o Diabetes e a 
Hipertensão. A recomendação da OMS para adultos é de, pelo menos, 
150 a 300 min de atividade aeróbica, de moderada intensidade, por 
semana.
Fonte: Manual de Atenção às pessoas com sobrepeso e obesidade no âmbito da Atenção 
Primária (APS) do Sistema Único de Saúde. Pesquisa Nacional de Saúde, Ministério da 
Saúde, 2021. p. 8. (Adaptado). Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_pessoas_sobrepeso_o
besidade.pdf . Acesso em: 25 jan. 2023.
1 EM 
CADA 4
brasileiros > 18 
anos têm 
obesidade
41,2
milhões
60,3%
brasileiros > 18 
anos têm 
excesso de peso
96,0
milhões
FIGURA 12 - População brasileira acima do peso. 
37
Hipertensão
Dislipidemia
9
4
Os fatores de maior risco para o desenvolvimento do Diabetes Mellitus 
Tipo 2 e, principalmente, para as doenças cardiovasculares (DCV) são:
Obesidade
Sedentarismo
Adiante, faremos a definição e o diagnóstico de cada um: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_pessoas_sobrepeso_obesidade.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_pessoas_sobrepeso_obesidade.pdf
Consulte também a Classificação Ponderal:
IMC 
(KG/M²) CLASSIFICAÇÃO
OBESIDADE 
GRAU/CLASSE
RISCO DE 
DOENÇA
< 18,5 Magro ou baixo peso 0 Normal ou elevado
18,5-24,9 Normal ou eutrófico 0 Normal
25-29,9 Sobrepeso ou pré-obeso0 Pouco elevado
30-34,9 Obesidade I Elevado
30-39,9 Obesidade II Muito elevado
≥ 40,0 Obesidade grave III Muitíssimo elevado
Fonte: ABESO. Diretrizes Brasileiras de Obesidade, 2016, p. 16. Disponível em: 
https://abeso.org.br/Diretrizes-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016 . Acesso em: 
01 set. 2023.
FIGURA 14 - Classificação internacional da obesidade segundo o índice de massa 
corporal (IMC) e risco de doença ( Organização Mundial da Saúde) que divide a 
adiposidade em graus ou classes.
38
Fonte: Adaptação Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: 
http://www.blog.saude.gov.br/xpe8gh?fbclid=IwAR3wmsCmfMOZ7_xL4QNkbD_FaPH_
c-Za1UCgSnVnkyl_nzKXYsOyvg9rrXk. Acesso em 06 fev. 2023. 
O SEDENTARISMO NO BRASIL.
DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE APONTAM QUE EM 2013:
● 33, 8% da população adulta das capitais 
praticavam exercícios.
● 49% da população estão inativas, realizando 
menos de 150 minutos de atividade física, de 
intensidade moderada, por semana. 
● A inatividade física, acima de 18 anos, é um 
indicador utilizado para monitorar fatores de 
risco de Doenças Crônicas não transmissíveis, 
como: Câncer, Hipertensão e Diabetes.
FIGURA 13 - População sedentária no Brasil. 
https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf
http://www.blog.saude.gov.br/xpe8gh?fbclid=IwAR3wmsCmfMOZ7_xL4QNkbD_FaPH_c-Za1UCgSnVnkyl_nzKXYsOyvg9rrXk
http://www.blog.saude.gov.br/xpe8gh?fbclid=IwAR3wmsCmfMOZ7_xL4QNkbD_FaPH_c-Za1UCgSnVnkyl_nzKXYsOyvg9rrXk
http://www.blog.saude.gov.br/xpe8gh?fbclid=IwAR17miSsT3x9lINJB2wMhBy36Jqnd1_ZAr0mcarM4F-wc6bq57Cv1uozV3g
Classificação* PAS (mHg) PAD (mmHg)
PA ótima < 120 e < 80
PA normal 120-129 e | ou 80-84
Pré-Hipertensão 130-139 e | ou 85-89
HA Estágio 1 140-159 e | ou 90-99
HA Estágio 2 160-179 e | ou 100-109
HA Estágio 3 ≥ 180 e | ou ≥ 110
Fonte: SBC. ABC. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2020, p.545 
Disponível em: https://abccardiol.org/wp-content/uploads/articles . Acesso em 01 set. 
2023.
HA: hipertensão arterial; PA: Pressão Arterial; PAS: Pressão Arterial Sistólica; PAD: 
Pressão Arterial Diastólica. 
*A classificação é definida de acordo com a PA no consultório e pelo nível mais elevado 
de PA, sistólica ou diastólica.
**A HA sistólica isolada, caracterizada pela PAS≥ 140 mmHg e PAD < 90 mmHg, é 
classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAS nos intervalos indicados. 
***A HA diastólica isolada, caracterizada pela PAS < 140 mmHg e PAD ≥ 90 mmHg, é 
classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAD nos intervalos indicados.
FIGURA 15 - Classificação da pressão arterial de acordo com a medição no consultório, a 
partir de 18 anos de idade. 
A classificação de acordo com a PA do consultório é definida da 
seguinte forma:
39
O diagnóstico de Hipertensão Arterial pode ser feito no consultório, 
após validação por repetidas medições ou por MAPA ou MRPA 
(Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial de 24h ou 
Monitorização Residencial da Pressão Arterial respectivamente).
https://abccardiol.org/wp-content/uploads/articles_xml/0066-782X-abc-116-03-0516/0066-782X-abc-116-03-0516.x27815.pdf
O perfil lipídico deve ser sempre avaliado, para estabelecermos o 
Escore de Risco de um paciente desenvolver Infarto Agudo do 
Miocárdio fatal, e não fatal, ou Acidente Vascular Cerebral fatal, ou não 
fatal, em 10 anos.
 
Em 2019, o Ministério da Saúde, em resposta ao desafio imposto pelas 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), instituiu na Atenção 
Primária à Saúde (APS), por meio de uma Portaria, a Estratégia de 
Saúde Cardiovascular (ECV), objetivando a promoção de ações de 
prevenção e qualificação da atenção às pessoas com Doença 
Cardiovascular e seus fatores de risco. 
POR QUE O PERFIL LIPÍDICO 
DEVE SEMPRE SER AVALIADO?
40
A estratificação de risco pode ser feita por meio do 
Escore de Risco Framinghan, ou pela calculadora 
de risco, desenvolvida pelo Colégio Americano de 
Cardiologia (ACC, American Heart Association), em 
2021, adotada pela OPAS e, atualmente, pelo MS.
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 
recomenda a estratificação pela idade e pela 
presença de fatores de risco, uma vez que em 
pessoas com DM2 o uso de calculadoras se 
mostram imprecisas, embora possam ser utilizadas 
em indivíduos com DM1. 
São definidas quatro categorias de risco, baseadas 
na taxa anualizada de ocorrência de eventos 
cardiovasculares em dez anos: risco baixo, risco 
intermediário, risco alto e risco muito alto (Figura 
14). Maior detalhamento, veremos na aula 2.
COMO FAZER A 
ESTRATIFICAÇÃO DE 
RISCO 
CARDIOVASCULAR?
Para auxiliar o 
cálculo, acesse 
a Calculadora. 
Clique, aqui,
ou aponte a 
câmera de seu 
celular e escaneie 
o código QR. 
Uma vez analisados todos os critérios, os indivíduos considerados de 
maior risco para o desenvolvimento do Diabetes, deverão ser 
submetidos aos exames básicos de rastreamento:
 
Glicemia jejum e Hemoglobina Glicada (HbA1c),  e caso não sejam 
conclusivos solicitar TOTG de 2 h (Teste Oral de Tolerância à Glicose).
Agora, vamos examinar os critérios diagnósticos de Síndrome 
Metabólica, Pré-diabetes e Diabetes.
41
http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/index.html
https://www.paho.org/pt/hearts-nas-americas/calculadora-risco-cardiovascular
https://www.paho.org/pt/hearts-nas-americas/calculadora-risco-cardiovascular
Critérios 
Diagnósticos da 
Síndrome Metabólica, 
Pré-diabetes e 
Diabetes
5
A implementação dos cuidados e mudanças comportamentais são 
fundamentais para a mudança de status em saúde da população em 
risco para a doença. Contudo, se não há oportunidade de atuarmos na 
prevenção, devemos ser precisos no diagnóstico de Pré-diabetes e 
Diabetes e oportunos no tratamento, para, assim, evitarmos as 
complicações inerentes à Hiperglicemia. 
Segundo o Atlas do IDF 2022, são 541 milhões de adultos com 
intolerância à glicose, ou Pré-diabetes - condições de alto risco 
para o desenvolvimento do Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) e de 
Doenças Cardiovasculares.
Vale lembrar, que a distribuição da adiposidade é mais importante que 
o próprio Índice de Massa Corpórea (IMC), no diagnóstico da Síndrome 
Metabólica (SM). A adiposidade central, pelo acúmulo de gordura 
visceral, tem maior potencial inflamatório e trombogênico, conferindo 
maior risco para Doenças Cardiovasculares e Diabetes. 
A medida da Circunferência Abdominal (CA) é uma ferramenta simples, 
que reflete, indiretamente, a adiposidade visceral e é importante para 
diagnóstico da SM. O Risco Relativo de um indivíduo com SM 
apresentar um Evento Cardiovascular Fatal, ou Acidente Vascular 
Cerebral, é 2,4 e 2,27 vezes maior, respectivamente. O risco aumenta 
de acordo com o número de componentes da SM.
Neste tópico será feita a revisão dos 
exames e dos valores para os 
diagnósticos de Pré-diabetes, Síndrome 
Metabólica e Diabetes Mellitus Tipo 2 à 
luz das melhores diretrizes.
O que 
você verá 
aqui?
43
Embora ainda existam algumas dificuldades na adoção definitiva e 
uniforme dos critérios para diagnósticos de SM, os componentes 
propostos pelas 3 principais entidades, abaixo, são semelhantes, 
variando pouco entre si. 
A seguir, são listados os componentes diagnósticos preconizados pela 
National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel 
III (NCEP-ATPIII), em 2001; pela International Diabetes 
Federation (IDF), 2006, e pela Organizaçāo Mundial de Saúde (OMS), 
em 1999:
VALE RESSALTAR!
Uma atualização, publicada pela Sociedade Americana de 
Endocrinologia, em 2019, foca em medidas para identificar e reduzir o 
risco de Doença Cardiovascular Aterosclerótica (DCVA) e DM2 ao invés 
de definir a SM como entidade clínica. A diretriz se refere aos adultos, 
entre 40 e 75 anos de idade, e inclui a Hemoglobina Glicada como 
definição de risco metabólico.
44
Os parâmetros para diagnóstico de SM, de acordo as respectivas 
entidades: 
Parâmetros NCEP IDF 2006 * OMS 1999
Obrigatório
CA ≥94 cm (homens) 
ou 
≥ 80 cm (mulheres) 
90 cm em homens 
asiáticos.
Resistência à 
Insulina (por 
clamp), 
intolerância à 
glicose ou 
Diabetes Mellitus.
Número de 
anormalidades ≥ 3 de ≥ 2 de ≥ 2 de
Glicose
≥ 100 mg/dL ou 
tratamento 
farmacológico.
≥ 100 mg/dL ou 
diagnóstico de 
Diabetes.
HDL colesterol
<40 mg/dL (homens); 
<50 mg/dL) 
(mulheres)*.
<40 mg/dL (homens); 
<50 mg/dL 
(mulheres)*.
*<35 mg/dL 
(homens); 
<40 mg/dL 
(mulheres).
Triglicérides
≥ (150 mg/dL) ou 
tratamento 
farmacológico.
≥ (150 mg/dL) ou 
tratamento 
farmacológico.
Ou ≥ (150 mg/dL).
Obesidade
CA ≥ 102 cm (homens) 
ou 
≥ 88 cm (mulheres).
RCQ > 0,9 
(homens) 
ou > 0,85 
(mulheres) 
ou IMC ≥ 30 kg/m².
Pressão arterial
> 130/85 mmHg ou 
tratamento 
farmacológico.
≥ 130/85 mmHg ou 
tratamento 
farmacológico.
≥ 140/90 mmHg.
NCEP: National Cholesterol Education Program; IDF: International Diabetes Federation; 
OMS: Organização Mundial da Saúde;, RCQ: Relação Cintura-quadril; IMC: Índice de Massa 
Corporal; CA: Circunferência Abdominal.
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes- 2019 – 2020. Disponível em: 
https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Bra
sileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf. Acesso em: 06 fev. 2023. 
FIGURA 16 - Critérios para diagnóstico de SM em adultos. 
45
https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf
https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf
Não há consenso sobre a melhor definição de SM - os critérios mais 
utilizados são do IDF, outros países aceitam os fundamentos 
estabelecidos pela NCEP e pela OMS. Porém, aqui, no Brasil, baseados 
na NCEP, dispomos do Consenso Brasileiro sobre Síndrome Metabólica, 
em que são considerados 3 dos 5 critérios, abaixo: 
CRITÉRIOS 3 DE 5 CRITÉRIOS
Obesidade visceral 
(circunferência abdominal):
 Homens > 102 cm.
 Mulheres > 88 cm.
Triglicérides: ≥ 150mg/dl ou tratamento.
 HD:
Homens <40 mg/dl.
Mulher < 50 mg/dl.
Glicemia de jejum alterada : Glicemia de jejum ≥100 mg/dl ou diagnóstico prévio de Diabetes.
Pressāo Arterial : PAS ≥ 1 30 ou PAD ≥ 85 mmHg ou tratamento.
O diagnóstico de Pré-diabetes ou Diabetes pode ser feito pela 
Glicemia de Jejum, Hemoglobina Glicada ou TOTG (Teste Oral de 
Tolerância à Glicose).
A coleta da glicemia deve ser feita após, pelo menos, 8 horas de jejum. 
Embora de baixo custo, tem baixa reprodutibilidade e pode sofrer 
interferências de condições agudas. A Hemoglobina Glicada (Hb A1c) 
tem a vantagem de refletir a média glicêmica dos últimos 3 a 4 meses, 
e não depender de jejum.
PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; H: homens; M: mulheres.
Fonte: SBEM, 2011. (Adaptado). Disponível em: 
https://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/. Acesso em: 01 set. 2023.
FIGURA 17 - Critérios da IDF: 
46
https://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/
A Hb A1c tem alta especificidade, mas sensibilidade de 86%. Possui um 
custo pouco maior que a glicemia e pode sofrer interferências em caso 
de Anemias, Hemoglobinopatias, Doença Renal Crônica Dialítica, 
Transfusões e Drogas Anti-retrovirais. O método padronizado 
mundialmente é a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC - na 
sigla em Inglês), e certificado pelo National Glycohemoglobin 
Standardization Program (NGSP).
Caso a glicemia e a Hb A1c não sejam fidedignas ou não definam o 
diagnóstico, o TOTG (Teste Oral de Tolerância à Glicose) é a opção. 
Coleta-se a glicemia em jejum e após 2h da sobrecarga de glicose 
anidra dissolvida em água, ou dextrosol. É importante orientar uma 
dieta sem restrição de carboidratos, pelo menos por 3 dias, antes do 
teste. Embora seja um teste desagradável e oneroso, é considerado 
padrão ouro para o diagnóstico de Diabetes. 
Abaixo, seguem os valores diagnósticos para Pré-diabete e Diabetes:
Critérios Normal Pré-DM DM2
Glicemia de jejum (mg/dl): < 100 100 a 125 > 125
Glicemia 2h após TOTG (mg/dl): < 140 140 a 199 > 199
HbA1c (%): < 5,7 5,7 a 6,4 > 6,4
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2022. Disponível em: 
https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/ . 
Acesso em: 26 de jan. 2023.
Uma glicemia aleatória, em qualquer horário, ≥ 200 mg/dl, também 
confirma o diagnóstico de DM . Diante de incongruência de resultados, 
repetir os testes para confirmação diagnóstica.
FIGURA 18 - Valores diagnósticos para Pré-diabete e Diabetes. 
47
https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/
RECORDANDO O 
QUE FOI VISTO
6
• Histórico do Diabetes Mellitus – linha do tempo.
• Epidemiologia do DM2: um problema de Saúde Pública.
• Fisiopatologia DM2.
• Fatores de risco e rastreamento do indivíduo com DM2.
• Critérios Diagnósticos da Síndrome Metabólica, do Pré-diabetes e do 
DM2.
A análise desses conceitos contribui para o planejamento dos cuidados 
e intervenções precoces, o que, consequentemente, melhora a 
qualidade de vida do indivíduo com DM2. Esperamos que você tenha 
compreendido todo o conteúdo e refletido sobre o seu trabalho 
dentro desse contexto! Busque informações sobre essa temática 
para recordar, refletir e ampliar seus conhecimentos.
Agora, participe das atividades propostas e exercite o seu 
protagonismo. 
Até a próxima aula!
NESSA AULA VOCÊ VIU OS SEGUINTES 
TEMAS SOBRE O DIABETES, EM ESPECIAL, 
O DIABETES MELLITUS TIPO 2:
49
BIBLIOGRAFIA
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