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METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DA MATEMÁTICA NA ALFABETIZAÇÃO CAPÍTULO 4 - COMO A AVALIAÇÃO E O PLANEJAMENTO INTERFEREM NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO? Thiago Fernando Mendes Introdução Muitas pessoas discutem a dificuldade de ensinar matemática para as crianças, seja por conta da complexidade dos temas dessa disciplina, ou pela impossibilidade de ter uma visualização concreta dos objetos matemáticos. No entanto, existe outra questão que preocupa os pesquisadores da área de Educação Matemática no âmbito da Educação Infantil: como avaliar o conhecimento matemático das crianças? Assim, neste capítulo, além de discutir o ensino de matemática em si, vamos falar um pouco do sistema de avaliação no ciclo de alfabetização. Neste quarto capítulo, você terá a oportunidade de conhecer como alguns atos pedagógicos, como a escolha do sistema de avaliação e a escrita do planejamento docente interferem no processo de ensino e aprendizagem da matemática no ciclo de alfabetização. Para isso, inicialmente, você vai estudar sobre o papel dos materiais didáticos enquanto instrumentos facilitadores do trabalho do professor. Depois disso, vai refletir sobre o uso de blocos lógicos e outros materiais manipuláveis como recursos pedagógicos que, de alguma forma, auxiliem as crianças a compreenderem, de maneira concreta, por meio da visualização, comparação, sistematização e organização conceitos matemáticos abstratos. Também vai avaliar a questão do planejamento docente e seus impactos no processo de ensino da matemática no ciclo de alfabetização. Quais itens deve constar em um planejamento? O que deve ser considerado para escrever este planejamento? Qual o posicionamento do professor com relação ao seu planejamento? Essas são algumas das questões que se busca responder. Por fim, a avaliação será discutida. Neste tópico, você vai ver diferentes formas e instrumentos de avaliação, os objetivos e funções da avaliação dentro do processo de ensino e aprendizagem da matemática no ciclo de alfabetização, dentre outros aspectos. Vamos começar? 4.1 A função dos materiais didáticos Você sabia que existem diversos mecanismos que o professor pode utilizar a fim de desenvolver uma aula de matemática que possibilite a aprendizagem dos estudantes? Dentre estes mecanismos estão as metodologias de ensino, relatos de experiências de outros professores publicados em periódicos e anais de eventos, materiais didáticos, dentre outros. Neste primeiro item você vai conhecer a importância dos materiais didáticos como uma importante ferramenta que pode auxiliar o professor no desenvolvimento de seu trabalho em sala de aula, especialmente, no ciclo de alfabetização e nos anos iniciais da Educação Infantil. Serão abordadas as maneiras de uso destes materiais e as formas que estes poderão auxiliar o professor no processo de alfabetização matemática das crianças. Você também poderá conhecer os diferentes tipos de aprendizagem (casual e organizada, por exemplo) e os diferentes objetivos da escola. Além disso, iremos analisar o uso de materiais concretos e jogos no ensino da matemática no ciclo de alfabetização. Vamos lá? 4.1.1 Da natureza e do uso de materiais didáticos De acordo com o dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, didática é a arte de transmitir conhecimento; é a técnica de ensinar; é a parte da pedagogia que trata dos preceitos científicos que orientam a atividade educativa de modo a torná-la eficiente (HOUAISS, 2009). Tradicionalmente, o termo “didática” refere-se, de forma geral, à atividade de ensino. Neste contexto, os materiais didáticos são vistos como recursos que podem facilitar o ato de ensino qualquer coisa, para qualquer sujeito (COMENIUS, 2011). No âmbito do ciclo de alfabetização houve, ao longo dos anos, uma intensa discussão a fim de estabelecer o método mais eficiente e eficaz para a alfabetização das crianças. Em meio a tais discussões, tensas disputas foram iniciadas entre os defensores dos métodos denominados novos e revolucionários e os considerados antigos e tradicionais (GACH; KLEIN, 2015). Tais períodos de discussão foram divididos por Mortatti (2000) em quatro diferentes momentos. Para saber mais sobre eles, clique nos itens abaixo. 1º momento Neste momento eram utilizados os chamados métodos sintéticos. Todo o trabalh pedagógico em sala de aula centrava-se em torno do método utilizado. 2º momento Período em que predominou o chamado método analítico. A preocupação deste períod centrava-se no desenvolvimento de habilidades visuais, auditivas, motoras, noções d lateralidade, dentre outras. 3º momento Neste momento havia o predomínio dos métodos mistos e defendia-se que a maturidad seria fundamental para o aprendizado da leitura e escrita. Neste período iniciou-se chamada classificação dos alfabetizados, visando à organização das classes homogêneas a racionalização e eficácia da alfabetização. 4º momento Período em que houve a emergência do construtivismo. Neste período, debates e disputa em torno de como alfabetizar para superar o fracasso escolar voltaram a ser o centro da atenções. Em todas as discussões categorizadas por Mortatti (2000), houve um estudo a respeito da utilização dos materiais didáticos mais adequados para cada um dos momentos. • • • • Nisso, passamos a considerar o processo de ensino, como objeto de estudo da Didática, que, de acordo com Libâneo (1994, p. 15-16) não pode ser tratado como atividade restrita ao espaço de sala de aula. O trabalho docente é uma das modalidades específicas da prática educativa mais ampla que ocorre na sociedade. Para compreendermos a importância do ensino na formação humana, é preciso considerá-lo no conjunto das tarefas educativas exigidas pela vida em sociedade. A ciência que investiga a teo ria e prática da educação nos seus vínculos com a prática social global é a Pedagogia. Sendo a Didática uma disciplina que estuda os objetivos, os conteúdos, os meios e as condições do processo de ensino tendo em vista finalidades educacionais, que são sempre sociais, ela se fundamenta na Pedagogia; é, assim, uma disciplina pedagógica. Assim, percebemos que a didática, sendo o principal ramo de estudos da Pedagogia, investiga as condições, os fundamentos e os modos de realização da instrução e do ensino (LIBÂNEO, 1994). Desta maneira, os materiais didáticos foram definidos de acordo com os pressupostos teóricos das teorias pedagógicas de cada época. No Brasil, várias correntes pedagógicas já foram predominantes, por exemplo, a racional-tecnológica; a neocognitivista; a sociocrítica; a holística e a pós-moderna. Em cada uma dessas correntes, foram utilizados tipos específicos de materiais didáticos. VOCÊ QUER LER? No livro “A Didática Magna”, o educador e cientista Comenius (2011) apresenta sua pedagogia, a chamada Pedagogia de Comenius. Com características e metodologia própria, Comenius defendia um “ensino de tudo, para todos”. Assim, tomando o ensino como uma arte, seu método era baseado em três princípios básicos: analogia com método natural; caráter gradual e cíclico do ensino; e vínculo entre palavras e coisas. Para que o processo de ensino seja efetivo, é preciso entender, de maneira detalhada, como a aprendizagem ocorre para cada sujeito. Neste sentido, Libâneo (1994) destaca a possibilidade de distinguir dois tipos de aprendizagem: a aprendizagem casual e a aprendizagem organizada. Aprendizagem casual: É quase sempre espontânea, surge naturalmente da interação entre as pessoas com o ambiente em que vivem, ou seja, através da convivência social, observação de objetos e acontecimentos. Aprendizagem organizada: É aquela que tem por finalidade específica aprender determinados conhecimentos, habilidades e normas de convivência social. Este tipo de aprendizagem é transmitido pela escola, que é uma organização intencional, planejada e sistemática, as finalidades e condições da aprendizagem escolar é tarefa específica do ensino (LIBÂNEO, 1994, p. 82). Neste contexto,a escola tem como um dos objetivos possibilitar a aprendizagem organizada nos estudantes, ou seja, o intuito do ambiente escolar é a construção de determinados conhecimentos de forma organizada, planejada e sistematizada. Para isso, os professores lançam mão de metodologias específicas e materiais didáticos que facilitem tal aprendizagem. Figura 1 - Livros, dicionários e tecnologias digitais são exemplos de materiais didáticos. Fonte: gvictoria, Shutterstock, 2019. É importante ressaltar que, apesar de o objetivo da escola ser a aprendizagem organizada, a aprendizagem casual deve ser considerada, uma vez que uma pode ser o caminho para chegar à outra. Além dos tipos de aprendizagem, Libâneo (1994) discute também os objetivos das atividades pedagógicas em sala de aula. Para o autor, este trabalho busca: Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e duradouro possível dos conhecimentos científicos; criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e habilidades intelectuais de modo que dominem métodos de estudo e de trabalho intelectual visando a sua autonomia no processo de aprendizagem e independência de pensamento; orientar as tarefas de ensino para objetivo educativo de formação da personalidade, isto é, ajudar os alunos a escolherem um caminho na vida, a terem atitudes e convicções que norteiem suas opções diante dos problemas e situações da vida real (LIBÂNEO, 1994, p. 71). Neste sentido, a escolha do material didático se dará de acordo com os objetivos pretendidos pelo professor em sala de aula, assim como as bases filosóficas e epistemológicas que este professor assumir. Os materiais adotados por um professor construtivista, por exemplo, serão diferentes dos materiais escolhidos por um professor mais tradicional. Assim, para determinar o material didático mais adequado para suas aulas é importante, inicialmente, conhecer o objetivo da escola. Sobre o objetivo do ciclo de alfabetização, Rocha (1999, p. 31) afirma que: Enquanto a escola tem como sujeito o aluno, e como objeto fundamental o ensino nas diferentes áreas, através da aula; a creche e a pré-escola têm como objeto as relações educativas travadas num espaço de convívio coletivo que tem como sujeito a criança de 0 até 6 anos de idade (ou até o momento em que entra na escola). Figura 2 - Materiais manipuláveis, como o ábaco, permitem que as crianças deem significados concretos aos conceitos abstratos da matemática. Fonte: Inara Prusakova, Shutterstock, 2019. Com a citação da autora supracitada fica claro que os materiais didáticos adotados para o ciclo de alfabetização são diferentes dos materiais adequados para o Ensino Fundamental, por exemplo, já que os objetivos para cada um destes níveis de escolarização são distintos. Para Thies e Alves (2013, p. 183) “[...] o ensino não acontece sem que o professor disponha de “Materiais Didáticos” (MD) para trabalhar os diferentes conceitos a serem aprendidos pelos alunos”. Neste contexto, material didático é definido como todo objeto disponível ao professor e aos alunos que, de alguma forma, possa contribuir positivamente com o processo de aprendizagem das crianças (THIES; ALVES, 2013). Livros didáticos, materiais manipuláveis, jogos, computadores, calculadoras, celulares são alguns exemplos de materiais didáticos. Novas ou velhas, as tecnologias de ensino sempre acompanharam a prática docente, não sendo, portanto, uma novidade. 4.2 Construção de materiais didáticos Você já parou para pensar que o quão complexo é o conceito de “número”? Pois é, este conceito é tão complexo que demoraram centenas de anos para que tivéssemos toda a estrutura numérica que temos hoje. Assim, neste tópico, buscaremos explorar algumas potencialidades dos blocos lógicos no sentido de auxiliar as crianças a compreenderem conceitos matemáticos complexos, como o conceito de número e grandezas. Em uma perspectiva piagetiana, esses materiais possibilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico- dedutivo das crianças, uma vez que manipular os blocos lógicos na realização de atividades de construção, representação, classificação e seriação permite que as crianças tenham acesso, de forma concreta, a ideias abstratas da matemática. Vamos entender mais sobre isso? 4.2.1 Blocos lógicos segundo a perspectiva de Piaget Os blocos lógicos são recursos didáticos utilizados pelos professores do ciclo de alfabetização e da Educação Infantil na tentativa de possibilitar o desenvolvimento do raciocínio dedutivo e lógico- matemático das crianças. Clique nas setas e aprenda mais sobre esse tema! O intuito é que, a partir da manipulação de materiais concretos, os estudantes possam atribuir significado aos conceitos abstratos que lhes estão sendo apresentados, como números, operações e relações matemáticas. E, atribuindo o significado, consequentemente, a construção do conhecimento é facilitada. Sobre a construção do conhecimento, em estudos da área de Psicologia da Educação é comum encontrar linhas de pensamentos que defendem diferentes formas de ocorrência da aprendizagem. Até mesmo o termo “aprendizagem” é difícil de ser definido nas diferentes teorias. De forma geral, não há, na literatura, um consenso dentre os teóricos com relação ao conceito de aprendizagem. Como colocado por Moreira (2012), Piaget foi o pensador pioneiro a dar enfoque construtivista à cognição humana. Em sua teoria há quatro períodos gerais de desenvolvimento cognitivo. Vamos conhecer quais são? Clique nas abas e confira. No entanto, lançando mão de algumas definições, temos que Schunk (2012), por exemplo, elenca três características gerais da aprendizagem, a saber: aprendizagem envolve uma mudança de comportamento; aprendizagem dura um certo tempo; aprendizagem ocorre a partir de uma experiência. Por outro lado, Illeris (2013, p. 16) define aprendizagem como “[...] qualquer processo que, em organismos vivos, leve a uma mudança permanente em capacidades e que não se deva unicamente ao amadurecimento biológico ou ao envelhecimento”. Assim, apesar de não serem idênticas, é possível perceber que para ambos os autores citados a aprendizagem envolve, de certa maneira, uma mudança que está associada diretamente ao sujeito que aprende. Neste sentido, dois grandes pensadores da psicologia da Educação se dedicaram ao estudo da construção ou apreensão do conhecimento: Jean Piaget e Lev Vygotsky. De maneira bastante sucinta, Lev Vygotsky defendia que o conhecimento se processa, principalmente, por meio das interações sociais que o sujeito está exposto. Para Vygotsky, é na interação social que a pessoa consegue um desenvolvimento cognitivo e a conversão de relações sociais. Em funções mentais superiores, é mediada pelos instrumentos e signos (MOREIRA, 2012). Já Jean Piaget defendia que a construção do conhecimento está intrinsicamente relacionada ao desenvolvimento cognitivo e biológico do sujeito. Neste tópico iremos explorar o uso de blocos lógicos no ensino de matemática segundo Jean Piaget, mais especificamente a aplicação deste recurso pedagógica para o ensino de matemática para crianças de 0 a 6 anos de idade. Vai do nascimento até, aproximadamente, dois anos de idade. Nesta fase, a única referência comum e constante da criança é seu próprio corpo, o que resulta em um egocentrismo praticamente total do sujeito; deste estágio, a criança evolui cognitivamente, passando por outros • Sensório-motor Dado este referencial teórico, temos que os blocos lógicos são utilizados no ciclo de alfabetização nos momentos em que os estudantes estão, de acordo com Piaget (2013), nos períodos sensório-motor e pré-operacional. estágios, até que, no fim do período sensório-motor, o egocentrismo começa a diminuir (PIAGET, 2013). Vai dos dois aos seis ou sete anos de idade. Nesta fase, o pensamento da criança começa a se organizar por meio da linguagem, dos signos e imagens mentais aos quais a criança tem acesso (PIAGET, 2013). Vai dos sete aos onze ou doze anos.Nesta etapa, a perspectiva egocêntrica da criança é diminuída a tal ponto que passa a se enxergar como um objeto dentre os demais (MOREIRA, 2012). Vai dos doze anos em diante. Durante este período, a criança começa a ser precisa em sua percepção de contraste e comparação de objetos. Neste período a criança é capaz, por exemplo, de dizer qual copo contém mais água. Isso acontece porque uma das principais características desta fase é a capacidade de raciocinar com hipóteses verbais (pensamento proposicional) (MOREIRA, 2012). • • • Pré-operacional Operacional concreto Operacional formal Para Simons (2007, p. 48), “cada experiência é introduzida na mente e ajustada às experiências que lá existem. O intelecto vai recebendo experiências e transformando-as para que se adaptem”. Assim, as experiências com os blocos lógicos vivenciadas pelas crianças são importantes para que os estudantes desenvolvam estruturas lógicas relacionadas à matemática, ou seja, “as operações lógicas só se constituem e adquirem suas estruturas de conjunto em função de certo exercício, não somente verbal, mas, sobretudo, e essencialmente relacionado à ação sobre os objetos e à experimentação” (PIAGET, 2007, p. 54-55). Simons (2007) apresenta o bloco lógico como um material didático composto por 48 peças com cores (azul, vermelho, amarelo), formas (quadrado, retângulo, triângulo e círculo), tamanhos (grande e pequeno) e espessuras (grosso e fino) diferentes. VOCÊ QUER VER? Lançado em julho de 2013, o documentário A Caminho da Escola, dirigido por Pascal Plisson e roteirizado por ele e por Marie-Claire Javoy, conta a história de quatro crianças que, apesar de morarem em lugares completamente diferentes ao redor do mundo, possuem uma coisa em comum: acreditam na importância da escola em suas vidas e precisam percorrer longas distâncias para chegar até ela. De forma leve, o documentário apresenta como o ambiente escolar é importante para a formação dos sujeitos, independentemente de sua nacionalidade. Em 2014, o documentário foi vencedor do prêmio César de Melhor Documentário. Para Lerner (1995, p. 5), o uso deste recurso metodológico é importante, uma vez que “prepara a criança para raciocinar com rapidez e porque se deve saber utilizá-las na vida diária; é uma disciplina instrumental – como a leitura – que ajuda a compreender as demais matérias; é uma ciência, muito completa, porque é exata”, ou seja, o uso dos blocos possibilita que a criança relacione conceitos matemáticos com situações simples, como a comparação de figuras geométricas. Figura 3 - Blocos lógicos possibilitam que as crianças desenvolvam seu raciocínio hipotético-dedutivo. Fonte: WOVE LOVE, Shutterstock, 2019. VOCÊ SABIA? Os blocos lógicos foram desenvolvidos pelo matemático húngaro Zoltran Paul Dienes, aproximadamente na década de 1950, buscando elaborar um método para exercitar o raciocínio lógico e o pensamento abstrato de crianças de 0 a 5 anos. Com seus materiais, o matemático queria mostrar que crianças podem desenvolver um pensamento matemático avançado a respeito de conceitos complexos por meio da manipulação de materiais concretos. Piaget (apud KAMII, 2000) afirma que o número é construído pelo ser humano de maneira individual por meio da criação e coordenação de diferentes relações. Assim, para compreender de fato o conceito de número, não basta requerer dos estudantes somente a memorização de números, pois, como coloca Kamii (2000), apenas dizer palavras numéricas é diferente de saber aplicar o conceito de número em diferentes situações. Lorenzato (2017) afirma que os blocos lógicos são bastante eficientes para que os alunos exercitem a lógica e evoluam em seu raciocínio abstrato. O autor sugere, ainda, uma série de atividades para serem realizadas com esses materiais. Clique nos cards e conheça alguns exemplos. Jogo livre Em que as crianças poderão criar diferentes desenhos com as formas geométricas dos blocos comparando desenhos e tamanhos. Empilhamento de peças Nesta atividade os alunos desenvolvem a capacidade de discernimento, raciocínio lógico e motricidade. Jogos de classificação O uso de blocos lógicos no ciclo de alfabetização assemelha-se ao uso de jogos, brincadeiras e demais atividades lúdicas com o intuito de potencializar a aprendizagem dos estudantes. Portanto, é indispensável que todas as atividades com esses blocos em sala de aula estejam devidamente descritas no planejamento, tema do próximo tópico. Permitem explorar a o raciocínio dedutivo e a comparação das crianças. Figura 4 - Materiais manipuláveis facilitam a compreensão das crianças. Fonte: NadyaEugene, Shutterstock, 2019. 4.3 Planejar: um ato imprescindível na prática docente A escola é um local que busca a aprendizagem organizada dos estudantes. No ciclo de alfabetização, assim como nos anos iniciais da Educação Infantil, as crianças começam a ter acesso aos conhecimentos básicos que servirão como pré-requisitos para a aprendizagem de outros conhecimentos nas etapas posteriores de escolarização. Com isso, podemos refletir, com a colaboração de Aroeira, Soares e Mendes (1996, p. 12), sobre a educação pré-escolar que implica levar em consideração a criança, como sujeito desejante, ativo, cognoscente, filiado a determinado grupo social e familiar e, portanto, um sujeito histórico, condicionado a determinantes socioculturais. Um sujeito singular em sua maneira de estar no mundo e de adaptar-se, ao mesmo tempo que precisa instrumentalizar-se para modificar e reconstruir sua própria realidade. Para que possa a criança possa reconstruir sua realidade em sala de aula é preciso que ela seja possibilitada a tal, assim, no contexto da Educação Infantil, o planejamento se constitui como uma ação fundamental da prática docente. Se as ações a serem executadas em sala de aula não estiverem sistematizadas, organizadas, estruturadas e fundamentadas no planejamento docente, dificilmente o professor conseguirá atingir seus objetivos em sala de aula. Para Araújo (2010, p. 9): atualmente, planejar é traçar, delinear, programar, elaborar um roteiro na tentativa de desenvolver conhecimentos, de interação, de experiências múltiplas e significativas para com os alunos. Por isso não é algo que se encontre pronto, como uma receita. Ao contrário, o planejamento é flexível e, como tal, permite ao educador repensar, revisando e buscando novos significados para a sua prática pedagógica. Para a elaboração de um planejamento eficaz é preciso que o professor conheça os documentos oficiais que regem a área em que atua, para assim, elaborar um planejamento que articule os conteúdos curriculares, as habilidades infantis buscadas e as estratégias metodológicas específicas do contexto do VOCÊ QUER LER? No livro “Por que planejar? Como planejar?: Currículo - Área - Aula”, os autores Maximiliano Menegolla e Ilza Martins Anna discutem a importância do planejamento tanto para o professor, quanto para o aluno, em especial no âmbito da Educação Infantil. Segundo os autores, toda a ação pedagógica docente deve ser pensada e planejada de modo a possibilitar melhores condições de vida às pessoas (MENEGOLLA; ANNA, 2003). Cabe à escola e aos atores da educação (professores, supervisores, orientadores) o dever de planejar a sua ação educativa para construir o bem viver. ciclo de alfabetização. Com isso, como afirma Lorenzato (2017), um planejamento deve orientar, organizar, elencar e sistematizar tanto as atividades curriculares que ocorrem em sala aula quanto as extraclasses. Ainda sobre o planejamento, Jesus e Germano (2013, p. 3) afirmam que: o planejamento na Educação Infantil é um momento que possibilita o professor encontrar soluções para obter avanços no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança, por isso deve ser uma atividade contínua, onde o professor não somente escolhe os conteúdos a serem passados, mas faz todo um processo de acompanhamento onde diagnostica os avanços e dificuldadesde toda a turma e também de forma individual, já que é fundamental o professor levar em consideração as peculiaridades e as especificidades de cada criança, já que cada uma tem seu modo de agir, pensar e sentir. Em outras palavras, é a partir do planejamento que o professor poderá analisar se as aulas preparadas para suas turmas possibilitarão o desenvolvimento cognitivo das crianças e, consequentemente, potencializarão a construção do conhecimento delas. Saviani (1987, p. 24) diz que “a reflexão do ato do planejamento deve perpassar as experiências filosóficas e, ao transitar por ela, deve buscar questionar seus posicionamentos acadêmicos e ideológicos”. Neste contexto, a reflexão do ato do planejamento deve transcorrer três passos principais, a saber: “radical, o que significa buscar a raiz do problema; rigorosa, na medida em que faz uso do método científico; de conjunto, pois exige visão da totalidade na qual o fenômeno aparece” (SAVIANI, 1987, p. 25). Figura 5 - O planejamento docente permite que o professor reflita sobre seu próprio trabalho. Fonte: Poznyakov, Shutterstock, 2019. Ainda para o autor supracitado, o ato de planejar exige, dentre outras coisas, uma reflexão filosófica acerca dos diferentes problemas que potencialmente podem surgir durante o desenvolvimento do trabalho docente. Neste caso, vale ressaltar que tal reflexão deve envolver tanto os problemas que podem ou não ser previstos pelo educador – por exemplo, dificuldades de aprendizagem dos estudantes dada a complexidade dos temas a serem trabalhados. Ao abordar o tema planejamento educacional, Gandin (1983) define o “planejar” como um ato pedagógico composto, primordialmente, por três etapas, sendo elas: elaborar; executar e avaliar. Elaborar: decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir essa distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar: agir em conformidade com o que foi proposto; e avaliar: revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados (GANDIN, 1983, p. 23, grifo do autor). Ainda para Gandin (1983), planejar exige uma atitude crítica por parte do educador. Além disso, ao escrever seu planejamento, é necessário que o professor assuma uma postura participativa, coletiva e democrática a fim de envolver toda a comunidade escolar em seus atos pedagógicos. VOCÊ O CONHECE? O filósofo e pedagogo Demerval Saviani tem trabalhos reconhecidos na área de Educação, foi o idealizador da chama Pedagogia Histórico-Crítica que, segundo ele, não é outra coisa senão uma pedagogia empenhada decididamente em colocar a educação a serviço da referida transformação das relações de produção (SAVIANI, 1987). De acordo com o Caderno Pedagógico “Planejamento na Educação Infantil” (RIO DE JANEIRO, 2011), o planejamento docente deve conter, de forma detalhada, os objetivos previstos pelo professor, assim como os desdobramentos assumidos pelo professor para atingi-los. Assim, entre os objetivos e os desdobramentos, deverão ser considerados o programa curricular, a interação entre os estudantes, a autonomia docente e o conhecimento a ser construído. O esquema abaixo representa a estrutura curricular do planejamento proposto pelo documento. CASO A professora Teresa trabalha com a primeira etapa do ciclo de alfabetização há dois anos. Apesar de gostar muito deste nível de escolaridade, a professora enfrentou um grande problema no primeiro ano de atuação: ela não conseguiu cumprir o programa curricular. O que aconteceu foi que no início de ano ela planejou as aulas do ano letivo inteiro e, no final do período, nem metade do que havia sido planejado ela conseguiu cumprir. Sendo assim, conversando com as coordenadoras e orientadoras pedagógicas do colégio em que trabalha, Teresa percebeu que, apesar do planejamento estar bem escrito, com objetivos, estratégias metodológicas e conteúdos a serem trabalhados bem determinados, um item muito importante não foi considerado: o tempo que cada conteúdo levaria para ser concluído. Acrescentando este fator (tempo) em seu planejamento, ficou claro que, dentro de um ano, seria impossível Teresa trabalhar tudo o que havia planejado. Veja a seguir um exemplo de planejamento docente para o estudo de estruturas lógicas elementares, tamanho e forma, números e medidas para ser trabalhado no âmbito do ciclo de alfabetização em matemática. Figura 6 - Estrutura do planejamento para a Educação Infantil: objetivos e desdobramentos. Fonte: RIO DE JANEIRO, 2011, p. 30. Ao escrever um planejamento, um aspecto importante a ser considerado pelo professor é o tempo. Cumprir o programa curricular da escola é um compromisso docente, uma vez que deixar de trabalhar certos conteúdos com as crianças poderá comprometer a aprendizagem das mesmas nas séries posteriores. Você pode conhecer outros aspectos relacionados a esse tema, clicando nas setas abaixo. Dada a importância deste item, iremos explorá-lo de maneira mais detalhada no próximo tópico. Quadro 1 - Exemplo planejamento para o ensino de matemática no ciclo de alfabetização. Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. Arribas (2008) aborda a importância do currículo na Educação Infantil e afirma que seu cumprimento é fundamental para uma educação de qualidade. Para a autora, a definição do currículo para o ciclo de alfabetização exige um estudo complexo e sistemático, por isso, seu cumprimento de forma mais completa possível é essencial para a formação da criança. Além disso, ao descrever os objetivos no planejamento, é importante utilizar a descrição dos mesmos com verbos, como: estimular; construir; desenvolver; compreender; registrar; definir; identificar; nomear; especificar; exemplificar; enumerar; citar; dentre outros. A forma como a avaliação será desenvolvida durante a aula também é um importante item a constar no planejamento docente. 4.4 A questão da avaliação na alfabetização Você sabia que a avaliação vai muito além de ser uma ferramenta para atribuir nota aos estudantes e determinar se eles devem ou não ser aprovados na disciplina? Além dessa função somativa de testar, identificar, dar nota e classificar os estudantes, a avaliação pode ser uma ferramenta que possibilita o diagnóstico daquilo que os alunos já conhecem (ou não) para, a partir daí, o professor iniciar seus trabalhos. Além disso, a avaliação pode ainda ser tomada como formativa, ou seja, como um processo integrado à formação dos estudantes e do professor. Assim, a avaliação é um importante instrumento que auxilia o professor a refletir sobre seu próprio trabalho, além de contribuir diretamente com o processo de formação das crianças. Neste tópico, iremos discutir as diferentes funções e os diferentes tipos de avaliação. Dependendo de qual o objetivo pretendido pelo professor, um tipo específico de avaliação deve ser adotado. Vamos lá? 4.4.1 Articulação com o Ensino Fundamental Assim como o objetivo da escola é promover a aprendizagem organizada dos alunos, uma atividade fundamental do professor é favorecer tal aprendizagem. Neste sentido, pesquisas em Educação Matemática têm discutido a avaliação como uma ferramenta da qual o professor deve lançar mão a fim de favorecer a aprendizagem dos estudantes (HADJI, 1994; ALLAL, 1986; SANTOS, 2002; BARLOW, 2006). Assim como o planejamento docente, a avaliação também deve ser assumida como um objeto de reflexão dentro do processo de ensino e aprendizagem. Neste sentido, Trevisan, Mendes e Buriasco (2014) destacam que a avaliação deve assumir prioritariamente uma função formativa, isto é, mais do que avaliar o rendimento do aluno ou classificá-lo de alguma maneira, a avaliação deve buscar contribuir com o processo de formação do estudante– e, no caso do ciclo de alfabetização, da criança. Portanto, é imprescindível que o professor tenha determinado, com clareza, todos os objetivos que pretende atingir com suas aulas e, consequentemente, com sua avaliação. Neste caso, é importante ressaltar que a avaliação deve ser utilizada para avaliar tanto o aluno quanto o professor, mesmo este estando em papel de avaliador. Portanto, a mesma pode ser realizada em diferentes momentos: Barlow (2006), por exemplo, fala na possibilidade de realizá-la antes, durante e depois do trabalho dos estudantes. O autor supracitado discute ainda os papeis da avaliação. Segundo ele, em linhas gerais: a avaliação pode funções muito diferentes: testar o nível de conhecimentos ou de habilidades do aluno, identificar suas capacidades ou suas dificuldades, controlar seus progressos, dar nota a seus trabalhos e aos de seus colegas e classificá-los, conceder um diploma, prever a sequência de formação (BARLOW, 2006, p.112, grifos do autor). Acompanhe, no vídeo a seguir, um estudo de caso que aborda a relação entre os objetivos delineados pelo professor em seu planejamento e as formas e os instrumentos de avaliação escolhidos por ele. Figura 7 - Exemplo de avaliação por meio de atividades lúdicas. Fonte: Robert Kneschke, Shutterstock, 2019. Clique nas abas e aprenda mais sobre o tema. Ao também discutir as funções da avaliação no processo de ensino e aprendizagem, Ha (1994) organiza-as segundo três agrupamentos: orientar; certificar; regular. Segundo o autor, a avaliação orienta no sentido de guiar o estudante, permitir uma análise respeito de suas aptidões, capacidades, habilidades e competências e os interess necessários às futuras aquisições. Assim, sujeita à função de orientar, pode-se abordar a chamada avaliação diagnóstic prognóstica ou preditiva (HADJI, 1994) que, em linhas gerais, pode ser definida como um avaliação que busca analisar se os estudantes possuem os pré-requisitos necessários pa o estudo dos conceitos que estão prestes a serem explorados. Além disso, a avaliação diagnóstica pode servir para que o professor perceba o que o alunos já conhecem e, a partir daí, iniciar o desenvolvimento de suas aulas. Por outro lado, a avaliação diagnóstica pode ainda permitir que o professor identifique as principais dificuldades do aluno, compreendendo inclusive seus erros, e podendo, assim, desenvolver estratégias que permitam que as crianças superem tais dificuldades. A função de certificar da avaliação ocorre a partir de um inventário dos conhecimentos e aprendizados do estudante. Neste sentido, busca-se com a avaliação analisar se os estudantes dominam as competências e capacidades que fazem parte do objeto de ensino. A partir da certificação é possível • • • • VOCÊ SABIA? A cada três anos, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) realiza o PISA (Programme for International Student Assesment) com o intuito de avaliar a educação básica em diferentes países ao redor do mundo. O objetivo do PISA é produzir alguns indicadores que possibilitem uma discussão a respeito da qualidade da educação nos países participantes para que, assim, políticas de melhorias da educação possam ser subsidiadas. A prova do PISA engloba três áreas do conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências. responder a seguinte questão: o aluno está apto a ser aprovado? (HADJI, 1994). A avaliação exerce a função de “regular” no sentido de guiar constantemente o estudante (e o professor) no seu processo de aprendizagem com o intuito de diagnosticar as lacunas e dificuldades em relação aos saberes a serem adquiridos. A avaliação formativa, ou seja, aquela que tem como objetivo aperfeiçoar a ação docente e discente, tem como: característica essencial é a de ser integrada na ação de ‘formação’, de ser integrada ao próprio ato de ensino. Tem por objetivo contribuir para melhorar a aprendizagem em curso, informando o professor sobre as condições em que está a decorrer essa aprendizagem, e instruindo o aprendente sobre seu próprio percurso, os seus êxitos e as suas dificuldades (HADJI, 1994, p. 63-64). Neste contexto, a fim de permitir o desenvolvimento de uma avaliação que assuma, de maneira efetiva, um caráter formativo, Trevisan, Mendes e Buriasco (2014, p. 239) sugerem uma sequência de etapas para a elaboração da estratégia de avaliação: 1. recolha de informações referentes aos progressos e dificuldades de aprendizagem sentidos pelos estudantes; 2. interpretação dessas informações segundo critérios pré-estabelecidos e um diagnóstico dos fatores que estejam na origem das dificuldades dos estudantes; 3. adaptação das atividades de ensino e de aprendizagem a partir das informações recolhidas. Neste mesmo sentido, Hoffmann (2007) apresenta três princípios norteadores da avaliação. Vamos conhecer quais são eles, clicando nos cards abaixo. Princípio de investigação docente Em que o docente deve investigar a maneira que cada um de seus alunos constrói seus conhecimentos. Princípio da provisoriedade dos juízos estabelecidos Com isto, fica claro que, para ter uma avaliação de cunho formativo, o professor precisa ter domínio, além dos conteúdos a serem trabalhados, das competências exigidas para cada fase de desenvolvimento dos alunos, indo ao encontro do que defende Piaget (2013). Sobre isso, Hadji (1994, p. 120) afirma que: preparar eficazmente um meio de avaliação formativa, será necessário (...) possuir um modelo da progressão cognitiva, e um quadro de correspondência desempenho/competência que permita apreciar a evolução da competência através das melhorias do desempenho. Além disso, o autor aponta que, para ser formativa, além de ser orientadora, certificadora e reguladora, a avaliação deve ter uma função reforçadora, ou seja, precisa implicar em reforço positivo (em uma perspectiva behaviorista do conceito de aprendizagem) das competências que estejam de acordo com o objetivo pretendidos. Em que faz-se necessário perceber a provisoriedade das observações feitas sobre a criança por conta de seu acelerado desenvolvimento e permanente evolução de seu pensamento. Princípio de complementariedade Em que o olhar do professor deve acompanhar a trajetória da ação e do pensamento da criança, provocando-os gradativamente a fim de complementar seu desenvolvimento. Síntese Você concluiu este estudo, pelo qual foi possível explorar como alguns atos pedagógicos interferem no processo de ensino e aprendizagem da matemática no ciclo de alfabetização, por exemplo a escolha do sistema de avaliação e a escrita do planejamento docente. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: conhecer a possibilidade de distinguir a aprendizagem em dois tipos: casual e organizada; saber que a escola tem como objetivo primordial possibilitar a construção do conhecimento organizado da criança; reconhecer que o ensino não acontece sem que o professor disponha de diferentes materiais didáticos; conhecer os blocos lógicos e outros materiais manipuláveis como instrumentos que podem possibilitar o desenvolvimento do raciocínio lógico dedutivo das crianças; perceber que o planejamento é um importante instrumento para a reflexividade do professor, sendo este importante tanto para o docente quanto para o discente; conhecer que um bom planejamento é composto por três etapas: elaborar; executar; avaliar; saber que há diferentes tipos de avaliação (por exemplo, diagnóstica e formativa) com diferentes objetivos (testar; classificar; dar nota; conceder; prever; formar). • • • • • • • Bibliografia A CAMINHO DA ESCOLA. Sur le chemin de l'école. Direção: Pascal Plisson. Roteiro: Pascal Plisson e Marie-Claire Javoy. França. 77 minutos. 2013 ALLAL, L. Estratégias de avaliação formativa: Concepções psicopedagógicas e modalidades de aplicação. In: ALLAL, L.; CARDINET, J.; PERRENOUD, P. (Org.). A avaliação num ensino diferenciado. Coimbra: Almedina, 1986. p. 175 – 209. ARAÚJO, F. P. Planejamento Pedagógico na EducaçãoInfantil. 2010. 35f. Monografia (Especialização em Orientação Educacional e Pedagógica) – Universidade Candido Mendes, Niterói - RJ, 2010. ARRIBAS, T. L. Educação infantil: desenvolvimento, currículo e organização escolar. 5. ed. (reimpr.). Porto Alegre: Artmed, 2008. 395 p. ISBN 978-85-363-0389-5 AROEIRA, M. L. C.; SOARES, M. L. C.; MENDES, R. E. A. Didática de pré-escola, vida, criança: saber brincar e aprender. São Paulo: FDT, 1996. BARLOW, M. Avaliação escolar: mitos e realidades. Porto Alegre: Artmed, 2006. COMENIUS, I. A. Didática Magna. São Paulo: Editora WMF, 2011 GACH, J. S. P.; KLEIN, R. 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