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1 UNIVERSIDADE DE FORTALEZA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE (CCS) GRADUAÇÃO EM FARMÁCIAS BIOPROSPECÇÃO DE PRODUTOS NATURAIS DOCENTE: REGINA CLAUDIA DE MATOS DOURADO ELIS GRAZIELLE DA SILVA PEREIRA (2311037) GIORDANA CARLA VASCONCELOS DA SILVA (2311031) JANÁLIA DE CASTRO SILVA (2315569) RELATÓRIO PRÁTICA 01 e 02 – ABORDAGEM FITOQUÍMICA Fortaleza – CE 2024 2 Sumário 1. Introdução ........................................................................................... 3 2. Objetivos ............................................................................................. 4 3. Materiais ..............................................................................................4 4. Metodologia ......................................................................................... 5 5. Resultados ............................................................................................ 9 6. Conclusão .............................................................................................10 7. Bibliografia .......................................................................................... 12 3 Introdução A fitoquímica experimental é uma área de estudo que investiga os compostos químicos presentes em plantas, como flavonoides, alcaloides, triterpenos, sesquiterpenos, taninos, lignanas, entre outros. Esses compostos têm sido objeto de estudo devido as suas capacidades medicinais, antioxidantes, anti-inflamatórias e anticancerígenas entre outras atividades biológicas. Na pesquisa em fitoquímica experimental, são utilizadas técnicas analíticas, e técnicas cromatográfica que andam em constante aperfeiçoamento, e com outros métodos instrumentais de análise espectrofotometria tem oferecido meios para aumentar o conhecimento sobre química de produtos naturais. Essa contribuição se encontra nas ciências farmacêuticas assim conseguindo novos fármacos e medicamentos e com finalidades terapêuticas, cerca de 80% das pessoas utilizam plantas para curar suas enfermidades, algumas etapas experimentais que podem ser utilizadas para a obtenção de compostos farmacologicamente ativos a partir de plantas medicinais, especialmente no que tange à modificação estrutural para conseguir moléculas mais ativas e/ou seletivas. Discorre também sobre algumas estratégias que podem ser empregadas nestes estudos além de descrever algumas dificuldades e cuidados inerentes à estas etapas. Para começar nossa pesquisa em fitoquímica experimental foi utilizada Melissa officinalis com destino de detectar presença de saponinas, fenóis, quinonas e flavonoides. Em nossa amostra usamos 3g M. officinalis, habitualmente conhecida como erva-cidreira, é uma planta aromática da família da hortelã. É conhecida por suas propriedades calmantes e seu aroma cítrico. Muitas vezes é usada em chás para ajudar a relaxar e aliviar o estresse. Além disso, tem sido tradicionalmente usada em plantas medicinais para tratar uma variedade de condições, como distúrbios do sono e problemas digestivos. 4 Objetivos Detectar a presença de classes de produtos naturais (saponinas, fenóis, quinonas e flavonoides) em extrato aquoso, clorofórmico e hidroalcóolico de Melissa officinalis. Imagem 1 e 2 : representa a droga Vegetal da planta (Melissa officinalis)Fonte: própia Materiais • Reagentes − Folhas de melissa (Melissa officinalis) − Água destilada − Clorofórmio (CHCl3) − Ácido clorídrico (HCl) − Ácido sulfúrico (H2SO4) − Anidrido acético (C4H6O3) − Cloreto férrico (FeCl3) − Etanol (C₂H₆O) − Hidróxido de sódio (NaOH) • Instrumentos − Pipeta de Pasteur − Pipeta graduada − Béquer − Chapa aquecedora − Bastão de vidro − Funil de vidro − Papel filtro − Proveta − Erlenmeyer − Tubos de ensaio − Funil de separação IMAGEM 1 IMAGEM 2 5 Metodologia Prática 1 • Extrato a 10 % de Melissa officinalis A priori foi transferido 3 g da amostra de M. officinalis para um béquer e adicionado 30 ml de água destilada, em seguida a solução foi aquecida em uma chapa aquecedora a 180º, sem que esta chegasse à ebulição. Após o aquecimento da mistura, esta foi filtrada em um filtro de papel para um Erlenmeyer, dessa forma foi obtido o extrato. Imagem 3: representa a filtração do extrato aquoso de Melissa officinalis. Fonte:própia • Pesquisa de saponinas Nessa etapa foi necessário transferir, com auxílio de uma proveta e uma pipeta de Pasteur, 3 ml da solução extrativa de M. officinalis para um tubo de ensaio e agitar vigorosamente o tubo até que o conteúdo obtivesse espuma a qual indica a presença de saponinas. IMAGEM 3 6 • Caracterização de saponinas − Reação de Hidrolise Esse procedimento foi iniciado com a transferência de 5 ml do extrato aquoso de M. officinalis para um béquer, neste foi adicionado 0,5 ml de ácido clorídrico (HCL) e aquecido a 180º na chapa aquecedora, sem que chegasse a ferver. Posteriormente, o extrato hidrolisado, com coloração esverdeada, é vertido para um funil de separação com 2 ml de clorofórmio para a realização da separação por partição das fases orgânica e inorgânica. Após a separação das fases, a parte orgânica, com auxílio de uma proveta e uma pipeta de Pasteur, é retirada e posta em 2 tubos estes são etiquetados um com letra “C”, solução controle e o tubo foi etiquetado com “R” para indicar que será adicionado reagentes. O tubo com letra “R” é levado até a câmara de exaustão de gases no qual é adicionado 1 ml de anidrido acético e 2 gotas de ácido sulfúrico (H2SO4). Ao final desta etapa foi observado a mudança de coloração do tubo com letra “R” que antes da adição dos reagentes era amarelo claro transparente e após os reagentes este passa para cor caramelo indicando a presença de saponinas triterpênicas. Teste para Fenóis Nesta etapa foi transferido 3 ml do extrato aquoso de M. officinalis para um tubo de ensaio e neste foi adicionado 3 gostas de cloreto férrico (FeCl3), após esse processo foi observado a mudança da coloração para verde acastanhada indicando a presença de compostos fenólicos. Prática 2 PREPARO DE EXTRATO HIDROALCÓOLICO A 10% de Melissa officinalis Foi pesado 2g de folhas de melissa em um béquer, em seguida as folhas foram pulverizadas em um graal e foi adicionado 22 ml de álcool. Foi efetuada a extração por aproximadamente 5 min em chapa aquecedora e filtrado em um ,,,,funil com algodão ainda quente, resultando em 20 ml de extrato filtrado. 7 PESQUISA DE QUINONAS E ANTRANÓIS Foi efetuada a hidrólise de 10 mL do extrato hidroalcóolico com 0,5 ml de HCl em chapa térmica, por 5 minutos. Após a mistura atingir temperatura ambiente, esta foi transferida para funil de separação e neste foi adicionado 2mL clorofórmio. Em sequência foi realizada a separação por partição no balão de separação retirando apenas 2mL da fase inferior, a qual foi transferida a um tubo de ensaio. No tubo de ensaio contendo a mistura separada foi acrescentado, em capela de exaustão, 1mL de NaOH. Foi observado que após 1 minuto a solução ficou avermelhada. Imagens 5 e 6: as imagens estão representando a separação por partição do extrato com cloroformio no balão de separação. Fonte:própia PESQUISA DE ANTOCIANINAS, ANTOCIANIDINAS E OUTROS FLAVONÓIDES Foram distribuídos em 3 tubos de ensaio 3 mL do extrato hidroalcóolico de Melissa, ou seja, cada tubo com 1 mL. Tubo 1: foi separado como controle; Tubo 2.1: foi adicionado 1mL de HCL não concentrado, resultando em coloração castanho avermelhado em meio ácido; Tubo 3.1: foi adicionado 1 mL de NaOH , resultando em coloração amarelo castanho claro em meio básico. IMAGEM 4 IMAGEM 5 8 Tabela 1: indica o ph e a colorimetria de referência para pesquisa antancianinae antocianidinas e outros fravanoides . Fonte:roteiro de aulas práticas. PESQUISA DE LEUCOANTOCIANINAS, CATEQUINAS E FLAVANONAS Foram utilizados os tubos 2 e 3 do teste anterior e dividir seus volumes em duas partes iguais (uma das partes servirá de referência) gerando assim 4 tubos 2.1 e 2.2, 3.1 e 3.2. Os tubos 2.1 e 3.1 foram aquecidos, com auxílio de bico de Bunsen. Após o aquecimento o conteúdo do tubo 2.1 ficou pardo amarelado e o tubo 3.1 ficou verde escuro. Tabela 2: Esta representado o ph e a colorimetria de referência para pesquisa de leucoantocianinas ,catequinas e flavanonas. Fonte:roteiro de aulas práticas. TABELA 1: TABELA 2: 9 PESQUISA DE FLAVONÓIS, FLAVONAS, FLAVONONÓIS E XANTONAS, AURONAS E CHALCONAS Transferir 2 ml de extrato hidroalcóolico para um tubo de ensaio e adicionar 0,5 ml de ácido clorídrico e uma fita de magnésio, na capela de exaustão de gases. Foi observado que a mistura apresentou efervescência e posteriormente ficou avermelhada. 10 RESULTADOS: Imagem 6: representa extrato aquoso de Melissa officinalis contendo espuma persistente indicando presença de saponinas Fonte:própia Imagem 8 : a coloração verde acastanhada indica a presença de compostos fenólicos, devido a cor esvedeada, isso após a adição de acido ferrico. Fonte:própia Imagem 4: representa o resultado positivo de saponinas triterpenoidal no tubo “R” indicado pela coloração acastanhada apos a reação de Liebermann com acidos anidrido acético e ácido sulfúrico , reação a qual é resultado da reação de desidratação e desidrogenação no núcleo fundamental esteróide resultando derivados com ligações duplas conjugadas, portanto corados. Fonte:própia Imagem 9: A coloração avermelhada após a adição do reagente NaOH indica a presença de quinonas e negativo para Antranóis. Fonte:própia IMAGEM 6 IMAGEM 7 IMAGEM 8 IMAGEM 9 11 Imagem 10 : Estão representados os Imagem 11: Estão representados o tubos 2 que apresentou cor castanho tubo 2.1 com coloração pardo avermelhada no meio acidificado com amarelado indicando a presença de HCL indicando a presença de antocianinas, catequinas .Já o tubo 3.1 apresenta antocianidinas.Já o tubo 3 apresentou verde escuro. Tais resultados foram coloração amarelo castanho claro após obtidos após aquecimento no bico alcalinizar a solução com NaOH. De Bunsen. Fonte:própia Fonte:própia Imagem 12 : Na representação do tubo A esta sendo representado a reação de efervecencia entre a placa de magnesio com a solução contendo extrato hidroalcolico e acido cloridrico.Ja a figura do tubo B ela foi registrada após o fenomeno de efervecência , e assim é possivel observar a coloração avermelhada indicando a prsença de chalconas ,auronas , flavonóis, flavonas, flavononóis e/ou xantonas, livres ou seus heterósides. Fonte:própia. IMAGEM 12 IMAGEM 10 IMAGEM 10 Tubo 2 Tubo 3 IMAGEM 10 IMAGEM 11 Tubo 2.1 Tubo 3.1 Tubo A Tubo B 12 Teste Resultados Saponinas Triterpênicas +++ Saponinas Esteroidais O S Auronas e Chalconas Antranóis O O Quinonas Antocianinas e Antocianidinas +++ +++ +++ Flavonas Flavonóis Xantonas ++ ++ +++ Flavononóis Taninos O O Fenois +++ Leucoantocianidinas Catequinas O +++ Flavanonas O Forte: +++ Médio: ++ Fraco: + Suspeito: S Ausente: O Tabela 3: representa resumidamente os resultados obtidos a partir das amostras finais das reações . Fonte:própia. TABELA 3: 13 Conclusão Com esse experimento, foi possível comprovar a presença de saponinas triterpenicas , compostos fenólicos ,quinonas, antocianina e antocianidinas catequinas ,xantonas, flavonas, flavonóis e flavanonois. 14 Bibliografia Disponível em: CARVALHO; Luzia Gomes. Análise dos compostos fitoquímicos da Melissa officinalis L. (Erva-Cidreira) que certifiquem suas propriedades terapêuticas. Congresso Online Nacional de Química, 3ª edição, 2021.
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