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Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita Apresentação Nos últimos anos a floricultura nacional cresceu de 8 a 10% e a oferta de produtos de 12 a 15%, isso se deve a fatores como melhorias na cadeia de distribuição, expansão da cultura do consumo de flores e plantas como potencializadores da qualidade de vida. Com isso, a exigência por qualidade e longevidade das plantas por parte dos consumidores é cada vez mais frequente. Devido aos processos fisiológicos intensos que ocorrem nas flores, elas são caracterizadas como produtos altamente sensíveis, logo, têm sua qualidade extremamente dependente do manejo adequado. Essa sensibilidade está relacionada aos processos de desorganização e desagregação dos tecidos e órgãos das plantas que promovem naturalmente a senescência. O manejo, embalagem e transporte inadequados, a deterioração causada por microrganismos e a deficiência na infraestrutura são os responsáveis pelas perdas pós-colheita. Portanto, para o sucesso da comercialização, é essencial ter o conhecimento da fisiologia das plantas, o que proporcionará a realização de manejos que garantam a longevidade e qualidade pós-colheita das flores. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os processos fisiológicos das plantas, aprender sobre as substâncias químicas e manejos utilizados para a conservação, além dos cuidados necessários no transporte e armazenamento das plantas para que cheguem ao mercado consumidor com a qualidade esperada. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os processos fisiológicos das plantas pós-colheita.• Reconhecer as principais substâncias químicas e manejos utilizados para a conservação.• Descrever os principais cuidados no transporte e armazenamento. • Desafio O sucesso da comercialização de flores depende diretamente do estado de conservação e longevidade das plantas, que são garantidos por meio de manejos e ações durante todo o ciclo produtivo. Entretanto, é muito comum todo o esforço despendido durante a produção ser perdido pela falta de orientações sobre o acondicionamento das plantas depois de chegaram ao galpão. Logo, se a empresa tiver protocolos que determinam as atividades que os colaboradores devem realizar desde o momento da chegada das plantas ao galpão, seu armazenamento e embalagem para transporte, as perdas serão muito pequenas. Acompanhe o caso: Como profissional da área: a) Cite as condições que o galpão deve apresentar para a realização dos procedimentos. b) Elabore um protocolo simples e direto de forma que os funcionários encarregados compreendam os procedimentos para a conservação e manutenção das rosas desde o momento que chegam ao galpão até o acondicionamento para o transporte. Infográfico As condições de cultivo, período adequado de colheita e tratamentos pós-colheita determinam em grande parte a extensão da vida útil das plantas ornamentais. Como manejo de conservação existem hoje substâncias que auxiliam na conservação, longevidade e qualidade das plantas, garantindo ao produtor condições de comercializar seus produtos durante o ano todo nas diversas regiões do país. Essas substâncias fornecem energia, atuam como antioxidantes, hidratam os tecidos e tem ação antimicrobiana, auxiliando na manutenção das plantas, uma vez que na colheita o fornecimento de água é interrompido, assim como os substratos respiratórios e outros elementos. No Infográfico, conheça os tipos de substâncias químicas e seus usos para a conservação pós- colheita de plantas ornamentais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/66f0c14c-a475-493c-a28f-e0f7081b5f83/66e53731-4b6b-4680-a914-cc65d001c08d.png Conteúdo do livro A produção de plantas ornamentais tem se destacado na floricultura brasileira não apenas devido às novidades que chegam todos os anos ao mercado, mas pela crescente melhoria da qualidade das plantas ofertadas, o que se deve ao constante trabalho de investimento no setor, tanto em tecnologias como em treinamentos e capacitações dos envolvidos na cadeia produtiva. Como qualquer outro cultivo, a produção de plantas ornamentais requer cuidados desde o plantio até a comercialização, pois é afetada e influenciada por fatores internos e externos. Logo, o conhecimento da fisiologia das plantas possibilita aos profissionais envolvidos avaliar as situações e tomar decisões de manejo que amenizem os efeitos deteriorantes, utilizar substâncias que auxiliem na conservação e determinar os cuidados durante o transporte e o armazenamento. No capítulo Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, conheça os processos fisiológicos que influenciam as plantas na pós- colheita, as principais substâncias e manejos utilizados para a conservação e os cuidados que devem ser tomados no transporte e armazenamento que farão toda a diferença para garantir a longevidade e qualidade das plantas ornamentais. Boa leitura. FLORICULTURA E PAISAGISMO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Identificar os processos fisiológicos das plantas pós-colheita. > Reconhecer as principais substâncias químicas e os manejos utilizados para a conservação das plantas pós-colheita. > Descrever os principais cuidados no transporte e armazenamento das plantas pós-colheita. Introdução Nas últimas décadas, a floricultura brasileira vem crescendo e mostrando grande potencial de expansão, embora ainda precise se aperfeiçoar nos manejos de colheita e pós-colheita, que representam perdas em torno de 40% da produção. Em 2020, com mais pessoas em casa, cuidando não apenas de seus jardins, mas do próprio bem-estar, o crescimento foi garantido pelas plantas ornamentais e pelas flores em vaso, de modo que o setor cresceu 10% em relação a 2019 (SETOR..., 2020). É importante lembrar que a interferência dos fatores pós-colheita não aumenta a qualidade do produto, apenas sua longevidade. Logo, os cuidados em todo o ciclo de produção são essenciais, desde a escolha adequada da espécie e da variedade, do material de propagação e da estrutura de cultivo, passando pelo Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita Francelize Chiarotti conhecimento de diversos manejos e técnicas de produção, até o planejamento da comercialização. Para proporcionar a longevidade pós-colheita, além dos cuidados nas ope- rações de transporte, limpeza, classificação e embalagem, utilizam-se soluções conservantes à base de açúcares, ácidos orgânicos, biocidas, reguladores de crescimento e produtos naturais, além de refrigeração para manter a hidratação e manter a vida pós-colheita da planta. Todas essas ações estão relacionadas com efeitos na fisiologia da planta. Neste capítulo, vamos detalhar os processos fisiológicos das plantas pós- -colheita, descrevendo as principais substâncias químicas e os manejos utili- zados para a conservação, bem como os principais cuidados no transporte e armazenamento. Processos fisiológicos das plantas pós-colheita A longevidade das plantas durante o armazenamento na fase de pós-colheita é extremamente influenciada pelo tipo e pela intensidade das atividades fisiológicas, que variam de acordo com as funções naturais de cada parte da planta (CHITARRA; CHITARRA, 2005). A fotossíntese, a transpiração e a respiração são os mecanismos fisiológicos que mantêm os tecidos vivos após o corte, e o etileno é o fitormônio responsável pela senescência das plantas, uma vez que proporciona a deterioração e a abscisão dos tecidos florais (LIMA; FERRAZ, 2008). Como nas frutas, a deterioração ocorre em decorrência de processos fisiológicos complexos e fatores externos. Entre os fatores que causam a deterioração, estão (SONEGO; BRACKMANN, 1995; ANTES, 2007). � o esgotamento das reservas (carboidratos), que é causado pela respiração; �o murchamento, devido à perda excessiva de água pela transpiração pela obstrução dos vasos pela ação de microrganismos; � temperaturas elevadas, que aumentam o processo de respiração e transpiração; � manejo inadequado, que causa danos mecânicos e favorece a liberação do etileno, também responsável por acelerar a taxa respiratória e o envelhecimento das plantas no armazenamento e transporte. Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita2 Respiração A respiração é um processo biológico que, por meio de reações, forma diversos compostos a partir de ácidos orgânicos e carboidratos, os quais, por liberarem energia, proporcionam a manutenção das plantas. Antes da colheita, as plantas realizam a absorção de água e nutrientes através das raízes e os translocam via xilema e floema, enquanto a fotossíntese é realizada pelas folhas. A partir do corte, a planta passa a depender apenas de suas reservas, e a respiração passa a ser sua principal atividade fisiológica (ROSA et al., 2018). De acordo com Rosa et al. (2018), entre as ações nos manejos pós-colheita para garantir a durabilidade das plantas ornamentais, é essencial o controle da temperatura e da umidade do ar, uma vez que são responsáveis pela re- dução da taxa respiratória e, consequentemente, pela redução da liberação de etileno, ajudando a prevenir a deterioração das plantas. Transpiração As plantas têm, em sua composição, em torno de 90% de água, podendo chegar a mais de 95% em hortaliças, frutos e meristemas. Quando ocorre redução no teor de água, iniciam-se mudanças estruturais que podem levar à morte das células, como, por exemplo, chegar-se ao nível crítico com o teor de 75% (PIMENTEL, 2004). Com a transpiração, a planta pode perder até 10% do peso inicial, apresen- tando uma textura mole, flácida e murcha, e, quando em excesso, modifica a aparência dos produtos, tornando-os enrugados e opacos. Para diminuir a transpiração, utiliza-se baixa temperaturas, que fazem com que estômatos se fechem. Entretanto, se, na colheita, estiverem abertos, os estômatos não se fecham mais. Por isso é de suma importância realizar a colheita em horários mais frescos (CHITARRA; CHITARRA, 2005). Água No momento da colheita, o suprimento de água e nutrientes é interrompido, e, por serem indispensáveis aos processos metabólicos, que continuam ocorrendo mesmo após o corte, favorecem a aceleração da senescência e a durabilidade da planta, principalmente quando mantida em temperatura ambiente. Segundo Pimentel (2004), a manutenção do balanço hídrico é essencial, pois é necessária para realizar a atividade metabólica normal e o desenvolvimento das plantas. Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita 3 A oclusão vascular, ou bloqueio vascular, ocasiona a perda da turgescência da flor devido ao impedimento da passagem de água através do xilema, o que reduz cada vez mais o fluxo ascendente. Essa oclusão pode ser causada pelo crescimento microbiano, uma vez que os microrganismos, ao se multiplicarem, obstruem os vasos do xilema, reduzindo o diâmetro livre de passagem da água para a extremidade superior da haste e, assim, o período de viabilidade das flores de corte (PEREIRA, 2017). A Figura 1 mostra o efeito da perda de turgescência e deterioração de flores. Figura 1. Efeitos da perda de turgescência e deterioração de flores, em decorrência da falta de água nos tecidos. Fonte: Alexas_Fotos/Pixabay.com. Etileno O etileno é um fito-hormônio responsável pela maturação e senescência das plantas, MAS proporciona vários efeitos negativos, quando o que se busca é qualidade pós-colheita das flores. Entre esses efeitos, estão o aumento da respiração, abscisão de botões florais, murchamento, amarelecimento das flores e enrolamento das pétalas (SONEGO; BRACKMANN, 1995). Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita4 A produção desse composto pelas plantas é estimulada por diversos fatores, desde condições ambientais, como mudanças de temperaturas e umidade, proximidade a flores danificadas ou doentes, idade fisiológica, injúrias por danos mecânicos, até a incidência de patógenos. Logo, o controle das concentrações de etileno, seja pelo manejo das condições favoráveis para sua ação ou pela inibição de sua síntese, é uma das ferramentas para a conservação e manutenção das plantas pós-colheita (PINTO, 2012). Assim como as frutas, as flores podem ser classificadas em climatéricas e não climatéricas. De acordo com Dias-Tagliacozzo, Finger e Barbosa (2005), as plantas climatéricas apresentam elevada produção de etileno durante a senescência, então são mais sensíveis à ação desse composto. Já nas não climatéricas, que possuem baixa produção de etileno e são pouco sensíveis a ele, o fornecimento de carboidratos e a interação com ácido giberélico e citocininas acabam por exercer maior controle, proporcionando maior longevidade. As espécies Strelitzia spp. e Heliconia spp. são exemplos de flores sensíveis à ação do etileno, enquanto a Anthurium é insensível (Figura 2). Figura 2. Exemplos de flores sensíveis e insensíveis ao etileno: (a) Strelitzia spp., (b) Heliconia spp. e (c) Anthurium. Fonte: (a) Candide (c2021, documento on-line); (b) Rainforest Alliance (2012, documento on-line); (c) Bloomscape (2020, documento on-line). a cb Outros exemplos de flores insensíveis são rosas, gladíolos, aves-do-paraíso e sinos de Natal, também conhecida como sininho. Já outros exemplos de flores pouco sensíveis ao etileno incluem a gérbera, a tulipa, o aspargo e o antúrio. O cravo, o lírio, a orquídea, o cravo, a boca-de-leão e a íris são exemplos de flores muito sensíveis ao etileno. Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita 5 Um dos efeitos do etileno é a aceleração da senescência, que favorece a abscisão dos tecidos florais. Veja, na Figura 3, como funciona a auxina e o etileno durante a abscisão foliar. Na primeira fase, temos a manutenção da folha, na qual o nível alto de auxina reduz a sensibilidade da zona de abscisão ao etileno e evita a queda da folha. Na segunda fase, temos a indução da queda, que ocorre quando a diminuição da auxina na folha aumenta a produção de etileno e a sensibilidade a esse hormônio na zona de abscisão, desencadeando a fase de queda. Por fim, na terceira fase, temos a queda, quando ocorre a síntese de enzimas que hidrolisam os polissacarídeos da parede celular, resultando na separação das células e na abscisão foliar (TAIZ; ZEIGER, 2009). Figura 3. Visão esquemática dos papéis da auxina e do etileno durante a abscisão foliar. Fonte: Adaptada de Taiz e Zeiger (2009). Entender como os processos fisiológicos atuam nas plantas nos ajuda nas tomadas de decisões sobre os manejos a serem realizados na produção, na colheita e na pós-colheita para a manutenção e a garantia da qualidade das plantas. Principais substâncias químicas e manejos utilizados para a conservação As flores são sistemas biológicos vivos, e mesmo depois de destacadas da planta-mãe, apresentam metabolismo ativo, que, se não for controlado, diminui a vida útil do produto, causando a perda de sua qualidade. Segundo Rogers (2006), a flor de cada espécie apresentará uma duração, adaptando-se Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita6 às exigências ecológicas, mas a longevidade e a qualidade podem ser poten- cializadas com o uso de soluções preservativas, utilizadas antes, durante e após o transporte e o armazenamento das plantas ornamentais. Entre as substâncias presentes nas soluções preservativas, estão açúcares, ácidos orgânicos e inibidores da ação ou da síntese de etileno, entre outros (Quadro 1). É importante salientar que cada cultivar possui características próprias, que devem ser analisadas e consideradas separadamente para se obter produtos com alta qualidade e longevidade na pós-colheita. Quadro 1. Substâncias presentes das soluções preservativas Substância Função Açúcares O fornecimento repõecarboidratos consumidos pela respiração e proporciona redução na transpiração das flores e folhas, uma vez que atua no fechamento dos estômatos e na regulação osmótica dos tecidos. Exemplo: sacarose (concentrações de 2 a 20%). Ácidos orgânicos Reduz o pH das soluções, evitando a presença de microrganismos, que podem causar entupimento dos vasos condutores do xilema. De fato, o pH ácido aumenta a durabilidade das flores. Exemplo: ácido cítrico. Bactericidas Inibem o crescimento de microrganismos nos vasos condutores da haste, estimulando a absorção de água pela redução do bloqueio vascular e mantendo, assim, a turgidez das flores. Exemplos: hipoclorito de sódio (2%), composto 8-hidroxiquinolina (8-HQ) e seus ésteres, citrato 8-hidroxiquinolina (8-HQC) e sulfato de 8-hidroxiquinolina (8-HQS). Inibidores da síntese ou ação do etileno Bloqueiam a síntese ou ação do etileno. Exemplos: tiossulfato de prata (STS), 1-metilciclopropeno (1-MCP) e norbornadieno (NBD). Reguladores vegetais Atuam no controle do crescimento e do desenvolvimento de plantas. Exemplos: ácido giberélico, citocinina e ácido abscísico. Produtos naturais Considerados indutores de resistência, antifúngicos e antibacterianos, permitindo maior defesa frente aos agentes deteriorantes e patógenos. Exemplos: óleos essenciais como alecrim, própolis e carvacrol. Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita 7 Substâncias químicas De acordo com o objetivo do uso e de cada espécie, há quatro tipos de so- luções preservativas normalmente utilizadas (SONEGO; BRACKMANN, 1995; CALABONI, 2019). Veja cada uma a seguir. 1. Solução de condicionamento ou permanente: restaura a turgidez das flores, pela saturação com água, e é utilizada logo após a colheita, durante o armazenamento ou transporte. Os produtos utilizados in- cluem água limpa com algum germicida. 2. Solução “pulsing”: consiste em um tratamento rápido, com diferen- tes tratamentos de saturação dos tecidos, realizados imediatamente após a colheita, o pré-transporte e o armazenamento refrigerado. Os produtos utilizados incluem açúcares, ácidos orgânicos, inibidores da síntese ou ação do etileno e/ou bactericidas, reguladores vegetais e produtos naturais. 3. Solução para abertura do botão: semelhante à solução “pulsing”, mas com teores de açúcar menores e superior período de uso, podendo atingir vários dias. É utilizada quando os botões são colhidos imaturos ou quando é necessário colher antes do período recomendado, devido à demanda. Os produtos utilizados incluem açúcares e reguladores vegetais. 4. Solução de manutenção: também conhecida como solução de vaso, é utilizada para manter a qualidade da flor cortada. Seu principal ingre- diente é o açúcar (sacarose), em concentrações de 0,5% a 2%, de acordo com a espécie, e ainda podem ser adicionados nitrato de prata, citrato de 8-hidroxiquinolina (8-HQC) e sulfato de 8-hidroxiquinolina (8-HQS). Manejos para conservação Colheita É um processo manual, no qual é possível selecionar as flores que estão no ponto de colheita mais adequado, ou seja, quando as flores são cortadas antes de seu pleno desenvolvimento, mas assegura-se a abertura da flor e a manutenção de sua qualidade. Geralmente é realizada uma a duas vezes por semana, pois varia de acordo com o tamanho da área e a comercialização (LIMA; FERRAZ, 2008). Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita8 A colheita deve ser realizada em horários com temperaturas mais amenas para evitar a desidratação, normalmente pela manhã ou no fim da tarde. Quando isso não é possível, haverá maior estresse da planta no momento da colheita, pois, em temperaturas mais elevadas, ela estará menos túrgida (LOGES et al., 2005; LIMA; FERRAZ, 2008). Recomenda-se que as ferramentas para o corte estejam afiadas e que se faça a desinfecção da lâmina a cada canteiro, com o intuito de prevenir a disseminação de doenças (Figura 4). Figura 4. Colheita das flores. As ferramentas, faca ou tesoura de poda, devem estar limpas e afiadas para evitar a contaminação por doenças ou danificar (dilacerar) o ponto de corte. Fonte: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (2016, documento on-line). O transporte deverá ser feito o mais rápido possível e com cuidado, desde o campo até o galpão de beneficiamento e armazenamento, para evitar da- nos mecânicos, como amassamento e manchas escuras nas flores, além de estimular a produção de etileno. Em muitos casos, de acordo com a espécie, é recomendável utilizar soluções conservantes imediatamente após a colheita, como o uso de solução de condicionamento com sacarose (8%) em angélica e agapanto, e a 2% em alstroemeria, áster, falenopse e antúrio. Seleção, classificação e lavagem A seleção, a classificação e a lavagem normalmente são realizadas em conjunto e de forma manual. Durante a seleção, é importante a exclusão ou a sepa- ração de hastes florais com defeitos, doenças ou pragas, ponto de abertura de flores irregular, ganchos ou botões estragados. Já a classificação deve seguir os padrões de qualidade estabelecidos para a espécie ou variedade. Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita 9 Deve-se fazer a desfolha ou o corte de nivelamento da base da haste, que pode ser feito com serra elétrica, guilhotina ou tesoura, atentando sempre para evitar danos mecânicos, como o esmagamento ou o dilaceramento dos vasos condutores da base da haste (LIMA; FERRAZ, 2008). Por sua vez, a lavagem em água fria visa à limpeza e ao resfriamento das hastes, ressaltando a importância de se utilizar água de qualidade. Adicio- nalmente, podem ser necessários o uso de detergente neutro na lavagem, a limpeza manual das inflorescências e do caule, a imersão da haste em solução contendo inseticidas ou fungicidas, a remoção do excesso de água e a imersão da base da haste ou da haste inteira em água ou solução com conservante até seu transporte. Segundo Loges (2005), a lavagem não é recomendada para algumas es- pécies, como, por exemplo, Heliconia rostrata e Heliconia orthotricha, que apresentam escurecimento ou manchas nas brácteas quando umedecidas; Heliconia chartacea “Sexy Pink” e “Sexy Scarlet” e Heliconia collinsiana, pois apresentam cerosidade nas brácteas e podem ficar manchadas após a lavagem; e Heliconia episcopalis, que têm brácteas justapostas que favorecem o acúmulo de água e, consequentemente, a deterioração dos tecidos das inflorescências. Com o avanço de pesquisas, uma das alternativas promissoras ao tratamento químico com inseticidas é a radiação com raios gama ou feixe de elétrons, que reduz a presença de pragas, extremamente importante para a colocação desses produtos no mercado externo (LIMA; FERRAZ, 2008). A manutenção da refrigeração é de extrema importância para a redução da temperatura e da umidade relativa mantida em níveis mais altos (80 a 95%), proporcionando um controle mais eficiente da perda de água por transpiração e a redução da respiração, aumentando a longevidade das plantas (SONEGO; BRACKMANN, 1995). Ao final de todos esses cuidados, o que se busca é manutenção da qua- lidade, o aumento da durabilidade e a redução de perdas após a colheita. Para que isso melhore a cada dia e para que o mercado das flores continue crescendo, é necessário o contínuo investimento em pesquisas que envolvam alternativas de manejo que possibilitem melhoria da qualidade e redução de custos. Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita10 Cuidados no transporte e armazenamento O transporte exige cuidados para a manutenção da qualidade das plantas ornamentais, incluindo a refrigeração, que também é essencial no armaze- namento. O objetivo da refrigeração é regular o fluxo de mercado, reduzir as perdas causadas pela redução da demanda, permitir o transporte, princi- palmente a longas distâncias, reduzir as taxas de respiração e transpiração, reduzir a produção de etileno, retardar a degradação das reservas de açúcaresou outros substratos, garantindo a longevidade das plantas ornamentais pós-colheita (SONEGO; BRACKMANN, 1995). A manutenção da cadeia a frio é um dos gargalos do setor, além das condi- ções das estradas. O ideal é ter cautela com buracos e lombadas para evitar danos mecânicos, a viagem deve ser preferencialmente direta e o percurso deve ser o menor possível, já que são produtos delicados e perecíveis. Além disso, a temperatura tem influência direta na conservação das plantas ornamentais. No armazenamento, são utilizadas temperaturas en- tre 0° e 13°C, faixa que varia de acordo com as características das plantas (DIAS-TAGLIACOZZO; FINGER; BARBOSA, 2005). Segundo Lima e Ferraz (2008), a umidade relativa deve ser alta, entre 90 e 95%, de modo que as perdas de água sejam reduzidas, evitando-se o murchamento das plantas ornamentais. Segundo Dias-Tagliocozzo, Finger e Barbosa (2005), para o arma- zenamento de flores, vêm sendo utilizadas temperaturas entre 0° e 2°C para flores de clima temperado, em média 10°C para subtropicais e em torno de 13°C ou mais para flores de regiões tropicais, pois são mais sensíveis a injúrias causadas pelo frio. Veja, no Quadro 2, os resultados de um trabalho realizado com objetivo de avaliar a conservação pós-colheita de flores de capuchinha armazenadas em diferentes temperaturas do ar. Esse trabalho concluiu que o armazena- mento refrigerado entre 5°C e 10°C promoveu maior conteúdo de vitamina C e menores murcha e escurecimento aparente do tecido, mantendo as flores de capuchinha aptas para o consumo por mais tempo, já que, além de orna- mental, essa flor é também comestível (SOUZA et al., 2020). Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita 11 Quadro 2. Murcha e escurecimento aparente em flores de capuchinha (Tropaeolum majus) após o período final de armazenamento* Tratamento Murcha Escurecimento Colheita (testemunha) 1,0 c** 1,0 c Armazenamento a 5°C 1,1 c 1,2 c Armazenamento a 10°C 1,4 c 1,5 c Armazenamento a 15°C 2,1 b 3,2 b Armazenamento temp. ambiente 4,0 a 4,0 a Média 1,9 2,2 CV (%) 9,6 12,1 Fonte: Adaptado de Souza et al. (2020). Legenda: *1 = <25%; 2 = entre 26–50%; 3 = entre 51–75%; 4 = entre 76–100% de murcha e escurecimento aparente; ** valores seguidos pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05). Além da refrigeração, existem outras formas de armazenamento (SONEGO; BRACKMANN, 1995), como: � a conservação em água, utilizada para períodos curtos (1 a 2 dias), durante os quais a planta é mantida na água, com ou sem adição de soluções preservativas; � a conservação a seco, que consiste no armazenamento em embalagens de polietileno, de modo que a atmosfera dentro da embalagem se torna saturada de umidade por causa da respiração da flor, não importando a umidade relativa do ar na câmara fria. O uso de embalagens é um forte aliado na conservação pós-colheita, apresentando vantagens como o aumento da vida-útil do produto, a comercia- lização de produtos de alta qualidade, a conservação de cor, aroma e frescor, além de uma melhor apresentação do produto no mercado, aumentando sua aceitação e reduzindo as perdas. Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita12 A consciência de que cada espécie tem suas particularidades e de que estas precisam ser levadas em consideração proporciona o alcance do sucesso da produção, otimizando manejos, garantindo a conservação e a longevidade do produto, e, por consequência, tornando a condição do produtor mais rentável. Veja, nesse sentido, o exemplo a seguir. Após trabalhar 15 anos com gérberas, há dois anos Dona Maria re- solveu investir em sua propriedade, que fica no Território Cariri (considerado uma das regiões potenciais do setor no Ceará), dando início à produção de plantas ornamentais. Atualmente, ela trabalha com rosas e, por estar indo bem no setor, decidiu expandir sua produção e quer trabalhar com antúrios. Para tanto, ela solicitou uma reunião com sua agrônoma, Suzana, para conversarem sobre a expansão da produção e sobre quais providências tomar para garantir seu sucesso. Na conversa, Suzana explicou à Dona Maria que, apesar de ambos, rosas e antúrios, serem flores, eles não respondem igualmente aos manejos realizados durante a produção e pós-colheita. De fato, cada planta tem suas particulari- dades, e conhecer bem suas características faz toda a diferença no alcance do sucesso na produção. Dona Maria concordou, lembrando que, quando trabalhava como funcionária, percebia que os manejos no campo entre as plantas realmente eram diferentes. Durante a reunião, Dona Maria e Suzana levantaram várias questões sobre as etapas de desenvolvimento do antúrio, e a agrônoma percebeu que os manejos de campo já estavam bem claros para a Dona Maria por causa de sua prática nos anos anteriores. Entretanto, ela não tinha experiência com os manejos pós-colheita, então Suzana percebeu que deveria focar nessa etapa. Assim, a agrônoma combinou com a Dona de Maria de fazer um levantamento dos manejos necessários para garantir a conservação e a qualidade do antúrio. Após alguns dias, Suzana retornou com um relatório para a Dona Maria que continha os manejos a serem implantados na etapa pós-colheita dos antúrios (Anthurium andraeanum). Veja, a seguir, as informações sobre as condições de armazenamento que constavam no relatório. � Após o corte, colocar em água com hipoclorito de sódio (2%); ao chegar ao galpão, colocar as flores rapidamente em resfriamento, com temperatura a 10°C; imergir as hastes em solução de “pulsing” (nitrato de prata [AgNO3] 4nM por 40 min. em temperatura de 22°C e umidade relativa de 70–80%; água + sacarose (5%) por 24 horas). � Armazenar a temperatura de 13°C, com umidade relativa de 90%. � Utilizar, se necessário, reguladores vegetais, como a citocinina, benziladenida. � Embalar em caixas de papelão onduladas de 0,30 cm de espessura, medindo 96,8 × 29,8 × 10,4 cm, com tampa de 97,4 × 30,4 × 10,4 cm e suporte de 43,3 × 27,2 × 8,0 cm, com 12 orifícios. Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita 13 Nos meses seguintes, todas as orientações da agrônoma, junto com a experiência de campo de Dona Maria, foram colocadas em prática e agregadas às orientações específicas para o antúrio pós-colheita. Assim, sua primeira comercialização dos antúrios foi bem-sucedida, proporcionando a satisfação da produtora e a incentivando a continuar investindo no setor. As perspectivas para o mercado de flores no Brasil são excelentes, tanto no âmbito nacional quanto internacional, mas estão diretamente relacionadas com investimentos em tecnologias avançadas nos sistemas de produção, material genético, capacitação de mão de obra, manejos alternativos de produção e de pós-colheita, armazenamento, logística e transporte da cadeia produtiva. Aliado a tudo isso, o conhecimento da fisiologia é uma importante ferramenta para as tomadas de decisões visando a garantir a conservação, a longevidade e a qualidade das plantas ornamentais, adaptadas para as diversas realidades de regiões e espécies de plantas. Referências ANTES, R. B. et al. Bloqueio vascular em hastes de rosas cv. vegas. Revista Brasileira de Biociências, v. 5, supl. 1, p. 471-473, 2007. BLOOMSCAPE. Why is my anthurium losing flowers? 2020. Disponível em: https:// bloomscape.com/common-issue/why-is-my-anthurium-losing-flowers/. Acesso em: 30 mar. 2021. CALABONI, C. Conservação pós-colheita de flores de lisianthus (eustoma grandiflorum). 2019. Tese (Doutorado em Ciências) — Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2019. CANDIDE. Bird of paradise (strelitzia spp). c2021. Disponível em: https://candidegarde- ning.com/GB/plants/9dd3e2a3-3d4a-43b6-92ed-17f4a78cb66d. Acesso em: 30 mar. 2021. CHITARRA, M. I. 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Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Fisiologia e conservação de plantas ornamentais pós-colheita 15 Dica do professor A floricultura é uma importante atividade do setor agrícola mundial, com a comercialização de flores cortadas, bulbos, mudas e folhagens. O sucesso da atividade se deve ao entendimento da fisiologia das plantas, que proporcionou o desenvolvimento de manejos e tecnologias que favorecem a manutenção e conservação das plantas. Com o corte da planta, o fornecimento de água e nutrientes é interrompido. Uma vez que a perda da qualidade está diretamente relacionada aos processos fisiológicos, como respiração e transpiração, nos quais a água é um elemento essencial, ocorre, então, a perda da turgescência com o bloqueio vascular, e que pode ser potencializada pela ação de microrganismos, favorecendo a deterioração das plantas. No decorrer dos anos, muitos produtos comprovaram sua eficiência no aumento da vida útil das plantas, entre eles se destacam os produtos naturais, principalmente na ação contra patógenos. Nesta Dica do Professor, conheça mais sobre o bloqueio vascular e veja exemplos de produtos naturais que estão sendo utilizados para amenizar seus efeitos e proporcionar maior vida útil às plantas ornamentais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7ca05045e85f10b22a278467cccddc66 Exercícios 1) As plantas, como qualquer ser vivo, sofrem com interferências do meio onde vivem, sejam eles externos ou internos. A temperatura interfere diretamente na aceleração dos processos fisiológicos de senescência, sendo necessário manter uma faixa de temperatura para que esses processos sejam controlados e se alcance a conservação e qualidade das plantas ornamentais. Quanto a faixa de temperatura recomendada para o armazenamento de flores de regiões tropicais, assinale a alternativa correta: A) Temperatura de 13°C ou mais. B) Temperatura de 5 a 13°C. C) Temperatura de 10°C. D) Temperatura de 0 a 2°C. E) Temperatura inferior a 13°C. 2) Entre as formas de conservação das plantas ornamentais comumente são utilizadas soluções preservativas. Sobre o tema, analise as afirmações a seguir: I. As soluções de abertura floral, pulsing e manutenção, têm como um dos ingredientes em comum a sacarose. II. A solução de abertura floral é semelhante a solução pulsing, porém utiliza teores de açúcar maiores e seu período de uso é superior. III. A solução de manutenção também é conhecida como solução de vaso e é utilizada para manter a qualidade das plantas ornamentais. IV. A solução de pulsing não pode ser utilizada imediatamente após a colheita. Assinale a alternativa correta: A) I e II. B) I e III. C) I, II e III. D) I, III e IV. E) I e IV. 3) As soluções de manutenção são utilizadas com o intuito de auxiliar na conservação e na manutenção da qualidade das plantas ornamentais. Marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas assertivas sobre os ingredientes utilizados nessas soluções. ( ) Açúcares: reduzem a transpiração e repõem carboidratos. Exemplo: sacarose. ( ) Ácidos orgânicos: aumentam o pH e evitam a presença de microrganismos. Exemplo: ácido cítrico. ( ) Inibidores da síntese e ação de etileno: bloqueiam a síntese e ação do etileno. Exemplo: 1-MCP. ( ) Reguladores vegetais: auxiliam no desenvolvimento das plantas. Exemplo: citocinina. ( ) Inseticidas: inibem o crescimento de microrganismos. Exemplo: hipoclorito de sódio (2%). Assinale a alternativa correta: A) V, F, V, V, F. B) V, V, V, F, F. C) F, F, V, V, F. D) V, V, V, V, V. E) V, F, V, V, V. 4) No mercado das plantas ornamentais um dos maiores desafios é manter as plantas com ótimo visual. E apesar do processo de senescência ser natural existem situações que adiantam sua ação. Assinale a alternativa que apresenta o fator que favorece o adiantamento da senescência: A) Respiração. B) Ácido giberélico. C) Fotossíntese. D) Translocação de açúcares. E) Inibidor de etileno. 5) O etileno é responsável pela maturação e pela senescência, e causa vários efeitos negativos sobre as plantas. Entre esses efeitos está a abscisão foliar, que ocorre com a relação de aumento ou diminuição dos hormônios etileno e auxina em três fases. Sobre as fases, relacione as colunas: A. Manutenção da folha B. Queda da folha C. Indução da queda ( ) ocorre com redução de auxina e aumento do etileno. ( ) ocorre com nível alto de auxina. ( ) ocorre com síntese de enzimas que hidrolisam os polissacarídeos da parede celular. Assinale a alternativa correta: A) A, C, B. B) A, B, C. C) C, A, B D) C, B, A. E) B, C, A. Na prática O transporte das plantas ornamentais exige uma cadeia de frio, que é considerada um dos gargalos do setor. É comum as plantas serem transportadas em temperatura ambiente, favorecendo os processos de degradação naturais e consequentemente prejudicando a preservação da qualidade. Somado a isso ainda pode-se ter desvantagens com embalagens inadequadas, com as condições das estradase custos com combustíveis e pedágios. É essencial também que o motorista seja consciente da fragilidade e sensibilidade do produto que transporta, sendo responsável e cuidadoso na direção. Neste Na Prática, conheça o caso de um produtor que estava tendo problemas com o seu comprador, pois seus antúrios saíam com qualidade da propriedade, mas chegavam danificados à floricultura. Por ser novo no setor, decidiu solicitar a consultoria de um agrônomo para lhe ajudar a solucionar o problema. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/63ea1827-b2a1-4b9d-a1f7-6e335fbebc39/aaf24744-92a5-416c-a998-2a13d03145c6.png Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja a seguir as sugestões do professor: Uso de óleos essenciais na conservação pós-colheita de hastes de antúrio Conheça neste artigo mais detalhes sobre o uso de óleos essenciais como alternativa mais barata e de menor impacto na conservação pós-colheita de flor de corte. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Conservantes naturais na pós-colheita de flores de zinia Confira neste artigo mais detalhes sobre o uso de diferentes conservantes naturais e seus efeitos sobre a longevidade de flores de zinia, variedade “Gigante da Califórnia Rosa”. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Tratos pós-colheita de helicônia Neste vídeo você vai conhecer dicas de tratos de pós-colheita em temperatura ambiente utilizados em helicônia. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://ediurcamp.urcamp.edu.br/index.php/rcjpgp/article/download/773/469 http://cadernos.aba-agroecologia.org.br/index.php/cadernos/article/view/3179 https://www.youtube.com/embed/gSYOb3xDe1M Refrigeração na conservação de flores de capuchinha Nesta dissertação você vai aprender sobre os efeitos da refrigeração na conservação de flores de capuchinha, acondicionadas em embalagens de polietileno tereftalato (PET) e submetidas a tratamentos de armazenamento em temperatura ambiente e refrigerada. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/ceplac/publicacoes/revista-agrotropica/artigos/2020-DOI-10.21757/0103-3816-2020v32n3p225-232.pdf
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