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PRINCÍPIOS ATIVOS EM ESTÉTICA E FORMULAÇÕES EM COSMETOLOGIA P r o f e s s o r a C i n d y A g u i l e r a EMULSIONANTES/TENSOATIVOS Emulsionantes Emulsionantes Emulsionantes Tensoativos aniônicos Para os shampoos tradicionais o tensoativo principal utilizado é o de caráter aniônico, o qual apresenta carga negativa no grupamento polar (cabeça) em solução aquosa. Suas maiores características perante aos outros tensoativos são de detergência para remoção dos resíduos da superfície do cabelo (poluição, sebo natural) e poder de espuma como fator psicológico de limpeza. Alguns exemplos de tensoativo aniônico usados em produtos no mercado são: •Lauril Éter Sulfato de Sódio (Sodium Laureth Sulfate); •Lauril Sulfosuccinato de Sódio (Disodium Laureth Sulfosuccinate); •Lauroil Sarcosinato de Sódio (Sodium Lauroyl Sarcosinate); •Lauril Éter Sulfato de Amônio (Amonium Laureth Sulfate). Emulsionantes TENSOATIVOS CATIÔNICOS Para os cremes condicionadores, máscaras, manteigas em geral são utilizados os tensoativos catiônicos, com carga positiva na parte hidrofílica. Estes tensoativos apresentam boas propriedades emulsionantes para o produto e aplicados conferem neutralização da carga negativa gerada pelo shampoo, ou seja, reduzem a carga eletrostática. Segue abaixo alguns exemplos: Cloreto de Cetrimônio (Cetrimonium Chloride); Cloreto de Behentrimônio (Behentrimonium Chloride); Metosulfato de Behentrimônio (Behentrimonium Methosulfate); Cloreto de Esteralcônio (Stearalkonium Chloride). Emulsionantes TENSOATIVOS NÃO-IÔNICOS Esta classe de tensoativos não contém carga positiva ou negativa na cabeça do tensoativo e pode ser utilizado em diversas aplicações. Na maioria delas são utilizados como emulsionantes em formulações de cremes e loções. •Cocamidopropil Amina Óxida (Cocamidoproylamine Oxide); •Lauril Poliglucosídeo (Lauryl Glucoside); •Decil Poliglucosídeo (Decyl Glucoside); •Polisorbato 80 (Polysorbate 80). Emulsionantes TENSOATIVOS ANFÓTEROS Apresentam carga negativa e positiva na cabeça da estrutura do tensoativo e sua função não é somente detergência, pois depende do pH para ter a função definida e a função é também como menor sensibilização dérmica e ocular. •Cocamidopropil betaína (Cocamidopropyl Betaine); •Coco betaína (Coco Betaine); •Cocoanfodiacetato de sódio (Sodium Cocoamphodiacetate); •Cocamidopropil hidroxisultaine (Cocamidopropyl Hydroxysultaine) EMOLIENTES Emolientes HIDROCARBONETOS ÁLCOOIS GRAXOS ÉTERES GRAXOS ÁCIDOS GRAXOS ÓLEOS, CERA... (Origem animal e vegetal) ÓLEOS, CERA... (Origem animal e vegetal) ÓLEOS, CERA... (Origem animal e vegetal) SILICONES SABONETES • Saponificação- Nessa reação, o óleo ou a gordura reage com o componente básico, formando um sal. • Utilização de gorduras e óleos • Reação com soluções fortemente alcalinas SABONETES • Composição de ácidos graxos: • Usualmente, são utilizados ácidos graxos contendo entre 7 e 21 átomos de carbono em sua cadeia lateral • Sabões menores que 12 carbonos: irritantes • Gorduras vegetais (côco, palma, soja, babaçu) • Sabões maiores que 18 carbonos: pouco solúveis • Gorduras animais SABONETES • Ingredientes • Sebo animal • Varia em cor, solidificação dos ácidos graxos, teor de ácidos graxos livres, valor de saponificação • O sebo animal é composto principalmente por ácidos graxos saturados de cadeia longa, principalmente palmítico (C16), esteárico (C18) e oléico (C18:1) • Óleo de côco • Composto majoritariamente por ácido láurico (C12) e mirístico (C14) SABONETES • Proporcionam flexibilidade e formação de uma espuma leve, solúvel e facilmente removível; • Em geral, os sabões constituídos por sais de sódio tendem a ser mais rígidos que os demais. SABÕES DE CADEIA CURTA SABONETES • Aditivos • Fragrâncias • São primariamente utilizadas para fornecer um aroma agradável à pele pós-limpeza; • Tem como objetivo atingir um público-alvo específico; • Mascaram os odores característicos dos ácidos graxos. SABONETES • Aditivos • Ácidos graxos livres • O pH dos sabões costuma estar ao redor de 10; • O excesso de alcalinizante pode gerar uma formulação com excesso de base; • Este excesso de base pode ser neutralizado pela adição de ácidos graxos livres; • Aumento da espumação, e fornece à pele características agradáveis de hidratação. SABONETES • Aditivos • Glicerina • Está sempre presente em sabões • Possui forte propriedade de umectância • Melhora a hidratação da pele e a remoção de espuma • Pigmentos • Utilizados para melhorar a aparência do produto • Mascaramento na coloração da base • Opacificantes (óxido de zinco, dióxido de titânio) • Pigmentos alímentícios ou cosméticos SABONETES • Aditivos • Antioxidantes e quelantes • Utilizados para prevenir a oxidação de ácidos graxos • Ajudam a reduzir o efeito da água dura • EDTA, DTPA, ácido cítrico, BHT • Emolieentes para a pele • Melhoram o estado de hidatação da pele • Aloe vera, óleo de jojoba, lanolina, silicones, entre outros SABONETES • Aditivos • Antimicrobianos • Utilizados para prolongar o efeito antimicrobiano da utilização de um sabonete • Triclosan: efetivo contra bactérias gram-positivas e gram- negativas • Nos EUA, o triclosan é utilizado até 1,0% • No Brasil, o máximo permitido é de 0,3% SABONETES • Aditivos • Surfactantes sintéticos • Combinam as características de limpeza, espumação, solubilidade, resistência a água dura, condicionamento da pele e menor irritabilidade. • São utilizados em proporções variadas, de 5% a 80% • Cocoilisotionato de sódio, alquil éter sulfonatos, sulfatos de cocomonoglicerídeos. SABONETES • Lançados nos anos 1940, baseavam-se em sabões potássicos, detergentes sintéticos e condicionadores para a pele. • Passou de predominantemente transparente para perolado. SABONETES LÍQUIDOS • São formulações com alto teor de gordura e de surfactantes sintéticos (40 a 60%). • Os surfactantes mais utilizados são o lauril éter sulfato de sódio e a cocoamidopropilbetaína. SABONETES LÍQUIDOS ENTENDENDO OS COSMÉTICOS ORGÂNICOS, NATURAIS E VEGANOS . INGREDIENTES COSMÉTICOS NATURAIS • Obtidos a partir de plantas (inclusive macrofungos e algas), animais, minerais (exceto os de origem fóssil, como os petrolatos) ou micro-organismos, inclusive os produtos derivados desses materiais por meio de processos físicos (como moagem, secagem, destilação); fermentações que ocorrem na natureza e que resultem em moléculas encontradas na natureza, ou outros processos que não impliquem em modificações químicas intencionais (como a extração por solventes). • Os esfoliantes obtidos pela moagem de cascas e sementes; os óleos vegetais; a lanolina; a sílica; os corantes minerais; a goma xantana e os extratos vegetais. (NBR ISSO 16128, 2016) INGREDIENTES COSMÉTICOS ORGÂNICOS • Os ingredientes naturais obtidos totalmente por meio de métodos de agricultura orgânica ou de colheita silvestre. No caso dos ingredientes cosméticos orgânicos derivados, a porção natural da molécula deve ser de origem totalmente orgânica ou de uma mistura de origem orgânica e natural. (NBR ISSO 16128, 2016) http://aao.org.br/aao/agricultura-organica.php http://aao.org.br/aao/agricultura-organica.php • Cada organização tem seu próprio conjunto de normas • No Brasil, bem como na maioria dos países, não há uma regulamentação oficial para produtos cosméticos naturais e orgânicos. NBR ISSO 16128- 2 (2020) descreve as abordagens para calcular índices, naturais e de origem natural, orgânicos e de origem orgânica, para as categorias de ingredientes estabelecidas na NBRISO16128-1 (2016). Este documento também oferece uma estrutura para determinar o conteúdo natural, de origem natural, orgânico e de origem orgânica de produtos, com base na caracterização do ingrediente. Cosmetic Organic Standard (Cosmos): referencial europeu privado, que foi desenvolvido conjuntamentepor cinco organismos de certificação europeus. Natrue: é uma associação internacional sem fins lucrativos, criada na Europa em 2007 para promover e padronizar o desenvolvimento de cosméticos naturais e orgânicos mundialmente. No Brasil, o selo Natrue normalmente é encontrado em produtos importados e produzidos para exportação. Quando o produto é desenvolvido para o mercado brasileiro, geralmente é utilizado o selo do Instituto Biodinâmico (IBD). Instituto Biodinâmico (IBD): Maior certificadora da América Latina para produtos orgânicos, o IBD tem grande representatividade no mercado brasileiro e, desde 2014, segue as diretrizes estabelecidas pela Natrue. VEGANOS • Diferentemente das definições dos cosméticos naturais, as definições de cosméticos veganos, para as diversas entidades certificadoras, convergem para regras muito parecidas: são considerados cosméticos veganos os produtos que não são testados em animais e cuja composição não inclui matérias-primas de origem animal e/ou que tenham sido testadas em animais. • Algumas empresas optam por desenvolver sua própria sinalização para identi¿ car os cosméticos que são livres de testes em animais e/ou de matérias-primas de origem animal. Esses produtos costumam ser identi¿ cados pela presença de um selo com a letra V, pelo desenho de um coelho, pela inscrição cruelty-free, ou por qualquer outro símbolo de¿ nido pela empresa. • Em 30 de novembro de 2009, foi aprovado na Europa o Regulamento (CE) nº 1.223/2009 que, entre outras diretrizes, proíbe a comercialização de produtos cuja formulação final ou cujos ingredientes ou as combinações de ingredientes tenham sido testados em animais • A não realização de testes em animais a partir dessa data costuma ser aceita pelas organizações não governamentais (ONGs) certificadoras, mas algumas regras mais críticas podem exigir que as matérias-primas utilizadas na composição das formulações nunca tenham passado por ensaios em animais. Nesse caso, a gama de insumos disponíveis no mercado se restringe a desenvolvimentos mais recente Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB): o programa de certifcação criado em 2013 pela SVB confere a diversos tipos de produto, como alimentos, cosméticos e itens de higiene, um selo vegano que é bastante reconhecido nacionalmente. O selo vegano da SVB é atribuído a produtos isentos de ingredientes de origem animal em sua composição e cuja empresa que o produziu e cujos fabricantes de seus ingredientes não realizam testes em animais. People for the Ethical Treatment of Animals (PETA): fundada em 1980 e engajada na causa de proteção dos animais, essa ONG é reconhecida em diversos países e tem dois selos . • Nem todo produto com o selo Cruelty Free é necessariamente vegano, pois pode conter insumos de origem animal (por exemplo, mel e queratina) em sua composição, desde que sua obtenção não tenha causado sofrimento ao animal. • O selo Approved Vegan certifica que, • além de não ter sido testado em animais, • o produto também não tem matérias-primas de origem animal. • Nesse caso, o produto é considerado vegano. LIMITAÇÕES • A falta de legislação no Brasil para produtos cosméticos naturais, no mercado brasileiro, é possível encontrar desde produtos com apelo verde até produtos certificados; • Corantes sintéticos, fragrâncias sintéticas, polietilenoglicóis (PEGs), quaternários de amônio, silicones, conservantes sintéticos, dietanolamidas e derivados de petróleo são ingredientes cujo uso em produtos naturais é proibido pelos principais órgãos certificadores; • A restrição de ingredientes limita as opções de matérias-primas existentes no mercado e, assim, a eficácia dos produtos naturais pode ser menor em alguns casos; • Os custos das matérias-primas de origem natural normalmente são maiores que os das sintéticas. Estima-se que ocorra aumento de 50% ou mais no custo de fabricação de produtos naturais ou orgânicos. OBRIGADA NOME DO APRESENTADOR CONTATOSCARGO Slide 1 Slide 2 Slide 3: Emulsionantes Slide 4: Emulsionantes Slide 5: Emulsionantes Slide 6: Emulsionantes Slide 7: Emulsionantes Slide 8: Emulsionantes Slide 9 Slide 10: Emolientes Slide 11 Slide 12: HIDROCARBONETOS Slide 13: ÁLCOOIS GRAXOS Slide 14: ÉTERES GRAXOS Slide 15: ÁCIDOS GRAXOS Slide 16: ÓLEOS, CERA... (Origem animal e vegetal) Slide 17: ÓLEOS, CERA... (Origem animal e vegetal) Slide 18: ÓLEOS, CERA... (Origem animal e vegetal) Slide 19: SILICONES Slide 20 Slide 21: SABONETES Slide 22: SABONETES Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46
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