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ISSN 2763-5902 
 
 
Ciênc. saúde foco, São Paulo, v. 1, 2020. 
ACOMODAÇÃO VISUAL 
 
Patrícia Gustzaki Vieira 
Elisabete Almeida 
 
 
 
1 ACOMODAÇÃO VISUAL 
 
 Na Física chamamos de acomodação visual o mecanismo fisiológico que permite 
ao órgão visual adaptação necessária para que se tenha uma visão nítida a diversas 
distâncias. 
 
 
 
 
1.1 DEFINIÇÃO 
 
 
 
Para que a imagem fique nítida na retina, temos que dispor de um mecanismo que 
faz o aumento ou a diminuição do poder dióptrico do cristalino, este mecanismo acionado 
pelo músculo ciliar se chama acomodação. 
 
 
 
 
COMO REFERÊNCIAR ESTE ARTIGO: 
VIEIRA, P. G. ALMEIDA, E. A. da S. D. de. Acomodação visual. Ciênc. saúde foco, São Paulo, 
v. 1, 2020. Disponível em: [endereço de acesso]. Acesso em: [dia mês abreviado e ano]. 
 
ISSN 2763-5902 
 
 
Ciênc. saúde foco, São Paulo, v. 1, 2020. 
 
 
 Ela se desenvolve no primeiro mês de vida e se estabiliza entre os dois e três 
meses, aos seis meses já se encontra madura quando consegue estabilizar a relação AC ∕ 
A. Pode ser medida através da amplitude de acomodação, da flexibilidade de acomodação 
e das acomodações relativas positivas e negativas. Podemos também determinar através 
da relação entre a retinoscopia estática e dinâmica, onde deve-se manter uma diferença 
de +0,75 positiva na dinâmica, que é o LAG de acomodação. Esta relação permite definir 
se existe um excesso ou uma insuficiência de acomodação. Podemos subdividir a 
acomodação da seguinte forma: Tonica, por convergência, proximal, reflexa e voluntário. 
Seu caminho pelas vias visuais acontece a partir de uma imagem borrada na fóvea 
que é conduzida ao nervo óptico até a área de Brodmann 19, no núcleo de Edindger 
Westphal. O corpo ciliar é inervado pelo terceiro par (motor comum) que se contrai para 
relaxar as zonulas de Zinn produzindo assim um abaulamento do cristalino, fazendo com 
que a imagem chegue nítida a fóvea. 
 
 
2 AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO 
 
 É a capacidade do olho para focar objetos localizados no infinito e um ponto 
próximo. O espaço compreendido entre o ponto remoto PR, e o ponto próximo PP, recebe 
o nome de percorrido da acomodação. 
 Sabemos que o foco imagem está localizado na retina e os raios de luz, 
provenientes do objeto que estamos observando, incidem em nossos olhos praticamente 
paralelos. A ilustração abaixo nos dá uma idéia de como os raios de luz incidem no olho 
humano. 
 
 
 
ISSN 2763-5902 
 
 
Ciênc. saúde foco, São Paulo, v. 1, 2020. 
 
 O objeto observado se encontra no “infinito”, os nossos olhos não forçam os seus 
músculos, sendo assim temos a sensação de descanso nos olhos. Portanto, o ponto mais 
distante no qual um objeto pode estar para que o olho humano consiga vê-lo nitidamente 
recebe o nome de ponto remoto. Assim sendo, podemos dizer que o ponto remoto do 
olho humano está localizado no infinito. 
 A distância mínima a que um objeto pode estar para ser visto nitidamente, sem 
ficar fora de foco, é de 25 cm, para um olho humano adulto normal. Essa distância 
mínima em que um objeto é visto nitidamente denomina-se ponto próximo. 
 
 
 
3 COMPONENTES DA ACOMODAÇÃO 
 
Acomodação tônica: é aquela parte da acomodação presente incluso na ausência 
de estimulo. Esta diretamente relacionada com a miopia noturna ou miopia de campo 
escuro. Representa o estado de repouso da acomodação e é conseqüência do tono do 
músculo ciliar. 
Acomodação Por convergência: é a quantidade de acomodação estimulada ou 
relaxada por efeito de uma convergência, Esta relação representa a quantidade de 
acomodação estimulada por dioptria prismática que se aumenta no estímulo da 
convergência. Determina-se provocando, mediante prismas, uma variação na 
convergência e comprovando por retinoscopia dinâmica como se afeta a acomodação. 
Acomodação proximal: é a provocada pela sensação de proximidade, geralmente 
ao utilizar instrumentos como microscópio, lensômetro etc. 
Acomodação reflexa: é a resposta involuntária automática da acomodação ao 
embasamento. Representa a maior parte da acomodação que se modifica segundo as 
características do estimulo. 
ISSN 2763-5902 
 
 
Ciênc. saúde foco, São Paulo, v. 1, 2020. 
Acomodação voluntária: é independente de qualquer estímulo. A maioria das 
pessoas não possui a capacidade de modificar a resposta acomodativa de forma voluntária 
sem treinamento prévio. 
 
4 TÉCNICAS DE EXAME 
 
 Podemos avaliar a acomodação de forma subjetiva com os seguintes testes: 
 Donders: técnica monocular, usando a tabela de perto a 50cm, solicitando ao 
paciente para ler a menor linha da tabela de perto interruptamente, vai se 
aproximando a tabela até o paciente enxergar borrado. Após isso mede-se a 
distancia do olho a tabela e com o resultado soma-se 0,75 dpt mais negativo 
(LAG) para chegar ao valor estimado da amplitude de acomodação. 
 Sheard: Técnica monocular, com correção para perto, usando a tabela de perto 
uma linha acima da melhor acuidade visual a 33cm. Após isso vai-se adicionando 
lentes -0,25 até o paciente reportar visão borrada, ao resultado final acrescenta-se 
3 dpt pois para enfocar a 33cm usamos 3 dpt. 
 
 Podemos também avaliar a Flexibilidade de Acomodação, isto é, podemos 
determinar o quanto a acomodação pode ativar e quanto pode relaxar num intervalo de 
tempo usando lentes negativas (ativação) e positivas (relaxamento) em um minuto de 
enfoque numa tabela de visão de perto enfocada para 33cm. Para esta distancia usamos 
lentes (Flippers) +3.00 ∕ -3.00. A partir dai vamos trocando as lentes entre as positivas e 
negativas e com isto avaliamos a capacidade do olho de ativar e relaxar. Se o olho não 
conseguir em alguma das lentes podemos definir um retardo ou insuficiência de 
flexibilidade acomodativa. 
 
 Flipper: ( instrumento de medida para flexibilidade mono e binocular) Mede-se 
em ciclos por minuto com lentes positivas e negativas de mesmo valor (1 ciclos = 
6 segundos) em quantidade igual à que se pode estimular e relaxar. 
Retinoscopia de Mem: (método de estimação monocular) Paciente com subjetivo 
diante dos olhos, se põe a ler cartões que se colocam sobre o retinoscopio 
binocularmente, e sem quebrar a fusão se neutralizam as sombras retinoscopicas 
no meridiano horizontal somente. Ao valor do resultado de neutralização descarta-
se o valor da acomodação que é exercida pela distancia à qual se realiza o teste, o 
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excedente é o valor do log de acomodação que se interpreta como o 
comportamento da acomodação residual bem seja em excesso ou em defeito do 
sistema visual do paciente. O valor do log de acomodação neste teste deve ser de 
+ 0.50 com um desvio estandar de +/- 0.25 mais positiva que o subjetivo. 
 
5 ANOMALIAS 
 
 As principais anomalias da acomodação levam a um grande número de queixas 
de astenopia por parte dos paciente, pois um sistema desregulado favorece um desgaste 
maior do sistema visual. Temos os seguintes grupos: 
Hipofunções (onde o sistema não consegue produzir o que lhe foi solicitado) e 
Hiperfunções (onde o sistema produz demasiada resposta, excedendo a necessidade 
acomodativa). Os esforços prolongados de perto ou maus hábitos levam a paralisia ou 
perda da função da acomodação. Outras causas podem ser: anoxia, anemia, fadiga, 
alcoolismo, diabetes, miastenia grave e inclusive insuficiência de convergência. 
Glaucomas, Uveítes podem gerar anomalias por danos no musculo ciliar. Para o 
tratamento das anomalias deve-se ter em conta a amplitude, flexibilidade, a relação com 
a convergência e saber os valores normais de cada teste para cada distância e idade do 
paciente. Em geral o tratamento segue a seguinte linha: melhorar a distancia de trabalho, 
melhorar a flexibilidade de acomodação monocular e binocular, amplitude de vergência,salto de vergência, relação acomodação e vergência, normalizar o ACA, e integrar a 
acomodação com a motilidade ocular. 
 
 
 
6 INSUFICIENCIA DE ACOMODAÇÃO 
 
 Dificuldade para estimular o foco na visão de perto. O paciente reporta astenopia, 
dores de cabeça, dificuldade para manter a leitura em visão próxima e lacrimejamento. 
Pode ocorrer também miose, olhos vermelhos e sono durante a leitura. A amplitude de 
acomodação pode estar afetada. O diagnóstico se faz tendo em conta a diminuição da 
amplitude de acomodação, a flexibilidade e acomodação relativa. As reservas fusionais 
positivas se encontram baixas e o ponto próximo tende-se a afastar. Para o tratamento é 
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Ciênc. saúde foco, São Paulo, v. 1, 2020. 
importante considerar a melhor correção óptica, exercícios de flexibilidade com flippers, 
e círculos de visão longe e perto. Também pode-se trabalhar a amplitude com CAM. 
 
7 FADIGA DE ACOMODAÇÃO 
 
 Clinicamente é um problema de se manter a acomodação, ou para alguns autores 
o inicio da insuficiência de acomodação, pois o sistema é capaz de responder ao estimulo 
acomodativo, porém não consegue o fazer por muito tempo. Os sintomas referidos são 
similares ao da insuficiência, como astenopia, fadiga, cansaço, visão embaçada de perto 
e sonolência e em alguns casos dores de cabeça frontal. Para o tratamento se deve 
trabalhar a flexibilidade e a amplitude da acomodação nas etapas monocular, biocular e 
binocular. 
 
8 PARALISIA DE ACOMODAÇÃO 
 
 Condição na qual o paciente apresenta uma incapacidade de utilizar seu sistema 
acomodativo, apresenta visão embaçada de perto e midríase. Uma boa anamnese é 
importante pois deve-se definir a causa, seja ela orgânica, infecciosa, por diabetes, lesão 
no terceiro nervo, glaucoma ou medicamentos para depressão. O diagnóstico se faz tendo 
a amplitude de acomodação diminuída, ponto próximo de convergência afastado, 
flexibilidade baixa e acomodação relativa positiva baixa. O tratamento leva em 
consideração a causa e deve ser feito de forma multidisciplinar. Após isto deve-se aplicar 
terapia para restabelecer os níveis normais da acomodação em etapas mono e binocular. 
 
9 EXCESSO E ESPASMO DE ACOMODAÇÃO 
 
 É uma resposta além do esperado pelo sistema de acomodação, sempre que 
necessita focar de perto o paciente usa demasiadamente sua amplitude. Está relacionado 
aos maus hábitos de trabalho com visão de perto. Existem vários graus de excesso de 
acomodação sendo o último grau o espasmo de acomodação. Condição na qual o sistema 
trava em uma configuração de ativação, onde o paciente reporta dor ocular e dificuldade 
para ver de perto e longe. O diagnóstico se faz comparando a retinoscopia estática com a 
retinoscopia dinâmica, verificando a condição de pseudo miopias causadas por 
acomodação em excesso. 
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Ciênc. saúde foco, São Paulo, v. 1, 2020. 
Os sintomas mais comuns são visão borrada, cefaleia posterior, fotofobia, diplopia 
e falta de concentração. Os sinais incluem hipermetropia, lacrimejamento, miose, 
acomodação elevada e pode apresentar endoforia. O tratamento consiste em melhorar as 
condições de trabalho na visão próxima, correção óptica adequada e melhorar a 
flexibilidade de acomodação. 
 
10 INFLEXIBILIDADE DE ACOMODAÇÃO 
 
 É a dificuldade de realizar modificações em focar para perto e longe com rapidez 
e de forma alternante. A amplitude se apresenta normal, porem a velocidade para fazer os 
enfoques seja de longe para perto ou vice e versa se encontra diminuído, causando assim 
um desconforto para o paciente. Os sinais são hipermetropia, lacrimejamento e falta de 
concentração. Os sintomas são cefaleias, visão borrada, cansaço, e problemas no enfoque. 
O diagnóstico acontece quando no exame de flexibilidade se encontra valores alterados 
para a ativação e relaxamento. Pode apresentar endo ou exoforia. O tratamento consiste 
em recuperar a capacidade de focar em varias distancias, deve-se ter uma boa correção 
óptica e fazer o tratamento ortóptico nos níveis monocular, biocular e binocular. Sempre 
deve-se enfocar na melhora da acuidade visual e preservar o sistema vergencial para não 
recompensá-lo. 
 
 
 
 
 
11 CONCLUSÃO FINAIS 
 
 
 É importante sempre estar atento ao sistema de acomodação do paciente, pois o 
optometrista não deve sair prescrevendo lentes somente avaliando os resultados obtidos 
na retinoscopia estática ou nos dados do autorefrator. Vale lembrar que como 
profissionais primários de saúde visual devemos ser integrais saber avaliar todo o sistema 
que compõe a via visual e seus mecanismos. Uma grande ferramenta que dispomos é a 
capacidade de realizar um exame com a acomodação controlada por nós através de 
técnicas dinâmica e compensações ópticas. A diferença entre profissionais mecânicos e 
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profissionais dinâmicos se dá na capacidade de entender as queixas e saber resolver os 
problemas dos pacientes. Uma correção mal feita pode levar a problemas mais sérios 
acomodativos e ou vergênciais, por isso sempre que no ato da avaliação de refração 
realize o protocolo completo do sistema acomodativo, pois somente com o protocolo 
completo é que podemos fechar um diagnóstico refrativo e motor. 
 
REFERÊNCIAS 
 
DUKE-ELDER, Stwart. Refração prática. 10. Ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. 
 
DUKE-ELDER, The Development Form and Function of The Visual Apparatus, 
Textbook of Ophtalmology, v. 1, p.739, 1940. 
 
GARCIA, M. Rosa Borràs. et al. Optometría: manual de exámenes clínicos. 3. ed. 
México: Alfaomega, 2001. 
 
KANSKI, Jack J. ; NISCHAL, Ken K. Oftalmologia: sinais clínicos e diagnósticos 
diferenciais. São Paulo: Manole, 2000. 
 
RÍO, E. Gil. Óptica Fisiológica Clínica Refración. 4. ed. Barcelona – España: Toray, 
1981. 
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