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Química 1 - Conecte LIVE Solucionário (2020) - Usberco-166-168

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A exposição excessiva 
ao sol pode causar 
envelhecimento 
precoce e até câncer 
de pele.
Cuidados com o sol
Um dos componentes da luz solar são os raios 
ultravioleta (UV).
Os raios UV não fazem parte do espectro visível, 
ou seja, são invisíveis. Eles são classificados em UVA, 
UVB e UVC, de acordo com seu comprimento de onda.
A sensibilidade aos raios UV depende do tipo de 
pele, de acordo com o quadro a seguir.
Tipo Cor Sensibilidade Reação
I
branca-
-clara
muito sensível
Sempre queima, 
nunca pigmenta.
II branca muito sensível
Sempre queima, 
pigmenta pouco.
III
morena-
-clara
sensível
Queima e pigmenta 
moderadamente.
IV
morena-
-escura
pouco sensível
Queima pouco, 
sempre pigmenta.
V parda
pouquíssimo 
sensível
Nunca queima, 
sempre pigmenta.
VI negra insensível
Nunca queima, 
sempre pigmenta.
Fonte: Sampaio, Sebastião A. P.; Rivitti, Evandro A. Dermatologia. 
3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Artes Médicas, 2007. p. 845.
A fim de evitar os efeitos nocivos dos raios UV, 
utilizam-se os protetores solares, que apresentam 
dois tipos de filtro para esses raios:
• Filtros mecânicos: absorvem e, principalmen-
te, refletem os raios ultravioleta.
• Filtros químicos: absorvem os raios UVA e 
UVB.
A relação entre o tempo necessário para evitar 
queimaduras com ou sem protetor solar é deno-
minada fator de proteção solar (FPS). Um FPS 4 
indica que a pessoa pode ficar quatro vezes mais 
tempo exposta ao sol, sem sofrer queimaduras, em 
relação ao tempo que poderia ficar sem usar o pro-
tetor solar. Os valores de FPS considerados ideais 
para o bom funcionamento dos protetores solares 
variam entre 2 e 30.
Os raios UV podem causar uma série de proble-
mas de saúde, mas também podem ser usados em 
Medicina, com efeitos benéficos para o ser humano. 
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Reflita
 1. De acordo com o espectro e o texto, sabemos que 
a frequência de uma onda é inversamente propor-
cional ao seu comprimento de onda e a sua ener-
gia é diretamente proporcional à sua frequência. 
Assim, devemos esperar que a energia das ondas 
na faixa visível seja maior ou menor do que a dos 
raios ultravioleta?
 2. Suponha que uma criança possa ficar exposta ao 
sol das 9 horas da manhã, sem o uso de protetor 
solar e sem se queimar, por 25 minutos. Quanto 
tempo essa criança poderia ter ficado ao sol se 
usasse um protetor solar fator 15? Não se esque-
ça de que, mesmo usando protetor solar, não é 
recomendada a exposição excessiva ao sol.
Por exemplo: existe um tratamento, chamado foto-
terapia, que é usado para combater certas afecções 
da pele, como psoríase, eczemas e dermatites. 
O tratamento consiste em administrar, via oral, ao pa-
ciente uma substância que aumenta a sensibilidade 
da pele aos raios UV. Depois, a região afetada é expos-
ta à radiação UV de baixa intensidade, que elimina a 
causa da doença.
Em alguns casos de câncer de pele, o paciente 
recebe uma substância fotossensível e, em segui-
da, seu sangue é retirado, passa por um processo 
de circulação extracorpórea no qual é exposto aos 
raios UV e retorna ao corpo. Esse tratamento es-
timula o sistema imunológico a combater as célu-
las cancerígenas.
164
Conex‹o
UNIDADE 3 | A ESTRUTURA ATÔMICA
Saœde
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Modelo atômico de Rutherford-Böhr
O cientista dinamarquês Niels Böhr (1885-1962) relacionou 
as raias do espectro descontínuo dos gases às variações de 
energia dos elétrons contidos na eletrosfera desses gases. Em 
função dessa relação, ele propôs um novo modelo atômico, mas 
que mantinha as principais características do modelo de 
Rutherford. Por essa razão esse novo modelo foi chamado mo-
delo atômico de Rutherford-Böhr.
 Quando os elétrons recebem energia 
são excitados e movem-se para 
órbitas mais energéticas (setas 
pretas). Quando o elétron retorna a 
órbitas menos energética, libera 
energia na forma de luz (setas violeta, 
azul e vermelha). Sendo n o número 
das órbitas.
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elétrons
excitados
emissão 
de luz
n 5 1
n 5 2 n 5 3 n 5 4 n 5 5
Para a concepção desse modelo, Böhr elaborou os seguintes postulados:
1. Em um átomo são permitidas somente algumas órbitas circulares ao elétron, 
e em cada uma dessas órbitas o elétron apresenta energia constante.
2. Um elétron não pode assumir qualquer valor de energia, mas somente 
determinados valores que correspondem às órbitas permitidas, tendo, assim, 
determinados níveis de energia ou camadas energéticas.
3. Um elétron, quando localizado em uma dessas órbitas, não perde nem ganha 
energia espontaneamente. Por isso, nesse caso, diz-se que ele assume um 
estado estacionário.
4. Um elétron pode absorver energia de uma fonte externa somente em uni-
dades discretas (pequenas), chamadas quanta (forma singular: quantum).
5. Quando um elétron absorve um quantum de energia, ele salta para uma 
órbita mais energética, ligeiramente mais afastada do núcleo. Dizemos que 
o elétron realizou um salto quântico e atingiu um estado excitado.
6. Quando o elétron retorna à órbita menos energética, ele perde, na forma de 
onda eletromagnética, uma quantidade de energia que corresponde à dife-
rença de energia existente entre as órbitas envolvidas no movimento do 
elétron.
 O físico dinamarquês Niels Henrik David 
Böhr trabalhou com J. J. Thomson e com 
Ernest Rutherford na Inglaterra. A sua teoria, 
proposta em 1911, para explicar o modelo 
atômico de Rutherford em função da 
quantificação da energia dos elétrons, não foi 
aceita inicialmente. Sua aceitação ocorreu 
somente na década de 1920. Böhr recebeu o 
prêmio Nobel de Física em 1922.
165CAPÍTULO 12 | EVOLUÇÃO DO MODELO ATÔMICO
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A mudança entre órbitas diferentes libera diferentes quantidades de energia, que 
correspondem a diferentes cores.
 Nos retornos dos elétrons aos níveis de menor energia são liberadas diferentes cores: de n 5 5 
para n 5 2: violeta; de n 5 4 para n 5 2: azul; e de n 5 3 para n 5 2: vermelho. Sendo n o 
número das órbitas.
n 5 2
n 5 2
n 5 3
n 5 4
486 nm
434 nm
656 nm
n 5 2
n 5 5
N
M
L
K
núcleo
energia crescente
nível 1 (n = 1) = K
nível 2 (n = 2) = L
nível 4 (n = 4) = N
nível 3 (n = 3) = M
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e2
e2
e2
6
5
4
3
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níveis
…
espectro
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A ilustração abaixo representa as diferentes transições de órbitas para o áto-
mo de hidrogênio.
De acordo com esse modelo, o átomo pode ser representado de forma que as 
órbitas permitidas para os elétrons tenham relação com os diferentes níveis de 
energia e, ainda, com as respectivas raias presentes no espectro característico 
do elemento químico (átomo).
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CORES FANTASIA
AUSÊNCIA DE PROPORÇÃO
 Após excitação eletrônica, 
os elétrons, ao retornar aos 
seus níveis originais de 
energia, emitem energia na 
forma de luz.
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166 UNIDADE 3 | A ESTRUTURA ATÔMICA
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