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Clínica médica e terapêutica de pequenos animais - Dermatologia -> monitoria 1 Ana Larissa
DERMATOLOGIA:
 Objetivo: 
· Como diagnosticar uma dermatopia;
· Piodermites;
· Dermatopatias fúngicas;
· Dermatopias parasitarias;
· Dermatopias alérgicas;
– Piodermites: Sempre associadas ou quase sempre associadas a outras dermatopatias então podem ter pruridos. Ex: DUA (vai coçar bastante por isso vai ser classificada como pruriginosa).
Piodermites: 
- Não é um diagnóstico, é uma doença secundaria 95% das vezes; (doença metabólica, parasitas, lambedura, ácaros etc.). - Gato quase não faz piodermites, a pele dele é diferente. 
 Piodermites superficiais: 
Dermatite úmida aguda (DUA): 
 Causada pelo auto traumatismo.
- Principais causas: psicológico do animal, DAPP, falta de banhos ou excesso de banhos. 
Tempo/local quente e úmido como fatores predisponentes. As lesões normalmente são únicas, mas podem ocorrer em diversos locais. 
 Características: lesões eritematosas, úmida, presença de exsudato, alopecia local, dor local, evolução rápida.
 Diagnostico: Fácil (anamnese e exame físico); é fácil de entender os motivos.
 Tratamento: Bem simples; 
– Clorexidina 2% (tratamento base e vai ser feito até o animal melhorar da lesão), colar elizabetano, e retirar a causa base que geralmente vai ser a DAPP. 
(questão de prova: provavelmente vai falar que o tutor não fez uso de antiparasitário ou fez um uso inadequado, tutor relata que animal se coça, relata que viu uma pulga no animal).
 Foliculite bacteriana: 
É uma infecção bacteriana dentro do interior do folículo piloso na porção superficial. Pode ter presença ou não de prurido e geralmente vai ter uma causa base. 
 Seborreia, DAPP, atopia, hipotireoidismo, HAC, hipersensibilidade alimentar, prurido etc. 
Evolução foliculites profundas, furunculoses e celulites. 
Lesões eritematosas, úmidas, com crostas melicericas (amareladas), edemaciada, úlceras, colarete epidérmico.
 A foliculite também faz lesão circular.
 Diagnostico: anamnese, exame físico, exames complementares (citologia: e na citologia TEM que ter a presença de bactérias e a presença de neutrófilos que estejam fagocitando essas bactérias, para diferenciar de uma contaminação normal. 
Tratamento: Tópico 21 dias e se esse animal apresentar cura clínica não é preciso continuar o tratamento, mas caso ele resista e não apresentar cura clínica é necessário fazer +7 dias. 
Tópico: shampoo, gel, creme, pomada. 
 vai depender de como é essa lesão, onde está localizada. 
 Clorexidina 2%; própolis, melaleuca, aloe vera. 
 Bacitracina, amicacina, clindamicina (entrar com esses medicamentos apenas se não obtiver melhora, caso não seja um caso crônico e recorrente EVITAR usar pois pode causar resistência). 
 Também pode fazer o uso do tratamento manipulado. Ex: shampoo com ureia a 2% + extrato glicólico de aloe vera 2%+ propilenoglicol a 2% (tudo isso associado com a clorex). 
 Piodermites profundas:
 Foliculite, Furunculose e Celulite:
São secundárias: corpos estranhos, traumatismos etc. 
– Continuidade de uma foliculite bacteriana que aprofundou por não ter o tratamento adequado, causando uma furunculose e logo depois a celulite = (continuidade de uma infecção superficial);
– Quando elas se tornam generalizadas estão associadas a um quadro de imunossupressão. 
 Características: lesões ulceradas, exsudativas, presença de crostas, fistulas. Também pode ter tumefação tecidual e áreas necróticas. 
 Diagnostico: anamnese e exame físico. 
· Exames complementares: citologia e cultivo bacteriano. 
· Descobrir a causa base (às vezes pode ser difícil pois o animal já está a muito tempo com a dermatopatia) 
 Tratamento: tópico + sistêmico. Medicamentos de uso tópico: shampoo, loção, gel, spray, creme, pomada. 
Fatores que influenciam a terapia tópica: 
Penetração: o princípio ativo deve penetrar o estrato córneo. Permeação: princípio ativo se difunde pela epiderme, derme e hipoderme. Absorção: princípio ativo adentra nos vasos sanguíneos. 
 Os tratamentos de uso tópicos devem durar no mínimo 21 dias, no caso de shampoos, o mínimo é 1 mês (devido a frequência de banhos).
Tópico: - Clorexidina 2%, própolis, melaleuca, aloe vera; - Bacitracina, amicacina, clindamicina (evitar).
Sistêmico: - Cefalexina/cefalosporinas: 20-30mg/kg BID - Cefpodoxima: 5-10mg/kg SID; - Cefovecina: 8mg/kg a cada 14 dias; - Amoxicilina + clavulanato: 12,5-22mg/kg BID; - Enrofloxacina: 5mg/kg BID (evitar em cães grandes ou filhotes gigantes); em gatos pode causar degeneração de retina; trocar por ciprofloxacina, marbofloxacin, orbifloxacina. 
RELATO DE CASO 1
Identificação: No HVU, foi atendido um cão da raça labrador residente na região de juazeiro-BA, fêmea, 25kg.
Anamnese: animal estava mordendo o flanco esquerdo intermitente chegando a lesar a região. O animal apresentava normorexia, normodipsia, normoquesia, esquema vacinal completo, vermifugado, sem controle antiparasitário. 
Exame físico: parâmetros vitais dentro da normalidade. Lesão única em região de flanco próxima a cauda, sendo uma lesão eritematosa, úmida, exsudativa com alopecia local. 
RESOLUÇÃO: 
Animal sem controle antiparasitário;
DUA secundaria a DAPP; como diagnostico diferencial pode ter causas psicogênicas; foliculite, furunculose, excesso de banho, falta de banho. 
Exames complementares: não é necessário. Só a anamnese é o suficiente. Pode fazer uma escovação da pelagem só para confirmar, pensando na questão da DAPP. Pode fazer a citologia, mas não é necessário como já tem o relato que ele está provocando esse auto traumatismo então já se sabe que tem uma infecção bacteriana por conta da lesão. Então nesse caso só confirmar se o animal já tem pulga é o suficiente para o diagnóstico. 
Tratamento: 
Tópico: clorexidina 2% ou tricozan, colar elizabetano; 
Carrapatos, pulgas? Sarolaner, Fipronil etc. 
RELATO DE CASO 2
Identificação: fêmea, canina, pit bull de oito anos de idade, atendida no hospital vet. de Guarulhos.
Anamnese: Lesões dermatológicas há aproximadamente quatro anos, sendo tratada de diversas formas apresentando sempre recidiva e piora do quadro.
Exame físico: parâmetros vitais dentro da normalidade. Lesões em membros pélvicos, sendo mais evidente em terço médio, face medial de membro pélvico esquerdo e face lateral de membro pélvico direito; com áreas alopécicas, eritematosas, com presença de pápulas, comedos e secreção piosanguinolenta.
 
RESOLUÇÃO: 
Animal com lesões há 4 anos, então é meio difícil encontrar a causa base.
Apresentando sempre recidiva.
A causa base pode ser uma imunossupressão, um hiperadrenocorticismo, questões genéticas, mas não tem como saber apenas com base nesses relatos. 
Então caso chegue um caso assim, já pode começar a pensar na foliculite profunda ou a própria furunculose e caso esteja já afetando a derme (como provavelmente está) aí pode-se dizer que é uma celulite. 
Exames complementares: CASO SEJA, uma foliculite/furunculose, quais os exames complementares?
- Citologia (descobrir qual a bact. Ou se também tem um fungo associado e fazer prova de resistência, porque foram 4 anos tentando tratar e sem sucesso. resultado da cito: aspecto compatível com foliculite/furunculose.
- Hemograma: Deu uma discreta linfopenia e hipocolesterolemia; - Cultivo bacteriano: tutor não quis fazer; 
(um diferencial para foliculite profunda vai ser a DERMATOFITOSE e a DEMODECICA. Então pensando nisso, qual seria o exame complementar utilizado para dermatofitose e demodecica?) Dermatofitose: lâmpada de wood, cultivo fúngico, citologia. Sarna Demodecica: raspado profundo (lâmina). 
 Tratamento: 
Tópico: shampoo clorexidina2% até melhora das lesões 
Sistêmico: cefalexina 20mg/kg/BID por 6 semanas + retorno. Caso tenha melhora, a antibioticoterapia pode ser cessada, mas caso ainda tenha presença ou tenha pouco tempo, pode fazer +15 dias de antibiótico e marcar o retorno. 
 Dermatopatias Fúngicas: (o mais importante nas dermatopatias é conhecer quais são as doenças e os diferenciais e os tratamentos). 
- São bem comuns;
- Mais frequente em gatos;
- Fungos profundos fazem ação sistêmica.
 São divididas em dois grupos: Fungos superficiais: - Dermatofitose: em animais imunossuprimidos ou animais com predisposição. - Malasseziose: secundaria, tem uma causa base (uma doença endócrina que causa muito malassezia é o hiperadreno). 
Fungos profundos: - Esporotricose: lesões feias na pele e profundas. - Criptococose: lesões feias e profundas na pele (zoonose) - Histoplasmose. 
Superficiais Dermatofitose características: Agentes: 
- Microsporum canis (principal) (caso ela coloque na prova que na citologia foi identificado Microsporum canis dermatofitose) 
- Microsporum gypseum
- Trichophyton mentagrophytes.
 Prurido em 11 a 50% dos animais.
 Zoonose.
 Sintomatologia: alopecia circular clássica (+gatos -caes); descamação, eritema, pode ter hiperpgmentação quando é mais crônico e prurido, foliculite.
 Predisposição: infecção pelo FIV e FELV, desnutrição, alta densidade populacional, banhos em excesso. 
 Diagnostico: lâmpada de wood (é um exame de triagem então sempre colocar ele); tricograma; cultura fúngica; histopatológico; biopsia cutânea (não é muito feita). Citologia não é muito feita para dermatofitose. 
 Tratamento: 
Reduzir o potencial de disseminação: tosa generalizada ou a 6cm da lesão (em gatos é meio difícil rsrsrs); desinfecção local com Hipoclorito de sódio 1:10; higiene local; tratar contactantes (assintomáticos ou sintomáticos). 
Tratamento tópico: pomada, creme, soluções, loções, gel; shampoo fungicidas/queratolíticos 
- Clorexidina 4%(pq é FUNGO), - Cetaconazol 2%, - Miconazol 2% - Clotrimazol 2%, - Enxofre 2%, - Sulfeto de selênio 1 a 2,5% - Melaleuca - Ac. Salicílico 2% e Enxofre 2%. - Miconazol 2% + Clorexidina 2% – SE ESTIVER associado com foliculite – 1 a 3 banhos por semana e depois diminui a frequência, mas caso seja gato, banho não é a melhor opção então melhor um tratamento sistêmico. 
Tratamento sistêmico: griseofulvina muito bom, mas apenas para dermatofitose (não é recomendado o uso em animais com menos de 6 semanas); cetoconazol (CUIDADO, porque ele é hepatóxico então não é muito recomendado); itraconazol (bem melhor que o cetoconazol e muito bem metabolizado pelo fígado).
 Superficiais Malasseziose características:
 O fator desencadeante será alterações do sistema imune: Excessiva produção de cerúmen; acúmulo de umidade nas orelhas; 50% dos casos: dermatopatias (alérgicas, bacterianas, seborreia).
 Geralmente vai ter outra doença de base associada a ela; ligada a alteração no sistema imune da pele; promove sebo e hiperpigmentação (coloração enegrecida); hiperqueratose; comum em áreas mais ventrais (dá para confundir com hipersensibilidade alimentar ou com um animal que é atópico); prurido intenso.LEMBRAR QUE COÇA MUUUITO. 
 Diagnostico: citológico leveduras sugestivas de malassezia. (swab, fita adesiva, impressão de lâmina) cultivo tem que tá sempre associado com citologia. 
 Tratamento: fazer a retirada do fungo a inflamação e o sebo e a causa base. (supondo que não sabe qual é a causa base então o tratamento vai ser de uso de tópico) 
Tópico: Shampoo: Clorexidina 4%; - Cetoconazol 2%; - Miconazol 2%; - Enilconazol; - Ácido salicílico 1-2% + enxofre 1 a 2%; - Sulfeto de selênio 1-2,5%; - Banhos de 1 a 3 vezes por semana. 
Sistêmico: - Cetoconazol 5 10mg/kd/sid; - Itraconazol 5 a 10 mg/kg/sid; - Terbinefina 30mg/kg/sid (continuar por mais 7 a 10 dias após a cura clínica.
A malasseziose é muito comum por causar otite externa (tem um cheiro bem rançoso). Então lembrar de tratar a otite também. 
Profundas Esporotricose Características: 
- Gatos: “nariz de palhaço”; em gatos costuma atingir pele e nariz. Em cães atinge pele e linfonodos. 
- É uma zoonose e o agente é o Sphorothrix schenckii (FUNGO)
- Ocorre através de uma lesão (farpas, espinhos, unhas de gatos). 
- Tec. Subcutâneo linfático sistêmico (afeta outros órgãos e principalmente o pulmão) / também pode haver inoculação por aspiração ou ele pode acabar ingerindo. 
- Diferencial: criptococose, CCE. 
- Verificar a possibilidade de ser sistêmico.
Diagnóstico: citologia (aspirados ou esfregaços diretos), vai ser uma inflamação supurativa a piogranulomatosa, ou granulomatosa.; Biopsia (para diferenciar do CCE); Micológico / Cultura fúngica (em cães a cultura dá negativa) (QUANO A CITOLOGIA NÃO É DEFINITIVA DEVE SER FEITO UM HISTOPATOLOGICO); Antes de fazer a biópsia deve ser feito antibioticoterapia, para retirar a contaminação bacteriana). 
Tratamento: Iodeto de potássio (solução 20%) - TER CUIDADO PQ GATOS SÃO SENSÍVEIS E PODEM ACABAR TENDO IODISMO; mesmo tratamento para cães. 
Cães: 40 mg/kg/SID/VO com alimento Gatos: 5 – 10 mg/kg/SID/VO com alimento. Caso após 30 dias não houver melhora DOBRAR A DOSE.; *Itraconazol – até o animal apresentar melhora parcial (tratamento por 2 meses com retorno, cultura e biopsia negativa no retorno). – Como é recidiva faz o tratamento por um tempo e quando a cultura e a biopsia forem negativas deve continuar o tratamento por mais um tempo (30 a 50 dias) Sugestão de Arley. 
 Dermatopatias Parasitárias 
 Demodecica
- Cães e em gatos é menos frequente;
- Vai ter muitos ácaros nos folículos pilosos, anexos e na superfície da pele e por isso pode ser confundida com foliculite, furunculose e alopecia.
- O sistema imunológico não consegue suportar o grande número de ácaros.
- A proliferação pode resultar de um distúrbio genético ou imunológico. 
Características: alopecia, descamação, crostas, eritema, hiperpigmentação, liquenificação. pode haver foliculite e furunculose secundarias.
 Diagnostico: raspados de pele e/ou tricogramas (tufo de pelo); o diagnostico é feito com a achado de grande número de ácaros. – Preparação com fita adesiva; - swabs das orelhas identificam demodex como causa de otite externa. 
Tratamento: - Cães: amitraz; ivermectina; milbemicina; moxidectina injetável; doramectina. - Gatos: banhos com enxofres; amitraz (risco de toxicidade); doramectina; ivermectina. 
 Sarcoptica, Notoedres e Otodectes:
- pruriginosas e contagiosas (cães e gatos) - gatis e ambientes domésticos com vários gatos. como ocorre (Sarcoptes scabiei): lesões nas margens das orelhas: variam de descamação quase imperceptível, alopecia e crostas. Os canais auriculares não são acometidos. Notoedres cati: prurido intenso, dermatite crostosa aderente e espessa; pavilhões auriculares, cabeça, pescoço, face e pode se tornar generalizada. Otodectes: prurido, lesões de escoriações, pescoço e pode se tornar generalizada. Sarcóptica: o diagnóstico é feito com raspado superficial de pele.
 
Foliculite
inflamaçãoFurunculose
degeneração e necrose
Celulite
inflamação da derme

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