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w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 d e 2 4 Conflitos Conflitos não são problemas De um modo geral, existe uma visão negativa do conflito. Os conflitos, porém, são normais e não são em si, positivos ou negativos, bons ou ruins. É a resposta que se dá aos conflitos que os torna negativos ou positivos, construtivos ou destrutivos. A questão central é como se resolvem os conflitos: se por meios violentos ou através do diálogo. Os conflitos devem ser compreendidos como parte da vida humana, os problemas são gerados pela forma como são enfrentados e resolvidos. Diferença entre conflito e briga Conflitos não são sinônimos de intolerância ou desentendimento, nem se confundem com briga. A briga pode ser uma das respostas ao conflito. Um conflito pode ser definido como a diferença entre duas metas, sustentadas por agentes de um sistema social. Podem ser organizados em três níveis: pessoais, grupais ou entre nações. Frente ao conflito, podem ser assumidas três atitudes básicas: • Ignorar os conflitos; • Responder de forma violenta aos conflitos; • Lidar com os conflitos de forma não-violenta, por meio do diálogo. Os benefícios dos conflitos É justamente a não aceitação dos conflitos que provoca a violência, que busca resolver o conflito, negando o outro. Todavia, quando se aprende a lidar com o conflito de forma não violenta, ele deixa de ser encarado como o oposto da paz para ser visto como uma das formas de viver em sociedade. Entre os benefícios do conflito, podemos citar: ▪ Estimula o pensamento crítico e criativo; ▪ Melhora a capacidade de tomar decisões; ▪ Reforça a consciência da possibilidade de opção; ▪ Incentiva diferentes formas de encarar problemas e situações; ▪ Melhora relacionamentos e a apreciação das diferenças; ▪ Promove autocompensado. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 2 d e 2 4 Paz e conflitos Assim, o conflito não é um obstáculo à paz. Pelo contrário, para construir uma cultura de paz é preciso mudar atitudes, crenças e comportamentos, que muitas vezes gera conflitos. A paz é um conceito dinâmico que nos leva a provocar, enfrentar e resolver conflitos de uma forma não violenta. Uma educação para a paz reconhece o conflito como um trampolim para o desenvolvimento, que não busque a eliminação do conflito, mas sim, modos criativos e não violentos de resolvê-los. Podemos falar de três caminhos fundamentais para lidar com os conflitos: • prevenção do conflito, desenvolvendo a sensibilidade à presença ou potencial de violência e injustiça (sistemas de alerta prévio) e a capacidade de análise do conflito; • resolução, ou seja, o enfrentamento do problema e a busca de mecanismos institucionais; • transformação, utilizando estratégias de mudança, reconciliação e construção de relações positivas. O Cérebro Estratégia De Sobrevivência A primeira estratégia de sobrevivência é fugir. Corra por sua vida. Para fazer isso, o cérebro reptiliano mandará uma mensagem para bombear mais sangue para as pernas, para que os músculos tenham mais oxigênio e você possa correr mais rápido, esperançosamente correndo do perigo. A segunda estratégia de sobrevivência é lutar se o adversário é de um tamanho razoável em relação ao seu, pode ser uma opção para se posicionar e enfrentar o inimigo. Agora isso não significa que você necessariamente irá lutar, pois você pode ganhar apenas intimidando seu inimigo. Ainda assim, em um nível fisiológico, o sangue será apressado, não para as pernas tal como acontece com a estratégia de fuga, mas em direção a seus braços e mãos para poder dar socos e garras, como também para morder e rasgar o oponente distante. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 3 d e 2 4 A maioria das pessoas já está familiarizada com a estratégia de luta ou fuga, no entanto, há um terceiro que a evolução nos deu e que é congelar. Basicamente, você tentará se tornar o menor possível, de modo que o predador possa ignorá-lo ou até mesmo considerar que você não é interessante o suficiente como uma presa. Para fazer isso, o cérebro reptiliano não acelerará seu ritmo cardíaco como nas duas estratégias anteriores, mas pelo contrário vai diminuir a velocidade. Os níveis de energia cairão e todo o seu corpo desacelera. Desta forma, esperamos que o predador lhe ignore e você terá vivido com sucesso outro dia. Então, aqui estão elas, as três estratégias de sobrevivência: Nós podemos fugir, lutar ou congelar. Então é isso que o cérebro reptiliano faz e nada mais. O cérebro reptiliano tem um sistema funcional muito primitivo. Não pode aprender, não pode evoluir nem se adaptar. Não tem memória. Quando é ativado pela amígdala, escolhe entre essas três estratégias de sobrevivência. Isso pode parecer bastante limitado, mas na verdade é extremamente eficiente, dado o objetivo em questão, a sobrevivência! O cérebro reptiliano dispara ao enfrentar situações de vida ou morte, e como sempre respondemos com três instintivas em estratégias de sobrevivência muito eficientes. Sorte para nós, não são muitos os lobos ou ursos famintos andando em nossas modernas cidades. Sim, é claro que todas as vidas ainda podem ser ameaçadas ao atravessar uma rua e o cérebro reptiliano realmente responderá de acordo, fazendo você correr mais rápido, intimidando seu agressor ou usando uma estratégia submissa para não se machucar. Isto é, o nosso cérebro reptiliano também é ativado quando a nossa vida não está em perigo. Ele liga quando confrontado com um perigo percebido, o que poderia ser, na verdade, qualquer coisa. Nós somos provavelmente as únicas espécies na terra que somos capazes de se preocupar com algo que nunca aconteceu. Então, sempre que enfrentamos um perigo percebido, que não tem que ser uma ameaça à vida, o cérebro reptiliano vai ativar e nos fará sentir algo que se tornou difundido em nosso moderno mundo. Nós vamos sentir estresse. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 4 d e 2 4 As três estratégias de sobrevivência originais sobrevivem em nossos estresses. Nós ainda fugimos, lutamos e congelamos. Fugir Em vez de ter um enorme urso na nossa frente, poderia ser o nosso chefe, ou o nosso parceiro, ou talvez estamos apenas preso em um engarrafamento. Então, como fugimos, lutamos ou congelamos? Quando o cérebro reptiliano vai para a primeira estratégia, nosso objetivo principal é tentar fugir. Nós queremos sair de lá. Sentimos a ansiedade nos esmagando. Nossa atitude geral é o desejo de estar em outro lugar. Sabe como isso se mostra? Fugir é tudo sobre movimentos. Então nossas mãos podem começar a tremer. Se nos sentarmos, nossos pés se moverão, as pernas ficam balançando. Nossos dedos começarão a brincar com uma caneta ou tocar em um anel. Nós temos o a necessidade de ir ao banheiro, mesmo que já tenhamos ido três vezes nos últimos cinco minutos. Falar em público é um exemplo perfeito deste tipo de estresse. Podemos sentir tensão nas pernas, a voz pode ficar instável, até ter palpitações, a essa altura a cabeça provavelmente está uma bagunça, incapaz de pensar direito. À noite, a insônia é comum. Tudo isso é nada mais do que o nosso cérebro reptiliano nos dizendo: - Corra por sua vida, amigo! Lutar Quando o cérebro reptiliano vai para a opção de luta, nosso objetivo é intimidar, nos tornando agressivos. Sim, mas é uma agressão defensiva. No geral, temos uma sensação de superioridade. Então, como isso aparece? Agora tente lembrar de um argumento que você possa ter usado recentemente. Lutar é tudo sobre poder. A tensão começa a se acumular. É uma tensão geral, com um foco particular no pescoço, braços e mandíbula. A voz será mais alta e mais articulada. Os movimentos se tornarão maisfortes também. Nesses momentos, não teremos absolutamente nenhuma paciência. Nossos olhos não vão w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 5 d e 2 4 soltar o alvo. Apertar os olhos, mesmo que ligeiramente, é comum. Isso ajuda a se concentrar no alvo. Estamos em modo de luta, precisarmos acertar alguns golpes no oponente. Congelar / Paralisar A terceira maneira de expressar o estresse é através da estratégia de congelamento. Você pode dizer que o seu cãozinho não vai lutar contra as explosões dos rojões ou fogos de artifício. Ele só quer que isso pare. Ele tem medo de se tornar pequeno no modo congelar. Nesta estratégia, o objetivo é procurar proteção. Não estamos nos sentindo capazes de lidar com a situação por nós mesmos, então nos sentimos desmoralizados. A atitude geral é de desamparo. Nós não podemos fazer isso sozinhos, nós precisamos de ajuda. Então, como isso aparece? Congelando / Paralisando. É tudo sobre vulnerabilidade. Todo o nosso corpo está diminuído. A fala sai com a voz mais baixa, mais pausada, até com menos palavras. Chorar é comum aqui. O nível de energia atingirá o fundo do poço, nos sentiremos extremamente cansados. Pode até sentir dificuldades para respirar. O cérebro reptiliano está no controle quando percebe um perigo. Dependendo da situação, nosso cérebro reptiliano escolhe uma estratégia. Cada pessoa acaba mostrando as três reações de estresse, mesmo que a maioria de nós tenha algo como uma resposta preferida ao estresse. As únicas três maneiras pelas quais nosso cérebro reptiliano pode reagir é fugir, lutar ou congelar. Em outras palavras, isso nos colocará em um estado de confusão, agressão ou desmoralização. Nos três estados, não estamos no controle total de nossas habilidades: mental, física ou emocional. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 6 d e 2 4 Os 10 Sabotadores Teste: https://www.companhiadasletras.com.br/testeinteligenciapositiva https://www.companhiadasletras.com.br/testeinteligenciapositiva w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 7 d e 2 4 O Juiz / Crítico O Mestre Sabotador O juiz é o sabotador universal que aflige a todos. É aquele que repetidamente aponta os erros ou deficiências, avisa-o obsessivamente sobre riscos futuros, acorda-o no meio da noite preocupado, deixa-o fixado no que há de errado com os outros ou com a sua vida, etc. Seu juiz é seu maior inimigo interno, ativa seus outros principais sabotadores, causa muito estresse e infelicidade e reduz sua eficácia. Conquiste seu juiz para que você possa conseguir mais enquanto se diverte ao longo do caminho. O juiz usa um ou mais sabotadores "cúmplices" para roubar sua mente. Acha defeitos em si mesmo, nos outros e nas circunstâncias. Provoca a maior parte da nossa decepção, raiva, arrependimento, culpa, vergonha e ansiedade. Ativa Sabotadores cúmplices. • Em si mesmo: se atormenta por erros passados e falhas atuais. Nos outros: se concentra no que está errado nos outros, em vez de apreciar as coisas boas. Faz comparações do que é superior e inferior. • Circunstâncias: insiste que uma circunstância ou resultado é “ruim” em vez de ver como dádiva e oportunidade. Toda culpa, arrependimento e decepção vêm do Crítico. Muito da raiva e da ansiedade é instigado pelo Crítico. O Insistente Leva a necessidade de perfeição e de ordem às últimas consequências, gerando, mais uma vez, ansiedade e nervosismo. Saber a hora de parar de insistir se torna, neste ponto, tão importante quanto a decisão de começar. • Perfeccionismo e necessidade de ordem e organização levadas longe demais. • Pontual, metódico, perfeccionista. Pode ser irritável, tenso, teimoso, sarcástico. Altamente crítico de si mesmo e dos outros. Forte necessidade de autocontrole e autocontenção. Trabalha além do necessário para compensar a negligência e a preguiça dos outros. É altamente sensível a críticas. Odeia erros. • Frustração constante e decepção consigo mesmo e com os outros por não alcançar os altos padrões. Angustiado por medo de os outros estragarem a ordem e o equilíbrio que ele criou. Tons sarcásticos ou hipócritas. Raiva e frustração contidas. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 8 d e 2 4 O Prestativo Obriga o indivíduo a correr atrás de aceitação e de elogios dos outros. Ao tentar agradar sempre, porém, ele perde de vista as próprias necessidades e se ressente. • Tentativa indireta de conseguir aceitação e afeição por meio de ajuda, agrado,resgate ou elogio a outros. Perde as próprias necessidades de vista e se torna ressentido como resultado. • Tem uma forte necessidade de ser amado e tenta conseguir isso ajudando, agradando, resgatando ou elogiando outras pessoas. • Precisa se certificar com frequência da aceitação e afeição dos outros. Não consegue expressar as próprias necessidades aberta e diretamente. Faz isso de maneira indireta, deixando as pessoas se sentirem obrigadas a retribuir. O Hiper-realizador Este é o perfil sabotador que diz ao indivíduo que ele só é digno de validação e respeito se tiver desempenho excelente e realizações constantes. • Quem aí nunca se sentiu um workaholic antes? Será que vale a pena? • Dependente de desempenho e realizações constantes para respeito próprio e autovalidação. Altamente concentrado em sucesso externo, o que leva a tendências workaholic insustentáveis e perda de contato com necessidades emocionais e de relacionamento mais profundas. • Competitivo, atento a imagem e status. • Bom em disfarçar inseguranças e mostrar uma imagem positiva. • Adapta a personalidade para se encaixar ao que seria mais impressionante para os outros. Orientado para os objetivos e com traços de vício em trabalho. • Mais dedicado a aperfeiçoar a imagem pública do que à introspecção. Pode se autopromover. Mantém as pessoas a uma distância segura. Não gosto de insistir em sentimentos por muito tempo. Eles me distraem na realização de objetivos. Às vezes me sinto vazio e deprimido, mas não passo muito tempo pensando nisso. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 9 d e 2 4 Preciso me sentir bem-sucedido. É isso que importa. Sinto-me valioso por meio de minhas realizações. A intimidade com outros pode permitir que eles vejam que não sou tão perfeito quanto a imagem que divulgo. A Vítima Para ganhar atenção e afeto, este inimigo da mente incentiva reações temperamentais e emotivas em qualquer situação adversa. • Emocional e temperamental para conquistar atenção e afeição. Foco extremo em sentimentos internos, principalmente os dolorosos. Tendência para mártir. • Se criticado ou mal-compreendido, tende a se recolher, fazer beicinho e emburrar. Bastante dramático e temperamental. Quando as coisas ficam difíceis, quer desmoronar e desistir. Sufoca a raiva, o que resulta em depressão, apatia e fadiga constantes. Inconscientemente ligado a ter dificuldades. • Recebe atenção tendo problemas emocionais ou sendo temperamental e mal-humorado. Tende a remoer sentimentos negativos por muito tempo. Se sente sozinho e solitário, mesmo quando perto de pessoas íntimas. Sentimentos de melancolia e abandono. Inveja e comparações negativas. O Hiper-racional Colocar a racionalidade acima de tudo, até dos relacionamentos, é a função deste sabotador da mente. Ele alimenta uma impaciência às emoções alheias e faz com que elas sejam vistas como indignas de consideração. • Foco intenso e exclusivo no processamento racional de tudo, incluindo relacionamentos. • Pode ser percebido como frio,distante e intelectualmente arrogante. • Possui uma mente intensa e ativa, às vezes passa por intelectualmente arrogante ou dissimulado. É reservado e não deixa muitas pessoas conhecerem seus sentimentos mais profundos. Em geral, mostra os sentimentos por meio de paixão pelas ideias. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 0 d e 2 4 • Prefere apenas observar a loucura que o cerca e analisar de longe. • Pode perder a noção do tempo graças à intensa concentração. • Tendência forte para ceticismo e debate. Frustrado pelos outros serem emocionais e irracionais. Ansioso para preservar tempo pessoal, energia e recursos contra invasões. Se sente diferente, sozinho e incompreendido. Costuma ser cético e cínico. O Hipervigilante O estado de alerta constante gera uma grande carga de estresse que cansa não só o próprio indivíduo, mas também quem está perto. Será que a vigilância sem trégua é a melhor forma de evitar que situações ruins aconteçam? • Ansiedade contínua e intensa quanto a todos os perigos da vida e grande foco no que • pode dar errado. Vigilância que nunca pode descansar. • Sempre ansioso, com dúvidas crônicas sobre si mesmo e os outros. • Sensibilidade extraordinária a sinais de perigo. • Expectativa constante de contratempos e perigo. • Desconfia do que os outros estão fazendo. A expectativa é de que as pessoas vão estragar tudo. Pode procurar tranquilidade e orientação em procedimentos, regras, autoridades e instituições. Cético, até mesmo cínico. Costuma ser ansioso e altamente vigilante. A vida é cheia de perigos. Se eu não ficar alerta, quem vai ficar? O Inquieto Perder o foco e a apreciação pelo que está acontecendo agora é a grande ameaça para quem se deixa levar por ele. Inquieto; em constante busca de maior excitação na próxima atividade ou se ocupando constantemente. Raramente fica em paz ou satisfeito com a atividade do momento. • Distrai-se facilmente e pode ficar muito disperso. • Permanece sempre ocupado, executando muitas tarefas e planos diferentes. • Procura excitação e variedade, não conforto e segurança. • Salta (foge) de sentimentos desagradáveis muito rapidamente. • Procura novos estímulos constantes. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 1 d e 2 4 Impaciente com o que está acontecendo no presente. Quer saber o que vem depois. Tem medo de perder experiências que valham mais a pena. Se sente inquieto e quer mais e mais opções. O Controlador Estar no comando, dirigir ações e controlar situações é a maior necessidade deste perfil sabotador. • Necessidade baseada em ansiedade de assumir a responsabilidade e controlar situações, • forçando as ações das pessoas à sua própria vontade. Resulta em alta ansiedade e impaciência quando não é possível. • Forte necessidade de controlar e assumir responsabilidade. Conecta-se com outros por meio de competição, desafio, atos físicos ou conflitos, em vez de por emoções mais delicadas. • Determinado, confrontador e direto. Leva as pessoas além de suas zonas de conforto. • Ganha vida quando faz o impossível e contraria a probabilidade. • Estimulado por conflitos e conectado por meio deles. Surpreso por os outros se magoarem. • Intimida os outros. A comunicação direta é interpretada pelos outros como raiva ou crítica. Sente alta ansiedade quando as coisas não transcorrem como ele quer. Fica com raiva e intimidado quando os outros não o seguem. Impaciente com os sentimentos e estilos diferentes dos outros. Sente-se magoado e rejeitado, embora raramente admita. O Esquivo Este sabotador incentiva a mente a adiar soluções e evitar conflitos, por mais que eles sejam necessários. • Foco no positivo e no agradável de uma forma extrema. Fuga de tarefas e conflitos difíceis e desagradáveis. • Evita conflitos e diz sim para coisas que não deseja realmente. Minimiza a importância de alguns problemas reais e tenta rechaçar outros. Tem dificuldade em dizer não. Resiste aos outros por meios passivo- agressivos, em vez de diretamente. Perde-se em rotinas e hábitos reconfortantes; procrastina as tarefas desagradáveis. • Isso é desagradável demais. Talvez, se eu deixar de lado, o problema se resolva sozinho. Se eu cuidar disso agora, vou magoar alguém. Prefiro não w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 2 d e 2 4 fazer isso. Se eu entrar em conflito com outros, posso perder minha ligação com eles. Encontrei um equilíbrio. Não quero mexer nele. • Prefiro fazer as coisas do jeito que alguém quer a criar uma confusão. Tenta permanecer equilibrado. Sente ansiedade pelo que foi evitado ou procrastinado. Tem medo que a paz conquista com dificuldade seja interrompida. Reprime raiva e ressentimento. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 3 d e 2 4 Manejo de Conflito Ordenar as cinco alternativas de ação em cada um dos quatro casos a seguir descritos, desde a mais desejável (5 pontos) para resolver a situação de conflito, até a menos desejável (1 ponto) para isso. Ranqueia as 5 alternativas conforme o que você faria. CASO UM Pedro é operador-chefe de uma máquina de produção de moldes. Recentemente, notou que um dos homens que operam outra máquina tem vindo sempre conversar com um de seus subordinados em horário de trabalho. A eficiência do subordinado de Pedro parece estar diminuindo e aparecem algumas rejeições de material decorrentes da falta de atenção desse subordinado. Pedro pensa que detectou algum ressentimento por parte do resto da turma. O que você faria se fosse Pedro? A___ Diria ao seu subordinado para reduzir suas conversas durante o período de trabalho. B___ Pediria ao encarregado que dissesse ao operador-chefe da outra máquina para manter seus operadores sob controle. C___ Confrontaria os dois homens da próxima vez que os visse juntos (bem como o outro operador-chefe, se necessário), para saber o que estão pretendendo e dizer-lhes o que você espera de seus operadores. D___ Não faria nada. É bobagem fazer confusão por tão pouco. E___ Tentaria colocar o resto da turma à vontade. É importante que todos trabalhem em harmonia. CASO DOIS Sueli é inspetora sênior de controle de qualidade (CQ) e foi designada chefe de grupo entre seus colegas de CQ. Em ocasiões distintas, dois deles trouxeram-lhe sugestões diferentes sobre como relatar os resultados do teste dos operadores de máquina. Paulo prefere primeiro enviar os resultados do teste ao supervisor e depois ao operador-chefe da máquina, partindo do princípio de que o supervisor é a pessoa responsável pela produção. Joaquim acha que os resultados deveriam ser encaminhados diretamente para o operador-chefe da máquina, porque este é quem deve tomar medidas corretivas w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 4 d e 2 4 o mais rapidamente possível. Ambas as ideias parecem boas e Sueli não conseguiu encontrar, em seu departamento, qualquer norma específica sobre como encaminhar os relatórios. Se você fosse Sueli: A____ Decidiria quem está certo e pediria à outra pessoa para concordar com a decisão (talvez estabelecesse essa rotina por escrito). B____ Esperaria para ver; a melhor solução certamente acaba aparecendo. C____ Diria a Paulo e a Joaquim para não se desentenderem sobre suas discordâncias, já que o assunto não é tão importante. D____ Colocaria Paulo e Joaquim juntos e examinaria ambas as ideias com o máximo de cuidado. E____ Enviaria o relatório para o supervisor com uma cópia para o chefe (mesmo que isso pudesse significar um pouco mais de trabalho para o CQ) CASO TRÊS Rafael é chefe de um setorcomposto por quatro máquinas muito complexas e caras, e integrando ainda por cinco membros da equipe. O trabalho é meticuloso e qualquer desatenção ou procedimento impróprio pode causar um erro dispendioso ou um ferimento sério. Rafael suspeita que um de seus homens esteja usando drogas no trabalho. Ele acha que tem fortes indicações quanto a isso, mas sabe que não tem provas cabais. Se você fosse Rafael: A_____ Confrontaria o homem abertamente, narrando-lhe a sua suspeita e suas razões para tê-la, dizendo também que está preocupando com ele e com a segurança dos demais membros da equipe. B____ Pediria ao suspeito da transgressão para se abster de seu vício, pois durante o período de trabalho suas atividades devem concentrar-se exclusivamente em sua ocupação. C____ Não confrontaria a pessoa agora, pois esse confronto poderia resultar em desmotivação ou forçá-la a continuar secretamente. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 5 d e 2 4 D____ Explicaria ao homem a "realidade da vida"; diria a ele que o que ele faz é ilegal e perigoso e que, caso seja apanhado, você fará tudo o que puder para que ele seja despedido. E____ Manteria vigilância sobre o homem para evitar que expusessem os outros a perigos. CASO QUATRO Carmem Lúcia é chefe de uma turma de produção. Durante os períodos de testes de produtos em máquinas especiais, a seção de desenvolvimento de produtos tem desviado operadores das equipes de produção para aumentar sua própria equipe. Isso tem gerado poucos inconvenientes para as equipes de produção, uma vez que as demandas têm sido pequenas, temporárias e esporádicas. Ultimamente, entretanto, tem sido quase constante a solicitação de quatro operadores. Os demais membros da equipe de produção são forçados a cobrir a falta do pessoal requisitado, com trabalho mais duro e com a redução dos descansos. Se você fosse Carmem Lúcia: A____ Deixaria passar despercebido; a crise provavelmente acabaria logo. B____ Tentaria encobrir o fato para seu próprio pessoal e para o chefe de desenvolvimento; "temos coisas a fazer e não podemos arcar com o conflito". C____ Permitiria a seção de desenvolvimento de produtos usarem apenas dois dos quatro operadores requisitados. D____ iria até o Supervisor de desenvolvimento de produtos ou a seu encarregado e discutiria sobre como essas requisições adicionais de operadores poderiam ser mais bem acolhidas sem comprometer a produção. E____ Iria ao supervisor de produção (seu chefe) e obteria dele o cancelamento da solicitação da seção de desenvolvimento de produtos. Repasse a pontuação para a tabela abaixo. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 6 d e 2 4 Utilização dos Diferentes Estilos de Administração de Conflitos Impor: Deve ser utilizado em situações em que há pressão de tempo, quando há necessidade de tomar medidas impopulares, mais inevitáveis e para enfrentar um oponente que se aproveitaria de uma posição menos firme de nossa parte. O estilo “impor” tem como sentença: “vamos fazer do meu jeito” ou “fazer valer os meus direitos” ou “o ganho a qualquer custo”. Este estilo envolve uma postura mais direcionada à assertividade do que à cooperação, refletindo uma orientação ao poder e à influência, ou seja, a pessoa utiliza meios que lhe parecem apropriados para impor a sua posição. Significa que uma pessoa se coloca em defesa de seus direitos, em defesa de uma posição que acredita ou simplesmente tenta que sua visão seja adotada. Os meios utilizados para “impor” a opinião podem ser pela sua capacidade de argumentar, debater, estar muito bem informado, sabendo comunicar o porquê das decisões que tomará. Nas situações de conflitos, a pessoa quer saber como e quando os fatos, evidências e sinais ocorrem e expõe suas opiniões e sentimentos sem qualquer receio. Assume posições firmes e não é facilmente intimidada. A primeira ênfase é assegurar que suas ideias e visão sejam aceitas pela outra parte. Refle- te um compromisso com um ponto de vista e uma tentativa de convencer a outra pessoa dos méritos de sua posição. O maior risco é as partes aumentarem a relação conflituosa por uma disputa competitiva e não chegarem a uma solução consensual. Ou chegarem a uma decisão em que poderá existir “falso consenso” momentâneo, gerando posteriormente várias consequências ineficazes. Caso 1 R 2 R 3 R 4 R Total Negociar A E B C Impor B A D E Integrar C D A D Suavizar E C E B Evitar D B C A w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 7 d e 2 4 Negociar: Quando os objetivos são importantes e não há condições favoráveis para explorar a questão a fundo; quando ambas as partes são igualmente fortes e estão perseguindo objetivos mutuamente exclusivos; para obter um acordo provisório em assuntos complexos e como recurso de apoio quando falham a confrontação ou a imposição. Integrar: Utilizamos este estilo quando queremos obter uma solução integradora que atenda ambas as partes; quando queremos conferir nossos pressupostos com os outros; para obter o envolvimento das partes na implementação da decisão e para acalmar sentimentos hostis que interferem no relacionamento. Na abordagem colaborativa, o gerente trabalha com as pessoas envolvidas para desenvolver uma solução vantajosa para todos. O foco em encontrar uma solução que atenda às necessidades de todos. Este estilo é apropriado quando: · A situação não é urgente · Uma decisão importante precisa ser feita · O conflito envolve muitas pessoas ou várias pessoas nas equipes · Tentativas anteriores de resolução de conflitos falharam O estilo “Colaborar” tem como sentença “quem sabe nós podemos trabalhar juntos” ou “duas cabeças pensam melhor do que uma”. Este modo envolve duas ou mais pessoas que confrontam um assunto e experimentam resolvê-lo de uma forma mútua e satisfatória para ambas. Cada pessoa tentará atingir sua meta, e desta forma, para obter sucesso, as partes envolvidas devem ser hábeis ao encontrar soluções que atendam a ambas as necessidades. Este modo requer explorar um desacordo em profundidade e requer o compartilhamento de pontos de vistas e de informação, numa atmosfera que encoraja a outra parte a ser franca e aberta, sendo por sua vez franco e aberto de sua parte. É um modo que requer criatividade de ambas as partes no sentido de obter sucesso. Sempre busca soluções integradas, prefere o aprendizado e interage nas percepções de cada parte. Busca agregar ideias, ganhando comprometimento e sustentando relacionamentos no longo prazo. As suas habilidades residem em saber escutar, ter bom trânsito de comunicação e empatia. Sabe lidar com as diferenças, sem w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 8 d e 2 4 se sentir ameaçado por elas e sem fincar posições defensivas. As partes em geral superam a fase de barganha posicional e investigam os interesses que estão servindo. Suavizar: Quando você reconhece que está errado e que deve deixar a outra parte prevalecer; quando o assunto é muito mais importante para a outra parte do que para você e para preservar o relacionamento e a harmonia, ou ganhar "créditos" outra ocasião. O estilo “CEDER” tem como sentença “eu enxergo seu ponto de vista” ou “será meu prazer”. Segundo o estilo prestativo, uma pessoa está desejosa de concordar com a outra porque ela enxerga o ponto de vista do outro ou porque ela enxerga benefícios em concordar no curto ou no longo prazo com a outra parte, tal como preservar um relacionamento no futuro. Este modo implica forte consideração pela visão da outra parte e de alguma forma menos consideração com os objetivos próprios. Reconhece o próprio erro, facilita o aprendizado e o desempenho de todos e encoraja outros à tomada de risco. São sujeitosque “dão espaço para o outro”, muitas vezes em detrimento de seu próprio espaço. Evitar: Quando o assunto é trivial e não justifica o esforço ou empenho em tentar resolvê-lo; o conflito se resolverá por conta própria em breve para deixar que os ânimos esfriem e as tensões se reduzam e para ganhar tempo e obter mais informações ou apoio. As pessoas que usam esse estilo tendem a aceitar decisões sem questionar, evitam confrontos e delegam decisões e tarefas difíceis. Evitar é outra abordagem passiva que normalmente não é eficaz, mas tem seus usos. Este estilo não é apropriado quando: · A questão é importante para você ou sua equipe · O conflito irá piorar sem atenção O estilo “Evitar” tem como sentença “melhor deixar a situação se acalmar antes de agir” ou “vou pensar nisso amanhã”. Este modo envolve “não fazer nada” diretamente sobre a questão quando ela surge, mas experimentando um período de colocar “panos w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 1 9 d e 2 4 quentes” para abafar ou acalmar a situação, adiando o conflito até que as partes estejam menos propícias a perder o controle. Também é um estilo que se aplica em questões de pouca importância. Este modo coloca a resolução do conflito no futuro, com a visão de que o tempo irá contribuir para resolver o problema, ou que as pessoas estarão mais integradas se evitam o conflito no início. Suas habilidades estão em saber bater em retirada nos momentos certos, colocando-se de lado ou em posição de recuo. Prefere aguardar o momento certo ou age por procrastinação. Na maioria das vezes um conflito não resolvido se fixa e inflama até que arrebente num grave incidente no grupo. Resposta do exercício manejando o conflito Caso 1 A- Negociar B- Impor C- Integrar D- Evitar E- Suavizar Caso 2 A- Impor B- Evitar C- Suavizar D- Integrar E- Negociar Caso 3 A- Integrar B- Negociar C- Evitar D- Impor E- Suavizar Caso 4 A- Evitar B- Suavizar C- Negociar D- Integrar E- Impor w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 2 0 d e 2 4 Tipologia de Conflitos 1. Proteção de Autoestima: Conflitamos porque nosso orgulho foi ferido 2. Valores: Conflitamos porque nossos valores e crenças foram ameaçados 3. Identidade: Conflitamos porque o problema afeta à minha maneira de ser 4. Informação: Conflitamos por algo dito e que entendemos de forma diferente 5. Expectativas: Conflitamos porque algo nos decepcionou ou não se cumpriu o prometido 6. Adaptação: Conflitamos porque mudança nos causa tensão 7. Atribuição: Conflitamos porque o outro não assume sua responsabilidade ou culpa a situação 8. Inibição: Conflitamos porque certamente está com o outro o poder de resolver 9. Poder: Conflitamos porque alguns de nós deseja mandar, conduzir ou controlar o outro 10. Normas: Conflitamos porque vai contra a lei ou os costumes sociais 11. Incompatibilidade pessoal: Conflitamos porque não nos entendemos como pessoas 12. Legitimidade: Conflitamos porque o outro não está autorizado a atuar dessa maneira nem hoje nem nunca 13. Recursos Escassos: Conflitamos por algo que não é suficiente para todos 14. Estrutura: Conflitamos porque a solução requer tempo, um esforço significativo e muitos recursos que vão além das nossas possibilidades 15. Interesses: Conflitamos porque nossos desejos e interesses seguem direções opostas 16. Justiça: Conflitamos porque consideramos a ação ou conduta dos outros extremamente injusta C O N S E G U IR M A N T E R S E G U IR S E R w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 2 1 d e 2 4 Os Perigos Da Comparação *Patrícia Santos, consultora, escritora e especialista em Gerenciamento da Raiva Faz parte da natureza humana olhar para a grama verde do vizinho e sentir uma ponta de ciúmes. A comparação é uma das maneiras mais fáceis de se sentir mal consigo mesmo, ver o que os outros estão fazendo nas mídias sociais, no trabalho, e se comparar desfavoravelmente, e constantemente, com essas pessoas. Todo mundo parece mais talentoso, mais bonito, com um cargo melhor, uma linda casa ou apenas, parece estar se divertindo mais na vida. Essas comparações negativas são o caminho para a infelicidade. Elas fazem você se sentir inadequado e inferior e, às vezes, até injustiçado. Elas fazem com que você tome más decisões, aumentam o estresse, a ansiedade e causam até depressão. A comparação pode ser perigosa quando: 1- Você vê o resultado, não o esforço. Todas as escolhas geram consequências boas e ruins. 2- Você não é o outro Comparar-se aos outros significa comparar o que vê nos outros com o que sabe sobre si mesmo. As coisas sempre parecem melhores por fora do que por dentro. As pessoas costumam colocar uma imagem parecendo melhor para o mundo do que se sentem por dentro. Além disso, essas versões nunca são a versão completa. Perceba que os outros também são seres humanos e que eles, como você, têm pontos fortes e fracos. 3- Você não é a pessoa com quem você se compara Você é único, todo mundo tem pontos fortes e pontos fracos diferentes. Somos todos especiais em nossas maneiras únicas. 4- Você perde tempo Por que se preocupar com o que os outros fizeram quando você pode tomar medidas para melhorar a si mesmo? Seu objetivo não é estar entre os 75% melhores de algumas habilidades, mas simplesmente ser o melhor que você pode ser. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 2 2 d e 2 4 5- A comparação mata a alegria da conquista Quando você tenta coisas novas, como mudanças de hábito, há uma alegria que vem de suas realizações. Digamos que você comece um hábito de caminhar e se compara negativamente a alguém que corre maratona, estará sempre para trás e não se alegrará com as metas e realizações muito importantes que está fazendo. Antes de poder fazer qualquer alteração real, você precisa aceitar onde está e seguir seu ritmo. Não tente viver um ideal de onde você “deveria estar”. Aceitação é a chave para o crescimento. 6- A comparação coloca o foco na pessoa errada Quando você se compara aos outros, concentra-se na outra pessoa - o que eles fizeram, o que alcançaram e o que fazem. Mas você não tem controle sobre essa outra pessoa. Tudo que você pode controlar é você. E a única pessoa com quem você deve se comparar é com quem você era anteriormente. Se você está melhorando, isso é tudo o que importa. Por isso, é importante ficar atento aos seus pensamentos quando começar a se comparar com as outras pessoas. A vida não é uma competição e sim uma jornada. Foco no que você quer fazer e para onde quer ir. Decida que sua energia será usada para acreditar, não duvidar de si e criar e não para se destruir. Concentre-se em você. Concentre-se em regar a grama e em construir o seu caminho. Concentre-se em ser o melhor que você pode ser e compartilhe isso com o resto do mundo. Sobre Patrícia Santos Consultora, escritora e palestrante, docente em cursos de pós-graduação em diversas instituições pelo país. É especialista em Anger Management (Gerenciamento da Raiva), pela National Anger Management Association – NAMA de Nova Iorque, EUA, onde também é fellow. É coautora do livro “Raiva, quem não tem?”. A obra é um verdadeiro crossfit emocional que não só discorre sobre o tema, mas também ensina o leitor a medir, encarar, transformar e a seguir em frente. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 2 3 d e 2 4 Como lidar com fortes emoções em épocas turbulentas por Patricia Santos Você já sentiu irritação ou raiva alguma vez? Você observa que há muita tensão no trânsito, nas filas, no ambiente de trabalho? Percebeque há muita violência no Mundo? Se suas respostas foram afirmativas você irá se interessar pelas próximas linhas. Muitas pessoas acham que a raiva é uma emoção negativa. Porém, esta emoção é parte integrante da experiência humana e pode ser trabalhada a nosso favor. Lidar com pessoas irritadas em nossa sociedade está se tornando cada vez mais desafiador. Existem dias que parece que a raiva nos rodeia em casa, no trabalho, nas estradas e em eventos desportivos. É fácil ser contaminado por um ambiente onde a raiva está presente, com trocas de alfinetadas infindáveis, que geralmente perturba a todos e não resolve o problema. A raiva é uma emoção poderosa. Ela pode variar de irritação leve a raiva intensa. Vem acompanhada de mudanças biológicas em seu corpo. Quando você fica com raiva, há um aumento dos batimentos cardíacos e da pressão sanguínea e os hormônios do estresse são liberados. Isto pode causar tremores, suor quente. Você pode perder o controle e experimentar uma variedade de outros sintomas desconfortáveis. Quando as pessoas sentem raiva, elas, frequentemente, se comportam de maneira agressiva. Comportamentos raivosos incluem: gritar, jogar coisas, criticar, ignorar, atacar e, às vezes, se retirar e não fazer nada. A raiva pode levar à violência se não for devidamente controlada. Algumas pessoas usam a raiva como desculpa para serem abusivas em relação aos outros. A violência e o comportamento abusivo dão poder e controle sobre o outro através da intimidação. Por que ficamos com raiva? A raiva é frequentemente associada à frustração. As coisas nem sempre acontecem da maneira que queremos e as pessoas nem sempre se comportam da maneira como nós pensamos que elas deveriam. A raiva é geralmente associada a outras emoções negativas ou é uma resposta a elas. Você pode estar se sentindo magoado, assustado, decepcionado, preocupado, constrangido ou frustrado, e pode expressar esses sentimentos como raiva. A raiva também pode ser resultado de mal-entendidos ou falta de comunicação entre as pessoas. Homens e mulheres, geralmente, administram e expressam a raiva de maneiras diferentes. Com os homens, a raiva pode ser a emoção primária, visto que muitos homens acreditam que a raiva é a emoção mais legítima de expressar seu poder e masculinidade. Muitas vezes os homens têm mais dificuldade para expressar os sentimentos por trás da ira, como mágoa, tristeza ou sofrimento. Para as mulheres, o inverso pode muitas vezes ser verdade - a raiva fica afogada em lágrimas. Quando a raiva é um problema? A raiva se torna um problema quando ela cria dificuldades para você na esfera dos relacionamentos, no seu trabalho, prejudicando sua saúde, sua vida ou gerando problemas com a lei. A raiva também é um problema quando as outras pessoas ao seu redor estão com medo, mágoa ou sentem que não podem falar com você ou discordar de você. w w w . p a t r i c i a s a n t o s . c o m . b r P á g i n a 2 4 d e 2 4 Respire, inspire e não pire! Aprenda a gerenciar a raiva. Gerenciar esta emoção é reconhecê-la quando ela se manifesta e responder de uma maneira saudável e socialmente apropriada. É um processo que resulta em um aumento do nível de energia, relacionamentos fortalecidos, melhora a saúde mental e física, e aprimora a autoestima. Aprender a administrar a raiva não é algo que ocorre num piscar de olhos. É um longo percurso a ser percorrido, mas lembre-se: “Não é para ser fácil, é para valer a pena!” Algumas dicas para relaxar e conseguir apaziguar o turbilhão de emoções: • Respire fundo • Dê uma pausa • Busque soluções • Aconselhe-se • Exercite-se • Mude de cenário • Perdoe • Ria de si mesmo • Conte até 10 • Pense antes de responder • Ouça música • Use um saco de pancada “Se você for paciente em um momento de raiva, evitará cem dias de tristeza.” (Provérbio Chinês) PRÁTICAS DE EQUILÍBIO E RESTAURAÇÃO MAYTA LOBO Graduada em Direito, Mestre em Psicologia, mediadora de conflitos, facilitadora de diálogos e de círculos restaurativos. Professora universitária. Coordenadora de Pós-graduação em Psicologia Jurídica. Sócia-fundadora da Dialogação – consenso e conexão. Autora dos livros: Justiça Restaurativa na Escola - Aplicação e Avaliação do Programa, editora Juruá, 2014. Socioeducação- Introdução à Justiça Restaurativa, editora Contentus, 2020. Resolução de Conflitos - dialogando com a Cultura de Paz e o Modelo Multiportas, editora InterSaberes, 2020. AULA 5 CONFLITO E COMUNICAÇÃO O que é o conflito? • Que IDEIAS vêm a sua mente? • Quais são as EMOÇÕES E OS SENTIMENTOS que você sente em uma situação conflituosa? • E quais as REAÇÕES que você tem diante de um conflito? • O conflito é bom ou é ruim? • Temos a possiblidade de escolher como iremos lidar com ele: condutas danosas ou comportamentos construtivos Então, na verdade o conflito em si não é negativo É o que entende a nova teoria do conflito • O conflito configura uma situação de divergência em razão de ideias, interesses, crenças, objetivos ou pontos de vista PERCEBIDOS como mutuamente incompatíveis. 1 – LUTA – agredir física ou verbalmente (DISCUTIR / DEBATER) 2 – FUGA – ignorar / não mexer (FUGIR) 3 – DIALOGAÇÃO – GESTÃO - ter consciência dos sentimentos e necessidades (DIALOGAR) 1 – LUTA – agredir física ou verbalmente (DISCUTIR / DEBATER) *CUSPIR FOGO *AGRESSÃO - Percepção de inimigo - Busca pela vitória - Um em detrimento do outro 2 – FUGA – ignorar / não mexer (FUGIR) *ENGOLIR SAPO *CESSÃO Modelos de gestão destrutivos *constroem muros 3 – DIALOGAÇÃO – GESTÃO - ter consciência dos sentimentos e necessidades (DIALOGAR) É um CONVITE para o outro conhecer a minha ideia e não para concordar com ela Modelo de gestão construtivo / colaborativo *constrói pontes *Flexibilização – mudança de paradigma (jogo de tênis ou frescobol) 3 – DIALOGAÇÃO Coautoria da solução • Benefício mútuo – contemplação mútua • Ganha-ganha (a perda também tem um ganho) • Desconstrução do conflito • Reconstrução da relação • Coconstrução e conexão Qual a origem do conflitos? TEORIA DA COMUNICAÇÃO Comunicação é um processo de transmissão de uma informação de uma pessoa para outra, sendo então compartilhada por ambas. MODALIDADES: 1 - Comunicação VERBAL 2 - NÃO VERBAL • Silencio – também comunica - É impossível não comunicar (aximoma) ELEMENTOS: 1 – Emissor 2 – Transmissor 3 – Destinatário 4 – Receptor 5 - Canal COMUNICAÇÃO ALIENANTE: • é aquela que gera desconexão a partir da: - desconsideração do outro, - dos julgamentos, rótulos - das comparações e - da negação de responsabilidades. Muito obrigada pela oportunidade de troca e contribuição. Mayta Lobo mayta@dialogacao.com.br @dialogacao_ mailto:mayta@dialogacao.com.br AULA 6 COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA CNV O que não é? “A CNV nos ajuda a reformular a maneira pela qual nos expressamos e ouvimos o outro. Nossas palavras em vez de serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas conscientes, firmemente baseadas na consciência do que estamos recebendo, sentindo e desejando. Somos levados a nos expressar com honestidade e clareza, ao mesmo tempo que damos aos outros uma atenção respeitosa e empática. Em toda troca, acabamos escutando nossas necessidades mais profundas e as dos outros.” Marshall Rosenberg (06/10/1934 - 07/02/2015) “O que podemos fazer para enriquecer a vida uns dos outros” PROPÓSITO DA CNV • A CNV é baseada nos princípios da não- violência – o estado natural de compaixão quando a não-violência está presente no coração. • A CNV começa por assumir que somos todos compassivos por natureza e que estratégias violentas - se verbais ou físicas - são aprendidas, ensinadas e apoiadas pela cultura dominante. ORIGENS DA CNV Expressar (com autenticidade) Receber/escutar (com empatia e respeito) Conexão(criar significado juntos) ETAPAS DA CNV Aceitação incondicional (aceitar é diferente de concordar) Empatia (reconhecer e expressar a perspectiva e as emoções do outro) Coerência ou autenticidade (reconhecer e expressar com honestidade as próprias emoções e pontos de vista) BASES DA CNV Observação (descrição do fato observável) Sentimentos (com empatia e respeito) Necessidades (criar significado juntos) Pedidos (propostas claras, específicas e realizáveis) PASSOS DA CNV AULA 7 JUSTIÇA RESTAURATIVA Justiça Restaurativa é um processo para envolver tanto quanto possível, todos aqueles que têm interesse em determinada ofensa, num processo que coletivamente identifica e trata os danos, necessidade e obrigações decorrentes da ofensa, a fim de promover o restabelecimento das pessoas e endireitar as coisas, na medida do possível. (Howard Zehr) A Justiça Restaurativa está fundada num conjunto de princípios e valores que concorrem na construção da cultura da paz. (Leoberto Brancher, 2008). As práticas restaurativas são estratégias para lidar com situações de danos, pelas quais os envolvidos em conflitos destrutivos chegam de forma autônoma a acordos, responsabilizando o agressor e reparando os danos causados a indivíduos e grupos, por diferentes formas de violência. Quando ocorre um DANO – uma VIOLÊNCIA – uma AGRESSÃO, qual lógica adotamos? RETRIBUTIVA ou RESTAURATIVA ??? PILARES DAS PRÁTICAS RESTAURATIVAS 1. DANOS E NECESSIDADES: Experiência autêntica, empática e reparadora para todos os envolvidos. PILARES DAS PRÁTICAS RESTAURATIVAS 2. RESPONSABILIDADE: O ofensor deve ser estimulado a compreender o dano que causou e entender as consequências de seu comportamento, assumindo responsabilidade de corrigir a situação na medida do possível – tanto concreta quanto simbolicamente. PILARES DAS PRÁTICAS RESTAURATIVAS 3. ENGAJAMENTO/PARTICIPAÇÃO: Todas as pessoas envolvidas (vítima, ofensor e comunidade), desempenham papéis significativos e, por isso, precisam de informações, colhimento, validação. FERRAMENTAS - METODOLOGIAS DAS PRÁTICAS RESTAURATIVAS • CNV • CÍRCULOS RESTAURATIVOS – PRÁTICAS CIRCULARES • MEDIAÇÃO Expressamente proibido a veiculação comercial deste material. USO EXCLUSIVO CURSO "CIÊNCIA DA FELICIDADE" PRÁTICAS DE EQUILÍBRIO E RESTAURAÇÃO Conflitos não são problemas Os benefícios dos conflitos Paz e conflitos Estratégia De Sobrevivência O Juiz / Crítico O Insistente O Prestativo O Hiper-realizador A Vítima O Hiper-racional O Hipervigilante O Inquieto O Controlador O Esquivo
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