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Aula 03 - Contrato de
Troca ou Permuta (Art.
533 CC/2002)
1) Conceito:
É o contrato pelo qual as partes se obrigam a prestar uma
coisa por outra, excluindo o dinheiro. É o contrato onde duas pessoas trocam bens entre si.
Obs.: O que diferencia a compra e venda da permuta é
a presença ou não de dinheiro.
Obs.: Qualquer objeto pode ser suscetível de troca.
- Móveis - Móveis;
- Móveis - Imóveis;
- Imóveis - Imóveis.
Coisa por coisa, direito por direito. Tudo que pode ser vendido pode
também ser trocado, desde que não haja a presença de dinheiro.
2) Classificação
Contrato Consensual O contrato se aperfeiçoa com o encontrode vontades. (Art. 482 CC/2002) Não depende da tradição do bem.
Contrato Bilateral Gera obrigações para ambas as partes. Transferir um para o outro a propriedade de determinada coisa.
Contrato Oneroso Gera vantagens para ambas as partes.
Contrato não solene A lei não impõe qualquer tipo de forma ou procedimento parasua celebração.
Atenção: Aplica o art. 108 CC/2002. Imóveis superior a 30 SM precisa de
instrumento público.
Contrato comutativo As prestações são certas e permitem as partes antever asvantagens e desvantagens que dele podem advir.
Há um equilíbrio. O elemento sorte, o elemento risco
(alea) não está previsto neste contrato.
3) Tratamento:
- Permutante para as duas partes. Cada permutante entrega ao outroalgo e recebe algo em troca.
Obs.: Cada um tem um ônus e um bônus e não está envolvido
dinheiro, porque senão seria compra e venda.
- Escambista
4) Observações Importantes
(Permuta X Compra e Venda):
a) Supletivamente aplica-se ao contrato de permuta
as regras do contrato de compra e venda.
- Objeto tem que ser lícito (Art. 104, II CC/2002)
- O valor da coisa é fixada pelos permutantes, só é proibido que alguém
imponha um valor ao outro. Art. 489 CC/2002.
b) Se houver imóvel envolvido e a
depender do regime de bem.
Precisa do consentimento do cônjuge do(s)
permutantes. Art. 1.647, I e 1.649 do CC/2002.
c) Risco da coisa permutada é de cada um até a entrega. (Art. 492
CC/2002) - Res perit domino
d) Objeto precisa ser comercializável, se não for não pode fazer
permuta. Art. 86 parte final CC/2002.
e) Débitos da coisa pertencem ao dono anterior. Art. 502 CC/2002. Ex.: IPVA.
f) A permuta de imóvel pode ser por corpo certo ou ad mensuram.
g) Se qualquer permutante perceber que o outro não vai entregar pode
pedir caução para garantir que vai receber o seu bem. Art. 495 CC/2002.
h) Se não for ajustado o local da troca, é onde estava cada objeto no momento do contrato, ou seja, em
último caso, cada um que se desloque até o outro para pegar o seu objeto. (Arts. 493 e 494 CC/2002)
i) Cada um dos permutantes responde por vício redibitório e evicção (Arts. 441 e 447 CC/2002) Obs.: No caso do vício redibitório só será possível requerer a resolução do contrato com a devolução da coisa que foi transferida, nãopodendo requerer o abatimento proporcional do preço através da ação estimatória, uma vez que não há um preço sendo pago.
j) Quem não pode comprar não pode permutar Ex.: Juiz permutar algum objeto que esteja julgando, leiloeiro não pode permutar aquilo que ele está leiloando, tutor ecurador não pode permutar aquilo que ele tem a guarda do tutelado ou do curatelado. Art. 497 CC/2002.
k) Cônjuge pode permutar bens particulares, ou seja, desde que não façam parte da massa comum (Art. 499 CC/2002)
l) Condômino de coisa pro indiviso (Art. 504 CC/2002) Pode permutar sua fração, desde que dê a preferência para os condôminos.
m) A coisa oferecida pode ser substituída por um protótipo, modelo, amostra, a coisa deve
corresponder ao que foi mostrado. Art. 484 CC/2002.
n) o permutante deve ser dono da coisa que está sendo trocada. (Art. 1.268 CC/2002) Se ele entrega sem ser o dono, mas depois ele se torna dono a permuta fica convalidada.
o) Cláusulas especiais pode ser aplicável à permuta Não há nada que impeça.
Retrovenda É possível fazer uma retropermuta com a possibilidade fazer uma retroca até 03 anos se for imóvel.
Permuta a contendo
Direito de Preferência
Permuta sobre documentos.
Cláusula de reserva de domínio Geralmente envolve dinheiro, mas se imaginar de uma reserva de domínio com uma garantia para queo outro vá entregar sua incumbência, é possível.
p) Pode ser objeto de troca coisa futura. Ex.: Permuta de um terreno por um apartamento na planta. O contrato de permuta é muito comum na incorporação imobiliária.
q) A doutrina entende que quando um dos contratantes faz a reposição parcial em dinheiro, a troca não se transmuda em
compra e venda, salvo se este valor em dinheiro representar mais da metade do pagamento.
A doutrina entende possível o contrato de troca ou permuta com a presença de dinheiro, desde que a
presença de dinheiro seja complementar, não podendo ultrapassa mais da metade que um dos contratantes
tem que cumprir.
r) É admitido na permuta a exceptio nom adimpleti contractus.
Não posso exigir que você me transfira a propriedade de alguma coisa sem eu ter cumprido a minha parte.
Cláusula solve et repete.
5) Quanto a forma
Imóvel superior a 30 SM precisa de escritura pública. (Arts. 107 e 108 CC/2002).
Imóvel abaixo de 30 SM e móvel por escrito.
6) Despesas da permuta As despesas relativas a registro, tradição, frete, transporte e documentação, pode ser pactuado. Visando o equilíbrio, a paridade que existe entre as prestações do contrato de permuta, no silêncio, soma todas as despesas edivide por 02. (Art. 533, I CC/2002)
7) Troca entre ascendentes e descendentes A valoração é subjetiva dos permutantes.
Então não há de se falar que não considera o contrato justo, que não vai homologar, porque o
que interessa é a valoração das partes.
Exceção: Quando envolve ascendente e descendente. (Art. 533, II CC/2002).
Se os bens tiverem valoração equivalente a troca é livre, ou seja,
ninguém precisa assinar, concordar.
Se os valores envolvidos forem diferentes/desiguais. É anulável. Precisa concordância do cônjuge do alienante do bem de maior valor edos herdeiros do outro bem (que está recebendo o bem de maior valor).
Isto é para não fazer de um contrato de permuta uma fraude a
sucessão, para que não favoreça o filho mais amado.
Atenção: O art. 496 CC/2002 dispõe que é anulável independente de qualquer valor. Aqui a troca entre descendente e ascendente é válida, exceto quando os bens forem de valores desiguais.
Aula 03 - Contrato de Troca ou Permuta (Art. 533 CC/2002)
1. 1) Conceito:
1.1. É o contrato pelo qual as partes se obrigam a prestar uma coisa por outra, excluindo o dinheiro.
1.1.1. É o contrato onde duas pessoas trocam bens entre si.
1.2. Obs.: O que diferencia a compra e venda da permuta é a presença ou não de dinheiro.
1.3. Obs.: Qualquer objeto pode ser suscetível de troca.
1.3.1. - Móveis - Móveis;
1.3.2. - Móveis - Imóveis;
1.3.3. - Imóveis - Imóveis.
1.3.4. Coisa por coisa, direito por direito. Tudo que pode ser vendido pode também ser trocado,
desde que não haja a presença de dinheiro.
2. 2) Classificação
2.1. Contrato Consensual
2.1.1. O contrato se aperfeiçoa com o encontro de vontades. (Art. 482 CC/2002)
2.1.1.1. Não depende da tradição do bem.
2.2. Contrato Bilateral
2.2.1. Gera obrigações para ambas as partes.
2.2.1.1. Transferir um para o outro a propriedade de determinada coisa.
2.3. Contrato Oneroso
2.3.1. Gera vantagens para ambas as partes.
2.4. Contrato não solene
2.4.1. A lei não impõe qualquer tipo de forma ou procedimento para sua celebração.
2.4.1.1. Atenção: Aplica o art. 108 CC/2002. Imóveis superior a 30 SM precisa de instrumento
público.
2.5. Contrato comutativo
2.5.1. As prestações são certas e permitem as partes antever as vantagens e desvantagens que
dele podem advir.
2.5.1.1. Há um equilíbrio. O elemento sorte, o elemento risco (alea) não está previsto neste
contrato.
3. 3) Tratamento:
3.1. - Permutante para as duas partes.
3.1.1. Cada permutante entrega ao outro algo e recebe algo em troca.
3.1.1.1. Obs.: Cada um tem um ônus e um bônus e não está envolvido dinheiro,porque senão
seria compra e venda.
3.2. - Escambista
4. 4) Observações Importantes (Permuta X Compra e Venda):
4.1. a) Supletivamente aplica-se ao contrato de permuta as regras do contrato de compra e venda.
4.1.1. - Objeto tem que ser lícito (Art. 104, II CC/2002)
4.1.2. - O valor da coisa é fixada pelos permutantes, só é proibido que alguém imponha um valor ao
outro. Art. 489 CC/2002.
4.2. b) Se houver imóvel envolvido e a depender do regime de bem.
4.2.1. Precisa do consentimento do cônjuge do(s) permutantes. Art. 1.647, I e 1.649 do CC/2002.
4.3. c) Risco da coisa permutada é de cada um até a entrega. (Art. 492 CC/2002) - Res perit domino
4.4. d) Objeto precisa ser comercializável, se não for não pode fazer permuta. Art. 86 parte final
CC/2002.
4.5. e) Débitos da coisa pertencem ao dono anterior. Art. 502 CC/2002.
4.5.1. Ex.: IPVA.
4.6. f) A permuta de imóvel pode ser por corpo certo ou ad mensuram.
4.7. g) Se qualquer permutante perceber que o outro não vai entregar pode pedir caução para garantir
que vai receber o seu bem. Art. 495 CC/2002.
4.8. h) Se não for ajustado o local da troca, é onde estava cada objeto no momento do contrato, ou seja,
em último caso, cada um que se desloque até o outro para pegar o seu objeto. (Arts. 493 e 494
CC/2002)
4.9. i) Cada um dos permutantes responde por vício redibitório e evicção (Arts. 441 e 447 CC/2002)
4.9.1. Obs.: No caso do vício redibitório só será possível requerer a resolução do contrato com a
devolução da coisa que foi transferida, não podendo requerer o abatimento proporcional do preço
através da ação estimatória, uma vez que não há um preço sendo pago.
4.10. j) Quem não pode comprar não pode permutar
4.10.1. Ex.: Juiz permutar algum objeto que esteja julgando, leiloeiro não pode permutar aquilo que
ele está leiloando, tutor e curador não pode permutar aquilo que ele tem a guarda do tutelado ou do
curatelado. Art. 497 CC/2002.
4.11. k) Cônjuge pode permutar bens particulares, ou seja, desde que não façam parte da massa
comum (Art. 499 CC/2002)
4.12. l) Condômino de coisa pro indiviso (Art. 504 CC/2002)
4.12.1. Pode permutar sua fração, desde que dê a preferência para os condôminos.
4.13. m) A coisa oferecida pode ser substituída por um protótipo, modelo, amostra, a coisa deve
corresponder ao que foi mostrado. Art. 484 CC/2002.
4.14. n) o permutante deve ser dono da coisa que está sendo trocada. (Art. 1.268 CC/2002)
4.14.1. Se ele entrega sem ser o dono, mas depois ele se torna dono a permuta fica convalidada.
4.15. o) Cláusulas especiais pode ser aplicável à permuta
4.15.1. Não há nada que impeça.
4.15.1.1. Retrovenda
4.15.1.1.1. É possível fazer uma retropermuta com a possibilidade fazer uma retroca até 03
anos se for imóvel.
4.15.1.2. Permuta a contendo
4.15.1.3. Direito de Preferência
4.15.1.4. Permuta sobre documentos.
4.15.1.5. Cláusula de reserva de domínio
4.15.1.5.1. Geralmente envolve dinheiro, mas se imaginar de uma reserva de domínio com
uma garantia para que o outro vá entregar sua incumbência, é possível.
4.16. p) Pode ser objeto de troca coisa futura.
4.16.1. Ex.: Permuta de um terreno por um apartamento na planta.
4.16.1.1. O contrato de permuta é muito comum na incorporação imobiliária.
4.17. q) A doutrina entende que quando um dos contratantes faz a reposição parcial em dinheiro, a troca
não se transmuda em compra e venda, salvo se este valor em dinheiro representar mais da metade do
pagamento.
4.17.1. A doutrina entende possível o contrato de troca ou permuta com a presença de dinheiro,
desde que a presença de dinheiro seja complementar, não podendo ultrapassa mais da metade que
um dos contratantes tem que cumprir.
4.18. r) É admitido na permuta a exceptio nom adimpleti contractus.
4.18.1. Não posso exigir que você me transfira a propriedade de alguma coisa sem eu ter cumprido a
minha parte.
4.18.2. Cláusula solve et repete.
5. 6) Despesas da permuta
5.1. As despesas relativas a registro, tradição, frete, transporte e documentação, pode ser pactuado.
5.1.1. Visando o equilíbrio, a paridade que existe entre as prestações do contrato de permuta, no
silêncio, soma todas as despesas e divide por 02. (Art. 533, I CC/2002)
6. 7) Troca entre ascendentes e descendentes
6.1. A valoração é subjetiva dos permutantes.
6.1.1. Então não há de se falar que não considera o contrato justo, que não vai homologar, porque o
que interessa é a valoração das partes.
6.1.2. Exceção: Quando envolve ascendente e descendente. (Art. 533, II CC/2002).
6.1.2.1. Se os bens tiverem valoração equivalente a troca é livre, ou seja, ninguém precisa
assinar, concordar.
6.1.2.2. Se os valores envolvidos forem diferentes/desiguais. É anulável.
6.1.2.2.1. Precisa concordância do cônjuge do alienante do bem de maior valor e dos herdeiros
do outro bem (que está recebendo o bem de maior valor).
6.1.2.2.1.1. Isto é para não fazer de um contrato de permuta uma fraude a sucessão, para
que não favoreça o filho mais amado.
6.1.2.3. Atenção: O art. 496 CC/2002 dispõe que é anulável independente de qualquer valor. Aqui
a troca entre descendente e ascendente é válida, exceto quando os bens forem de valores
desiguais.
7. 5) Quanto a forma
7.1. Imóvel superior a 30 SM precisa de escritura pública. (Arts. 107 e 108 CC/2002).
7.2. Imóvel abaixo de 30 SM e móvel por escrito.

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