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A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E AS SUAS CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS A Educação à Distância apresenta características distintivas, incluindo autonomia, comunicação e uso de tecnologia. A autonomia concede ao aluno a flexibilidade de determinar seu próprio horário e local de estudo, adaptando-se ao seu ritmo individual de aprendizado por meio de materiais didáticos concebidos para facilitar o conhecimento e promover a autoaprendizagem. Segundo MARTINS e FROM (2020), no que tange à comunicação, a EaD pode ocorrer de maneira síncrona, quando estudantes e professores estão conectados simultaneamente por meio de webconferências e audioconferências, e assíncrona, quando não estão conectados ao mesmo tempo, ocorrendo por meio de fóruns ou mensagens eletrônicas. VERGARA (2007) destaca que a internet viabilizou a educação online ao conectar diversos computadores, possibilitando a interação entre textos, imagens e sons e abrindo amplas perspectivas para a Educação à Distância (EaD). O autor ressalta que as linguagens interativas estão cada vez mais acessíveis aos estudantes, com a EaD oferecendo textos, orientações dos professores, bibliotecas e avaliações, apresentando arquivos em formatos como apresentações, planilhas, animações interativas e textos. Isso evidencia que muitos dos materiais utilizados na EaD podem enriquecer cursos presenciais. Vergara (2007) destaca uma limitação relacionada à capacidade de leitura e interpretação de textos e outros códigos linguísticos por parte dos estudantes, especialmente se eles não possuírem habilidades desenvolvidas ou têm pouco domínio no uso de recursos multimídia “O papel do tutor é de extrema relevância nesse processo. A presteza nas respostas ao aluno é fundamental, já que não existe o contato presencial. O tutor acompanha e monitora atividades sincrônicas e as assincrônicas. Tutores devem ter a capacidade de provocar nos alunos a vontade consciente de compartilhamento de reflexões e compreensões e a ação neste sentido e, dessa forma, instigar a construção do conhecimento coletivo. A EAD exige autodisciplina, liberdade acompanhada da responsabilidade. É de relevância estar atento a alunos que não se comprometem com o ensino, monitorando-os e incentivando-os a prosseguir”. (VERGARA, 2007 p. 07). A integração das novas tecnologias no ensino emergiu como um dos principais tópicos de discussão na esfera educacional contemporânea. Diversas inovações, como robótica, jogos eletrônicos, inteligência artificial e realidade aumentada, têm gerado impacto significativo no cenário educacional, especialmente nas instituições de ensino privadas. Os dados evidenciam que a capacitação dos profissionais da educação é um dos principais desafios no contexto do uso da tecnologia. Segundo a pesquisa TIC Educação 2016, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 54% dos professores não tiveram disciplinas específicas sobre o uso de computadores e internet durante a graduação. Adicionalmente, 70% não participaram de programas de formação continuada sobre o tema no ano que antecedeu a pesquisa. Dos que participaram, 20% afirmaram que a capacitação teve um impacto significativo na atualização de conhecimentos na área. Diante da formação inadequada, torna-se mais desafiador explorar as potencialidades pedagógicas das novas tecnologias. Em muitos casos, essa limitação pode resultar em uma resistência significativa ao seu uso, perpetuando a adoção de métodos mais tradicionais. Para os educadores, parte da desconfiança em relação às novas tecnologias provém das alterações que elas introduzem na dinâmica tradicional da sala de aula. Essas mudanças representam uma saída da zona de conforto do professor, exigindo estudo adicional em casa, um planejamento mais elaborado e um comprometimento semanal que demanda reflexão e aprimoramento. Outro elemento que contribui para a desconfiança é o receio de que a tecnologia atue como um elemento distrativo. Especificamente no uso da internet, há a preocupação de que os alunos desviem a atenção do conteúdo para se envolverem em atividades nas redes sociais. Com o avanço tecnológico e a cada vez maior integração de recursos digitais no processo educacional, muito se destaca sobre os benefícios da relação entre tecnologia e aprendizado. Embora a tecnologia abra portas para a criação de um novo mundo, proporcionando maior inclusão social na educação, autonomia para os estudantes e qualidade de vida aprimorada para os professores, é essencial examinar a outra face dessa questão. Quais são os obstáculos enfrentados por professores e alunos ao confrontarem um modelo educacional digitalizado? Segundo divulgado pelo Blog: EAD plataforma, José Armando Valente, docente da UNICAMP, falou em entrevista ao Portal Terra, que Apesar de apresentar um considerável potencial transformador, de maneira geral, a tecnologia não está sendo plenamente explorada nas atividades educacionais. Segundo ele, diversos fatores contribuem para esse cenário. Um deles é a limitada aceitação do uso de tecnologias no ensino convencional. Além disso, a incompatibilidade entre os equipamentos fornecidos nas escolas e as tecnologias disponíveis no mercado também é um entrave. Entretanto, essas não são as únicas razões. A seguir, elencamos mais sete aspectos desfavoráveis da tecnologia na educação, frequentemente considerados por aqueles que ainda resistem à adoção de soluções digitalizadas no ensino. • Falta de acessibilidade • Convivência social limitada • Dificuldade de concentração • Exercício de aptidões práticas comprometidas • Falta de prática no ambiente digital • Atenção demasiada às notas • Contato limitado com o tutor EAD