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44 A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO SOCIAL PARA MELHORAR AS CONDIÇÕES DE VIDA DAS PESSOAS


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A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO SOCIAL PARA MELHORAR AS 
CONDIÇÕES DE VIDA DAS PESSOAS 
 
De maneira geral, as instituições que demandam o trabalho do 
profissional de Serviço Social lidam com questões relacionadas a crianças em 
situação de rua, envolvidas em trabalho precoce, com dificuldades familiares ou 
escolares, sem acesso à educação, em risco social, com deficiências, sem 
família, com problemas relacionados a drogas, internadas ou doentes; adultos 
desempregados, enfrentando conflitos familiares ou conjugais, aprisionados, em 
conflitos nas relações de trabalho, hospitalizados, doentes, ou organizados em 
grupos de interesses políticos em defesa de direitos, assim como portadores de 
deficiências; e idosos em asilos, isolados, participantes de centros de 
convivência, hospitalizados ou doentes, e minorias étnicas, entre outras 
expressões da questão social. 
Mesmo com o avanço da tecnologia, o ser humano continua sendo a peça 
central quando se trata de atenção nas diferentes áreas de atuação, incluindo a 
saúde. Isso se aplica especialmente no atendimento a pacientes, onde são 
necessários cuidado, empatia e reflexão ao buscar um diagnóstico, prescrever 
medicamentos ou administrá-los. Para garantir um trabalho de qualidade, é 
essencial manter o cuidado contínuo, algo que não poderia ser fornecido por 
uma estrutura metálica com inteligência artificial. 
Tanto na promoção da saúde quanto na prevenção de doenças, é 
essencial adotar estratégias, incluindo aquelas relacionadas à informação. 
Utilizar estratégias para chamar a atenção de um grupo de indivíduos e facilitar 
a transferência de informações, incorporando elementos culturais dessa 
sociedade, é apropriado. Contudo, é necessário compreender predisposições e 
processos internos, como mudança de atitude, dissonância cognitiva ou 
expectativas sociais e culturais complexas. 
No âmbito das estratégias comunicacionais, as informacionais são 
construídas com base em conceitos e modelos teóricos da Comunicação, 
visando a transferência de informações do emissor para o receptor. A persuasão 
destaca-se como uma estratégia amplamente utilizada em projetos de 
intervenção social, buscando alterar o comportamento dos espectadores ao 
enfatizar a necessidade de cuidado pessoal. 
As estratégias informacionais discursivas, por sua vez, baseiam-se em 
conceitos da Comunicação e da Linguística, moldando diversos tipos de 
discursos, incluindo os visuais. Já as estratégias informacionais cognitivas, que 
observam conceitos da Cognição, atuam na percepção da informação pelo 
indivíduo. Por fim, as estratégias informacionais socioculturais, embasadas em 
conceitos da Sociologia e da Antropologia, contextualizam a informação com 
base no conhecimento da realidade, vida cotidiana, necessidades, 
comportamento e expectativas sociais do indivíduo. 
A integração entre assistência social e saúde é essencial para promover 
uma abordagem holística ao bem-estar dos indivíduos, mas enfrenta desafios 
significativos. Um dos principais obstáculos é a fragmentação dos serviços e a 
falta de comunicação efetiva entre os profissionais das duas áreas. Em muitos 
casos, assistentes sociais e profissionais de saúde operam em silos separados, 
o que dificulta a coordenação e a entrega de cuidados integrados. Como destaca 
o Relatório Mundial da Saúde de 2008 da Organização Mundial da Saúde (OMS), 
"a colaboração interdisciplinar é crucial para enfrentar os desafios complexos da 
saúde". 
Outro desafio é a disparidade nos sistemas de informação e registro. A 
falta de interoperabilidade entre os registros de saúde e os dados sociais pode 
resultar em lacunas no conhecimento do histórico do paciente, dificultando uma 
compreensão abrangente de suas necessidades. Por exemplo, um estudo 
publicado na revista "Social Work in Health Care" revelou que a falta de 
compartilhamento de informações entre profissionais de saúde e assistentes 
sociais impacta negativamente a continuidade do cuidado. 
A diversidade cultural e as barreiras linguísticas também representam 
desafios significativos na integração da assistência social com a saúde. Muitas 
vezes, comunidades minoritárias enfrentam dificuldades em acessar serviços de 
saúde devido à falta de compreensão cultural por parte dos profissionais ou à 
escassez de profissionais que falem seu idioma. 
Além disso, questões financeiras e recursos limitados podem 
comprometer a eficácia da integração. A alocação inadequada de orçamentos e 
a falta de financiamento dedicado à colaboração entre assistência social e saúde 
podem minar os esforços para implementar programas integrados. 
A integração entre assistência social e saúde enfrenta desafios complexos 
que exigem esforços colaborativos e soluções inovadoras. Superar esses 
obstáculos é crucial para garantir que os indivíduos recebam cuidados 
abrangentes e coordenados, promovendo assim uma abordagem mais eficaz e 
centrada no paciente para o bem-estar geral da comunidade.

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