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Ensino de qualidade focado em concursos. 85 www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! A coordenação trata da relação de independência entre termos e orações. Quando você lê uma frase com duas orações (período composto), é certo que elas mantêm algum tipo de relação. No caso da coordenação, percebemos que as orações estão simplesmente uma ao lado da outra (coordenadas), com uma estrutura sintática completa, de modo que uma oração não depende da outra. Falar que uma oração tem estrutura sintática completa significa dizer que ela tem sujeito (explícito ou implícito) + predicado (explícito ou implícito). – Os alunos se encontram muito ansiosos; já as alunas estão tranquilas. Note que a primeira oração (Os alunos se encontram muito ansiosos) tem sujeito e predicado, logo está completa. Perceba também que seria até possível colocar um ponto (.) no fim dela para visualizarmos que ela, de fato, está completa. O mesmo ocorre com a segunda oração (já as alunas estão tranquilas). Concluindo: uma oração não depende da outra, porque cada uma tem sua estrutura completa, uma não precisa da outra sintaticamente. É o seguinte: as orações coordenadas podem ser separadas por vírgula, ponto e vírgula (exemplo já visto), dois- pontos ou travessão. Veja: - Os alunos se encontram muito ansiosos, já as alunas estão tranquilas. - Os alunos estão se esforçando muito: com certeza serão classificados. - Tirei a ansiedade de um só aluno – não fui bem- sucedido com os outros. Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas Falarei agora de dois tipos de orações coordenadas: as assindéticas e as sindéticas. Não há mistério algum nisso, beleza? As assindéticas são justapostas (ou seja, postas uma ao lado da outra), não iniciadas por síndeto (=conjunção)! Adivinha quais são as sindéticas? Ora, são as iniciadas por síndeto (=conjunção). Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas Exprimindo ideia de soma, adição, sempre são iniciadas pelas conjunções coordenativas aditivas. – Dezenove sem-terra morreram no local, e dois, a caminho do hospital. – Eu não tinha estes olhos sem brilho nem tinha pensamentos amargos. – Tanto leciona quanto advoga. – Não só os parentes das vítimas ficaram chocados com o massacre, como o povo externou sua fúria contra os culpados pela chacina. Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas Exprimindo ideia de adversidade, oposição, sempre são iniciadas pelas conjunções coordenativas adversativas. – Os economistas estão empolgados com o cenário atual, mas isso durará pouco. – A polícia invadiu a comunidade; o tiroteio, porém, continuava. – O conhecimento enfuna, todavia é uma necessidade. – O homem enriqueceu muito; continuou a defender as classes mais desfavorecidas, não obstante. Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas Exprimindo ideia de alternância, exclusão, sempre são iniciadas pelas conjunções coordenativas alternativas. Dê uma olhada no capítulo de conjunções coordenativas. – A mulher ora o agradava, ora o ofendia. – Quer chovesse, quer fizesse sol, tinha de sair. – Ou o prefeito da cidade executa o projeto anunciado, ou os cidadãos do município não mais lhe darão crédito. – Você vai ou não? Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas Exprimindo ideia de conclusão, consequência, sempre são iniciadas pelas conjunções coordenativas conclusivas. – O povo não consegue alimentar-se bem; é um fato, pois, a necessidade de empregos. – Vocês são especiais em minha vida, por isso não vivo sem vocês. – Ele estuda todo dia, logo resolverá facilmente as questões. – Não me sinto preparado ainda, prestarei concurso só no próximo ano, portanto. Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas Exprimindo ideia de explicação, justificativa, sempre são iniciadas pelas conjunções coordenativas explicativas. – A necessidade de empregos é um fato, pois o índice aumenta a cada dia. http://www.preparatoriojc.com.br/ Ensino de qualidade focado em concursos. 86 www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! – A criança devia estar doente, porquanto chorava muito. – Amai, porque amor é tudo. – Quisera saber bem o Português, que eu iria passar em todas as provas. PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO A subordinação trata da relação de dependência entre termos e orações. Quando você lê uma frase com duas orações (período composto), é certo que elas mantêm algum tipo de relação. No caso da subordinação, percebemos que uma oração está “presa” à outra, porque uma delas (chamada de subordinada) completa a estrutura sintática da outra (chamada de principal), ou simplesmente depende da outra (da principal) para ampliar a sua estrutura. Trocando em miúdos, a oração subordinada sempre mantém uma relação de dependência com a oração principal. - Os alunos estavam temerosos de que a prova viesse em um nível difícil. - Os alunos que mantêm constância nos estudos sentem-se confiantes. - Quando eles precisam de ajuda, o professor sempre busca ajudá-los. As orações destacadas são subordinadas. Vamos analisar uma por uma. Note que a primeira (de que a prova viesse em um nível difícil) completa a estrutura sintática da oração principal (Os alunos estavam temerosos). Eu digo que completa, porque “quem está temeroso, está temeroso de alguma coisa”. Percebe que o adjetivo temeroso exige um complemento? Então, o complemento dele vem em forma de oração (de que a prova viesse em um nível difícil). Logo, a primeira oração está “presa” à oração principal, porque completa sua estrutura sintática. Imagine... eu chego até você e digo: “Aí, os alunos estão temerosos.” Você responde: “Ah, ok.”? Claro que não! Você vai me perguntar: “Estão temerosos de quê?” Aí eu respondo: “Ah, eles estão temerosos de que a prova venha difícil”. Percebe, então, que a oração principal precisa de um complemento? Por sua vez, a oração subordinada exerce função sintática de complemento nominal (um termo integrante, lembra-se?), completando a principal. Essa relação é de dependência, portanto... subordinação! Notou que a oração destacada é acessória? “Hmmm... acessória... isso me lembra termos acessórios da oração... adjunto adnominal, adjunto adverbial... Ah! Entendi!”. A oração destacada exerce função de adjunto adnominal, pois está determinando um substantivo (alunos). Percebeu também que a oração principal não depende dela? Por outro lado... a subordinada depende da principal, pois ela é como um termo acessório, isto é, depende da existência da principal para ampliar sua estrutura. A terceira oração também funciona sintaticamente como um termo acessório, mais especificamente como um adjunto adverbial de tempo. Note que também podemos colocar uma tarja e perceber que a oração principal não depende dela, mas sim o contrário: Quando eles precisam de ajuda, , o professor sempre busca assisti-los. Logo, tendo em mente a análise das três orações, concluímos que existem orações subordinadas completando a principal (a primeira, destacada) e existem orações subordinadas acessórias, ampliando/determinando a principal (a segunda e a terceira, destacadas). Resumindo: existem três tipos de orações subordinadas: as substantivas, as adjetivas e as adverbiais. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS As orações subordinadas substantivas são chamadas assim porque exercem função sintática própria de substantivo em relação à oração principal. Isto é, elas exercem função sintática de sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto etc. São iniciadas pelas conjunções integrantes que ou se. Segundo o famoso bizu, podem ser substituídas por isto/isso. Quero que você perceba sempre o seguinte: as orações substantivasexercem função típica de substantivo, por isso a correspondência entre uma oração substantiva e um termo substantivo é visível. Veja: 1) Sujeito – Hoje se anunciou sua aposentadoria. = Hoje se anunciou que ele se aposentará. 2) Predicativo – O anúncio lamentável era a aposentadoria dele. = O anúncio lamentável era que ele se aposentaria. 3) Objeto direto http://www.preparatoriojc.com.br/ Ensino de qualidade focado em concursos. 87 www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! – Ninguém desejou sua aposentadoria. = Ninguém desejou que se aposentasse. 4) Objeto indireto – Avisei-o de sua aposentadoria. = Avisei-o de que deveria aposentar-se. 5) Complemento nominal – Estava receoso de sua aposentadoria. = Estava receoso de que se aposentasse. 6) Aposto – Hoje o atleta só deseja isto: sua aposentadoria. = Hoje o atleta só deseja isto: que se aposente. Portanto, segundo a gramática tradicional, são seis tipos de orações substantivas (subordinadas, em negrito). ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS As orações subordinadas adjetivas são chamadas assim porque exercem função sintática própria de adjetivo em relação à oração principal. Isto é, segundo a tradição gramatical, elas exercem tão somente a função de adjunto adnominal, pois funcionam como um acessório em relação à oração principal. São iniciadas pelos pronomes relativos que, o qual, quem, cujo, quanto, onde, como, quando. Quero que você entenda o seguinte: por mais que algumas orações adjetivas sejam separadas por pontuação (vírgula, travessão ou parênteses), elas equivalem a um adjetivo que exerce função de adjunto adnominal. É fácil perceber a correspondência entre uma oração adjetiva e um termo adjetivo. Veja: – O advogado, ambicioso por novos clientes, trabalha mais de 12 horas por dia. – O advogado, que ambiciona novos clientes, trabalha mais de 12 horas por dia. Perceba que ambicioso por novos clientes tem o mesmo valor que a oração adjetiva que ambiciona novos clientes, isto é, modifica um substantivo (advogado). Outro exemplo: – Vinha relutando há muito tempo para pintar aquela parede sem cor. – Vinha relutando há muito tempo para pintar aquela parede que estava sem cor. Perceba, novamente, que a locução adjetiva sem cor tem o mesmo valor que a oração adjetiva que estava sem cor, isto é, modifica um substantivo (parede). Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas As orações subordinadas adjetivas restritivas têm o papel de limitar a parte de um conjunto, restringindo o sentido do termo antecedente. Por via de regra, não vêm separadas por pontuação. Vou dar três exemplos cujas orações são introduzidas pelo pronome relativo que, pois é definitivamente o mais cobrado em provas de concurso público. Veja: – Os candidatos que participaram das aulas extras não encontraram dificuldade na prova. Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas As orações subordinadas adjetivas explicativas têm o papel de modificar um termo, generalizando-o ou simplesmente tecendo um comentário extra sobre ele. Vêm sempre separadas por pontuação (vírgulas, travessões ou parênteses). Vou dar os mesmos três exemplos, só que, dessa vez, as orações serão separadas por pontuação para se tornarem explicativas. Veja: – Os candidatos, que participaram das aulas extras, não encontraram dificuldade na prova. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS As orações subordinadas adverbiais são chamadas assim porque exercem função sintática própria de advérbio em relação à oração principal. Isto é, elas exercem a função de adjunto adverbial. São iniciadas pelas conjunções subordinativas (já decorou?) Quero que você perceba o seguinte: as orações adverbiais exercem função típica de advérbio, por isso a correspondência entre uma oração adverbial e um adjunto adverbial é visível. Veja: – O candidato esquerdista não conseguiu ir para o segundo turno por falta de popularidade. – O candidato esquerdista não conseguiu ir para o segundo turno porque não tinha popularidade. Orações Subordinadas Adverbiais Causais Exprimindo ideia de causa, são iniciadas pelas conjunções subordinativas causais. – Um analista de sistemas esfaqueado 38 vezes e deixado para morrer sobreviveu porque estava acima do peso. – Como estivesse ferido gravemente, não suportou a cirurgia. http://www.preparatoriojc.com.br/