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Ensino de qualidade focado em concursos. 
 
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Nós somos CONCURSEIROS! 
A coordenação trata da relação de independência 
entre termos e orações. Quando você lê uma frase 
com duas orações (período composto), é certo que 
elas mantêm algum tipo de relação. No caso da 
coordenação, percebemos que as orações estão 
simplesmente uma ao lado da outra (coordenadas), 
com uma estrutura sintática completa, de modo que 
uma oração não depende da outra. Falar que uma 
oração tem estrutura sintática completa significa dizer 
que ela tem sujeito (explícito ou implícito) + predicado 
(explícito ou implícito). 
 – Os alunos se encontram muito ansiosos; já as 
alunas estão tranquilas. 
Note que a primeira oração (Os alunos se encontram 
muito ansiosos) tem sujeito e predicado, logo está 
completa. Perceba também que seria até possível 
colocar um ponto (.) no fim dela para visualizarmos 
que ela, de fato, está completa. O mesmo ocorre com 
a segunda oração (já as alunas estão tranquilas). 
Concluindo: uma oração não depende da outra, 
porque cada uma tem sua estrutura completa, uma 
não precisa da outra sintaticamente. É o seguinte: as 
orações coordenadas podem ser separadas por 
vírgula, ponto e vírgula (exemplo já visto), dois-
pontos ou travessão. Veja: 
- Os alunos se encontram muito ansiosos, já as 
alunas estão tranquilas. 
- Os alunos estão se esforçando muito: com certeza 
serão classificados. 
- Tirei a ansiedade de um só aluno – não fui bem-
sucedido com os outros. 
 
Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas 
 
Falarei agora de dois tipos de orações coordenadas: 
as assindéticas e as sindéticas. Não há mistério 
algum nisso, beleza? As assindéticas são 
justapostas (ou seja, postas uma ao lado da outra), 
não iniciadas por síndeto (=conjunção)! Adivinha 
quais são as sindéticas? Ora, são as iniciadas por 
síndeto (=conjunção). 
 
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas 
 
Exprimindo ideia de soma, adição, sempre são 
iniciadas pelas conjunções coordenativas aditivas. 
– Dezenove sem-terra morreram no local, e dois, a 
caminho do hospital. 
– Eu não tinha estes olhos sem brilho nem tinha 
pensamentos amargos. 
– Tanto leciona quanto advoga. 
– Não só os parentes das vítimas ficaram chocados 
com o massacre, como o povo externou sua fúria 
contra os culpados pela chacina. 
 
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas 
 
Exprimindo ideia de adversidade, oposição, sempre 
são iniciadas pelas conjunções coordenativas 
adversativas. 
– Os economistas estão empolgados com o cenário 
atual, mas isso durará pouco. 
– A polícia invadiu a comunidade; o tiroteio, porém, 
continuava. 
– O conhecimento enfuna, todavia é uma 
necessidade. 
– O homem enriqueceu muito; continuou a defender 
as classes mais desfavorecidas, não obstante. 
 
Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas 
 
Exprimindo ideia de alternância, exclusão, sempre 
são iniciadas pelas conjunções coordenativas 
alternativas. Dê uma olhada no capítulo de 
conjunções coordenativas. 
– A mulher ora o agradava, ora o ofendia. 
– Quer chovesse, quer fizesse sol, tinha de sair. 
– Ou o prefeito da cidade executa o projeto 
anunciado, ou os cidadãos do município não mais 
lhe darão crédito. 
– Você vai ou não? 
 
Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas 
 
Exprimindo ideia de conclusão, consequência, 
sempre são iniciadas pelas conjunções coordenativas 
conclusivas. 
– O povo não consegue alimentar-se bem; é um fato, 
pois, a necessidade de empregos. 
– Vocês são especiais em minha vida, por isso não 
vivo sem vocês. 
– Ele estuda todo dia, logo resolverá facilmente as 
questões. 
– Não me sinto preparado ainda, prestarei concurso 
só no próximo ano, portanto. 
 
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas 
 
Exprimindo ideia de explicação, justificativa, 
sempre são iniciadas pelas conjunções coordenativas 
explicativas. 
– A necessidade de empregos é um fato, pois o 
índice aumenta a cada dia. 
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– A criança devia estar doente, porquanto chorava 
muito. 
– Amai, porque amor é tudo. – Quisera saber bem o 
Português, que eu iria passar em todas as provas. 
 
 
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 
 
A subordinação trata da relação de dependência 
entre termos e orações. Quando você lê uma frase 
com duas orações (período composto), é certo que 
elas mantêm algum tipo de relação. No caso da 
subordinação, percebemos que uma oração está 
“presa” à outra, porque uma delas (chamada de 
subordinada) completa a estrutura sintática da outra 
(chamada de principal), ou simplesmente depende da 
outra (da principal) para ampliar a sua estrutura. 
Trocando em miúdos, a oração subordinada sempre 
mantém uma relação de dependência com a oração 
principal. 
- Os alunos estavam temerosos de que a prova 
viesse em um nível difícil. 
- Os alunos que mantêm constância nos estudos 
sentem-se confiantes. 
- Quando eles precisam de ajuda, o professor 
sempre busca ajudá-los. 
As orações destacadas são subordinadas. Vamos 
analisar uma por uma. Note que a primeira (de que a 
prova viesse em um nível difícil) completa a 
estrutura sintática da oração principal (Os alunos 
estavam temerosos). Eu digo que completa, porque 
“quem está temeroso, está temeroso de alguma 
coisa”. Percebe que o adjetivo temeroso exige um 
complemento? Então, o complemento dele vem em 
forma de oração (de que a prova viesse em um 
nível difícil). Logo, a primeira oração está “presa” à 
oração principal, porque completa sua estrutura 
sintática. Imagine... eu chego até você e digo: “Aí, os 
alunos estão temerosos.” Você responde: “Ah, ok.”? 
Claro que não! Você vai me perguntar: “Estão 
temerosos de quê?” Aí eu respondo: “Ah, eles estão 
temerosos de que a prova venha difícil”. Percebe, 
então, que a oração principal precisa de um 
complemento? Por sua vez, a oração subordinada 
exerce função sintática de complemento nominal 
(um termo integrante, lembra-se?), completando a 
principal. Essa relação é de dependência, portanto... 
subordinação! 
Notou que a oração destacada é acessória? 
“Hmmm... acessória... isso me lembra termos 
acessórios da oração... adjunto adnominal, adjunto 
adverbial... Ah! Entendi!”. A oração destacada exerce 
função de adjunto adnominal, pois está 
determinando um substantivo (alunos). Percebeu 
também que a oração principal não depende dela? 
Por outro lado... a subordinada depende da 
principal, pois ela é como um termo acessório, isto é, 
depende da existência da principal para ampliar sua 
estrutura. 
A terceira oração também funciona sintaticamente 
como um termo acessório, mais especificamente 
como um adjunto adverbial de tempo. Note que 
também podemos colocar uma tarja e perceber que a 
oração principal não depende dela, mas sim o 
contrário: 
Quando eles precisam de ajuda, , o professor 
sempre busca assisti-los. 
Logo, tendo em mente a análise das três orações, 
concluímos que existem orações subordinadas 
completando a principal (a primeira, destacada) e 
existem orações subordinadas acessórias, 
ampliando/determinando a principal (a segunda e a 
terceira, destacadas). 
Resumindo: existem três tipos de orações 
subordinadas: as substantivas, as adjetivas e as 
adverbiais. 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
 
As orações subordinadas substantivas são 
chamadas assim porque exercem função sintática 
própria de substantivo em relação à oração principal. 
Isto é, elas exercem função sintática de sujeito, 
predicativo, objeto direto, objeto indireto, 
complemento nominal, aposto etc. São iniciadas 
pelas conjunções integrantes que ou se. Segundo o 
famoso bizu, podem ser substituídas por isto/isso. 
Quero que você perceba sempre o seguinte: as 
orações substantivasexercem função típica de 
substantivo, por isso a correspondência entre uma 
oração substantiva e um termo substantivo é visível. 
 
Veja: 
 
1) Sujeito 
– Hoje se anunciou sua aposentadoria. = Hoje se 
anunciou que ele se aposentará. 
 
2) Predicativo 
– O anúncio lamentável era a aposentadoria dele. = 
O anúncio lamentável era que ele se aposentaria. 
 
3) Objeto direto 
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– Ninguém desejou sua aposentadoria. = Ninguém 
desejou que se aposentasse. 
 
4) Objeto indireto 
– Avisei-o de sua aposentadoria. = Avisei-o de que 
deveria aposentar-se. 
 
5) Complemento nominal 
– Estava receoso de sua aposentadoria. = Estava 
receoso de que se aposentasse. 
 
6) Aposto 
– Hoje o atleta só deseja isto: sua aposentadoria. = 
Hoje o atleta só deseja isto: que se aposente. 
Portanto, segundo a gramática tradicional, são seis 
tipos de orações substantivas (subordinadas, em 
negrito). 
 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 
As orações subordinadas adjetivas são chamadas 
assim porque exercem função sintática própria de 
adjetivo em relação à oração principal. Isto é, 
segundo a tradição gramatical, elas exercem tão 
somente a função de adjunto adnominal, pois 
funcionam como um acessório em relação à oração 
principal. São iniciadas pelos pronomes relativos que, 
o qual, quem, cujo, quanto, onde, como, quando. 
Quero que você entenda o seguinte: por mais que 
algumas orações adjetivas sejam separadas por 
pontuação (vírgula, travessão ou parênteses), elas 
equivalem a um adjetivo que exerce função de 
adjunto adnominal. 
É fácil perceber a correspondência entre uma oração 
adjetiva e um termo adjetivo. Veja: 
– O advogado, ambicioso por novos clientes, 
trabalha mais de 12 horas por dia. 
– O advogado, que ambiciona novos clientes, 
trabalha mais de 12 horas por dia. 
Perceba que ambicioso por novos clientes tem o 
mesmo valor que a oração adjetiva que ambiciona 
novos clientes, isto é, modifica um substantivo 
(advogado). Outro exemplo: 
– Vinha relutando há muito tempo para pintar aquela 
parede sem cor. 
– Vinha relutando há muito tempo para pintar aquela 
parede que estava sem cor. 
Perceba, novamente, que a locução adjetiva sem cor 
tem o mesmo valor que a oração adjetiva que estava 
sem cor, isto é, modifica um substantivo (parede). 
 
 
 
 
Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas 
 
As orações subordinadas adjetivas restritivas têm 
o papel de limitar a parte de um conjunto, restringindo 
o sentido do termo antecedente. Por via de regra, não 
vêm separadas por pontuação. 
Vou dar três exemplos cujas orações são introduzidas 
pelo pronome relativo que, pois é definitivamente o 
mais cobrado em provas de concurso público. Veja: 
– Os candidatos que participaram das aulas extras 
não encontraram dificuldade na prova. 
Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas 
As orações subordinadas adjetivas explicativas 
têm o papel de modificar um termo, generalizando-o 
ou simplesmente tecendo um comentário extra sobre 
ele. Vêm sempre separadas por pontuação (vírgulas, 
travessões ou parênteses). 
Vou dar os mesmos três exemplos, só que, dessa 
vez, as orações serão separadas por pontuação para 
se tornarem explicativas. Veja: 
– Os candidatos, que participaram das aulas 
extras, não encontraram dificuldade na prova. 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 
As orações subordinadas adverbiais são 
chamadas assim porque exercem função sintática 
própria de advérbio em relação à oração principal. 
Isto é, elas exercem a função de adjunto adverbial. 
São iniciadas pelas conjunções subordinativas (já 
decorou?) Quero que você perceba o seguinte: as 
orações adverbiais exercem função típica de 
advérbio, por isso a correspondência entre uma 
oração adverbial e um adjunto adverbial é visível. 
Veja: 
– O candidato esquerdista não conseguiu ir para o 
segundo turno por falta de popularidade. 
– O candidato esquerdista não conseguiu ir para o 
segundo turno porque não tinha popularidade. 
 
Orações Subordinadas Adverbiais Causais 
 
Exprimindo ideia de causa, são iniciadas pelas 
conjunções subordinativas causais. 
– Um analista de sistemas esfaqueado 38 vezes e 
deixado para morrer sobreviveu porque estava 
acima do peso. 
– Como estivesse ferido gravemente, não suportou 
a cirurgia. 
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