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Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
 O sistema linfático é uma complexa rede de 
órgãos, estruturas e tecidos linfoides que é 
responsável pela produção e transporte da linfa, 
promoção de defesas orgânicas pela produção 
de células imunes – e de anticorpos – e remoção 
de fluidos teciduais. 
Tecido linfoide na criança 
 Os linfonodos e as outras formações linfáticas 
secundárias sofrem constantes estímulos, 
levando a modificações histológicas de suas 
estruturas que induzem transformação e 
multiplicação celulares. 
 Esse processo é mais intenso nos primeiros 
anos de vida, em função da imaturidade do 
sistema imunológico e seu contato inicial com 
inúmeros agentes, especialmente os infecciosos. 
Há aumento rápido do tecido linfático, 
especialmente dos linfonodos, no período da vida 
de maior ganho de peso e altura – a primeira fase 
da infância –, época em que as infecções ocorrem 
mais frequentemente e às quais ele responde 
prontamente com grande hiperplasia, que é 
quase sempre de origem benigna. 
 O crescimento máximo ocorre na puberdade, 
diminuindo progressivamente até a senilidade. 
Com o passar do tempo, os mecanismos 
imunológicos se tornam mais específicos, 
produzindo reatividade ganglionar menor e mais 
localizada. 
 
 A hiperatividade linfática pode ser referida como 
adeno ou linfonodomegalia, adeno ou 
linfonodopatia e hiperplasia de linfonodo. 
Adenomegalias na infância 
 Na infância, as adenomegalias são um processo 
reativo decorrente de doenças 
benignas/autolimitadas em que há aumento dos 
linfonodos. Esse sinal também pode estar 
associado a doenças graves: infecciosas, 
neoplásicas e autoimunes. Também é importante 
diferenciar de malformações congênitas (na 
região cervical e inguinal). 
 Na prática clínica, o diagnóstico etiológico é 
difícil, já que há inúmeras possibilidades. Por 
isso, é necessário conhecer dados de 
prevalência, características funcionais e 
anatômicas do tecido linfoide ganglionar e 
doenças que cursam com adenomegalias. 
Prevalência 
 Variáveis importantes no estudo das 
linfadenomegalias são a localização e a faixa 
etária. 
 Crianças saudáveis ou em consultas de rotina 
podem apresentar gânglios de 0,3 x 1,6 cm, 
firmes, não aderidos, restritos a uma cadeia 
ganglionar, assim como 1/3 dos RNs e 50-60% 
em lactentes até 1 ano. As cadeias acometidas 
mais frequentemente são: cervical, axilar e 
inguinal (RNs). 
 55% das crianças normais de 3 semanas a 6 
anos apresentavam linfonodos de 0,5 a 1,5 cm de 
diâmetro em todas as regiões (exceto a 
supraclavicular), mas com predomínio cervical, 
submandibular e occipital. 
Crescimento linfático na infância 
 Na infância, é normal perceber linfonodos com 
até 1,5 cm. Mas segundo a Sociedade Brasileira 
de Pediatria, a linfonodomegalia é suspeita 
quando há aumento maior que 1cm em mais de 
um local anatômico; linfonodos epitrocleares com 
mais de 0,5 cm; e linfonodo inguinal maior que 
1,5cm. 
 Pela maior quantidade de tecido linfoide nessa 
fase da vida, é possível perceber hipertrofia dos 
linfonodos do TGI com pico aos 2 anos, visualizar 
a sombra tímica em radiografias de crianças até 
3 anos, notar hipertrofia das amígdalas e 
adenoides entre 4 e 6 anos. 
 
 Na adenite mesentérica há inflamação 
dos nódulos linfáticos do mesentério, ligados ao 
intestino, que resulta de uma infecção 
geralmente causada por bactéria ou vírus, 
levando ao surgimento de dor abdominal intensa, 
semelhante à de uma apendicite aguda. Também 
aparecem febre, náuseas e vômitos, diarreia, 
mal-estar e perda de peso. 
Enfartamento ganglionar 
 O enfartamento ganglionar é uma resposta 
hiperplásica do tecido ganglionar que pode ser 
desencadeada por diversos fatores. Esse 
processo é conhecido popularmente como 
Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
“íngua”. Na infância, os aumentos ganglionares 
surgem geralmente em áreas de cadeias 
periféricas. 
Mecanismos 
a) proliferação de linfócitos e histiócitos 
próprios dos linfonodos por estímulos 
antigênicos inflamatórios, infecciosos, 
tumorais e de certas drogas; uma vez 
cessados esses estímulos, o órgão 
tende a retornar ao estado de repouso; 
b) invasão dos linfonodos por células 
extrínsecas, como micro-organismos e 
metástases celulares; 
c) proliferação inicial de células 
neoplásicas malignas em seu 
parênquima (linfadenopatia maligna 
primitiva); 
d) acúmulo de histiócitos, nas doenças de 
depósito lipídico e histiocitoses; 
e) proliferação local de células reticulares, 
na anemia hemolítica, na sarcoidose e 
em certas colagenoses, 
reticuloendotelioses, doenças 
endócrinas e carências metabólicas, 
mesmo na ausência dos fatores 
anteriores. 
 São considerados anormais os linfonodos que 
apresentam alterações de tamanho, número e 
consistência, o que se denomina linfadenopatia, 
linfadenomegalia, hipertrofia de linfonodos e 
adenomegalia. É chamado de linfadenopatia 
localizada o acometimento de linfonodos 
satélites de uma única região ou órgão, enquanto 
a linfadenopatia generalizada acontece quando 
são acometidas duas ou mais cadeias de 
linfonodos não contíguos, como no pescoço e nas 
axilas. 
Cadeias 
Cadeia occipital e retroauricular 
Área de drenagem: Pele da região occipital, 
pavilhão auricular e ouvido externo 
Principais causas: 
+ Infecções virais sistêmicas como a rubéola 
+ Inflamações da pele como a dermatite 
seborreica, Tinea capitis, pediculose, 
impetigo 
 Há adenomegalias em 5% das crianças normais 
sem doenças. 
Cadeia pré-auricular 
Área de drenagem: Região temporal e 
bochechas, porção lateral das pálpebras e a 
conjuntiva 
Principais causas: 
+ Síndrome oculoglandular 
+ Infecções por clamídias, adenovírus e 
herpes 
+ Lues, tuberculose, arranhadura do gato 
+ Febre faringoconjuntival e 
queratoconjuntivital: adenovírus 3 e 8 
+ AIDS - parotidites recorrentes 
Cadeia submandibular e submentoniana 
Área de drenagem: Gengiva, dentes, língua, 
amígdalas, mucosa oral/labial 
Principais causas: 
+ Faringoamigdalites, gengivoestomatites 
+ Abscessos dentários, cáries 
+ Infecções exantemáticas: escarlatina e 
sarampo 
+ Infrequentes: difteria, coxsackioses e 
lues 
Gânglios cervicais superiores, anteriores e 
posteriores, superficiais e profundos 
Áreas de drenagem: Tecidos superficiais da 
cabeça e pescoço, ouvido externo, língua, 
parótidas e das vias aéreas superiores 
Cadeias ganglionares inferiores do pescoço 
e da região supraclavicular 
Áreas de drenagem: estruturas profundas 
(traquéia, laringe, tireóide e mediastino) 
 
Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
Cadeias infraclaviculares e axilares 
Área de drenagem: Mama, parte radial da mão e 
do braço, parede torácica e porção da parede 
abdominal 
Principais causas: 
+ Infecções/trumas de pele 
+ Doença da arranhadura do gato 
+ Esporotricose 
+ Linfadenite após-BCG 
 Complicações da BCG no deltoide são pouco 
frequentes (0,01 a 3,8%), mas a mais comum 
dentre elas é a linfadenite supurativa. 
 Esse processo geralmente é ipsilateral e pode 
ser supraclavicular e cervical 2/4 meses após 
imunização por causa de: erro na dose de 
aplicação, erro na técnica de aplicação e > 
reatividade pela cepa vacinal. 
+ Herpes zoster 
+ Brucelose 
+ Sífilis extragenital 
+ Neoplasias: Linfomas, leucemias, 
neoplasias de pele e mama 
Cadeias epitrocleares 
Área de drenagem: Metade ulnar do 3º, 4º e 5º 
dedos, da mão e do antebraço 
Principais causas: 
+ Infecções de pele 
+ Linfomas 
+ Doença da arranhadura do gato 
+ Esporotricose 
Cadeias supraclaviculares 
Áreas de drenagem à esquerda: Estruturas intra-
abdominais 
Áreas de drenagem à direita: Estruturas do 
mediastino, estruturas pulmonares e da caixa 
torácica 
 A adenomegalia nessa região é um sinal de alto 
risco, uma vez que, em 50% dos casos, indica 
algum tipode câncer, sendo necessária a 
biópsia. 
Sintomatologia: Tosse seca persistente, 
broncoespasmo, estridor, rouquidão, disfagia, 
edema de membros superiores 
Causas principais: Tuberculose (acometimento 
unilateral em 80% dos casos), histoplasmose, 
linfomas 
 
 
 
Adenomegalia inguinal e ilíaca 
Áreas de drenagem: Área genital, pele da porção 
inferior do abdome, do períneo, do glúteo, 
perianal e dos MMII 
Causas: Afecções de pele, DSTs 
Adenomegalia abdominal e pélvica 
Áreas de drenagem: Extremidades inferiores e 
órgãos abdominais e pélvicos 
Sintomatologia: Desconforto abdominal, dores, 
constipação, alterações urinárias e quadro de 
abdome agudo por invaginação 
Causas: Processos alérgicos, infecções 
(hepatite, mononucleose infecciosa, febre tifóide, 
tuberculose), processos inflamatórios (colite 
ulcerativa, doença de Crohn), doenças 
Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
neoplásicas (linfomas), adenite mesentérica 
aguda não específica 
 
Abordagem semiológica 
 Dadas as particularidades dos tecidos linfáticos 
na infância, a linfadenomegalia é uma 
manifestação frequente e mais exacerbada 
nessa faixa etária. Ocorre em vários grupos de 
doenças, especialmente nas infecciosas, 
comuns na criança. Sendo assim, os linfonodos 
devem ser examinados em todo exame físico da 
criança. A abordagem semiológica da 
linfadenopatia deve ser cuidadosa e abrangente, 
pois envolve amplo diagnóstico diferencial. 
Anamnese 
 Na anamnese, além de informações 
epidemiológicas e da evolução da alteração dos 
linfonodos, devem ser investigados antecedentes 
clínicos que possam estar associados ao 
processo, sugerindo diagnósticos. 
 Características do aumento ganglionar 
englobam: 
+ Tempo de aparecimento, forma de 
evolução 
+ Localização, tamanho e consistência 
+ Presença de inflamação local ou 
regional 
+ Aderência a planos profundos 
+ Coalescência (fusão de linfonodos) e 
tendência à fistulização, que, para ser 
resolvida, necessita de drenagem 
+ Febre, emagrecimento, 
comprometimento do estado geral 
+ Alteração do apetite (geofagia, 
anorexia) 
+ Anemia do paciente e familiares 
+ Processos infecciosos atuais ou 
pregressos 
+ Sintomas respiratórios, osteoarticulares 
e/ou GI 
 Dados epidemiológicos são: 
+ Contato com doenças 
infectocontagiosas e animais 
+ Permanência em zonas endêmicas 
+ Chagas e esquistossomose, calazar; 
+ Ingestão regular de drogas e reações 
apresentadas 
+ Antecedentes transfusionais 
+ Infecções recorrentes graves/ germes 
oportunistas 
+ Imunodeficiência primária/adquirida 
+ História familiar de AIDS, LUES (sífilis), 
tuberculose 
 Por isso, é importante conhecer o quadro clínico 
das doenças que mais frequentemente se 
associam com adenomegalias. 
Exame físico 
 O exame do sistema linfático envolve 
ectoscopia, palpação e, eventualmente, 
percussão e ausculta, na dependência da 
suspeita diagnóstica. 
 Os linfonodos grandes podem ser visíveis à 
inspeção, porém o método mais útil para exame 
das linfadenomegalias superficiais é a palpação, 
quando se observam todos os sinais que têm 
importância na diferenciação entre os linfonodos 
normais e os alterados por processo inflamatório 
ou neoplásico. 
 Na palpação, deve-se utilizar a ponta dos dedos, 
aplicando uma pressão moderada sobre a região 
e movimentando os dedos para palpar os 
linfonodos, deslizando-os. Palpam-se os 
linfonodos em sequência a partir dos 
submentonianos até os occipitais. Em seguida, 
são palpados os linfonodos cervicais posteriores 
e anteriores, e, finalmente, os supraclaviculares. 
Para palpar os linfonodos epitrocleares, deve-se 
flexionar o cotovelo do paciente até um ângulo 
reto e palpar com os dedos os linfonodos que se 
encontram em um sulco acima e posterior ao 
côndilo medial do úmero. Para palpar os 
Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
linfonodos inguinais, a criança deve estar 
deitada. Devem ser palpados os linfonodos da 
cadeia horizontal, abaixo do ligamento inguinal, e 
a cadeia vertical, que fica ao longo da veia 
safena. Explorar a fossa poplítea após flexionar 
passivamente o joelho. 
 Devem ser descritas: 
Localização em termos anatômicos precisos e 
relacionando os gânglios a estruturas anatômicas 
fixas (proeminências ósseas, cartilaginosas), 
acidentes da pele (umbigo), músculos e vasos. 
 Na linfadenopatia localizada, é examinada a 
região drenada em busca de evidência de 
infecção localizada, lesão de pele, arranhaduras 
ou mordeduras de animais e tumores de partes 
moles. Uma cuidadosa palpação dos linfonodos 
submandibulares, cervicais anteriores e 
posteriores, axilares e inguinais deve ser 
realizada para excluir a possibilidade de 
linfadenopatia generalizada, uma vez que ela 
ocorre em 17% a 35% casos. 
Tamanho dos linfonodos deve ser 
estabelecido em centímetros e, pelo menos, nos 
seus dois maiores diâmetros (largura e 
comprimento). Linfonodos palpáveis, móveis, 
elásticos e indolores com até 1,5cm de diâmetro 
em cadeias cervicais, axilares e inguinais são 
considerados normais. Em geral, outros gânglios 
não são palpáveis e nem visualizados por 
métodos radiológicos habituais. 
 Geralmente, linfonodos elásticos, móveis, 
indolores, de tamanho menor que 2 a 3cm são 
reacionais. Aqueles que são duros, elásticos, 
pouco dolorosos, aderidos a planos profundos, 
coalescentes com outros linfonodos e maior que 
4cm indicam neoplasias. Linfonodos doloridos, 
com sinais flogísticos, pouco aderidos a planos 
profundos e mais frequentemente únicos são 
relativos a processos bacterianos. 
Dor, sensibilidade e temperatura, em que se 
deve ter o cuidado de examinar primeiro as áreas 
menos dolorosas para não prejudicar o restante 
do exame. A dor ocorre por crescimento rápido 
pela distensão da cápsula, processo inflamatório, 
supuração e hemorragia por necrose em área 
central do linfonodo. Não permite diferenciar 
processo benigno ou maligno. A temperatura no 
local da linfadenopatia (elevada nos processos 
inflamatórios) deve ser avaliada, 
preferencialmente, com o dorso dos dedos da 
mão, cuja temperatura se aproxima mais da 
temperatura ambiente. 
Consistência deve ser elástica (cede 
ligeiramente à compressão e, quando esta é 
interrompida, retorna rapidamente à forma 
original). Linfonodos endurecidos, fixos ou 
elásticos, de bordas irregulares, sugerem 
processo maligno (metástases e linfoma). 
Amolecidos, em geral, resultam de processo 
infeccioso ou inflamatório. Os linfonodos 
supurativos podem apresentar consistência 
variável e geralmente ocorrem em processos 
infecciosos crônicos. Linfonodos cervicais, com 
aspecto de chumbo grosso debaixo da pele, são 
observados em crianças com infecções virais. 
 
Coalescência é percebida como massa única, 
que pode ocorrer em processos benignos, como 
tuberculose ou sarcoidose, e em processos 
malignos, como metástases e linfomas. 
Relação com estruturas adjacentes por 
edema localizado e compressão de tecidos e 
órgãos vizinhos, manifestados, como disfagia, 
tosse, obstrução de vias aéreas e icterícia. 
 Adenomegalias profundas estão associadas 
com adenomegalias periféricas e apresentam 
maior dificuldade de avaliação. Manifestações 
clínicas que acompanham esse quadro são: 
+ Tosse seca persistente, dispneia, 
disfagia, dor abdominal 
+ Ascite, diarreia, obstrução intestinal 
aguda 
 Nas linfadenomegalias de cadeias profundas 
(mediastinais e abdominais), o exame físico é 
pouco esclarecedor, sendo necessários exames 
de imagem. RX, USG e TC podem ser solicitados 
para melhor visualização caso seja necessário. 
 
Também devem ser investigados: 
+ Exantemas, enantemas, fenômenos 
hemorrágicos 
+ Hepatoesplenomegalias 
+ Nódulos subcutâneos, ferimentos e 
afecções da pele 
 Como já mencionado, se a avaliação clínica das 
adenomegalias for insuficiente para o diagnósticode certeza, exames subsidiários 
confirmam/afastam certas hipóteses 
diagnósticas. 
 Se o sinal ainda for inicial ou incaracterístico, 
deve-se realizar observação clínica cuidadosa 
por 2 semanas, sem intervenção, avaliando a 
evolução exceto situações de risco. 
Classificação das adenomegalias 
Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
 Para a discussão do diagnóstico diferencial, as 
linfadenopatias são divididas de acordo com o 
grupo de linfonodos acometidos (generalizada ou 
localizada) e com a etiologia do processo 
(infecciosa e não infecciosa). Embora essa seja 
uma divisão didática, sabe-se que a evolução das 
linfadenopatias é dinâmica, e os processos 
inicialmente localizados podem evoluir para 
quadros generalizados, assim como as doenças 
sistêmicas podem se manifestar com aumento 
ganglionar exclusivamente localizado. 
Linfadenomegalia localizada/regional 
 Os aumentos restritos a uma única cadeia de 
linfonodos ou a cadeias contíguas, em geral, 
estão associados a doenças limitadas a eles ou à 
sua área de drenagem, mas podem representar 
a etapa inicial ou preferencial de doenças 
sistêmicas. Na criança, estão associados com 
maior frequência às infecções e inflamações da 
pele, das vias aéreas superiores e das áreas de 
drenagem de locais de aplicação de vacinas. A 
região mais frequentemente comprometida é a 
cervical, onde cerca de dois terços das crianças 
normais apresentam linfonodos palpáveis. 
 
 Esse processo ocorre também após a 
imunização pela DPT (tríplice bacteriana), BCG e 
MMR (tríplice viral). O diagnóstico diferencial 
cursa com as malformações congênitas: 
+ Cistos branquiais e do ducto do 
tireoglosso 
+ Higroma cístico e cisto dermóide 
+ Doenças das glândulas salivares 
+ Localização anômala da tireóide 
+ Neoplasias 
Linfadenomegalia generalizada 
 Geralmente associada a infecções sistêmicas 
virais (mononucleose infecciosa, 
citomegalovirose, rubéola, AIDS, varicela, 
sarampo, hepatite), pode ocorrer em infecções 
bacterianas (tuberculose, sífilis, doença da 
arranhadura do gato, escarlatina), parasitárias 
(toxoplasmose, doença de Chagas, 
esquistossomose aguda) e fúngicas 
(paracoccidioidomicose, histoplasmose). Pode 
estar presente nas doenças do colágeno (artrite 
reumatoide juvenil e lúpus eritematoso sistêmico 
– LES) e nas neoplasias do sistema 
reticuloendotelial (linfomas e leucemias). 
 A linfadenopatia generalizada costuma associar-
se a outros sinais e sintomas de maneira 
inespecífica, sendo os mais comuns a hepato 
e/ou a esplenomegalia, a anemia e sinais de 
comprometimento sistêmico, como febre, 
emagrecimento e astenia. Sua evolução pode ser 
aguda ou prolongada. 
 Entre as causas mais comuns de linfadenopatia 
generalizada está a síndrome da mononucleose 
infecciosa, classicamente associada a febre, 
hepatosplenomegalia, exantema maculopapular, 
amigdalite com ou sem exsudato, petéquias no 
palato, astenia, mialgias e artralgias. Esse 
quadro é bastante variável e pode ser causado, 
principalmente, pelo vírus Epstein-Barr, 
citomegalovírus e Toxoplasma gondii. A 
associação entre linfadenopatia, 
hepatosplenomegalia e febre sugere, entre 
outras causas, a endocardite bacteriana. Quando 
a esplenomegalia é acentuada e afebril, sugere 
doenças de depósito (Niemann-Pick, Gaucher). A 
linfadenopatia pode preceder as alterações 
articulares na artrite reumatoide juvenil e no LES 
e pode ser o primeiro sinal das neoplasias que 
acometem o tecido linfoide (leucemias, linfomas 
e tumores do sistema nervoso central). São 
observados tanto em doenças virais benignas 
(rubéola, hepatite) quanto em doenças mais 
graves, como infecções por micobactérias e 
fungos ou neoplasias. 
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS 
Linfonodos cervicais 
Linfonodo reacional 
 Adenite reacional é a causa mais comum de 
adenomegalia regional e pode ser derivada de 
infecções de vias aéreas superiores (VAS) ou de 
doenças exantemáticas. O quadro clínico é 
marcado por aumento agudo de gânglios 
associado a alterações de VAS e/ou quadros 
dermatológicos. 
 Essa apresentação tem resolução espontânea 
ou após tratamento específico em 2-3 semanas, 
mas pode ser etapa inicial de evolução 
prolongada de: 
+ Mononucleose 
+ Toxoplasmose, que em 82% dos casos 
é a única alteração inicial antes do 
quadro sistêmico 
Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
 
Adenite piogênica aguda 
 A adenite piogênica geralmente tem localização 
na região submandibular (50-60%) e na região 
cervical superior (30%), sendo, geralmente, 
unilaterais. 2⁄3 supuram nas 1ª e 2ª semanas de 
evolução. 
 A faixa etária de maior acometimento é em 
menores de 5 anos de idade e o processo 
geralmente tem origem em foco infeccioso 
nasofaríngeo, em dentes ou em pele adjacente 
por S. aureus ou S. β-hemolítico. 
 A conduta consiste na punção aspirativa para 
isolar agente e no teste terapêutico com 
antibióticos. Se não houver resposta, investigar 
outras hipóteses. 
 
Adenite tuberculosa 
 Na infância, a adenite tuberculosa corresponde 
de 1 a 6% das adenomegalias cervicais, tendo 
maior frequência em menores de 5 anos, com 
contato domiciliar. 
 Essa é a forma mais frequente de manifestação 
extrapulmonar da doença, que tem preferência 
pela região cervical, geralmente bilateral. De 10-
20% dos casos pode ocorrer adenomegalia 
generalizada. 
 O quadro clínico é marcado por 
comprometimento do estado geral e 46% da 
forma miliar cursam com adenomegalia 
periférica. Alterações radiológicas sugerem 
doença pulmonar e a prova tuberculínica é > 
10mm, PCR +. Como o diagnóstico clínico é 
difícil, exames complementares são importantes 
para confirmar, principalmente pelo isolamento 
do agente no material aspirado/biópsia. 
 
Tumores malignos 
 Os tumores malignos são infrequentes e 
somente 25% dos casos apresentam alterações 
na cabeça/pescoço, o que inclui aumento do 
gânglio. Apesar disso, para cada 7 crianças com 
massa palpável na região cabeça/pescoço, 1 é 
neoplasia. Em 50% dos casos é de doença de 
Hodgkin, leucemia ou outra forma de linfoma. 
 Em cabeça/pescoço, 2% das massas palpáveis 
são cancerosas. Na região cervical inferior e 
supraclavicular, a probabilidade de malignidade 
eleva-se para 50%. 
 As adenomegalias cervicais malignas podem ser 
distribuídas por faixa etária em: 
a) Menores 6 anos: leucemias, linfomas 
não-Hodgkin, neuroblastoma 
b) Maiores 6 anos: doença de Hodgkin, 
linfossarcoma 
c) Adolescência: doença de Hodgkin 
 A evolução pode ser descrita por aumentos 
ganglionares indolores, de consistência firme e 
crescimento lento, que pode supurar se houver 
infecção secundária. Regiões mais acometidas 
são cervical ântero-inferior e posterior e 
supraclavicular. 
Doença de Hodgkin 
 Adenomegalia unilateral cervical de 60 a 80% 
dos casos, axilar e inguinal de 6 a 20% dos casos, 
mediastinal em 20 a 50% dos casos. 
Linfoma não Hodgkin 
 Enfartamento cervical bilateral em 40% dos 
casos. A adenopatia não é patognomônica de 
neoplasia, mas se não regredir em 2-3 semanas, 
considerar biópsia para diagnóstico de certeza. 
Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
Linfonodos torácicos 
Doença da arranhadura do gato 
 A doença da arranhadura do gato é uma 
infecção provocada por bactérias Gram-
negativas Bartonella henselae, em que 
aparecem pápulas locais e linfadenite regional, 
além de sinais de arranhadura ou mordedura. 
 60 a 90% dos casos as lesões são nas mãos e 
braços e em 80% dos casos, é unilateral. A 
adenomegalia pode ser generalizada, medindo 1 
a 5 cm e se espalhando por: 
 45% axilar 
 25% cervical e supraclavicular 
 15% inguinal 
 5% pré-auricular 
 
 
Linfadenomegalia generalizada 
Síndrome da mononucleose infecciosa 
(doença do beijo) 
 A síndrome da mononucleose infecciosa tem 
evolução prolongada e incidência frequente.O quadro clínico é variado: 
Adenopatia pouco dolorosa, móvel, não 
aderente, sem flogose associada a febre, 
hepatomegalia (15%), esplenomegalia (50%). 
Exantema maculo-papular não-descamativo 
(10%), angina pseudomembranosa e petéquias 
em palato, mialgias e/ou artralgias também 
podem aparecer. 
 No leucograma há linfocitose atípica causada 
pelo agente etiológico da doença: o vírus Epstein-
Barr em 1/3 dos casos. O citomegalovírus (CMV), 
adenovírus, herpesvírus e Toxoplasma gondii 
também podem causar a doença. 
 
 
 
Toxocaríase 
 A toxocaríase é uma infecção humana causada 
por larvas de ascarídeos nematoideos que 
ordinariamente infectam animais. Essa é a causa 
Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
mais comum em nosso meio devido ao contato 
com cães. 
 Sinais e sintomas englobam: 
+ Hepatoesplenomegalia e anemia 
associados 
+ Geofagia 
+ Quadro respiratório de grande 
eosinofilia no hemograma 
 Os quadros clínico e laboratorial são 
semelhantes a: 
+ Esquistossomose aguda 
+ Doença de Chagas aguda 
+ Estrongiloidíase sistêmica 
+ Certas formas de leucemia 
 
Leishmaniose visceral 
 Doença grave causada pelo protozoário 
Leishmania chagasi, que é transmitido através da 
picada de um inseto chamado flebotomíneo, 
popularmente conhecido por mosquito palha e 
que pode atingir pessoas e animais, 
principalmente o cão. 
 No quadro, há adenomegalias e 
hepatoesplenomegalia acentuada com febre, 
comprometimento do estado geral, anemia e 
distúrbio de coagulação. 
 
Doenças neoplásicas primárias ou 
metastáticas 
 Causas menos frequentes de adenomegalias na 
infância são as doenças neoplásicas, mas é 
preciso ficar atento para fornecer um diagnóstico 
seguro. As principais doenças são leucemias e 
linfomas, que têm início pelo acometimento 
ganglionar não doloroso. Depois aparecem sinais 
de comprometimento geral, como febre, 
emagrecimento, anemia, sangramentos, 
hepatoesplenomegalia, alteração das 
características dos gânglios e sintomatologia de 
acometimento ganglionar profundo. 
 Linfomas atingem mais especificamente o tecido 
ganglionar ao passo que leucemias provocam o 
acometimento uniforme dos tecidos linfáticos e 
sintomas de falência medular. O esclarecimento 
diagnóstico é anatomopatológico. 
Linfomas 
 Linfomas são alterações nas células do sistema 
linfático, os linfócitos, e são a terceira causa de 
câncer em pediatria. Os linfomas se dividem em 
Doença de Hodgkin e os linfomas não Hodgkin. 
I. Linfomas não-Hodgkin 
 Mais frequente que a doença de Hodgkin na 
infância, é um tipo de neoplasia que acomete 
menores de 6 anos e forma um grupo 
heterogêneo de neoplasias: linfomas de Burkitt, 
não-Burkitt, de células linfo-basofílicas. Por isso, 
esses linfomas têm apresentação variada, de 
modo que podem acometer todo o tecido linfoide 
do organismo ou somente algumas regiões, 
como placas de Peyer, anel de Waldeyer 
(amígdalas) e gânglios. 
 
II. Linfomas Hodgkin 
 Neoplasia rara antes dos 5-6 anos que propicia 
o acometimento ganglionar insidioso não 
doloroso. Embora generalizada, 60-90% 
apresenta-se como adenopatia cervical crônica. 
No diagnóstico, de 20-50% com adenomegalias 
mediastinais, 6-20% com gânglios axilares, 6-
12% tem gânglios inguinais e somente 30% com 
sintomas sistêmicos como febre prolongada, 
Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
queda do estado geral, astenia, emagrecimento, 
outros. 
Leucemias 
 Doença progressiva desencadeada por uma 
proliferação descontrolada de blastos (células 
precursoras dos glóbulos brancos). A principal 
característica é o acúmulo de células jovens 
anormais na medula óssea. 
 A leucemia aguda tem número aumentado 
dessas células jovens, que não desempenham 
suas funções e levam a uma rápida piora clínica. 
A leucemia crônica tem células que 
desempenham ainda suas funções, podendo 
retardar os sintomas clínicos. 
AIDS 
 Adenopatia generalizada e persistente em que, 
em 50% dos casos, o quadro clínico é composto 
por síndromes associadas, como pneumonia 
intersticial linfocítica, linfomas, 
hepatoesplenomegalia, processos infecciosos 
recorrentes, otites, parotidites, infecções 
oportunistas e outros sintomas. 
Doença de Kawasaki 
 A doença de Kawasaki é uma condição que 
causa inflamação nas paredes de alguns vasos 
sanguíneos do corpo. Os critérios diagnósticos 
consistem em: 
+ Febre por mais de 5 dias 
+ Alterações mucocutâneas 
+ Faringite, língua “em framboesa”, 
fissuras labiais 
+ Edema e/ou eritema e/ou descamação 
periungueal de mãos e pés 
+ Eritema polimorfo não-vesicular em 
tronco 
+ Linfadenomegalia (em 75% dos casos 
há acometimento ganglionar único na 
região cervical, mas pode ser 
generalizado). 
 
Abordagem diagnóstica 
 Na maioria das crianças, os quadros de 
linfadenopatia generalizados ou localizados são 
benignos e autolimitados. Como a adenopatia é, 
na maioria das vezes, um sinal não característico, 
pode-se optar por um período de observação de 
2 a 3 semanas sem intervenção. 
 Nesse período, a anamnese e o exame físico 
devem ser refeitos periodicamente na tentativa 
de identificar fatos novos que auxiliem o 
diagnóstico. Acredita-se que nesse período as 
infecções agudas, virais (rubéola, sarampo etc.) 
ou bacterianas (linfadenite piogênica) evoluam 
para definição clínica ou resolução. Entretanto, 
se a linfadenomegalia estiver associada a fatores 
de risco para malignidade, não se deve aguardar 
esse período de observação, devendo ser 
iniciada prontamente a propedêutica específica. 
 Apesar disso, o diagnóstico pode ser difícil pela 
possível associação com diversas doenças, que 
têm características clínicas e gravidades 
variáveis. Por isso, pode ser necessária ampla 
investigação laboratorial através de: 
+ Hemograma completo 
+ Bioquímica 
+ Funções renal e hepática 
+ Desidrogenase lática (DHL) 
+ Ácido úrico 
Hemograma 
Linfocitose absoluta com 10-20% de linfócitos 
atípicos sugere mononucleose infecciosa, 
doença de Chagas. 
Leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda 
sugere infecção bacteriana sistêmica, 
escarlatina, endocardite. 
Anemia e reticulocitose sugere anemia 
hemolítica. 
Leucocitose com 20% ou mais de eosinofilia 
sugere toxocaríase ou migração larvária de 
parasitas. 
Bicitopenia ou pancitopenia sugere doença de 
medula óssea. 
Bioquímica 
 Avaliação da presença de doença sistêmica ou 
de um quadro de linfonodomegalia localizada. 
DHL 
 Enzima intracelular que aumenta em todos os 
processos com lise celular. Elevação de DHL 
com linfonodomegalia deve orientar diagnóstico 
de síndromes hemolíticas e/ou morte celular 
espontânea (neoplasias agressivas, como 
leucemias e linfomas). 
Ácido úrico 
Linfadenomegalias na infância 
Vitória de Siqueira, MEDXIV 
 Elevado nas células neoplásicas por linfomas 
e/ou leucemias. 
Avaliação por imagem 
 Radiografia de tórax/USG (screening) 
identificam adenomegalias profundas e/ou 
diferenciam adenomegalias de malformações 
congênitas. 
 A avaliação laboratorial é diferenciada em cada 
caso de acordo com as hipóteses diagnósticas 
mais prováveis. Por isso, a solicitação de exames 
deve ser racional e individualizada. Casos mais 
específicos, por exemplo, precisam de sorologia 
para HIV, mielograma, avaliação de doenças 
autoimunes, hormônios tireoidianos. 
 Diagnóstico etiológico de certeza é difícil, mas a 
biópsia pode elucidar o diagnóstico com maior 
eficiência e pode excluir patologias mais graves. 
Adenomegalias nos processos patológicos 
+ Linfonodos com características 
diferentes do normal: endurecimento e 
aderências a planos profundos 
+ Maioria reacional por processos 
infecciosos focais/sistêmicos 
geralmente causados por vírus e 
autolimitados 
+ Biópsia e Adenomegalia 
+ Infecção por fungos, micobactérias, toxo 
+ Doenças autoimunes, outras 
+ Tipos celulares variáveisSinais de alerta para necessidade de 
biópsia 
+ Presença persistente e inexplicável de 
febre e/ou perda de peso e/ou sudorese 
noturna; 
+ Linfonodomegalia generalizada e 
hepato ou esplenomegalia; 
+ Gânglios aderidos a planos profundos 
ou à pele, de crescimento rápido, 
coalescentes e endurecidos; 
+ Localização supraclavicular ou de 
mediastino; 
+ Aumento progressivo do gânglio ou sua 
não-regressão em 4 semanas ou mais; 
+ Gânglios de tamanho maior que o 
inicial, após 2 semanas de uso de 
antibióticos; 
+ Gânglios que não diminuem de tamanho 
após 4 a 6 semanas ou que não 
retornam ao tamanho normal em 8 a 12 
semanas, principalmente se associados 
a novos sinais e/ou sintomas; 
+ Investigação laboratorial: negativa, e o 
gânglio se mantém por mais de 8 
semanas. 
 Fazer biópsia quando: 
+ História e exame físico sugerem 
neoplasia; 
+ Linfonodomegalia >2,5cm na ausência 
de sinais de infecção; 
+ Linfonodomegalia persistente ou em 
progressão; 
+ Ausência de redução do linfonodo após 
2 semanas de antibioticoterapia; 
+ Linfonodomegalia supraclavicular. 
Conduta para linfonodomegalia sem risco 
+ Observação rigorosa 
+ Analgesia e calor local a cada 4 h 
+ Fistulização ou drenagem cirúrgica para 
pesquisa do agente 
Tratamento 
● Antibioticoterapia VO 
+ Azitromicina 
+ Cefuroxima 
+ Cefalexina 
+ Claritromicina 
+ Clindamicina 
+ Eritromicina 
● Anti-inflamatórios não hormonais VO 
+ Ibuprofeno 
+ Nimesulida 
+ Naproxeno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
MARTINS, Maria A.; VIANA, Maria Regina de A.; 
VASCONCELLOS, Marcos Carvalho D.; 
FERREIRA. Semiologia da criança e do 
adolescente. MedBook Editora, 2010. E-book. 
9786557830666. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books
/9786557830666/. Acesso em: 03 set. 2022.

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