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Estudos de tráfego aquaviário no Brasil O estudo do tráfego aquaviário no Brasil engloba uma grande variedade de análises e planejamentos necessários para garantir a segurança, eficiência e principalmente a sustentabilidade deste modal no país. Alguns pontos de estudo são: TKU da navegação interior, de cabotagem e longo curso em vias interiores: A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgou um estudo que revela um aumento significativo nas navegações de interior e de cabotagem. Em 2019, observou-se um crescimento de 20,7% no indicador tonelada-quilômetro útil (TKU) para o transporte por navegação interior em comparação com 2018. No âmbito da cabotagem, registrou-se um aumento de 6%. O indicador TKU, essencial para avaliar a eficiência operacional dos modos de transporte, destaca-se como um dos principais parâmetros analisados nesse estudo. Do ponto de vista da navegação interior, foi possível observar um notável crescimento na movimentação e na adoção do modal aquaviário na região conhecida como Arco Norte. Esse grande crescimento tem sido constante nos últimos anos, alterando significativamente a dinâmica logística do transporte naquela região. Já a cabotagem, destaca-se importante na questão da segurança energética. O modal aquaviário, especialmente na cabotagem, desempenha um papel estratégico para o país, sendo uma via importante de transporte para petróleo e combustíveis. Além disso, observa-se um transporte constante de carga conteinerizada na cabotagem. O estudo revela que, apesar dos números positivos e do crescimento constante, a matriz de transportes brasileira ainda apresenta baixa utilização do modal aquaviário. Ao somar a cabotagem e transporte hidroviário, foi constatado que somente 11% da matriz de transportes brasileira faz uso do modal aquaviário, quando analisados dados de 2018. Vias economicamente navegadas: A ANTAQ atualiza a matriz hidroviária de origem e destino das cargas e passageiros a cada dois anos desde 2011. O levantamento de 2020 indicou uma extensão de 19.167 km de vias economicamente navegadas. Este estudo visa entender as mudanças que ocorrem incluindo fatores como o cenário econômico, estiagens em algumas regiões, e expansão da infraestrutura de transportes. A inclusão e exclusão de trechos navegados são determinadas pela oferta e demanda de transporte. Obstáculos regulatórios ao transporte multimodal: O estudo aborda a evolução do transporte intermodal, destacando o papel das empresas de navegação na integração física e operacional entre transporte marítimo e terrestre, viabilizada pelo uso de contêineres. O foco se estende à integração documental, facilitada pelo avanço da digitalização dos dados, permitindo contratos de transporte multimodal. No Brasil, as empresas de navegação lideram o transporte multimodal, especialmente na cabotagem de contêineres. Foi notada a necessidade de incorporar navegação interior e cabotagem no Plano Nacional de Logística para uma integração mais eficaz. O planejamento integrado do transporte por diferentes modais é considerado crucial, com a metodologia de simulações, buscando a adoção de melhores escolhas. O estudo também relata que a regulamentação internacional é falha no transporte multimodal, mas destaca recomendações de boas práticas para contratos padronizados. A contratação multimodal visa simplificar relações complexas, transferindo a responsabilidade ao operador multimodal. O relatório destaca a predominância do transporte intermodal no transporte de grãos, especialmente na região norte, impulsionado por operações de integração entre modos rodoviário e aquaviário. A instabilidade do frete rodoviário é identificada como um obstáculo. O estudo conclui expressando a expectativa de que suas conclusões contribuam para a adoção de medidas concretas que estimulem operações multimodais, reduzam custos, promovam a sustentabilidade e aumentem a competitividade da logística de transportes no Brasil. Conclusão: Desta forma, os estudos que estão sendo feitos no Brasil tem ampla abrangência de assuntos, percorrendo pontos mais comuns como a situação de hidrovias e portos. Avaliando a capacidade de transporte, analisando a infraestrutura portuária e planejando expansão e modernização dos mesmos. A manutenção das vias navegáveis, implementando medidas para prevenir assoreamento, garantir a navegabilidade e outras operações de manutenção. A regulação e legislação do sistema, garantindo a conformidade com padrões estabelecidos de segurança e operação do modelo. Além da integração com outros modais. Nota-se também estudos voltados ao planejamento de rotas e fluxo de cargas que maximizam a eficiência e evitam atrasos e congestionamentos. E não menos importante, a implementação de novas tecnologias para monitoramento e gestão do tráfego, são âmbitos das pesquisas e estudos de tecnologia e inovação do modal. Bibliografia: GOV.BR. Estudo aponta crescimento de modalidades de navegação aquaviária . Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-transportes/2021/05/estudo-aponta-crescimento-de-modalidades-de-navegacao-aquaviaria . Acesso em: 26 nov. 2023. AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS. Estudos e Pesquisas da ANTAQ . Disponível em: https://www.gov.br/antaq/pt-br/central-de-conteudos/estudos-e-pesquisas-da-antaq-1 . Acesso em: 26 nov. 2023.
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