Polos geradores de trafego e acoes de sustentabilidade da mobilidade urbana

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Polos geradores de tráfego e quais ações podem ser tomadas para mitigar a concentração de veículos motorizados nesses locais com um planejamento de mobilidade e acessibilidade urbana
A Lei nº 12.587/2012, conhecida como a Lei da Mobilidade Urbana, tem como objetivo promover a mobilidade sustentável nas cidades brasileiras. Sua prerrogativa é orientar o planejamento e a gestão dos sistemas de mobilidade nas cidades, visando à integração entre os diferentes modos de transporte e à promoção da mobilidade sustentável. Para compreender os polos geradores de tráfego e as ações para mitigar a concentração de veículos motorizados, é fundamental considerar o contexto urbano e os fatores que contribuem para a demanda de deslocamento.
Os polos geradores de tráfego são locais que atraem um grande volume de deslocamentos, tanto de pessoas quanto de mercadorias. Estas áreas podem ter o fluxo semanal constante ou variável.
Centros Comerciais, áreas de comércio intensivo, regiões onde há concentração de escritórios, empresas e indústrias são áreas em que há um grande fluxo de deslocamento durante a semana. Pessoas se movimentam para estes locais para trabalho e compras. As áreas que reunem escolas e institutos também geram movimentação de pessoas, agora estudantes e funcionários. Estes locais citados tem geralmente grande fluxo entre segunda e sexta-feira, mas possuem fluxo diminuído durante os finais de semana.
Já áreas de lazer e entretenimento como parques, teatros e cinemas possuem um maior fluxo de deslocamento de pessoas durante os finais de semana. Todos estes locais citados também sofrem de períodos de sazonalidade em que há uma alta ou baixa de deslocamento de/para eles.
Ações para mitigar a concentração de veículos automotores incluem algumas óbvias como a priorização do investimento no transporte publico de qualidade para que haja uma maior cobertura e frequência. O aumento de infraestrutura para modos de transporte não motorizados também é uma das ações que são reconhecidamente úteis para mitigar o problema. Construir vias para pedestres e ciclistas ajudam a promover meios alternativos aos dos veículos motorizados para a locomoção de pessoas.
Outras iniciativas que visam diminuir a concentração de veículos incluem o incentivo de uso compartilhado como a carona solidária, carsharing e bikesharing.
Políticas de mais longo prazo podem trazer benefícios como a implantação de planos de zoneamento que visam a integração das áreas residencial, comercial e industrial que reduza a necessidade de longos deslocamentos. A implementação de tais políticas permitem a criação planos diretores que planejem e executem construção de vias rápidas, entroncamentos e anéis viários que permitem um fluxo mais fluido durante os deslocamentos.
O planejamento integrado das ações e politicas citadas acima, permitem desenvolver uma mobilidade urbana que considere a integração entre diferentes modais de transporte e promovem acessibilidade, considerando os polos geradores de tráfego e suas características rotineiras e sazonais.
A implementação efetiva dessas ações requer cooperação entre governos, setor privado e a sociedade, buscando soluções sustentáveis e eficientes para a mobilidade urbana.